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O Homem Moderno
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Data da Publicação: 29/01/2018
Autor: J. M. DE BARROS DIAS
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Data da Publicação: 29/01/2018
Autor: J. M. DE BARROS DIAS
dor, do sofrimento e da morte faz com que, por exemplo, “a epidemia de crises
e rupturas conjugais, o drama das drogas, a marginalização de tantos jovens,
as greves dos trabalhadores e outros tantos fatos da vida cotidiana” (p. 19)
sejam encarados como algo natural e não como aquilo que, realmente, eles
são: produtos agônicos gerados por nossas construções sociais.
Se, tal como acabamos de verificar, o relativismo e a indiferença ante
pessoas, situações e coisas é, provavelmente, a característica mais relevante
do homem light, então, é de sublinhar que ele “raramente se sente feliz, tendo,
no máximo, uma sensação de bem-estar e prazer. Trata-se, na verdade[,] de
uma distinção bastante importante” (p. 39) para quem faz, dos valores
aquisitivos, ou materiais, a fonte de mobilização para a existência. Por outro
lado, de acordo com Rojas, a ausência significativa dos valores espirituais – ou,
pelo menos, a sua presença entre nós, de modo esteticizante e, portanto,
reificada –, faz com que “o homem da sociedade de bem-estar, que tem todos
os seus desejos materiais cobertos, além de uma série de liberdades
claramente desenhadas, corre o risco de cair numa ladeira que o levará à
frivolidade se não conseguir abrir outras vias mais ricas no campo cultural” (p.
53-54). Acresce, ainda, este fato preocupante: na sociedade da informação, a
quantidade de dados noticiosos disponíveis para cada ser humano
corresponde, regra geral, à escassa profundidade problematizadora dessas
“novidades”. Deste modo, segundo o autor de O Homem Moderno, vivemos
uma época em que “existe uma ausência quase absoluta de cultura” (p. 54), o
que faz com que o ser humano típico de hoje em dia procure unicamente
“aquilo que tem relação com sua vida profissional” (ibidem), fazendo com que
seu nível cultural não ultrapasse a esfera daquilo que a indústria cultural
consegue proporcionar.
Caracterizando alguns dos comportamentos dominantes na atualidade,
Enrique Rojas refere as relações afetivas, as terapias comportamentais e,
ainda, a comunicação em suas múltiplas dimensões, Rojas situa sua análise na
fragilidade das relações emocionais que nos são contemporâneas. Deste
modo, assinala o autor, “fala-se muito, hoje[,] de amores e, mais
concretamente, de uniões sentimentais, mas muito pouco do amor, o que nos
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