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oculta de Deus?
Certa noite, quando estava sentado à minha escrivaninha após orar a Deus, li a parábola
que Jesus contou em Mateus 20:1-16, na qual o reino dos céus é comparado com um
proprietário que contrata trabalhadores para a sua vinha e lhes dá o mesmo salário
independentemente da hora em que foram para a vinha, se foi cedo de manhã, à tarde ou
no fim do dia. Quando os trabalhadores que tinham vindo primeiro souberam disso, eles
se queixaram com o proprietário, mas o proprietário respondeu, dizendo: “Não me é lícito
fazer o que quero do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim os
últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos” (Mateus 20:15-16). Após ler
essas linhas das Escrituras da Bíblia, eu franzi as sobrancelhas e pensei: “É sensato dizer
que aqueles que praticam sua fé em Deus por muito tempo, que abandonam e despendem
mais pelo Senhor e que labutam e trabalham mais anos devem receber uma recompensa
maior do que aqueles que vêm mais tarde, mas as Escrituras dizem que o salário é igual
para aqueles que vêm cedo e aqueles que vêm tarde. Não estaria Deus intencionalmente
demonstrando favoritismo por aqueles que vêm mais tarde?” Aquelas palavras me
deixaram muito confuso. Eu não entendia qual era a intenção do Senhor ao dizer aquelas
palavras.
“Lembrei-me de como, quando Deus tirou os israelitas do Egito e os levou para o deserto
e para Canaã, aqueles homens fisicamente fortes e aqueles ‘guerreiros’ altos que as
pessoas admiravam não buscavam a vontade de Deus e até culpavam Deus e como, no
fim, todos eles morreram no deserto. No entanto, aquelas mulheres e crianças que tinham
uma obediência pura, que praticavam de acordo com a palavra de Deus e que obedeciam
às orquestrações e aos arranjos de Deus acabaram entrando na boa terra de Canaã.
Também os sumos sacerdotes, escribas e fariseus judeus conheciam as Escrituras e eram
proficientes na lei, e alguns tinham viajado até aos confins da terra para espalhar o
evangelho, por isso acreditavam que tinham acreditado em Deus por mais tempo e
labutado e trabalhado mais do que todos os outros e que eram os mais qualificados para
acolher o Messias e ser selecionados por Deus. Mas quando o Senhor Jesus veio para
realizar a Sua obra, eles sabiam que as palavras do Senhor Jesus tinham autoridade e
poder, mas eles foram teimosos e arrogantes. Eles se recusaram a colocar de lado as suas
posições para buscar a verdade, se recusaram a aceitar a nova obra de Deus e até usaram
todo o seu conhecimento das Escrituras para condenar e resistir à nova obra do Senhor.
No fim, para proteger sua própria posição e renda, eles pregaram o Senhor na cruz,
fazendo com que fossem amaldiçoados e punidos pelo Senhor. Mas todos aqueles
discípulos escolhidos pelo Senhor, os judeus que seguiram o Senhor e pessoas de todas
as nações além de Israel, a despeito do fato de não terem acreditado em Deus por tanto
tempo quanto os fariseus, não terem muito conhecimento das Escrituras e não terem
labutado e trabalhado tanto quanto os fariseus ou viajado até aos confins da terra para
espalhar o evangelho, tinham um coração que temia a Deus e, por terem sede e buscarem
a verdade, receberam a salvação do Senhor.
“Isso nos mostra que o ponto de vista de que podemos avaliar quem está qualificado para
receber as recompensas e bênçãos de Deus com base em quem tem acreditado em Deus
por mais tempo e em quem se despendeu, labutou e trabalho mais não se conforma à
verdade. É uma maneira errônea de pensar. Deus certamente não distribui recompensas e
punições ou decide o destino das pessoas com base nesses fatores externos. Em vez disso,
Ele vê se ganhamos ou não a verdade através da crença em Deus e se somos ou não
pessoas que fazem a vontade de Deus. É como diz o livro: ‘Eu decido o destino de cada
pessoa não com base na idade, senioridade, quantidade de sofrimento, nem muito
menos, o grau em que ela causa compaixão, mas de acordo com ela possuir ou não a
verdade. Não há outra escolha além dessa’ (de ‘Você deve preparar boas ações
suficientes para seu destino’). ‘As pessoas dizem que Deus é um Deus justo e, enquanto
o homem O seguir até o fim, Ele certamente será imparcial com ele , pois Ele é
sumamente justo. Se o homem O seguir até o fim, como Ele poderia descartá-lo? Eu
sou imparcial com todos os homens e julgo todos eles com Meu caráter justo, no
entanto, há condições adequadas às exigências que faço ao homem; o que Eu
demando deve ser cumprido por todos, independentemente de quem são. Não Me
importo com a extensão ou a respeitabilidade de suas qualificações; só Me importa
se você anda ou não no Meu caminho e se você ama ou não e está sedento pela
verdade’ (de “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”).
“Essas duas passagens explicam claramente os padrões pelos quais Deus avalia o homem
e a atitude de Deus em relação o homem. Deus tem um caráter justo e santo, Ele é justo
e imparcial com cada pessoa. Ele não vê se uma pessoa é de status alto ou baixo, não vê
sua senioridade ou por quanto tempo ela tem acreditado ou quanto sofrimento tem
suportado. Ele vê se uma pessoa busca a verdade, se ela ama a Deus e tem um coração
obediente a Deus, se ela é capaz de considerar e satisfazer a vontade de Deus em todas as
coisas e se ela ganha a verdade através de sua fé em Deus. Entre aqueles que creem em
Deus, não importa se somos sacerdotes, presbíteros ou crentes comuns, cada um de nós
que tem sede e busca a verdade e que é humilde e obediente é capaz de receber a
iluminação e as bênçãos de Deus como aqueles que vieram mais tarde para a vinha.
Qualquer um que crê em Deus há muito tempo, mas não busca a verdade e, em vez disso,
se agarra a falácias, vive dentro de suas noções e imaginações e ostenta sua senioridade e
suas qualificações, não importa quanto sofrimento suporte, o quanto ele se despenda ou
quão qualificado seja, no fim, ele não obterá a verdade e será eliminado. Esse é um fato
imutável e é decidido pelo caráter justo de Deus”.
Após ouvir essa comunicação, entendi que, não importa o quanto a obra de Deus não se
conforma às nossas noções, Deus continua sendo justo, que não devemos ser exigentes
ou duvidar de qualquer coisa que Deus faça e que devemos abandonar nossas noções,
buscar e obedecer. É como disse Deus Jeová: “Eu, Jeová, esquadrinho a mente, eu
provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o
fruto das suas ações” (Jeremias 17:10). Em Provérbios 15:3, diz: “Os olhos de Jeová
estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons”. Deus observa nosso coração e nossa
mente, Deus nos entende profundamente e Deus sabe melhor quem realmente acredita
Nele, quem ama a verdade e quem é um hipócrita e detesta a verdade. Deus decide nosso
fim com base não em quanto tempo temos acreditado em Deus ou quanto trabalho temos
realizado, mas com base em se amamos a verdade em essência e se ganhamos a verdade
através da nossa fé em Deus. Isso é verdadeiramente apropriado! Agora, posso ver que
minha noção de que Deus demonstrou favoritismo por aqueles que vieram mais tarde
pagando o mesmo salário àqueles que vieram mais cedo e àqueles que vieram tarde para
a vinha estava errada!
Dou graças a Deus por resolver esse enigma em minha mente. Que toda a glória seja dada
a Deus!