Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BOLETIM OFICIAL
2 133000 002472
ÍNDICE
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
Decreto-Presidencial nº 1/2016:
Condecora, com a Primeira Classe da Medalha de Mérito, o Senhor BERNARDO FERNANDES
HOMEM LUCENA, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Portuguesa em
Cabo Verde. .......................................................................................................................................... 82
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-Lei nº 3/2016:
Altera o Decreto-legislativo nº 8/2010, de 28 de setembro, que aprova o Estatuto do Pessoal Policial da
Polícia Nacional. ................................................................................................................................... 82
Decreto-Lei nº 4/2016:
Aprova os novos Estatutos da Universidade de Cabo Verde. ................................................................ 107
Decreto-Lei nº 5/2016:
Regula a produção, certificação, comercialização, importação, exportação e fiscalização de sementes e
mudas no território nacional. ............................................................................................................ 124
Decreto-Lei nº 6/2016:
Regula a fiscalização e controlo da qualidade de produção e comercialização de adubos e corretivos
agrícolas. ............................................................................................................................................. 136
Decreto-Regulamentar nº 1/2016:
Aprova o quadro de Pessoal da Polícia Nacional. ................................................................................. 142
CHEFIA DO GOVERNO:
Rectificação:
Ao Sumário do Decreto-lei nº 72/2015 publicado no Suplemento ao Boletim Oficial I Série n.º 86, de 31
de dezembro de 2015. ......................................................................................................................... 144
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
sional, tão valioso quão decisivo para a consolidação das tro) anos de serviço [alíneas a) e b) do artigo 65.º], mas
relações de cooperação e amizade entre a República de em que não podem permanecer por um período superior
Cabo Verde e a República Portuguesa; a 5 (cinco) anos (n.º 2 do artigo 66.º), o que para além da
No uso da competência conferida pelos artigos 13.º e 14.º situação de injustiça em relação aos demais cidadãos
da Lei n.º 54/II/85, de 10 de Janeiro e 5.º da Lei n.º 23/III/87, da Corporação, pode também, gerar incongruência, na
de 15 de Agosto, na redacção dada pelos artigos 1.º e 6.º medida em que, o individuo que estiver nessa situação
da Lei n.º 18/V/96, de 30 de Dezembro, conjugado com o de pré-aposentação passa a ganhar direito de requerer
disposto nos artigos 2.º n.º 2 e 3.º, alínea e) da Lei n.º 23/ a aposentação, mesmo sem reunir o requisito de idade
III/87, de 15 de Agosto, na redacção dada pelo artigo 6.º, previsto para a aposentação (artigos 68.º e 70.º).
nºs 1 e 2 da Lei n.º 18/V/96, de 30 de Dezembro;
O Presidente da República decreta o seguinte: Por outro lado, esta situação tem concorrido, sobrema-
neira, para o desaproveitamento das competências técni-
Artigo Primeiro cas e profissionais do oficialato policial, constituído por
É condecorado, com a Primeira Classe da Medalha de quadros altamente especializados, em cujo processo de
Mérito, o Senhor BERNARDO FERNANDES HOMEM formação o Estado haja investido importantes recursos,
LUCENA, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário na medida em que, findo esse ciclo de formação, acabam
da República Portuguesa em Cabo Verde. pouco tempo depois por requerer a pré-aposentação, para
Artigo Segundo depois de cinco anos terem, necessariamente, de passar
à situação de aposentação, o que em termos práticos, sig-
O Presente Decreto Presidencial entra imediatamente
em vigor. nifica que o Estado não chega a beneficiar-se, por muito
tempo, das competências desta classe de elite policial,
Publique-se. que entra numa clara situação de rotura, segundo os
Palácio da Presidência da República, na Praia, aos 14 resultados de um estudo ad hoc, recentemente produzido.
de Janeiro de 2016. – O Presidente da República, JORGE
CARLOS DE ALMEIDA FONSECA Contudo, apesar da nova filosofia de gestão recen-
temente instituída na Administração Pública, pelo
––––––o§o–––––– Decreto-lei n.º 9/2013, de 26 de fevereiro, que estabelece
CONSELHO DE MINISTROS os princípios, regras e critérios de organização, estrutu-
–––––– ração e desenvolvimento na carreira dos funcionários da
Administração Pública, quer em regime de carreira, quer
Decreto-Lei nº 3/2016
de emprego, em cuja sede, o desenvolvimento profissional
de 16 de janeiro dos funcionários hoje se faz exclusivamente pela via de
O Estatuto do Pessoal Policial da Policia Nacional promoção, eliminando-se o mecanismo de desenvolvimento
(EPP-PN) foi aprovado em 2010, pelo Decreto-legislativo na carreira pela horizontal, a que se tem chamado de
n.º 8/2010, de 28 de setembro, e tem permitido regular ‘progressão na carreira’;
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
Propõe-se manter, excecionalmente, o mecanismo das 2. A hierarquia de comando tem por finalidade esta-
progressões na Polícia Nacional, enquanto não se fizer belecer, em todas as circunstâncias de serviço, relações
um estudo para se aquilatar do grau de maturação do de autoridade e subordinação entre o pessoal policial e é
artigo 29.º do EPP-PN, em face da questão geracional e determinada pelas carreiras, posto, antiguidade e prece-
seu impacto no desenvolvimento da carreira, por exemplo, dências previstas na lei, e manifesta-se, designadamente,
considerando, sobretudo, dois aspetos: através de honras e continências, sem prejuízo das relações
que decorrem do exercício de cargos e funções policiais.
i) O fato de que a carreira da PN não é uma car-
reira comum, mas sim uma carreira especial, Artigo 26.º
onde as questões de hierarquia e verticalidade Ingresso na carreira da Polícia Nacional
são mais complexas e demandam, por isso,
maior rigor na estruturação; 1. A constituição da relação jurídica de emprego público
do pessoal policial depende da reunião dos requisitos
ii) E, ainda, o fato de que uma revisão menos previstos na legislação que regule as condições de acesso
atenta poderia gerar convulsões, no sentido ao Curso de Formação de Agentes de Polícia ministrado
de propiciar a quebra de hierarquia e de dis- pelo Centro Nacional da PN.
ciplina, princípios sacrossantos da corporação
policial. 2. Sem prejuízo do acesso aos ramos especializados,
o qual se faz por concurso regulamentado em despacho
Mas, também, devido a imperativos que se relacio- próprio, o recrutamento para o posto de Agente de 2.ª
nam com o fato de a PN, enquanto Corporação, ter de Classe e a respetiva colocação em serviço operacional
se desenvolver de uma forma piramidal, com base em faz-se por um período não superior a cinco anos, incluindo
hierarquias bem definidas, as quais se exprimem sob a um período probatório de dois anos, obedecendo aos se-
forma de comando e de subordinação hierárquica. guintes critérios:
Por outro lado, considerando a dinâmica e o evoluir a) Os que tiverem melhor desempenho/classificação
das condições socioeconómicas, refletidos no índice de no Curso de Formação de Agentes devem ser
preços no consumidor e numa exigência cada vez maior colocados, por ordem prioritária, nas sedes de
de especialização dos serviços a prestar, torna-se míster Comandos, Unidades ou Serviços de maior
o ajustamento do índice 100, que serve de critério básico complexidade, durante o período probatório;
para ajustamento salarial na corporação policial.
b) Os candidatos menos classificados, mas aprova-
2 133000 002472
De modo que, convindo perseguir o logro desses objetivos, dos, são colocados onde existam vagas e/ou
importa introduzir-se os esclarecimentos que se impõem, pela disponibilidades;
via de alterações e aditamentos cirúrgicos de articulados que
se relacionam com as condições de recrutamento, os instru- c) O período probatório, compreendido por dois mo-
mentos de mobilidade, as condições de pré-aposentação e a mentos de avaliação e um relatório final, visa
avaliação curricular dos efetivos da PN. proporcionar informações sobre a viabilidade
de manutenção da relação funcional, por via
Foi ouvido o sindicato representativo da classe. da nomeação definitiva, nos serviços indica-
Assim, dos nas alíneas subsequentes;
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do d) O candidato pode escolher, com base numa lista
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: a publicar pela Direção Nacional da Polícia
Nacional (DNPN), com trinta dias de ante-
CAPÍTULO I cedência em relação à data do fim do Curso
DISPOSIÇÕES GERAIS de Formação de Agentes, os Comandos,
Unidades ou Serviços, onde há vaga ou dispo-
Artigo 1.º nibilidade para sua colocação, por um período
Objeto
não superior a três anos;
O presente diploma tem como objeto a alteração dos e) O período de colocação do Agente de 2.ª Classe
artigos 2.º, 26.º, 60.º, 66.º, 92.º e 94.º do Decreto-legislativo inclui os dois primeiros anos da fase probató-
n.º 8/2010, de 28 de setembro, que aprova o Estatuto do ria, mais os três anos de colocação, a contar a
Pessoal Policial da Polícia Nacional (EPP-PN) e o adita- partir da data de nomeação;
mento ao mesmo dos artigos 94.º-A, 94.º-B, 94.º-C, 94.º-D, f) A segunda e/ou sucessivas colocações devem ser
94.º-E, 94.º-F e 94.º-G. feitas nos termos previstos no n.º 2 do artigo
Artigo 2.º
94.º e 94.º-D, fazendo jus à natureza da con-
dição policial.
Alterações
3. Os requisitos de recrutamento e os métodos de sele-
São alterados os artigos 2.º, 26.º, 60.º, 66.º, 92.º e 94.º, ção de pessoal para admissão a frequência do Curso de
que passam a ter a seguinte redação: Formação de Agentes da PN são aprovados por Decreto-
Regulamentar.
Artigo 2.º
4. O plano do curso referido no número anterior, bem
(…)
como o processo de avaliação e respetivo relatório final do
1. O pessoal Policial da PN rege-se pelo princípio da período probatório, referido na alínea c) do n.º 2, são apro-
hierarquia em todos os níveis da sua estrutura e o pessoal vados por despacho do membro do Governo responsável
policial está sujeito à hierarquia de comando, nos termos pela segurança interna, sob proposta do Diretor Nacional
previstos na Lei. da PN, e publicado na II Série do Boletim Oficial.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
união de fato, descendentes e ascendentes a cargo ou da Polícia Nacional, aprovado pelo Decreto-legislativo
reagrupamento familiar no caso de ambos os cônjuges n.º 8/2010, de 28 de setembro, com a reorganização
serem elementos policiais. interna e arrumação resultantes das disposições das
2. A colocação a título excecional é casuisticamente normas ora alteradas e aditadas.
ponderada e concedida por períodos de um a três anos,
Artigo 5.º
extinguindo-se o direito à colocação com a cessação dos
seus pressupostos. Ajustamento do índice da base salarial
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
No uso da faculdade conferida pela alínea b), do n.º 2, O Presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua
do artigo 203.º da Constituição, o Governo decreta o publicação no Boletim Oficial.
seguinte: Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
Artigo 1.º
José Maria Pereira Neves - Maria Cristina Lopes
Aprovação Almeida Fontes - Lívio Fernandes Lopes - Cristina Lopes
É aprovado o Estatuto do Pessoal Policial da Polícia da Silva Monteiro Duarte – Marisa Helena do Nascimento
Nacional, adiante designado por Estatuto, anexo ao pre- Morais.
sente diploma e do qual faz parte integrante. Promulgado em 24 de setembro de 2010
Artigo 2.º
Publique-se.
Extinção de carreiras e postos
O Presidente da República, PEDRO VERONA
São extintas as seguintes carreiras e correspondentes RODRIGUES PIRES.
postos do pessoal proveniente das forças policiais integra-
Referendado em 24 de setembro de 2010.
das na PN através do Decreto-legislativo n.º 6/2005, de
14 de novembro, que cria os serviços da Polícia Nacional: O Primeiro-ministro, José Maria Pereira Neves.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
concurso de avaliação curricular, de acordo com as vagas nhecer por Portaria do membro do Governo responsável
existentes, de entre os Subintendentes com um mínimo pela Administração Interna, confira grau de licenciatura.
de cinco anos de efetividade de serviço prestado no posto.
4. No posto de Chefe de Esquadra ingressam ainda os
Artigo 13.º indivíduos habilitados com curso superior que confira
Subintendente grau de licenciatura, mediante concurso, nos termos e
condições a definir por Portaria do Membro do Governo
A promoção para o posto de Subintendente é feita,
responsável pela Administração Interna.
mediante concurso de avaliação curricular, de acordo
com as vagas existentes: Artigo 17.º
Concurso de avaliação curricular
a) De entre Comissários habilitados com curso su-
perior que confira grau de licenciatura e com 1. O concurso de avaliação curricular para acesso aos
o mínimo de cinco anos de efetividade de ser- postos de Oficias Superiores de Policia a que se refere a
viço prestado no posto; presente Subsecção inclui obrigatoriamente:
b) De entre os Comissários com o mínimo de seis a) A discussão de um trabalho inédito versando tema
anos de serviço efetivo prestado no posto. relevante no âmbito da segurança interna, o
Artigo 14.º qual, para efeito de classificação final, terá pon-
deração igual a 30% da nota final global;
Comissário
b) A frequência de ação formativa adequada, com
A promoção para o posto de Comissário é feita, mediante
duração de seis meses, cuja classificação terá
concurso de avaliação curricular, de acordo com as vagas
caráter eliminatório e relevará para a classi-
existentes, de entre os Subcomissários com um mínimo de
ficação final do concurso, com uma pondera-
quatro anos de efetividade de serviço prestado no posto.
ção igual a 30%.
Artigo 15.º
2. O trabalho inédito referido na alínea a) do número
Subcomissário
anterior será regulamentado por Portaria do membro do
A promoção para o posto de Subcomissário é feita, Governo responsável pela segurança interna.
mediante concurso de avaliação curricular, de acordo Subsecção III
com as vagas existentes:
Carreira de Subchefe de Polícia
a) De entre os Chefes de Esquadra habilitados com Artigo 18.º
curso superior que confira grau de licenciatura ou
Postos
com o curso de formação de Oficial de Polícia,
com um mínimo de dois anos de efetividade A Carreira de Subchefe de Polícia desenvolve-se pelos
de serviço prestado no posto. seguintes postos:
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
Segundo Subchefe
proporcionar informações sobre a viabilidade
A promoção para o posto de Segundo Subchefe é feito, de manutenção da relação funcional, por via
de acordo com as vagas existentes, de entre Agentes da nomeação definitiva, nos serviços indica-
aprovados em curso ou concurso, pela ordem de classi- dos nas alíneas subsequentes;
ficação obtida.
d) O candidato pode escolher, com base numa lista
Subsecção IV
a publicar pela Direção Nacional da Polícia
Carreira de Agente de Polícia Nacional (DNPN), com trinta dias de ante-
Artigo 23.º cedência em relação à data do fim do Curso
de Formação de Agentes, os Comandos,
Postos
Unidades ou Serviços, onde há vaga ou dispo-
A Carreira de Agente de Polícia desenvolve-se pelos nibilidade para sua colocação, por um período
seguintes postos: não superior a três anos;
a) Agente de 2.ª Classe; e) O período de colocação do Agente de 2.ª Classe
b) Agente de 1.ª Classe; inclui os dois primeiros anos da fase probató-
ria, mais os três anos de colocação, a contar a
c) Agente Principal. partir da data de nomeação;
Artigo 24.º
f) A segunda e/ou sucessivas colocações devem ser
Agente Principal feitas nos termos previstos no n.º 2 do artigo
A promoção para o posto de Agente Principal é feita 94.º e 94.º-D, fazendo jus à natureza da con-
de acordo com as vagas existentes, de entre os Agentes dição policial.
de 1.ª Classe, com pelo menos cinco anos de efetividade 3. Os requisitos de recrutamento e os métodos de sele-
de serviço prestado no posto, aprovados no respetivo ção de pessoal para admissão a frequência do Curso de
concurso de avaliação curricular, pela ordem das clas- Formação de Agentes da PN são aprovados por Decreto-
sificações obtidas. regulamentar.
Artigo 25.º
4. O plano do curso referido no número anterior,
Agente de 1.ª Classe
bem como o processo de avaliação e respetivo relatório
A promoção para o posto de Agente de 1.ª Classe é final do período probatório, referido na alínea c) do n.º 2,
feita, mediante concurso de avaliação curricular e de são aprovados por despacho do membro do Governo
acordo com as vagas existentes, de entre os Agentes de responsável pela segurança interna, sob proposta do
2.ª Classe com um mínimo de três anos de efetividade Diretor Nacional da PN, e publicado na II Série do
de serviço prestado. Boletim Oficial.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
Promoção
correspondente ao lugar de origem, têm ainda os seguin-
tes direitos: Artigo 30.º
Conceito
a) Remunerações adicionais;
A promoção consiste no acesso ao posto imediatamente
b) Abonos para despesas de instalação individual,
superior, no âmbito da mesma carreira, ou a posto de
transporte, seguro embalagem de móveis e
ingresso de outra carreira.
bagagens e despesas eventuais;
Artigo 31.º
c) Outros abonos para despesas quando chamados
Requisitos de promoção
a Cabo Verde ou mandados deslocar em ser-
viço extraordinário dentro do Estado em que Salvo o disposto em contrário no presente diploma, a
estejam acreditados ou fora dele. promoção depende da verificação cumulativa dos seguin-
tes requisitos:
4. Os quantitativos das remunerações e abonos a
que se refere o n.º anterior são fixados por despacho a) Existência de vaga;
conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas b) Tempo mínimo e ininterrupto de serviço efetivo
Relações Exteriores e Segurança Interna, os quais são prestado no posto imediatamente inferior;
estabelecidos segundo os critérios em uso para pessoal
c) Avaliação de desempenho no serviço mínima
equiparável do Ministério dos negócios estrangeiros em
de “Bom”, nos termos do Regulamento de
serviço no estrangeiro.
Avaliação;
5. O número de oficiais de ligação é fixado por despacho
d) Aprovação em concurso ou curso adequado para o
conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas exercício das funções inerentes ao novo posto.
Relações Exteriores e Segurança Interna
Artigo 32.º
6. Quando tal se revelar apropriado, sob proposta do Tipificação
membro do Governo responsável pela Segurança Interna,
os oficias de ligação podem ser acreditados pelo Ministério A promoção pode ser por distinção, por escolha e por
dos Negócios Estrangeiros como adidos junto das missões antiguidade nos termos dos artigos seguintes.
diplomáticas de Cabo Verde no estrangeiro e utilizar a Artigo 33.º
mala diplomática, com observância das regras em vigor Promoção por distinção
para o seu uso.
1. A promoção por distinção consiste no acesso a posto
7. O tempo de serviço prestado pelos oficias de ligação imediatamente superior, independentemente da exis-
conta para todos os efeitos legais como se tivesse sido tência de vaga, da posição na escala de antiguidade e da
prestado no quadro de origem. satisfação das condições gerais de promoção.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
2. A promoção por distinção tem por fim premiar os 2. O arguido será promovido e ocupará o seu lugar na
seguintes elementos da PN: lista de antiguidades com direito a receber as diferenças
de remuneração nos seguintes casos:
a) Os que tenham cometido feitos de extraordiná-
ria valentia ou de excecional abnegação na a) Se o processo for arquivado sem qualquer proce-
defesa de pessoas e bens ou do património na- dimento;
cional, com risco da própria vida;
b) Se a decisão condenatória for revogada;
b) Os que, ao longo da sua carreira, tenham de-
c) Se a pena aplicada for de natureza não criminal
monstrado elevada competência técnica e e não implicar baixa da classe de comporta-
profissional, altos dotes de comando, de dire- mento.
ção ou de chefia, bem como tenham prestado
serviços relevantes que contribuam para o Artigo 37.º
prestígio do país e da Polícia Nacional. Curso e concurso de promoção
3. Os elementos promovidos por distinção a um posto Os critérios de seleção, admissão, frequência dos cursos
para o qual é exigido curso de promoção devem frequentá-lo, e estágios e a realização dos concursos de promoção, bem
logo que possível, sob a forma de estágio. como as respetivas regras processuais, são fixados por
4. As promoções referidas nos números anteriores são Decreto-regulamentar.
da competência do Conselho de Ministros, sob proposta do Artigo 38.º
membro do Governo responsável pela Segurança Interna.
Despachos de promoção
5. O processo para a promoção por distinção deve ser
organizado com os documentos necessários para o per- A promoção do pessoal policial da PN é feita:
feito conhecimento dos fatos praticados e nas condições a) Por despacho do membro do Governo responsá-
a fixar por Portaria do membro do Governo responsável vel pela Segurança Interna, para os postos da
pela Segurança Interna. Carreira de Oficias Subalterno e Superior da
6. A promoção por distinção pode ter lugar a título Policia;
póstumo. b) Por despacho do Diretor Nacional, para os postos
Artigo 34.º das carreiras de Subchefe e Agente.
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
2. Conta-se ainda como tempo de serviço, no sentido de na lista de antiguidade respetiva, a data da sua antigui-
serviço prestado ao Estado, para efeitos de cálculo da re- dade passará a ser a do elemento que, na nova posição,
muneração da pré-aposentação e pensão de aposentação, lhe fica imediatamente a seguir na ordem descendente,
o tempo de serviço prestado na PN, acrescido do prestado salvo se outra data for indicada no documento que de-
no exercício de outras funções públicas. terminar a alteração.
3. Não será contado como tempo de serviço efetivo: Secção IV
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
necessárias adaptações, aos alunos do curso de formação 3. Considera-se na efetividade de funções o pessoal
de Oficiais de Polícia e aos Chefes de Esquadra oriundos policial:
desse curso que não tenham vínculo com a PN anterior-
mente ao início da frequência da referida formação. a) Em comissão normal de serviço no quadro de ori-
gem;
Artigo 47.º
b) Em comissão ordinária de serviço no quadro de
Apreciação da aptidão física e psíquica origem;
1. A aptidão física e psíquica é apreciada através de: c) Na inatividade temporária por doença ou acidente.
a) Provas de aptidão física; 4. Considera-se fora da efetividade de funções o pessoal
b) Inspeção médica; que, para além de outras situações previstas na lei, se
encontre:
c) Exame psicotécnico.
a) No cumprimento de pena a que a legislação pe-
2. A aptidão física e psíquica será regulada por Portaria nal ou disciplinar atribua esse efeito;
conjunta dos membros do Governo responsáveis pela b) De licença sem vencimento ou de longa duração
Segurança Interna e Saúde. prevista na lei;
Artigo 48.º
c) Em ausência ilegítima do serviço;
Inspeção médica e exame psicotécnico
d) Em comissão especial de serviço.
O pessoal policial deve ser obrigatoriamente submetido 5. O pessoal policial na situação de ativo pode encon-
a inspeção médica e a exame psicotécnico nos casos de trar-se, em relação à prestação de serviço:
ingresso e em outros casos legalmente previstos.
a) Em comissão normal de serviço;
Secção V
b) Em comissão ordinária de serviço no quadro de
Avaliação de Desempenho
origem;
Artigo 49.º
c) Em comissão extraordinária de serviço;
Sistema de avaliação
d) Em comissão especial de serviço.
1. O pessoal policial em efetividade de serviço está
sujeito à avaliação anual do seu mérito profissional. Artigo 52.º
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
3. Salvo razões ponderosas e devidamente justificadas, 2. Considera-se, ainda, adido ao quadro o pessoal po-
a escolha de pessoal policial para o desempenho de cargos licial em comissão normal de serviço:
de Direção, Comando ou Chefia é irrecusável. a) Que aguarde a execução de decisões que deter-
minem a separação do serviço ou que, tendo
4. A recusa injustificada de desempenho de cargos
passado à situação de aposentação, aguarde
constitui violação de dever especial punível nos termos
publicação do ato que determinou a sua mu-
do Regulamento Disciplinar do Pessoal Policial da PN. dança de situação;
Artigo 54.º
b) Que esteja fisicamente diminuído, em conse-
Garantia de direitos quência de ferimentos contraídos no exercício
O pessoal policial da PN que, nos termos dos artigos de funções de manutenção ou reposição da
2 133000 002472
52.º e 53.º, se encontre em comissão normal, ordinária ordem e tranquilidade públicas ou de tarefas
ou especial de serviço mantém os direitos e regalias com aquelas diretamente relacionadas, e seja
inerentes à situação de origem, salvo os que suponha a considerado apto para o desempenho de car-
prestação efetiva de funções policiais. gos ou funções que dispensem plena validez.
Considera-se em comissão extraordinária de serviço o 1. O abate de pessoal policial do quadro é feito nos
pessoal que se encontre na situação prevista nos n.ºs 4 termos do número seguinte.
e 5 do artigo 5.º 2. É abatido definitivamente do quadro o pessoal po-
Artigo 56.º licial que se encontrar numa das seguintes situações:
Comissão especial de serviço a) Aposentação;
O pessoal policial que desempenhe funções fora dos ca- b) Demissão;
sos previstos nos artigos anteriores ou seja nomeado para
c) Exoneração;
o desempenho de funções qualificadas como de interesse
público considera-se em comissão especial de serviço. d) Mudança de quadro;
Artigo 57.º e) Reforma compulsiva;
Situações em relação ao quadro f) Abandono de lugar.
O pessoal policial da PN pode estar numa das seguintes Artigo 61.º
situações em relação ao quadro:
Supranumerário
a) No quadro;
1. Considera-se supranumerário o pessoal com funções
b) Adido ao quadro; policiais na situação de ativo e em comissão normal de
serviço que, não sendo adido, não tenha vaga no quadro.
c) Abatido ao quadro;
2. A situação de supranumerário pode resultar de
d) Supranumerário.
qualquer das seguintes circunstâncias:
Artigo 58.º
a) Por promoção por distinção;
Pessoal no quadro
b) Por regresso da situação de adido;
Considera-se no quadro o pessoal que ocupa as res-
petivas vagas e é contado nas dotações e nos efetivos c) Por reabilitação em consequência de revisão de
aprovados por lei. processo disciplinar ou criminal.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
3. O pessoal supranumerário preenche obrigatoriamente c) Seja declarado pela Junta de Saúde com inca-
a primeira vaga que ocorra no respetivo quadro e no seu pacidade parcial permanente para o exercício
posto, por ordem cronológica da sua colocação naquela das correspondentes funções policiais, mas
situação, ressalvados os casos especiais previstos na lei. apresente capacidade para o desempenho de
outras funções.
Secção III
Inatividade Temporária
d) Esteja em inatividade temporária, por acidente
ou doença não considerados em serviço ou por
Artigo 62.º motivo do mesmo, há pelo menos um ano.
Conceito
e) Apresente evidentes sinais exteriores de debili-
Considera-se em inatividade temporária o pessoal que dade física ou mental devidamente compro-
se encontre afastado do serviço por prazo determinado ou vados por relatório do médico assistente que
indeterminado, designadamente por motivo de doença ou manifestamente ponham em causa a sua
acidente ou por aplicação de pena disciplinar ou criminal. imagem pessoal ou da instituição ou suscetí-
veis de inviabilizar a relação funcional.
Artigo 63.º
2. A passagem à situação de pré-aposentação depende
Efeitos da inatividade temporária
de requerimento, que deve ser acompanhado de uma
1. Decorridos quarenta e oito meses de inatividade declaração de disponibilidade para o serviço, dirigido ao
temporária por doença ou acidente e a junta médica não membro do Governo responsável pela Segurança Interna.
esteja ainda em condições de se pronunciar quanto à ca- Artigo 66.º
pacidade ou incapacidade definitiva do pessoal policial,
Regime de pré-aposentação
deve ser observado o seguinte:
1. O pessoal policial da PN em situação de pré-aposen-
a) Se a inatividade for resultante de acidente ou
tação pode encontrar-se em efetividade de serviço ou fora
doença não considerados em serviço nem por
de efetividade de serviço.
motivos do mesmo, o elemento policial tem de
optar pela passagem à situação de licença sem 2. O pessoal policial da PN em regime jurídico de pré-
vencimento ou de aposentação, neste último -aposentação deve permanecer nessa situação até reunir
caso, se preencher os requisitos previstos na lei; os pré-requisitos exigidos pelo regime de aposentação,
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
10. O regime disciplinar aplicado ao pessoal na situação 2. A exoneração não pode ser recusada desde que
de pré-aposentação é o mesmo que o aplicado ao pessoal tenha sido requerida com pelo menos sessenta dias de
no ativo, com as necessárias adaptações antecedência.
11. O disposto na parte final do n.º 7 aplica-se igual- 3. Se, porém, o requerente tiver solicitado com ante-
mente ao pessoal policial do ramo da Guarda Fiscal e da cedência inferior, a exoneração ser-lhe-á, no entanto,
Policia Marítima, a partir do momento em que deixem de concedida no termo do prazo referido no número anterior.
perceber os emolumentos a que têm direito.
Secção V
CAPÍTULO V
tenha prestado, pelo menos, cinco anos de 1. Sem prejuízo do disposto no Código Ético e no Código
serviço; de Honra, no cumprimento da sua missão o pessoal poli-
d) Reúna as condições estabelecidas na lei para a cial da Polícia Nacional rege-se pelos seguintes princípios
aposentação extraordinária. de atuação:
Artigo 69.º a) Respeito absoluto pelos preceitos legais contidos
Data da passagem à situação de aposentação na Constituição e demais leis da República;
A data da passagem à situação de aposentação é aquela b) Rigoroso apartidarismo e isenção na sua atua-
em que, nos termos da lei, o pessoal é considerado abran- ção;
gido pela condição ou despacho que a motivou.
c) Obediência rigorosa às orientações, instruções,
Artigo 70.º ordens e determinações dos seus superiores;
Limites de idade d) Relacionamento adequado com os cidadãos,
Os limites de idade para a passagem à situação de apo- usando de correção e de boa conduta, em ser-
sentação para o pessoal policial da PN são os seguintes: viço ou fora dele, especialmente quando seja
solicitado o seu auxílio ou intervenha em ope-
a) Oficiais Superiores - 60 anos;
ração policial;
b) Oficiais Subalternos - 58 anos;
e) Prevenção eficaz e firme repressão das ações ile-
c) Subchefes e Agentes - 56 anos. gais, incutindo nos cidadãos o sentimento de
Artigo 71.º segurança e tranquilidade e de confiança na
ação da Polícia;
Dependência de processo
f) Utilização prioritária de meios de persuasão so-
A transição para a situação de aposentação depende de
processo organizado e concluído nos termos da lei geral. bre quaisquer medidas de coação, em caso de
alteração da ordem pública;
Secção VI
g) Uso de meios coercivos adequados e estritamen-
Exoneração
te necessários para repor a legalidade, impe-
Artigo 72.º dir uma agressão iminente ou em execução,
Condições
em legítima defesa própria ou alheia, para
vencer a resistência à execução de ordem le-
1. O pessoal policial da PN pode ser exonerado do gítima e manter o princípio da autoridade;
serviço, a seu pedido, mediante requerimento dirigido
ao Diretor Nacional e mediante despacho do membro do h) Firmeza, rapidez e oportunidade na interven-
Governo responsável pela Segurança Interna. ção, sempre que esta se revele necessária;
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
i) Utilização de armas de fogo apenas nos casos 4. A frequência da ação de formação ocorre sem perda
previstos na lei; de remunerações até o seu tempo normal de duração e
obriga o beneficiário, após a conclusão do curso ou esta-
j) Disponibilidade e prontidão permanentes para o
gio, a prestar serviço na PN durante um período igual a
serviço e atuação como agente de autoridade;
duas vezes o tempo de duração da licença ou a reembolsar
k) Não servir-se, por qualquer modo, da arma que lhe o Estado no montante total das despesas suportadas
estiver distribuída, da qualidade que possui, do calculadas em dobro, incluindo as remunerações pagas.
cargo que exerce ou da função que desempenha, Artigo 78.º
para tirar proveitos pessoais ou beneficiar ter-
Incompatibilidades e acumulação de funções
ceiros, qualquer que seja a sua natureza;
l) Não intervir em assunto de natureza exclusiva- 1. O pessoal policial da PN está sujeito ao regime geral
mente civil, limitando a sua ação, ainda que de incompatibilidades e acumulação de funções públicas e
requisitada, à manutenção da ordem pública, privadas aplicável à Administração Publica, sem prejuízo
salvo tentativas de conciliação em questões do disposto nos números seguintes.
de pequena importância; 2. É vedado ao pessoal policial o exercício, remune-
m) Prestação, dentro do quadro legal das suas com- rado ou não, de quaisquer cargos de caráter público ou
petências, a devida colaboração a autoridades privado, salvo os de natureza docente e de investigação
ou entidades públicas e privadas que a soli- científica de interesse para a corporação, mediante pre-
citem. via autorização do membro do Governo responsável pela
Segurança Interna.
2. O Código Ético e o Código de Honra do pessoal po-
licial da Polícia Nacional são aprovados por Portaria do 3. A acumulação de funções no âmbito da PN pode ser
membro do Governo responsável pela segurança interna. determinada, a título excecional, por despacho funda-
mentado:
Artigo 75.º
Dever profissional a) Do Diretor Nacional, para as acumulações em
comando diferente daquele em que o pessoal
1. O pessoal policial, ainda que se encontre fora do presta serviço;
horário normal de trabalho e da área de jurisdição do
2 133000 002472
local onde exerça funções, que tenha conhecimento da b) Dos respetivos comandantes, nos restantes casos.
preparação ou consumação de algum crime, ainda que 4. A acumulação de funções deve constar em Ordem
fora da sua área de responsabilidade, deve tomar ime- de Serviço.
diatamente, até a intervenção da autoridade de polícia
Artigo 79.º
criminal competente, as providências urgentes, dentro
da sua esfera de competência, para evitar a prática ou Proibição de exercício de atividade comercial, industrial ou
outras incompatíveis
para descobrir e capturar os agentes de qualquer crime
de cuja preparação ou execução tenha conhecimento. 1. O pessoal policial deve privar-se de exercer quais-
2. O pessoal policial que tenha conhecimento de fatos quer atividades de natureza comercial ou industrial e
relativos a crimes deve comunicá-los imediatamente ao quaisquer outras de natureza lucrativa, relacionadas
seu superior hierárquico ou à entidade competente para com o exercício das suas funções ou incompatíveis com
a investigação. esta, enquanto na efetividade de funções.
Artigo 76.º 2. Fica especialmente vedado ao pessoal policial da
Sigilo Profissional
PN a exploração da indústria de transportes públicos
urbanos, designadamente Táxi, e interurbanos.
O pessoal policial da PN está sujeito ao sigilo profis-
Artigo 80.º
sional nos termos da lei.
Sujeição a exames
Artigo 77.º
Formação 1. Em ato de serviço, o pessoal policial pode ser sub-
metido a exames médicos, a testes ou outros meios de
1. O pessoal policial é obrigado, salvo por razões ponde- diagnóstico apropriados, designadamente com vista à
rosas, de serviço ou outras, a frequentar as ações de for- deteção de consumo de bebidas alcoólicas, estupefacientes
mação que lhes sejam destinados ou para o qual tenham e substâncias psicotrópicas.
sido indigitados e a manter-se atualizado, nomeadamente
no que diz respeito a legislação que enquadra e regula o 2. O grau de alcoolémia, bem como os processos a uti-
exercício das suas funções. lizar na sua deteção são fixados por Portaria conjunta
dos membros do Governo responsáveis pela Segurança
2. A PN poderá destacar pessoal policial para ações de Interna e Saúde.
formação em organismos estranhos à instituição, nos ter-
Artigo 81.º
mos de protocolos de cooperação celebrados, justificadas
por necessidades de serviço. Atos e cerimónias oficiais
3. A inexistência de ações de formação, por inércia da Em atos e cerimónias oficiais de caráter civil ou militar,
administração, não pode prejudicar o desenvolvimento o pessoal policial da PN deve colocar-se por ordem de
na carreira. postos e, sendo possível, por antiguidade.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
serviço deve ser adequada à especificidade, exclusividade, dro de origem, caso não tivesse verificado modificação, a
cargo e relevo do serviço que presta. suportar pelo serviço onde exerce as referidas funções.
4. O sistema remuneratório do pessoal policial é es- 2. O pessoal civil requisitado ou nomeado em comissão
tabelecido por Decreto-lei, sem prejuízo do estatuído no de serviço na PN pode optar pela remuneração corres-
presente diploma. pondente ao lugar de origem.
Artigo 85.º 3. Os funcionários públicos em comissão de serviço na
PN conservam todos os direitos consagrados nos respeti-
Subsídio de risco
vos estatutos, considerando-se os serviços prestados como
1. Tem direito ao subsídio de risco o pessoal policial se fossem na categoria e quadro de origem.
que integra os contingentes de efetivos afetos às unidades Artigo 91.º
especiais, brigadas de investigação criminal e anticrime
Direito a alojamento e alimentação em casos especiais
(BIC-BAC) e piquetes.
1. Ao pessoal policial da PN que integre o contingente de
2. O montante do subsídio a que se refere o n.º anterior
efetivos afetos às unidades especiais e piquetes, quando
será estabelecido por Decreto-lei. em serviço, é concedida alimentação por conta do Estado
Artigo 86.º e alojamento nas instalações dos serviços.
Subsídio de condição policial 2. O pessoal policial da PN que esteja a frequentar as
1. Todo o pessoal policial da PN que integra o con- ações de formação no país com interesse para a PN tem,
igualmente, direito a alojamento nas instalações policiais
tingente de efetivos no ativo tem direito a um subsídio
e alimentação por conta do Estado.
mensal de condição policial, sem prejuízo do estatuído
no artigo 125.º. 3. No caso previsto no número anterior o pessoal poli-
cial tem direito a um terço de ajudas de custo.
2. O montante do subsídio a que se refere o n.º anterior
será estabelecido por Decreto-lei. 4. O quantitativo da verba diária de alimentação refe-
rida nos números 1 e 2 é fixado por despacho do membro
Artigo 87.º do governo responsável pela Segurança Interna, sob
Subsídio de instalação proposta do Diretor Nacional e com base nas disponibi-
lidades orçamentais.
1. Tem direito a subsídio de instalação o pessoal policial
da PN no ativo que, no interesse do serviço, for transferido Artigo 92.º
para outro local fora da área de jurisdição do Comando Vestuário
Regional em causa e que implique mudança de domicílio.
1. O pessoal policial da PN afeto às unidades de pro-
2. O subsídio de instalação destina-se a compensar o teção a altas entidades tem direito ao fornecimento de
pessoal policial pelas despesas e encargos decorrentes da fatos completos em número e periodicidade a estabelecer
sua deslocação e do seu agregado familiar. no Estatuto Remuneratório.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
2. O pessoal policial em efetividade de funções tem 2. A colocação a que se refere o número anterior é
direito a receber fardamento completo de dois em dois efetuada por antiguidade, mediante a indicação por
anos ou anualmente quando se justificar. ordem de preferência dos postos de trabalho disponíveis
Artigo 93.º resultantes da execução do procedimento extraordinário
de colocação por transferência.
Residência
Artigo 94.º-C
1. O pessoal policial deve ter residência habitual no
Concelho onde presta serviço ou em local que diste menos Colocação por convite
de 20 km daquela.
1. A colocação por convite consiste na colocação de ele-
2. O pessoal que pretenda residir em localidade situada a mento policial na Direção Nacional, estabelecimento de
mais de 20 km do local onde habitualmente presta serviço, ensino policial, ou Serviços Sociais da PN para ocupação
desde que não haja prejuízo para a total disponibilidade de posto de trabalho na mesma categoria.
para o serviço, e as circunstâncias assim o aconselhem,
2. A colocação por convite é extensiva a situações de
pode a tal ser autorizado por despacho do Diretor Nacional.
preenchimento de posto de trabalho em comandos terri-
Artigo 94.º toriais para os quais seja exigida formação e experiência
Instrumentos de mobilidade interna específica.
1. O pessoal policial está sujeito a ser transferido ou 3. A colocação por convite pressupõe o interesse do
colocado por conveniência de serviço para qualquer ilha serviço e o acordo do visado.
ou concelho do país, nos termos da lei. 4. O procedimento é objeto de anúncio em ordem de
2. São instrumentos específicos de mobilidade interna serviço.
entre serviços da PN: 5. A colocação por convite faz-se por períodos de três
a) A colocação por oferecimento; anos, prorrogáveis por iguais períodos até ao limite de
doze anos.
b) A colocação por nomeação em categoria superior;
Artigo 94.º-D
c) A colocação por convite;
Colocação por conveniência de serviço
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
1. O pessoal policial colocado por nomeação em catego- 1. O cumprimento de prisão preventiva e das penas
ria superior, convite, conveniência de serviço ou comissão privativas de liberdade por parte do pessoal policial
de serviço, em localidade que diste a mais de 50 km (cin- ocorrerá em estabelecimentos prisionais especiais.
quenta quilómetros) da sua residência habitual, ou entre
ilhas, e mude efetivamente de residência, tem direito a 2. Nos casos em que não seja possível a observância do
dispensa do serviço para instalação até sete dias seguidos. estabelecido no número anterior, o cumprimento de pri-
são preventiva e das penas ou outras medidas privativas
2. O direito referido no número anterior é exercido
da liberdade terá lugar em estabelecimentos prisionais
obrigatoriamente no período imediatamente anterior à
data fixada para a apresentação. comuns, em regime de absoluta separação dos restantes
detidos ou presos, o mesmo sucedendo relativamente à
3. Em casos excecionais, devidamente fundamentados, sua remoção ou transporte.
o Diretor Nacional da PN pode autorizar o exercício do
direito de dispensa em período diferente do previsto no 3. Na falta de espaços especificamente destinados à
número anterior. separação determinada nas situações indicadas nos n.ºs
4. Nos casos previstos no n.º 1, o pessoal policial tem, anteriores, a autoridade judiciária competente, providen-
ainda, direito: cia com a efetiva coadjuvação do dirigente máximo dos
serviços penitenciários do departamento governamental
a) A um subsídio de instalação de montante líquido responsável pela justiça e a expensas do orçamento da
correspondente a trinta dias de ajudas de cus- PN, no mais curto tempo útil, o modo do adequado aco-
to; e
lhimento, deslocação ou remoção do detido ou preso que,
b) Ao pagamento de despesas de transporte dos entretanto, fica depositado à guarda do piquete da PN ou
membros do seu agregado familiar. da entidade que, por lei, suas vezes fizer.
5. O pessoal policial, durante o período probatório, não 4. O pessoal policial que se encontre na situação de
tem direito ao abono de ajudas de custo por mudança detido ou preso por autoridade judicial, policial ou militar
de residência, quando colocados ou transferidos para
ou por tribunal competente, tem o direito de comunicar
Concelhos diferentes da sua residência habitual.
com os seus superiores hierárquicos e, nos termos da lei,
2 133000 002472
6. O disposto no presente artigo não é aplicável quando com advogado ou defensor da sua livre escolha.
a colocação ocorra por motivos disciplinares.
Artigo 97.º
Artigo 94.º-G
Uso e porte de arma de fogo
Prestação de serviço nas Unidades Especiais
1. O pessoal policial da PN tem direito à detenção, uso
1. O regime de recrutamento, colocação e prestação de e porte de armas de qualquer natureza, independentemente
serviço na Unidade Especial (UE) é aprovado por despa- de licença ou autorização, sendo, no entanto, obrigado a
cho do Diretor Nacional da PN, sem prejuízo do disposto proceder ao seu manifesto, logo que o adquira.
nos números seguintes.
2. O disposto no número anterior não se aplica ao
2. A colocação do pessoal na UE é feita em regime de
pessoal a quem tenha sido aplicada a pena disciplinar
comissão de serviço por períodos de dois anos, sucessi-
vamente renováveis por iguais períodos. de aposentação compulsiva.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
3. O regime de utilização dos transportes públicos cole- a) Cônjuge sobrevivo, unidos de fato, divorciados,
tivos, bem como a compensação às transportadoras pela separados judicialmente de pessoas e bens e
utilização referida nos números anteriores pelo pessoal as pessoas que estiverem nas condições pre-
policial será objeto de Portaria conjunta dos membros vistas nos artigos 1713.º a 1722.º do Código
do Governo responsáveis pela Segurança Interna e das Civil e descendentes;
Finanças. b) Pessoa que tenha criado e sustentado o falecido
Artigo 99.º ou desaparecido;
Bilhete de identidade policial c) Ascendente de qualquer grau;
1. O pessoal policial tem direito ao uso de um bilhete d) Irmãos.
de identidade policial de modelo especial.
2. O direito previsto no presente artigo, incluindo o
2. Os alunos do Centro de Formação da PN, que fre- seu montante, reconhecimento e requisitos especiais de
quentam cursos para ingresso nas carreiras na PN devem atribuição é regulado por Decreto-lei.
usar um cartão de identificação próprio.
Artigo 103.º
3. O bilhete de identidade policial, que não substitui o
Prestações do Serviço Social da PN
bilhete de identidade de cidadão nacional, deverá constar,
obrigatoriamente, a situação profissional do respetivo 1. O pessoal policial da PN e seus familiares têm direito
titular. a prestações sociais, através do Serviço Social da PN, de
acordo com o estabelecido em regulamento próprio.
4. O modelo de bilhete de identidade policial e o cartão
de identificação previsto nos números anteriores são 2. O Serviço Social da Polícia Nacional é isento de
aprovados por Portaria dos membro do Governo respon- custas nos processos judiciais, administrativos, fiscais e
sável pela área da Segurança Interna. aduaneiros em que for interessado e de taxas de licenças
para obras.
Artigo 100.º
Direito de acesso a lugares abertos ao público
3. O Serviço Social da PN beneficia de 10% das coi-
mas aplicadas pelo pessoal policial no exercício da sua
Desde que em serviço e apresente o bilhete de identidade atividade.
policial, o pessoal policial, em ato e missão de serviço, tem
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
O pessoal dirigente e de investigação criminal da PN O pessoal policial tem direito a conhecer a avaliação de
não podem ser presos ou detidos sem culpa formada, que for objeto por parte dos seus superiores, hierárquicos
salvo em flagrante delito por crime punível com pena com as limitações estabelecidas na lei.
superior a três anos. Artigo 110.º
Artigo 106.º Uso de uniforme e distintivo
Habitação
1. O pessoal policial tem direito ao uso de uniforme e
1. O pessoal dirigente da PN tem direito a moradia a distintivos próprios da PN.
ser fornecida gratuitamente pelo Estado.
2. Os modelos de uniforme e distintivo e o seu uso por
2. Sempre que não seja possível garantir habitação por parte do pessoal policial constam de Portaria do membro
conta do Estado, o pessoal referido no número anterior do Governo responsável pela segurança interna.
tem direito a um subsídio mensal de residência de valor Artigo 111.º
a fixar no Estatuto remuneratório.
Aumento de tempo de serviço
Artigo 107.º
1. O pessoal policial da PN tem direito ao aumento
Direitos especiais do Diretor Nacional e seus Adjuntos
de 20% de tempo de serviço para efeitos de pré-apo-
1. O Diretor Nacional da PN goza, ainda, para além do sentação e aposentação, contado a partir da data da
disposto nos artigos antecedentes, dos seguintes direitos: sua posse.
a) Proteção especial da sua pessoa, familiares e 2. Salvo disposição legal em contrário, o aumento de
bens, mesmo depois de cessação de funções, tempo de serviço previsto no n.º anterior não beneficia
a requisitar ao comando da força policial da ao pessoal enquanto estiverem numa das seguintes
área da sua residência, sempre que pondero- situações:
sas razões de segurança o exigem;
a) A frequentar os cursos de formação de Oficiais
b) Moradia condigna, devidamente mobilada, for- ou de Agentes de Polícia;
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
e) Até três dispensas de serviço em cada mês e nove 1. A licença sem vencimento de longa duração rege-se
em cada ano. pelo disposto na lei geral, com as especificidades cons-
Artigo 117.º tantes dos números seguintes.
Licença para estudos 2. A licença sem vencimento de longa duração pode ser
concedida nas seguintes condições:
1. A licença para estudos pode ser concedida a reque-
rimento do pessoal policial para a frequência de cursos, a) Decorridos que sejam 7 anos após o ingresso na
estágios ou outras ações de formação, em estabelecimen- carreira de Oficial de Polícia;
tos de ensino nacionais ou estrangeiros civis e estranhos b) Decorridos que sejam cinco anos após o ingresso
à corporação e de que resulte valorização profissional e na respetiva carreira para o restante pessoal.
técnica do beneficiário, mediante concurso e dentro dos
3. O pessoal na situação de licença de longa duração fica
limites das vagas fixadas para cada ano letivo.
privado do uso de arma de fogo legalmente distribuída,
2. São condições preferências na seleção dos candidatos uniformes, distintivos e insígnias da PN, bem como do
reunir, cumulativamente, o maior tempo de serviço efetivo uso do bilhete de identidade policial.
prestado à PN, a melhor avaliação de serviço e classe
Secção V
de comportamento obtido nos três anos imediatamente
anteriores. Recompensas
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
ANEXO I
Transição do pessoal para as carreiras e postos do quadro de pessoal da PN
(a que se refere o artigo 122.º)
Superintendente - - - Superintendente
Intendente - - - Intendente
Subintendente - - - Subintendente
Subalternos
Comissário - - - Comissário
Oficiais
ANEXO II
Principais funções do pessoal Policial
(a que se refere o artigo 27.º)
POSTOS FUNCÕES
POSTOS FUNÇÕES
Superintendente-geral Assunção de responsabilidades a nível da Direção Nacional
Comando e controlo de unidades operacionais de grande complexidade.
Assessoria técnica de elevado grau de qualificação e responsabilidade.
Participação em comissões ou grupos de trabalho de alto nível que exijam
conhecimentos altamente especializados ou uma visão global da organização
Formação do pessoal Policial
Superintendente Assunção de responsabilidades a nível da Direção Nacional
Comando e controlo de unidades operacionais complexas.
Assessoria técnica de elevado grau de qualificação e responsabilidade.
Participação em comissões ou grupos de trabalho de alto nível que exijam
conhecimentos altamente especializados ou uma visão global da organização.
Inspeção.
Funções docentes.
Formação do pessoal Policial.
Intendente Funções de execução. Cargos de direção de serviços centrais
Comando e controlo de unidades operacionais complexas.
Assessoria técnica de elevado grau de qualificação e responsabilidade.
Participação em comissões ou grupos de trabalho de alto nível que exijam
conhecimentos altamente especializados ou uma visão global da organização.
Inspeção.
Instrução de processos disciplinares
Funções docentes.
Formação do pessoal Policial.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
é revogado o Decreto-lei n.º 53/2006, de 20 de novembro, 1. A Universidade de Cabo Verde é uma instituição
alterado pelos Decreto-lei n.º 19/2007, de 21 de maio, pública de ensino superior que, através das atividades
Decreto-lei nº 11/2009, de 20 de abril, Decreto-lei de ensino, investigação e extensão, fomenta a criação e
n.º 23/2011, de 24 de maio, Decreto-lei n.º 24/2011, de a difusão da cultura, da ciência e da tecnologia, de modo
24 de maio, e Decreto-lei n.º 52/2013, de 20 de dezembro. a promover a qualificação da nação cabo-verdiana, como
fator estratégico do desenvolvimento humano e susten-
Artigo 3.º
tável do país.
Entrada em vigor
2. A Uni-CV prossegue, entre outros, os seguintes fins:
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
a) Promover o desenvolvimento humano na sua in-
da sua publicação.
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
Estatutos:
extensão, de natureza cultural e científica, necessárias
i) Definir os seus objetivos e metas; à prossecução dos seus fins.
ii) Elaborar os respetivos planos e programas e Artigo 6.º
assegurar a sua execução e avaliação; Autonomia pedagógica
iii) Garantir o livre exercício das funções de do- 1. No exercício da sua autonomia pedagógica, sem
cência, investigação e extensão universitária, prejuízo do estabelecido na lei, a Uni-CV goza da facul-
bem como, assegurar um amplo acesso às fon- dade de criar, suspender e extinguir cursos, tendo em
tes de informação exigidas pelo processo de consideração as orientações e prioridades de política de
promoção ativa do conhecimento. ensino superior definidas pelo Governo.
d) Qualidade – a Uni-CV assume, nomeadamente, 2. A Uni-CV tem autonomia na elaboração dos planos
as seguintes dimensões como constitutivas do de estudo e programas das disciplinas, na definição
conceito da qualidade: dos métodos de ensino e aprendizagem, na escolha dos
processos de avaliação de conhecimentos e no ensaio de
i) Relevância, no sentido de que o fazer universi- novas experiências pedagógicas.
tário seja socialmente pertinente;
3. No uso da autonomia pedagógica, a Uni-CV e as
ii) Equidade, no sentido do alargamento das suas unidades asseguram a pluralidade de doutrinas e
oportunidades de acesso e sucesso educativos a métodos que garantam a liberdade de ensinar e aprender.
todos os cabo-verdianos, independentemente da Artigo 7.º
sua condição social e do local de residência; e
Autonomia administrativa, financeira e patrimonial
iii) Abordagem curricular por competências, en-
1. A Uni-CV exerce autonomia administrativa, emite
tendida como a capacidade de mobilizar, de
regulamentos, celebra contratos, pratica atos adminis-
forma integrada, com pertinência e eficácia,
trativos e outros atos nos termos previstos na lei e nos
um conjunto de conhecimentos e outros sabe-
presentes Estatutos.
res adquiridos para a solução de problemas
numa diversidade de situações ou contextos 2. No âmbito da sua autonomia financeira, e no qua-
da vida académica, pessoal, social ou profis- dro dos contratos-programa celebrados com o Estado, a
sional; Universidade de Cabo Verde:
e) Empreendedorismo – a Uni-CV promove, siste- a) Gere livremente as verbas anuais que lhe são
maticamente, no âmbito das atividades acadé- atribuídas no Orçamento do Estado;
micas, a mobilização e a aplicação da ciência, b) Tem a capacidade de transferir verbas entre as
tendo em vista a inovação tecnológica, a pro- diferentes rubricas e capítulos orçamentais;
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
c) Elabora o Plano Estratégico da Universidade ou, promover atividades de ensino, investigação e extensão
em alternativa, o plano plurianual de ativida- acessíveis aos cidadãos dos diversos pontos do território
des, que executa em conformidade com o res- nacional e da diáspora cabo-verdiana.
petivo orçamento e através de planos anuais
2. Para efeitos do disposto no número anterior, a Uni-
de atividades;
CV apoia-se, nomeadamente, nas oportunidades ofereci-
d) Tem capacidade para obter receitas próprias, das pelas Tecnologias de Informação e do Conhecimento.
que gere anualmente através de orçamentos
CAPÍTULO II
privativos, conforme critérios por si estabele-
cidos, e pode arrendar diretamente edifícios ENSINO, INVESTIGAÇÃO E EXTENSÃO
indispensáveis ao seu funcionamento; e Artigo 11.º
e) Exerce as demais competências previstas na lei e Graus e diplomas
nos presentes Estatutos.
1. À Uni-CV compete conferir graus, diplomas e títulos
3. No âmbito da autonomia patrimonial, a Uni-CV académicos e honoríficos, bem como outros certificados
dispõe do seu património sem outras limitações para previstos na lei.
além das estabelecidas por lei.
2. A Uni-CV pode ainda conferir diplomas ou certifi-
4. O património da Uni-CV é constituído pelos bens, cados de formação profissionalizante, de natureza pós-
direitos e obrigações de conteúdo económico, submetidos -secundária, pós-graduada ou de outro nível, nos termos
ao comércio jurídico privado, afetos à realização dos fixados na lei.
seus fins, incluindo os que lhe tenham sido cedidos pelo Artigo 12.º
Estado, por outras entidades públicas ou privadas ou que
lhe estejam, a qualquer título, afetos para a prossecução, Acesso e ingresso
direta ou indireta, das suas atribuições e competências. 1. O regime de acesso e ingresso na Uni-CV obedece ao
5. Integram ainda o património imobiliário da Uni-CV disposto na lei e nos seus regulamentos internos.
os imóveis adquiridos ou construídos, mesmo que em 2. Para além dos requisitos fixados na lei pode, ainda,
terrenos pertencentes ao Estado. a Uni-CV exigir aos candidatos a demonstração de
Artigo 8.º capacidade para a frequência através de provas de co-
2 133000 002472
Autonomia disciplinar
nhecimento ou de aptidão por si elaboradas, nos termos
regulamentares.
1. A Uni-CV dispõe do poder de punir, nos termos da
Artigo 13.º
lei e dos respetivos regulamentos, docentes, estudantes
e trabalhadores não docentes por infrações às normas Regulamentos dos cursos
disciplinares estabelecidas. 1. O Conselho da Universidade aprova os regulamentos
2. Das sanções aplicadas ao abrigo da autonomia dis- gerais dos cursos ministrados na Uni-CV.
ciplinar há sempre direito de recurso, nos termos da lei 2. Cada curso pode ser dotado de um regulamento
e dos regulamentos aplicáveis. específico, aprovado pela respetiva unidade orgânica e
Artigo 9.º ratificado pelo Conselho da Universidade, que, no respeito
Superintendência pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis,
define:
1. No desempenho da sua missão e na prossecução dos
seus fins, a Uni-CV está sujeita à superintendência do a) Os respetivos âmbito e objetivos;
membro do Governo responsável pelo Ensino Superior, b) O seu enquadramento nas estruturas da Uni-
nos termos da lei. CV;
2. O contrato-programa referido no n.º 2 do artigo 7.º c) A sua direção, coordenação e modalidades de
consubstancia a convergência das orientações estraté- funcionamento, a organização curricular, a
gicas do Governo para o ensino superior público com a duração, as condições específicas de acesso, o
missão, os fins e as prioridades da Uni-CV, identifica os grau ou diploma que concede, bem como as
meios colocados à disposição desta para a sua execução e, demais normas necessárias ao seu desempe-
na sua elaboração, obedece aos parâmetros estabelecidos nho eficiente e eficaz.
no Decreto-lei n.º 20/2012, de 19 de julho, na nova reda-
Artigo 14.º
ção dada pelo Decreto-lei n.º 12/2015, de 24 de fevereiro.
Áreas científicas
Artigo 10.º
Organização em rede 1. A Uni-CV ministra o ensino e organiza a investigação
científica em torno das seguintes áreas científicas:
1. Para a prossecução cabal dos seus fins, a Uni-CV
adota o modelo de organização em rede, que consiste em a) Ciências Humanas, Sociais, e Artes;
integrar e potenciar a capacidade das suas diversas uni- b) Ciências Económicas, Jurídicas e Políticas.
dades orgânicas e bem assim das organizações de diferen-
tes níveis e de natureza variada a que estiver associada, c) Ciências da Natureza, da Vida e do Ambiente; e
independentemente da sua localização geográfica, para d) Ciências Exatas, Tecnologias e Engenharias.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
h) Aprovar os instrumentos de gestão previsional, a) Docentes com, pelo menos, 2 (dois) anos de ser-
o plano anual de atividades e de prestação de viço prestado a tempo inteiro na Uni-CV, cuja
contas da Uni-CV nomeadamente o relatório expressão eleitoral deve representar 60%
anual de atividades; (sessenta por cento) dos votos;
i) Aprovar a atribuição do grau de Doutor Honoris
b) Funcionários com, pelo menos, 2 (dois) anos de
Causa a entidades de reconhecido mérito,
serviço prestado a tempo inteiro na Uni-CV,
seja pelo seu percurso académico, seja pelos
com contrato válido no ano letivo em que se
trabalhos científicos desenvolvidos, seja pela
realizam as eleições, cuja expressão eleitoral
intervenção benemérita em relação à Uni-CV
deve representar 20% (vinte por cento) dos
ou a Cabo Verde ou outra razão justificativa o
votos;
bastante para que tal decisão seja tomada; e
j) Pronunciar-se sobre qualquer assunto que, não c) Estudantes com mais de 1 (um) ano de frequên-
se enquadrando na competência específica cia e situação académica regularizada, cuja
de qualquer outro órgão da Uni-CV, lhe seja expressão eleitoral deve representar 20%
apresentado pelo Reitor. (vinte por cento) dos votos.
2. Além do disposto nas competências próprias do 4. É proclamado Reitor o candidato que obtiver a
Reitor, o Conselho da Universidade pode delegar no maioria absoluta dos votos validamente expressos, com
Reitor poderes regulamentares com vista a uma gestão as ponderações previstas no número anterior.
eficiente e eficaz da Universidade. 5. Se nenhum candidato tiver obtido os votos exigidos
Subsecção II no número anterior, procede-se a uma segunda votação,
Reitor à qual são admitidos os 2 (dois) candidatos mais votados
na primeira votação.
Artigo 20.º
Natureza 6. Na segunda votação, a realizar-se em prazo não
superior a 15 (quinze) dias úteis após a realização da
O Reitor é o órgão superior de governo, de direção e de
primeira votação, é proclamado Reitor o candidato que
representação externa da Uni-CV.
obtiver maior número de votos, com as ponderações
Artigo 21.º previstas no n.º 3.
Eleição
7. O processo de eleição do Reitor é conduzido por uma
1. Nos termos da lei, o Reitor é eleito, por escrutínio Comissão Eleitoral eleita pelo Conselho da Universidade,
secreto, de entre docentes doutorados da Uni-CV, com cabendo ainda a este órgão aprovar o respetivo regu-
pelo menos 3 (três) anos de experiência docente, de inves- lamento eleitoral com a observância do disposto nos
tigação e ou de gestão no ensino superior em Cabo Verde. números anteriores.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
Administrador Geral
e) Os coordenadores das comissões especializadas
do Conselho Científico.
1. O Reitor é ainda coadjuvado, em matérias de or-
dem predominantemente administrativa, económica, 2. O Conselho Científico elege o seu presidente de en-
financeira e patrimonial, pelo Administrador Geral da tre os membros referidos nas alíneas a) e b) do número
Universidade, ao qual incumbe: anterior.
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
jam submetidos pelos presidentes destas unidades a) Aprovar, desenvolver e disponibilizar instru-
orgânicas. mentos de promoção da qualidade;
5. As comissões pedagógicas especializadas podem b) Garantir a aplicação das normas de quali-
abranger uma ou mais faculdades ou escolas, em função dade em todos os setores de atividade da
das afinidades destas unidades orgânicas e das condições Universidade;
existentes, nos termos referidos na parte final do número
anterior. c) Organizar, orientar e coordenar a realização de
auditorias e programas de autoavaliação do
6. Sem prejuízo da sua vinculação ao Conselho funcionamento da Universidade e, em parti-
Pedagógico, as comissões especializadas exercem as suas cular, dos cursos;
atribuições em articulação com os órgãos internos das
Faculdades e Escolas. d) Promover um processo de monitorização e/ou
avaliação periódicas dos procedimentos de
Subsecção V controlo de qualidade;
Conselho para a Qualidade e Avaliação
e) Definir e implementar mecanismos e procedi-
Artigo 34.º mentos que permitam a avaliação da eficácia
Função externa dos cursos;
O Conselho para a Qualidade e Avaliação é o órgão f) Definir e implementar mecanismos e procedi-
responsável pelo estabelecimento dos mecanismos de mentos que permitam certificações da quali-
autoavaliação do desempenho da Universidade, das suas dade de desempenho das unidades orgânicas
unidades orgânicas e das suas atividades científicas e e serviços da Universidade bem como dos pro-
pedagógicas. dutos académicos; e
Artigo 35.º g) Aprovar o respetivo regimento e submetê-lo à ra-
tificação do Conselho da Universidade.
Composição
3. Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo anterior,
1. Integram o Conselho para a Qualidade e Avaliação,
à Comissão de Ética do Conselho para a Qualidade e
6 (seis) ou 8 (oito) personalidades de reconhecido mérito
Avaliação compete apreciar e avaliar a observância das
nos meios universitário, cultural, científico e tecnológico,
normas éticas e de deontologia profissional no seio da
eleitas pelo Conselho da Universidade, por proposta do
comunidade universitária, por iniciativa própria ou me-
Reitor.
diante queixas, participações e reclamações, proferir as
2. Além dos membros referidos no número anterior, o decisões e recomendações pertinentes ou, sendo o caso,
Reitor nomeia o Presidente do Conselho para a Qualidade remeter os respetivos processos à entidade competente
e a Avaliação. para decisão, nos termos legais e regulamentares.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
4. Das deliberações da Comissão de Ética sobre maté- 5. Os membros referidos na alínea f) do n.º 1 escolhidos
rias de sua competência cabe recurso perante o Conselho pelo Reitor não podem pertencer à Uni-CV.
para a Qualidade e Avaliação.
6. O Conselho Consultivo reúne-se, ordinariamente, 1
5. No cumprimento das suas atribuições, o Conselho (uma) vez por ano e, extraordinariamente, sempre que
para a Qualidade e Avaliação articula-se com os demais convocado pelo seu presidente.
órgãos e estruturas da Universidade e apoia-se nos servi- Artigo 39.º
ços especializados da Universidade, podendo, sempre que
Competências
necessário, recorrer a entidades externas de reconhecido
prestígio, para a realização de auditorias, avaliações e 1. Compete ao Conselho Consultivo pronunciar-se
ou outras modalidades de controlo interno da qualidade. sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo Reitor,
6. O Conselho para a Qualidade e Avaliação articula-se nomeadamente:
com as estruturas e entidades de avaliação do ensino a) Propostas de planos estratégicos ou planos plu-
superior instituídas pelo Estado, colaborando com as rianuais de atividades, a serem aprovadas
mesmas no exercício das suas competências e atribuições, pelo Conselho da Universidade;
nos termos da lei.
b) Procedimentos para a aplicação das orientações
Subsecção VI
estratégicas no âmbito da organização do
Conselho Consultivo ensino-aprendizagem, da investigação e da
Artigo 37.º extensão;
Função c) Regulamento Orgânico da Universidade e outros
O Conselho Consultivo é um órgão destinado a acon- regulamentos que o Reitor considerar perti-
selhar o Reitor na definição de áreas estratégicas para nentes para o desenvolvimento institucional
o desenvolvimento do ensino e da investigação, na pres- da Uni-CV;
tação de serviços e na ligação à comunidade. d) Plano anual de atividades, orçamento de funcio-
Artigo 38.º namento e de investimentos;
Composição e) Relatórios e contas anuais da Uni-CV;
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
1. Sem prejuízo da criação, nos termos da lei, de outras 1. As unidades associadas a que se refere o n.º 9 do
unidades orgânicas que vierem a revelar-se necessárias, artigo anterior são instituições públicas ou privadas,
integram-se na Uni-CV as seguintes unidades: nacionais ou estrangeiras, que prosseguem fins a nível
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
2. Os serviços da Uni-CV são dirigidos por diretores, b) A gestão das agendas e da atividade protocolar
com perfil adequado, que dependem direta, hierárquica e da Equipa Reitoral;
funcionalmente do Administrador Geral, salvo o disposto
nos números seguintes. c) A organização e o encaminhamento do expediente
relativo às atividades da Equipa Reitoral;
3. O Gabinete do Reitor é dirigido por um Diretor de
Gabinete que, coadjuvado por Assessores e Secretários, d) O apoio às reuniões do Reitor com entidades in-
exerce as suas atribuições sob a dependência hierárquica ternas e externas;
e funcional do Reitor, salvo delegação de competência. e) A divulgação das normas internas e demais di-
4. Com a exceção do Gabinete do Reitor, os serviços da retrizes emanadas do Reitor e ou dos demais
Uni-CV são, no seu conjunto, dotados de um Conselho membros da Equipa Reitoral, por delegação
de Dirigentes, órgão colegial de natureza consultiva e do Reitor e ou disposição regulamentar ex-
de apoio ao Administrador Geral, por este presidido e pressa, bem como dos atos e deliberações dos
composto pelos diretores dos serviços. órgãos centrais de governo e de gestão da
Universidade.
Artigo 46.º
Estrutura
2. Os Serviços Administrativos e Financeiros asse-
guram a gestão corrente da Universidade em matérias
1. Os serviços da Uni-CV estruturam-se do seguinte administrativa e financeira, nos termos legais e regula-
modo: mentares pertinentes e em harmonia com as diretivas
a) Gabinete do Reitor; emanadas dos órgãos competentes da Uni-CV, competin-
do-lhes, designadamente:
b) Serviços Administrativos e Financeiros;
a) Funções de administração geral, incluindo ativi-
c) Serviços Académicos; dades de receção, distribuição e expedição de
d) Serviços de Documentação e Edições; documentos, bem como, de arquivo geral da
Universidade;
e) Serviços de Ação Social;
f) Serviços Técnicos e de Informática; b) Funções de planeamento, organização, execução
e avaliação das atividades de gestão adminis-
g) Gabinete de Estudos, Planeamento e Cooperação; trativa e financeira da Universidade.
h) Gabinete de Auditoria e Controlo de Qualidade; 3. Os Serviços Académicos têm por função a gestão
i) Gabinete de Comunicação e Imagem; corrente da Universidade nos assuntos de natureza
académica e, designadamente, o apoio técnico-admi-
j) Serviços de Gestão Patrimonial; e
nistrativo aos projetos de ensino da Universidade em
k) Serviços de Recursos Humanos. matéria de:
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
a) Regime escolar geral dos alunos; 6. Aos Serviços de Ação Social incumbe a execução da
política de apoio social à comunidade universitária e, em
b) Criação, alteração e extinção dos cursos minis-
especial, aos seus estudantes, com vista a assegurar o
trados pela Universidade e dos respetivos
direito à igualdade de oportunidades de acesso, frequên-
planos de estudos, incluindo os cursos não
cia e sucesso escolar, pela superação de desigualdades
conferentes de grau académico;
económicas, sociais e culturais, designadamente através
c) Provas conducentes à concessão de graus e títu- do desenvolvimento de atividades nos domínios de:
los académicos; a) Alimentação e alojamento;
d) Processos de equivalência, de reconhecimento e b) Serviços de Saúde;
de registo de habilitações de nível superior;
c) Bolsas de Estudo;
e) Emissão de declarações, certificados e diplomas
de estudos; d) Material didático e demais recursos pedagógicos;
f) Recolha de informação estatística relativa aos e) Atividades desportivas e culturais; e
alunos dos diversos cursos de formação inicial f) Outros apoios socioeducativos.
e de pós-graduação e de cursos não conferen-
tes de grau; 7. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Cooperação
tem por missão a realização de estudos, a recolha e o
g) Processos relativos à mobilidade e ao intercâm- tratamento da informação, o planeamento estratégico e
bio de estudantes entre universidades; e operacional e a gestão da cooperação com entidades pú-
h) Reclamações apresentadas relativamente a ma- blicas e privadas, nacionais e estrangeiras, competindo-
térias da sua competência. -lhe, em especial:
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
2. O pessoal docente e o pessoal não docente da Uni-CV a) Legalidade, rigor e racionalidade na utilização
regem-se segundo estatutos próprios, aprovados sob a dos meios e recursos;
forma de Decreto-regulamentar, por proposta do Reitor. b) Unicidade de caixa e disciplina orçamental;
3. Os estatutos a que se refere o número anterior de- c) Eficiência e eficácia dos atos e procedimentos de
finem as regras de recrutamento, o regime de trabalho gestão financeira;
e de carreira, os direitos e deveres, o quadro de pessoal,
d) Sustentabilidade financeira;
a tabela salarial e demais normas relativas à gestão do
respetivo pessoal. e) Transparência na gestão e prestação de contas;
4. Sem prejuízo da fixação em diploma próprio das f) Fiscalização concomitante e sucessiva da
regras que definam o estatuto do pessoal docente da Inspeção Geral das Finanças;
Universidade, o ingresso, o acesso e o desenvolvimento g) Fiscalização sucessiva do Tribunal de Contas.
profissional na carreira do pessoal docente da Uni-CV
Artigo 53.º
obedecem às regras seguintes:
Financiamento
a) Posse do grau de doutoramento, para efeitos de
ingresso, acesso ou desenvolvimento profis- 1. Cabe ao Estado garantir à Uni-CV as verbas neces-
sional na carreira; sárias ao seu funcionamento, nos limites das disponibili-
dades orçamentais e tendo em conta as receitas próprias
b) Aprovação em concurso, que inclua requisitos e auferidas pela universidade.
critérios de natureza científica e pedagógica,
2. O financiamento do Estado à Uni-CV baseia-se em
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
e) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doa- 4. Ao relatório referido no número anterior deve ser
ções, heranças e legados; dada a devida publicidade.
f) O produto da venda de bens imóveis bem como de 5. A Conta de Gerência é submetida a julgamento do
outros bens, nos termos da lei; Tribunal de Contas, nos termos da lei.
g) Os juros das contas de depósitos; 6. A Conta de Gerência é, ainda, remetida a Direção
Nacional do Orçamento e da Contabilidade Pública, para
h) Os saldos da conta de gerência de anos anteriores;
a consolidação da Conta geral do Estado, nos termos da
i) O produto de taxas, emolumentos, multas e pe- lei.
nalidades; Artigo 57.º
j) O produto de empréstimos contraídos; Instrumentos legais aplicáveis
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
procede às operações de beneficiação, fracio- ou genética das sementes, o seu estado fisioló-
namento, mistura e embalagem de semen- gico ou sanitário, e, deste modo, se as normas
tes, quer por incumbência de produtores de tecnológicas estão conformes às regras técni-
sementes quer por sua própria iniciativa, nos cas em vigor;
termos do presente diploma e do seu regula-
m) “Detentor de semente” – a pessoa singular ou
mento;
coletiva, pública ou privada, que tenha a pos-
b) “Acondicionamento” – a operação através da se da semente;
qual as sementes são secas, limpas, selecio-
n) “Embalagem” – todo o recipiente, nomeadamente
nadas, tratadas e embaladas para evitar a
sacos, saquetas, caixas, em diversos mate-
sua degradação física, química ou biológica e
riais como algodão, papel, alumínio, polieti-
facilitar a sua manutenção;
leno, dentro do qual as sementes são acondi-
c) “Agricultor-multiplicador” – toda a pessoa singu- cionadas;
lar ou coletiva, pública ou privada, que, dis- o) “Etiqueta” – o documento afixado na embalagem,
pondo dos meios adequados para realizar a que apresenta de maneira visível e legível, in-
multiplicação de sementes, intervém no pro- formações precisas, garantindo o controle so-
cesso de produção como agente do produtor bre a produção e do organismo de certificação;
de semente;
p) “Lote”- a quantidade especificada de se-
d) “Amostra” – subconjunto de elementos perten- mente única e fisicamente identificável, de
centes a uma população ou universo, que uma mesma variedade, categoria e origem e
deve ser obtida de uma população específica e que é homogénea quanto aos parâmetros que
homogénea por um processo aleatório, sendo definem a qualidade da semente;
esta aleatoriedade condição para a sua repre-
sentatividade; q) “Melhorador” – toda a pessoa singular ou coletiva,
pública ou privada, legalmente habilitada,
e) “Amostragem de sementes” – a recolha ou co- que se dedica ao melhoramento genético de
lheita aleatória de pequenas quantidades de plantas;
sementes (amostras primárias) em diferentes
2 133000 002472
pontos do lote, para fins de análise laborato- r) “Muda” – material de propagação vegetal de
rial ou controle no campo; qualquer género ou espécie, proveniente de
reprodução sexuada ou assexuada, que tenha
f) “Análise de sementes” – o conjunto de técnicas a finalidade específica de sementeira;
utilizadas nos laboratórios para determinar a
qualidade de uma amostra de sementes; s) “Muda certificada” – material de propagação ve-
getal que tenha sido submetida ao processo
g) “Beneficiação” – operação efetuada mediante de certificação, proveniente da planta de base
meios físicos, químicos ou mecânicos com o ou planta matriz;
objetivo de se aprimorar a qualidade de um
lote de sementes; t) “Obtentor” - toda a pessoa singular ou coletiva,
pública ou privada, que tenha criado, desco-
h) “Beneficiador de sementes” – a pessoa singu- berto ou desenvolvido uma nova variedade;
lar ou coletiva, pública ou privada que, com
o equipamento básico, tenha a autorização u) “Planta básica”- planta obtida a partir do pro-
para o processamento ou empacotamento de cesso de melhoramento, sob a responsabilidade
sementes para fins comerciais; e controlo direto do seu obtentor, mantidas as
caraterísticas de identidade e pureza genéti-
i) “Campo de multiplicação” – toda a porção de ter- cas;
reno dedicada à produção e à multiplicação
de sementes de uma determinada variedade; v) “Planta matriz” – planta fornecedora de mate-
rial de multiplicação que mantém as carate-
j) “Categoria de sementes” – a classe de sementes rísticas da planta básica da qual provém;
da mesma natureza que comportam uma ou
mais gerações; w) “Produtor de muda” - toda a pessoa singular ou
coletiva, pública ou privada, que procede di-
k) “Certificação” - a verificação do cumprimento retamente ou sob a sua responsabilidade, à
das normas e técnica de produção fitossani- produção de mudas para comercialização, nos
tárias legais e tecnicamente exigidas, que se termos do presente diploma e do seu regula-
traduz no ato oficial de aposição nas embala- mento;
gens de uma etiqueta oficial de certificação,
após a verificação de que o processo de produ- x) “Produtor de semente” - toda a pessoa singular
ção foi executado com respeito às normas de ou coletiva, pública ou privada, que procede
Bioqualidade e genética; diretamente ou sob a sua responsabilidade,
com recurso a agricultores-multiplicadores,
l) “Controlo da qualidade” – o conjunto de ativida- à produção de semente para comercialização,
des levadas a cabo pelos serviços competentes nos termos do presente diploma e do seu re-
com o objetivo de verificar a pureza varietal gulamento;
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
y) “Semente base” - semente obtida sob a respon- b) O Comité Nacional de Sementes e Mudas
sabilidade do melhorador, a partir, no máximo, (CNSM);
da terceira geração de semente pré-base, ex-
c) O Fundo de Apoio ao Setor de Sementes e Mudas
ceto quando o obtentor tenha definido uma
(FASSM), a ser criado em diploma próprio.
geração distinta, segundo o método de seleção
de manutenção aprovado na altura da inscri- 2. Os membros dos órgãos que compõem o Sistema
ção da variedade, e que é destinada, essen- Nacional de Sementes e Mudas são selecionados pelas
cialmente, à produção de semente certificada respetivas instituições, de acordo com os seus conhe-
ou à produção de híbridos simples, duplos, cimentos técnicos, de entre pessoas com comprovada
trilíneos, top cross ou intervarietais; capacidade e experiência nesta matéria.
z) “Semente base de variedades locais” – semente pro- Artigo 4.º
duzida, sob controlo e supervisão do organismo Sistema Nacional de Sementes e Mudas
oficial de certificação, a partir de semente ofi-
cialmente reconhecida como sendo de uma va- O Sistema Nacional de Sementes e de Mudas com-
riedade de um local bem definido, sendo aquela preende as seguintes atividades:
produção realizada numa ou mais explorações a) O licenciamento e o registo nacional de sementes
agrícolas situadas numa região que integra o e de mudas;
referido local, e é destinada, essencialmente, á
b) A produção de sementes e de mudas;
produção de semente certificada;
aa) “Semente certificada de primeira geração” - se- c) A certificação de sementes e de mudas;
mente produzida diretamente a partir de se- d) A comercialização de sementes e de mudas; e
mente base ou pré-base, sob a supervisão e
controlo do organismo oficial de certificação; e) A fiscalização da produção, da beneficiação, da
amostragem, da análise, da certificação, do
bb) “Semente certificada de segunda geração” - se- armazenamento, do transporte e da comer-
mente produzida diretamente a partir de se- cialização de sementes e de mudas.
mente certificada de primeira geração, base Artigo 5.º
ou pré-base, sob a supervisão e controlo do
2 133000 002472
cc) “Semente comercial” – semente relativamente 1. O Serviço Nacional de Sementes e Mudas (SENASEM)
à qual se certifica unicamente a espécie; é a autoridade responsável pela coordenação das ativi-
dades ligadas à produção, certificação, comercialização
dd) “Semente do melhorador” - unidade de semen- e fiscalização de sementes e mudas.
tes inicial, utilizada pelo responsável pela
seleção da manutenção da variedade, a par- 2. Sem prejuízo do disposto no presente diploma,
tir da qual as sementes dessa variedade são a composição, as competências e o funcionamento do
obtidas por multiplicação em uma ou várias SENASEM são regulados por diploma próprio.
gerações; Artigo 6.º
ee) “Semente pré-base” – semente obtida da multi- Competências do Serviço Nacional de Sementes e Mudas
plicação do material parental do melhorador, 1. O SENASEM, no âmbito do controlo e certificação
feita pelo próprio melhorador, numa operação de sementes e mudas, deve garantir a identidade e a
posterior à semente genética e anterior à se- qualidade do material de multiplicação e de reprodução
mente base, segundo as regras de manuten- vegetal produzido, comercializado e utilizado em todo o
ção de variedades, e sob a supervisão e con- território nacional.
trolo do organismo oficial de certificação; e
2. Para a execução do disposto no número antecedente,
ff) “Semente tratada” – semente na qual foram apli- o SENASEM dispõe de inspetores da qualidade de se-
cados agro-tóxicos, corantes ou outros aditi- mentes e mudas afetos ao departamento Governamental
vos, dos quais não resultam, porém, qualquer responsável pela área da agricultura.
mudança significativa de tamanho, formato
ou peso da semente original. 3. O SENASEM pode, ainda, autorizar pessoas sin-
gulares ou coletivas, públicas ou privadas, a executar,
CAPÍTULO II
mediante sua supervisão, as competências e funções
O SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES que lhe estão atribuídas, designadamente em matéria
E MUDAS de inspeção de campo, amostragem, ensaios e análises
Artigo 3.º laboratoriais da qualidade de sementes e mudas e emis-
são de etiquetas de certificação.
Organismos oficiais
4. A concessão e os termos da autorização referida no
1. O Sistema Nacional de Sementes e Mudas é com-
número anterior são definidos por despacho do membro
posto pelos seguintes órgãos:
do Governo referido no n.º 2, mediante garantia do cum-
a) O Serviço Nacional de Sementes e Mudas primento das regras próprias correspondentes às funções
(SENASEM); autorizadas.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
j) Tudo o mais que lhe for atribuído nos termos d) Mecanismos de relacionamento e articulação en-
do regulamento do presente diploma e pelo tre os diversos organismos centrais e locais
membro de Governo responsável pela área da com vista a assegurar uma harmonização
que respeite as particularidades regionais e
2 133000 002472
Agricultura.
locais;
6. Ao SENASEM compete ainda propor ao Instituto de
Gestão de Qualidade e de Propriedade Inteletual (IGQPI) e) Planos de aprovisionamento de sementes e de
a criação de uma Comissão Técnica de Normalização mudas;
que vise: f) Soluções sobre litígios que decorram da interpre-
a) Elaborar normas na área da semente e mudas; tação e da aplicação da legislação sobre se-
mentes e mudas, sempre que seja solicitado;
b) Fixar normas e padrões para certificação.
g) Publicações periódicas da Lista Nacional de
7. A Comissão Técnica de Normalização é sempre pre- Variedades; e
sidida pelo SENASEM.
h) Tudo o mais que lhe for atribuído nos termos
Artigo 7.º
do regulamento do presente diploma e pelo
Comité Nacional de Sementes e Mudas membro de Governo responsável pela área da
1. O CNSM é um órgão colegial, de caráter consultivo, agricultura.
responsável pela promoção do setor de sementes e mudas. CAPÍTULO III
O CNSM é constituído por representantes das seguin- LICENCIAMENTO E DO REGISTO
tes instituições e organizações:
Artigo 8.º
a) O membro do Governo responsável pela área da Registo
Agricultura, que o preside;
1. As pessoas singulares ou coletivas, públicas ou pri-
b) O Diretor-geral da Agricultura e Desenvolvimento vadas, que exerçam atividades de produção, beneficiação,
Rural, que é o vice-presidente; embalagem, armazenamento, análise, comércio, impor-
c) Um representante da Direção-geral do Ambiente tação e exportação de sementes e mudas são obrigadas
(DGA); ao registo no SENASEM.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
a) A categoria da semente a registar pela primeira 2. A produção de sementes e mudas, nos termos do pre-
vez for inferior à classe da semente pré-base sente diploma, compreende todas as etapas do processo,
sem a devida fundamentação; ou que se inicia com a inscrição dos campos de multiplicação
b) A semente não tenha os padrões de qualidade e se conclui com a emissão do certificado de qualidade.
exigidos para a respetiva categoria ou não 3. A produção de Semente certificada de Cabo Verde
exista sistema de manutenção credível. está sujeita aos requisitos estabelecidos nos termos do
3. O registo é feito uma única vez. regulamento do presente diploma.
Artigo 13.º 4. A produção de sementes e mudas é da responsabi-
Registo de campos de multiplicação
lidade do produtor de sementes e mudas, devidamente
licenciado pelo SENASEM.
1. As entidades que tiverem procedido ao registo pre-
visto no artigo 8.º devem proceder à inscrição de cada um 5. A produção de sementes e mudas obedece a padrões
dos seus campos de multiplicação no SENASEM. de identidade e qualidade estabelecidos pelo SENASEM
por meio de regulamentos técnicos, publicados no Boletim
2. O pedido de inscrição é feito em impresso próprio e Oficial.
mediante o pagamento da taxa de registo e da prestação
de serviços de inspeção a serem realizados. Artigo 16.º
Produção de sementes e muda de classe não certificada
3. Quaisquer alterações verificadas devem ser comu-
nicadas ao organismo competente antes do início das 1. A produção de sementes da classe não certificada de-
inspeções de campo. finitivamente, com origem genética comprovada, pode ser
4. Cada campo de multiplicação deve ser semeado com feita por duas gerações, no máximo, a partir de sementes
uma única espécie ou variedade na mesma altura. certificadas, pré -base ou base, desde que os campos de
multiplicação tenham sido previamente licenciados pelo
5. Por cada lote de colheita a certificar referente a
SENASEM e as sementes estejam em fase de inscrição
uma espécie e variedade a multiplicar é feito o registo
diferenciado para efeitos de individualização do número na Lista Nacional de Variedades.
de referência da semente usada, nome do produtor, a 2. Em derrogação do disposto no número anterior, pode
espécie e a variedade resultante, respeitando as demais ser admitida a produção de sementes, sem a comprovação
exigências de regulamentos técnicos do SENASEM.
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
c) Apresentar, sempre que solicitado, ao inspetor 2. Os inspetores autorizados estão sujeitos a supervisão
que proceder à colheita das amostras, o regis- oficial dos serviços competentes.
to ou a licença de produtor bem como o relató-
rio das inspeções e outras operações no campo 3. No âmbito do controlo da qualidade, compete aos
de multiplicação/lote de certificação do qual a inspetores de sementes:
referida semente é resultante; e a) Inspecionar os campos de multiplicação, as ope-
d) Respeitar as zonas de produção recomendadas rações de colheita e de beneficiação relacio-
pelo obtentor de uma determinada variedade, nadas com a obtenção da semente certificada;
quando tal for o caso. b) Informar o SENASEM sobre o padrão de quali-
Artigo 18.º dade do campo inspecionado através do rela-
tório de inspeção de campo;
Sementes admitidas a certificação da produção
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
O registo de um campo de multiplicação expira num deve ser assinada pelo interessado ou seu representante
dos casos seguintes: e pelo inspetor de sementes.
a) Com o término do período de cultivo da espécie 6. Em caso de recusa do produtor da semente ou seu
ou variedade; representante na assinatura da requisição para análise
de amostras de sementes, o fato deve ser mencionado na
b) Por revogação ou cancelamento do registo do mesma sendo ela assinada por duas testemunhas que a
produtor; ela tenham assistido.
c) Por reconhecimento de que não foram atingidos 7. As embalagens do lote de onde vão ser colhidas as
os fins para que campo foi instalado; amostras devem encontrar-se armazenadas de modo
d) Por rejeição do campo pelas causas mencionadas que seja fácil o acesso a todas elas, podendo, em caso
no artigo anterior do presente diploma. contrario, ser recusada a respetiva colheita.
Artigo 24.º
8. Para efeitos de supervisão, pelo menos, 5% (cinco por
cento) dos lotes de semente de cada produtor de semente
Controlo de lotes de sementes que se destinem a ser certificados são submetidos a uma
1. Todo o lote de sementes é fisicamente identificável amostragem oficial de controle efetuada pelos inspetores
por um código, formado pelo número de lote em cada de sementes oficiais.
embalagem, número de licença do produtor, ano de 9. As amostras oficiais de semente tiradas de locais
produção, número do relatório de inspeção do campo de de armazenamento, de acondicionamento, de venda, de
proveniência bem como a espécie e variedade. transporte ou de qualquer outra forma de conservação
2. Cada lote de sementes deve ser constituído por são consideradas como representativas do referido lote
sementes de um único campo de multiplicação, devida- para efeitos de resolução de litígios.
mente certificado. 10. De cada lote é colhida uma amostra global, a qual é
subdividida em subamostras que, depois de identificadas
3. Se a quantidade de semente proveniente de um campo
e seladas, ficam na posse das seguintes entidades:
de multiplicação exceder a quantidade máxima do lote
de acordo com as normas da Associação Internacional de a) No laboratório reconhecido: uma que vai consti-
Ensaios de Sementes é considerado novo lote, com outra tuir a amostra destinada a análises e ensaios;
identificação.
b) No SENASEM: uma que vai constituir a amostra
4. Não obstante o estipulado no n.º 2, e mediante a destinada a análises e ensaios a realizar de
autorização por escrito do SENASEM, o mesmo lote de acordo com os critérios da supervisão e outra
sementes certificadas pode ser composto pelo produto de para manter em reserve durante pelo menos
várias parcelas da mesma variedade e descendentes da 1 (um) ano, destinada a servir de contraprova
mesma semente. em caso de litígio;
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
c) A pedido do produtor de sementes, e mediante 4. Sempre que haja reacondicionamento são emitidas
pagamento de uma taxa, pode ser constituída novas etiquetas, nas quais deve sempre figurar o número
uma quarta subamostra, que fica na sua posse. do lote original, juntamente com as outras indicações das
etiquetas originais, com a menção expressa de que o lote
11. O resultado da amostragem e dos ensaios é
de sementes foi reacondicionado.
comunicado ao produtor da semente ou seu represen-
tante, podendo este, no prazo de 8 (oito) dias contados Artigo 29.º
a partir da data da respetiva comunicação, requerer Etiquetagem
ao SENASEM a repetição da amostragem e análise, o
qual é realizado mediante o pagamento das despesas e 1. A identificação do conteúdo das embalagens é asse-
encargos resultantes. gurada por etiquetas oficiais colocadas no seu exterior,
diretamente impressas nas embalagens de forma in-
Artigo 26.º delével, ou no seu interior, no caso de serem utilizadas
Análise e Ensaios embalagens transparentes que permitam a sua leitura
através da embalagem, as quais constituem o certificado
1. As análises e os ensaios de sementes e de mudas são
oficial do controlo da qualidade.
realizados pelo SENASEM ou, sob a supervisão deste,
no campo e/ou num laboratório acreditado e reconhecido 2. As etiquetas referidas no número anterior são emi-
para o efeito. tidas pelo SENASEM.
2. As análises e os ensaios são realizados de acordo 3. O SENASEM pode autorizar os produtores ou acon-
com as regras da ISTA. dicionadores de semente ou outras entidades a emitirem
3. Em caso de incumprimento, pelos laboratórios reco- etiquetas.
nhecidos, das regras que regem as análises e ensaios de 4. Em cada embalagem contendo sementes para as
sementes e mudas oficiais, previstas no presente diploma, quais tenham sido utilizados aditivos sólidos, devem ser
o SENASEM pode cancelar o respetivo reconhecimento, inscritas nas etiquetas a informação sobre a natureza do
para além de poder ser determinada a anulação de toda aditivo e a sua proporção aproximada relativamente ao
a certificação de lotes de sementes e mudas analisados. peso das sementes.
CAPÍTULO VI 5. Em cada embalagem contendo sementes tratadas
2 133000 002472
3. As embalagens de semente devem ser fechadas b) Quando provenientes de países terceiros, devem
oficialmente ou sob supervisão oficial, se for o caso, de- ter inscritos o nome do pesticida utilizado,
vendo o dispositivo de fecho assegurar que a abertura das o nome da ou das sua substâncias ativas, a
embalagens não seja possível sem o danificar. frase de segurança com a seguinte menção
«Sementes tratadas com pesticidas, impró-
4. As pilhas de embalagens dos lotes de sementes prias para consumo humano e animal, desti-
da mesma variedade e classe devem ser devidamente nadas apenas para sementeira», bem como as
identificadas e acondicionadas de forma a permitir uma precauções toxicológicas e ambientais estabe-
perfeita conservação da semente. lecidas pelo SENASEM.
Artigo 28.º
6. Na certificação de semente a granel as informações
Fracionamento e reacondicionamento de lotes de sementes contidas na etiqueta oficial devem constar de um docu-
1. As operações de fracionamento e reacondicionamento mento a entregar pelo produtor ou acondicionador de
de lotes de semente certificada só podem ser realizadas sementes ao utilizador final.
pelas entidades licenciadas como produtores ou acondi- Artigo 30.º
cionadores de sementes. Tipos de etiquetas
2. Todo o fracionamento e reacondicionamento deve 1. Compete ao SENASEM estabelecer o conteúdo, a
ser previamente autorizado pelo SENASEM. cor e o formato das etiquetas a serem utilizadas para
3. O fracionamento ou mistura de lotes deve ser reali- a identificação e distinção das diferentes classes de
zado de forma a garantir que o seu fecho seja feito sob o sementes e mudas, tendo em conta que elas são repre-
controlo oficial ou sob supervisão oficial. sentadas por:
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
a) Etiquetas brancas cruzadas com barra púrpura veis de presença de outras sementes acima dos valores
para a semente pré-base; máximos permitidos, desde que pertençam a espécies
facilmente identificáveis no campo e as quais devem, sob
b) Etiquetas azuis para a semente certificada de
a responsabilidade do respetivo produtor de sementes,
primeira geração;
serem removidas dos respetivos campos de multiplicação,
c) Etiquetas vermelhas para a semente certificada por forma a serem cumpridos os requisitos de pureza
de segunda geração. especifica estabelecidos nos Regulamentos Técnicos para
2. As etiquetas devem ser confecionadas em material os lotes de semente.
resistente, de modo que se assegure a necessária dura- 6. Mesmo depois de emitido o certificado de lote de
bilidade. “Semente Certificada de Cabo Verde”, o SENASEM
3. As etiquetas redigidas em língua portuguesa têm pode, a qualquer momento, mandar colher amostras
que conter obrigatoriamente, as informações seguintes: dos lotes de semente já certificada com o fim de verificar
se continuam a corresponder aos padrões exigidos; caso
a) Nome comum ou científico da espécie; não correspondam, é cancelado o respetivo certificado e
b) Nome da variedade; invalidados os selos e etiquetas desses lotes considerados
como inválidos.
c) Origem;
7. É proibida a comercialização de lotes de sementes
d) Número do lote;
com etiquetas inválidas e falsificadas.
e) Poder germinativo mínimo;
8. É da responsabilidade do comerciante proceder à
f) Ano e mês da colheita; remoção das etiquetas de todos os lotes que se encontram
g) Prazo de validade; na condição referida no número anterior, no prazo de 5
(cinco) dias.
h) Pureza genética mínima;
Artigo 32.º
i) Pureza física;
Certificação de mudas
j) Peso;
1. O processo de certificação de mudas compreende as
k) Referência ao presente diploma e seu regula- seguintes categorias:
2 133000 002472
mento; e
a) Planta básica;
l) Nome do serviço oficial de controlo de qualidade
b) Planta matriz;
e de certificação.
4. As etiquetas podem ainda conter informações rela- c) Muda certificada.
tivamente à sua vulnerabilidade no que toca às pragas. 2. A produção de mudas fica condicionada à prévia
CAPÍTULO VII inscrição no SENASEM do banco de germoplasma de
planta básica e planta matriz observadas as normas e
CERTIFICAÇÃO os padrões pertinentes.
Artigo 31.º
3. A obtenção da categoria processa-se da seguinte
Certificação de sementes forma:
1. É emitido um certificado pelos laboratórios oficiais a) A planta matriz é obtida da planta básica;
autorizados acreditados, conforme o modelo estabelecido
pelo SENASEM, aos lotes aprovados como “Semente b) A muda certificada é obtida a partir de material
Certificada de Cabo Verde”. de propagação proveniente do banco de ger-
moplasma.
2. A validade do certificado emitido é de 12 (doze) meses.
4. A produção de muda certificada, quando proveniente
3. Os lotes que não cumpram os requisitos para apro- de bolbo ou tubérculo, fica condicionada à utilização de
vação para as caraterísticas e parâmetros de qualidade material de categoria certificada ou superior.
exigidos para as sementes de cada espécie ou grupo de
espécies, para a categoria de semente indicada na inscri- Artigo 33.º
ção do campo de multiplicação, podem ser aprovados em Recertificação de lotes de sementes
categorias de semente de qualidade inferior, caso estejam
1. Salvo nos casos previamente autorizados pelo
em conformidade com as exigências dessas categorias.
SENASEM, decorrido o prazo estipulado no n.º 2 do artigo
4. Os lotes aprovados são certificados e admitidos à 31.º, contados a partir da data do fecho das embalagens
comercialização, de acordo com o disposto nos artigos ou da amostragem dos lotes para efeitos de realização de
27.º e 29.º, no que respeita ao seu acondicionamento e análises e ensaios de semente, deve o detentor da semente
etiquetagem. requerer a recertificação do lote, indicando todos os dados
do lote e a quantidade disponível.
5. Pode ser autorizada pelo SENASEM, nos casos em
que se verifica existir escassez de semente, situação que 2. Para a recertificação devem os lotes mencionados no
comprovadamente prejudica a continuidade dos projetos número anterior serem submetidos a nova amostragem
de multiplicação de uma dada variedade, a multiplicação e ensaios, só podendo ser comercializados caso sejam
de lotes de semente pré-base e base que apresentem ní- aprovados.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
f) A fraude ou a tentativa de fraude na utilização 2. O levantamento dos autos e a instrução dos proces-
ou na comercialização de sementes e mudas sos de contraordenação pela infração referida na alínea
que circulem no país, em violação ao disposto b) do n.º 1 do artigo 39.º são da competência da DGADR
neste diploma e seu regulamento. em concertação com o IGAE, competindo, ainda, a esta a
aplicação das coimas, bem como das sanções acessórias
2. Constituem contraordenações médias as seguintes
a que se refere o artigo anterior.
infrações, puníveis com coima, cujo montante mínimo
é de 50.000$00 (cinquenta mil escudos) e máximo de 3. A aplicação das coimas e sanções acessórias a que
150.000$00 (cento e cinquenta mil escudos), para pes- se refere o n.º 1 compete ao Diretor-geral de Agricultura
soas singulares ou mínimo de 1.000.000$00 (um milhão e Desenvolvimento Rural, ou ao SENASEM.
de escudos) e máximo de 2.500.00000 (dois milhões e
Artigo 42.º
quinhentos escudos), consoante o agente seja pessoa
singular ou coletiva: Destino das coimas
cujo montante mínimo é de 3.000$00 (três mil escudos) o disposto no Decreto-legislativo n.º 9/95, de 27 de
e máximo de 50.000$00 (cinquenta mil escudos), para Outubro.
pessoas singulares ou mínimo de 100.000$00 (cem
mil escudos) e máximo de 1.000.00000 (um milhão de CAPÍTULO IX
escudos), consoante o agente seja pessoa singular ou
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
colectiva, a armazenagem deficiente das sementes e
mudas, em violação ao disposto neste diploma e seu Artigo 44.º
regulamento;
Regime transitório
4. A negligência e a tentativa são puníveis.
A contar da data da publicação do presente diploma,
Artigo 40.º todas as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou
Sanções acessórias
privadas, que realizem atividades ou tenham respon-
sabilidades previstas no presente diploma, na área de
Em função da gravidade da infração e da culpa do sementes e de mudas, devem promover as ações neces-
agente, podem ser aplicadas, simultaneamente com as sárias por forma a se conformarem com as disposições
coimas, as seguintes sanções acessórias: dele constantes até o prazo máximo de 6 (seis) meses,
a) Apreensão de objetos pertencentes ao agente; contados da data da sua entrada em vigor.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
a não verificação das especificações e garantias mínimas legível, observadas as exigências estabelecidas no pre-
sejam devidamente documentada. sente diploma e seus regulamentos.
Artigo 13.º 3. As etiquetas dos produtos destinados à exportação
Obrigação do produtor podem conter texto, no todo ou em parte, no idioma do
país de destino, de acordo com as suas exigências, sendo
1. O produtor deve submeter ao competente serviço vedada a comercialização desse produto, com tais etique-
do departamento governamental responsável pela tas, no mercado interno.
área de agricultura, semestralmente, um relatório
sobre as quantidades de matérias fertilizantes pro- CAPÍTULO V
duzidas. COMERCIALIZAÇÃO, IMPORTAÇÃO,
2. Ao produtor é proibido utilizar as tolerâncias admi- ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
tidas em relação às garantias do produto para benefício Artigo 16.º
de cariz financeiro ou outro.
Comercialização
Artigo 14.º
Apenas podem ser comercializadas as matérias ferti-
Embalagem lizantes que obedeçam ao disposto no presente diploma
As embalagens das matérias fertilizantes devem res- e seus regulamentos.
peitar, entre outros, os seguintes requisitos: Artigo 17.º
a) Ter, em todas as suas partes, resistência sufi- Responsabilidade sobre o produto comercializado a granel
ciente para impedir vazamento, evaporação, 1. Em caso de venda de produto a granel por comer-
perda ou alteração do seu conteúdo e da sua ciante a um produtor ou comerciante, a responsabilidade,
qualidade, atendidas as exigências de sua a partir da sua efetiva receção, pelo produto comerciali-
normal conservação; zado, é da entidade que adquiriu o produto.
b) Conter lacre ou outro dispositivo externo que as- 2. Em caso de venda de produto a granel por comer-
ciante a um consumidor final, a responsabilidade pelo
segure a condição de verificação visual da sua
produto comercializado, até ao momento da transferência
inviolabilidade, exceto quando se trate de sacos de posse, é da entidade que efetuou a venda.
valvulados de até 50 (cinquenta) quilogramas.
Artigo 18.º
Artigo 15.º
Importação
Etiquetagem
1. É obrigatória a declaração prévia da importação de
1. As etiquetas devem conter, entre outros requisitos matérias fertilizantes, mediante o preenchimento de um
previstos no presente diploma e seus regulamentos, de formulário próprio, juntamente com a apresentação de
forma clara e legível, as seguintes indicações: documentos estipulados no regulamento deste diploma.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
da autorização fitossanitária de importação emitida pela 2. O produto apreendido pode ser destruído ou reex-
Organização Nacional de Proteção de Vegetais (ONPV), nos portado.
termos do artigo 22.º e seguintes da Lei n.º 29/VIII/2013, 3. A destruição da matéria fertilizante prevista no nú-
de 13 de maio. mero anterior é feita através da queima, num espaço iso-
3. O importador é obrigado a assumir todos os custos lado e protegido a fim de evitar possíveis contaminações.
de análises legalmente exigidas para a confirmação da 4. É da responsabilidade do agente infrator o paga-
verificação das condições fitossanitárias de importação. mento de todas as despesas resultantes da apreensão do
Artigo 20.º produto, sua destruição ou reexportação.
Controlo na exportação CAPÍTULO VIII
1. A exportação de matérias fertilizantes de origem CONTRAORDENAÇOES E SANÇÕES
orgânica ou contenham misturas de matéria orgânica ou Artigo 25.º
outros produtos que possam originar pragas e doenças Violações
está sujeita ao controlo fitossanitário.
1. Para efeitos do presente diploma, constituem con-
2. A exportação só se pode efetuar após a emissão de traordenações as seguintes condutas:
um certificado fitossanitário emitido pela ONPV.
a) A contrafação;
Artigo 21.º
b) A fraude;
Armazenamento e transporte
c) O impedimento ao exercício das funções oficiais
1. O armazenamento de matérias fertilizantes obedece de inspeção ou de controlo;
às normas nacionais vigentes, devendo ser observadas as d) A insuficiência de nutrientes, em desrespeito aos
instruções fornecidas pelo fabricante ou importador, bem limites de tolerância máximos regulamentares;
como as condições de segurança definidas na etiqueta, e ainda
submeter-se às regras e aos procedimentos estabelecidos e) O défice de peso nos sacos de matérias fertilizan-
tes em desrespeito aos limites de tolerância
para o armazenamento de produtos perigosos, quando for
máximos regulamentares;
o caso, constantes da legislação específica em vigor.
f) Declarações falsas ou enganosas;
2. Os armazéns destinados ao armazenamento de
matérias fertilizantes devem ter as condições de tempe- g) Comercialização de matérias fertilizantes sem a
ratura, humidade e de iluminação adequadas para o seu devida licença;
fim, devendo ser bem arejados. h) Submissão tardia do pedido de renovação da li-
3. O transporte de matérias fertilizantes está sujeito às cença, para menos de 15 (quinze) dias antes
regras e aos procedimentos estabelecidos para transporte da data de expiração do respetivo prazo;
de produtos perigosos, quando for o caso, constantes da i) Não pagamento dos direitos de inspeção, após a
legislação específica em vigor. data limite;
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
4. Para efeitos do presente diploma, é considerado 2. A aplicação das coimas e sanções acessórias a que
como objeto de declarações falsas ou enganosas, todo o se refere o 27.º compete ao Diretor-geral de Agricultura
material fertilizante: e Desenvolvimento Rural.
a) Cuja etiqueta seja falsa ou enganosa; Artigo 30.º
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
3. A previsão disposta no número anterior, não Nessa medida, e com o objetivo de se introduzir a nor-
isenta os produtores, comerciantes, importadores e malidade no processo de desenvolvimento da carreira
exportadores de informar à entidade responsável pela profissional dos agentes que integram o corpo da PN, o
fiscalização, a quantidade de produto existente em seu presente quadro de pessoal leva em devida conta a pro-
estoque. jeção da evolução das necessidades da PN, em termos de
efetivos, para um horizonte temporal que vai de 2015 a
Artigo 32.º
2025, estimando atingir um total máximo de 2730 (dois
Entrada em vigor mil e setecentos e trinta) efetivos, ao fim daquele período,
O presente diploma entra em vigor 6 (seis) meses após contra os atuais 1874 (mil e oitocentos e setenta e quatro).
a sua publicação. O crescimento de efetivos previstos para o período de
Aprovado em Conselhos de Ministros de 24 de 10 anos, atrás referido, tem justificação com base nos
setembro de 2015. seguintes pressupostos:
José Maria Pereira Neves - Cristina Isabel Lopes da a) Uma população cabo-verdiana residente estima-
Silva Monteiro Duarte - Leonesa Fortes - Eva Ortet Verona da em 524.833 em 2015, que segundo dados
Teixeira Ortet. da projeção demográfica feita pelo Instituto
Nacional de Estatística, essa cifra deverá au-
Promulgado em 14 de Janeiro de 2016. mentar para 588.401 em 2025;
Publique-se. b) A expetativa de atingir uma ratio polícia/cida-
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE dão de 1/250 (um por duzentos e cinquenta),
ALMEIDA FONSECA tendo em conta a nova filosofia de policiamento
de proximidade em prol da proteção dos direi-
––––––
tos, liberdades e garantias fundamentais dos
Decreto-Regulamentar nº 1/2016 cidadãos e seus bens;
de 16 de janeiro c) A descontinuidade territorial e a necessidade de
Com a criação da Polícia Nacional (PN), pelo Decreto- aproximar as forças de segurança das comu-
legislativo n.º 6/2005, de 14 de novembro, esta instituição nidades locais com a cobertura de novas uni-
2 133000 002472
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD
Documento descarregado pelo utilizador Maria de Jesus (10.73.103.129) em 18-01-2016 09:28:18.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.
MAPA II
PESSOAL NÃO POLICIAL
[a que se refere a alínea b) do artigo 1.º]
Grupo de
Regime Cargo Nível N.º de Lugares
Pessoal
Quadro Ocupados Vagos
0 2
Técnico Especialista I - III 2
Regime de
Pessoal Técnico Técnico Sénior I - III 6 2 4
Carreira
0 12
Técnico I - III 12
Pessoal Assistente
Assistente Técnico I - VIII 20 0 20
Técnico
Regime de
Emprego
Pessoal de Apoio Pessoal de Apoio
I - VI 140 111 29
Operacional Operacional
I SÉRIE
BOLETIM
O F IC IAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
https://kiosk.incv.cv 3DD79158-35F7-4DE3-B853-DBB6CD52D6AD