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1.

Introdução Opções:
Para o investidor que deseja atuar em um mercado de extrema volatilidade e liquidez, o
investimento em opções pode ser uma grande alternativa. As opções são um dos
investimentos mais populares entre os investidores de bolsas de valores.
O mercado de opções foi criado com o objetivo de proporcionar ao investidor um mecanismo de proteção (hedge) contra
possíveis prejuízos. Os contratos de opção controlam o risco relacionado à oscilação das cotações do mercado de ações e do
mercado futuro. Por outro lado, o investidor também pode utilizar as opções como um mecanismo de alavancagem,
aumentando o potencial de lucro de seu investimento sem aumentar o valor do capital investido. No Mercado Bovespa, o
investidor pode negociar opções de compra ou de venda de diversas ações, com um destaque especial para as opções de
ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE5). No Mercado BM&F, o investidor pode negociar opções de compra ou de
venda de moedas cambiais (dólar), de índices futuros (Ibovespa e DI) e de diversas mercadorias (boi gordo, café arábica,
milho e soja).

Atual Exercício
Série Vencimento Dias úteis
I 19/09/2016 26
Próximo Exercício
Série Vencimento Dias úteis
J 17/10/2016 54
O que são opções?
Opções são contratos adquiridos em bolsas de valores, mediante o pagamento de um valor (prêmio), que proporcionam ao seu comprador
(titular) o direito de comprar ou vender um ativo específico, por um preço (preço de exercício) e até (em) uma data (data de vencimento)
previamente determinados. Comece seus estudos sob o que é o preço de exercício de uma opção. Continue lendo...

Cotação de opções
Acesse nossa aba Opções Bovespa para ter em mãos todas as opções negociadas. Confira abaixo uma tabela resumida das duas empresas
mais líquidas do mercado Bovespa e suas opções:

PETR4 12,46 +0,48%


No momento não há opções para este ativo.
Lista completa: Opções Compra Opções Venda

VALE5 15,49 +1,24%


No momento não há opções para este ativo.
Lista completa: Opções Compra Opções Venda

O que é uma opção de compra (call)?


Uma opção de compra (call) confere ao seu titular o direito de comprar um determinado ativo pelo preço estabelecido no contrato da opção,
durante determinado período de tempo ou em uma data pré-determinada. Continue lendo...

O que é uma opção de venda (put)?


Uma opção de venda (put) confere ao seu titular o direito de vender um determinado ativo pelo preço estabelecido no contrato da opção,
durante determinado período de tempo ou em uma data pré-determinada. Continue lendo...

Como se formam os códigos de negociação das opções?


Para negociar opções no Mercado Bovespa ou no Mercado BM&F, o investidor deve conhecer os códigos de negociação destes derivativos
ou, ao menos, saber como os mesmos são formados. A principal característica dos códigos de negociação das opções é o seu prazo de
validade. Confira primeiramente como se formam os códigos das opções no mercado Bovespa. Continue lendo...
1.1 O que é o preço de exercício (strike) em um contrato de opção?

O preço de exercício, também conhecido pelo termo em língua inglesa strike, é o preço do
ativo-objeto do contrato de opção: valor pago no ato do exercício da opção para aquisição do
ativo-objeto previsto em contrato.
O preço de exercício está descrito no código de negociação dos contratos de opção no Mercado Bovespa e no Mercado
BM&F. No Mercado Bovespa, o strike é representado pelos dois últimos algarismos do código de negociação. Vale ressaltar
que o código Bovespa não indica eventuais ajustes do preço de exercício em caso de juros, dividendos, subscrições,
grupamentos, bonificações, fracionamentos, reorganizações e demais proventos em dinheiro sobre a ação-objeto ou o seu
emissor.
Assim, o número descrito no código Bovespa da opção pode, eventualmente, representar o valor aproximado do real valor do preço de
exercício (strike) da opção. No Mercado BM&F, o strike é representado pelos seis últimos algarismos do código de negociação. Desta
sequência de seis algarismos, os dois últimos representam a casa dos centavos do custo de exercício do contrato de opção.
Continue lendo e descubra mais sobre o processo de Codificação das Opções

Preço de Exercício (Strike) no Mercado Bovespa


No Mercado Bovespa, o preço de exercício (strike) é valor pelo qual a ação-objeto será negociada no ato de exercício de um contrato de
opção.
Exemplo: PETRI34 (opção de compra de ação da Petrobras com vencimento em Setembro e preço de exercício de R$ 34,00), VALEO48
(opção de venda de ação da Vale com vencimento em Março e preço de exercício de R$ 48,00), BBDCF26 (opção de compra de ação do
Bradesco com vencimento em Junho e preço de exercício de R$ 26,00), BVMFW14 (opção de venda de ação da BM&F Bovespa com
vencimento em Novembro e preço de exercício de R$ 14,00).
Perceba que o preço de exercício (strike) do código Bovespa de opções é sempre representado por dois algarismos e que, nos casos mais
comuns, formam um número par.
Atenção
O código Bovespa não indica eventuais ajustes do preço de exercício em caso de juros, dividendos, subscrições, grupamentos, bonificações,
fracionamentos, reorganizações e demais proventos em dinheiro sobre a ação-objeto ou o seu emissor.

Assim, o número descrito no código Bovespa da opção pode, eventualmente, representar o valor aproximado do real valor do preço de
exercício (strike) da opção.
Exemplo: BBASA26 (opção de compra de ação do Banco do Brasil com vencimento em Janeiro e preço de exercício de R$ 26,17). Esta
diferença de R$ 0,17 entre o preço real de exercício e o valor indicado no código da opção representa algum tipo de ajuste realizado pela
CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) sobre o valor de exercício do ativo-objeto.

Preço de Exercício (Strike) no Mercado BM&F


No Mercado BM&F, o preço pelo qual o ativo-objeto será negociado no exercício da opção, representado no código de opções BM&F por seis
algarismos.
Exemplo: DOLZ15C185000 (opção de compra de ação sobre o contrato de Dólar DOLZ15 com vencimento em Dezembro de 2015 e preço de
exercício de R$ 1.850,00), ICFU16P015200 (opção de venda de ação sobre o contrato futuro de café Arábica com vencimento em Setembro
de 2016 e preço de exercício de R$ 152,00).
Perceba que o preço de exercício (strike) do código BM&F de opções é sempre representado por seis algarismos, e que os dois últimos
algarismos representam o valor em centavos do preço de exercício.
1.2 O que é a data de vencimento em um contrato de opção?
A data de vencimento de uma opção refere-se ao dia de expiração do contrato. Neste dia, o
contrato de opção perde completamente o seu valor de mercado ("a opção vira pó").
Todas as bolsas de valores que possuem um mercado de opções, estabelecem uma data fixa mensal para o vencimento
deste tipo e contrato derivativo. No caso do Mercado Bovespa, a data de vencimento das opções acontece sempre na terceira
segunda-feira de cada mês. Neste dia, a bolsa de valores também estabelece um horário limite para a negociação das
opções. No Mercado BM&F, a data de vencimento das opções ocorre sempre na quarta-feira mais próxima do décimo-quinto
dia de cada mês. Quando a quarta-feira mais próxima do dia 15 (quinze) for feriado, ou não houver pregão de negociação, a
data de vencimento será no dia útil subsequente.

Data de Vencimento no Mercado Bovespa


A CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) estabelece mensalmente as séries de contratos de opção autorizados a serem
lançados no Mercado Bovespa. Cada um destes contratos possui uma duração média de 60 (sessenta) dias e cada série de contratos de
opção possui um mês específico de vencimento. Como a CBLC mensalmente autoriza o lançamento de uma nova série, conclui-se que no
Mercado Bovespa vence-se uma série específica de contratos de opção todo mês. A data de vencimento das opções no Mercado Bovespa
acontece sempre na terceira segunda-feira de cada mês.
Assim, durante o mês de Dezembro, a CBLC divulga os contratos de opção autorizados a serem negociados no Mercado Bovespa da série
cujo vencimento ocorrerá na terceira segunda-feira do mês de Fevereiro. Da mesma forma, em Janeiro, a CBLC divulga os contratos de opção
cuja data de vencimento ocorrerá na terceira segunda-feira do mês de Março. Esta mesma rotina repete-se todos os meses do ano.

Tabela das séries das opções


Série da Opção de Compra Série da Opção de Venda
Mês de vencimento
(CALL) (PUT)
Janeiro A M
Fevereiro B N
Março C O
Abril D P
Maio E Q
Junho F R
Julho G S
Agosto H T
Setembro I U
Outubro J V
Novembro K W
Dezembro L X
Lembre-se, na BM&F Bovespa, as opções de compra normalmente são do tipo americana, podendo ser exercidas antes de sua data de
vencimento, enquanto que as opções de venda são do tipo europeia, podendo ser exercidas apenas no dia estipulado para o seu vencimento.

Data de Vencimento no Mercado BM&F


No Mercado BM&F, cada contrato de opção possui uma periodicidade própria de vencimento. Esta periodicidade depende do tipo de ativo-
objeto. No mês em que há vencimento de determinado contrato de opção, este ocorre na quarta-feira mais próxima do décimo-quinto dia do
mês. Quando esta quarta-feira mais próxima do dia 15 (quinze) for feriado, ou não houver pregão de negociação, a data de vencimento será no
dia útil subseqüente.
1.3 O que é o ativo-objeto em um contrato de opção
O ativo-objeto é o ativo de referência de um contrato de opção. Este ativo será negociado
caso o titular decida exercer o seu direito previsto em contrato.
O ativo-objeto é a base da opção. O preço da opção no mercado varia de acordo com a valorização/desvalorização deste
ativo no mercado de bolsa. No mercado de opções, o ativo-objeto pode ser uma ação, uma commodity, uma moeda, um
índice ou um instrumento financeiro. No Brasil, o mercado de opções mais famoso acontece no Mercado Bovespa, no qual a
negociação de opções de compra de ações preferenciais de Petrobras e Vale são bastante populares entre os
especuladores, gerando um volume financeiro de negociação de grande destaque. No Mercado BM&F, as opções de compra
ou de venda de mercadorias ou Dólar destacam-se entre bastante os hedgers.

Ativo objeto no mercado de opções Bovespa


A CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) pode autorizar a negociação de contratos de opções referentes a qualquer ação
negociada no mercado à vista.
Entretanto, no Mercado Bovespa, os contratos de opções de compra de Petrobras e Vale são os mais líquidos e responsáveis pela maior parte
do volume financeiro do mercado de opções.

Ativo objeto do mercado de opções BM&F


 Opção sobre Futuro de Boi Gordo
 Opção sobre Futuro de Milho (entrega física)
 Opção sobre Futuro de Milho (liquidação financeira)
 Opção sobre Futuro de Café Arábica
 Opção sobre Futuro de Soja
 Opção sobre Dólar Comercial
 Opção sobre Dólar com Ajuste
 Opção sobre DI de 1 dia tipo 1
 Opção sobre DI de 1 dia tipo 2
 Opção sobre DI de 1 dia tipo 3
 Opção sobre DI de 1 dia tipo 4
 Opção sobre Futuro do Ibovespa
 Volatilidade de Dólar
 Volatilidade de Juros Tipo 1
 Volatilidade de Juros Tipo 2
 Volatilidade de Juros Tipo 3
 Volatilidade de Juros Tipo 4
 Volatilidade Índice IDI
 Volatilidade Ibovespa
1.4 O que é o titular em um contrato de opção?
O titular de uma opção é o investidor que compra um contrato de opção no mercado,
adquirindo para si o direito de negociar um ativo-objeto pelo preço de exercício (strike),
durante determinado período de tempo ou em uma data pré-determinada.
Para adquirir o contrato de opção, o titular deve pagar ao lançador (vendedor), à vista, um valor monetário (prêmio). O titular
de uma opção de compra tem o direito, mas não a obrigação, de comprar o ativo-objeto do lançador pelo preço de exercício
até uma data pré-determinada. O titular de uma opção de venda tem o direito, mas não a obrigação, de vender o ativo-objeto
para o lançador pelo preço de exercício em uma data pré-determinada. Resumindo, o titular não é obrigado a exercer o seu
direito de negociar o ativo-objeto durante o período de validade do contrato.

O Titular de uma Opção de Compra


O titular de uma opção de compra possui dois objetivos básicos: garantir a manutenção de determinado valor para a compra de um ativo objeto
até a data de vencimento do contrato, protegendo o seu poder de compra; ou lucrar com a negociação da própria opção no mercado ou com o
exercício do direito de compra do ativo-objeto previsto no contrato.
O investidor compra uma opção de compra de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de valorização deste ativo-
objeto no mercado.
O titular (comprador) de uma opção de compra pode lucrar de 2 (duas) maneiras: vendendo a opção de compra por um prêmio de valor mais
alto do que o valor pago para adquirí-la; ou exercendo o direito de compra do ativo-objeto quando a cotação deste ativo no mercado for
superior ao seu preço de exercício (strike) previsto no contrato da opção.
O titular (comprador) de uma opção de compra pode ter prejuízo de 3 (três) maneiras: vendendo a opção de compra por um prêmio de valor
mais baixo do que o valor pago para adquirí-la; exercendo o direito de compra do ativo-objeto quando a cotação deste ativo no mercado for
inferior ao seu preço de exercício (strike) previsto no contrato da opção; ou não vendendo a opção de compra e não exercendo o seu direito de
compra do ativo-objeto. Neste caso, o valor total do prejuízo resume-se ao valor do prêmio pago para adquirir a opção de compra.

O Titular de uma Opção de Venda


O titular de uma opção de venda possui dois objetivos básicos: proteger o valor de mercado dos ativos de sua carteira garantindo um valor
mínimo de revenda caso os mesmos se desvalorizem; ou lucrar com a negociação da própria opção no mercado.
O investidor vende uma opção de venda de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de valorização deste ativo-objeto
no mercado.
O titular (comprador) de uma opção de venda pode lucrar de 1 (uma) maneira: vendendo a opção de venda por um prêmio de valor mais alto
do que o valor pago para adquirí-la.
O titular (comprador) de uma opção de venda pode ter prejuízo de 3 (três) maneiras: vendendo a opção de venda por um prêmio de valor mais
baixo do que o valor pago para adquirí-la; exercendo o direito de venda do ativo-objeto; ou não vendendo a opção de venda e não exercendo o
seu direito de venda do ativo-objeto. Neste caso, o valor total do prejuízo resume-se ao valor do prêmio pago para adquirir a opção de venda.
1.5 O que é o lançador em um contrato de opção?
O lançador de uma opção é o investidor que vende um contrato de opção no mercado,
adquirindo para si a obrigação de negociar um ativo-objeto pelo preço de exercício (strike),
durante determinado período de tempo ou em uma data pré-determinada.
Para vender o contrato de opção, o lançador deve receber do titular (comprador), à vista, um valor monetário (prêmio). O
lançador de uma opção de compra tem a obrigação de vender o ativo-objeto para o titular, pelo preço de exercício, até uma
data pré-determinada. O lançador de uma opção de venda tem a obrigação de comprar o ativo-objeto do titular, pelo preço de
exercício, em uma data pré-determinada. Em ambos os tipo de opções, o lançador apenas possui tais obrigações no caso do
titular decidir exercer o seu direito previsto em contrato. Diferente do titular da opção que possui o direito de decidir se vale ou
não a pena executar o contrato comprado, o lançador tem a obrigação de executar o que determina o contrato caso o titular
assim determine. Para assumir tal obrigação, o lançador foi remunerado pelo titular no ato da venda da opção, quando
recebeu do próprio titular o valor do prêmio.

O Lançador de uma Opção de Compra


O lançador de uma opção de compra possui um objetivo básico: lucrar.
O lançador (vendedor) de uma opção de compra pode lucrar de 2 (duas) maneiras: recomprando a opção de compra por um prêmio de valor
mais baixo do que o valor recebido quando a vendeu; ou recebendo o valor do prêmio no ato da venda da opção de compra e não sendo
exercido até a data de vencimento.
O investidor vende uma opção de compra de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de desvalorização deste ativo-
objeto no mercado.
O lançador (vendedor) de uma opção de compra pode ter prejuízo de 2 (duas) maneiras: recomprando a opção de compra por um prêmio de
valor mais alto do que o valor recebido quando a vendeu; ou vendendo o ativo-objeto para o titular caso este exerça o seu direito de compra.
Não necessariamente o lançador terá prejuízo ao vender os ativos objeto do contrato de opção para o titular caso este decida por exercer o
seu direito de compra: o lançador pode ter adquirido tais ativos anteriormente, a um preço inferior ao preço de exercício. Por outro lado, se o
titular decidiu exercer o seu direito de compra, é porque estes ativos estão sendo vendidos no mercado a um preço mais elevado. Assim,
podemos concluir que o lançador, no mínimo, deixou de ganhar mais dinheiro ao ser obrigado a vender tais ativos para o titular.
O prejuízo do lançador no ato de exercício da opção passa a ser muito maior caso este ainda não possua os ativos objeto. Neste caso, ele terá
que adquirí-los no mercado para honrar a sua posição lançadora. Normalmente, nestas situações, o lançador não estava preparado para arcar
com tal custo, uma vez que a venda à descoberto de uma opção de compra costuma ser fruto de interesse especulativo de que o mercado não
se valorizaria até o data de exercício do contrato de opção.

O Lançador de uma Opção de Venda


O lançador de uma opção de compra possui um objetivo básico: lucrar.
O lançador (vendedor) de uma opção de venda pode lucrar de 2 (duas) maneiras: recomprando a opção de venda por um prêmio de valor mais
baixo do que o valor recebido quando a vendeu; ou recebendo o valor do prêmio no ato da venda da opção de venda e não sendo exercido até
a data de vencimento.
O investidor vende uma opção de venda de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de valorização deste ativo-objeto
no mercado.
O lançador (vendedor) de uma opção de venda pode ter prejuízo de 2 (duas) maneiras: recomprando a opção de venda por um prêmio de
valor mais alto do que o valor recebido quando a vendeu; ou comprando o ativo-objeto do titular caso este exerça o seu direito de venda.
1.6 O que é o prêmio em um contrato de opção?
Prêmio é o preço de um contrato de opção, ou seja, o valor pago pelo comprador (titular) do
contrato ao vendedor (lançador) no momento da aquisição da opção.
O prêmio (preço) pelo qual uma opção pode ser comprada ou vendida é determinado pelo acordo entre as partes (titular e
lançador) em um transação no pregão da bolsa de valores. O valor do prêmio depende da tendência de alta ou de baixa que
o preço dos ativos objeto das opções possam apresentar e, consequentemente, da existência de um número maior de
investidores querendo comprar ou vender opções (lei da oferta versus demanda). Podemos subdividir o preço pelo qual uma
opção pode ser comprada ou vendida em 2 (componentes): o valor intrínseco e o valor extrínseco.

Valor Intrínseco
O valor intrínseco é o valor imediato de uma opção em relação ao preço do ativo-objeto, independente de outros fatores como juros e tempo
restante para o vencimento do contrato. Continue lendo...

Valor Extrínseco
O valor extrínseco é a parcela do prêmio de uma opção atribuída ao risco ou ao custo de oportunidade e expectativas sobre a evolução do
ativo-objeto. Continue lendo...
2. Classificação Opções:

2.1 O que é uma opção de compra (call)?


Uma opção de compra (call) confere ao seu titular o direito de comprar um determinado ativo
(ativo-objeto) pelo preço estabelecido no contrato da opção, durante determinado período de
tempo ou em uma data pré-determinada.
O titular é o investidor que comprou a opção de compra no mercado, adquirindo o direito de comprar o ativo-objeto a ele
referente. Ao comprar o contrato de opção de compra, o titular deve pagar ao lançador, à vista, um valor (prêmio). O lançador
de uma opção de compra é o investidor que, por intermédio de uma corretora de valores mobiliários, vendeu a opção no
mercado mediante o recebimento do prêmio, assumindo assim, perante a bolsa de valores, a obrigação de vender o ativo-
objeto previsto no contrato, após ser comunicado de que sua posição foi exercida pelo titular da opção. O titular da opção de
compra não é obrigado a exercer o seu direito de comprar o ativo-objeto durante o período de validade do contrato.
Entretanto, caso o titular da opção de compra decida exercer o seu direito, o lançador é obrigado a vender o ativo-objeto pelo
preço de exercício (strike).

Qual o objetivo de uma opção de compra?


Garantir que um investidor possa comprar determinado ativo no futuro pagando um valor pré-fixado, mesmo que este ativo valorize-se no
mercado.

Quando comprar uma opção de compra?


O investidor compra uma opção de compra de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de valorização deste ativo-
objeto no mercado.

Quando vender uma opção de compra?


O investidor vende uma opção de compra de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de desvalorização deste ativo-
objeto no mercado.

Como lucrar com uma opção de compra?


O titular (comprador) de uma opção de compra pode lucrar de 2 (duas) maneiras:
a) vendendo a opção de compra por um prêmio de valor mais alto do que o valor pago para adquirí-la.
b) exercendo o direito de compra do ativo-objeto quando a cotação deste ativo no mercado for superior ao seu preço de exercício (strike)
previsto no contrato da opção.
O lançador (vendedor) de uma opção de compra pode lucrar de 2 (duas) maneiras:
a) recomprando a opção de compra por um prêmio de valor mais baixo do que o valor recebido quando a vendeu.
b) recebendo o valor do prêmio no ato da venda da opção de compra e não sendo exercido até a data de vencimento.

Como ter prejuízo com uma opção de compra?


O titular (comprador) de uma opção de compra pode ter prejuízo de 3 (três) maneiras:
a) vendendo a opção de compra por um prêmio de valor mais baixo do que o valor pago para adquirí-la.
b) exercendo o direito de compra do ativo-objeto quando a cotação deste ativo no mercado for inferior ao seu preço de exercício (strike)
previsto no contrato da opção.
c) não vendendo a opção de compra e não exercendo o seu direito de compra do ativo-objeto. Neste caso, o valor total do prejuízo resume-se
ao valor do prêmio pago para adquirir a opção de compra.
O lançador (vendedor) de uma opção de compra pode ter prejuízo de 2 (duas) maneiras:
a) recomprando a opção de compra por um prêmio de valor mais alto do que o valor recebido quando a vendeu.
b) vendendo o ativo-objeto para o titular caso este exerça o seu direito de compra.
Entenda como funciona uma opção de compra
Diversas transações de nosso dia-a-dia utilizam os princípios de um contrato de opção de compra, como, por exemplo, o processo de compra
de um imóvel.
Imagine que você possui R$ 300.000,00 para comprar um apartamento. Você encontra um ótimo apartamento por R$ 400.000,00 e há a
possibilidade de você contrair um empréstimo bancário para quitar a diferença. Entretanto, você vai precisar entrar em contato com o seu
gerente para saber se as condições do empréstimo são viáveis.
Para não perder a oportunidade de comprar o apartamento de seus sonhos, você propõem o seguinte para o vendedor do apartamento: você
oferece um sinal de compra no valor de R$ 5.000,00 para garantir o negócio no valor de R$ 400.000,00, prometendo que, em até dois meses,
você quita a diferença. Desta forma, mesmo que o vendedor encontre um outro comprador disposto a pagar mais que os R$ 400.000,00
pedidos inicialmente, ele não poderá fazê-lo enquanto durar o compromisso celebrado entre vocês.
Por outro lado, caso você encontre um outro imóvel mais barato, ou não consiga obter a diferença do dinheiro necessário para quitar a compra
do imóvel no prazo combinado, você perderá os R$ 5.000,00 utilizados para garantir o negócio.
Traduzindo esta situação utilizando a terminologia do mercado de opções: você (titular) comprou um contrato de opção de compra cujo ativo
objeto é o imóvel, pagando R$ 5.000,00 de prêmio ao vendedor (lançador). Este contrato tem validade de 60 dias e o preço de exercício do
direito de compra do ativo-objeto é R$ 400.000,00.
2.2 O que é uma opção de venda (put)?
Uma opção de venda (put) confere ao seu titular o direito de vender um determinado ativo
(ativo-objeto) pelo preço estabelecido no contrato da opção, durante determinado período de
tempo ou em uma data pré-determinada.
O titular é o investidor que comprou a opção de venda no mercado, adquirindo o direito de vender o ativo-objeto a ele
referente. Ao comprar o contrato de opção de venda, o titular deve pagar ao lançador, à vista, um valor (prêmio). O lançador
de uma opção de venda é o investidor que, por intermédio de uma corretora de valores mobiliários, vendeu a opção no
mercado mediante o recebimento do prêmio, assumindo assim, perante a bolsa de valores, a obrigação de comprar o ativo-
objeto previsto no contrato, após ser comunicado de que sua posição foi exercida pelo titular da opção. O titular da opção de
venda não é obrigado a exercer o seu direito de vender o ativo-objeto durante o período de validade do contrato. Entretanto,
caso o titular da opção de venda decida exercer o seu direito, o lançador é obrigado a comprar o ativo-objeto pelo preço de
exercício (strike).

Qual o objetivo de uma opção de venda?


Prover proteção (hedge) ao investidor que possui um determinado ativo contra a desvalorização deste ativo no mercado.

Quando comprar uma opção de venda?


O investidor compra uma opção de venda de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de desvalorização deste ativo-
objeto no mercado.

Quando vender uma opção de venda?


O investidor vende uma opção de venda de determinado ativo-objeto quando identifica um grande potencial de valorização deste ativo-objeto
no mercado.

Como lucrar com uma opção de venda?


O titular (comprador) de uma opção de venda pode lucrar de 1 (uma) maneira:
a) vendendo a opção de venda por um prêmio de valor mais alto do que o valor pago para adquirí-la.
O lançador (vendedor) de uma opção de venda pode lucrar de 2 (duas) maneiras:
a) recomprando a opção de venda por um prêmio de valor mais baixo do que o valor recebido quando a vendeu.
b) recebendo o valor do prêmio no ato da venda da opção de venda e não sendo exercido até a data de vencimento.

Como ter prejuízo com uma opção de venda?


O titular (comprador) de uma opção de venda pode ter prejuízo de 3 (três) maneiras:
a) vendendo a opção de venda por um prêmio de valor mais baixo do que o valor pago para adquirí-la.
b) exercendo o direito de venda do ativo-objeto.
c) não vendendo a opção de venda e não exercendo o seu direito de venda do ativo-objeto. Neste caso, o valor total do prejuízo resume-se ao
valor do prêmio pago para adquirir a opção de venda.
O lançador (vendedor) de uma opção de venda pode ter prejuízo de 2 (duas) maneiras:
a) recomprando a opção de venda por um prêmio de valor mais alto do que o valor recebido quando a vendeu.
b) comprando o ativo-objeto do titular caso este exerça o seu direito de venda.
Entenda como funciona uma opção de venda
Diversas transações de nosso dia-a-dia utilizam os princípios de um contrato de opção de venda, como, por exemplo, a compra de uma apólice
de seguros.
Um seguro é um acordo cujo pagamento da indenização depende da ocorrência do sinistro contra o qual se procurou proteção. Para adquirir
esta apólice de seguro, você tem que pagar um prêmio para a companhia de seguros. O objetivo de quem adquire algum tipo de seguro é o de
preservar ao máximo o valor do ativo-objeto da apólice de seguro. Normalmente, não se adquire um seguro para se tentar lucrar com ele, mas
sim, para minimizar o seu prejuízo na eventual ocorrência de um sinistro.
Por outro lado, a companhia de seguros visa, basicamente, lucrar com o valor do prêmio pago pelo segurado, apostando na improbabilidade
da ocorrência do sinistro. Tanto a companhia de seguros, quanto o segurado, não desejam que o sinistro ocorra.
Imagine que você fez um seguro para o seu carro. Os seguros de carro, normalmente, têm duração de um ano. Por este seguro, você pagou a
seu corretor R$ 1.500,00. Caso o seu carro seja roubado neste período de um ano, você tem o direito a uma indenização no valor de R$
35.000,00.
Traduzindo esta situação utilizando a terminologia do mercado de opções: você (titular) comprou um contrato de opção de venda cujo ativo
objeto é o seu carro, pagando R$ 1.500,00 de prêmio ao vendedor (lançador). Este contrato tem validade de 365 dias e o preço de exercício do
direito de venda do ativo-objeto é R$ 35.000,00.
2.3 O que é uma opção do tipo americana?
Uma opção do tipo americana permite ao seu titular (comprador) exercer o seu direito de
compra (opção de compra) ou de venda (opção de venda) do ativo-objeto durante todo o
período compreendido entre a data de emissão e a data de vencimento do contrato.
No dia de vencimento das opções, entretanto, o investidor titular do contrato deve respeitar os horários de exercício fixados pela
bolsa de valores. De uma forma geral, os contratos de opção de compra negociados na BM&F Bovespa são do tipo americano,
enquanto que os contratos de opção de venda são do tipo europeu. Assim, o titular de uma opção de compra na BM&F Bovespa
pode exercer o seu direito de comprar o ativo objeto a qualquer momento até o dia de vencimento do contrato inclusive. O
objetivo do titular de uma opção de compra que exerce o seu direito é comprar o ativo objeto a um preço inferior ao valor da
cotação deste ativo no mercado (preço de strike < preço spot). Podendo ser exercida em um número maior de pregões,
aumentando as chances de que o preço spot do ativo objeto supere o preço de exercício (strike), a opção de compra do tipo
americana alinha-se melhor ao objetivo de seu titular.
Exemplo
Ao analisar o gráfico de cotações das ações preferenciais da Petrobras (PETR4), você identifica uma boa possibilidade do preço dessa ação
valorizar-se a curto ou médio prazo. No dia da execução da análise gráfica (18 de Janeiro de 2011 – terça-feira), a PETR4 fechou cotada em
R$ 22,50 no mercado à vista da Bovespa. Diante destes dados, você decide comprar 200 opções de compra PETRB22 a R$ 1,50 cada.
O que você comprou exatamente? Você investiu R$ 300,00* para ter o direito de comprar 200 ações preferenciais de Petrobras a R$ 22,00
cada (investimento de R$ 4.400,00*) até o dia do vencimento desta série de opção (21 de Fevereiro de 20111 - terceira segunda-feira do mês
de fevereiro).
Existem duas possibilidades de você lucrar com a sua PETRB22: vender as 200 opções que você adquiriu por um valor maior que R$ 1,50*; ou
exercer o seu direito de compra das 200 ações PETR4 quando esta estiver cotada a um valor superior a R$ 23,50* (R$ 4.400,00 + R$ 300,00 =
R$ 4.700,00 ÷ 200 = R$ 23,50).
Na BM&F Bovespa, as opções de compra são do tipo americana. Isso significa que você possui 23 pregões entre a data de compra da opção e
a sua data de vencimento para que as cotações da PETRB22 ou da PETR4 atinjam valores superiores às cotações mínimas necessárias para
que você lucre com esta operação.
Caso a opção de compra fosse do tipo europeia, a sua única oportunidade de lucrar com o exercício da opção de compra seria se a PETR4
estivesse cotada no dia 21 de Fevereiro em um valor superior a R$ 23,50*.
* Estes valores não levam em consideração os custos de aquisição: taxa de corretagem, taxa de liquidação, taxa de registro e ISS.
2.4 O que é uma opção do tipo européia?

Uma opção do tipo européia permite ao seu titular (comprador) exercer o seu direito de
compra (opção de compra) ou de venda (opção de venda) do ativo-objeto apenas na data de
vencimento do contrato.
No dia de vencimento das opções, o investidor titular do contrato deve prestar atenção nos horários de exercício fixados pela
bolsa de valores. De uma forma geral, os contratos de opção de compra negociados na BM&F Bovespa são do tipo
americano, enquanto que os contratos de opção de venda são do tipo europeu. Assim, o titular de uma opção de venda na
BM&F Bovespa pode exercer o seu direito de vender o ativo objeto apenas na data de vencimento do contrato. Esta restrição
imposta pelo conceito de uma opção européia, no entanto, alinha-se ao principal objetivo do investidor que adquire uma
opção venda: o hedge. O objetivo do titular de uma opção de venda que exerce o seu direito é vender o ativo objeto a um
preço superior ao valor da cotação deste ativo no mercado (preço de strike > preço spot), protegendo o valor financeiro de
seu patrimônio.
Exemplo
Ao analisar o gráfico de cotações das ações preferenciais da Vale (VALE5), você identifica uma boa possibilidade do preço dessa ação
desvalorizar-se a curto ou médio prazo. No dia da execução da análise gráfica (18 de Janeiro de 2011 – terça-feira), a VALE5 fechou cotada
em R$ 44,25 no mercado à vista da Bovespa. Diante destes dados, você decide comprar 100 opções de venda VALEN42 a R$ 1,00 cada.
O que você comprou exatamente? Você investiu R$ 100,00* para ter o direito de vender 100 ações preferenciais de Vale a R$ 42,00 cada
(valor total de venda = R$ 4.200,00*) no dia do vencimento desta série de opção (21 de Fevereiro de 20111 - terceira segunda-feira do mês de
fevereiro).
Existem duas possibilidades de você lucrar com a sua VALEN42: vender as 100 opções que você adquiriu por um valor maior que R$ 1,00*; ou
exercer o seu direito de compra das 100 ações VALE5 quando esta estiver cotada a um valor inferior a R$ 41,00* (R$ 4.200,00 - R$ 100,00 =
R$ 4.100,00 ÷ 100 = R$ 41,00).
Na BM&F Bovespa, as opções de venda são do tipo europeia. Isso significa que você possui apenas o pregão do dia do vencimento da opção
de venda para que o preço à vista da vale5 esteja cotado em um valor inferior a R$ 41,00* para que você lucre com o exercício da opção.
Caso a opção de compra fosse do tipo americana, você teria 23 pregões para que a cotação da VALE5 alinhasse-se com a sua projeção de
desvalorização do ativo.
Em tempo: normalmente, o investidor que adquire opções de venda já possuem a quantidade de ativos objeto necessárias para entregar ao
vendedor (lançador) da opção na ocasião de seu exercício, utilizando estas opções como proteção contra uma desvalorização descontrolada
de seu patrimônio.
* Estes valores não levam em consideração os custos de aquisição: taxa de corretagem, taxa de liquidação, taxa de registro e ISS.
2.5 O que é uma opção at the money (ATM)?
Uma opção at the money (ATM) pode ser uma opção de compra ou de venda cujos preços
de exercício (strike) encontram-se muito próximos do valor da cotação do ativo-objeto.
Em outras palavras, podemos dizer que uma opção at the money (ATM) é uma opção com liquidez que possuí um valor
intrínseco muito baixo ou igual à zero. Há possibilidades concretas do titular de uma opção ATM exercer o seu direito de
compra ou de venda do ativo-objeto, pois o preço de negociação do ativo-objeto estabelecido em contrato é muito semelhante
ao preço de compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta razão, o valor do prêmio pago para aquisição de uma opção
at the money não é tão baixo quanto o valor pago para aquisição de uma opção OTM, nem tão alto quanto o valor pago para
aquisição de uma opção ITM. O prêmio de uma opção ATM é composto pelo valor tempo e, eventualmente, por um valor
intrínseco baixo.
Exemplo de Opção ATM
Suponha que o ativo VALE5 esteja sendo negociado no mercado à vista por R$ 44,12. A opção de compra de VALE5 cujos preço de exercício
(strike) for muito próximo de R$ 44,12 será considerada uma opção at the money. Da mesma forma, todas as opção de venda cujo preço de
exercício (strike) for muito próximo de R$ 44,12 também será considerada opções at the money.
Caso esta situação hipotética tivesse ocorrido entre os meses de Dezembro e Janeiro, poderíamos dizer que a opção de compra VALEA44 ou
a opção de venda VALEM44 eram bons exemplos de opções at the money (ATM).
Toda opção at the money (ATM) proporciona ao seu titular um preço de negociação do ativo-objeto semelhante ao preço negociação deste
ativo no mercado. Em outras palavras, toda opção at the money não possuí valor intrínseco ou possuí um valor intrínseco muito baixo. O titular
que possui a opção de comprar uma ação VALE5 a R$ 44,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,12 possuí uma
oportunidade de lucro caso a cotação de mercado se valorize até a data de vencimento do contrato. O mesmo ocorre com o titular que possui
a opção de vender uma ação VALE5 a R$ 44,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,12: está opção tornar-se-á uma
boa oportunidade de lucro caso a cotação de mercado da ação VALE5 perca valor.
Toda opção ATM possui um preço de aquisição. Este preço chama-se prêmio, que nada mais é que o valor pago pelo titular (comprador) ao
lançador (vendedor) da opção. Este prêmio é composto pelo valor tempo, ou seja, o valor que o mercado considera justo para ceder a alguém
tal oportunidade ou risco. Eventualmente, este prêmio também pode ser composto por um pequeno valor intrínseco.
Veja o caso da negociação de uma opção de compra VALEA44 a R$ 0,57 (prêmio). Considerando que o valor de mercado da ação VALE5
(ativo-objeto) encontra-se em R$ 44,12, podemos concluir que tal opção possui um pequeno valor intrínseco de R$ 0,12. O resto do valor do
prêmio (R$ 0,57 - R$ 0,12 = R$ 0,45) é composto pelo valor tempo. Isso significa que o custo risco/oportunidade foi precificado pelo mercado
em R$ 0,45.
Este valor tempo e, conseqüentemente, o valor do prêmio, varia de acordo com a percepção que o mercado possui sobre quais são as
chances de quem deseja adquirir tal opção possui de lucrar com ela.
2.6 O que é uma opção in the money (ITM)?
Uma opção in the money (ITM) pode ser uma opção de compra cujo preço de exercício
(strike) encontra-se abaixo do valor da cotação do ativo-objeto, ou uma opção de venda cujo
preço de exercício (strike) encontra-se acima do valor da cotação do ativo-objeto.
Em outras palavras, podemos dizer que uma opção in the money (ITM) é uma opção com liquidez que apresenta um valor
intrínseco maior que zero. Muito provavelmente, o titular de uma opção ITM irá exercer o seu direito de compra ou de venda
do ativo-objeto, pois tal condição de negociação é muito melhor do que a compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta
razão, o valor do prêmio pago para aquisição de uma opção in the money é muito mais alto do que o prêmio de uma opção
OTM ou ATM, cujos prêmios são compostos apenas pelo valor tempo. O prêmio de uma opção ITM é composto por seu valor
intrínseco (diferença entre o strike da opção e o preço do ativo-objeto no mercado) e pelo valor tempo.
Exemplo de Opção ITM
Suponha que o ativo VALE5 esteja sendo negociado no mercado à vista por R$ 44,67. Todas as opções de compra de VALE5 cujos preços de
exercício (strikes) forem inferiores a R$ 44,67 serão consideradas opções in the money. Da mesma forma, todas as opções de venda cujos
preços de exercício (strikes) forem superiores a R$ 44,67 também serão consideradas opções in the money.
Caso esta situação hipotética tivesse ocorrido entre os meses de Dezembro e Janeiro, poderíamos dizer que opções de compra como
VALEA42, VALEA40 e VALEA38, ou opções de venda como VALEM46, VALEM48 e VALEM50 eram bons exemplos de opções in the money
(ITM).
Toda opção in the money (ITM) proporciona ao seu titular um melhor preço de negociação do ativo-objeto quando comparado ao preço
negociado no mercado. Em outras palavras, toda opção in the money possuí valor intrínseco, o que representa sempre uma vantagem
financeira de seu portador frente aos preços de mercado. O titular que possui a opção de comprar uma ação VALE5 a R$ 40,00 quando todo o
mercado está negociando esta ação a R$ 44,67 possuí uma grande oportunidade de lucro. O mesmo ocorre com o titular que possui a opção
de vender uma ação VALE5 a R$ 50,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,67.
É claro que obter esta vantagem financeira tem um preço. Este preço chama-se prêmio, que nada mais é que o valor pago pelo titular
(comprador) ao lançador (vendedor) da opção. Este prêmio é composto pelo valor intrínseco da opção, acrescido do valor tempo, ou seja,
acrescido do valor que o mercado considera justo para ceder a alguém tal oportunidade ou risco.
Veja o caso da negociação de uma opção de compra VALEA42 a R$ 2,98 (prêmio). Considerando que o valor de mercado da ação VALE5
(ativo-objeto) encontra-se em R$ 44,67, R$ 2,67 do valor do prêmio seria composto pelo valor intrínseco da opção. O restante (R$ 2,98 - R$
2,67 = R$ 0,31) seria composto pelo valor tempo. Isso significa que o custo risco/oportunidade foi precificado pelo mercado em R$ 0,31.
Este valor tempo e, consequentemente, o valor total do prêmio, variam de acordo com a percepção que o mercado possui sobre quais são as
chances de quem deseja adquirir tal opção possui de lucrar com ela. Como as opções in the money já fornecem ao seu titular grandes chances
de lucro ao exercer seu direito de negociação, o prêmio pago por este tipo de opção costuma ser elevado.
2.7 O que é uma opção out the money (OTM)?
Uma opção out the money (OTM) pode ser uma opção de compra cujo preço de exercício
(strike) encontra-se acima do valor da cotação do ativo-objeto, ou uma opção de venda cujo
preço de exercício (strike) encontra-se abaixo do valor da cotação do ativo-objeto.
Em outras palavras, podemos dizer que uma opção out the money (OTM) é uma opção com liquidez que não apresenta valor
intrínseco. Muito provavelmente, o titular de uma opção OTM não irá exercer o seu direito de compra ou de venda do ativo-
objeto, pois tal condição de negociação é muito pior do que a compra ou venda deste ativo no mercado. Por esta razão, o
valor do prêmio pago para aquisição de uma opção out the money é muito mais baixo do que o prêmio de uma opção ITM ou
ATM. O prêmio de uma opção OTM é composto apenas pelo valor tempo.
Exemplo de Opção OTM
Suponha que o ativo VALE5 esteja sendo negociado no mercado à vista por R$ 44,67. Todas as opções de compra de VALE5 cujos preços de
exercício (strikes) forem superiores a R$ 44,67 serão consideradas opções out the money. Da mesma forma, todas as opções de venda cujos
preços de exercício (strikes) forem inferiores a R$ 44,67 também serão consideradas opções out the money.
Caso esta situação hipotética tivesse ocorrido entre os meses de Dezembro e Janeiro, poderíamos dizer que opções de compra como
VALEA46, VALEA48 e VALEA50, ou opções de venda como VALEM42, VALEM40 e VALEM38 eram bons exemplos de opções out the money
(OTM).
Toda opção out the money (OTM) proporciona ao seu titular um preço de negociação do ativo-objeto ruim quando comparado ao preço
negociado no mercado. Em outras palavras, toda opção out the money não possui valor intrínseco, o que representa sempre uma
desvantagem financeira de seu portador frente aos preços de mercado. O titular que possui a opção de comprar uma ação VALE5 a R$ 48,00
quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,67 possuí uma pequena oportunidade de lucro. O mesmo ocorre com o titular que
possui a opção de vender uma ação VALE5 a R$ 40,00 quando todo o mercado está negociando esta ação a R$ 44,67.
Mesmo assim, toda aquisição de opção OTM tem seu preço. Este preço chama-se prêmio, que nada mais é que o valor pago pelo titular
(comprador) ao lançador (vendedor) da opção. Este prêmio é composto pelo valor tempo da opção, ou seja, é composto pelo valor que o
mercado considera justo para ceder a alguém tal oportunidade ou risco.
Veja o caso da negociação de uma opção de compra VALEA48 a R$ 0,07 (prêmio). Considerando que o valor de mercado da ação VALE5
(ativo-objeto) encontra-se em R$ 44,67, todo o valor do prêmio é composto pelo valor tempo da opção. Isso significa que o custo
risco/oportunidade foi precificado pelo mercado em R$ 0,07.
Este valor tempo e, consequentemente, o valor do prêmio, varia de acordo com a percepção que o mercado possui sobre quais são as
chances de quem deseja adquirir tal opção possui de lucrar com ela. Como as opções out the money dificilmente fornecem ao seu titular
chances de lucro ao exercer seu direito de negociação, o prêmio pago por este tipo de opção costuma ser reduzido.
3. Precificação das opções :

3.1 O que é o valor intrínseco de um contrato de opção?

Valor intrínseco é o valor imediato de uma opção em relação ao preço do ativo-objeto,


independente de outros fatores como juros e tempo restante para o vencimento do contrato.
O valor intrínseco está relacionado apenas a vantagem imediata que este contrato proporciona ao investidor titular da opção.
Assim, uma opção de compra só possui algum valor intrínseco quando o seu preço de exercício (strike) for menor que a
cotação do ativo-objeto no mercado (preço spot), valendo a pena para o titular exercer o seu direito de compra do ativo-
objeto. O valor intrínseco de um contrato de opção de compra pode ser calculado pela subtração do preço spot do ativo-
objeto pelo preço de strike.
Por outro lado, uma opção de venda só possui valor intrínseco quando o seu preço de exercício (strike) for maior que a cotação do ativo-objeto
no mercado (preço spot), valendo a pena para o titular exercer o seu direito de venda do ativo-objeto.O valor intrínseco de uma opção de
venda é calculado pela subtração do preço de strike do contrato pelo preço spot do ativo-objeto.
De um modo geral, o valor intrínseco pode ser definido matematicamente como:
1 - Valor Intrínseco de uma Opção de Compra:
Preço do Ativo Objeto - Preço de Strike da Opção
2 - Valor Intrínseco de uma Opção de Venda
Preço de Strike da Opção - Preço do Ativo Objeto

Exemplo 1
O ativo BBAS3 (ativo-objeto) está sendo negociado no mercado à vista pelo valor de R$ 24,94. Uma opção de compra deste ativo-objeto pelo
valor de R$ 24,00 (preço de strike) possui um valor intrínseco de R$ 0,94.
Percebam que para o cálculo do valor intrínseco desta opção de compra não precisamos saber qual a sua data de vencimento. O fator tempo
não é considerado para o cálculo do valor intrínseco. Considera-se apenas a vantagem imediata dessa opção para o investidor. Neste caso, a
vantagem significa um lucro de R$ 0,94 por opção de compra caso o titular exerça seu direito de exercício.

Exemplo 2
O ativo BVMF3 está sendo negociado no mercado à vista pelo valor de R$ 11,02. Uma opção de venda deste ativo (ativo-objeto) pelo valor de
R$ 12,00 (preço de strike) possui um valor intrínseco de R$ 0,98.
Percebam que para o cálculo do valor intrínseco desta opção de venda também não precisamos saber qual a sua data de vencimento. O fator
tempo não é considerado para o cálculo do valor intrínseco. Considera-se apenas a vantagem imediata dessa opção para o investidor. Neste
caso, a vantagem significa um lucro de R$ 0,98 por opção de venda caso o titular exerça seu direito de exercício.

Exemplo 3
O ativo GGBR4 está sendo negociado no mercado à vista pelo valor de R$ 15,15. Uma opção de compra deste ativo (ativo-objeto) pelo valor
de R$ 16,00 (preço de strike) possui um valor intrínseco de R$ 0,00.
Nesse caso, o exercício do direito da opção de compra não traria qualquer vantagem para o investidor, ou seja, não possui valor intrínseco. O
mesmo ocorreria se este contrato fosse uma opção de venda e o ativo-objeto estivesse sendo negociado por um valor maior que o seu preço
de exercício.
3.2 O que é o valor extrínseco de um contrato de opção?
Valor extrínseco é a parcela do prêmio de uma opção atribuída ao risco ou ao custo de
oportunidade e expectativas sobre a evolução do ativo-objeto.
Um dos fatores de risco de um contrato de opção é o grau médio de variação das cotações do ativo no mercado durante um
determinado período de tempo, ou seja, o seu grau de volatilidade. Outros fatores de risco (ou de oportunidade) são: a
tendência de valorização ou desvalorização do ativo-objeto no mercado e o tempo restante para a data de vencimento do
contrato de opção. O valor exrtínseco é subjetivo e depende da percepção do mercado quanto à possibilidade desta opção
gerar algum tipo de vantagem para o investidor.
Se as chances desta opção significar uma vantagem para o titular forem grandes, o valor extrínseco será maior. O valor extrínseco é acrescido
ao valor intrínseco da opção para compor o prêmio (preço de negociação da opção no mercado).

Como calcular o valor extrínseco de uma opção


O valor extrínseco é calculado subtraindo o preço atual da opção pelo valor intrínseco da mesma.

Exemplo de Valor Extrínseco


Uma opção está sendo negociada no mercado a R$ 1,50 e o seu Valor Intrínseco está R$ 1,20. Sabemos então que, se subtrairmos o valor
imediato de ganho (intrínseco) com o valor que o mercado está pagando pela opção, teremos o valor de risco (extrínseco), que neste caso é
de R$ 0,30.
4. Codificação das opções:

4.1 A estrutura do código das opções Bovespa


O código das opções negociadas no Mercado Bovespa é composto por 5 (cinco) letras e 2
(dois) números. Esta estrutura composta por 7 (sete) caracteres indica qual o ativo-objeto, o
mês de vencimento e o preço de exercício da opção negociada.
As quatro primeiras letras do código das opções Bovespa referem-se ao ativo objeto do contrato de opção. São as mesmas
letras utilizadas na estrutura do código de negociação destes ativos no mercado à vista. O quinto caractere identifica se este
é uma opção de compra ou de venda e qual é o mês de vencimento deste contrato. Veja a tabela abaixo para saber quais
letras identificam as opções de compra (call) e as opções de venda (put) de acordo com seu mês de vencimento. Os dois
números do código das opções Bovespa determinam o preço pelo qual a ação-objeto será negociada, em caso de exercício
desta opção.
Regra da formação do código
Descrição Código
Exemplo PETRC32
Regra AAAAMNN
Ativo objeto AAAA
Mês de vencimento M
Preço de Exercício NN
a) Ativo-objeto: valor mobiliário de referência da opção.
O código do mercado de opções Bovespa utiliza as mesmas letras utilizadas pelo mercado à vista para definição do ativo-objeto.
Exemplo: PETR (Petrobras), VALE (Vale), BBDC (Bradesco), BVMF (BM&FBovespa).
Atenção
O código do mercado de opções Bovespa não indica se o ativo-objeto é uma ação preferencial (PN) ou uma ação ordinária (ON).

b) Mês de vencimento: mês de expiração da validade do contrato de opção.


Série da Opção de Compra Série da Opção de Venda
Mês de vencimento
(CALL) (PUT)
Janeiro A M
Fevereiro B N
Março C O
Abril D P
Maio E Q
Junho F R
Julho G S
Agosto H T
Setembro I U
Outubro J V
Novembro K W
Dezembro L X
No mercado de opções Bovespa, o dia de vencimento das opções ocorre toda terceira segunda-feira de cada mês.
Atenção
O código do mercado de opções Bovespa não indica o ano de vencimento da opção.

c) Preço de exercício (strike): preço pelo qual a ação-objeto será negociada no exercício da opção.
Exemplo: PETRI34 (opção de compra de ação da Petrobras com vencimento em Setembro e preço de exercício de R$ 34,00), VALEO48
(opção de venda de ação da Vale com vencimento em Março e preço de exercício de R$ 48,00), BBDCF26 (opção de compra de ação do
Bradesco com vencimento em Junho e preço de exercício de R$ 26,00), BVMFW14 (opção de venda de ação da BM&FBovespa com
vencimento em Novembro e preço de exercício de R$ 14,00).
Atenção
O código Bovespa não indica eventuais ajustes do preço de exercício em caso de juros, dividendos, subscrições, grupamentos, bonificações,
fracionamentos, reorganizações e demais proventos em dinheiro sobre a ação-objeto ou o seu emissor. Assim, o número descrito no código
Bovespa da opção pode, eventualmente, representar o valor aproximado do real valor do preço de exercício (strike) da opção.
4.2 A estrutura do código das opções BM&F

O código das opções negociadas no Mercado BM&F é composto por 13 (treze) caracteres.
Esta estrutura indica qual o ativo-objeto, o mês de vencimento, o ano de vencimento, o tipo
da opção e o preço de exercício.
Os três primeiros caracteres do código das opções BM&F referem-se ao ativo objeto do contrato de opção. O quarto
caractere identifica qual é o mês de vencimento deste contrato, enquanto que o quinto e o sexto caracteres indicam qual o
ano de vencimento. Veja a tabela abaixo para saber que combinação de caracteres representam o ativo-objeto, e qual letra
indica o mês de vencimento das opções negociadas no Mercado BM&F. O tipo de opção (opção de compra ou opção de
venda) é indicado pelo sétimo caractere – a letra C indica que trata-se de uma opção de compra (call), enquanto que a letra P
indica que trata-se de uma opção de venda (put). Os últimos seis dígitos representam o valor do preço de exercício da opção.
Regra da formação do código

Descrição Código

Regra AAAMNNTSSSSSS

Ativo objeto AAA

Mês de vencimento M

Ano do vencimento NN

Tipo da operação T

Preço de exercício SSSSSS

a) Ativo-objeto: valor mobiliário de referência da opção.


O código do mercado de opções BM&F utiliza uma combinação de 3 (três) caracteres para indicar o ativo de referência do contrato. Esta
combinação pode ser composta apenas por letras, ou por letras e números.
Código Ativo Objeto
BGI Opção sobre Futuro de Boi Gordo
CNI Opção sobre Futuro de Milho (Entrega Física)
CCM Opção sobre Futuro de Milho (Liquidação Financeira)
ICF Opção sobre Futuro de Café Arábica
SOJ Opção sobre Futuro de Soja
DOL Opção sobre Dólar Comercial
DLA Opção sobre Dólar com Ajuste
D11 Opção sobre DI de 1 dia tipo 1
D12 Opção sobre DI de 1 dia tipo 2
D13 Opção sobre DI de 1 dia tipo 3
D14 Opção sobre DI de 1 dia tipo 4
INE Opção sobre Futuro de Ibovespa
VTC Volatilidade de Dólar
VFI Volatilidade de Juros Tipo 1
VF2 Volatilidade de Juros Tipo 2
VF3 Volatilidade de Juros Tipo 3
VF4 Volatilidade de Juros Tipo 4
VID Volatilidade de Índice IDI
VOE Volatilidade Ibovespa
b) Mês de vencimento: mês de expiração da validade do contrato de opção, representado pelo quarto caractere do código de opções BM&F,
seguindo o padrão internacional.
Opções Vencimento
F JAN
G FEV
H MAR
J ABR
K MAI
M JUN
N JUL
Q AGO
U SET
V OUT
X NOV
Z DEZ
c) Ano de vencimento: ano de expiração da validade do contrato de opção, representado por uma combinação numérica na quinta e na sexta
posição da estrutura do código de opções BM&F.
Exemplo: Um contrato de opção BM&F com vencimento no ano de 2014, utilizaria os algarismos 14, na quinta e na sexta posição de
caracteres do código BM&F para o mercado de opções.
d) Tipo de opção: o sétimo caractere indica se o contrato de opção BM&F refere-se a uma opção de compra (call), representada pela letra C,
ou a uma opção de venda (put), representada pela letra P.
e) Preço de exercício (strike): preço pelo qual o ativo-objeto será negociado no exercício da opção, representado no código de opções BM&F
por seis algarismos.
Exemplo: DOLZ15C185000 (opção de compra de ação sobre o contrato de Dólar DOLZ15 com vencimento em Dezembro de 2015 e preço de
exercício de R$ 1.850,00), ICFU16P015200 (opção de venda de ação sobre o contrato futuro de café Arábica com vencimento em Setembro
de 2016 e preço de exercício de R$ 152,00).
5. Riscos das Opções:

5.1 Qual o risco para quem compra uma opção?


O risco relacionado à compra de opções é limitado. O risco máximo de quem compra um
contrato de opção – de venda ou de compra – limita-se à perda do valor integral do
prêmio pago ao vendedor na data de vencimento das opções.
Quem compra uma opção, compra um direito: o direito de negociar (comprar ou vender) determinado ativo-objeto. O titular
(comprador) de uma opção apenas executará este direito se valer a pena financeiramente. Caso contrário, assumirá o
prejuízo relacionado a sua compra, ou seja, perderá o valor pago ao vendedor sem ter feito uso de seu direito. Mesmo assim,
há sempre a possibilidade de negociar esse direito no mercado de opções, revendendo-o a outra pessoa até a data de
vencimento do contrato. O que torna este tipo de investimento uma operação de risco é o fator tempo. Todo contrato de
opção tem um prazo de validade. Após este prazo, a opção expira perdendo completamente o seu valor ("a opção vira pó").

Qual o risco para quem compra uma opção de compra?


Quem compra uma opção de compra adquire o direito de comprar determinado ativo até a data de vencimento do contrato de opção. Este
investidor (titular do contrato de opção) pode lucrar de duas maneiras: vendendo este contrato a um valor superior ao preço pago para adquirí-
lo, ou executando o seu direito de compra para, posteriormente, revender o ativo-objeto a um valor superior ao preço de exercício. Ambas
situações apenas ocorreriam se a cotação do ativo-objeto valorizar-se no mercado durante o período de validade do contrato.
O risco reside exatamente neste ponto: a cotação do ativo-objeto da opção pode desvalorizar-se até a data de vencimento do contrato. Caso
isso ocorra, não valerá a pena para o titular da opção exercer o seu direito de compra, e a cotação da opção no mercado será menor do que o
valor dispendido para a sua aquisição. Ambos os casos acarretarão em prejuízo para o investidor.
Este prejuízo é limitado ao valor total pago para aquisição das opções, ou seja, limitado ao valor do prêmio.
Exemplo
Digamos que a ação do banco Bradesco esteja sendo cotada a R$ 30,00 em 1 de Agosto e a opção de compra desta ação, com preço de
exercício de R$ 34,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,36 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes
de 100 contratos, portanto para comprar um lote dessas opções você precisaria desembolsar R$ 36,00 (= 100 x R$ 0,36). Este valor não
considera outros custos como taxa de corretagem, taxa de registro, taxa de liquidação etc).
Após duas semanas, a ação passou a ser cotada a R$ 27,00. Como a cotação da ação afastou-se do preço de exercício da opção (R$ 34,00),
esta também se desvalorizou e passou a ser negociada a R$ 0,14. O lote de opções passou a valer R$ 14,00 (= 100 x R$ 0,14). Isso
representa um prejuízo maior que 50% em apenas 2 semanas, contra uma desvalorização de 10% da ação.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Não há motivos para o titular
da opção exercer o seu direito de compra, uma vez que é muito mais vantajoso a compra do ativo-objeto diretamente no mercado à vista (R$
27,00 x R$ 34,00). Revendendo a opção de compra no mercado, o investidor receberá R$ 14,00 contra os R$ 36,00 pagos para a sua
aquisição. Se decidir aguardar por uma melhora do cenário até o dia do vencimento das opções, correrá o risco de ver os seus contratos
virarem pó, e amargar um prejuízo de R$ 36,00 – o valor total pago pelo prêmio.

Qual o risco para quem compra uma opção de venda?


Quem compra uma opção de venda adquire o direito de vender determinado ativo na data de vencimento do contrato de opção. Este investidor
(titular do contrato de opção) pode lucrar de duas maneiras: vendendo este contrato a um valor superior ao preço pago para adquirí-lo, ou
executando o seu direito de venda para, posteriormente, recomprar o ativo-objeto a um valor inferior ao preço de exercício. Ambas situações
apenas ocorreriam se a cotação do ativo-objeto desvalorizar-se no mercado durante o período de validade do contrato.
O risco reside exatamente neste ponto: a cotação do ativo-objeto da opção pode valorizar-se até a data de vencimento do contrato. Caso isso
ocorra, a cotação da opção no mercado será menor do que o valor dispendido para a sua aquisição, acarretando em prejuízo para o investidor.
Este prejuízo é limitado ao valor total pago para aquisição das opções, ou seja, limitado ao valor do prêmio.
Vale lembrar que muitos investidores adquirem contratos de opção de venda para proteção (operações de hedge), limitando a desvalorização
de seu patrimônio em um cenário de baixa da cotação dos ativos de sua propriedade.

Exemplo 1
Digamos que a ação do banco Bradesco esteja sendo cotada a R$ 30,00 em 1 de Agosto e a opção de venda desta ação, com preço de
exercício de R$ 26,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,10 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes
de 100 contratos, portanto para comprar um lote dessas opções você precisaria desembolsar R$ 10,00 (= 100 x R$ 0,10). Este valor não
considera outros custos como taxa de corretagem, taxa de registro, taxa de liquidação etc).
Após duas semanas, a ação passou a ser cotada a R$ 35,00. Como a cotação da ação afastou-se do preço de exercício da opção (R$ 26,00),
esta também se desvalorizou e passou a ser negociada a R$ 0,01. O lote de opções passou a valer R$ 1,00 (= 100 x R$ 0,01). Isso representa
um prejuízo maior que 90% em apenas 2 semanas.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Revendendo a opção de
venda no mercado, o investidor receberá R$ 1,00 contra os R$ 10,00 pagos para a sua aquisição. Se decidir aguardar por uma melhora do
cenário até o dia do vencimento das opções, correrá o risco de ver os seus contratos virarem pó, e amargar um prejuízo de R$ 10,00 – o valor
total pago pelo prêmio.
5.2 Qual o risco para quem vende uma opção?
O risco para quem vende uma opção é muito maior do que o risco de quem compra. Quem
vende uma opção busca lucrar com o valor do prêmio e espera não ser exercido pelo titular
(comprador), pois se este resolver exercer o seu direito, o vendedor tem a obrigação de
cumprir com a sua parte no acordo.
No mercado de opções, o vendedor está sempre especulando, seja vendendo uma opção de compra, seja vendendo uma
opção de venda. O vendedor aposta que o mercado seguirá determinada tendência e recebe em troca um pequeno valor de
prêmio. O problema é que em troca deste pequeno prêmio, o vendedor assume o risco de assumir uma grande obrigação. O
risco do vendedor está atrelado à negociação do ativo-objeto em uma condição de mercado contrária à sua aposta inicial. O
valor de negociação do ativo-objeto é sempre muito maior do que o valor prêmio recebido.

Qual o risco para quem vende uma opção de compra?


Quem vende uma opção de compra recebe no ato da transação um valor monetário (prêmio), porém assume a obrigação de vender o ativo-
objeto do contrato para o investidor que adquiriu a opção. O vendedor (lançador) da opção aposta que a cotação do ativo-objeto no mercado
irá se desvalorizar durante o prazo de vigência deste contrato.
O risco reside exatamente neste ponto: a cotação do ativo-objeto da opção pode valorizar-se até a data de vencimento do contrato. Caso isso
ocorra, será muito provável que o titular da opção exerça o seu direito de compra do ativo-objeto.
O problema é que esta transação ocorrerá em um momento de mercado desfavorável ao vendedor. O vendedor apostou na queda da cotação
do ativo-objeto e aceitou assumir a obrigação de vendê-lo ao comprador, recebendo um valor pré-determinado, independente de sua cotação
de mercado. O vendedor terá que vender os ativos de sua propriedade, recebendo em troca, um valor muito menor do que se vendesse
diretamente ao mercado.
Para livrar-se de tal obrigação, o vendedor teria que comprar opções da mesma série dos contratos que vendeu no mercado, entretanto, diante
de tal cenário de alta do ativo-objeto, pagaria um valor de prêmio muito maior do que o valor que recebeu anteriormente.
Lembre-se que no caso da opção de compra, o titular da opção não precisa esperar até o dia do vencimento para exercer o seu direito.
Exemplo
Digamos que a ação do banco Bradesco esteja sendo cotada a R$ 30,00 em 1 de Agosto e a opção de compra desta ação, com preço de
exercício de R$ 32,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,96 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes
de 100 contratos, portanto ao vender um lote dessas opções você receberia R$ 96,00 (= 100 x R$ 0,96). Este valor não considera a tributação
de imposto de renda obrigatória.
Após duas semanas, a ação passou a ser cotada a R$ 34,00. Como a cotação da ação ultrapassou o preço de exercício da opção (R$ 32,00),
esta também se valorizou e passou a ser negociada a R$ 2,85. O lote de opções passou a valer R$ 285,00 (= 100 x R$ 2,85). Isso representa
um prejuízo de quase 200% em apenas 2 semanas, contra uma valorização pouco maior de 10% da ação.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Dificilmente o titular da opção
deixará de exercer o seu direito de compra, uma vez que este poderá comprar as ações de Bradesco à R$ 32,00 e revendê-las à R$ 34,00.
Neste caso, o vendedor tem apenas duas alternativas: comprar a mesma quantidade de BBDCH32 no mercado, pagando um valor muito maior
do que recebeu por vendê-las anteriormente (R$ 285,00 x R$ 96,00 = Prejuízo de R$ 189,00); ou vender as suas ações por R$ 32,00 cada
(total = R$ 3.200,00), quando poderia estar vendendo diretamente ao mercado por R$ 34,00 (total = R$ 3.400,00).
O risco do vendedor poderia ser muito maior caso este não possuísse os ativos objeto. Este é o caso da venda à descoberto de opções de
compra, quando o investidor recebe o valor do prêmio em troca de uma obrigação de vender ativos que não detém. Utilizando o exemplo
acima, para receber um prêmio de R$ 96,00, o vendedor assumiu um risco de mais de R$ 32.000,00.

Qual o risco para quem vende uma opção de venda?


Quem vende uma opção de venda recebe no ato da transação um valor monetário (prêmio), porém assume a obrigação de comprar o ativo-
objeto do investidor que adquiriu a opção. O vendedor (lançador) da opção aposta que a cotação do ativo-objeto no mercado irá se valorizar
durante o prazo de vigência deste contrato.
O risco reside exatamente neste ponto: a cotação do ativo-objeto da opção pode desvalorizar-se até a data de vencimento do contrato. Caso
isso ocorra, será muito provável que o titular da opção exerça o seu direito de venda do ativo-objeto.
O problema é que esta transação ocorrerá em um momento de mercado desfavorável ao vendedor. O vendedor apostou na alta da cotação do
ativo-objeto e aceitou assumir a obrigação de comprá-lo do comprador, pagando um valor pré-determinado, independente de sua cotação de
mercado. O vendedor terá que pagar um valor muito maior do que se comprasse diretamente do mercado.
Para livrar-se de tal obrigação, o vendedor teria que comprar opções da mesma série dos contratos que vendeu no mercado, entretanto, diante
de tal cenário de baixa do ativo-objeto, pagaria um valor de prêmio muito maior do que o valor que recebeu anteriormente.
Lembre-se que no caso da opção de venda, o titular da opção precisa esperar até o dia do vencimento para exercer o seu direito.

Exemplo
Digamos que a ação do banco Bradesco esteja sendo cotada a R$ 30,00 em 1 de Agosto e a opção de venda desta ação, com preço de
exercício de R$ 28,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,80 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes
de 100 contratos, portanto, ao vender um lote dessas opções você receberia R$ 80,00 (= 100 x R$ 0,80). Este valor não considera a tributação
de imposto de renda obrigatória.
Após duas semanas, a ação passou a ser cotada a R$ 26,00. Como a cotação da ação englobou o preço de exercício da opção (R$ 28,00),
esta se valorizou e passou a ser negociada a R$ 2,75. O lote de opções passou a valer R$ 275,00 (= 100 x R$ 2,75). Isso representa um
prejuízo de quase 250% em apenas 2 semanas.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Recomprando a opção de
venda no mercado, o investidor pagará R$ 275,00 contra os R$ 80,00 recebidos anteriormente. Se decidir aguardar por uma melhora do
cenário até o dia do vencimento das opções, correrá o risco de ser exercido e ter que comprar as ações de Bradesco a R$ 2.800,00 (= 100 x
R$ 28,00) quando poderia comprá-las diretamente do mercado pagando apenas R$ 2.600,00 (= 100 x R$ 26,00).
5.3 Venda à descoberto de opções
O lançamento de opções de compra à descoberto, ou seja, o recebimento de uma quantia
em dinheiro (prêmio) para assumir a obrigação de vender ações, que o investidor não possui,
é uma estratégia que envolve um elevado grau de risco.
Explicando melhor, o titular dessa opção (o investidor que pagou o prêmio para o lançador assumir a obrigação) somente vai
exercê-la se isso for interessante financeiramente para ele, ou seja, se a cotação do ativo-objeto no mercado for superior ao
preço de exercício da opção. Para o vendedor (lançador), isso significa que ele será obrigado a adquirir esses ativos no
mercado para vendê-las ao titular da opção, recebendo em troca, um valor inferior (preço de exercício) ao que pagou. A partir
do momento em que a diferença entre o preço da cotação no mercado (preço spot) e o preço de exercício for maior que o
prêmio recebido, o lançador estará incorrendo em prejuízo, que aumentará de acordo com a valorização da cotação no
mercado.
Outro aspecto a ser considerado nessa estratégia é que, durante toda a vigência de sua posição, o lançador descoberto estará obrigado a
depositar garantias para cobrir os prejuízos potenciais da operação, cujo valor é calculado diariamente.
Caso o vendedor à descoberto não tenha sido exercido pelo titular até o dia do vencimento das opções, este tem a opção de tentar recomprar
opções da mesma série que vendeu no mercado, a fim de livrar-se de tal obrigação. O problema é que as opções valorizam-se e desvalorizam-
se de forma muito mais volátil que a cotação do ativo-objeto e, em um cenário desfavorável para o vendedor descoberto (valorização da
cotação do ativo-objeto), as opções valorizar-se-iam exponencialmente.

Exemplo
Digamos que a ação da Petrobras esteja sendo cotada a R$ 24,00 em 1 de Agosto e a opção de compra desta ação, com preço de exercício
de R$ 26,00 e vencimento em 22 de Agosto, esteja sendo negociada a R$ 0,96 (prêmio). Opções são sempre negociadas em lotes de 100
contratos, portanto, ao vender um lote dessas opções você receberia R$ 96,00 (= 100 x R$ 0,96). Este valor não considera a tributação de
imposto de renda obrigatória.
Dez dias depois desta venda, a Petrobras anuncia a descoberta de um valioso poço de petróleo. Após uma semana, a ação passou a ser
cotada a R$ 34,00. Como a cotação da ação disparou, ultrapassando o preço de exercício da opção (R$ 26,00), esta também se valorizou e
passou a ser negociada a R$ 8,45. O lote de opções passou a valer R$ 845,00 (= 100 x R$ 8,45). Isso representa um prejuízo de quase
1.000% em apenas 2 semanas, contra uma valorização pouco maior de 40% da ação.
Faltando poucos dias para a data de vencimento das opções de Agosto, dificilmente este cenário será revertido. Dificilmente o titular da opção
deixará de exercer o seu direito de compra, uma vez que este poderá comprar as ações da Petrobras à R$ 26,00 e revendê-las à R$ 34,00.
Neste caso, o vendedor tem apenas duas alternativas: comprar a mesma quantidade de PETRH26 no mercado, pagando um valor muito maior
do que recebeu por vendê-las anteriormente (R$ 845,00 x R$ 96,00 = Prejuízo de R$ 749,00); ou assumir o risco de ter que vender as ações
por R$ 26,00 cada (total = R$ 2.600,00), quando o mercado está pagando R$ 34,00 por ação (total = R$ 3.400,00).
O problema do vendedor se agrava se este ainda não tiver os ativos que será obrigado a vender. Neste caso, terá que comprar os ativos no
mercado `R$ 34,00 cada, para revende-los ao titular da opção recebendo apenas R$ 26,00 por ação. Um prejuízo de R$ 704,00 (= R$
3.400,00 - R$ 2.600,00 - R$ 96,00).
6. Custos das Opções:

6.1 Custo das Opções: Taxa de Corretagem


Assim como qualquer outro investimento de bolsas de valores, para investir no mercado de
opções o investidor deve recorrer a uma corretora de valores mobiliários. Pela intermediação
do negócio, a corretora cobra uma taxa de corretagem sobre cada transação envolvendo
opções.
O valor desta taxa de corretagem pode ser um valor fixo por negócio, ou pode ser um valor percentual sobre o volume
financeiro total envolvido na transação intermediada pela corretora. Normalmente, as corretoras cobram um valor fixo por
cada transação executada através do home Broker (compra ou venda de opções), e um valor percentual sobre o valor total de
cada negócio executado através da mesa de operações. Para a execução do direito de compra ou venda do ativo-objeto da
opção, o titular deve, invariavelmente, recorrer à mesa de operações da corretora. Para as operações com opções de compra
ou de venda de ativos no mercado a vista, a BM&F Bovespa disponibiliza uma tabela de sugestão de valores percentuais por
volumes transacionados em cada operação. Esta Tabela Bovespa é largamente utilizada pelas corretoras de valores
mobiliários.

Quem é o responsável pela cobrança da taxa de corretagem?


A Corretora de Valores Mobiliários que intermedia o negócio com opções.

Quanto custa a taxa de corretagem para o investidor?


O valor da taxa de corretagem varia de acordo com a corretora que intermedia o negócio e com o tipo de operação solicitada.
A compra e venda de opções pode ser realizada eletronicamente através da ferramenta home broker da corretora, cuja taxa de corretagem por
negócio realizado poderá ser fixa ou variável.
Porém, o exercício de uma opção de compra ou de venda apenas pode ser realizado através da mesa de operações da corretora, cuja taxa de
corretagem é, invariavelmente, variável de acordo com o volume financeiro total negociado.

Tabela Bovespa
A BM&F Bovespa disponibiliza uma tabela de sugestão de valores percentuais por volumes transacionados em cada operação. Esta Tabela
Bovespa é largamente utilizada pelas corretoras de valores mobiliários.
Tabela de Corretagem Bovespa
Volume Financeiro Negociado Taxa de Corretagem
De Até % Adicional Mínimo Máximo
R$ 0,01 R$ 135,07 0,00% R$ 2,70 R$ 2,70 R$ 2,70
R$ 135,08 R$ 498,62 2,00% R$ 0,00 R$ 2,70 R$ 9,97
R$ 498,63 R$ 1.514,69 1,50% R$ 2,49 R$ 9,97 R$ 25,21
R$ 1.514,70 R$ 3.029,38 1,00% R$ 10,06 R$ 25,21 R$ 40,35
R$ 3.029,39 ∞ 0,50% R$ 25,21 R$ 40,35 ∞
Taxa Operacional Básica (TOB)
Nas operações realizadas no Mercado BM&F, a taxa de corretagem cobrada pelas corretoras de valores mobiliários é calculada com base na
Taxa Operacional Básica (TOB).

ISS
Por ser um serviço prestado pela corretora de valores mobiliários ao investidor, há a incidência de ISS (Imposto Sobre Serviço) sobre o valor
da taxa de corretagem. Este valor, normalmente, é repassado para o investidor. O valor de ISS equivale à 5% do valor total da taxa de
corretagem.
Cálculo:
ISS = Taxa de Corretagem / 0,95 - Taxa de Corretagem
Exemplo
Taxa de Corretagem = R$ 10,00
ISS = R$ 10,00 / 0,95 – R$ 10,00 = R$ 0,53
6.2 Custo das Opções: Emolumentos

Assim como qualquer outro investimento de bolsas de valores, para investir no mercado de
opções o investidor deve pagar as tarifas de emolumentos (taxas de negociação) cobradas
pela BM&F Bovespa.
O valor desta taxa de emolumentos varia de acordo com o volume financeiro total de cada transação envolvendo opções,
com o tipo de mercado e com o tipo de investidor. Por cada operação de compra ou venda de opções no Mercado Bovespa, o
investidor pessoa física paga uma taxa de negociação de 0,058% sobre o volume financeiro negociado. Em operações day
trade de compra e venda de opções Bovespa, o investidor paga emolumentos de 0,025% sobre o valor negociado em cada
operação. Pelo exercício de posições lançadas de opções no mercado à vista, o investidor paga uma taxa de negociação de
0,019% sobre o volume financeiro total negociado. No mercado de opções sobre índices, o investidor pessoa física paga
emolumentos equivalentes a 0,033% do valor total do negócio.

Taxa de Negociação de Opções no Mercado Bovespa


Esta taxa de negociação (emolumentos) incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções no Mercado Bovespa.
Emolumentos no Mercado de Opções Bovespa
Pessoas físicas e demais investidores 0,058%
Fundos e Clubes de Investimento 0,040%
Day Trade (para todos os investidores) 0,025%
Taxa de Negociação sobre o Exercício de Opções no Mercado
Bovespa
Esta taxa de negociação (emolumentos) incide sobre qualquer operação de exercício de opções no mercado a vista da BM&F Bovespa.
Emolumentos no Mercado de Opções Bovespa
Exercício de posições lançadas de opções de compra 0,019%
Exercício de opções de índices - spread 0,0275%
Taxa de Negociação de Opções no Mercado BM&F
Esta taxa de negociação (emolumentos) incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções no Mercado BM&F, exceto as
opções sobre índices.
Emolumentos no Mercado de Opções BM&F
Pessoas físicas e demais investidores 0,0087%
Fundos e Clubes de Investimento 0,0087%
Day Trade (para todos os investidores) 0,0061%
Taxa de Negociação de Opções sobre Índices no Mercado BM&F
Esta taxa de negociação (emolumentos) incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções sobre índices no Mercado BM&F.
Emolumentos no Mercado de Opções BM&F
Pessoas físicas e demais investidores 0,033%
Fundos e Clubes de Investimento 0,024%
Day Trade (para todos os investidores) 0,025%
6.3 Custo das Opções: Taxa de Liquidação
Assim como qualquer outro investimento de bolsas de valores, para investir no mercado de
opções o investidor deve pagar as taxas de liquidação cobradas pela CBLC (Companhia
Brasileira de Liquidação e Custódia).
O valor desta taxa de liquidação varia de acordo com o volume financeiro total de cada transação envolvendo opções, com o
tipo de mercado e com o tipo de investidor. Por cada operação de compra ou venda de opções no Mercado Bovespa, o
investidor pessoa física paga uma taxa de liquidação de 0,006% sobre o volume financeiro negociado. Em operações day
trade de compra e venda de opções Bovespa, o investidor também paga taxas de liquidação de 0,006% sobre o valor
negociado em cada operação. Pelo exercício de posições lançadas de opções no mercado à vista e pela compra e venda de
opções sobre índice, a taxa de liquidação é a mesma (0,006%). No mercado de opções sobre futuros da BM&F, o investidor
pessoa física paga taxas de liquidação equivalentes a 0,0017% do valor total do negócio.

Taxa de Liquidação de Opções no Mercado Bovespa


Esta taxa de liquidação incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções no Mercado Bovespa.
Taxa de Liquidação no Mercado de Opções Bovespa
Pessoas físicas e demais investidores 0,006%
Fundos e Clubes de Investimento 0,006%
Day Trade (para todos os investidores) 0,006%
Taxa de Liquidação sobre o Exercício de Opções no Mercado
Bovespa
Esta taxa de liquidação incide sobre qualquer operação de exercício de opções no mercado a vista da BM&F Bovespa.
Taxa de Liquidação no Mercado de Opções Bovespa
Exercício de posições lançadas de opções de compra 0,006%
Exercício de opções de índices - spread 0,006%
Taxa de Liquidação de Opções no Mercado BM&F
Esta taxa de liquidação incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções no Mercado BM&F, exceto as opções sobre
índices.
Taxa de Liquidação no Mercado de Opções BM&F
Pessoas físicas e demais investidores 0,0017%
Fundos e Clubes de Investimento 0,0017%
Day Trade (para todos os investidores) 0,0017%
Taxa de Liquidação de Opções sobre Índices no Mercado BM&F
Esta taxa de liquidação incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções sobre índices no Mercado BM&F.
Taxa de Liquidação no Mercado de Opções BM&F
Pessoas físicas e demais investidores 0,006%
Fundos e Clubes de Investimento 0,006%
Day Trade (para todos os investidores) 0,006%
6.4 Custo das Opções: Taxa de Registro
Diferente de outros investimentos de bolsas de valores, para investir no mercado de opções
o investidor deve pagar as taxas de liquidação cobradas pela BM&F Bovespa.
O valor desta taxa de registro varia de acordo com o volume financeiro total de cada transação envolvendo opções, com o
tipo de mercado e com o tipo de investidor. Por cada operação de compra ou venda de opções no Mercado Bovespa, o
investidor pessoa física paga uma taxa de registro de 0,070% sobre o volume financeiro negociado. Em operações day trade
de compra e venda de opções Bovespa, o investidor paga taxas de registro de 0,014% sobre o valor negociado em cada
operação. Pela compra e venda de opções sobre índice, a taxa de registro é de 0,045%. No mercado de opções sobre futuros
da BM&F, o investidor pessoa física paga taxas de registro equivalentes a 0,0076% do valor total do negócio.

Taxa de Registro de Opções no Mercado Bovespa


Esta taxa de registro incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções no Mercado Bovespa.
Taxa de Registro no Mercado de Opções Bovespa
Pessoas físicas e demais investidores 0,070%
Fundos e Clubes de Investimento 0,049%
Day Trade (para todos os investidores) 0,014%
Taxa de Registro sobre o Exercício de Opções no Mercado
Bovespa
Não há.

Taxa de Registro de Opções no Mercado BM&F


Esta taxa de registro incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções no Mercado BM&F, exceto as opções sobre índices.
Taxa de Registro no Mercado de Opções BM&F
Pessoas físicas e demais investidores 0,0076%
Fundos e Clubes de Investimento 0,0076%
Day Trade (para todos os investidores) 0,0015%
Taxa de Registro de Opções sobre Índices no Mercado BM&F
Esta taxa de registro incide sobre qualquer operação de compra ou de venda de opções sobre índices no Mercado BM&F.
Taxa de Registro no Mercado de Opções BM&F
Pessoas físicas e demais investidores 0,045%
Fundos e Clubes de Investimento 0,030%
Day Trade (para todos os investidores) 0,014%
7. Tributação das Opções:

7.1 Imposto de Renda sobre a Negociação de Opções


A alíquota de imposto de renda (IR) de 15% incide sobre o lucro líquido oriundo da diferença
positiva do valor de compra e de venda de opções da mesma série.
Assim como qualquer outro tipo de investimento, os ganhos sobre operações de compra e venda envolvendo opções devem
ser tributados. Seguindo o mesmo padrão de tributação das ações, há diferença de tributação entre operações de compra e
venda realizadas em um único dia (day trade) e em dias diferentes. O investidor que lucra com uma operação de opção deve
recolher 15% de imposto de renda sobre seus ganhos em operações normais e 20% em operações daytrade, lembrando de
descontar os custos operacionais (taxas de corretagem acrescida da cobrança de ISS, emolumentos, taxas de liquidação e
taxas de registro) e o imposto de renda retido na fonte.

Imposto de
Tributação das Opções
Renda (%)
Lucro Líquido em 15%
Operações com
Opções
Exemplo
Um investidor comprou 1.000 opções PETRD24 em Março de 2010 por R$ 0,80 cada. Considerando que a corretora de valores mobiliários
escolhida pelo investidor para intermediar a operação cobre uma taxa de corretagem de R$ 10,00, o valor total investido pelo titular da opção
nesta operação foi de R$ 811,60.

Descrição da operação
 R$ 800,00 (1.000 x R$ 0,80) de prêmio pago para o vendedor da opção +
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 0,296 (R$ 800,00 x 0,0370%) de emolumentos +
 R$ 0,220 (R$ 800,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação +
 R$ 0,556 (R$ 800,00 x 0,0695%) de taxa de registro =
 R$ 811,60
Em Abril de 2010, faltando alguns dias para o vencimento desta série de opções, este mesmo investidor vendeu no mercado 1.000 opções
PETRD24 por R$ 0,95 cada. Por esta operação, o investidor recebeu o valor do prêmio de R$ 938,15 já descontando todas as taxas
operacionais e o valor de percentual de imposto de renda retido na fonte.
 R$ 950,00 (1.000 x R$ 0,95) de prêmio recebido do comprador da opção -
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
 R$ 0,352 (R$ 950,00 x 0,0370%) de emolumentos -
 R$ 0,261 (R$ 950,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação -
 R$ 0,660 (R$ 950,00 x 0,0695%) de taxa de registro
 R$ 0,048 (R$ 950,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
 R$ 938,15
O ganho líquido desta operação a ser tributado no mês de Abril de 2010 foi de R$ 126,55 (= R$ 938,15 - R$ 811,60). O valor total de imposto
de renda a ser pago até o último dia útil de Maio de 2010, já descontando o valor R$ 0,05 de imposto de renda retido na fonte no dia do
recebimento do prêmio, é de R$ 18,99 (= R$ 938,20 x 15%).
7.2 Imposto de Renda nas Operações de Exercício de Opções de Compra

A alíquota de imposto de renda (IR) de 15% incide sobre o ganho auferido por titulares e/ou
lançadores durante o exercício das opções de compra.
O titular de uma opção de compra é tributado pela diferença positiva entre o valor da venda à vista do ativo na data de
exercício da opção e o preço de exercício, acrescido pelo valor do prêmio. O lançador de uma opção de compra é tributado
pela diferença positiva entre o preço de exercício da opção, acrescido do valor do prêmio, e o custo de aquisição do ativo
objeto do exercício. Não havendo encerramento ou exercício da opção de compra, o valor do prêmio constituirá ganho para o
lançador e perda para o titular, na data do vencimento da opção.

Imposto de
Tributação das Opções
Renda (%)
Lucro Líquido em 15%
Operações com
Opções
Exemplo
Em Janeiro de 2011, o investidor José adquiriu 1.000 ações preferenciais da Vale (VALE5) por R$ 40,00 cada. Considerando que a corretora
de valores mobiliários escolhida pelo investidor para intermediar a operação cobre uma taxa de corretagem de R$ 10,00, o valor total investido
por José nesta operação foi de R$ 40.024,33.

Descrição da operação
 R$ 40.000,00 (1.000 x R$ 40,00) pela compra das ações VALE5 +
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 2,80 (R$ 40.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
 R$ 11,00 (R$ 40.000,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação =
 R$ 40.024,33
Em Fevereiro de 2011, decidido a obter um ganho extra para remunerar o seu investimento, José decidiu lançar 1.000 opções de compra
VALED44. Por esta operação de lançamento de opções out the money, José recebeu do investidor Bruno R$ 0,95 por opção.
O valor total recebido por José (o lançador da opção de compra), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte
foi de R$ 938,15
 R$ 950,00 (1.000 x R$ 0,95) de prêmio recebido do vendedor da opção -
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
 R$ 0,352 (R$ 950,00 x 0,0370%) de emolumentos -
 R$ 0,261 (R$ 950,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação -
 R$ 0,660 (R$ 950,00 x 0,0695%) de taxa de registro -
 R$ 0,048 (R$ 950,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
 R$ 938,15
O investidor José deverá pagar imposto de renda sobre este ganho auferido no mês de Fevereiro de 2011. O valor de R$ 140,73 (= 938,20 x
15%), já descontado o imposto de renda retido na fonte (R$ 0,05), deverá ser pago até o último dia útil do mês de Março. Este valor deverá ser
consultado no cálculo de imposto de renda pago por José caso esta opção de compra seja exercida pelo investidor Bruno.
O valor total pago por Bruno (o titular da opção de compra), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte foi
de R$ 961,55.
 R$ 950,00 (1.000 x R$ 0,95) de prêmio pago pelo comprador da opção +
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 0,352 (R$ 950,00 x 0,0370%) de emolumentos +
 R$ 0,261 (R$ 950,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação +
 R$ 0,660 (R$ 950,00 x 0,0695%) de taxa de registro +
 R$ 0,048 (R$ 950,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
 R$ 961,55
Na terceira Segunda-Feira de Abril de 2011 – dia do vencimento das opções –, a ação VALE5 estava sendo cotada à R$ 46,00.
Caso o investidor Bruno decidisse exercer o seu direito de compra, entraria em contato com a mesa de operações de sua corretora para enviar
esta ordem de compra pelo preço de exercício (R$ 44,00). Normalmente, as corretoras cobram o valor da Tabela Bovespa sobre este tipo de
operação, pagando um total de R$ 44.269,12 para adquirir as 1.000 ações de VALE5 que serão vendidas logo em seguida através do Home
Broker da corretora.
 R$ 44.000,00 (1.000 x R$ 44,00) pago pelo comprador ao vendedor pelo exercício da opção +
 R$ 245,21 (R$ 25,21 + R$ 44.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem +
 R$ 12,91 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 3,08 (R$ 44.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
 R$ 7,92 (R$ 44.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação =
 R$ 44.269,12
Logo em seguida, o investidor Bruno vende suas ações VALE5 recém-adquiridas por R$ 46,00 cada, em uma operação day-trade, recebendo
um valor total de R$
 R$ 46.000,00 (1.000 x R$ 46,00) -
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
 R$ 3,22 (R$ 46.000,00 x 0,0070%) de emolumentos -
 R$ 8,28 (R$ 46.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação -
 R$ 2,30 (R$ 46.000,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte em operações de venda de ações no mercado a
vista -
 R$ 20,00 (R$ 2.000,00 x 1,00%) de imposto de renda retido na fonte sobre ganhos em operações day-trade =
 R$ 45.957,93
O ganho líquido do investidor Bruno, o titular da opção de compra, foi de R$ 727,26 (= R$ 45.957,93 - R$ 44.269,12 - R$ 961,55). Já
considerando o valor total de imposto de renda retido na fonte, o investidor deverá pagar até o último dia útil do mês de Maio de 2011 o valor
total de R$ 112,44 (R$ 749,61 x 15%) em imposto de renda.
O investidor José, lançador da opção de compra, recebeu do investidor no ato do exercício, um valor total de R$ 43.728,68. Normalmente, as
corretoras cobram o valor da Tabela Bovespa sobre este tipo de operação.
 R$ 44.000,00 (1.000 x R$ 44,00) recebido pelo vendedor do comprador em virtude do exercício da opção -
 R$ 245,21 (R$ 25,21 + R$ 44.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem -
 R$ 12,91 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
 R$ 3,08 (R$ 44.000,00 x 0,0070%) de emolumentos -
 R$ 7,92 (R$ 44.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação -
 R$ 2,20 (R$ 44.000,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte em operações de venda de ações no mercado a
vista =
 R$ 43.728,68
O ganho líquido do investidor José, o lançador da opção de compra, foi de R$ 4.642,50 (= R$ 43.728,68 - R$ 40.024,33 + R$ 938,15). Já
considerando o valor total de imposto de renda retido na fonte e o valor de imposto pago anteriormente referente ao prêmio, o investidor
deverá pagar até o último dia útil do mês de Maio de 2011 o valor total de R$ 555,98 (R$ 4.644,75 x 15% - R$ 140,73) em imposto de renda.
Caso o investidor Bruno decidisse NÃO exercer o seu direito de compra, o valor pago referente ao prêmio poderia ser utilizado para
compensação de lucros futuros no mercado a vista, de opções, futuro e a termo.
7.3 Imposto de Renda nas Operações de Exercício de Opções de Venda

A alíquota de imposto de renda (IR) de 15% incide sobre o ganho auferido por titulares e/ou
lançadores durante o exercício das opções de venda.
O titular de uma opção de venda é tributado pela diferença positiva entre o preço de exercício da opção e o valor da compra à
vista do ativo, acrescido do valor do prêmio. O lançador da opção de venda é tributado pela diferença positiva entre o preço
da venda à vista do ativo na data do exercício da opção, acrescido do valor do prêmio, e o preço de exercício da opção. Não
havendo encerramento ou exercício da opção de venda, o valor do prêmio constituirá ganho para o lançador e perda para o
titular, na data do vencimento da opção.

Imposto de
Tributação das Opções
Renda (%)
Lucro Líquido em 15%
Operações com
Opções
Exemplo
Em Janeiro de 2011, o investidor José adquiriu 1.000 ações preferenciais da Vale (VALE5) por R$ 40,00 cada. Considerando que a corretora
de valores mobiliários escolhida pelo investidor para intermediar a operação cobre uma taxa de corretagem de R$ 10,00, o valor total investido
por José nesta operação foi de R$ 40.024,33.

Descrição da operação
 R$ 40.000,00 (1.000 x R$ 40,00) pela compra das ações VALE5 +
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 2,80 (R$ 40.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
 R$ 11,00 (R$ 40.000,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação =
 R$ 40.024,33
Em Fevereiro de 2011, preocupado com uma eventual crise de mercado que pudesse afetar o valor de seu patrimônio, José decidiu comprar
1.000 opções de venda VALED42. Por esta operação, José pagou ao investidor Bruno R$ 2,50 por opção.
O valor total pago por José (o titular da opção de venda), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte foi de
R$ 2.514,00.
 R$ 2.500,00 (1.000 x R$ 2,50) de prêmio pago pelo comprador da opção +
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa +
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 0,925 (R$ 2.500,00 x 0,0370%) de emolumentos +
 R$ 0,688 (R$ 2.500,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação +
 R$ 1,738 (R$ 2.500,00 x 0,0695%) de taxa de registro +
 R$ 0,125 (R$ 2.500,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
 R$ 2.514,00
O valor total recebido por Bruno (o lançador da opção de venda), já incluindo todos os custos operacionais e o imposto de renda retido na fonte
foi de R$ 2.486,00.
 R$ 2.500,00 (1.000 x R$ 2,50) de prêmio recebido pelo lançador da opção -
 R$ 10,00 de taxa de corretagem fixa -
 R$ 0,526 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
 R$ 0,925 (R$ 2.500,00 x 0,0370%) de emolumentos -
 R$ 0,688 (R$ 2.500,00 x 0,0275%) de taxa de liquidação -
 R$ 1,738 (R$ 2.500,00 x 0,0695%) de taxa de registro -
 R$ 0,125 (R$ 2.500,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte =
 R$ 2.486,00
O investidor Bruno deverá pagar imposto de renda sobre este ganho auferido no mês de Fevereiro de 2011. O valor de R$ 371,92 (= 2.486,13
x 15%), já descontado o imposto de renda retido na fonte (R$ 0,13), deverá ser pago até o último dia útil do mês de Março. Este valor deverá
ser consultado no cálculo de imposto de renda pago por Bruno caso esta opção de venda seja exercida pelo investidor José.
Na terceira Segunda-Feira de Abril de 2011 – dia do vencimento das opções –, a ação VALE5 estava sendo cotada à R$ 41,00.
Caso o investidor José decidisse exercer o seu direito de venda, entraria em contato com a mesa de operações de sua corretora para enviar
esta ordem de venda pelo preço de exercício (R$ 42,00). Normalmente, as corretoras cobram o valor da Tabela Bovespa sobre este tipo de
operação. O investidor José recebeu um total de R$ 44.269,12 para vender as 1.000 ações de VALE5.
 R$ 42.000,00 (1.000 x R$ 42,00) recebido pelo comprador do vendedor da opção -
 R$ 235,21 (R$ 25,21 + R$ 42.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem -
 R$ 12,938 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem -
 R$ 2,94 (R$ 42.000,00 x 0,0070%) de emolumentos -
 R$ 7,56 (R$ 42.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação -
 R$ 2,10 (R$ 42.000,00 x 0,0050%) de imposto de renda retido na fonte em operações de venda de ações no mercado a
vista =
 R$ 41.739,25
Este valor foi superior ao valor pago por José para adquirir as ações de VALE5 em Janeiro, caracterizando uma operação lucrativa. Entretanto,
José tem que levar em consideração o valor pago de prêmio pela aquisição das opções de venda. O resultado de toda operação foi um
prejuízo de R$ 797,11 (= R$ 41.741,35 - R$ 40.024,33 - R$ 2.514,13), já considerando o valor de imposto de renda retido na fonte. Neste caso,
não houve tributação de imposto de renda sobre a operação do titular das opções de venda, fazendo com que este valor possa ser utilizado
para descontos posteriores de eventuais lucros no mercado a vista, de opções, futuro ou a termo.
O investidor Bruno, que foi obrigado a comprar as 1.000 ações VALE5 do investidor José por R$ 42,00 cada, desembolsou um valor total de
R$ 42.258,65
 R$ 42.000,00 (1.000 x R$ 42,00) pago pelo vendedor ao comprador da opção +
 R$ 235,21 (R$ 25,21 + R$ 42.000,00 x 0,50%) de taxa de corretagem +
 R$ 12,938 (taxa de corretagem / 0,95 - taxa de corretagem) de ISS sobre o valor da corretagem +
 R$ 2,94 (R$ 42.000,00 x 0,0070%) de emolumentos +
 R$ 7,56 (R$ 42.000,00 x 0,0180%) de taxa de liquidação =
 R$ 42.258,65
Caso o investidor José decidisse NÃO exercer o seu direito de venda, o valor pago referente ao prêmio poderia ser utilizado para
compensação de lucros futuros no mercado a vista, de opções, futuro e a termo.

Fonte: http://br.advfn.com/opcoes/bovespa
Glossário Geral:

Opção = Direito.

Opção de compra (CALL) = Direito de Compra.

Opção de venda (PUT) = Direito de Venda.

Exercer = comprador da opção lança mão de seu direito.

Ser exercido = vendedor da opção é obrigado a realizar o negócio.

Opção Europeia = só pode ser exercida no dia do vencimento.

Opção Americana = pode ser exercida a qualquer momento.

Strike da Opção = valor pelo qual a ação será negociada.

Prêmio da Opção = valor pelo qual vendedores e compradores negociam as opções no pregão.

ITM = abreviatura de In-The-Money (Dentro do Dinheiro).

ATM = abreviatura de At-The-Money (No Dinheiro).

OTM = abreviatura de Out-of-The-Money (Fora do Dinheiro).

Opção ITM = CALL com strike inferior ao preço da ação, ou PUT com strike superior ao preço da ação.

Opção OTM = CALL com strike superior ao preço da ação, ou PUT com strike inferior ao preço da ação

Opção ATM = CALL ou PUT com strike igual ou muito próximo ao preço da ação.

Valor Intrínseco (VI) = porção do prêmio “dentro do dinheiro”. Valor de ajuste entre o strike da opção e o preço da
ação. Somente prêmios das opções ITM têm Valor Intrínseco. Exemplo:

Preço da ação: R$20,00. Strike da Opção: R$19,00. Prêmio da opção: R$1,26 (valor fictício). VI = R$1,00 (R$20,00 –
R$19,00).

Valor Extrínseco (VE) = Valor de Expectativa arbitrado pelo vendedor pelo risco de “ser exercido”. É a porção do
prêmio “fora do dinheiro”. No exemplo acima, temos Valor Intrínseco R$1, mas a opção é negociada a R$1,26. A
diferença (R$0,26) é o VE. Quanto maior o VE, maior a expectativa (incerteza de exercício). Opções ATM têm VE
elevadíssimo, uma vez que, devido às variações de preço da ação, passam de ITM a OTM (e vice-versa) a todo o
momento. São as opções com VE máximo e são as que têm maior incerteza. O VE tende a diminuir em opções mais
ITM e mais OTM. Quanto mais ITM, maior será a certeza de exercício. Quanto mais OTM, maior será a certeza de “não
exercício”. Quanto maior a certeza, menor expectativa. Logo, menor VE. O prêmio das opções OTM são VE puro.

Código = composto de 4 letras representando o ativo subjacente + 1 letra representando o mês de vencimento (de A a
F para as CALL e de M a X para as PUT) + um número que pode, ou não) fazer alusão ao strike da opção. Exemplo:

VALEK14 -> ação: VALE5; Vencimento: novembro (K); Tipo: CALL; Strike: R$13,62;

VALEW14 -> ação: VALE5; Vencimento: novembro (W); Tipo: PUT; Strike: R$13,62;

Se, no dia do vencimento:

- Preço da ação superior a R$13,62 – VALEK14 dá exercício, ou seja, o comprador da opção tem o direito de comprar
VALE5 por R$13,62 não importando o preço no mercado à vista. O lançador da opção (o vendedor) será obrigado a
vender. VALEW14 não dá exercício, pois seu comprador não tem qualquer vantagem em vender ações por R$13,62
estando o preço mais alto no mercado à vista. Nesse caso, o comprador perde todo o dinheiro gasto para comprar
as opções, ao passo que o vendedor fica com o prêmio recebido;

- Preço da ação inferior a R$13,62 – VALEK14 não dá exercício, ou seja, não vale mais nada. Não há qualquer
vantagem para o comprador exercer seu direito e comprar ações a R$13,62 estando o preço da ação abaixo desse
valor e, por esse motivo, o comprador perde o dinheiro pago para comprar as opções. Nesse caso, o vendedor fica
com o prêmio recebido. VALEW14 dá exercício e o comprador tem o direito de vender VALE5 por R$13,62. O
lançador (vendedor) é obrigado a comprar por esse valor, mesmo que o preço da ação esteja abaixo no mercado à
vista;

- Preço da ação igual a R$13,62 – situação pouco provável de acontecer, mas quando acontece, normalmente tanto
VALEK14 quanto VALEW14 dão exercício. Essa decisão fica a cargo do comprador.

Para maiores informações sobre códigos, strikes e datas de vencimento, consulte o site da BOVESPA
emhttp://www.bmfbovespa.com.br/opcoes/opcoes.aspx?Idioma=pt-br
Artigo1:

Volatilidade:

Dos 5 fatores que influenciam o prêmio de uma opção – strike da opção, preço da ação subjacente, taxa de juros,
tempo para o vencimento e volatilidade – talvez o mais complexo de intuir seja a volatilidade.

Entende-se por VOLATILIDADE a propriedade de um elemento em mudar de estado físico – sólido, líquido, gasoso ou
coloidal – em determinadas condições de temperatura e pressão. Pejorativamente, o termo é usado para classificar
pessoas que mudam de humor muito facilmente e, no mercado financeiro, conota a possibilidade de mudanças de
preços de um ativo num determinado espaço de tempo.

O entendimento dessa medida depende do conhecimento básico de estatística, uma vez que se trata da inferência de
uma importante medida, conhecida como “Desvio Padrão”. Sem entrar nos pormenores da matéria, o desvio padrão
determina uma distância aceitável de uma determinada média. Por exemplo, a média de altura da população de uma
cidade qualquer é de 1,70m. O desvio padrão nos ajuda a identificar a faixa de altura que aceitaremos como “dentro da
média”. Supondo-se um desvio padrão de 0,05m, pessoas com altura entre 1,65m e 1,75m serão consideradas “dentro
da média”.

Mas, como se chega a essa conclusão? O cálculo do desvio padrão leva em conta justamente o maior número de
pessoas com a mesma altura. Numa população de 10.000 pessoas, podemos inferir que grande parte dela estará
“dentro da média”, ou seja, dentro da faixa de altura calculada. Ao medirmos a altura de uma pessoa qualquer, tomada
aleatoriamente, a probabilidade de termos uma altura entre 1,65m e 1,75m será bem maior do que uma pessoa com
1,90m ou 1,55m. Dados como esses são importantes para determinação da altura na construção de mesas e cadeiras,
por exemplo. Um desvio padrão maior indicará uma variedade de alturas maior na população, dificultando a obtenção
desses padrões.

Analogamente, tomamos as variações de preços de um ativo num determinado espaço de tempo e calculamos uma
média e seu desvio padrão. Um ativo com desvio padrão baixo indica que uma pequena faixa de variações está mais
propensa a se repetir do que outras. Dizemos que esse ativo tem baixa volatilidade e seu “comportamento de preços”
tende a ser bem mais previsível, ao passo que, um ativo mais volátil (com desvio padrão mais elevado) tende a ter o
“comportamento de preços” bem mais imprevisível, tornando-o mais “arisco”. Operações com ativos muito voláteis
apresentam um risco mais elevado, justamente pela dificuldade de identificação de padrões de variações de preços. O
cálculo da volatilidade não é difícil, mas é trabalhoso. Planilhas eletrônicas como o Excel © calculam com rapidez e
eficiência o desvio padrão, além de outras medidas estatísticas, mas exigirá uma base de preços confiável de cada
ativo pesquisado, além do conhecimento da fórmula e método de cálculo. A BM&F/BOVESPA fornece o desvio padrão
e a volatilidade de todos os ativos diariamente em http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/volatilidade-
ativos/BuscaVolatilidadeAtivos.aspx?Idioma=pt-br

Nos próximos artigos, tentaremos entender como o mercado “precifica” o risco usando o desvio padrão.
Artigo2:

Opções - um mercado de expectativas:

Como já se sabe, uma opção sobre ações consiste no direito de comprar ou vender ações (ativo-objeto) a um preço
determinado – strike da opção. Sabe-se também que há dois tipos de opções: as CALLs (opções de compra), onde o
comprador tem o direito de comprar ações –exercer seu direito –, obrigando o vendedor a vendê-las pelo strike da
opção; e as PUTs (opções de venda), onde o comprador tem o direitode vender ações – exercer seu direito –,
obrigando o vendedor a compra-las pelo strike da opção. Sabe-se ainda que todas as opções têm uma data de
vencimento e, em relação a isso, há dois tipos de opções: as europeias, onde o exercício só pode acontecer no dia do
vencimento da opção; e as americanas, onde o exercício pode acontecer a qualquer momento, bastando que o
comprador assim deseje.

Diante desses conceitos, fica claro onde está o risco: no exercício. Analisemos o quadro abaixo:

Posição Risco Situação de risco


Comprador de CALLs Preço da ação abaixo do
Perda do dinheiro aplicado na
europeias strike no dia do
compra das opções
vencimento
Preço da ação abaixo do
Comprador de CALLs Perda do dinheiro aplicado na
strike até o dia do
americanas compra das opções
vencimento
Preço da ação acima do
Comprador de PUTs Perda do dinheiro aplicado na
strike no dia do
europeias compra das opções
vencimento
Comprador de PUTs
Preço da ação acima do
americanas Perda do dinheiro aplicado na
strike até o dia do
(sem negociação no compra das opções
vencimento
Brasil)
Vendedor de CALLs Preço da ação acima do
Vender as ações pelo strike
europeias strike no dia do
da opção
vencimento
Preço da ação acima do
Vendedor de CALLs Vender as ações pelo strike
strike até o dia do
americanas da opção a qualquer momento
vencimento
Preço da ação abaixo do
Vendedor de PUTs Comprar as ações pelo strike
strike no dia do
europeias da opção
vencimento
Vendedor de PUTs
Preço da ação abaixo do
americanas Comprar as ações pelo strike
strike até o dia do
(sem negociação no da opção a qualquer momento
vencimento
Brasil)
.

Observando-se o quadro acima, pode-se afirmar que o vendedor de opções corre sempre um risco maior, ao passo que
o comprador de opções tem seu risco limitado ao que gastou para compra-las. E por quê? Como exemplo, vamos
imaginar um vendedor de opção americana de strike R$10,00 e, de repente, o preço da ação dispara a mais de
R$12,00! O vendedor terá que correr para comprar as ações, pois pode ser exercido a qualquer momento, ou então,
zerar sua posição, recomprando a mesma quantidade de opções vendidas. Na primeira hipótese, comprará as ações
por R$12 e, em caso de exercício, as venderá por R$10, assumindo um prejuízo de R$2,00 por ação. Esse prejuízo
pode ser ainda maior se a alta for explosiva. Na segunda hipótese, o prejuízo será na casa de R$2 por ação da mesma
forma, pois a opção torna-se ITM (In The Money) e custará, no mínimo, a diferença entre o preço da ação e o strike. A
venda de CALLs americanas (sem ter o ativo-objeto em carteira) é operação de altíssimo risco, onde o risco é ilimitado.
Normalmente, as corretoras só permitem que grandes investidores – os declarados “qualificados” – montem posições
de venda a descoberto.
É justamente esse risco – o exercício – que o mercado tenta precificar, calculando a probabilidade de exercício de uma
opção. Esse cálculo leva em conta cinco fatores:

1. Preço da ação

2. Strike da opção

3. Prazo para o vencimento

4. Taxa de juros pró-rata

5. Volatilidade (acesse https://forum.portaldotrader.com.br/topic/174/volatilidade para ler mais sobre volatilidade)

e é a resolução de uma equação diferencial parcial, ou seja, por etapas distintas e independentes.

"Uma equação algébrica é uma relação entre quantidades; uma equação diferencial é uma relação entre variações de
quantidades. Ela nada diz sobre o valor de uma certa grandeza em função de outras grandezas; o único esclarecimento
que ela dá é qual a variação podemos esperar na grandeza , em face das variações em outras grandezas." (COSTA,
Cézar L. – Opções: operando a volatilidade. Ed. Bolsa de Mercadorias & Futuros, 1998 p. 41).

Deixando a matemática para os matemáticos de plantão e pensando de modo prático, tente especular: estando a ação
a R$10, qual opção de compra (CALL) tem maior probabilidade de exercício, a de strike R$11,00 ou a de strike
R$12,00? Fica fácil concluir que a call de strike R$11,00 tem uma probabilidade maior de exercício, pois basta que o
preço da ação suba pouco mais de R$1,00 (10%) para que haja exercício, ao passo de que é preciso uma alta de mais
de R$2,00 (20%) no preço da ação para que haja exercício da call de strike R$12,00. Esse é o primeiro ponto!

Mais um exercício de especulação: estando a ação a R$10, qual das calls – ambas de strike R$11,00 – tem maior
probabilidade de exercício, a que vence em 20 dias ou a que vence em 65 dias? Embora seja um pouco mais difícil de
intuir, ainda é bem claro que a call com prazo maior tem maior probabilidade de exercício. Por quê? No primeiro caso,
temos apenas 20 dias para que o preço da ação suba mais de 10% para que haja exercício; no segundo caso, temos
61 dias, ou seja, muito tempo para o mercado “se movimentar” e o preço da ação pode, facilmente, superar os R$11,00
até o vencimento.

Como exercício final de especulação, vamos imaginar duas ações distintas com a mesma cotação (R$10,00), sendo
uma com volatilidade histórica de 20% e outra com volatilidade histórica de 50%, ambas com calls de strike R$11,00 e
vencimento em 20 dias. Qual opção tem maior probabilidade de exercício se ambas têm o mesmo prazo de
vencimento, mesmo strike e mesma diferença distância da ação? Embora não seja tão evidente, é possível especular
que a call da ação com maior volatilidade histórica tem maior probabilidade de exercício, uma vez que as oscilações de
preço do passado podem apontar para uma alta repentina no curto prazo. As chances desse tipo de movimentação
acontecer em ações com volatilidade histórica mais baixa são menores, embora seja plenamente possível – lembrando
que lidamos com movimentos passados, não sendo possível qualquer previsão futura.

Esses são os três fatores para o cálculo da probabilidade de exercício e veremos a seguir que essa probabilidade é o
pilar central para a precificação da expectativa.

Nos exercícios de especulação que fizemos acima, lidamos com calls OTM (fora do dinheiro), ou seja, os strikes das
opções estão acima do preço da ação. Dessa forma, faz mais sentido falarmos de probabilidade de “não exercício”,
partindo do pressuposto de que o preço da ação pode “andar de lado”. Ao unirmos a distância entre o preço da ação e
o strike com o prazo para vencimento, podemos concluir facilmente que, em caso de mercado consolidado, as
probabilidades de exercício das opções OTM vão se tornando, a cada dia, menores. Em outras palavras, a cada dia
que passa, vai tendo-se uma certeza cada vez maior de que não haverá exercício das calls OTM. E onde há certezas
maiores, menores serão as expectativas. Em um mercado “em consolidação”, quanto mais OTM for a call, maiores
serão as certezas de que não haverá exercício; menores serão as expectativas.

Ao invertermos nossa especulação, ou seja, estando a ação a R$10, qual call terá maior probabilidade de exercício, a
de strike R$8,00 ou de strike R$9,00? Nesse cenário, estamos lidando com calls ITM e, por isso, faz mais sentido
falarmos de probabilidade de exercício, partindo do mesmo pressuposto de que o preço da ação pode “andar de lado”.
A cada dia que passa, fica mais evidente que haverá exercício para as calls ITM e a recíproca é verdadeira: quanto
mais ITM, maiores serão as certezas; menores serão as expectativas.
Se em um mercado “em consolidação” temos opções ITM com maiores certezas de exercício e opções OTM com
maiores certezas de não exercício, o que podemos dizer das opções ATM? Expectativa máxima! Só é possível saber se
haverá exercício de uma opção ATM no próprio dia de vencimento. Opções ATM têm probabilidade de exercício muito
próxima a 50% e são um verdadeiro jogo de “cara e coroa”. Abaixo, o gráfico da expectativa em relação ao strike da
opção.
Artigo 3:

Entendendo o VE:

Valor Extrínseco ou Valor de Expectativa, o VE constitui-se num verdadeiro termômetro de mercado. O VE é a forma
que o mercado precifica a expectativa de exercício de uma opção, ou seja, se o vendedor de CALLs será obrigado a
vender suas ações, ou se o vendedor de PUTs será obrigado a comprar ações. Uma vez que seu risco é maior – o risco
do comprador de opções limita-se ao valor pago para compra-las –, cabe ao vendedor arbitrar um prêmio que dê conta
de satisfazer as condições que o próprio risco lhe impõe e de uma taxa de juros pró-rata ao prazo de vencimento da
opção que reflete o custo de oportunidade do vendedor da opção. A definição parece complexa, mas a prática se
mostra razoavelmente simples se fizermos a pergunta “qual valor acho justo receber para tomar o risco de ser exercido
e ainda cobrir o custo de oportunidade?”.

A arbitragem do prêmio de uma opção não é aleatório ou, como o próprio nome poderia sugerir, arbitrário. Como visto
nos artigos anteriores, são quatro os fatores que influenciam no prêmio de uma opção:

1 – diferença entre o preço da ação no mercado à vista e o strike da opção


(ver https://forum.portaldotrader.com.br/topic/170/resumo-de-opções-sobre-ações para entender o que é strike e
outros termos inerentes às opções);

2 – taxa de juros (normalmente, a SELIC pró-rata em base 252);

3 – prazo para o vencimento (em dias úteis);

4 – volatilidade (leia em https://forum.portaldotrader.com.br/topic/174/volatilidade para saber mais sobre volatilidade);

Ainda é acrescido às opções ITM (dentro do dinheiro) o valor intrínseco (VI), que é a parcela de ajuste entre o strike da
opção e o preço da ação. Em outras palavras, estando a ação negociada a R$10,00 quanto é justo pagar por um direito
de compra-la por R$8,00?

No artigo publicado em https://forum.portaldotrader.com.br/topic/342/opções-um-mercado-de-expectativas, foram


abordadas as probabilidades de exercício de uma opção ITM, as chances de “não exercício” de uma opção OTM e de
como as opções ATM apresentam o máximo em expectativa, partindo-se do pressuposto de que o preço da ação tende
a acumular (andar de lado) até o vencimento. Nessas condições, é possível intuir os efeitos da passagem do tempo
sobre a expectativa. A cada dia que passa, aumentam as certezas de exercício das opções ITM e de “não exercício”
das opções OTM. Se há mais certezas, há menos expectativa; se há menos expectativa, haverá menos VE. Desta
forma, no dia do vencimento o VE deverá ser R$0,00.

Se pensarmos num conjunto de possibilidades de movimentação de preços {alta forte, alta, acumulação, queda, queda
forte} a compra de CALLs só será vencedora se houver alta forte, deixando o vendedor de CALLs na confortável
posição de “expectador de mercado”, uma vez que tem as outras quatro possibilidades a seu favor. Da mesma forma, a
compra de PUTs só será vencedora em caso de queda forte e também deixa o vendedor de PUTs com as outras quatro
possibilidades de movimento de preços a seu favor.

O mercado de opções é auto regulável onde, associados ao risco baixo estarão um preço alto de compra (diminuindo o
lucro) e poucas chances de ganhos – caso da compra de opções a seco. Há, entretanto, uma forma de minimizar esse
efeito ao comprar opções mais ITM, tirando proveito do pouco VE. No caso de compra de CALLs, além de alta forte do
preço da ação, é possível sair vencedor com um movimento de alta normal, além de sair no “zero a zero”, caso o preço
da ação não suba. A vantagem da compra a seco de opções é o risco limitado, como já mencionado acima: está
limitado ao valor pago pela compra das opções.

Avaliando esses fatores, o operador tem condições de controlar melhor o risco assumido e ainda aumentar suas
chances de ganho, mas mesmo assim, pode optar por comprar opções a seco, apostando num movimento mais forte
dos preços – especulação. Nesse caso, os ganhos são consideráveis e compensam o risco, podendo chegar a belas
somas em dinheiro. Não há nada de errado nisso, desde que tenha-se plena consciência dos riscos e que haja uma
ótima gestão de risco, já sabendo que as chances de perda são muito maiores.

Trava de Baixa com CALLs, Trava de Alta com PUTs, Short Iron Condor e operações de TAXA e Financiamento são
exemplos de operações onde se está vendido em VE (e ainda recebemos um dinheiro do mercado), mas isso é assunto
para os próximos artigos.
Tipos de Operações:

[Operação] VACA:
É para quem pretende ter lucro quando o mercado não fizer um movimento intenso, para mercados pouco voláteis. Pode-se
levar a operação até a sexta-feira anterior ao vencimento.
É a compra de uma opção e a venda em maior quantidade de uma opção de strike maior, travando com a compra de
outra opção de strike mais alto
Ex:
Compra de PetrK34 +1000
Venda de PetrK38 -3000
Compra de PetrK42 +2000

[VACA ITM - In The Money]


Mais barata de montar, mas maior risco de ser exercida. Se o mercado cair, pode ter lucro.
[VACA ATM - At The Money]
A mais utilizada, mais cara que a ITM, mas ganha se o mercado ficar onde está e aguenta até um pouco de alta.
[VACA OTM - Out of The Money]
Pouco eficiente, tem que pagar para montar e necessita de alta para ter lucro, é melhor fazer outro tipo de operação.
[OBSERVAÇÃO]
É importante estar sempre vendido em bom valor extrínseco (VE), no mínimo, maior do que a soma de delta e gama da opção.
Procurar o maior ou o segundo maior valor extrínseco dentre uma série de opções.
[Operação] Reversão ou Trava de Baixa:
A reversão (trava de baixa) é a venda de uma opção e a compra na mesma quantidade da uma opção com strike (preço de
exercício) superior.
Venda de PetrK36 -1000
Compra de PetrK38 +1000

Retorno máximo = Crédito recebido para montar


Prejuízo máximo = R$ 2.000 - Crédito recebido

É sempre montada no crédito.


Traz a possibilidade de ganhar o decaimento das opções no mercado de lado.
Ganha nas acumulações, estando vendido em Valor Extrínseco, as opções perdem valor dia a dia.

[Reversão ITM - Int The Money]


Recebe muito dinheiro com excelente relação Risco vs Retorno, mas o risco de ser exercido é grande.
Necessita de queda da ação adjacente para ganhar.
Às vezes interessante no fim do vencimento.

[Reversão ATM - At The Money]


A mais utilizada.
Pode-se ter lucro na acumulação, na queda e até na alta pequena.
Boas taxas.
Taxa = crédito recebido/margem

[Reversão OTM - Out of The Money]


Recebe pouco dinheiro.
O risco de ser exercido é muito menor, mas se subir forte, o risco é maior e o operador irá perder mais do que na ATM.
Ganha na queda, na acumulação e até na alta, se esta for pouco intensa ou vagarosa.
Pode ser eficiente desde que o valor extrínseco seja alto.
Cuidado para não vender opções de valor muito baixo, o que não vale a pena, pois o risco que se corre é
grande em relação ao pouco que se pode ganhar.
[Operação] Financiamento ou Trava de Alta
O financiamento (trava de alta) é a compra de uma opção e a venda na mesma quantidade da uma opção com strike (preço de
exercício) superior.
Compra de PetrK36 +1000
Venda de PetrK38 -1000

Prejuízo máximo = Custo da operação


Retorno máximo = R$ 2.000 - Custo da operação

Financiamento dentro do dinheiro permite ficar comprado com o tempo a favor.


Próximo ao vencimento, muitas vezes ocorrem oportunidades de financiamento ITM com boa taxa.

[Financiamento ITM - In The Money]


- É a mais cara.
- Ganha na alta, na acumulação e até numa queda pequena, especialmente próximo ao vencimento.

[Financiamento ATM - At The Money]


- Custo menor, mas necessita de alta para ganhar.

[Financiamento OTM - Out of The Money]


- Custo muito baixo, mas só ganha se subir muito, compensa mais ficar comprado a seco.
- Não utilizado.
As Gregas das Opções
[Delta - Variação]
É o quanto o prêmio da opção ganha ou perde em relação a uma alteração no preço do ativo de R$ 1.
É a chance de sua opção ser exercida, que seria uns 50% para a opção ATM(At The Money).
O Delta aumenta mais para as opções dentro do dinheiro e diminui mais para as fora do dinheiro, já que maior será a chance
dela ser exercida.

[Gama - Movimento]
É a taxa de variação do Delta.
É quanto o Delta irá variar para cada variação de R$ 1 no preço da ação.
É maior nas opções ATM, no dinheiro, que são as que sofrem maiores variações percentuais por R$ 1 de variação da ação. É
pequeno nas ITM(In The Money) e nas OTM(Out of The Money).
A variação percentual do preço da opção para o movimento de R$ 1 da ação = (Delta + Gama)/Preço da opção.

[Theta - Tempo]
É o que caracteriza as opções: a expectativa da opção decai com o passar do tempo.
É a taxa em que o prêmio da opção decai por dia, expresso em centavos.
O Theta será maior nas opções com maior Valor Extrínseco(VE), pois a opção perde valor extrínseco com a passagem do
tempo.

[Vega - Volatilidade]
É a variação no prêmio da opção que resulta de uma mudança na Volatilidade do Ativo, ou o quanto a opção varia em centavos
para determinada variação da Volatilidade Histórica(VH) da ação.
É maior nas opções no dinheiro(ATM).
Para cada 1% de variação na Volatilidade Histórica, a opção irá variar x centavos.
Quanto maior a Volatilidade Histórica maior será o prêmio da opção.

[Rho - Juros]
É o efeito das variações das taxas de juros nos preços das opções.
É pouco utilizado.

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