Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BELO HORIZONTE
2019
TIAGO GONÇALVES VIDOTTI
BELO HORIZONTE
2019
TIAGO GONÇALVES VIDOTTI
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Nome do professor
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
__________________________________________
André Marcelino de Morais
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
BELO HORIZONTE
2019
Dedico este trabalho à minha família.
AGRADECIMENTOS
This work provides an analysis of the behavior of internal combustion fuel, operating
with gasoline and various proportions of ethanol. It is an engine from brand Branco
connected to a power generator. The following parameters were used: consumption,
specific consumption, system efficiency, mass air flow, as well as emission rates of
polluting gases. Gasoline with 27% ethanol and gasoline containing 50% ethanol and
27% anhydrous ethanol (27% anhydrous ethanol) and 50% hydrated ethanol. The
addition of hydrous ethanol in gasoline C established in satisfactory results regarding
the emission of pollutant gases, in addition to a lower cost per kW.h. Gasoline type C,
however, obtained better results related to specific consumption, thermal efficiency
and lower fuel consumption.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 12
1.1 Objetivos do trabalho............................................................................. 13
1.2 Justificativa............................................................................................ 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................... 13
2.1 Tecnologia Flex no Brasil – Histórico do Etanol.................................... 14
2.2 Evolução dos veículos flex..................................................................... 14
2.3 Histórico da evolução da mistura de etanol na gasolina........................ 15
2.4 Propriedades da gasolina e do etanol................................................... 15
2.5 Motores de combustão interna.............................................................. 16
2.6 Potência................................................................................................. 18
2.6.1 Potência indicada................................................................................... 18
2.6.2 Potência efetiva..................................................................................... 18
2.6.3 Potência absorvida................................................................................ 18
2.7 Consumo de combustível...................................................................... 19
2.8 Consumo específico de combustível..................................................... 19
2.9 Relação ar/ combustível (A/C) estequiometria...................................... 20
2.10 Vazão mássica de ar............................................................................. 20
2.11 Eficiência térmica................................................................................... 21
2.12 Emissão de poluentes............................................................................ 22
2.13 Consumo nacional e preço médio dos combustíveis............................. 23
3 METODOLOGIA.................................................................................... 24
3.1 Ambiente de ensaio............................................................................... 24
3.2 Motor-gerador........................................................................................ 25
3.3 Analisador de gases.............................................................................. 26
3.4 Medição da corrente e tensão............................................................... 27
3.5 Equipamentos diversos utilizados.......................................................... 28
4 RESULTADOS...................................................................................... 28
4.1 Consumo de combustível...................................................................... 28
4.2 Consumo específico de combustível..................................................... 29
4.3 Vazão mássica de ar............................................................................. 30
4.4 Eficiência Térmica.................................................................................. 31
4.5 Custo x consumo específico.................................................................. 32
4.6 Emissões de poluentes.......................................................................... 33
4.6.1 Emissões de CO.................................................................................... 33
4.6.2 Emissões de CO2.................................................................................. 33
4.6.3 Emissões de HC.................................................................................... 34
5 CONCLUSÃO........................................................................................ 35
6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS................................... 36
7 REFERÊNCIAS..................................................................................... 37
12
1 INTRODUÇÃO
1.2 Justificativa
2 REFERENCIAL TEÓRICO
ser utilizado como combustível alternativo ou aditivo na gasolina, por possuir um alto
nível de octano (MASUM, 2013).
A gasolina é composta pela presença de hidrocarbonetos, provenientes do
petróleo, além de uma pequena quantidade de produtos oxigenados. Em baixas
concentrações, são encontrados ainda compostos de enxofre, compostos de
nitrogênio e compostos metálicos.
Conforme a Tabela 1 e a Tabela 2, uma das vantagens do etanol em
comparação com a gasolina, é de possuir um maior valor octano, além de um calor
de vaporização superior. Com isso é possível ter uma maior produção do motor,
devido a relação ar/combustível ser melhor utilizada e ter uma maior compressão. Por
outro lado, tem como desvantagem o seu baixo poder calorífico, fazendo com que seja
consumido um alto volume. As emissões evaporativas também são um problema,
visto que o ponto de ebulição é reduzido. O custo de produção também é uma
desvantagem, pois gasta-se muita energia no processo de destilação (KYRIAKIDES,
2013)
2.6 Potência
A potência indicada é dada pelo total de energia que foi gerada dentro da
câmara de combustão. É dada pela razão entre o trabalho que foi realizado dentro do
cilindro e o tempo gasto para a realização de um ciclo, conforme é mostrado na
Equação 1.
𝑊𝑙𝑖𝑞
𝑃𝐼 = (1)
𝛥𝑡
𝑈²
𝑃𝑒 = (2)
𝑅
Já a potência absorvida, é gerada pelo atrito das partes que compõe o motor.
Para determinar seu atrito ou resistência, é feito o cálculo da diferença entre a potência
efetiva e a potência indicada, conforme a Equação 3.
𝑃𝐴 = 𝑃𝐼 – 𝑃𝐸 (3)
∆𝑚
𝑚𝑐 = (4)
∆𝑡
Onde:
mc= Consumo de combustível (kg/h)
∆m= Variação de massa (kg)
𝑚𝑐
𝑐𝑠 = (5)
𝑃𝑒
Onde:
cs= Consumo específico de combustível (kg/KW.h)
20
𝑚 𝑟 𝑚 𝑚 𝑟
𝐶𝑛𝐻𝑚𝑂𝑟 + (𝑛 + 4
− 2) ∗ (𝑂2 + 3,773𝑁2) → 𝑛𝐶𝑜2 + 2
∗ 𝐻2𝑂 + (𝑛 + 4
− 2) ∗ (3,773𝑁2) (6)
𝐴
𝑠 = 𝑁𝑜𝑀𝑀𝑐 + 𝑁𝑛𝑀𝑀𝑐 + 𝑁ℎ𝑀𝑀ℎ + 𝑁𝑜𝑀𝑀𝑜 (7)
𝐹
𝑚𝑎= Massa de ar
𝑚𝑐= Massa de combustível
𝐴
𝑚𝑎𝑟 = 𝑠 * 𝑚𝑐 (9)
𝐹
𝐴
𝑠 = Relação ar combustivel estequiométrica
𝐹
𝑃𝑒
𝑛= (10)
𝑄
𝑄 = 𝑚𝑐 ∗ 𝐶𝐸 (11)
Onde:
𝑛= Eficiência térmica
Pe= Potência efetiva (kW)
𝑄= Calor introduzido (kW)
mc= Consumo de combustível (kg/h)
CE= Conteúdo energético (MJ/kg)
Onde:
X = Porcentagem da gasolina na mistura
Y = Porcentagem do etanol na mistura
22
50,0
33,6 36,6
30,3
25,3 23,6
30,0
10,0
Consumo de combustível gasolina C no Brasil (litros) Consumo de combustível etanol hidratado no Brasil (litros)
3 METODOLOGIA
Fonte: Autor
3.2 Motor-gerador
(a) (b)
Fonte: Autor
27
(d) (e)
Fonte: Autor
4 RESULTADOS
1,51
1,5
1,4
1,34
1,29
1,3
1,33
Consumo de combustível (kg/h)
1,2
1,14
1,1
1,09
1,0
0,91
0,9
0,8
0,77 0,86
0,77
0,7
0,67
0,6
0,00 1008,06 2026,26 3083,94
Potência (W)
100% gasolina C 75% gasolina C/ 25% etanol hidratado 50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
0,9
0,899
0,857
0,8
Consumo específico de combustível (kg/kW.h)
0,7
0,637
0,6
0,563
0,489
0,5 0,540
0,434
0,4 0,432
0,3
1008,06 2026,26 3083,94
Potência (W)
100% gasolina C 75% gasolina C/ 25% etanol hidratado 50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
20,00
19,18
19,10
18,00
18,28
16,40
16,00 15,70
Vazão mássica de ar (kg/h)
15,57
14,00
12,99
12,00
11,05
10,98
10,00 9,72
9,13
8,00
0,00 1008,06 2026,26 3083,94
Potência (W)
100% gasolina C
75% gasolina C/ 25% etanol hidratado
50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
21,55
20,0 21,44
17,22 19,02
16,54
15,0
Eficiência térmica (%)
14,62
10,86
10,0
10,36
5,0
0
0,0
0,00 1008,06 2026,26 3083,94
Potência (W)
100% gasolina C 75% gasolina C/ 25% etanol hidratado 50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
Após o experimento, foi realizado uma análise das emissões de CO, CO2 e HC
nas diferentes cargas aplicadas.
4.6.1 Emissões de CO
3,0 3,24
Emissões de CO (%)
2,5 2,84
2,0 1,94
1,5
1,0
0,42 0,40
0,5 0,35
0,20 0,12 0,11
0,0
0,00 1008,06 Potência (W) 2026,26 3083,94
100% gasolina C 75% gasolina C/ 25% etanol hidratado 50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
13,2
13,1
13,0 13,0
12,8
12,8 12,9
12,7
Emissões de CO2 (%)
12,6
12,6
12,5
12,4 12,3 12,4
12,2 12,1
12,0 12,1
11,8
11,6
11,6
11,4
0,00 1008,06 2026,26 3083,94
Potência (W)
100% gasolina C 75% gasolina C/ 25% etanol hidratado 50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
4.6.3 Emissões de HC
Uma combustão mais completa faz com que seja gerado menores níveis de
hidrocarbonetos. É possível notar na Figura 13 que quando se utiliza gasolina C, as
emissões de HC são mais elevadas. Fica evidente que quanto maior a proporção de
etanol na mistura, menor o índice de HC gerado.
166 164
160 158
152
150 153
144 141
140
133
130
120 125
110 113
0,00 1008,06 2026,26 3083,94
Potência (W)
100% gasolina C 75% gasolina C/ 25% etanol hidratado 50% gasolina C/ 50% etanol hidratado
35
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
HIRA, A.; OLIVEIRA, E. L. G. No substitute for oil? How Brazil developed its ethanol
industry. Energy Policy, v. 37,p. 2450-2456, 2009.
KOÇ, M.; SEKMEM, Y., TOPGUL. T., YUCESU, H.S., 2009, “The effects of ethanol
unleaded gasoline blends on engine performance end exhaust emissions in a spark-
ignition engine”, Renewable Energy, v. 34, n. 10, pp. 2101-2106.
KYRIAKIDES, A.; Dimas, V.; Lymperopoulou, E.; Karonis, D.; Lois, E. Evaluation of
gasoline–ethanol–water ternary mixtures used as a fuel for an Otto engine. Fuel, v.
108, n. ,p.208-215, jun. 2013.
OLANYK, L.Z. Avaliação das emissões gasosas de um motor monocilindro ciclo Otto
utilizando diferentes misturas de gasolina com etanol e adulterante. 130 f. Dissertação
(Mestrado), Universidade Estadual do Centro-oeste, Guarapuava, 2013.
SANTOS, C.T. Influência da adoção do carro flex fuel na estratégia competitiva dos
distribuidores de combustíveis. 2011. Dissertação de Mestrado - Universidade de São
Paulo - USP, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, 2011.
SILVEIRA, I.B. Produção de Biodiesel. 1.ed. São Paulo: Biblioteca 24h.com, 2011.
ZHUANG, Y.; HONG, G. Effects of direct injection timing of ethanol fuel on engine
knock and lean burn in a port injection gasoline engine. Fuel, v.135, p.27-37, 2014.