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Observatório
Europeu
do Sul
Um Universo
de Descobertas
Índice
Acerca do ESO 3
O ESO e a Astronomia 4
Compreender o nosso Mundo 7
Revelando Segredos Cósmicos 8
Pessoas no ESO: Christophe Dumas 8
À Procura de Outros Mundos 9
Estrelas Muito Velhas 9
Pessoas no ESO: Lucie Jílková 10
Um Buraco Negro no Centro
da nossa Galáxia 10
Explosões de Raios Gama 12
10 Descobertas Astronómicas de
Vanguarda do ESO 13
Ao Serviço dos Astrónomos da Europa 14
Paranal 16
Pessoas no ESO: Karla Aubel 17
Muitos Olhos, Uma Só Visão 18
Telescópios Móveis 19
Telescópios de Rastreio 21
La Silla 22
Pessoas no ESO: Françoise Delplancke 25
Na Vanguarda das Novas Tecnologias 25
Galeria de Imagens do VLT 26
Explorando o Universo Frio — ALMA 28
Pessoas no ESO: Stefano Stanghellini 29
Um Empreendimento Global 32
APEX 33
Pessoas no ESO: Petra Nass 34
Elevada Eficiência —
O Sistema de Fluxo de Dados 34
O Arquivo Científico 35
O Universo Digital 35
Projectos Futuros — O E-ELT 36
Pessoas no ESO: Marc Sarazin 36
Construindo Parcerias 40
EIROforum 41
Ao Encontro da Sociedade 42
Transferência de Tecnologia 43
Programas Educacionais e de
Divulgação Científica do ESO 44
Trabalhar no ESO 46
Pessoas no ESO: Jean-Michel Bonneau 46
O ESO é ... 47
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Acerca do ESO
3
O ESO e a Astronomia
A astronomia é muitas vezes descrita tecnologia permite-nos agora estudar funcionamento de observatórios astro
como a ciência mais antiga e não há objectos nos mais longínquos locais nómicos terrestres de ponta, observató
dúvida de que a visão da majestosa Via do Universo e também detectar a pre rios esses que possibilitam importantes
Láctea cortando o céu numa noite lím sença de planetas em torno de outras descobertas científicas.
pida deve ter sido fonte de inspiração estrelas. Podemos começar a responder
para pessoas de todas as idades e cultu uma a questão fundamental que a todos O ESO opera o Observatório La Silla
ras. Hoje em dia, a astronomia destaca- fascina: estaremos sós no Universo? Paranal situado em dois locais na região
-se como uma das ciências mais moder do deserto do Atacama, no Chile. La
nas e dinâmicas, usando algumas das O ESO é a organização astronómica Silla, uma montanha de 2400 metros de
mais avançadas tecnologias e sofistica intergovernamental de ciência e tecno altitude situada 600 quilómetros a norte
das técnicas disponíveis. Actualmente logia que se destaca por levar a cabo de Santiago do Chile, alberga vários
atravessamos um período extrema- um programa de trabalhos ambicioso, telescópios com diâmetros que vão até
mente estimulante para a astronomia: a focado na concepção, construção e aos 3.6 metros. A infraestrutura de maior
4
relevo é o VLT (sigla do inglês Very Large que resulta por ano em muitas publica O passo seguinte, agora que o VLT está
Telescope), instalado no Paranal, cujo ções em revistas científicas da especiali em plena operação, é a construção
conceito, instrumentos que o comple dade com júri de leitura: em 2009, por de um novo telescópio com um espelho
mentam e modo de operação passaram exemplo, cerca de 7000 trabalhos cientí primário de 42 metros de diâmetro, o
a constituir o padrão de referência dos ficos com base em dados do ESO foram E-ELT (sigla do inglês European Extremely
observatórios ópticos/infravermelhos publicados. Large Telescope). O E-ELT será o maior
instalados no solo. O interferómetro do olho no céu do mundo — o maior teles
VLT, o VLTI (acrónimo do inglês Very O ESO é também o ponto focal da par cópio a trabalhar no óptico e infraver
Large Telescope Interferometer), junta ticipação Europeia no ALMA (sigla do melho próximo. O ESO desenvolveu um
mente com os telescópios de rastreio inglês Atacama Large Millimeter/submil novo conceito revolucionário e está a
VST (óptico) e VISTA (infravermelho) po limeter Array), um projecto de coope delinear planos de construção detalha
tenciam ainda mais as capacidades úni ração intercontinental que conta com a dos em conjunto com a comunidade. O
cas destas instalações. participação da América do Norte, Leste E-ELT permitirá obter pela primeira vez
Asiático e Chile. Os parceiros do ALMA imagens de planetas semelhantes à Terra
Cada ano, são recebidas 2 000 propos estão a construir esta infraestrutura única em órbita de outras estrelas, o que será
tas para utilização dos telescópios do num local de altitude muito elevada no um marco verdadeiramente notável.
ESO, num total de pedidos que vão de planalto chileno, em Chajnantor. O ALMA
quatro a seis vezes mais noites do que iniciará as operações científicas em
as disponíveis. O ESO é o observatório 2011 e promete vir a ser tão revolucioná
terrestre mais produtivo do mundo, o rio para a ciência como o Telescópio
Espacial Hubble.
Tim de Zeeuw
Director Geral do ESO
G. Hüdepohl/ESO
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Compreender o nosso Mundo
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Revelando Segredos Cósmicos
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À Procura de Outros Mundos Estrelas Muito Velhas
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Um Buraco Negro no Centro da nossa Galáxia
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O que existe no centro da Via Láctea? As observações do VLT também revela
Durante muitos anos, os astrónomos ram clarões de radiação infravermelha
suspeitavam que existia um buraco negro a emergir da região em intervalos regula
no centro da nossa Galáxia, mas não res. Embora a causa exacta deste
tinham a certeza. Só recentemente, após fenómeno seja ainda desconhecida, os
16 anos a monitorizar regularmente o observadores sugeriram que o buraco
Centro Galáctico com telescópios do negro deve estar a rodar rapidamente.
ESO, no Observatório de La Silla Paranal, Seja o que for que esteja a acontecer, a
os cientistas obtiveram finalmente provas vida de um buraco negro não é calma
conclusivas. nem sossegada.
A região central
da galáxia activa
NGC 1097.
Reinhard Genzel,
Director do Instituto Max-Planck
O centro da Via Láctea. para a Física Extraterrestre
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Explosões de
Raios Gama
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10 Descobertas Astronómicas de
Vanguarda do ESO
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Ao Serviço dos Astrónomos da Europa
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Tal como consta da sua convenção, o
ESO põe à disposição dos astrónomos
da Europa instalações topo de gama,
além de promover e organizar a coopera
ção na investigação em astronomia.
Actualmente, o ESO opera os maiores e
mais sofisticados observatórios do
mundo, em três locais no norte do Chile:
La Silla, Paranal e Chajnantor. Estes
são os melhores locais do hemisfério sul
para a observação astronómica. Com
outras actividades tais como, desenvolvi
mento tecnológico, conferências e pro
jectos educacionais, o ESO desempenha
também um papel decisivo na formação
de uma Área Europeia de Investigação
para a astronomia e astrofísica.
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Paranal
Instrumentos no
LGS Very Large Telescope.
Antu Kueyen Melipal Yepun
CRIRES FLAMES VIMOS NACO
FORS2 X-shooter VISIR VST SINFONI
Foco do Visitante UVES ISAAC ΩCAM HAWK-I
VISTA
VIRCAM
VLTI
MIDI
AMBER
PRIMA
16
O VLT é o instrumento óptico mais concebido para um único observató- A Unidade 1, Antu, entrou em funcio
avançado do mundo, composto por rio. Inclui câmaras de grande campo, namento regular a 1 de Abril de 1999.
quatro telescópios com espelhos câmaras e espectrógrafos corrigidos Hoje, já funcionam regularmente as
primários de 8.2 metros de diâmetro e por óptica adaptativa, espectrógrafos quatro Unidades principais e os quatro
quatro telescópios auxiliares móveis, multi-objecto e de alta resolução, que telescópios auxiliares. O VLT teve já
com espelhos de 1.8 metros, que cobrem uma extensa região do espec- um impacto incontestável na astronomia
se combinam para formar um interferó- tro electromagnético que vai desde o observacional. É a mais produtiva infra-
metro. ultravioleta profundo (300 nm), ao infra- estrutura individual no solo. Resultados
vermelho médio (20 μm). obtidos com dados do VLT levam a
Os telescópios de 8.2 metros também uma média de publicações de mais de
podem ser usados individualmente. Os telescópios de 8.2 metros estão um artigo cientifico por dia publicado
Com uma exposição de apenas uma alojados em edifícios compactos e ter- em revistas científicas da especialidade
hora, podemos obter imagens de ob micamente controlados, que rodam com júri de leitura.
jectos extremamente ténues, de magni- de maneira sincronizada com os teles-
tude 30, o que corresponde a obser- cópios. Esta estrutura minimiza os
var objectos que são quatro mil milhões efeitos adversos às condições de ob
de vezes mais ténues do que aqueles servação, por exemplo a turbulência do
que conseguimos ver a olho nu. ar no interior do tubo do telescópio
que, de outro modo, poderia ocorrer
O programa de instrumentação do como resultado de variações na tempe-
VLT é o mais ambicioso alguma vez ratura e no vento.
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Muitos Olhos, Uma Só Visão
Os telescópios individuais do VLT podem No VLTI, os raios de luz são combina- Com este tipo de precisão o VLTI conse
ser combinados em grupos de dois ou dos em túneis subterrâneos, através de gue reconstruir imagens com uma reso
três para formar um gigantesco interferó um complexo sistema de espelhos. lução angular da ordem das milésimas
metro VLT (sigla em inglês — VLTI), per Para isso, a extensão do caminho perco de segundo de arco, incluindo uma das
mitindo observar detalhes com precisão rrido pela luz recebida por todos os imagens mais nítidas alguma vez obtidas
superior (até 25 vezes) à dos telescópios telescópios terá de ser igual, a menos para uma estrela, com uma resolução
individuais e estudar objectos celestes de um erro inferior a 1/1000 milímetros espacial de apenas 4 milésimas de
com um detalhe sem precedentes. Com em 100 metros. segundo de arco. Este valor corresponde
o VLTI podemos observar detalhes a conseguir distinguir a cabeça de um
na superfície das estrelas e até estudar a parafuso na Estação Espacial Internacio
vizinhança dos buracos negros. nal, situada a 400 quilómetros de altitude.
Os Instrumentos do Interferómetro do
Very Large Telescope
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Telescópios Móveis
Apesar dos quatro telescópios de 8.2 me podem ser deslocados entre várias posi
tros poderem ser combinados num in ções de observação pré-definidas. A
terferómetro, a maior parte das vezes partir dessas posições, a luz que colec
esses grandes telescópios são usados tam individualmente é combinada no
para outros objectivos. Por isso, só estão VLTI.
disponíveis para observações interfero
métricas durante um número limitado de Os AT são telescópios muito invulgares.
noites por ano. As suas cúpulas ultra-compactas alber
gam a própria electrónica, ventilação
De modo a aproveitar as capacidades do e sistemas de hidráulica e refrigeração,
VLTI todas as noites, estão disponíveis tornando-os auto-suficientes. Cada AT
quatro telescópios auxiliares, AT (sigla do tem um transportador que ergue o teles
inglês Auxiliary Telescopes), mais peque cópio e o move de uma posição para
nos. Os AT estão montados em carris e outra.
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O VISTA tem um
espelho primário de
4.1 metros de diâmetro
e é de longe o maior
telescópio do mundo
dedicado ao rastreio do
céu nos comprimentos
de onda do infraver
melho próximo. A siner-
gia observacional
G. Hüdepohl/ESO
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Telescópios de Rastreio
Dois novos e poderosos telescópios — céu de maneira rápida e profunda. Os céu. O coração do VISTA é uma câmara
o VISTA (acrónimo do inglês Visible and dois telescópios passarão a maior parte de 3 toneladas composta por 16 detec
Infrared Survey Telescope for Astronomy) dos primeiros cinco anos de operações tores especiais sensíveis à radiação infra
e o VST (acrónimo do inglês VLT Survey a executar nove rastreios cuidadosamente vermelha, num total combinado de
Telescope) — estão situados no Obser planeados, criando assim vastos arqui- 67 milhões de pixels. Possui a maior
vatório do Paranal do ESO, no norte do vos de catálogos e imagens de objectos cobertura de todas as câmaras infraver
Chile. São claramente os telescópios que serão estudados pelos astrónomos melhas existentes. O VISTA começou as
mais poderosos do mundo dedicados a durante as próximas décadas. operações em 2009.
obter imagens para rastreios do céu e
aumentarão consideravelmente o poten Os rastreios darão igualmente resultados O VST é um telescópio de vanguarda
cial de descobertas científicas feitas no científicos directos e, para além disso, de 2.6 metros equipado com a
Observatório do Paranal. os objectos interessantes descobertos OmegaCAM, uma gigantesca câmara
por estes telescópios de rastreio serão CCD de 268 milhões de pixels, com
Muitos dos objectos astronómicos mais alvo de estudos mais detalhados levados um campo de visão correspondente a
interessantes — desde os minúsculos, a cabo pelo VLT e por outros telescópios quatro vezes a área da Lua Cheia.
mas potencialmente perigosos, asteróides no solo e também no espaço. Ambos Complementa o VISTA e fará rastreios
próximos da Terra aos quasars mais dis os telescópios de rastreio estão em do céu na região do visível.
tantes — são raros. Encontrá-los é como cúpulas situadas próximo do VLT e por
procurar uma agulha num palheiro. Os isso partilham das mesmas condições de O VST é o resultado de uma coopera-
maiores telescópios, como o Very Large observação excepcionais e do mesmo ção entre o ESO e o Observatório Astro
Telescope do ESO e o Telescópio Espa modelo de operação altamente eficiente. nómico de Capodimonte (OAC) em
cial Hubble da NASA/ESA, apenas podem Nápoles, um centro de investigação do
estudar uma parte mínima do céu de cada O VISTA tem um espelho primário de Instituto Nacional Italiano de Astro-
vez, mas o VISTA e o VST foram concebi 4.1 metros de diâmetro e é o maior teles física (INAF). O VST estará operacional
dos para fotografarem enormes áreas no cópio do mundo dedicado ao rastreio do no Paranal em 2011.
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La Silla
O instrumento HARPS.
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O Observatório de La Silla, situado Também em La Silla, o telescópio de como o Leonhard Euler, um telescópio
600 quilómetros a norte de Santiago do 3.6 metros do ESO está em funciona- suíço de 1.2 metros, o REM (sigla do
Chile, e a 2400 metros de altitude, tem mento desde 1977. Após grandes re inglês Rapid Eye Mount) ou o TAROT,
sido o baluarte do ESO desde os anos modelações, este telescópio continua caçador de explosões de raios gama.
1960. É lá que o ESO tem em funciona- na linha da frente dos telescópios da Encontram-se também neste obser
mento vários dos telescópios da classe classe dos 4 metros no hemisfério sul. vatório telescópios dedicados a estu-
dos 4 metros mais produtivos dos dos típicos como o telescópio MPG/
mundo. É neste telescópio que está instalado o ESO de 2.2 metros e o telescópio dina-
HARPS (sigla do inglês High Accuracy marquês de 1.5 metros. O instrumento
O New Technology Telescope (NTT, te Radial Velocity Planet Searcher), um WFI (sigla do inglês Wide Field Imager),
lescópio de nova tecnologia) de 3.5 me espectrógrafo com uma precisão sem uma câmara de grande campo com
tros, foi o primeiro telescópio do mundo paralelo, dedicado à procura de exopla- 67 milhões de pixels, montada no teles-
a ter um espelho primário controlado netas. cópio MPG/ESO de 2.2 metros tem
por computador (óptica activa), uma obtido muitas imagens extraordinárias
tecnologia desenvolvida no ESO e ago La Silla serve também de anfitriã a de objectos celestes que se tornaram já
ra aplicada ao VLT e à maior parte dos telescópios dos países membros dedi- ícones de direito próprio.
grandes telescópios do mundo inteiro. cados a projectos muito específicos,
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ESO/Y. Beletsky
Na Vanguarda das Novas Tecnologias
Desde o início que o VLT foi concebido o VLT é, sem dúvida, o observatório ter
como uma formidável máquina de ciên restre mais avançado do mundo.
cia, tirando vantagem dos mais recentes
desenvolvimentos tecnológicos. Em conjunto com vários institutos Euro
peus, o ESO está a desenvolver a
A Óptica Adaptativa (OA) é uma técnica próxima geração de equipamentos de
que permite aos instrumentos instala- óptica adaptativa para o VLT, como
dos nos telescópios ultrapassar os efei por exemplo, o SPHERE. O instrumento
tos da turbulência atmosférica, pro SPHERE de óptica adaptativa extrema
duzindo imagens tão nítidas como se será dedicado à obtenção de imagens e
fossem obtidas a partir do espaço. Isto caracterização de planetas gasosos
permite a observação de objectos muito gigantes — com massas até uma massa
ténues com grande detalhe. Com a de Júpiter — exteriores ao nosso Sis
OA o telescópio pode, em princípio, atin tema Solar. Este é um passo importante
gir o seu limite de difracção — a melhor com vista à detecção e caracterização
resolução possível em termos teóricos, de planetas semelhantes à Terra, poten
Pessoas no ESO: Françoise Delplancke, o que significa que com um instrumento cialmente capazes de sustentar vida,
Física de Instrumentos do VLTI do VLT se poderia ler a manchete de feita com o futuro European Extremely
um jornal a uma distância de mais de 10 Large Telescope.
“A minha primeira impressão do Cerro quilómetros.
Paranal no meio do deserto do
Atacama, no Chile, e após mais de
Para funcionar, a OA precisa de uma O Sistema de Estrela Guia Laser do VLT
20 horas de viagem de Munique, foi a
estrela de referência relativamente
de ter chegado ao planeta Marte. O
observatório que o ESO construiu neste
brilhante, o que limita as regiões no céu Está actualmente em funcionamento um
ambiente inóspito é um confortável onde se pode observar. Para ultrapas- sistema de Estrela Guia Laser que fun
oásis, equipado com a mais avançada sar esta restrição, uma das unidades do ciona com os instrumentos de OA, NACO
tecnologia em astronomia, e operado VLT foi recentemente equipada com e SINFONI, montados no VLT. Com este
por pessoas altamente profissionais um potente laser que pode criar no céu sistema, um potente feixe laser é pro
e simpáticas. O céu é tão límpido que, uma estrela artificial, onde e quando os jectado na direcção da camada de sódio
mesmo a olho nu, se consegue distin astrónomos precisam. da atmosfera terrestre, situada à alti-
guir a cor azul e vermelha de algumas tude de 90 quilómetros, produzindo-se
estrelas da Via Láctea, o que constitui o Para tornar o VLT mais eficiente para assim uma estrela artificial. Esta estrela é
sonho de qualquer astrónomo amador interferometria, cada unidade foi apetre usada pelos sistemas de óptica adap
que viva numa cidade europeia envol chada com um instrumento especial tativa para medir e compensar os efeitos
vida por poluição luminosa. Pela mesma mente desenhado de OA, MACAO, que da turbulência atmosférica em qualquer
razão, à noite, após uma hora no exte
foca a radiação recebida de objectos ponto do céu.
rior consegue-se facilmente ver a paisa
distantes no feixe de luz mais estreito
gem circundante, apenas à luz das
estrelas, mesmo sem luar. Tive uma vez
possível. O sistema de Estrela Guia Laser é um
a rara oportunidade de observar a Lua projecto de colaboração entre o ESO, o
com um dos telescópios do VLT: a Com sete sistemas de OA instalados até Instituto Max-Planck para a Física Extra
sensação é a de pairar sobre a sua su ao momento, um sistema de estrela guia terrestre (MPE), Garching, Alemanha, e
perfície, a bordo de uma nave espacial.” laser e a capacidade de combinar dois o Instituto Max-Planck para a Astronomia
ou três telescópios para interferometria, (MPIA), Heidelberg, Alemanha.
Comparação entre
uma imagem obtida
sem (esquerda) e
com (direita) óptica
adaptativa.
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Galeria de Imagens
do VLT
5 Planeta Júpiter
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2 3
5 6
Explorando o Universo Frio — ALMA
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Pessoas no ESO: Stefano Stanghellini,
Director do Subsistema de Antenas do
ALMA
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30
O ALMA será um instrumento único
de design revolucionário, composto ini-
cialmente por 66 antenas de alta pre
cisão e funcionando numa gama de
comprimentos de onda que vai dos 0.3
aos 9.6 milímetros. A rede principal de
12 metros será constituída por 50 ante-
nas de 12 metros de diâmetro cada
uma, trabalhando em conjunto como
um único telescópio — um interferóme-
tro. Adicionalmente, esta rede será
complementada pela rede compacta,
constituída por 4 antenas de 12 metros
e 12 antenas de 7 metros. As antenas
podem ser deslocadas no planalto
desértico, separadas por distâncias
que vão dos 150 metros aos 16 quiló-
metros, proporcionando ao ALMA um
poderoso e variável poder de focagem.
O telescópio será capaz de observar
o Universo em comprimentos de onda
milimétricos e sub-milimétricos, com
uma sensibilidade e resolução sem pre-
cedentes, com uma nitidez que será
dez vezes superior à do Telescópio
Espacial Hubble e complementará os
resultados obtidos com o interferóme-
tro do VLT.
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Um Empreendimento Global
32
APEX
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Elevada Eficiência —
O Sistema de Fluxo de Dados
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O Arquivo Científico O Universo Digital
Os dados provenientes de todos os A existência destes arquivos proporcionou O observatório virtual está a provar a
telescópios do ESO, assim como os do o desenvolvimento de um observatório sua eficácia com um número crescente
Telescópio Espacial Hubble são arma astronómico virtual. O observatório virtual de descobertas científicas efectuadas,
zenados no Arquivo Cientifico. Este (OV) é um conceito que nasce da neces que cobrem todos os aspectos da astro
arquivo tem armazenados actualmente sidade da astronomia moderna explorar nomia moderna, desde a física solar e
65 000 gigabytes (GB) de dados — o as imensas bases de dados presentes e estelar até à astronomia extragaláctica e
equivalente a cerca de 15 000 DVDs. futuras de inúmeros instrumentos, em cosmologia.
todos os comprimentos de onda, numa
Mais de 12 terabytes (TB) de dados são demanda de respostas às questões pri
distribuídos anualmente, resultado de mordiais tais como a origem do Universo,
cerca de 10 000 pedidos efectuados pela a evolução das galáxias e a formação
internet. Como este número irá aumentar de estrelas e planetas. Esta necessidade
em breve de forma drástica quando os gera o problema de acesso a grandes
telescópios de rastreio VISTA e VST esti quantidades de dados, sempre em cresci
verem completamente operacionais e mento, combinado com o enorme volume
a produzir cerca de 150 TB de dados por de dados acumulado ao longo dos anos e
ano, o ESO está a preparar um arquivo a sua subsequente exploração.
com uma capacidade da ordem do peta
byte (1000 TB ou 1 milhão de GB!). Neste sentido, o observatório virtual é
um esforço organizado para fornecer
Os servidores da base de dados do ESO aos astrónomos um acesso uniforme e
são coordenados entre a Alemanha e centralizado aos dados. Esta iniciativa
o Chile, e a sua tecnologia e complexi global baseada na comunidade está a
dade rivaliza as das principais empresas ser desenvolvida sob os auspícios da
comerciais, como é o caso da comuni Aliança do Observatório Virtual Interna
dade bancária internacional. cional (IVOA, sigla do inglês).
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Projectos Futuros — O E-ELT
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A geração actual de telescópios da classe os astrónomos europeus — conhecido
dos 8–10 metros de diâmetro, como como E-ELT (sigla do inglês, European
o VLT, permite aos astrónomos estudar o Extremely Large Telescope). Com o
Universo de maneira inédita, o que leva estudo de referência básico concluído no
a novas e desafiantes questões na inves final de 2006, a concepção final desta
tigação. Para responder a estas ques infraestrutura começou agora, com o
tões, está a ser planeada uma nova gera objectivo de ter o observatório E-ELT
ção de Telescópios de Enorme Dimen- operacional por volta de 2018. Em para
são (ELTs sigla do inglês Extremely Large lelo e integradas no estudo e concepção
Telescopes), com diâmetros de 30 metros do E-ELT, estão a ser desenvolvidas
ou mais. Esses telescópios irão, even novas tecnologias essenciais a este pro
tualmente, revolucionar a nossa percep jecto por um consórcio de institutos
ção do Universo, tal como aconteceu europeus e empresas industriais espe
com o telescópio de Galileu. cializadas de alta tecnologia, tendo o
ESO e a Comissão Europeia como princi
Antevê-se que estes futuros gigantes pais financiadores.
comecem a funcionar entre 2015 e 2020.
Estes telescópios irão abordar os desa Com um diâmetro de 42 metros e um
fios científicos do seu tempo, incluindo conceito de óptica adaptativa, o
perscrutar a ‘Idade das Trevas’ do nosso E-ELT será o maior olho no céu do
Universo — as primeiras centenas de mundo — o maior telescópio óptico/
milhões de anos — e detectar planetas infravermelho próximo alguma vez
semelhantes à Terra nas zonas de habi concebido. O “olho” do telescópio terá
tabilidade em redor de outras estrelas. um diâmetro de quase metade do
tamanho de um campo de futebol e
O ESO tem vindo a acumular uma colectará 15 vezes mais radiação do que
enorme experiência de desenvolvimento, o maior telescópio óptico em operação
integração e operação de grandes te actualmente. O telescópio tem um
lescópios em locais remotos. Além disso, conceito inovador de cinco espelhos que
há vários anos que o ESO tem estado inclui óptica adaptativa avançada para
empenhado em estudos conceptuais corrigir os efeitos de turbulência da
para o desenvolvimento de um telescópio atmosfera, produzindo imagens 15 vezes
adaptativo, óptico e infravermelho, de mais nítidas do que as do Telescópio
grande dimensão. Espacial Hubble.
37
38
os ambiciosos objectivos científicos do
Em Dezembro de 2004, o Conselho do E-ELT.
ESO definiu como principal prioridade
estratégica “manter a liderança e exce No que diz respeito à instrumentação, o
lência da Europa na investigação em objectivo é criar um conjunto flexível
astronomia, na era dos Telescópios de de instrumentos capazes de abordar a
Enorme Dimensão (ELT)”, recomen
grande variedade de questões cien-
dando que “a construção de um ELT
tíficas a que os astrónomos gostariam de
numa escala de tempo competitiva seja
abordada através de um planeamento
dar resposta nas próximas décadas.
estratégico e inovador”. A capacidade de observar numa vasta
gama de comprimentos de onda, do
óptico ao infravermelho médio, com ins
trumentos para múltiplos utilizadores,
Após uma revisão internacional integral permitirá aos cientistas explorar até ao
de um primeiro estudo conceptual para limite a dimensão do telescópio. A in
o E-ELT em Outubro de 2005 — o pro tegração progressiva dos instrumentos
jecto OWL — o ESO deu início a um novo com sistemas de controlo activo e adap
estudo em 2006, que envolveu mais tativo, poderá ser um desafio. O ESO
de 100 astrónomos, com o objectivo de coordenará o desenvolvimento de uma
avaliar cuidadosamente o desempenho, primeira geração de cerca de cinco
custos, calendarização e riscos envolvi instrumentos, o que também implicará
dos. Em Novembro de 2006, os resulta um investimento considerável em re
dos desse estudo foram exaustivamente cursos humanos especializados. A ges
discutidos por mais de 250 astrónomos tão desses projectos, envolvendo as
europeus, numa conferência em Marse diversas instituições que neles colabo
lha. À resposta entusiástica por parte ram será, por si mesma, um enorme
da comunidade, seguiu-se a decisão do desafio. Para que este projecto seja um
Conselho do ESO de avançar para a sucesso, tal como foi o conjunto de
etapa seguinte do projecto, o desenvolvi instrumentos do VLT, será necessário
mento conceptual global da infraestru envolver todos os recursos intelectuais
tura. Esta fase final de estudo deverá da Europa.
durar cerca de três anos, após a qual se
poderá iniciar a construção. O custo ac
tual estimado para o E-ELT é de cerca de
950 milhões de euros, onde se incluem Um Conceito Revolucionário
já os instrumentos de primeira geração.
O actual conceito do projecto tem, como
O desafio de idealizar, construir e operar ponto de partida, um espelho primário
um telescópio de 30 a 60 metros é com 42 metros de diâmetro e é revolu
enorme. Extrapolar as soluções técnicas cionário. O espelho primário é composto
para colectores de luz com diâmetros por quase 1000 segmentos, cada um
com 1.45 metros de diâmetro, enquanto
de 10 a 30 metros ou mais, ao mesmo
que o espelho secundário tem 6 metros
tempo capazes de produzir imagens
de diâmetro. Para minimizar os efeitos
de qualidade excelente num campo de da turbulência atmosférica, o telescópio
dimensão adequada, envolve inúmeras terá de incorporar no seu sistema óptico
dificuldades. O ESO está a trabalhar espelhos adaptativos e por isso um ter
com mais de trinta institutos científicos e ceiro espelho, com 4.2 metros de diâme
empresas de alta tecnologia da Europa tro, encaminhará a radiação para o sis
no desenvolvimento de tecnologias ino tema de óptica adaptativa, composto por
vadoras e essenciais, para que a cons dois espelhos distintos: um espelho com
trução do E-ELT seja possível nos próxi 2.5 metros de diâmetro, suportado por
mos cinco a dez anos, com um custo 5000 ou mais actuadores, que permitirão
aceitável. Duas das mais importantes distorcer a sua forma cerca de mil vezes
Poderemos observar vertentes no desenvolvimento do E-ELT por segundo; e um outro espelho com
galáxias distantes
são os sistemas de controlo de óptica 2.7 metros de diâmetro, que permitirá
como se estivessem na corrigir a imagem final. Esta solução de
nossa vizinhança e ter de alta precisão para a enorme escala do
cinco espelhos terá como resultado final
uma visão imparcial da telescópio e a concepção de um con
história de formação
imagens de qualidade excepcional, livres
junto eficiente e adequado de instrumen de aberrações significativas.
estelar ao longo de toda
a idade do Universo.
tos que permita aos astrónomos atingir
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Construindo Parcerias
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EIROforum
Uma das áreas nucleares da missão do logístico à revista científica internacional O ESO é um membro do EIROforum,
ESO é fomentar a cooperação em astro Astronomy & Astrophysics. uma parceria entre as sete organizações
nomia. O ESO teve um papel decisivo na intergovernamentais europeias de in
criação de uma Área Europeia de Inves Para potenciar aos seus utilizadores vestigação responsáveis pelas principais
tigação para a astronomia e astrofísica. telescópios e instrumentos cada vez infraestruturas de investigação. Quer
melhores, o ESO coopera de perto com directamente, quer através do EIROforum,
Todos os anos milhares de astrónomos um grande número de indústrias euro o ESO mantém relações próximas e
dos países membros e não só, fazem peias de alta tecnologia. De facto, a frutíferas com a Comissão Europeia, o
investigação utilizando dados obtidos industria europeia tem um papel vital na que levou a projectos co-financiados, nas
nos observatórios do ESO. Muito fre concretização dos projectos do ESO. áreas de desenvolvimento tecnológico,
quentemente os astrónomos constituem- Sem a participação activa e entusiástica formação de jovens cientistas, educação
-se em equipas internacionais de inves de parceiros comerciais de todos os científica em escolas primárias e secun
tigação, com membros de diversos países membros e do Chile, estes projec dárias europeias e diversas actividades
países. Os resultados do trabalho dessas tos não seriam possíveis. de coordenação.
equipas são publicados sob a forma
de muitas centenas de artigos científicos, Também no campo do desenvolvimento
todos os anos. tecnológico, o ESO mantém ligações
próximas com muitos grupos de investi
O ESO tem um vasto programa de bol gação em institutos universitários dos
seiros (jovens astrónomos com dou países membros e não só. Desta forma,
toramento) e estudantes, contribuindo os astrónomos dos países membros “A Europa precisa de unir esforços
assim para a mobilidade dos cientistas estão profundamente envolvidos no pla para adquirir a massa crítica neces-
europeus. Cientistas seniores dos neamento e construção dos instru- sária de recursos, de conhecimento
estados membros e doutros países tra mentos para o VLT/VLTI e para o ALMA, e de excelência científica. Agradeço
balham nas instalações do ESO como assim como para outros telescópios
o empenho do EIROforum nos nos-
cientistas visitantes. Para além disso, existentes, ou em fase de planeamento.
o ESO mantém um vigoroso programa O desenvolvimento instrumental pro sos objectivos comuns.”
de conferências internacionais sobre porciona oportunidades importantes aos
temas científicos e tecnológicos de centros nacionais de excelência, atraindo Janez Potočnik, Comissário Euro-
vanguarda na astronomia e dá apoio muitos cientistas e engenheiros jovens. peu para a Ciência e Investigação
Janez Potočnik,
Comissário Europeu
para a Ciência e Investi
gação, no lançamento
do documento do
EIROforum sobre Políti
cas de Ciência.
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Ao Encontro da Sociedade
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Transferência de Tecnologia
A astronomia tem uma forte tradição de geral, particularmente nos países mem dados. O ESO desenvolveu o sistema
fomentar o desenvolvimento de novas bros do ESO. revolucionário de óptica activa e desem
tecnologias, muitas das quais têm, mais penhou um papel importante no desen
tarde, aplicações mais generalizadas. Algumas destas actividades de I&D volvimento da óptica adaptativa (OA) para
(Investigação e Desenvolvimento) envol aplicações civis. Os sistemas OA não
Os cientistas e engenheiros do ESO vem novos sistemas de opto-electrónica são apenas de importância crucial para a
trabalham activamente com os seus e opto-mecânica e sistemas de controlo próxima geração de telescópios, estão
colegas da indústria europeia e outras e movimento de equipamento pesado, também a entrar em aplicações corren
instituições europeias de investigação, extremamente precisos. Outras, envol tes da engenharia óptica. Por exemplo,
no desenvolvimento de tecnologias vem hardware e software para telescó a técnica de detecção de frentes de
essenciais para o futuro. A transferência pios e instrumentos complexos, análise onda é igualmente utilizada na medicina
de tecnologia aumenta o valor das de imagens matematicamente avançada, moderna, em ligação com a cirurgia
actividades de investigação e desenvolvi optimização no manuseamento, arquivo refractiva a laser para corrigir aberrações
mento do ESO para a sociedade em e acesso de grandes quantidades de de ordem elevada nos olhos.
Na Vanguarda da Tecnologia
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Programas Educacionais e de Divulgação Científica do ESO
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A astronomia é extremamente apelativa Devido ao seu carácter fortemente europeus. Com os seus parceiros do
para pessoas de todas as idades, por multidisciplinar e por ser extremamente EIROforum, o ESO também publica o
um lado porque lida com as fascinantes apelativa para o público, a astronomia primeiro jornal internacional multidiscipli
grandes questões “da vida, do Universo desempenha um papel importante na nar da Europa para o ensino da ciência,
e de tudo” e por outro porque muitos educação científica moderna. Os resulta intitulado Ciência na Escola e organiza
dos dados obtidos com os telescópios dos científicos espectaculares dos teles anualmente uma escola para professores
podem ser apresentados como objectos cópios do ESO constituem tesouros de ciências.
de grande beleza. Desde há muitos anos de valor incalculável para os professores
que o ESO está envolvido em progra- de ciências. O ESO desempenhou um papel funda
mas muito activos de comunicação de mental na organização do Ano Interna
ciência, partilhando com o público mui O ESO tem sido o impulsionador de vários cional da Astronomia (AIA2009). Os
tos resultados científicos obtidos com programas educacionais de grande países envolvidos nesta iniciativa foram
os telescópios do ESO. Esta tarefa é exe visibilidade, muitas vezes desenvolvidos 148, confirmando a rede AIA2009 como
cutada, sempre que possível, em todas em colaboração com outros parceiros, a maior em ciência. Mais de 70 orga
as línguas principais do estados mem incluindo a Comissão Europeia. Estes nizações internacionais fizeram parte das
bros, utilizando os meios multimédia. esforços são continuados e reforçados actividades do AIA2009, para além de
por actividades conjuntas do EIROforum, 12 projectos de base e de 16 projectos
Neste sentido, o ESO participa em expo com programas dirigidos a crianças especiais. O ESO acolheu o secretariado
sições importantes, produz notas de em idade escolar, como por exemplo: geral do AIA2009 e liderou vários dos
imprensa, brochuras e livros de elevada Vida no Universo e Ciênciatech — impos projectos de base.
qualidade, imagens de dados científicos sível sem isso!; e os programas A Física
brutos, material audiovisual e fornece no Palco e A Ciência no Palco, dirigidos
serviços na internet. sobretudo a professores de ciências
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Trabalhar no ESO
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O ESO é ...
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