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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CCSo


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO I
DISCIPLINAS: DIDÁTICA II
ALUNO: RODRIGO CÉSAR SILVA LIMA

ATIVIDADE B

A ATIVIDADE DO PROFESSOR E DO DISCENTE NAS DIFERENTES TEORIAS


DE ENSINO E APRENDIZAGEM

OBJETIVO – CARACTERIZAR A ATIVIDADE DO PROFESSOR E DO


DISCENTE A PARTIR DAS TEORIAS DE ENSINO APRENDIZAGEM
ESTUDADAS NA DIDÁTICA I.

SÃO LUÍS – MA
27/04/2013
MOREIRA, M. A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: E. P. U, 2999.
PIAGET, J. Epistemologia Genética. São Paulo: Martins Fontes, 2994.
REGO, T. C. Vigotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação (o. 8. ed.
Petrópolis/RJ: Vozes, 1995.

As teorias de ensino-aprendizagem abordadas neste trabalho são o


Comportamentalismo, com base em Skinner, o Construtivismo, com base em Piaget e o
Sócio construtivismo, com base em Vygotsky.

Sobre o Comportamentalismo (Behaviorismo)


Para Skinner, todo comportamento é determinado pelo ambiente, desde que a
relação do indivíduo com esse ambiente não seja passiva, e sim interativa. Isto é, o
professor poderia modelar o indivíduo oferecendo estímulos e recompensas pelos avanços
apresentados por estes, para direcioná-los aos resultados que pretende alcançar. Nas
palavras do cientista “no condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no
sentido de tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais frequente”.
Neste caso, no Comportamentalismo, ou Behaviorismo, o foco está nos conteúdos
a serem transmitidos e também no professor, quem os transmitirá. O professor (ou livro
didático, em determinados casos) é tido como a autoridade máxima em sala de aula, a
entidade detentora de todo o conhecimento. O aluno torna-se apenas um aprendiz, que
deve absorver esse conhecimento. E quantidade é importante. O aprendizado dar-se-á
através da repetição; ao exemplo da clássica fala dos professores “repitam depois de
mim”.
Faz-se necessário um planejamento dos assuntos a serem abordados em sala de
aula, o qual é introduzido, quando no início, pelo mediador. Os conhecimentos prévios e
vivência histórico-social do aluno não são levados em conta; nesse caso, o aluno apenas
tem de absorver o maio número de conteúdos previamente programados apresentados
pelo professor. Assim sendo, uma divisão desigual na sala de aula entre “alunos mais
competentes” e outros “nem tão competentes” pode acontecer, o que pode gerar
favoritismo por alguns em detrimentos de outros. Essa linha de aprendizado gera
indivíduos puramente enciclopédicos, focados no trabalho, destinados às demandas
mercadológicas e com facilidade para se ajustarem à diferentes ambientes.

Sobre o Construtivismo
Diferente do Comportamentalismo, na linha de pensamento construtivista o
trabalho de educar não se limita apenas a transmitir conteúdos, mas também a favorecer
a atividade mental do aluno. O conhecimento do indivíduo é construído a partir de suas
próprias descobertas, quando em contato com o mundo e com seus objetos. Isto é, não
adiantaria tentar fazer um aluno entender um determinado conteúdo se este não possui
condições intelectuais para tal. O ideal, segundo o Construtivismo, é direcionar assuntos
específicos com base na faixa etária de cada aluno, sem deixar de levar em consideração
o contexto histórico, cultural e social no qual ele está inserido.
Aqui não é tanta a interferência do professor no processo de aprendizagem. As
fases de aprendizado de cada aluno é respeitada, e os “erros” naturalmente cometidos são
levando em conta como parte do processo e não como algo que deva ser, de pronto,
corrigido. Faz-se uso de objetos de manuseio no processo de ensino, como figuras e
blocos lógicos e outros. O tipo de indivíduo que tende a forma-se nesse tipo de processo
de ensino-aprendizagem é um autoconfiante, que desenvolve a própria linha de
pensamento e visão de mundo, uma vez que interage com ele formulando ideias próprias
e senso crítico.

Sobre o Sócio Construtivismo


Segundo Vygotsky a formação intelectual do sujeito se dá a partir de uma
interação deste com a sociedade. O homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o
homem. A interação se torna a peça chave para desenvolvimento sócio cognitivo do
indivíduo. De acordo o com mesmo teórico, o processo de ensino-aprendizagem aqui
deve ser necessariamente mediado, em contrapartida à Piaget na visão construtivista. O
ensino, na linha de pensamento sócio construtivista, deve ser antecipado ao que o aluno
ainda não sabe e nem é capaz de assimilar – isso faz referência ao conceito de Zona de
Desenvolvimento Proximal: a distância entre o desenvolvimento real da criança e aquilo
que ela tem potencial de aprender (entre o “ser e o tornar-se”).
O foco está na relação aluno-professor e aluno-aluno, a partir da qual se produz o
conhecimento. O professor atual como mediador entre o aluno e os conhecimentos que
ele possui sobre o mundo. A observância do mundo tornar-se de suma importância para
o aprendizado de novos conteúdos, sem deixar de lado o que já foi anteriormente
descoberto e dever-se-á organizar tais conhecimentos adquiridos com os demais da sala
de aula. Assim, gera-se mais interação, colaboração e trabalhos feitos e grupo, os quais
partem de um conhecimento cotidiano, para só então se chegar à produção de
conhecimento científico. Erros naturalmente cometidos são tidos como parte do processo
de aprendizagem, os quais são considerados como indicadores do nível de avanço dos
alunos e utilizados como ferramenta para um aprendizado eficaz.
Procura-se, como essa linha de pensamento, formar sujeitos cooperativos. Que
tenham consciência de que é essencial ter compromisso com o mundo e com o
semelhante, que saibam a forma correta de expor suas ideias, sem deixar de ouvir as do
outro. Não terão um grande conhecimento enciclopédico, porém conhecerão os meios de
como procurar as informações que lhe fizerem falta no processo de aprendizagem.

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