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Amor seráfico

Seus olhos ternos surrupiam as palavras exalçadas

Que pairam sobre o céu enfarruscado

E vertem sobre os estribilhos do poeta amargurado

Que valha sua alma desbravada

Dos adágios mais postulados

O sentimento excelso que trazem suas palavras tácitas

Que bradam as cantilenas aos ouvidos das almas cândidas

Ungem a mente das moléstias das veleidades

Que jarretam o brio de abarcar as felicidades

Suas palavras curiais é o laivo de seus alvitres

Que refrear o mais escuso dos sacrílegos

Escritos nos opúsculos de seu intrínseco

E recitados nas pêndulas da Abóboda celeste

Oh doce amor seráfico que adorna as grinaldas de césar

Qual será a panaceia para esse sentimento heteróclito

Que permeia nos corações mais eruditos

A semente sublime do simples gesto de amar?

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