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Nas primeiras linhas do livro, Emmanuel nos oferece um texto falando de suas lembranças de Alcíone

e nos remete a um diálogo de quando ela ainda era criança, numa referência belíssima a sua
humildade e simplicidade.

“... como se no coração pequenino não devesse existir esquecimento das coisas simples e humildes...”

Uma citação que nos convida a múltiplas reflexões e questionamentos.

Como eu era quando criança¿ Ainda me lembra das coisas simples e humildes¿ Ainda carrego em
meu íntimo sonhos e ideais daquela criança que já fui¿

A referência à infância de Alcione logo nas primeiras letras nos remete ao Evangelho, quando Jesus
diz aos seus discípulos:

“Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino
dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos
converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.”
Mateus 18:1-4

Comentando este versículo, Emmanuel nos diz:

“Quando o Mestre nos recomendou nos fizéssemos crianças, perante a Lei, não se propunha reter-
nos na ingenuidade ou na incultura. Buscava criar em nós o estado imprescindível de receptividade,
à frente da vida, para reajustarmos os fios do próprio destino sobre as bases divinas da verdadeira
sublimação. Homem algum possui consigo recurso bastante para redimir o mundo, mas todos nós
guardamos conosco possibilidades suficientes para a regeneração de nós mesmos.” (Busquemos mais
luz – Instrumentos do Tempo)

Alcíone era uma criança curiosa que em sua simplicidade e humildade tentava compreender o mundo
que a cercava, e seu espírito já em estágio avançado a conduzia a ver nas pequeninas coisas a bondade
e a misericórdia de Deus.

Qual foi a última vez que olhamos para o céu e sentimos gratidão¿ E as pedras, não apenas as pedras
físicas, mas também aqueles que representam obstáculos, dificuldades, provas, reconhecemos que
também elas são a presença divina em nossa vida, nos educando¿

Estar aberto ao que a vida tem a ensinar, eis a lição que se apresenta, que nos convida a novos
olhares, nova perspectiva.

Nas pequenas coisas do dia a dia encontraremos valorosas lições para a nossa alma, precisamos,
entretanto, assumir essa postura da criança que tem sede de aprendizado e está receptiva a novas
experiências.

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