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ODONTOLOGIA
• Objetivos da aula:
– Promover uma breve revisão de anatomia da cabeça e
pescoço aplicada a anestesia local.
– Classificar os tipos de anestesia local em odontologia.
– Descrever as principais técnicas anestésicas.
– Verificar as indicações das técnicas anestésicas.
– Conhecer as desvantagens de algumas técnicas de
anestesia local em odontologia.
Breve revisão anatômica
• Maxila
• Mandíbula
Origem do n. trigêmeo (V par de NC).
Nervo Maxilar
• V2 – N. Maxilar:
– N. alveolar
sup. post.
– N. alveolar
sup. médio
– N. alveolar
ant. sup.
– Plexo alveolar
sup.
– N. infra
orbital
– Ramos
dentários e
gengivais
Nervo infraorbital
Revisão anatômica do tronco mandibular
• V3 – N.
Mandibular:
– N. bucal
– N. lingual
– N. alveolar
inferior
– N. mental
Ramos do nervo mandibular
Distribuição dos ramos periféricos dos nervos maxilar e
mandibular
Instrumentais
Posição do paciente para receber a anestesia local
Posição do paciente :
• Compostos
alcoólicos (são Amida Nome comum Nome comercial
neurotóxicos)
Xilididos Lidocaína Xilocaína/lidocaína
• Compostos Lydostesin/Xylostesin
nitrogenados: Biocaína/novocol
– Compostos de Mepivacaína Carbocaíne
amida Scandycaine
• Amplo uso
clínico
Bupivocaína neocaína
– Compostos de Toluidina Prilocaína Citanest
ésteres Citocaína
• Originados Biopressim
do ácido Quinilona Dibucaína Nupercaína
benzóico e
do p- Articaína Septanest
aminobenzói
co (PABA)
Doses máximas recomendadas de anestésico
Toxicidade dos anestésicos
• Cuidados:
– Injetar lentamente a solução
sempre observando o
paciente.
– O bisel da agulha deve estar
sempre voltado para o osso.
– Nunca penetrar a agulha até
o intermediário tocar a
mucosa.
– Sempre que possível aspirar.
Seringa ART
• Vantagens :
– Evita o risco de injeção
intravascular.
– Evita a formação de hematomas .
– Fácil manuseio.
– Projetada para qualquer tubete,
padronizado, de anestésico.
– O refluxo ocorre,
automaticamente, ao cessar a
pressão. O disco de borracha
volta à posição normal,
reduzindo a pressão interna do
tubete, produzindo o efeito de
aspiração.
Anestesia terminal – infiltrativa submucosa
• Indicação:
– Intervenções em tecidos
moles da cavidade bucal.
• Técnica:
– Consiste em puncionar a
mucosa, atravessando a
agulha até a submucosa
próxima da área da
intervenção.
– Vai injetando o anestésico
na medida que for
introduzindo a agulha.
Anestesia terminal – infiltrativa supraperiostal
• Indicação:
– Intervenções em dentes superiores.
Pode aplicar pela vestibular e pela
palatina.
• Técnica:
– Com dedos indicador e polegar da
mão esquerda distendemos o lábio
do paciente para cima e para fora,
com a finalidade de evidenciarmos o
fundo do vestíbulo.
– Punciona a mucosa com o conjunto
agulha e seringa fica paralela ao
longo eixo do dente que irá sofrer a
intervenção. A agulha deve penetrar
até a altura do ápice do dente.
Anestesia terminal – infiltrativa subperiostal
• Indicação:
– Intervenções em dentes
superiores. Pode aplicar pela
vestibular e pela palatina.
• Técnica:
– Punciona a mucosa na altura.
O conjunto agulha e seringa
fica 45⁰ ao longo eixo do
dente que irá sofrer a
intervenção. A agulha deve
atravessar o periósteo
Anestesia terminal – infiltrativa subperiostal
Anestesia terminal – infiltrativa intra-septal
• Indicação:
– Em todas papilas
interdentais na maxila e na
mandíbula por vestibular e
por palatina. Indicada para
raspagem periodontal.
• Técnica:
– Consiste em penetrar a
agulha através da papila
gengival de modo que agulha
penetre no septo entre dois
dentes contíguos.
Anestesia terminal – infiltrativa peridental
• Indicação:
– Exodontias (luxação da
raiz dentária de
molares), pulpotomias,
pulpectomias.
• Técnica:
– Introduz a ponta da
agulha entre o osso
alveolar e a raiz
dentária de modo que
penetre o ligamento
periodontal. Muito
dolorida.
Anestesia terminal – infiltrativa intra pulpar
• Indicação:
– Para endodontia
(biopulpotomias e
biopulpectomias).
• Técnica:
– Introduz a ponta da
agulha dentro da
polpa dentária
exposta, se possível
penetrar dentro do
canal radicular .
Bloqueios regionais da maxila – n. alveolar superior posterior
• Anatomia: na base
do processo alveolar,
todos os nervos
alveolares
anastomosam-se e
formam o plexo
nervoso superior.
• Indicação:
– Para intervenções
incisivos centrais,
laterais e caninos,
palpebra inferior,
lábio superior e parte
lateral do nariz.
Bloqueios regionais da maxila – n. infra orbital
• Técnica:
– Canto do interno do olho: traça uma linha paralela a linha média passando no canto
interno do olho. O forame infra orbital se localiza 1 cm a frente da segunda linha
a uns 7 mm abaixo do rebordo alveolar. Levantamos o lábio superior e
infiltramos na interseção entre as linhas.
Bloqueios regionais da maxila – n. infra orbital
• Técnica:
– linha incisiva/ápice do canino : traça uma linha paralela a incisal dos dentes do lado que se quer
anestesiar. Pede-se o paciente para olhar para o horizonte e passa uma linha na reta da pupila e no
longo eixo do segundo pré-molar e o forame está a 7 mm do rebordo alveolar e a 1 cm do canto
interno do olho
Bloqueios regionais da maxila – n. infra orbital
• Técnica:
– Centro pupilar/longo eixo do segundo pré-molar: traça uma linha paralela a incisal dos dentes do
lado que se quer anestesiar. Pede-se o paciente para olhar para o horizonte e passa uma linha na reta
da pupila e no longo eixo do segundo pré-molar e o forame está a 7 mm do rebordo alveolar e a 1
cm do canto interno do olho
Bloqueios regionais da maxila – n. nasopalatino
• Anatomia: emerge pelo forame incisivo e inerva a mucosa do palato duro do seu
terço anterior. O forame se localiza na linha média a 7 mm do incisivo superiores
na papila incisiva.
• Indicação:
– Mucosa do 1/3 palato duro.
• Técnica:
– A punção deve ser realizada no centro da papila incisiva para agulha penetrar o forame
incisivo e a seringa e a agulha deve estar paralelo ao longo eixo dos incisivos centrais.
Bloqueio regional da maxila – n. palatino maior
• Indicações:
intervenções cirúrgicas
em toda área inervada
pelo tronco mandibular.
• Pontos de reparo:
– Extra bucal: curva da borda
anterior do trágus comissura
labial
– Intra bucal: região lateral a
depressão
pterigomandibular, mas
medial em relação ao
músculo temporal.
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Pontos de reparo:
– Para direcionar a seringa e
a agulha corretamente
podemos colocar a capa
da agulha no meato
auditivo externo, ou
colocar o dedo do
indicador ou traçar com
lápis dermográfico as
linhas que une os pontos
de referência.
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Técnica
– A inserção da agulha
é feita na depressão
pterigomandibular
lateral a uma
trajetória imaginária
tangente a cúspide
palatina do segundo
molar superior .
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Técnica
– O conjunto seringa-
agulha deve ser
alinhado
paralelamente a um
plano que se
estende desde a
comissura labial a
borda inferior do
trágus do lado a ser
anestesiado
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Técnica
– Direção do
posicionamento
da seringa
direcionada para
região anterior
do colo do
côndilo na hora
de injetar a
solução
anestésica.
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Técnica
– Punciona a
mucosa e a
profundidade da
penetração da
agulha é de 2,5
cm até na borda
anterior do colo
da mandíbula.
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Técnica
– A penetração da
agulha deve
permitir que sua
ponta atinja a
região anterior
do colo do
côndilo.
Bloqueios tronculares na mandíbula
• Técnica
– Aplicação no
paciente.
Técnica de anestesia intra oral terminal
N. Lingual Língua
• Considerações
anatômicas: ramo
terminal do n. oftalmico
que emerge pelo forame
supra orbital
• Indicação: intervenção
cirúrgica na região frontal.
• Técnica: linha
perpendicular ao plano
sagital em cima da pupila
(2 cm do canto interno do
olho). Com a seringa Luer,
após aspiração, injeta de 1
a 2 ml de anestésico.
Técnica de anestesia extra oral – bloqueio
regional infraorbital
• Considerações
anatômicas: emerge pelo
forame infraorbitário .
• Indicações: intervenção
nos incisivos, caninos e
pré-molares e tecidos
moles (pálpebra inf., lábio
superior e parte lateral do
nariz.
• Técnica: traça-se uma
linha vertical paralela ao
plano sagital que cruza a
pupila e outra
perpendicular que cruza a
espinha nasal anterior.
Técnica de anestesia extra oral – bloqueio
regional nasopalatino
• Considerações anatômicas:
este n. nasce 4 a 5 mm abaixo
do forame oval, dirige-se para
baixo sob o m. pterigóideo
medial , passa na face interna
do ramo e penetra no forame
mandibular. Anteriormente se
bifurcam para originar o n.
mental e o incisivo.
• Indicação: pacientes com
trismo pós operatórios que
necessitam de nova
intervenção (alveolite) e casos
de sepse bucal que contra
indica a anestesia intra oral.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia do n.
alveolar inferior
• Técnica: punciona a pele do
paciente na borda inf. Da
mandíbula num ponto
equidistante entre a borda
ant. e post. do ramo da
mandíbula, com o conjunto
seringa e agulha paralela ao
ramo da mandíbula.
Introduz a agulha de 4 a 4,5
cm de maneira que ela
penetre rente ao osso. Após
a penetração promove a
aspiração e injeta 2 a 3 ml
de anestésico. Usar agulha
de 6 cm de comprimento.
Anestesia: alveolar inferior
e lingual.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia do n.
mental
• Anestesia: mental e
incisivo, sendo indicado
para extração dental
apenas se a agulha
penetrar no forame.
• Indicações: intervenção
cirúrgica em tecidos moles
do lábio inferior, pele do
mento e mucosas
anteriores da mandíbula e
nos dentes pré-molares,
caninos e incisivos,
quando for contraindicado
a infiltração intra oral.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia do n.
mental
• Considerações
anatômicas: O forame
fica num ponto
equidistante entre a
base da mandíbula e o
processo alveolar e na
altura do ápice dos pré-
molares inferiores.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. maxilar
• Considerações
anatômicas: o n. maxilar
emerge do crânio pelo
forame redondo dentro da
fossa esfenomaxilar.
• Indicações: para todas as
cirurgias de fraturas,
ressecção de osso,
tratamento do seio
maxilar, extrações dentais
múltiplas.
• Nervo anestesiado:
maxilar (V2).
• Material: seringa Luer de
5ml com agulha de 8 cm
de comprimento.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. maxilar
• Pontos de reparo: borda
ant. da apófise coronóide e
borda anterior do osso
zigomático.
• Técnica: introduz a agulha
através da pele por baixo da
borda ântero-inferior do osso
zigomático a frente a borda
anterior da apófise coronóide,
mais próximo do forame
redondo. Pede para o
paciente abrir e fechar a boca
para que com a palpação
poder ver a faixa de tecido
mole entre as duas bordas.
Deve-se usar agulha de 7 a 8
cm com a seringa luer fazer a
aspiração.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. maxilar
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. maxilar
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. maxilar
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. mandibular
• Considerações anatômicas:
o n. mandibular (V 3)
emerge do crânio pelo
forame oval, nasce de duas
raízes uma sensitiva e outra
motora do gânglio de Gasser
(trigeminal). Na sua
emergência do forame oval
forma dois ramos: um ant.
formado pelos nervos bucal,
temporal profundo médio e
masseterino e outro post.
Formado pelos nervos
pterigóideo interno alveolar
inferior e este se divide
próximo do forame mental
em nervos mental e incisivo.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. mandibular
• Indicações:
intervenções cirúrgicas
na região da
mandíbula.
• Técnica de Hartel:
• Pontos de reparo:
comissura labial,
centro pupilar e
cabeça da mandíbula.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. mandibular
• Descrição da técnica:
marcamos com uma
lápis demográfico um
ponto situado a 3 cm
para fora da comissura
labial, depois
marcamos duas linhas
na pele, uma que une
este ponto ao centro
pupilar do mesmo lado
e a outra que une o
ponto referido até a
cabeça da mandíbula.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. mandibular
• Descrição da técnica: A
punção cutânea será na
altura do rebordo
alveolar do 2 Molar
superior. A penetração
será ser feita de
maneira a seguir uma
direção que se
olharmos o paciente de
frente parece a agulha
irá na direção da linha
da pupila e ao olharmos
de lado vimos a agulha
na direção do côndilo da
mandíbula
Técnica de anestesia extra oral – anestesia troncular do
n. mandibular
• Técnica tranzigomática
• Pontos de reparo: borda
inferior do arco zigomático
e incisura mandibular.
Cabeça da mandíbula
post. e processo
coronóide anterior.
• Descrição da técnica:
Penetra agulha no espaço
da fossa zigomática para
atingir o forame oval.
Pede-se o paciente para
abrir e fechar a boca e
desta maneira poderemos
apalpar a incisura
mandibular que fica entre
a cabeça da mandíbula e
processo coronóide.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. mandibular
• Descrição da técnica: feito a
localização dos reparos com
um lápis dermográfico marca
a pele da região. O centro da
figura será o local da inserção
de uma agulha de 7 a 9 cm de
comprimento. A pele deve ser
puncionada num ângulo de
90⁰ de modo que a seringa e
agulha fique perpendicular a
pele e agulha penetrada em
torno de 4 a 5 cm na
intimidade da fossa,
posteriormente recu a agulha
1 cm e a introduza
ligeiramente para trás. Injeta
3 ml de anestésico, após
prévia aspiração.
Técnica de anestesia extra oral – anestesia
troncular do n. mandibular
• Indicação: para
ressecção de
tumores na
mandíbula,
exodontias
múltiplas, fraturas
mandibulares
quando estiver
contra indicado
anestesia geral ou
o paciente estiver
com trismo.
• Figura: vista basal
do crânio com a
agulha penetrando
o forame oval.
Técnica de anestesia extra oral