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CONSELHO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA An2-A

APRESENTAÇÃO DE AÇÃO DE FORMAÇÃO


Curso de Formação N.º CCPFC/ACC-

1. DESIGNAÇÃO DA AÇÃO DE FORMAÇÃO


A Filosofia no currículo do ensino secundário

2. RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA AÇÃO E SUA INSERÇÃO NO PLANO DE ATIVIDADES DA ENTIDADE


PROPONENTE: PROBLEMAS/NECESSIDADES DE FORMAÇÃO IDENTIFICADOS
A Filosofia é determinante no desenvolvimento do aluno como agente transformador de si e do mundo, dotado de
uma forte consciência epistémica, ética, política e estética. Para se alcançar este objetivo, a gestão do currículo tem
de ser centrada numa aprendizagem pensada face ao Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória e à
crescente hibridização dos espaços e tempos de aprendizagem. Além disso, e tendo em conta as orientações do
CEBS, é necessário produzir recursos didáticos que incorporem a avaliação formativa numa lógica de avaliar para
aprender. Por fim, ao propor-se uma formação na modalidade de e-learning, pretende-se: abranger docentes em
exercício num território mais alargado e familiarizar os docentes com suportes digitais, criando um ambiente de
aprendizagem similar ao que pode ser desenvolvido com os alunos.

3. DESTINATÁRIOS DA AÇÃO
Professores do ensino secundário do grupo 410 (Filosofia).
Formação creditada para efeitos da progressão na carreira docente no âmbito da formação específica da componente
científica.

4. EFEITOS A PRODUZIR/OBJETIVOS
Refletir sobre o papel das AE 10/11 de Filosofia no currículo do século XXI e o seu contributo para o Perfil dos
Alunos.
Discutir os pressupostos pedagógicos inerentes ao desenvolvimento de competências.
Refletir sobre o papel do professor na gestão do currículo para o século XXI e sobre as competências
profissionais associadas.
Aplicar modelos e metodologias de aprendizagem centrados no aluno e que promovem o alinhamento entre o
currículo, os ambientes de aprendizagem e as estratégias de avaliação.
Planificar e criar recursos educativos diversificados que incorporem os princípios pedagógicos e metodológicos
trabalhados na formação e que possam vir a ser partilhados como recursos educativos abertos.
Apreender, por ambientação, elementos básicos de construção de contextos digitais de aprendizagem.
5. CONTEÚDOS DA AÇÃO – 25 horas
1. Apresentação, organização e planeamento da ação (1h síncrona)
- Objetivos a alcançar e conteúdos a tratar
- Metodologia adotada: organização do trabalho a desenvolver
- Ambientação no uso das plataformas para sessões e trabalho síncrono e assíncrono à distância
- Recursos: documentação de apoio e textos de referência
- Produtos finais a elaborar e avaliação da formação e dos formandos.

Secção A. Desafios para o ensino na Filosofia num currículo do século XXI (4 horas de trabalho síncrono)
1. O papel da Filosofia no currículo do século XXI e o Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.
2. Desafios ao ensino da Filosofia: o aluno como aprendente independente, dotado de pensamento crítico
e competências do trabalho filosófico.
3. Desenvolvimento profissional dos professores no currículo do século XXI.
4. Apresentação de exemplos já testados em sala de aula

Secção B. Metodologias pedagógicas para o currículo do século XXI (6 horas de trabalho síncrono + 4 horas
de trabalho assíncrono autónomo)

1. Promover as competências específicas da disciplina de filosofia: métodos, ambientes de aprendizagem e


instrumentos de avaliação – o modelo de aprendizagem cooperativa.
2. Métodos de aprendizagem cooperativa (conceitos e exemplos testados):
a) Pensar – formar pares – partilhar
b) Graffti cooperativo
c) Cantos
d) Controvérsia construtiva
3. Atividades de promoção do pensamento crítico (conceitos e exemplos testados):
a) Mapas conceptuais
b) Mapas de argumentos
c) Diagramas de Venn
e) Estratégias de questionamento
4. Produção, pelos formandos, de planificação de atividades (com apresentação e discussão).

Secção C. Avaliação formativa (6 horas de trabalho síncrono + 4 horas de trabalho assíncrono autónomo)

1. Conceitos e fundamentos para um ensino-avaliação-aprendizagem.


a) Avaliação como sistema
b) Avaliação: qualitativa e quantitativa, sumativa e formativa
c) Princípios da avaliação formativa
d) Técnicas de avaliação: condições e características

2. A avaliação com aplicações digitais


a) Modelos de avaliação digital
b) Ferramentas digitais de avaliação: (Learning Management Systems, wikis e trabalhos
colaborativos, jogos, e-portefólios, avaliação por pares, feedback automático.

3. Planificação de atividades e de recursos de aprendizagem para a aplicação de uma avaliação


formativa; análise crítica dos recursos produzidos e da sua aplicação.

4. Produção, pelos formandos, de atividades e instrumentos de avaliação alinhados com as atividades de


aprendizagem (com apresentação e discussão).

17 horas síncronas na plataforma Zoom: (Secções A, B e C)


8 horas assíncronas para trabalho autónomo prático dos formandos, a disponibilizar e comentar na Plataforma
Moodle e em sessões síncronas.

Total: 25 horas

6. METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DA AÇÃO


As sessões terão componentes teórica, teórico-prática e prática.
Os conteúdos teóricos e teórico-práticos serão explorados e discutidos nas sessões síncronas, a realizar na
plataforma Zoom.
Serão apresentados, analisados e discutidos exemplos de planificações e recursos didáticos, elaborados pelos
formadores (nomeadamente com recurso a aplicações digitais como o Padlet, o Racionale, o Mentimeter e outras de
produção de mapas conceptuais) e pelos formandos, a partir dos conceitos teóricos explorados.
A componente prática, a realizar nas sessões síncronas na plataforma Zoom e no trabalho assíncrono / autónomo
consiste na conceção de planificação de atividades e de recursos de aula, assim como de atividades e recursos de
avaliação alinhados com as atividades de aula que serão apresentados e discutidos nas sessões síncronas.

7. Regime de avaliação dos formandos

Instrumentos de avaliação dos formandos e respetiva ponderação:


- participação nas sessões presenciais e assíncronas (intervenção oral e trabalho teórico-prático realizado) – 50%
- planificação e produção individual de recursos didáticos, com o respetivo relatório final de reflexão crítica sobre o
impacto na prática docente (50%).

De acordo com os critérios previamente estabelecidos, conforme indicado na Carta Circular CCPFC – 3/2007 –
Setembro 2007, os formandos serão avaliados com a menção qualitativa de:
- 1 a 4,9 valores – Insuficiente;
- 5 a 6,4 valores – Regular;
- 6,5 a 7,9 valores – Bom;
- 8 a 8,9 valores – Muito Bom;
- 9 a 10 valores - Excelente.

A ação será avaliada:


a) pelos formandos: resposta a um inquérito elaborado para o efeito;
b) pelo formador: resposta a um inquérito elaborado para o efeito;
c) pelo Centro de Formação: elaboração de um relatório global de avaliação com base nos instrumentos avaliativos
utilizados por formandos e formador.

9. LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS completar


Abrantes, P. (2002). Reorganização Curricular do Ensino Básico. Avaliação das aprendizagens: das concepções às
práticas. Lisboa: Ministério da Educação.
Lopes, J., & Silva, H. S. (2009). A Aprendizagem cooperativa na sala de aula. Lisboa: Lidel.
Lopes, J., & Silva, H. S. (2010). O professor faz a diferença. Lisboa: Lidel.
Lopes, J., & Silva, H. S. (2012). 50 técnicas de avaliação formativa. Lisboa: Lidel.
Sá, C. M. (2019). Flexibilidade curricular e perl do aluno para o século XXI. Aveiro: Universidade de Aveiro.

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