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Amor incomensurável

O amor que sinto por ti não pode ser medido nem por uma trena

Que passa da lezíria até o pícaro da mais alta montanha

É mais forte que um corisco mordaz que deturpa árvores pujantes

Que parte da grimpa do céu como uma flecha lancinante

Perfurando os corações mais pungentes

O amor que sinto por ti é como a miríade das estrelas que existem no universo

Que sempre pululam como as palavras nas linhas avulsas do verso

O amor é como o aurífero prolífico que produz na esfera

As mais belas pedras ubérrimas da face da terra

Que realizam a fosforescência no letargo da mais terrível fera

O amor que sinto por ti é mais sábio que a cabalística do manipanso

E mais ignorante que a letargia da beatitude hipócrita do santo

Que ungem o charco da alma através das luzes diáfanas do sol

Regente nos prismas dos eucaliptos presentes em cada canto

Explicar o amor que sinto por ti é tentar entender

Quantas nesgas de cetins alvos formam uma nuvem

Ou quanto tempo reside uma torrente lacônica

Que leva a vida nos seios da floresta virgem

Tentar explicar esse amor incomensurável

É tentar explicar a grandeza da poesia venerável

Através do simples verso homérico incensurável

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Do sentimento humano mais indispensável

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