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TEORIA DA CONTABILIDADE
1. A origem da Contabilidade:
PERÍODO ANTIGO:
Do início da civilização até 1.202 A.C.
Longo período da história da Antiguidade e parte da Idade Média que vai até o
surgimento da obra Livro do Ábaco ou do Cálculo, de Leonardo Fibonacci em 1202.
Registrava-se a cara do animal e o número correspondente a quantidade de cabeças.
Os primeiros registros completos de contabilidade surgiram com a civilização
Sumério-Babilônica, esses povos faziam seus registros em peças de argila. Foi com
essa civilização que a contabilidade teve o seu verdadeiro nascimento.
PERÍODO MEDIEVAL:
De 1202 da Era Cristã até 1494
Em 1494, surge a Contabilidade por Partidas Dobradas de Frei Luca Pacioli,
enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos
números positivos e negativos.
PERÍODO MODERNO:
De 1494 a 1840
Fase que compreende o Renascimento europeu e a Revolução Industrial. A
Contabilidade ajudou a estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o novo
Mundo apresentava. O desenvolvimento inicial do método contábil esteve
intimamente associado ao surgimento do Capitalismo, como forma quantitativa de
mensurar os acréscimos ou decréscimos dos investimentos iniciais alocados a
exploração comercial ou industrial.
PERÍODO CIENTÍFICO:
Período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
Principal marco: Frei Luca Pacciolo no século XV não foi o criador das partidas
dobradas, porém, o tratado de matemática por ele publicado continha uma seção sobre
registro contábil por meio deste método. Foi ele também um dos principais
responsáveis pela criação da escola italiana de contabilidade. A escola inglesa só
ganhou importância com a revolução industrial. Surgem várias escolas de pensamento
contábil e diversos livros que inserem a Contabilidade no período científico.
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FAPAN
Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte
O QUE É CONTABILIDADE?
“A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a
prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira,
física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização” (Ibracon)
“É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos,
com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações
e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial” (Hilário
Franco).
Contabilidade é a ciência que tem por objeto o Patrimônio da Entidade, que tem por
objetivo o controle do Patrimônio da Entidade e que tem por finalidade fornecer
informações sobre o Patrimônio da Entidade.
OBJETO DA CONTABILIDADE
O PATRIMÔNIO das entidades econômico administrativas.
PATRIMÔNIO: Conjunto de bens, direitos e obrigações das entidades
OBJETIVO DA CONTABILIDADE
Permitir o controle e o estudo do patrimônio das entidades econômico-administrativas.
FINALIDADE DA CONTABILIDADE
Fornecer informações econômicas e financeiras acerca da entidade.
As informações de natureza econômica compreendem, principalmente, receitas e
despesas, que geram lucros ou prejuízos.
As informações de natureza financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e
do capital de giro das entidades.
CAMPO DE APLICAÇÃO
São todas as entidades que possuam patrimônio, tenham essas entidades fins lucrativos ou
não.
Azienda = entidade econômico-administrativa.
RESUMINDO
OBJETO = patrimônio
OBJETIVO = controle do patrimônio
FINALIDADE = fornecer informações sobre o patrimônio
ESCOLA CONTISTA:
Teve grande influência da França, onde foi amplamente aplicada.
Considerada a primeira escola do pensamento contábil científico.
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ESCOLA PERSONALISTA
Contribuição desta escola foi principalmente a de que a contabilidade deixou de ser
apenas uma mera técnica de registro de transações econômicas e passou a ser um
instrumento informacional sobre gestão das entidades.
Idealizadores desta teoria foram Francesco Marchi (1822/1871) e Giuseppe Cerboni
(1827/1917).
Segundo Cerboni a Contabilidade é a ciência da administração patrimonial,
considerando o Patrimônio como um conjunto de direitos e obrigações.
Princípio da personificação das contas objetivando explicar as relações de direitos e de
obrigações
Classificação das contas (Francesco Marchi):
Contas do Proprietário – (Capital, Lucros e perdas)
Contas de agentes consignatários - valores materiais (dinheiro, mercadorias,
móveis, etc.)
Contas correspondentes - representam os direitos, e as obrigações da entidade
perante terceiros (clientes, fornecedores, bancos, etc.)
RESUMINDO:
Personaliza as contas, classificando- as em:
a) Contas do proprietário: PATRIMÔNIO LÍQUIDO, AS RECEITAS E AS
DESPESAS.
b) Contas dos agentes consignatários: BENS.
c) Contas dos agentes correspondentes: DIREITOS E AS OBRIGAÇÕES.
ESCOLA NEOCONTISTA:
Principal teórico - Fábio Besta
Restituiu o verdadeiro objeto da contabilidade, a riqueza patrimonial. As contas não
deveriam ser abertas a pessoas ou entidades e sim refletir os valores dos componentes
patrimoniais sujeitos a modificações.
As contas passaram a exprimir valores e foram subdivididas em 2 grupos :
os elementares - bens patrimoniais
os derivados - patrimônio líquido e as suas variações
As principais regras contábeis são expressas a partir da fórmula do balanço, isto é
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A = P +/- SL. No ativo as contas são classificadas pelo grau de disponibilidade e para
o passivo no de exigibilidade.
Mecanismo do débito e do crédito :
Contas Ativas - Aumenta por Débito
Contas Passivas - Aumenta por Crédito
ESCOLA CONTROLISTA
Maior defensor → Fábio Besta
Contabilidade como a ciência do controle econômico
Débito e Crédito: Débito (Aumento de ativo ou redução de passivo) e Crédito
(Aumento de passivo ou redução de ativo) ao invés de sinais + / -
ESCOLA AZIENDALISTA
Maior defensor → Gino Zappa
Corrente doutrinária que tem por base a economia Aziendal. De acordo com os seus
adeptos, os fenômenos a estudar são os aziendais, admitindo a Contabilidade apenas
como levantamento de fatos patrimoniais, restringindo-lhe o campo
ESCOLA PATRIMONIALISTA
Grande defensor: Vicenzo Masi
Objeto da contabilidade é o patrimônio
A evolução da contabilidade segue o desenvolvimento econômico da humanidade
A contabilidade é uma ciência social
Conta fundamental: PATRIMÔNIO
Divide-se em 3 ramos distintos, em sua parte teórica:
Estática Patrimonial - compreende o estudo que permite o conhecimento, em
dado momento, da situação patrimonial da entidade.
Dinâmica Patrimonial - estuda as variações provocadas pelos fatos
administrativos gerando aumento ou diminuição da situação patrimonial.
Levantamento patrimonial – busca identificar os bens existentes.
Classifica as contas como:
a) CONTAS PATRIMONIAIS: são as contas representativas dos bens, dos direitos, das
obrigações e do PL da entidade.
b) CONTAS DE RESULTADO: são as contas que representam as receitas e as despesas
da entidade.
ESCOLA NORTE-AMERICANA
Origem
“A regulamentação financeira começou, nos Estados Unidos, com as estradas de ferro
em 1887. Difundiu-se a outros setores numa tentativa para controlar os grupos econômicos
gigantescos.” (Hendriksen, 1999, pg. 53)
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CONTABILIDADE:
Abrange todas as entidades (pessoas) físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos,
que possuam patrimônio. Tais entidades são unidades econômico- administrativas, cujos
objetivos podem ser sociais e/ou econômicos. Uma entidade econômico- administrativa
também pode ser chamada de AZIENDA, palavra de origem italiana que significa
FAZENDA.
As entidades econômico-administrativas podem ser classificadas:
a. ENTIDADES COM FINS-LUCRATIVOS:
Empresas: visam ao lucro para preservar e/ou aumentar o patrimônio líquido.
Exemplos: empresas comerciais,
industriais, agrícolas etc
b. ENTIDADES C/ FINS-SÓCIO-ECONÔMICOS:
Intituladas instituições, visam superávit que reverterá em benefício de seus integrantes.
Exemplos: associações de classe, condomínios, clubes sociais etc.
c. ENTIDADES C/ FINS-SOCIAIS:
Também chamadas instituições.
Têm por obrigação atender às necessidades da coletividade a que pertencem.
Exemplos: a União, os Estados e os Municípios
FUNÇÃO DA CONTABILIDADE:
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA:
→controlar o patrimônio
FUNÇÃO ECONÔMICA:
→apurar o resultado
RESULTADO → diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas.
RESULTADO:
RECEITA >DESPESA
Resultado Positivo ou Lucro
RECEITA <DESPESA
Negativo ou Prejuízo
RECEITA = DESPESA
NULO
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TÉCNICAS CONTÁBEIS:
a) ESCRITURAÇÃO: Registro, em livros próprios de todos os Fatos Administrativos que
ocorrem no dia-a-dia das empresas.
b) ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: Elaboração de quadros
técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa (Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício).
c) AUDITORIA: Confirmação dos registros e demonstrações contábeis; verificação da
exatidão e dos documentos que deram origem aos dados contidos nas demonstrações
financeiras, através do exame minucioso dos registros contábeis.
d) ANÁLISE DE BALANÇOS: Exame e interpretação dos dados contidos nas
Demonstrações Financeiras, com o fim de transformar esses dados em informações úteis aos
diversos usuários da Contabilidade. O registro de todas as ocorrências patrimoniais é feito
através de uma técnica a que chamamos de escrituração.
REGIME DE COMPETÊNCIA:
Quando, na apuração dos resultados (rédito) do exercício são consideradas as receitas e
despesas nas datas a que se referirem, independente dos seus recebimentos ou pagamentos.
O registro do documento se dá na data do fato gerador (ou seja, na data do documento, não
importando quando vou pagar ou receber).
São contabilizados como Receita ou Despesa, os valores dentro do mês de Competência (qdo
Gerados), na data onde ocorreu o fato Gerador, na data da realização do serviço, material, da
venda, do desconto, não importando para a Contabilidade quando vou pagar ou receber, mas
sim quando foi realizado o ato.
Fatos Administrativos:
São acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar
o Patrimônio Líquido.
Por modificarem o Patrimônio, devem ser contabilizados através das contas patrimoniais e de
resultado.
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a. Fato Permutativo:
Não traz alterações ao Patrimônio Líquido(PL).
Representam trocas entre elementos do Ativo, do Passivo, ou de ambos, porém ser
provocar alteração no Patrimônio Líquido.
No caso, a aquisição de máquinas, não houve nenhuma alteração no PL. Houve
simples permuta de recursos do caixa com valores de bens e de obrigações sem afetar
a situação líquida.
b. Fato Modificativo:
São os que provocam alterações no valor do Patrimônio Liquido da empresa.
► Os fatos Modificativos podem ser:
1. Modificativos Aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de receita,
aumentando o PL;
2. Modificativos Diminutivos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de despesa,
diminuindo o PL.
c. Fato Misto:
São os que envolvem simultaneamente um fato permutativo e um fato modificativo,
alterando o PL.
► São tipos de fatos Mistos:
1. Mistos Aumentativos:
Envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de receita.
EXEMPLO: Recebimentos de duplicatas com juros.
2. Mistos Diminutivos:
Envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesas.
EXEMPLO: pagamentos de obrigações com juros de mora, os recebimentos de
direitos com descontos concedidos, etc.
TERMINOLOGIA CONTÁBIL
título de capital social. A subscrição pode ser relativa a compromisso de realização do capital
social inicial ou a aumento do capital.
Capital a Realizar - é a parte do capital social subscrito que os sócios ainda não realizaram.
Capital Realizado - é a parte do capital social subscrito que os sócios já realizaram, em
dinheiro, outros bens ou créditos. É calculado pela diferença entre o capital social subscrito e
o capital social a realizar: Capital Realizado = Capital Subscrito - Capital a Realizar.
Capital Próprio - o mesmo que recursos próprios. É representado pelo patrimônio líquido.
Capital de Terceiros ou Capital Alheio - o mesmo que recursos de terceiros. É o passivo.
No balanço patrimonial de uma empresa, corresponde à soma do passivo circulante (dívidas
de curto prazo) com o passivo não circulante (dívidas de longo prazo).
Capital Total à Disposição - é a soma do capital próprio com o capital de terceiros.
Capital Aplicado - é o ativo total.
Patrimônio Bruto - é o ativo total.
Capital Circulante Próprio ou Capital de Giro Próprio - é a diferença positiva entre o
ativo circulante e o passivo circulante.
REFERÊNCIAS
HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade.
Editora Atlas – 1999 – 5ª. Edição.
FAVERO, Hamilton Luiz. ET ally. Contabilidade: teoria e Prática.
IUDÍCIBUS, Sérgio de e MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da
Contabilidade para o nível de graduação. 3ª. edição. Editora Saraiva, 2002.
http://www.crcrs.org.br/memorial/mundo.htm
http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/humberto_toq5.pdf
ATIVIDADES
4. A representação gráfica patrimonial que revela não ter a empresa riqueza própria é:
a. P
b. A
PL
c.
d. A PL
A P
PD P
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16) Quando o ativo da empresa é representado por bens e direitos, cujos valores somados
representam importância menor que a das obrigações, ocorre:
a. passivo descoberto.
b. patrimônio líquido.
c. prejuízo.
d. superávit patrimonial.
e. Situação líquida positiva.
b) exatas
c) naturais
d) patrimoniais.
21. Determinada empresa vendeu $ 15 milhões, só recebeu $ 5 milhões; teve como despesa $
12 milhões, só pagando $ 1 milhão. Os resultados pelos Regimes de Competência e Caixa
são, respectivamente:
a. 1.000.000 e 5.000.000
b. 3.000.000 e 4.000.000
c. 4.000.000 e 5.000.000
d. 5.000.000 e 6.000.000
e. 5 .000.000 e 1.000.000
22. Num balanço patrimonial, o capital próprio da empresa é representado pelo saldo:
a) do grupo de contas do patrimônio líquido
b) do grupo de contas do ativo
c) da conta Caixa
d) das contas Caixa e Bancos Conta Movimento
e) da conta Capital Social
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