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Casos Clínicos Parasito

Caso 1: Amebíase intestinal: Diarréia com infecção sistêmica que pode formar
abcesso hepático.
Diagnóstico:
 Exame coprológico (porém possui baixa sensibiliidade, se feito em
apenas uma amostra).
 3 amostras de fezes em 10 dias;
 ELISA nas fezes para pesquisa de antígenos.
Tratamento
 Anitta

Caso 2: Giardíase fonte de infecção comum em mais de uma pessoa.


Diagnóstico: Mais de uma amostra de fezes
Procura pelo antígeno

Caso 3: Leishmaniose visceral


Cães infectados. Hepatoesplenomegalia com febre, + linfadenopatia. Doença
imunossupressora, pode levar o indivíduo à morte por infecções secundárias.
Daí a importância de saber a localização geográfica de concentração da doença.
(endemia).
Diagnóstico: Hemograma com anemia, leucocitopenia e trombocitopenia.
Mecanismo fisiopatológico: Leishmania infecta células fagocíticas. O que justifica
a pancitopenia ( redução de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) é pq
infiltra a medula óssea e reduz a produção. O baço aumenta porque “tira” as
células sanguíneas de circulação, as infectadas também.
Confirmar leishmania: punção aspirativa da medula, biópsia do fígado, PCR,
sorologia (ver anticorpos). Fagócito apresenta inclusões cheias de amastigotas.
Pode ser confundida com Histoplasma (micose sistêmica advinda de aves e
morcegos).
Tratamento: anfotericina, que trata tanto a Leish como a Histoplasma
capsulatum.

Caso 4: Neurotoxoplasmose
Jovem com cefaleia e crises convulsivas, HIV, Meningite
Diagnóstico: Líquor (+proteínas, -glicose, -linfócito), ELISA (Anticorpos) e
imunofluorescência. Porém indivíduos assintomáticos tbm podem ter anticorpos.
Aí o ideal seria encontrar o toxoplasma pelo PCR (confirma estado inflamatório
do indivíduo). IgG pode estar diminuída e outras Igs não vão estar em
quantidades significativas para contribuir para o diagnóstico
Exame de imagem: Desvio de linha média, edema cerebral. Precisa ser o
primeiro a ser feito, devido hipertensão intracraniana e risco de parada
respiratória. A punção do líquor é contra-indicada.
Tratamento: O tratamento de escolha é Sulfadiazina, Pirime- tamina e Ácido
folínico (para evitar danos relacionados ao efeito antagonista ao folato pela ação
da Sulfadiazina e Pirimetamina).

Caso 5 – Malária (no Brasil é P. vivax)


Sintomas: Febres a intervalos de 48h, assintomático entre esse período.
Porque o pcte teve nova malária se ele não voltou para a região endêmica?
O que poderia ter sido feito para prevenir esse quadro atual?
Plasmodium vivax, diferente do P. falciparum, tem como característica de
infecção, uma forma hipnozoíta que fica em latência dentro do hepatócito. Essa
forma hipnozoíta não é afetada pela cloroquina impede a degradação do
grupamento heme em hemozoína. Essa degradação só ocorre quando está na
forma trofozoíta.
Tratamento: Cloroquina + Primaquina, que pega a forma hipnozoíta, pois senão
o indivíduo volta a ter malária sem ter tido contato com área endêmica.

Caso 6 – Malária ( África, P. falciparum)


Sintomas: parecidos com dengue clássica, com prova do laço negativa. Icterícia,
taquicardia, dor abdominal e sudorese.
Diagnóstico: PCR no sangue, microscopia (gota espessa ou esfregaço sgneo)
, mais acessível e de menor custo, sorologia (recente).
Cite 2 diferenças entre a P. vivax e P. falciparum.
Vivax: forma hipnozoíta que tem tropismo por hepatócitos e também infectam
reticulócitos (eritrócitos imaturos)
Falciparum: infecta as outras células e tem parasitemia maior que do vivax, por
isso são associados a casos graves de malária. Também tem capacidade de
fazer citoaderência, causando obstrução da microvasculatura, dá malária
cerebral, embolia pulmonar. Qualquer profissional de saúde pode ser capacitado
para observar o plasmódium dentro de um eritrócito, à microscopia.

Caso 7 – Leishmaniose cutânea


Sintomas: jovem com lesões ulceradas no antebraço. Ficou à beira do rio.
Quais exames complementares importantes para confirmar o diagnóstico?
Leishmaniose pode ser confundida com PBMicose. Análise microscópica de
raspado de tecido, para verificar amastigotas em células do sistema imune, que
mantém a doença localizada. Tem parasita, mas nem sempre é fácil de vê-lo.
(Na forma visceral, a doença é disseminada, tem muito parasita).
Dependendo do tipo de Leishmania sp há algumas diferenças. Lesões
nodulares, típicas de L. amazonensis, muito provavelmente vai achar um monte
de parasitas ali. Mas se for L. brasiliensis, que é o mais comum, principalmente
na nossa região calorosa de RP, tem pouco parasita e muita resposta Th1.
Existe Leishmaniose visceral e tegumentar (esta tem 3 formas: localizada,
difusa e mucosa).
- mucosa: Resposta Th1 muito forte. Dificilmente acha parasita.
- Localizada há um equilíbrio entre a mucosa e a difusa
Diagnóstico:
Imunohistoquímica: anticorpos para detectar Leishmania sp.
Visualização direta por microscopia (dependendo da espécie).
PCR da biópsia, não do sangue. Possível detectar independente da espécie.

Caso 8 Toxocara nos zóio / Caso 9 Tuberculose, já foi em Micro, aleluia!

Caso 10 Doença de Chagas no SNC. ( Pcte HIV)


Como deveria ter sido feito investigação complementar os exames
complementares pra que fosse feito o diagnóstico de D.Chagas nesse
pcte?
Parece toxoplasmose. Pcte foi tratado pra Neurotoxoplasmose, mas foi a óbito,
pois nesse caso clínico é mais comum se pensar em Neurotoxoplasmose do que
em D. Chagas no SNC (nunca tinha ouvido falar).
Como deveria ter sido o exame complementar?
Pai herói, realidade somente nos laboratórios dos pesquisadores da USP:
Bota triatomíneos criados em laboratório pra sugar o sangue do pcte (colhe o
sangue do pcte, não bota o bicho sobre o pcte não) e verificar se há tripanosoma
nas fezes do inseto laboratorióide, nas formas ***mastigotas (Tõ cansada,
estudem aí).
Hemocultura para tripanosoma. ELISA tbm pode ser feito. PCR no sangue é o
mais usado. Exame direto no líquor.
O pcte já estava ferrado, pode-se concluir que a doença já era crônica (Nunca
vi Chagas aguda, mas ok bebê), principalmente a perda de peso devido a
substituição da massa muscular por tecido fibrótico. Doença de Chagas se
manifesta na forma crônica (coração, intestino), forma indeterminada (sem
manifestações clínicas), forma “agudizada”, que é a reativação da doença.
No caso clínico é uma forma crônica que “reagudizou”.

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