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1. FINALIDADE
Regular a atuação da Brigada Militar em ocorrências caracterizadas como Crises.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal de 05 Out 1988.
b. Constituição Estadual de 03 Out 1989.
c. Lei Estadual Nº 10.991, de 18 Ago 1997.
d. Portaria SJS 178, de 20 de Ago 1998.
3. EXECUÇÃO
a. Conceitos
1) Crise
“Um evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da polícia, a fim
de assegurar uma solução aceitável” FBI. São eventos cruciais por envolver situações de
elevado risco de vida das partes envolvidas; exige uma atuação de estruturas (pessoal e
material) e técnicas especializadas face a complexidade das ações a serem implementadas;
é uma ação de competência exclusiva da polícia, uma vez que se tratam de violações da
ordem pública, não se admitindo a participação no nível técnico de pessoas não policiais;
com uma solução aceitável sob o aspecto ético, moral e legal, ou seja, necessita de um
encaminhamento dentro da legalidade e com observância aos preceitos acolhidos pelo
senso comum.
São exemplos de crises:
a) Ocorrências com reféns;
b) Reintegrações de posse contra grupos organizados e resistentes ao
cumprimento de ordem ou dispositivo legal;
c) Rebeliões ou motins em estabelecimentos penitenciários ou de cumprimento
de medidas sócio-educativas;
d) Manifestações hostis das massas;
e) Tentativa de suicídio;
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2) Gerenciamento de Crises.
Gerenciamento de crises é o processo de identificar, obter e aplicar os recursos
necessários à antecipação, prevenção e gestão de uma crise.
5) Negociador
Policial Militar especialmente treinado e habilitado a realizar ou orientar o
processo de negociação com o agente causador da crise que tem como finalidade
estabelecer um processo dialético com a implementação de técnicas que estimulem a
resolução da crise através de uma opção negociada com vistas a rendição dos envolvidos e
o restabelecimento da ordem pública. É um elemento de assessoramento do Comandante
da Operação no processo de tomada de decisão.
6) Grupo Tático
Efetivo treinado e equipado para atuar em ocorrências de crise que tem como
missão assessorar o Comando da Operação com o planejamento e pronta capacidade de
implementação de uma opção tática em circunstância emergencial (plano de emergência)
ou na execução de prévio planejamento. Em ações de reintegrações de posse, rebeliões em
estabelecimentos penitenciários e desordens de massas, as frações táticas
preferencialmente serão executadas pelos Batalhões de Operações Especiais e, ou os
Pelotões de Operações Especiais dos OPMs. Em ocorrências com reféns, tentativas de
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suicídio, perpetradores homiziados ou eventos que necessitem pessoal com maior grau de
treinamento, compete exclusivamente ao Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE)
do BOE de Porto Alegre a função tática.
8) Ação Combinada
É o emprego combinado da opção negociada e tática, que sob prévio
planejamento do Comando da Operação implementa uma estratégia específica a resolução
da crise sob este viés.
9) Plano de Emergência
É acionado imediato pelo Comandante da Operação da opção tática em função
do agravamento da crise por ação hostil e repentina dos perpetradores e que resulte em
iminente risco das partes envolvidas na crise. O Comandante do Grupo Tático durante a
crise deverá manter um plano de emergência pronto a ser implementado, tendo por base
todas as possibilidades de ação do perpetrador e as correspondentes condutas reativas do
grupo tático. Os treinamentos prévios devem ser executados para que se obtenha o melhor
grau de eficiência.
quo) e a aceitabilidade do risco (se a conduta a ser implementada é aceitável sob o aspecto
ético, moral ou legal).
15) Unidade de Comando – é necessário que a ação policial no nível técnico esteja
sob absoluto controle operacional não se admitindo ações desordenadas e que venham a
comprometer o planejamento. No enfrentamento da crise é indispensável um rigoroso
comprometimento com a disciplina tática; a participação de outros órgãos, mesmo que
policias, devem obedecer este princípio para que se evite a pratica de condutas autônomas
e dissociadas do planejamento, cabendo ao comandante da operação o ajustamento destas
condições como prévio requisito a implementação de estratégias e enfrentamento da crise.
1) Pré-confrontação
Nesta fase não há a incidência da crise em concretos, ou seja, os OPM deverão se
preparar para enfrentar o evento com medidas e antecipação e prevenção.
a) Antecipação
É quando no atendimento de um caso concreto (ex: escolta de um preso de
alta periculosidade) os policiais adotam todas as medidas necessárias para evitar que se
instale uma crise. São necessários planejamentos antecipados frente ao caso concreto, com
a alocação dos recursos humanos e materiais necessários ao cumprimento da missão sem
que haja possibilidades de instalação de uma crise.
b) Prevenção
É a abordagem da crise sob o aspecto hipotético, ou seja, nesta fase é que os
OPM deverão treinar os seus efetivos para enfrentar a crise nas suas esferas de
competência, garantindo o maior grau de eficiência da ação policial no caso concreto.
2) Resposta Imediata
É a fase inicial, quando eclode a crise, e as frações são despachadas ou se
deparam com uma crise. Nesta fase as ações são de responsabilidade do OPM com
responsabilidade territorial, e consiste em se dirigir até o local da ocorrência e
providenciar para que a ação dos causadores da crise seja contida, o local seja isolado e os
primeiros contatos sejam estabelecidos. O comando da operação é de responsabilidade da
Unidade com RT, cabendo ao servidor mais antigo no local a implementação das seguintes
ações:
a) Conter a crise
As medidas de contenção é o primeiro contato dos policiais com os
causadores da crise e se estabelece uma delimitação pelos espaços de controle, logo é uma
demonstração de força em que os policiais devem impedir que o perpetrador:
(1) Amplie sua área de controle;
(2) Tenha acesso a mais recursos;
(3) Aumente o número de reféns.
b) Isolar o local
(1) O pronto isolamento do local é uma indispensável ação que deve ser
adotada o mais breve possível para que se evite o acúmulo de pessoas que em nada
possam contribuir com a ação policial. O isolamento visa:
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c) Estabilizar Crise
São os primeiros contatos com os perpetradores e estes visam
fundamentalmente o estabelecimento de uma condição favorável a rendição imediata ou a
preparação de uma ação especializada. Os policias não devem adotar qualquer estratégia
de negociação ou barganha, que posteriormente resultem em danos irreversíveis, a única
negociação possível e a da rendição pacífica com todas as garantias de segurança e justo
encaminhamento às partes. Nesta fase o comandante da operação, em caso de negativa de
rendição, deve proceder:
(1) Acionar o atendimento especializado via canal de comando com vista
ao comparecimento do Batalhão de Operações Especiais da sua área;
(2) Ganhar tempo – para viabilizar a instalação da Síndrome de Estocolmo;
(3) Colher através da Agência Local de Inteligência todos os dados dos
perpetradores, reféns, ponto crítico e armas.
(4) Solicitar o comparecimento dos apoios de atendimento médico,
bombeiros e outros que julgar útil;
(5) Estabelecer um posto de comando, com segurança e infra-estrutura
necessária ao atendimento da crise com capacidade de receber as pessoas envolvidas nos
estudos e estratégias da crise;
(6) Estabelecer um local para a mídia, sem que haja interferência nas ações
policiais.
3) Plano Especifico
a) É a fase do gerenciamento da crise em que se implementam as estratégias para
a solução da crise e o seu devido encaminhamento. Nas ocorrências do nível I o OPM não
necessita de apoio especializado e com recursos próprios tem condições de dar o devido
encaminhamento a resolução da crise.
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4) Resolução
a) É quando há o encaminhamento final da ocorrência pela opção negociada ou
tática. Na opção negociada a resolução pode ser através da rendição ou pela resiliência.
b) Na rendição todos os cuidados devem ser adotados para o encaminhamento
legal das partes e a preservação do ponto crítico. A segurança deve ter especial atenção
para evitar que condutas externas comprometam os devidos encaminhamentos.
c) A resiliência é a fuga autorizada, que somente será adotada mediante
autorização expressa do Comando da Corporação, visto as implicações decorrentes de tal
medida. Um planejamento criterioso deve ser implementado neste caso.
3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Em observância aos princípios da eficiência e da economicidade, no âmbito da
Brigada Militar o GATE é a única fração especificamente constituída para atuar como
força tática em ocorrências com reféns;
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