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Santa Cruz de
Curitiba – Faresc
Depto de Ciências Contábeis
INOVE
DISCIPLINA/MÓDULO :
PERÍCIA CONTÁBIL
a) Nomeação;
b) Nomeação seguida de nomeação;
c) Indicação;
d) Intimação;
e) Declínio.
4.1 Judiciais;
4.2 Semijudiciais
4.3 Extrajudiciais;
4.4 Arbitro.
6.1 Conceito;
6.2 Técnicas Utilizadas;
6.3 Papéis de Trabalho;
6.4 Prova de Perícia.
7.1 Introdução;
7.2 Objetivo de Perícia Contábil;
7.3 Aplicabilidade.
9.1 Caraterização;
9.2 Estrutura;
9.3 Espécies;
9.4 Dicas para a Elaboração de Laudos.
10.1 Introdução;
10.2 Em processo Judicial;
10.3 Em Comissão de Inquéritos;
10.4 Em Juízo Arbitral;
10.5 Modelo de Estimativa de Honorários.
UNIDADE XI : BIBLIOGRAFIA 42
Atividades Profissionais
Perito Judicial e Extra-Judicial
Consultor de Empresas
Controller
Advogado Especialista
Aperfeiçoamento Profissional/Pessoal
Realizados mais de 50 cursos nas áreas : Trabalhista/Previdenciária Administrativa,
Financeira, Informática, Fiscal/Tributária/Contábil e de Idiomas
Participação em Seminários e Eventos
Participação em mais de 10 seminários e eventos em diversas áreas de conhecimento
Sendo os mais recentes.
II CECOC - Ciclo Estudos Contábeis de Ctba CRC/FECOPAR/SESCAP -07/01
13 Convenção Estadual dos Contabilistas do Pr Foz do Iguaçu - CRC/PR - 09/01
Publicações
1. Avaliação de Desempenho Econômico Financeiro - UFPR - 1995
2. Dissertação de Mestrado - Otimização do Lucro nas Empresas Prestadoras de Serviços
pela Gestão Estratégica de Custos e Orçamento - 2001 - UNEX - Espanha - FAESP - SP
– 2001
3. Dissertação de Mestrado - Governança Corporativa – Universidade Positivo – UP
4. Gerenciamento de Custos em Empresas Familiares de Pequenas e Médio Porte: Desafio
e Dificuldades – Faresc – 2013
5. Otimização do Lucro nas Empresas Prestadores de Serviços – Faresc - 2013
6. Governança Corporativa: Auxiliando nas decisões – Faresc – 2014
7. Obrigação, Lançamento e Modalidades e Suspensão do Crédito Tributário – Faresc –
2015
8. Infrações e Ilícitos Tributários – Faresc – 2016
9. Retenção de Tributos e Apropriação Indébito: possibilidade de prisão por dívida – Faresc -
2017
b) indicação seguida de nomeação – quando uma das partes ou ambas (autor e/ou réu;
exequente e/ou executado, inventariante e/ou herdeiros etc.) desejando orientação nos
aspectos técnicos ou científicos que possam contribuir para elucidar a decisão
solicita(m) ao juiz a nomeação de perito (CPC, art. 465, PARAGRAFO 1º. II);
d) intimação - feita a nomeação, o juiz manda intimar (isto é, cientificá-lo de que foi
nomeado) o perito, através de uma comunicação formal, chamada “mandado de
intimação” em que lhe é informado o número e o título dos autos, os prazos para
aceitação ou escusa, ou outras informações inerentes ao processo;
a) impedimento legal;
b) suspeição;
c) não ser especializado na matéria objeto da perícia;
d) força maior. A última alteração do CPC, Lei n. 8.455/92, artigo 146 (antigo CPC), art. 466
NCPC, extingui o compromisso. Isto significa que o prazo para escusa passa a ser
contado da data da intimação.
Conhecendo os quesitos, o perito e/ou assistente técnico (se houver) podem iniciar
esta Segunda etapa de execução que são as diligências par obtenção das provas periciais.
As diligências consistem em todos os meios necessários para obtenção de provas que
possam estar fora dos autos (CPC art. 464), como, por exemplo, livros obrigatórios,
facultativos e auxiliares, documentos de arquivos das partes ou de terceiros, documentos de
órgãos públicos, oitiva de testemunhas etc.
Prova Pericial – está conceituada no CPC, art. 464, como sendo: “A prova pericial
consiste em exame, vistoria ou avaliação. ”Para fazer o exame, a vistoria ou avaliação o
perito baseia-se em fatos expressos e materialmente documentados. Vejamos o que
expressam as Normas Periciais com referência a provas.
NPPJ-13 – “O perito não cria e não crê, isto é, insere no laudo os fatos e atos exatos e
estudados, não fundados em simples suposições ou possibilidades, devendo apresentar
suas conclusões com toda a objetividade, mantendo sempre isenção e imparcialidade.”(1)
Para obtenção ou elucidação de situações especiais, o trabalho pericial pode ser feito
com a participação de uma equipe de profissionais( especialistas) e auxiliares, porém sempre
que se recorrer a este recurso é imprescindível o acompanhamento direto do perito, pois a
perícia é indelegável.
Conceituação e Objetivos;
Planejamento e Execução;
Procedimentos;
Laudo Pericial
Competência Técnico-Profissional;
Independência;
Impedimento;
Recusa;
Honorários;
Sigilo;
Responsabilidade e Zelo;
Utilização do Trabalho de Especialistas.
4. 1 Judiciais;
4.2 Semijudiciais;
4.3 Extrajudiciais;
4.4 Arbitral.
4. 1 Perícia Judicial
Por final, temos a Perícia Arbitral, que é aquela perícia realizada no juízo arbitral,
instância decisória criada pela vontade das partes, não sendo enquadrável em nenhuma das
anteriores por suas características especialíssimas de atuar parcialmente como se judicial e
extrajudicial fosse.
Em linhas gerais, estas são as espécies de perícias. As espécies de laudos, por outro
lado, como veremos mais adiante, não dependem diretamente das espécies de perícias,
estando mais ligados aos objetivos e procedimentos periciais empregados.
5. 1 Consciência e Personalidade;
5. 2 Cidadania e Perícia;
5. 3 Aspectos Civis e Criminais.
5. 1 Consciência e Personalidade
Devemos então partir da idéia de que ética guarda relação com “harmonia do
pensamento”, para vislumbrarmos que ser uma consciência ética equivale a conquista de
lucidez “intetecto-moral”.
Entre alguns “lembretes” do que seja agir com “consciência ética”, podemos destacar:
5. 2 Cidadania e Perícia
Sentir-se responsável moral e socialmente não é tarefa fácil nos dias de hoje, pois
esta mesma sociedade a qual devemos oferecer o melhor de nossa técnica, em virtude da
degradação e afrouxamento dos laços sociais, passou a valorizar excessivamente o lado
financeiro, reduzindo a aventura humana ao sucesso financeiro, em detrimento do verdadeiro
homem, para ao qual se requer evolução moral, intelectual e sentimental.
Dever de aceitar o encargo, do qual não pode escusar-se, “salvo alegando motivo
legítimo” – CPC art. 157. São considerados motivos legítimos:
I. Inapto para a perícia por ausência de conhecimento técnico;
II. Dano a si, ao cônjuge ou a parentes consangüineos afins;
III. Suspenção e impedimento do juíz.
Dever de cumprir o ofício – CPC art. 157;
Dever de comprovar a sua habilitação – CPC art. 156;
Dever de respeitar os prazos – CPC art. 157
Dever de cumprir escrupulosamente o encargo – CPC art. 466;
Dever de prestar os esclarecimentos – CPC art. 477;
Dever profissional de recusar a indicação, quando não se achar capacitado para
bem desempenhar o encargo – Código de Ética do Contabilista, art. 5º;
Dever profissional de evitar interpretações tendenciosas, mantendo absoluta
independência moral e ética – Código de Ética do Contabilista, art5º;
Dever profissional de abster-se de dar convicção pessoal sobre direitos das partes,
mantendo o seu laudo no âmbito técnico – Código de Ética do Contabilista, art 5º;
Dever profissional de apreciar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo
pericial que lhe for submetido – Código de Ética do Contabilista, art5º;
Dever profissional de abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar
suficientemente informado e documentado – Código de Ética do Contabilista, art.
5º;
Dever de cumprir e fazer cumprir as Normas Técnicas e Profissionais de Perícia
Contábil – Resoluções do CFC 731 e 733.
Multa, pelo prejuízo causado na ação, se deixar de cumprir o encargo no prazo que
lhe foi assinalado – “multa arbitrada” – CPC art. 424;
Indenização, pelos prejuízos que causar à parte, se, for dolo ou culpa, prestar
informações inverídicas – CPC art. 437;
Inabilitação por dois anos para funcionar em outras perícias, pelos mesmos
motivos do item anterior;
Incursão nas sanções penais que a lei penal estabelecer, pelo mesmo motivo
anterior;
Reclusão, de um a três anos, e multa, se fizer afirmação falsa, ou negar ou calar a
verdade, em processo judicial ou administrativo, ou em juízo arbitral, por falsa
perícia – CP art. 342;
Detenção de três meses a dois anos, e multa, se inovar artificiosamente, na
pendência de processo civil ou administrativo, o o estado de lugar, de coisa ou de
pessoa, com o fim de induzir o erro o juiz, por fraude processual –.
6.1 Conceito;
6.2 Técnicas Utilizadas;
6.3 Papéis de Trabalho;
6.4 Riscos na Perícia
6.1 Conceito
Importa salientarmos que a maioria das técnicas aqui expostas são comuns a
qualquer espécie de perícia, embora partamos da conceituação das Normas Contábeis.
Exame:
É a análise dos elementos constitutivos da matéria. Pode ser em relação a um
elemento qualquer: uma pessoa, um documento, um móvel etc. Pressupõe a
decomposição dos elementos da matéria examinada em tantas partes quanto forem
necessárias à formação da convicção a respeito delas.
Vistoria:
É o ato de verificação do estado circunstancial do objeto pericial concreto:
pessoa, máquinas documento, condições ambientais etc.
Investigação:
É a pesquisa que busca trazer ao laudo o que está oculto por quaisquer
circunstâncias. Do ponto de vista pericial, já que quase sempre tratamos das
manifestações patológicas das matérias, estas circunstâncias são habitualmente:
astúcia, má-fé; fraude; malícia e outros procedimentos aéticos que visam obscurecer a
verdade.
Arbitramento:
É a técnica que permite determinar valores por procedimentos estatísticos,
média, mediana, desvio-padrão etc, e analógicos, situações mensuráveis são
utilizadas como parâmetro para se determinar o valor de situação diretamente
mensuráveis, capazes de fundamentar o valor encontrável.
Avaliação:
É a análise e identificação do valor de coisas, bens, direitos, obrigações,
despesas e receitas, por critério puramente objetivo, calculável ou demonstrável.
Certificação:
É a informação trazida ao laudo pelo perito com caráter afirmativo cuja
autenticidade é reconhecida em função de fé pública atribuída ao profissional.
Casos normais, nos quais não ocorra grande potencial de dúvidas e recursos, devem
ter seus papéis de trabalho preservados por três anos após a entrega do laudo, ou,
quando houver, após a entrega dos esclarecimentos adicionais.
Reclamante/Autor
Reclamada/Ré
Documentos Faltantes
Data de Início da Diligência Data de Término da Diligência Enviado para Produção Responsável
Observações e Orientações
Levantamentos de Dados
Observações Gerais
(I) Análises Finais Total de horas de conferências Total de horas de revisão e montagem
O perito não pode errar, tem para isto que precaver-se de todos os meios ao seu
alcance.
Tais precauções devem ser adotadas, principalmente, com relação aos seguintes
fatores:
Tempo atribuído:
Só aceitar a tarefa em tempo hábil para que possa desempenhá-la com rigor.
Para tanto, deve dimensionar a tarefa e, se o tempo atribuído for compatível com a
necessidade de dedicação à execução, solicitar prazo maior, e, se esse for negado,
recusar a incumbência.
Plano de trabalho:
Desempenho exigido:
No desempenho ou execução do plano, deve o perito usar a sua autoridade para que
tudo lhe seja oferecido a tempo e completamente, ou seja, os elementos materiais de
exames devem ser satisfatórios.
Apoio exigente:
Resguardo de informações:
Provas emprestadas:
Onde couber, deve o perito apelar para informações de pessoas alheias ao processo,
mas ligadas por transações com a empresa ou instituição.
Declarações:
Quanto a dados a serem requeridos, o perito pode pedir à empresa que está sob seu
exame uma carta de administração que declare que os elementos exibidos eram os
exclusivos que existiam, e que nenhum outro foi produzido ou existe em outro local.
Preço:
Compatível com a qualidade e quantidade do trabalho executado
7.1 Introdução;
7.2 Objetivo da Perícia Contábil;
7.3 Aplicabilidade.
7.1 Introdução
Isto decorre do próprio caráter de abrangência que pode ter a perícia e, no caso de
perícia contábil, mais ainda, em face de, ao se manifestar sobre situações, coisas ou fatos
estes estarem relacionados diretamente aos de natureza contábil.
7.3 Aplicabilidade.
Esta é senão a principal, uma das mais importantes aplicações da perícia contábil,
pois se inserem os haveres no próprio objeto da contabilidade, o patrimônio, e,
naturalmente, o grande fator determinante dos dissídios individuais ou coletivos,
concretos, potenciais ou latentes, se fundem, certamente, nos haveres de uma
entidade, física ou jurídica que, em maior ou menor parcela de tempo, encontram-se
agregados ao patrimônio de outra entidade.
Em ações de alimentos;
Em ações de inventário;
Em dissoluções de sociedades;
Em desapropriações;
Em reclamatórias trabalhistas;
Em fundo de comércio;
Falta de entrega de mercadorias;
Exclusão de sócios
B) Análise de valores patrimoniais.
Também relevante e comum é a necessidade de se verificar, analisar ou avaliar a
certeza e correlação de um determinado valor ou conjunto de valores que podem ser
débitos ou créditos, receitas ou despesas.
Consignações;
Verificações de livros e documentos;
Ações executivas;
Impugnações de créditos;
Indenizatórias;
Ações trabalhistas;
Compensação de créditos;
Estima de bens penhorados;
Liquidação de empresas;
Lucros cessantes;
Prestações de contas;
Dívidas mercantis.
Também neste caso, seja qual for o ambiente em que a perícia esteja atuando, esta é
o instrumento próprio para verificar, analisar, examinar ou identificar situações
patológicas da Contabilidade, como são os erros e fraudes.
São exemplos:
Em inquéritos;
Em concordatas e falências;
Em reclamatórias trabalhistas;
Extrajudicialmente
Os erros são por exemplo, somas feitas sem computar parcelas, créditos em dobro,
inversão de números, classificação indevida de documento etc.
Autoridade e fraude
A prática tem comprovado que as fraudes quase sempre são praticadas por quem tem
autoridade, ou seja, por quem decide ou comanda.
Quando, então com autoridade, alguém “acumula funções”, tem em suas mãos
grandes canais de fraudes.
Por exemplo: Quem compra também paga, quem recebe duplicatas também tem o
controle da tesouraria etc.
Conluio na fraude
Dificilmente, uma grande fraude deixa de envolver várias pessoas, quase sempre de
serviços correlatos.
Quando há conluio, a fraude tende a perdurar, caso não existam controles adequados
de revisão.
Muito são os casos, em perícia contábil, em que se faz necessário examinar com o
objetivo de detectar fraudes. O conhecimento de fraude, pois, pelo perito, é condição
essencial de cultura.
Existem processo na justiça, assim como muitos são os inquéritos administrativos que
requerem o exame já direcionado para encontrar a fraude.
Fraudes contra sócios, contra herdeiros, contra o fisco, contra credores, dentre outras,
são praticadas e os peritos chamados a identificá-las.
A) NO CAPITAL CIRCULANTE.
Geralmente, a fraude de Caixa fica dificultada quando a empresa só paga por cheques
nominativos aos beneficiários e deposita tudo o que recebe, integralmente.
Entradas “a menor” e saídas “a maior” são algumas das fraudes comuns que
mascaram os saldos de caixas.
O empresário que está preparando a empresa para falência pode ter interesse em
criar dívidas fictícias.
A investigação deve aprofundar-se até que o perito forme sua convicção sobre a
dívida.
Ocorre, por exemplo, que a integralização iria processar-se com “notas promissórias”
a receber de pessoas não existentes, ou empresas “associadas”, que nunca liquidam
o título, tal prática, contabilmente, faz integralizado um capital, mas sem corresponder
à entrada efetiva de bens no patrimônio da empresa, representando uma falsa forma
de constituição de capital.
Reservas falsas também podem ocorrer, quer por reavaliações fantasmas, quer por
inserção falsa de valores no Ativo; também pode ocorrer o caso de “reservas ocultas”
derivadas tanto de subavaliações do Ativo como superavaliações do Passivo.
Estas, embora não evidentes, não deixam de ser contribuições à falsidade dos
balanços.
Podem, ainda, alterar o valor do PL falsas produções de lucros, quer constem como
acumulados, quer tenham sido incorporados ao capital.
Tal fraude, por ser onerosa, resulta em pagamentos de tributos, nem sempre é
preferida, mas pode ocorrer para “compensar perdas” e, nesse caso, não têm ônus.
Os custos são fontes de fraudes, quer para alterar os lucros, quer para evitar cargas
tributárias, e ainda para mascarar preços.
Para fraudar o valor do custo, frauda-se o valor dos seus componentes, ou seja,
matéria-prima, mão-de-obra e gastos indiretos.
Devem, por isso, merecer análise não só “documentais”, formais, mas, especialmente,
de suas justificativas.
O aumento tanto pode ser suprido por documentos especiais falsificados, como pode
defluir de aproveitamento indevido da situação.
F) VÍCIOS DOCUMENTAIS
As fraudes a que nos referimos podem ser feitas com vícios nos documentos.
É o caso, por exemplo, da nota fria, existe a nota, mas não existe a compra.
Outros vícios documentais podem ocorrer, nos aspectos formais dos mesmos, por
exemplo, obtendo-se aceite em duplicatas ainda não preenchidas, obtendo-se nota
promissória em branco, dentre outros.
Outras falsidades se praticam, também, com vícios nas assinaturas, para comprovar
assinaturas falsas são necessários exames periciais grafotécnicos.
O exame do documento, por conseguinte, não deve limitar-se a observar que ele
existe, é preciso saber se ele tem capacidade para dar suporte ao registro contábil.
O fato de um registro possuir documento não significa que ele é correto; embora o
registro possa, até, contabilmente, estar certo, o documento que o originou pode ser
falso ou adulterado.
G) VÍCIOS DE REGISTROS
O documento pode ser autentico, mas o registro pode ser viciado; existem várias
formas de cometer fraudes através de registros, mas as principais são:
Registro duplo;
Omissão de registro;
Classificação errônea;
Adulteração;
Raspagem;
Entrelinhas;
Exclusão;
Transporte
No caso dos registros por computação eletrônica, o uso de códigos facilita, ainda
mais, a prática dos vícios de registros.
Também muito facilitada fica a fraude, nos registros por computação, em que não
existem documentos, como por exemplo nos caixas eletrônicos.
A informatização, se, por um lado, trouxe facilidades, por outro, também ampliou,
consideravelmente, a facilidade da fraude.
Esta é a razão pela qual os peritos da atualidade necessitam, cada vez mais, dos
conhecimentos de tal especialidade, pois a grande maioria dos processos são
realizados por computação eletrônica de dados.
A falsidade de dados, pois, pode ser por erro, por fraude, ou imposta pelas leis e
normas. O fraudador, inclusive, pode aproveitar-se de tais elementos a seu favor para
simular situações de dificuldades quando, em realidade, elas não existem.
9.1 Caracterização;
9.2 Estrutura;
9.3 Espécies;
9.4 Dicas para a elaboração de laudos.
9.1 Caracterização
9.2 Estrutura
Abertura;
Considerações Iniciais;
Determinação e descrição do objeto e objetivo da perícia;
Informação da necessidade ou não de diligências;
Exposição dos critérios, exames, e métodos empregados nos trabalhos;
Transcrição e respostas aos quesitos formulados;
Encerramento do laudo;
Anexos (quando houver)
Abertura
Considerações iniciais
II. Referência a adoção das técnicas preliminares relativas ao exame dos autos,
das peças que lhe foram abojadas judicialmente ou entregues com a consulta,
e da necessidade ou não da realização de diligências.
IV. Descrição e exposição das análises realizadas, das técnicas empregadas pela
perícia, dos métodos empregados e dos raciocínios elaborados e que permitam
a conclusão pericial.
Considerações finais
III. Síntese dos itens ou objetos parciais que foram objeto de apuração de valores;
Quesitos e respostas
Encerramento do laudo
Laudo pericial
Relatório de vistoria
Isto não quer dizer que, em determinados casos, a vistoria não inclua a opinião do
técnico, mas que esta opinião é restringida e se vincula diretamente às condições de
realização da vistoria e do próprio objeto desta.
Laudo de louvação
Quando procede à avaliação de bens, coisas, direitos, débitos ou créditos, o laudo, por
se referir ou se utilizar muito de aplicações de outras áreas especiais do conhecimento, ou
de especialistas, e estes requerem a descrição e a elaboração de quadro de avaliação, bem
como de justificativa de todos os critérios ou da utilização de trabalhos complementares de
outras pessoas, o laudo assume a forma de Laudo de Louvação, assim chamado, pois os
usuários nele se louvam para a certeza do valor correto da avaliação.
Parecer pericial
Judicialmente, pode ser provocado pela parte para instruir a inicial da ação a ser
proposta ou para servir de razões de contestar em ações que esteja sofrendo, na forma hoje
admitida pelo CPC, ou ainda, pode ser a própria opinião, o parecer técnico, do assistente
indicado pela parte para um perícia judicialmente determinada.
Laudo arbitral
Para que um laudo possa classificar-se como de boa qualidade, precisa atender aos
seguintes requisitos mínimos:
Objetividade.
A opinião de um contador não é inspirada no que ele “supõe”, mas no que ele
“aprendeu” ou “absorveu” como conhecimento.
Exemplificando:
Concisão.
Um laudo deve evitar palavras e argumentos inúteis ao caso. Um laudo deve ser bem
redigido, mas não é uma peça literária, precisa ater-se ao assunto e responder
satisfatoriamente.
Exemplificando:
Resposta: Não.
“Não. O valor dos materiais foi tomado apenas pelo preço da fatura, sem considerar os
demais custos de compra que devem aumentar o custo dos materiais. O anexo nºxxx,
demonstra tal irregularidade. Além de tal procedimento ferir o que dispõe a lei...., fere
também a Norma de Avaliação do CFC nº.....
Argumentação.
Deve o perito demonstrar em seu laudo, porque concluiu ou em que se baseia para
apresentar a sua opinião.
Resposta: O valor de aviamento não foi considerado no cálculo de valor das quotas,
mas faz parte do valor de cessão das quotas e ações. Sobre a questão, o anexo nº......, que
fica fazendo parte integrante deste laudo, apresenta as argumentações sobre o assunto, e
faz citações às principais obras sobre a questão, com opinião de valiosos luminares da
contabilidade, e às normas editadas a esse respeito.
Exatidão.
O perito não deve “supor”, mas só afirmar quando tem absoluta segurança sobre o
que opina.
O laudo não é uma informação empírica, pois isto não cabe em peças tecnológicas.
Havendo insegurança, o perito deve abdicar, declarando sua impossibilidade para
responder.
A exatidão de um laudo só pode ser conseguida se as provas que conduzem à opinião
são consistentes e obtidas por critérios eminentemente contábeis.
Clareza.
Resposta: Conforme demonstramos no anexo nº 01, que fica fazendo parte integrante
deste laudo, o valor atribuído pelos réus, de R$xx, não esta correto.
Milita contra a correção os itens 1 a 3 do anexo nº 01, supra aludido, ou seja, não
foram corretas as reavaliações dos bens do Ativo Permanente, nem, como se
demonstra nos itens 4 e 6, do mesmo
anexo, os valores imateriais de “fundo de comércio” ou aviamento, como o previsto na
cláusula... do contrato social registrado sob o nº... na junta...
II. No entender do perito, qual valor a ser atribuído às quotas dos autores........,
pelas quotas que possuíam na sociedade...?
Resposta: Sim. Todavia, tal valor como já foi esclarecido, não é o que este perito
considera correto.
III. Entende o senhor perito que, diante da situação de prejuízo verificada nos
exercícios de ...e..., seria o caso de calcular-se valor de aviamento, conforme
determina a cláusula...do contrato social?
Resposta: Entende este perito, conforme a melhor doutrina contábil, e de acordo com
as normas consagradas, que o valor de aviamento se calcula sobre as “perspectivas de
lucros” e não sobre os resultados passados.
Em razão disto, como demonstra no anexo nº 02, o aviamento deve ser calculado e
agregado ao valor de Patrimônio Líquido para que se tenha o valor de cálculo a que se refere
a cláusula... do Contrato Social. Para reforço da opinião deste perito, em anexo de nº 03,
relaciona as opiniões dos maiores especialistas na atualidade sobre o assunto.
Curitiba,.................
10.1 Introdução;
10.2 Em processo judicial;
10.3 Em comissões de inquéritos;
10.4 Em juízo arbitral;
10.5 Modelo de estimativas de honorários.
10.1 Introdução
Os honorários periciais são despesas do processo, que devem ser pagas a cada ato,
e, até, mediante depósito antecipado a ser liberado no todo ou em parte quando da
entrega do laudo.
Como a determinação de que se faça este depósito ou não é uma faculdade do juízo,
que pode ou não ser utilizada, segundo o prudente arbítrio daquele, o perito
judicialmente nomeado, se optou pela solicitação, deve fazê-lo mediante petição, já
que se trata de ato formal, estimando o montante necessário para os primeiros
trabalhos periciais, honorários provisórios, ou já apontando o montante dos honorários
periciais.
Não obstante ser uma situação de anormalidade, uma vez que se o juiz confiou no
profissional para a realização do trabalho, não haveria de não confiar da estimativa de
honorários daquele mesmo profissional, essa situação pode ocorrer, e é dever
profissional do perito buscar a justa remuneração do seu trabalho e, se necessário,
fazer uso dos próprios recursos que a lei admite.
c) Assistente técnico
Dentro do processo judicial também podem funcionar peritos assistentes das partes, e
estes, diz o CPC, são peritos contratados pelas partes para assisti-las, nas perícias
determinadas judicialmente e, como já vimos, cada parte deve pagar a remuneração
do assistente técnico que houver contratado.
Os procedimentos quanto à estimativa dos honorários periciais devem ser vistos por
dois ângulos:
Deve o profissional, por outro lado, lembrar à parte contratante que os honorários do
assistente técnicos são também consideradas despesas do processo e, como tais, são
reembolsáveis pela parte vencida no objeto da perícia, devendo ser tais despesas
comprovadas nos autos, de modo que o juízo possa decidir sobre sua inclusão na
conta de liquidação, quando for a ocasião.
Importante destacar que o título correspondente aos honorários do perito devem ser
necessariamente aprovados por decisão judicial. Aí se encontra explícita a importância
de se submeter à apreciação do juízo os honorários periciais pagos a assistente
técnico e aí também a previsão legal de que ao juiz compete, na verdade, arbitrar os
honorários periciais do nomeado em juízo.
Neste caso, a rigor, teria que haver licitação para a contratação, mas, em função,
normalmente, da urgência da realização da prova e da necessidade de conhecimentos
especiais da matéria periciada, pode haver o contrato direto entre o profissional e o órgão
instaurado.
Do mesmo modo que já vimos no item anterior, o profissional se valerá dos mesmos
critérios para a estimativa ou fixação do preço e formalizará a contratação pelos meios
disponíveis já citados.
As pessoas que instituírem o juízo arbitral farão constar do compromisso arbitral, sob
pena de nulidade, dentre outros requisitos, a declaração de responsabilidade pelo
pagamento dos honorários dos peritos e das despesas processuais.
Assumem, assim, as partes o dever de responder pelos honorários dos peritos que,
eventualmente, possam vir a ser nomeados nos autos, bem como dos próprios honorários do
árbitro.
Se o profissional estiver atuando como perito no juízo arbitral, seja como indicado pelo
árbitro ou como assistente técnico indicado pela parte, adotar-se-ão, por analogia, os
mesmos procedimentos adotados pela perícia judicial, inclusive quanto à necessidade de
apreciação pelo árbitro da estimativa de honorários, com a diferença tão-somente que, de
antemão, as partes já se comprometeram a realizar o pagamento do montante fixado.
Se, por outro lado, estiver o profissional atuando diretamente como árbitro , tem
também direito a receber os honorários que tiver ajustado pelo desempenho de sua função.
Se não houver acordo com relação aos honorários ou não constar do compromisso tal
dispositivo, o árbitro deverá requerer ao juíz que for competente para a homologação do
próprio laudo arbitral sua fixação por sentença, de maneira que se constitua em título
executivo e o árbitro possa promover sua execução.
Compromisso/Carga
Análise Autos/Documentos/Relatórios/Propostas
Visita para instalar perícia e solicitar documentos
Diligência e levantamentos de dados
Cálculos e elaboração de anexos
Redação do laudo
Digitação
Reuniões com assistentes técnicos
Montagem do laudo
Revisão/Assinatura/Entrega do Laudo
Subtotais
Encargos Sociais Agregados(%)
Total do item de pessoal
Papéis de Trabalho
Disketes
Papéis Laudo e Cópias
SÁ, Antônio Lopez de, Perícia contábil 4 ª ed. – São Paulo: Atlas,2000.
VAZ, Alcidez. Perícias contábeis judiciais: manual de práticas. São Paulo: IOB, 1993.
NEGRÃO, THEOTONIO, Código de Processo Civil e Legislação Processual ed. Saraiva 26e.
LEI DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Lei 6.404 de 15.12.76 – são Paulo, ed. Atlas – 1984.
ROJO ALONSO, José. Normas e Procedimentos de Perícia Judicial. São Paulo: Atlas, 1975.
FARIAS MAGALHÃES , Antonio de Deus, Perícia Contábil. São Paulo: Atlas, 1995.
Unidade XII:
Anexos
LAUDO PERICIAL
Termos em que,
P. Juntada e Deferimento
1- DO OBJETO
Dada a necessidade de provas, nos autos, foi determinado, pelo Juízo , Prova
Pericial .
2 - DOS QUESITOS
Quesito n.º 01
Resposta: Não existindo nos autos e não sendo possível obter pela Perícia os
valores de 1989, optaram o Sr. Perito do Juiz e os Assistentes Técnicos em
apresentar um demonstrativo entre 1990 e 1997 conforme anexos nºs 01, 02 e
03, pela média dos valores recebidos, e em Reais atualizada até 30 de abril de
1997, cujo valor é de R$ 104.794, 26 .
Nota : O Sr. Assistente Técnico do requerente menciona que houve decréscimo
nas retiradas a partir de 1993 conforme anexos nºs 01, 02 e 03.
Quesito n.º 02
Quesito n.º 03
Quesito n.º 04
- Houve redução no patrimônio comercial referente as Firmas que o Autor era
sócio, a partir 1989 ?
Quesito n.º 05
- Qual o valor atual do Passivo Trabalhista e Fiscal, das firmas onde o autor é
sócio?
Resposta:
Quesito n.º 07
Quesito n.º 08
Quesito n.º 09
Resposta: Quesito prejudicado, haja vista não estarem juntados aos Autos os
documentos necessários a esta constatação.
Quesito nº10
Resposta:
Com base nos Anexos 14, 15 e 16, constamos que houve crescimento no
Patrimônio o Autor.
Quesito nº11
AResposta:
Inicialmente o Perito e os Assistentes pede vênia para dizer que a palavra autora
contida no quesito refere-se na verdade à requerida.
( Sr.ª Maria Luiza Silva Gomes)
Com base na palavra requerida passa a responder ao quesito.
Com base nos Autos 173/96, da 10ª Vara Cível da Comarca de Curitiba,
elaboramos o seguinte quadro :
Quesito Letra “a “
Resposta:
Sim. Considerando que a média dos Pró- Labores percebidos nos últimos 12
meses (Maio/96 a Abr/97) é de R$ 6.388, 00(Seis Mil , trezentos e Oitenta e Oito
Reais) mensais . O pagamento de R$ 3.000, 00( Três Mil Reais) , compromete
46, 96 % de sua capacidade financeira.
Quesito Letra “b “
-De acordo com o Imposto de Renda Pessoa Física do requerente, quando este
assumiu o pagamento da pensão alimentícia em 1989 e 1992, respectivamente,
houve uma substancial alteração na fortuna pessoal dele daquela época até o
presente momento.
Resposta : Sim. Conforme Anexos 14, 15 e 16.
3- DA CONCLUSÃO PERÍCIAL
Consideramos válidos os documentos juntados aos Autos para comprovação e constatação
e respostas aos quesitos apresentados.
4 - DO ENCERRAMENTO
Encerrando os Trabalhos periciais, pôr mim executados, lavro, dato e assino o presente
Laudo, em 12 folhas 16 anexos.
AUTOS: ??9/96
REFERENTE: AUTOS DE ORDINÁRIA CUMULADA COM PERDAS E DANOS
REQUERENTE: PLÁCIDO
REQUERIDO: DOM PEDRO II
LAUDO PERICIAL
1. Documentos Examinados
Cópia da Certidão do imóvel objeto desta ação - Matrícula n.º 15.064 - expedido pelo
Cartório de Registro de Imóveis da 2ª Circunscrição desta Capital .
2. Respostas a Quesitos
3. Apuração de Haveres
O montante dos valores dos aluguéis corrigidos monetariamente pelo IGP(M) até a data da
entrega deste laudo importa em R$ 1.581,09 ( Um mil , Quinhentos e Oitenta e Um Reais e
Nove Centavos), conforme memórias de cálculos anexo.
4. Encerramento
Encerrados os trabalhos periciais, foi lavrado o presente laudo pelo Perito- Contábil-Judicial
Denilson Cesar Sena que o subscreve e assina.