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DOI: 10.5935/2238-3182.20160004
RESUMO
ABSTRACT
The burnout syndrome is a response to work stress and presents itself as the following
aspects: emotional exaustion, despersonalization and a reduced feeling of personal
accomplishment. Anaesthesiology has particular features that contribute to the occur-
rence of the syndrome: closeness of suffering and death, relationship issues between the
medical team, physical stress at the surgical environment and sleep deprivation. In Brazil,
a research conducted by the Federal Council of Medicine and published in 2007 showed
that 57% of the doctors presented warning level of burnout. Others epidemiological
surveys conducted in Brazil and other countries showed that the syndrome prevalence in
anaesthesiologists is also high. Burnout prevention should begin with the anaesthesio-
logists clarification about its prevalence, often unknown by those professionals. Besides
that, some measures must be taken at the individual and organizational level to improve
Instituição:
the prevention. Those measures include workplace changes to reduce stress and improve Instituto de Previdência dos Servidores do
the professional relationships, encouraging individual autonomy and participation in Estado de Minas Gerais – IPSEMG
Belo Horizonte, MG – Brasil
decision-making, as well as individual measures that promotes relaxation and reduces
frustration and self-criticism. Autor correspondente:
Paulo José Ribeiro Teixeira
Key words: Anesthesiology; Burnout, Professional; Mental Health. E-mail: pj.ribeiroteixeira@gmail.com
significativamente maior.13,14 Uma metanálise que in- para o estresse profissional e a ocorrência de burnout
cluiu 25 estudos de taxas de suicídio entre médicos entre os profissionais que a exercem. Magalhães et al.18
comparadas com população de referência mostrou elencaram algumas dessas características. São elas a
que a razão das taxas agregadas para médicos do proximidade do sofrimento e da morte, as necessida-
sexo masculino foi de 1,41 (IC 95% = 1,21-1,65) e para des físicas e emocionais dos pacientes e a pressão para
as médicas de 2,27 (IC 95% = 1,90-2,73).15 No estudo se obter sempre bons resultados. Questões ligadas ao
realizado na Austrália, 13,2% dos anestesiologistas relacionamento dentro da equipe também são relevan-
avaliados relataram que tiveram pensamentos suici- tes, destacando-se as interações com cirurgiões, obs-
das nos últimos 12 meses.7 tetras e outros profissionais. Esse tipo de relação pode
Fatores já identificados na população em geral, envolver confusão quanto às responsabilidades de
como idade mais avançada, ser divorciado, solteiro cada um e podem surgir divergências sobre como atin-
ou estar em processo de separação, sofrer de de- gir os objetivos e selecionar elementos que devam ser
pressão ou abuso de substância, sofrer de dor ou prioritários. Há também o estresse físico decorrente de
doença crônica e ter história de comportamento de fatores do ambiente cirúrgico, que incluem poluição
risco, elevam o risco de suicídio em médicos. Toda- sonora, exposição a gases anestésicos, radiação, látex,
via, fatores relacionados à profissão, como excesso infecções, frio ou calor excessivo, uso de cadeiras des-
de trabalho e perda recente de status profissional ou confortáveis ou mesmo limitação de espaço. O ruído
econômico também são importantes. Fatores prote- nas salas de cirurgia pode ser suficiente para provocar
tores incluem tratamento adequado, suporte familiar hiperatividade simpática e efeitos adversos cognitivos
e social, resiliência e fé religiosa.8 e psicológicos. Outro fator de importância é a privação
de sono, haja vista que a anestesiologia é uma especia-
lidade que exige a disponibilidade diuturna de profis-
BURNOUT: ESTUDOS DE PREVALÊNCIA sionais durante todo o ano.18
Diversos estudos foram realizados para avaliar a
A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve prevalência da síndrome de burnout nas várias espe-
a síndrome de burnout com as seguintes dimensões: cialidades médicas. Médicos informam taxas alar-
exaustão emocional, despersonalização e baixa reali- mantes de burnout. Na pesquisa realizada no Brasil
zação pessoal no trabalho. A exaustão emocional ma- pelo Conselho Federal de Medicina e publicada em
nifesta-se pelo sentimento de que pouco se pode fazer 2007, a maioria dos médicos (57%) manifestou algum
pelos pacientes ou pelas demais pessoas. O indivíduo grau preocupante de burnout, sendo que 23% foram
tende a apresentar sentimentos de raiva, irritabilida- classificados como padecendo de burnout grave e
de, impaciência e desesperança. Além disso, torna-se 10% de burnout extremo.12
menos amistoso e cortês, sendo comum a ocorrência Outro estudo realizado nos Estados Unidos e pu-
de conflitos. Sinais e sintomas físicos como baixa de blicado em 2012 documentou que a classe médica
energia, fadiga crônica, tensão muscular, elevada sus- daquele país apresenta taxas de burnout mais altas
ceptibilidade a doenças, náuseas, cefaleias e dores no do que a população controle. Quase 45% dos 7.288
corpo também podem estar presentes. A despersona- médicos que compuseram o estudo pontuaram com
lização caracteriza-se por um sentimento de alienação escores elevados nas subescalas de despersonaliza-
em relação aos demais. Outras pessoas, sejam pacien- ção e exaustão emocional do Maslach Burnout In-
tes ou colegas, são vistas de forma negativa e o indiví- ventory. Os médicos trabalhavam em média 10 horas
duo busca minimizar ou evitar os contatos pessoais no semanais a mais que a população controle e tinham
ambiente de trabalho. Por fim, o sentimento de baixa mais dificuldade em conciliar o trabalho com sua
realização pessoal no trabalho tem por base uma per- vida social e familiar.6
cepção de que nada a fazer vale à pena ou produz re- Levantamento recente realizado em 2015 pelo site
sultados significativos. Embora essa percepção possa Medscape com médicos que o acessam encontrou pre-
ser verdadeira em alguns casos, a expectativa negativa valência de 46%, taxa semelhante à investigação norte-
prévia acaba levando a uma avaliação inadequada da -americana. Em uma escala de zero a sete de avaliação
própria atitude ou dos resultados obtidos.16,17 da gravidade de burnout (sendo 0= “não interfere em
A anestesiologia é uma especialidade que possui minha vida” e 7=“tão grave que penso em deixar a Me-
características que contribuem de forma diferenciada dicina”), 10% dos médicos que padeciam de burnout
se avaliaram nos valores seis e sete. As causas mais ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO
importantes de burnout citadas pelos médicos foram DA SÍNDROME DE BURNOUT
excesso de atividades burocráticas, excesso de horas
de trabalho e remuneração insuficiente.19
A prevalência de síndrome de burnout entre anes- A prevenção de burnout deve iniciar-se com o es-
tesiologistas também é elevada. A taxa entre os 309 clarecimento dos anestesiologistas sobre a alta pre-
anestesiologistas que participaram do estudo ame- valência dessa síndrome, muitas vezes desconhecida
ricano citado foi ligeiramente superior à taxa global pelos médicos em geral. Em levantamento realizado
dos médicos em geral.6 Já na pesquisa realizada pelo em Santo André, 76% desses profissionais desconhe-
site Medscape, a taxa de burnout em anestesiolo- ciam a existência da síndrome de burnout.20 Além
gistas foi de 44%, um pouco abaixo da média geral. disso, é importante que se faça a mensuração de sua
Desses, 9% se avaliaram como padecendo de burnout magnitude nos diversos hospitais e serviços médicos
grave.19 Por fim, no estudo australiano citado ante- onde esses especialistas atuam. A avaliação da pre-
riormente – no qual foram avaliadas separadamen- valência e da gravidade da síndrome de burnout pode
te a prevalência das três dimensões da síndrome de ser realizada utilizando-se o Inventário de Burnout de
burnout -, os anestesiologistas apresentaram taxas de Maslach, um instrumento de avaliação autoaplicável
despersonalização e de baixa realização no trabalho relativamente simples (Tabela 1).24,25
próximas das dos clínicos gerais (32,3% versus 32,1%
e 14,2% versus 12,0%, respectivamente) e taxa menor
Tabela 1 - Inventário de Burnout de Maslach
de exaustão emocional (24,6% versus 33,1%).7
1. Sinto-me emocionalmente decepcionado com meu trabalho.
Outros estudos tiveram os anestesiologistas como
2. Quando termino minha jornada de trabalho, sinto-me esgotado.
população-alvo específica. No Brasil, estudo publicado
Quando me levanto pela manhã e enfrento outra jornada de
em 2013 e realizado no Distrito Federal revelou que, 3.
trabalho, sinto-me fatigado.
dos 134 anestesiologistas entrevistados, 10,4% apresen- Sinto que posso entender facilmente como as pessoas que
4.
taram síndrome de burnout. Nesse estudo, observou-se tenho que atender sentem-se a respeito das coisas.
que a síndrome ocorreu principalmente em homens Sinto que estou tratando alguns receptores de meu trabalho
5.
como objetos pessoais.
(64,2%) na faixa de 30 a 50 anos (64,2%), com mais de
6. Sinto que trabalhar todo dia com gente me cansa.
10 anos de profissão (64,2%), com atuação em plantões
Sinto que trato com muita efetividade os problemas das
noturnos (71,4%) e sedentários (57,1%).18 Em outro estu- 7.
pessoas que tenho que atender.
do realizado na Faculdade de Medicina do ABC (Santo 8. Sinto que meu trabalho está me desgastando.
André), os sintomas de burnout foram detectados em Sinto que estou influenciando positivamente a vida das
9.
100% dos anestesiologistas (n=59), sendo que 80% apre- pessoas por meio de meu trabalho.
sentavam risco médio ou alto para essa síndrome.20 Em 10.
Sinto que me tornei mais duro com as pessoas desde que
comecei esse trabalho.
Recife, em uma amostra composta de 110 anestesiolo-
Preocupo-me com esse trabalho que está endurecendo-me
gistas associados à Cooperativa dos Médicos Aneste- 11.
emocionalmente.
siologistas de Pernambuco (COOPANEST-PE), a análise 12. Sinto-me muito vigoroso em meu trabalho.
subjetiva da qualidade de vida revelou que 44,6% dos 13. Sinto-me frustrado por meu trabalho.
participantes tinham percepção negativa ou indefinida 14. Sinto que estou trabalhando demais no meu trabalho.
sobre sua qualidade de vida, sendo que o grau de satis- Sinto que realmente não me importa o que está ocorrendo
15.
fação com a saúde e o excesso de trabalho apresenta- com as pessoas as quais tenho que atender profissionalmente.
ram influência negativa nesse resultado.21 16. Sinto que trabalhar direto com as pessoas me estressa.
Estudo realizado na França avaliou fatores asso- 17.
Sinto que posso criar com facilidade um clima agradável com
os receptores de meu trabalho.
ciados à burnout nas equipes de anestesiologia e de
Sinto-me estimulado depois de trabalhar diretamente com
reanimação. Dos 1.550 indivíduos que participaram 18.
quem tenho que atender.
do estudo, o total de 62,3% tinha sintomas de burnout,
19. Creio que consigo coisas muito valiosas nesse trabalho.
sendo que 6,3% possuíam os três componentes da
20. Sinto-me com se estivesse no limite de minhas possibilidades.
síndrome.22 Na cidade de Mexicali (México), estudo
No meu trabalho eu manejo os problemas emocionais com
realizado com amostra de 92 anestesiologistas ob- 21.
muita calma.
teve prevalência de 44% para essa síndrome, sendo Continua...
9,3% em grau moderado e 6,9% em grau elevado.23
... continuação
belecimento de limites de horas trabalhadas.16 Além
Tabela 1 - Inventário de Burnout de Maslach disso, Rama-Maceiras et al.27 sugerem algumas medi-
Parece-me que os receptores de meu trabalho culpam-me por das a serem implementadas pelas coordenações dos
22.
alguns de seus problemas.
serviços de anestesiologia. São elas:
Escore para cada item:
0 (Nunca) – 1 (Poucas vezes ao ano ou menos) – 2 (Uma vez ao mês ■■ promover uma liderança positiva e um clima
ou menos) – 3 (Poucas vezes ao mês) – 4 (Uma vez na semana) – agradável de relacionamento entre os membros
5 (Poucas vezes na semana) – 6 (Todos os dias)
da equipe, encorajando a comunicação e a parti-
Avaliação por dimensões:
Exaustão emocional: itens 01, 02, 03, 06, 08, 13, 14, 16 e 20 cipação em grupos de apoio;
Despersonalização: itens 05, 10, 11, 15 e 22
■■ garantir a justiça organizacional, não recompensan-
Realização no trabalho: itens 04, 07, 09, 12, 17, 18, 19 e 21 (devem ser
avaliados de forma inversa) do ritmos de trabalho acelerados e desorganizados;
Fonte: Lautert L 1995 25 . ■■ encorajar os profissionais a se engajarem nas toma-
entrevista publicada no site da American Medical As- garantir o reconhecimento das metas atingidas, for-
sociation, o Dr. Mark Linzer, especialista no estudo de necendo ferramentas e estratégias para superá-las;
burnout em médicos, propôs algumas questões para ■■ reduzir a pressão pelo tempo em que as tarefas
que o próprio médico avalie seu risco de desenvolver devem ser realizadas, diminuindo assim a fadiga
burnout. Essas questões encontram-se expostas de for- emocional e o caos no trabalho;
ma adaptada na Tabela 2.26 ■■ perceber a tensão no ambiente de trabalho e
Ainda se carece de estudos controlados que com- diagnosticar os membros da equipe que pade-
provem a eficácia de medidas específicas para a pre- cem de burnout, bem como aqueles com risco de
venção de burnout na categoria médica em geral e na desenvolvê-lo;
anestesiologia em particular Contudo, diversos auto- ■■ identificar agentes estressores específicos no am-
é necessário que a instituição, as chefias de equipe e permitir que sintam que estão fazendo a diferen-
os profissionais médicos trabalhem em conjunto. ça na vida de alguém;
Ainda em 1998 a OMS recomendou algumas ■■ estimular estilos de vida saudáveis.
ses, a atitude flexível e o senso de humor.28 8. Bright RP, Krahn L. Depression and suicide among physicians.
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