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LEI COMPLEMENTAR Nº 23, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2015

DISPÕE SOBRE AS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE DO SUL, E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Faço saber que a Câmara Municipal de Campina Grande do Sul, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei regulamenta as Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, previstas na Lei Complementar nº 18/2015, que trata do Plano Diretor Municipal e estabelece normas de interesse social,
que visam promover a inclusão sócio espacial dos segmentos populacionais socialmente vulneráveis.

Parágrafo único. As normas especiais de urbanização, parcelamento, uso e ocupação do solo nas ZEIS regem-se por esta lei, sem prejuízo da aplicação subsidiária da legislação municipal, estadual ou
federal, ou ainda regulamento próprio.

Art. 2º Para fins de aplicação desta lei, ficam definidas as seguintes expressões:

I - Assentamentos consolidados: assentamentos onde não seja necessária nenhuma intervenção física que altere a sua morfologia, tais como reparcelamento de lotes, redefinição de sistema viário,
obras de consolidação geotécnica, e que já sejam providos de infra-estrutura básica completa. Incluem-se nessa definição os assentamentos de grande porte onde sejam necessárias apenas algumas
dessas obras, executadas isoladamente, em fase de finalização da urbanização;

II - Assentamentos precários: todas aquelas áreas que demandam a ação do poder público quanto ao atendimento de necessidades habitacionais, e que tenham características como, delimitação
precisa no tecido urbano que a distinga do entorno quanto às suas características físicas e sociais; ocupação inequívoca e predominantemente por segmentos populacionais socialmente vulneráveis;
ausência de regularidade fundiária e/ou de prévia aprovação nos órgãos públicos ou quando esta última acontece, implantação em desacordo com o projeto aprovado;

III - Assentamentos consolidáveis sem remoção: assentamentos cujas características físicas e ambientais dos terrenos onde se situam permitem a sua urbanização sem necessidade de remoção de
domicílios, seja por situação de risco ou por necessidade de desadensamento;

IV - Assentamentos consolidáveis com remoção: assentamentos cujas características físicas e ambientais dos terrenos onde se situam permitem a sua urbanização, no todo ou em parte, sendo
necessária para isso a remoção de parte dos domicílios, seja por ocupação em áreas de risco, em áreas destinadas a outras intervenções urbanas, em áreas com restrições legais à ocupação ou por
necessidade de desadensamento;

V - Assentamentos não consolidáveis: assentamentos cujas características físicas e ambientais dos terrenos onde se situam, e/ou restrições legais à ocupação dos mesmos, não permitem a sua
ocupação por habitações, recomendando-se a remoção total dos domicílios ali situados;

VI - Condomínio: ocorre quando existe um domínio de mais de uma pessoa simultaneamente de um determinado bem, ou partes de um bem. Cada condômino tem assegurada uma fração, ou quota
deste bem. O Condomínio pode se apresentar na forma horizontal ou vertical, residencial ou comercial, podendo incidir uma taxa ou para a convivência, poderá cada condômino contribuir
proporcionalmente com as despesas necessárias para a manutenção da parcela comum;

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VII - Conjuntos Habitacionais: são todos os empreendimentos habitacionais nos quais seja prevista a oferta de moradias prontas ou evolutivas para os adquirentes, independente da tipologia e
morfologia do parcelamento do solo;

VIII - Concessão de direito real de uso: é a transferência ao particular, pela Administração, da posse de imóvel público para ser por ele utilizado ou explorado em fins específicos de urbanização,
industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social. É o contrato pelo qual a Administração transfere, como direito real resolúvel, o uso remunerado ou gratuito de terreno
público, para que seja utilizado com fins específicos por tempo certo ou por prazo indeterminado;

IX - COMUL: Comissão de Urbanização e Legalização, constituída por representantes do Poder Executivo Municipal e da Sociedade, nos termos do inciso II do art. 2º do Estatuto da Cidade, com
poderes para analisar e aprovar empreendimentos e regularização fundiária, acompanhar o processo de implantação do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV e suas atualizações posteriores,
bem como participar e aprovar todas as etapas de elaboração do Plano de Urbanização até sua implantação e exercer o controle social;

X - Empreendimento Habitacional de Interesse Social (EHIS): loteamentos destinados à construção de futuras unidades habitacionais, ou um conjunto de edificações, destinado total ou parcialmente à
habitação de interesse social - HIS e Habitação de Mercado Popular - HMP, com ou sem usos complementares não residenciais, estando em lotes contíguos ou não, cuja demanda será definida da
seguinte maneira:

a) Até 6 (seis) salários mínimos: pelo poder público municipal a demanda de 0 (zero) a 3 (três) salários mínimos e por ambos, poder público e ou iniciativa privada a de 3 (três) a 6 (seis) salários
mínimos;
b) Acima de 6 (seis) a 10(dez) salários mínimos pelo poder público ou pela iniciativa privada.

XI - Habitação de Interesse Social (HIS): unidade habitacional construída, adequada ou reformada, cuja demanda será destinada à família com renda mensal menor ou igual ao equivalente a 6 (seis)
salários mínimos, nos termos do disposto nesta lei;

XII - Habitação de Mercado Popular (HMP): unidade habitacional destinada a família com renda mensal acima de 6(seis) até o equivalente a 10 (dez) salários mínimos, nos termos do disposto nesta lei;

XIII - Loteamentos Habitacionais: são todos os empreendimentos habitacionais cuja tipologia e morfologia do parcelamento do solo seja propícia ao uso unifamiliar, no qual não seja prevista a oferta de
moradias prontas ou evolutivas para os adquirentes;

XIV - Loteamentos Irregulares: são todos os assentamentos precários, onde se caracteriza a existência de um agente promotor e/ou comercializador, cuja tipologia e morfologia do parcelamento do solo
estejam voltadas ao uso unifamiliar e multifamiliar em unidades habitacionais de pequeno porte, que tenham sido implantados e ocupados sem prévia aprovação pelos órgãos públicos responsáveis, ou,
quando aprovados ou em processo de aprovação, implantados em desacordo com a legislação ou com o projeto aprovado;

XV - Legitimação de posse: ato do poder público destinado a conferir título de reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e
natureza da posse;

XVI - Plano de Urbanização: é o documento oficial que define as diretrizes da organização espacial de uma determinada área, que exija uma intervenção integrada de planejamento, com a definição da
circulação viária e de transporte, localização de equipamentos públicos, delimitação das áreas de fragilidade ambiental e as impróprias para ocupação, delimitação do patrimônio a proteger, além do
estabelecimento de parâmetros urbanísticos e edilícios que atendam as necessidades do projeto de regularização fundiária e urbanística;

XVII - Regularização Fundiária: é o procedimento adotado para ordenar e desenvolver as funções sociais da cidade e da propriedade urbana, garantindo ao cidadão o direito à moradia digna e
estabelecendo com precisão de quem é a posse da terra para, depois, legitimá-la ou regularizá-la, garantindo segurança social e jurídica aos segmentos populacionais socialmente vulneráveis;

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XVIII - Segmentos Populacionais Socialmente Vulneráveis: população de baixa renda distribuídas nas faixas de renda familiar de 0 (zero) a 3 (três) salários mínimos;

XIX - Uso Misto: aquele constituído pelo uso residencial e não residencial simultaneamente, sendo não incômodo na mesma edificação ou lote;

XX - Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS): áreas urbanas, destinadas predominantemente à recuperação urbanística, à regularização fundiária e à produção de Empreendimentos Habitacionais de
Interesse Social - EHIS ou Habitação de Mercado Popular (HMP), incluindo a recuperação de imóveis degradados e sujeitas a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo.

Capítulo II
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

Art. 3º As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) têm por objetivo:

I - adequar a propriedade do solo à sua função socioambiental;

II - universalizar o direito à moradia e à cidade ecologicamente equilibrada, garantindo as condições adequadas de higiene, conforto e segurança às famílias de segmentos populacionais socialmente
vulneráveis;

III - incluir os segmentos populacionais socialmente vulneráveis, de forma a combater os fenômenos de segregação social e espacial e o desenvolvimento desordenado das periferias e assentamentos
precários, em manifesto prejuízo à ordenação do território, bem-estar e qualidade de vida urbana;

IV - evitar a expulsão indireta dos seus moradores, mediante a utilização de instrumentos jurídicos e urbanísticos próprios;

V - corrigir ou exigir que se corrijam situações que coloquem em risco a vida humana, decorrentes de ocupações em áreas impróprias à habitação;

VI - integrar à cidade os assentamentos habitacionais precários dos segmentos populacionais socialmente vulneráveis, promovendo sua regularização jurídica e urbanística;

VII - induzir o repovoamento das áreas centrais ociosas e vazias para produção de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social, de modo a ampliar a oferta de terra para moradia dos segmentos
populacionais socialmente vulneráveis e otimizar a infraestrutura urbana existente;

VIII - implementar infraestrutura e equipamentos comunitários e de lazer, quando houver viabilidade técnica, regulamentando as interfaces entre as relações sociais e as formas de ocupação urbana;

IX - favorecer a recuperação ambiental de áreas degradadas;

X - propiciar a geração de trabalho e de renda aos moradores que se encaixem no perfil de segmentos socialmente vulneráveis nas proximidades dos locais de moradia;

Art. 4º As ZEIS, tratadas pela presente lei, subdividem-se de acordo com sua localização e características de uso e ocupação do solo, nas seguintes categorias:

I - ZEIS 1: áreas ocupadas predominantemente por segmentos populacionais socialmente vulneráveis, abrangendo ocupações informais, conjuntos habitacionais irregulares, loteamentos irregulares,
assentamentos precários e congêneres, em que haja interesse público em promover a regularização fundiária, urbanística e jurídica, conforme estabelecido nesta lei.

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II - ZEIS 2: glebas e terrenos não parcelados ou não edificados, não utilizados ou subutilizados para fins urbanos, bem como edificações não utilizadas ou subutilizadas, localizados prioritariamente em
áreas onde há infraestrutura urbana ou em terrenos nos quais, há interesse de promover programas habitacionais de interesse social, conforme estabelecido nesta lei.

§ 1º Nas ZEIS do tipo 2, os Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social - EHIS deverão ter a seguinte distribuição das unidades habitacionais:

I - no máximo de 25% (vinte e cinco por cento) do total das unidades destinadas para Habitação de Mercado Popular (HMP), para atender a demanda de 6 (seis) a 10 (dez) salários mínimos;

II - no mínimo 30% (trinta por cento) do total de unidades habitacionais de interesse social (HIS) para atender a demanda de 0 (zero) a 3 (três) salários mínimos;

III - no mínimo 45% (quarenta e cinco por cento) do total de unidades habitacionais de interesse social (HIS) para atender a demanda de 3 (três) a 6 (seis) salários mínimos.

§ 2º Serão permitidos nas ZEIS, empreendimentos mistos, de unidades habitacionais construídas e lotes urbanizados, no entanto, uma vez aprovado o empreendimento como EHIS, fica vedada a
anexação ou subdivisão de áreas em desconformidade com os fins específicos desta lei, por pelo menos 10 (dez) anos.

§ 3º Para todos os empreendimentos localizados em ZEIS, o Município deverá fazer constar na respectiva licença, a finalidade de EHIS, bem como a descrição do cômputo de unidades habitacionais
necessárias para cada faixa de renda e a tipologia a ser utilizada, conforme descrito neste artigo.

§ 4º O proprietário que não viabilizar o EHIS nas ZEIS do tipo 2, poderá solicitar autorização do Município, para ocupar sua área com os mesmos parâmetros edilícios e urbanísticos da Zona originária
em que está inserido, nos termos da legislação vigente, desde que:

I - a demanda de EHIS para a região onde se situa a área, já esteja atendida;

II - não contrarie os objetivos da política habitacional do Município;

III - a dinâmica urbana descaracterize a região para a produção de EHIS.

Art. 5º Não poderão ser delimitadas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS):

I - em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, salvo aqueles objeto de intervenção que assegure a drenagem e o escoamento das águas;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, salvo se previamente saneados;

III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo aqueles objeto de intervenção que assegure a contenção das encostas, atestando a viabilidade da urbanização;

IV - nas áreas em que a degradação ambiental impeça condições sanitárias adequadas à moradia digna;

V - nas áreas com solo, subsolo e/ou lençol freático contaminados por substâncias que possam causar riscos à saúde das pessoas.

SEÇÃO I
DA COMISSÃO DE URBANIZAÇÃO E LEGALIZAÇÃO

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Art. 6º Para o acompanhamento dos processos de regularização fundiária e empreendimentos em ZEIS, o Chefe do Poder Executivo Municipal constituirá a Comissão de Urbanização e Legalização
(COMUL), nos termos do inciso II do art. 2º do Estatuto das Cidades, vinculada à Secretaria Municipal de Administração, Finanças e Planejamento.

§ 1º A composição, organização e funcionamento da COMUL serão disciplinados por Decreto próprio, com a garantia de representatividade do Poder Executivo Municipal e da Sociedade Civil.

§ 2º Os membros da COMUL não farão jus a remuneração e suas funções serão consideradas serviço público relevante.

SEÇÃO II
DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

Art. 7º Para fins de uso comercial, serviços e institucional nos imóveis inseridos em ZEIS, deverão ser observados os critérios estabelecidos para a Zona originária prevista na Lei de Uso e Ocupação do
solo.

Art. 8º A licença para parcelamento do solo nas Áreas de Especial Interesse Social está condicionada à aprovação do respectivo projeto, na forma desta lei e demais normas aplicadas de forma
subsidiária.

Art. 09º Para aprovação dos projetos de loteamentos em ZEIS 2, o órgão municipal competente exigirá dos parceladores, públicos ou privados, reserva de terrenos para implantação de equipamentos
comunitários e áreas verdes, calculados em função da área total do loteamento, nas seguintes proporções:

Quadro 01: Parâmetros de ocupação do solo - ZEIS 2

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____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
| ZEIS 2 - Zona Especial de Interesse Social 2 - EHIS |
|====================================================================================================================================================================|
| USO | OCUPAÇÃO |
| |---------------+-------+-------------+--------------+-----------------+-----------------+------------+--------------+-----------------+-----------------|
| | LOTE MÍNIMO / | ÁREA | ÁREA | ARRUAMENTO |COEFICIENTE DE|TAXA DE OCUPAÇÃO|ALTURA MÁXIMA|RECUO MÍNIMO|TAXA DE|AFASTAMENTO |
| |TESTADA MÍNIMA | VERDE |INSTITUCIONAL|(pista de ro-|APROVEITAMENTO |MÁXIMA (%) |(pavimentos)|DO |PERMEABILIDADE |MÍNIMO DAS|
| | (m² / m) | | |lamento)/(cal-|MÁXIMO | | |ALINHAMENTO |MÍNIMA (%) |DIVISAS (m)|
| | | | |çadas) | | | |PREDIAL (m) | |LATERAIS E FUNDOS|
|-----------|---------------|-------|-------------|--------------|-----------------|-----------------|------------|--------------|-----------------|-----------------|
|LOTEAMENTO |180 / 6 (a) |5% (b) | 10%|11 m rolamento| 2,4| 60| 4| 5| 25|Laterais (1,50|
| | | | | | | | | | |até o 2º|
| | | | | | | | | | |pavimento) |
| | | | |--------------| | | | | |-----------------|
| | | | |4 m calçada(c)| | | | | |Demais pavimentos|
| | | | | | | | | | |H/4 +|
| | | | | | | | | | |-----------------|
| | | | | | | | | | |Fundos (2,00 m) |
|-----------|---------------|-------|-------------|--------------|-----------------|-----------------|------------|--------------|-----------------|-----------------|
|CONDOMÍNIO |180 / 6 (a) |5% (b) | 10%|09 m rolamento| 2,4| 60| 4| 3| 25|Laterais (1,50|
| | | | | | | | | | |até o 2º|
| | | | | | | | | | |pavimento) |
| | | | |--------------| | | | | |-----------------|
| | | | |4 m calçada(c)| | | | | |Demais pavimentos|
| | | | | | | | | | |H/4 +|
| | | | | | | | | | |-----------------|
| | | | | | | | | | |Fundos (2,00 m) |
|___________|_______________|_______|_____________|______________|_________________|_________________|____________|______________|_________________|_________________|

(a) Os lotes de esquina terão suas áreas mínimas acrescidas em 30% (trinta por cento) em relação ao mínimo exigido para sua respectiva zona e sua testada acrescida do recuo frontal obrigatório de
sua respectiva zona.
(b) A destinação da área verde deverá ser em terreno contínuo, sempre que possível, para evitar a fragmentação da cobertura vegetal existente. As áreas de preservação permanente não serão
consideradas para o computo da área verde, salvo, se aquela, resultar em área superior a 10% da área total do empreendimento.
(c) 4 m de calçada, sendo 2 m de cada lado da via.

I - as áreas verdes e institucionais deverão ser entregues ao Poder Executivo Municipal totalmente livres e desafetadas, sendo o percentual indicado sobre o total da área do empreendimento;

II - a hierarquia e a dimensão mínima das vias deverão respeitar a Lei do Sistema Viário, as diretrizes do Plano Diretor e as diretrizes fornecidas pelo órgão municipal de planejamento;

III - nos loteamentos - EHIS, as quadras poderão ter área máxima de 20.000 m² (vinte mil metros quadrados);

IV - para casas sobrepostas ou apartamentos, a fração ideal mínima de terreno será de 45 m² (quarenta e cinco metros quadrados);

V - o número máximo de unidades por condomínio é de 200 (duzentas) unidades;

VI - até 3% (três por cento) das unidades habitacionais deverão ser destinadas para deficientes físicos;

VII - para HIS (0 a 3 salários mínimos) - o limite máximo para edificação vertical é de até 3 (três) pavimentos, sem elevador;

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VIII - Para HIS (3 a 6 salários mínimos) e para HMP (6 a 10 salários mínimos) - o limite máximo para edificação vertical é de até 4 (quatro) pavimentos, sem elevador;

IX - Vagas de estacionamento: 01 (uma) vaga para cada unidade habitacional, não sendo permitida a locação desta no recuo frontal;

X - Unidades habitacionais horizontais: área útil mínima de 36,00 m² (trinta e seis metros quadrados);

XI - Unidades habitacionais verticais: área útil mínima de 40 m² (quarenta metros quadrados);

XII - Área de lazer: no mínimo 6% (seis por cento) da área parcelável.

Art. 10 O empreendedor deverá executar, conforme cronograma aprovado pelo Município, as obras e serviços necessários às vias de circulação, à demarcação dos lotes, das quadras, dos logradouros,
ao escoamento das águas pluviais, rede de abastecimento de água potável, soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar, e aos equipamentos urbanos previstos no projeto,
além da arborização das vias e praças e do fornecimento das placas de denominação de logradouros.

Art. 11 Na anexação de uma ou mais áreas que envolvam glebas ou terrenos em zonas diferentes e que pelo menos uma delas seja ou esteja em ZEIS, o resultado da anexação será sempre a
unificação de todas as áreas como ZEIS.

Art. 12 Para os terrenos com área de até 20.000m² (vinte mil metros quadrados) destinados a EHIS, a reserva de área institucional poderá ser substituída pela edificação de equipamento público em
valor equivalente à avaliação do imóvel que seria doado ao Município.

§ 1º A obra a que se refere o caput deste artigo será realizada às expensas do interessado, em imóvel indicado pelo Município.

§ 2º A critério do Município, poderá ainda, ser substituído por ampliação ou reforma de equipamento público municipal já existente, nas proximidades do empreendimento.

§ 3º A COMUL poderá avaliar outras possibilidades apresentadas pelo empreendedor, desde que não viole a legislação em vigor e não altere a finalidade do empreendimento.

§ 4º As possibilidades aludidas por este artigo deverão ser concretizadas em prazo concomitante à implantação do empreendimento, que se por ventura não se o fizer à data de conclusão de obra, sua
liberação ficará consignada à execução das providências estabelecidas nas diretrizes de aprovação do empreendimento, sob pena de multa pecuniária a ser fixada no Decreto de aprovação.

Art. 13 Nos loteamentos - EHIS, os lotes destinados à construção de moradias não poderão ser objeto de remembramento, devendo tal proibição constar expressamente dos contratos celebrados,
devendo perdurar esta proibição pelo prazo mínimo de 10 (dez) anos, a partir da celebração do contrato.

SEÇÃO III
DOS PROJETOS INERENTES ÀS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

Art. 14 Antes da elaboração do projeto de loteamento - EHIS, o interessado deverá solicitar ao Município consulta prévia, com relação ao uso e ocupação do solo, traçado dos lotes, do sistema viário,
dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos:

I - as divisas da gleba a ser loteada;

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II - as curvas de nível à distância adequada, quando exigidas por lei estadual ou municipal;

III - a localização dos cursos d`água, bosques e construções existentes;

IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas
adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada;

V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;

VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas.

Art. 15 O Requerente deverá apresentar ao Setor de Urbanismo, a seguinte documentação:

I - o projeto, contendo desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração máxima de quatro anos;

II - documento de responsabilidade técnica;

III - certidão atualizada da matrícula do imóvel, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, se for o caso;

IV - certidão negativa de tributos municipais;

V - solução de água, esgoto, iluminação pública e pavimentação;

VI - plano de ação social.

§ 1º O empreendedor deverá definir junto ao Município, os lotes que ficarão em garantia para execução das obrigações, em valor correspondente ao custo da obra.

§ 2º Os desenhos conterão pelo menos:

I - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração;

II - o sistema de vias com a respectiva hierarquia;

III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias;

IV - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças;

V - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas;

VI - a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais.

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§ 3º O memorial descritivo deverá conter, no mínimo:

I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou zonas de uso predominante;

II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas;

III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do Município no ato de registro do loteamento;

IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências;

V - indicação da forma de distribuição das unidades habitacionais, na forma do art. 4º desta lei.

Capítulo III
DOS EMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL - EHIS

Art. 16 Os Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (EHIS) constituem o gênero que comporta as seguintes espécies e sub espécies:

I - Habitação de Interesse Social (HIS):

a) Famílias com renda entre 0 (zero) a 3 (três) salários mínimos (vulneráveis);


b) Famílias com renda entre 3 (três) a 6 (seis) salários mínimos.

II - Habitação de Mercado Popular (HMP):

a) Famílias com renda entre 6 (seis) a 10 (dez) salários mínimos.

Art. 17 Aos empreendimentos contidos em ZEIS 2, a aprovação de loteamentos, de nova edificação ou de reforma, com ou sem aumento de área, com ou sem mudança de uso ou modalidade de
parcelamento, deverá observar os parâmetros para EHIS, conforme quadro 01 constante no art. 9º.

Art. 18 Não poderão ser utilizadas para produção de EHIS, bem como não serão aceitas como locais de moradia para fins de regularização fundiária as localizadas:

I - sob viadutos ou pontes;

II - sobre oleodutos e troncos de água e esgotos, bem como sob redes de alta tensão ou terrenos alagadiços;

III - em áreas que apresentem risco à saúde e à segurança de seus ocupantes;

IV - em fundos de vale, áreas de preservação permanente ou onde as condições geológicas não aconselhem a edificação;

V - em áreas que tenham sido aterradas com material nocivo à saúde pública;

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VI - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção;

VII - em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes.

Art. 19 A HIS poderá ser produzida pelos seguintes agentes:

I - órgãos da Administração Direta e Indireta;

II - empresas com controle acionário do poder público;

III - institutos previdenciários estatais;

IV - entidades representativas dos futuros moradores, legalmente constituídos;

V - cooperativas habitacionais;

VI - empresas privadas.

Parágrafo único. No caso de HIS produzida por associações ou cooperativas constituídas com o objetivo de provisão habitacional aos segmentos populacionais socialmente vulneráveis ou de
regularização fundiária de assentamentos precários, a demanda poderá ser indicada pela entidade responsável pela sua produção, mediante a verificação, pelo poder público, de pelo menos uma das
situações previstas neste artigo.

Art. 20 Admite-se a produção de EHIS, por meio de todas as tipologias previstas na legislação em vigor para o uso residencial e ou misto, respeitando-se a proporção estabelecida pela COMUL.

Capítulo IV
DO PLANO DE URBANIZAÇÃO

Art. 21 O Plano de Urbanização - PU é instrumento de planejamento utilizado principalmente nas ZEIS do tipo 1, que também pode ser solicitado nas ZEIS do tipo 2, e tem os seguintes objetivos:

I - estabelecer condições e parâmetros específicos para a recuperação física e regularização fundiária de áreas urbanas ocupadas e consolidadas, de forma irregular, mansa, pacífica e espontânea
pelos segmentos populacionais socialmente vulneráveis, há pelo menos 10 (dez) anos, com a respectiva aprovação pelo Setor de Urbanismo e pela COMUL;

II - garantir a participação de representantes da população moradora no planejamento e implementação das ações necessárias à recuperação e regularização das áreas referidas no inciso I deste artigo;

III - remover a população das áreas com fragilidade ambiental e de risco e recuperá-las, atribuindo-lhe outros usos que não o da ocupação urbana evitando-se, com isso, a exposição de pessoas a riscos
dos mais diversos.

Parágrafo único. O Plano de Urbanização - PU poderá abranger mais de 1 (um) perímetro ou parcela de perímetro de ZEIS.

Art. 22

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Art. 22 O Plano de Urbanização - PU deverá ser apresentado com o seguinte conteúdo:

I - diagnóstico contendo, no mínimo:

a) delimitação da área abrangida pelo Plano de Urbanização - PU;


b) análise físico-ambiental, compreendendo a indicação das bacias hidrográficas nas quais se insere a área abrangida pelo Plano de Urbanização - PU, levantamento planialtimétrico cadastral com
curvas de nível de metro em metro, ocorrências de vegetação a ser preservada e identificação das áreas com fragilidade ambiental e de risco; análise das condições do solo;
c) com curvas de nível de metro em metro, ocorrências de vegetação a ser preservada e identificação das áreas com fragilidade ambiental e de risco;
d) análise fundiária, compreendendo identificação de áreas públicas e particulares, bem como situação quanto à regularização fundiária;
e) análise urbanística, compreendendo indicação das vias de acesso à área; análise do sistema de circulação de veículos e pedestres, da infraestrutura de drenagem pluvial, abastecimento de água,
esgotamento sanitário, energia elétrica, iluminação pública, guias, sarjetas e tipo de pavimentação, bem como a caracterização do uso do solo e dos, abastecimento de água, esgotos e iluminação, bem
como a caracterização do uso do solo e dos equipamentos públicos e sociais existentes;
f) caracterização socioeconômica da população residente ou a ser atendida;
g) potencialidades para geração de renda e emprego;
h) elaboração do plano de ação social - PAS;

II - plano de urbanização - PU, compreendendo:

a) projeto de parcelamento do solo para fins de urbanização específica, abrangendo sistema viário, áreas públicas, lotes, datas e edificações, com base na legislação vigente, em especial nesta lei;
b) projetos correspondentes às etapas de execução do Plano de Urbanização - PU;
c) parâmetros urbanísticos específicos para a aprovação de desmembramento, subdivisão, anexação ou remembramentos, para novas edificações e mudanças de uso do solo;
d) plano de ação social - PAS;
e) cronograma físico e financeiro.

III - aprovação do Plano de Urbanização - PU pela COMUL;

IV - aprovação do Plano de Urbanização por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal.

§ 1º A COMUL poderá solicitar complementações no Plano de Urbanização, conforme as necessidades apresentadas.

§ 2º Todos os projetos de infraestrutura deverão atender às normas técnicas em vigor e, às diretrizes específicas das concessionárias de serviços públicos.

Art. 23 Nos Planos de Urbanização - PU das ZEIS, o Poder Público Municipal deverá promover, em parceria com a iniciativa privada, a implantação de área institucional e praças equipadas para uso
público na dimensão adequada à população prevista para o respectivo assentamento ou distrito, com prioridade para aquele com menor índice de áreas públicas por habitante.

Capítulo V
DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO

Art. 24 Onde não for possível a implementação de instrumentos jurídicos para consolidação do domínio privado das áreas, o Município poderá outorgar a Concessão do Direito Real de Uso aos
ocupantes, após concluído o Plano de Urbanização.

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§ 1º Nesses casos, o Plano de Urbanização deverá abordar, além do conteúdo mínimo, os parâmetros de uso e ocupação do solo que nortearão o ordenamento territorial.

Art. 25 Para Concessão do Direito Real de Uso das unidades habitacionais resultantes do Plano de Urbanização, observar-se-á o seguinte:

I - será deferida gratuitamente, mediante contrato ou termo administrativo, com base no cadastro dos ocupantes originários da área quando da realização da intervenção urbanística;

II - será concedida pelo prazo mínimo de 15 anos (quinze) anos, renováveis, após esse interregno, em períodos quinquenais;

III - não conferirá ao seu titular a propriedade do bem outorgado, que se conservará sob domínio público, nem importará direito de retenção por força das benfeitorias implantadas a qualquer título no
imóvel;

IV - será preferencialmente outorgada em favor da mulher, independentemente do Estado Civil;

V - sujeitar-se-á constantemente às atualizações de cadastro dos ocupantes para os quais haja sido deferida;

VI - deverá ser inscrita em termo administrativo próprio, que ficará sob controle do Setor de Patrimônio;

VII - não poderá ser concedida mais de uma vez ao mesmo titular, ou ao cônjuge, companheiro, ascendente ou descente até o segundo grau de parentesco, por consangüinidade ou afinidade, que
dependa economicamente e viva no mesmo lar daquele que haja recebido a concessão;

VIII - não será concedida mais de uma vez a quem já houver sido anteriormente beneficiado pela medida, independentemente das razões que tenham extinguido a concessão anterior;

IX - não poderá ser objeto de gravame algum, ou de garantias negociais sob quaisquer pretextos, por não se integrar ao patrimônio do concessionário;

X - considerar-se-á extinta:

a) por desistência espontânea do concessionário;


b) nas hipóteses de transferência, a qualquer título, do uso do imóvel a terceiros, sem prévia anuência do Município;
c) nos casos em que o imóvel deixar de servir de moradia ao concessionário e sua família;
d) se houver violação aos termos e condições expressos quando da sua outorga;
e) nos casos de depredação ou perda do imóvel por responsabilidade do concessionário.

Capítulo VI
DA COMPETÊNCIA PARA SOLICITAR A DELIMITAÇÃO DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

Art. 26 Têm competência para solicitar ao Poder Executivo Municipal a delimitação de Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS:

I - o Poder Público Federal;

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II - o Poder Público Estadual;

III - os Conselhos Municipais que tenham competências e atribuições nas áreas de habitação e urbanismo.

Art. 27 O município poderá promover a Regularização Fundiária, em áreas urbanas consolidadas, cuja ocupação apresente uma densidade de no mínimo 50 (cinquenta) habitantes por hectare, e que
não haja óbices do ponto de vista ambiental, não sendo em área de risco, e que esteja de acordo com o Plano de Urbanização.

SEÇÃO I
DA INSTITUIÇÃO DE ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

Art. 28 As ZEIS já delimitadas pela Lei Municipal nº 85/2010 que dispõe sobre a Política Municipal de Habitação, permanecem em vigor.

Art. 29 A criação, implantação e delimitação das ZEIS deverão ser precedidas do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e do respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV emitido pelo Conselho
Municipal de Gestão Territorial e Meio Ambiente, nos termos da Lei nº 376/2015.

Art. 30 As proposições e projetos para a criação das ZEIS deverão ser submetidas à apreciação e discussão da comunidade através da realização de audiências públicas, a serem promovidas pelo
poder público, para garantir a gestão democrática da cidade, nos termos do artigo 43, inciso II, da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 31 A delimitação de novas ZEIS dependerá de discussão com o Conselho Municipal competente, responsável pelo controle social, que deverá avaliar:

I - a legislação municipal, estadual e federal;

II - o Plano Municipal de Habitação;

III - a demanda existente;

IV - as condições locais do(s) imóvel(is);

V - demais fatores de influência direta e indireta.

Art. 32 Após a delimitação em estudo específico, a proposta deverá ser encaminhada ao Poder Legislativo Municipal, acompanhada do Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV e da cópia da ata da
Audiência Pública, para apreciação, discussão e votação.

Capítulo VII
DOS PROCEDIMENTOS DE APROVAÇÃO

Art. 33 A aprovação de projeto de regularização ou empreendimento em ZEIS, terá procedimento especial junto ao Setor de Urbanismo do Município, a ser regulamentado por ato próprio ou pela
Comissão de Urbanismo e Legalização.

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Capítulo VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34 Aplica-se de forma subsidiária, as disposições da Lei Complementar nº 21/2015 e demais normas integrantes do Plano Diretor Municipal.

Art. 35 Os empreendimentos na forma de condomínio, deverão, obrigatoriamente, dispor de regimento interno, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica e demais documentos para seu regular
funcionamento, devidamente aprovado pelo Município.

Art. 36 Para consecução das finalidades desta Lei, o Poder Executivo Municipal poderá publicar Decretos regulamentares com a disciplina dos procedimentos, para implementação dos seus objetivos.

Art. 37 Os casos omissos, contradições ou obscuridades poderão ser resolvidas pelo Conselho Municipal competente e/ou pela COMUL.

Art. 38 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Campina Grande do Sul, 08 de dezembro de 2015.

LUIZ CARLOS ASSUNÇÃO


Prefeito Municipal

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