SOLUÇÕES

PARA O PERITO NA
REFORMA
TRABALHISTA
Autor: Rui Juliano

e-Book
O AUTOR Dados da publicação
Rui Juliano é perito judicial a 35 anos, nomeado
R e v i s ã o : Fa b i a n e R e z e n d e
constantemente, é autor do livro Manual de Perícias, obra
Editoração gráfica: Rafael Posada
de referência com seis edições, a última atualizada pelo
Mídia: formato PDF com distribuição
novo CPC, ministrante do curso presencial Perícias
gratuita @ Rui Juliano 2017 –
Judiciais, com edições periódicas em vinte capitais e nas
Permitida transmissão do arquivo
principais cidades do país, ministrante do curso a distância
PDF em qualquer rede, entre
de mesmo tema, ministrante do curso Perícia Judicial
particulares, em instituições de
Online, desenvolvedor e proprietário do curso a distância
ensino superior, associações
Perícias de Cálculos Financeiros e Trabalhistas, organizador
profissionais e conselhos de classe
e fornecedor de conteúdo permanente do acesso restrito e
1ª Edição – Rio Grande-RS – Brasil –
pago do site Roteiro de Perícias, proprietário do Cadastro
setembro de 2017
Nacional de Peritos e site www.manualdepericias.com.br a
mais de 20 anos, autor de conteúdo rico gratuito sobre
perícia judicial disponível no site www.ruijuliano.com,
proprietário da empresa Rui Juliano-Perícias.

ESCRITÓRIO
RUI JULIANO - PERÍCIAS
Nota do Autor e-mail: ruijuliano@manualdepericias.com.br
Este e-book tem a intenção de homenagear nosso cliente ligação gratuita a partir
com o entretenimento da leitura e dar informações básicas de linha convencional
sobre perícias judiciais a aquele que tenha potencial de se ( )
tornar um perito. Rua Zalony, , conj. – Centro
CEP: - - Rio Grande-RS - Brasil
Sumário Sumário interativo, clique no tópico
e vá direto ao assunto de interesse

Pedido para fixar honorários no

Os diversos tipos de perícias e as
01 08 valor máximo da resolução do 15 Laudos rápidos e sem custos
fases do processo trabalhista
CSJT

Resultado da reforma trabalhista Trabalhador paga a perícia

02 09 16 Perícias de indenização
para o perito se perder

Se foi nomeado em perícia com

Solução atual para peritos da
03 10 Perito tenderá a ser neutro 17 custos, trabalhosa ou de maior
Justiça do Trabalho
responsabilidade, o que fazer?

Mudança do artigo da CLT que Advogado e trabalhador perdem Um caso completo de honorários
04 11 18
trata dos honorários do perito com pedido sem fundamento prévios

Laudos para serem juntados à

Tabela de honorários do Conselho Jurisprudência em que é tratado
05 12 petição inicial e consultas prévias 19
Superior da Justiça do Trabalho o depósito prévio
aos experts

Qual o valor limite dos honorários Contratação de experts Migrar para as justiças Estadual
06 13 20
do perito determinado pelo CSJT pelas empresas e Federal

Defasagem do valor da
07 14 Demora em receber honorários 21 Consulta à Ouvidoria do TST
Resolução Nº 66
 SOLUÇÕES PARA O PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
. OS DIVERSOS TIPOS DE PERÍCIAS E AS
FASES DO PROCESSO TRABALHISTA
No dia 11 de novembro de 2017, entrou em vigor a reforma
trabalhista, que traz modificações relevantes para os peritos.
Na Justiça do Trabalho, existem duas fases no processo: a
primeira é a de conhecimento, quando o juiz poderá nomear
perito para constatar se o trabalhador tem direito à
insalubridade, periculosidade ou indenização. Nessa fase,
atuará o perito-engenheiro ou arquiteto, com especialização
em segurança do trabalho ou o médico, com especialização
em medicina do trabalho, para perícias de insalubridade e
periculosidade. Os peritos-fisioterapeutas, fonoaudiólogos,
médicos e engenheiros realizam perícias de indenização por
doença ocupacional ou acidente do trabalho.
A segunda fase é a de liquidação de sentença, quando o juiz
nomeará um perito de cálculos trabalhistas, se necessário.
Este poderá ser contador, economista ou administrador, sem a
necessidade de qualquer curso de pós-graduação para atuar
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Antes da reforma e agora, quem perde a perícia,
paga-a no final do processo. Entretanto, pela
reforma, caso o trabalhador perca a perícia, os
peritos de insalubridade, periculosidade e
indenização estão sujeitos a recebimento de
honorários com verba da Assistência Judiciária
Gratuita – AJG, somente se ele não tiver realmente
condições de pagá-la. Antes da reforma, se o
trabalhador perdesse a perícia, os honorários do
perito eram sempre pagos pela AJG.
Os peritos-contadores, economistas ou
administradores atuam, quase sempre, na fase de
liquidação de sentença, quando o empregador já
perdeu a primeira fase. Por exemplo: o trabalhador
ganhou insalubridade na fase de conhecimento, e
o juiz determina a perícia de cálculos da
insalubridade, na fase de liquidação de sentença.
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NA REFORMA TRABALHISTA

• o perito receberá honorários no valor

máximo estipulado por resolução do
Conselho Superior da Justiça do
Trabalho – se valer a atual resolução que
trata de honorários pagos com verba da
Assistência Judiciária Gratuita, o teto será
. RESULTADOS DA REFORMA o ínfimo valor de mil reais, e, se corrigido,

TRABALHISTA PARA O PERITO um e meio salários-mínimos;

No que tange à perícia judicial, os novos artigos da

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, vigentes segundo
a reforma trabalhista, visam à diminuição do custo das
empresas e à correção de eventuais distorções.

Com a reforma, a perícia judicial mudou consideravelmente:

• o número de perícias irá diminuir muito,
porque o trabalhador pagará pela perícia
que perder – ele e seu advogado tomarão
cuidado: não irão aplicar o “se colar,
colou”;
 SOLUÇÕES PARA O PERITO . RESULTADOS DA REFORMA TRABALHISTA PARA O PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
• a tendência do perito de insalubridade,
periculosidade e indenização será de
neutralidade, porque não vai importar quem
ganhe: ele vai receber o mesmo valor pela
perícia;
• os advogados dos trabalhadores estarão
propensos a procurar engenheiros de
segurança e médicos do trabalho, antes de
ajuizar a ação, a fim de verificar se o
trabalhador tem chance certa de ganhar a
insalubridade, periculosidade ou indenização,
porque, se os seus clientes perderem, eles
perdem junto na sucumbência;
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• e as chances serão maiores, dos advogados
das empresas irem ao encontro de engenheiros
de segurança e médicos do trabalho para
realizarem laudos preliminares para serem
juntados às petições de contestação e para
atuarem como assistentes técnicos, a fim de
seus clientes terem mais força junto ao perito,
ganharem a perícia e, consequentemente,
arrefecer os ânimos de outros trabalhadores
que tenham a mesma intenção.
 SOLUÇÕES PARA O PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
. SOLUÇÃO ATUAL PARA
PERITOS DA JUSTIÇA DO
TRABALHO
Na reforma, continuará o perito recebendo seus
honorários no final do processo, o que poderá ser, por
exemplo, três anos depois da perícia realizada.
Conforme visto, para o perito judicial, no cômputo
geral, a reforma trabalhista mudou para pior.
Haverá algumas soluções para os peritos judiciais de
insalubridade, periculosidade e de indenização do
trabalhador, frente à adversidade, como:
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• se utilizarem de relatórios obrigatórios das
empresas – aqueles que satisfazem as exigências do
Ministério do Trabalho e Emprego –, e assim realizando
laudos rápidos e sem custos;
• migrarem para as justiças Estadual e Federal, fazendo
poucas perícias na Justiça do Trabalho, esperando, um
dia, que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho
ofereça um valor digno pela perícia;
• desistirem completamente da perícia na Justiça do
Trabalho, migrando para as justiças Estadual e Federal
ou, de maneira definitiva, não fazerem mais perícias;
• oferecer serviços às empresas que, até então, não
acreditavam ser vencedoras na perícia, devido à outrora
desconfiança da isenção do perito.
• e/ou oferecer serviços às grandes bancas de
advogados de trabalhadores para realizar laudos
preliminares e assistência técnica, principalmente em
processo de grupos de trabalhadores.
 SOLUÇÕES PARA O PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
. MUDANÇA DO ARTIGO DA CLT QUE TRATA DOS HONORÁRIOS DO PERITO
REDAÇÃO ANTERIOR DA CLT REDAÇÃO ATUAL DA CLT
Art. 790-B. A responsabilidade
Art. 790-B. A responsabilidade pelo
pelo pagamento dos honorários
pagamento dos honorários periciais é
periciais é da parte sucumbente
na pretensão objeto da perícia,
da parte sucumbente na pretensão
salvo se beneficiária de justiça objeto da perícia, ainda que beneficiária
gratuita. da justiça gratuita.
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários
periciais, o juízo deverá respeitar o limite
máximo
§ 2 o O juízo poderá deferir parcelamento
dos honorários periciais
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COMENTÁRIO
A simples troca da palavra “salvo” por “ainda”, no artigo, passou
a obrigar o reclamante a pagar a perícia, em caso de perdê-la,
mesmo contando com o Assistência Judiciária Gratuita - AJG.
Antes, o trabalhador pedia no processo, a esmo, insalubridade,
periculosidade ou indenização – “se colasse, colou”, pois a AJG
pagava a despesa da perícia para ele, se perdesse.
Antes, não havia limite de honorários quando o empregador
perdesse a perícia. Na época, estes eram convidativos. Pela
reforma, o limite a ser pago é fixado pelo Conselho Superior da
Justiça do Trabalho - CSJT para o caso do empregador ou
trabalhador perder a perícia, sendo o teto comum aos dois.
Todavia, se for utilizado o valor máximo constante na Resolução
no 66, de 2010, para pagamento dos honorários do perito, este
será ínfimo, cerca de mil reais ou um e meio salários-mínimos, se
o CSJT corrigir o teto.
Se a parte não tiver créditos no processo, ou em outro, e não
quiser pagar a primeira ou as outras parcelas dos honorários do
perito, caberá a execução dos honorários, em outro processo, às
custas do perito.
 SOLUÇÕES PARA O PERITO . MUDANÇA DO ARTIGO DA CLT QUE TRATA DOS HONORÁRIOS DO PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
REDAÇÃO ANTERIOR DA CLT REDAÇÃO ATUAL DA CLT
§ 3 o O j u í zo n ã o p o d e r á ex i g i r
a d i a nt a m e nto d e va lo r e s p a ra a
realização de perícias.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4 o Somente no caso em que o
beneficiário da justiça gratuita não
tenha obtido em juízo créditos capazes
de suportar a despesa referida no
caput, ainda que em outro processo, a
União responderá pelo encargo.
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COMENTÁRIO
Antes da reforma, alguns juízes do trabalho determinavam
adiantamento dos honorários do perito, assim como o Código de
Processo Civil tem como opcional, embora tal procedimento
contrariasse a CLT e a Orientação Jurisprudencial no 98, de 2005.
Pela reforma, há proibição de qualquer depósito antecipado, o
que nada impede a parte de querer fazer o adiantamento pelo
bem da melhor técnica a ser empregada na perícia. O perito pode
sugerir o recebimento de honorários prévios.
Agora, a União, através do Tribunal, somente pagará a despesa
da perícia se o trabalhador não tiver mais créditos naquele ou em
outro processo.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. TABELA DE HONORÁRIOS DO CONSELHO Antes da reforma trabalhista, o Conselho

SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Superior da Justiça do Trabalho - CSJT, através
da Resolução Nº 66, de 2010, regulamentava, no
âmbito da Justiça do Trabalho, a
responsabilidade dos respectivos Tribunais
Regionais do Trabalho - TRTs pelo pagamento e
antecipação de honorários do perito nos casos
de concessão à parte perdedora da pretensão
trabalhista que gozasse do benefício de justiça
gratuita ou Assistência Judiciária Gratuita - AJG.

Massivamente, o empregado era agraciado com

a AJG. Agora, mediante o parágrafo primeiro do
O valor máximo de
art. 790-B da CLT, é necessário que seja
honorários do perito, constante
substituída a Resolução Nº 66 do CSJT por outra
na Resolução Nº 66 do CSJT,
que englobe o valor de pagamento dos
era para a AJG
honorários com verba da AJG, acrescido do valor
de pagamento da parte perdedora da perícia
que não contar com ela. Enquanto não houver
uma nova resolução com esse intuito, os juízes
irão decidir se usam a Resolução Nº 66 e com
que justificativa.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. QUAL O VALOR LIMITE DOS HONORÁRIOS DO PERITO

DETERMINADO PELO CSJT
Consoante com o abordado em itens anteriores, originalmente, a Como o parágrafo primeiro do art. 590-B da
Resolução Nº 66 do CSJT tratava apenas de pagamento de perícia Consolidação das Leis do Trabalho,
quando a parte perdedora contava com o benefício da Assistência adicionado pela reforma trabalhista,
Judiciária Gratuita – AJG. estabelece que o juiz fixará os honorários do
perito no limite máximo que o Conselho
O valor constante no art. 3 desta resolução, ou dele decorrente, é e Superior da Justiça do Trabalho determinar,
sempre foi baixo. Os peritos aceitavam trabalhar pelo valor ínfimo, fica a incerteza de qual resolução sairá esse
quando o trabalhador perdia a perícia, porque esperavam receber limite máximo.
honorários normais – cerca de três e meio salários-mínimos, variável
segundo a região, localidade e juízo –, que compensariam a perda.
Essa “venda casada” que os juízes promoviam, entregando perícias
que remuneravam pela AJG, junto com as de pagamento normal, era Haverá sério problema, se os
e é praticada também nas justiças Estadual e Federal, e há muito juízes utilizarem o limite do art.
tempo; veja-se, como exemplo, o acórdão do Tribunal de Justiça do
3 da Resolução Nº 66 do CSJT
Estado de São Paulo, de dezembro de 2013:
2051845-86.2013.8.26.0000 do TJSP – Impossibilidade de obrigar o perito a
realizar o serviço mediante honorários propostos pela Defensoria Pública.
Insuficiência do Fundo de Assistência Judiciária que não pode ser resolvida em
desfavor dos direitos constitucionais da agravante. Necessidade de
substituição por outro que se contente com a gratificação do fundo estatal,
considerando o conjunto de indicações para auxiliar o juízo.
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NA REFORMA TRABALHISTA

A Resolução Nº 66 do CSJT foi editada

em junho de 2010, estabelecendo o valor
do teto máximo para pagamento de
perícias em mil reais, especificado no art.
3, e, se for atualizado pelo indicador
IPCAE, segundo o art. 5 da mesma
resolução, passaria a ter o valor de um e
meio salários-mínimos.

O amargor dos honorários de mil reais de

. DEFASAGEM DO VALOR
DA RESOLUÇÃO Nº
teto, imposto ao perito, cresceu à medida
que tal valor se desvalorizava por uma
década, pois os mil reais provêm da
Resolução Nº 35, de 2007, ainda no
mesmo art. 3. Praticamente, a Resolução
Nº 66 é cópia da Resolução Nº 35.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. PEDIDO PARA FIXAR HONORÁRIOS NO

VALOR MÁXIMO DA RESOLUÇÃO DO CSJT

Ocorrendo de o juiz utilizar a Resolução Nº 66 do

CSJT, ou outra que a venha substituir, para fixar os
honorários do perito, o último pode requerer ao
primeiro que os honorários sejam fixados no valor
máximo, tendo em vista a complexidade da
matéria, o grau de zelo profissional e o tempo
exigido para a prestação do serviço.

Se valer a Resolução Nº 66 do CSJT, a petição,

requerendo a fixação no valor máximo visa evitar
um prejuízo maior ao perito, já que o juiz poderá, por
exemplo, fixar os honorários do perito em um terço
do teto máximo previsto no art. 3, caso ele entenda
que uma perícia seja mais dificultosa do que a outra
e, dessa forma, a necessidade de haver uma
variação.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. TRABALHADOR
PAGA A PERÍCIA
SE PERDER
Pela reforma trabalhista, os honorários do
perito são pagos sempre pelo perdedor, ao
final da ação, ainda que seja agraciado com a
Assistência Judiciária Gratuita - AJG. Nos casos
em que a parte pagadora dos honorários do
perito possua a AJG e não houver créditos dela
disponíveis no processo em que ocorreu a
perícia ou em outro, a perícia será paga
também após o término da ação, porém,
através do Tribunal Regional da Justiça do
Trabalho - TRT.
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NA REFORMA TRABALHISTA
. PERITO TENDERÁ A SER NEUTRO
Sempre houve desconfiança de uma parcela do
empresariado com o perito de insalubridade,
periculosidade e indenização, antes da reforma
trabalhista e antes do ano de 2007.
Até 2007, o perito de insalubridade, periculosidade e
indenização por acidente ou doença ocupacional não
recebia quaisquer honorários caso o empregado
perdesse a perícia. Era falado à boca pequena que havia
“a indústria da perícia, onde o perito sempre dava ganho
de causa ao trabalhador a fim de receber honorários”.
A partir de 2007, o perito começou a receber honorários
quando o trabalhador perdia a insalubridade,
periculosidade ou indenização. Recebia através de
verba da Assistência Judiciária Gratuita, conforme a
Resolução Nº 35, antecessora da Resolução Nº 66, de
2010, conforme anteriormente visto.
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No livro Manual de Perícias, em sua primeira edição, em
2004, eu fazia críticas à Justiça do Trabalho pelo fato de
o perito não receber honorários quando o trabalhador
perdia a questão, citando, inclusive, o que era falado na
rua, ora citado acima. Em reedição do Manual, posterior
a 2007, fui obrigado a parabenizar a Justiça do Trabalho
pela correção de erro que cometiam.
De 2007 até a reforma trabalhista, diminuíram as críticas
ao perito, embora ainda uma pequena parte do
empresariado argumentasse que o perito dava ganho
de causa ao trabalhador com o propósito de ele não
receber o valor ínfimo de cerca de um salário-mínimo,
definido na Resolução Nº 66, e receber o valor normal –
ao determinar o empregado como ganhador da perícia
–, que girava no entorno de 3,5 salários-mínimos,
variando de acordo com a região, a cidade e o juiz.
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. PERITO TENDERÁ A SER NEUTRO
NA REFORMA TRABALHISTA

No tocante à perícia judicial, os textos dos artigos

da CLT que foram alterados, suprimidos ou
acrescentados pela reforma trabalhista, visaram
à diminuição de custos das empresas e à
correção de distorções.

Certamente, o perito não será levado à

parcialidade. Entretanto, se a distorção da
circunstancial parcialidade do perito foi corrigida
pela reforma trabalhista, outra foi criada por ela: a
qualidade dos laudos tenderá a ser temerária ou
sofrível. Como o perito poderá fazer um bom
trabalho, muitas vezes com custos significativos,
por cerca de um salário-mínimo, caso persistam
resoluções do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho com cifras similares?

O perito atual receberá

igualmente pela perícia, se
o empregado ou empregador
ganhá-la
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NA REFORMA TRABALHISTA

. ADVOGADO E TRABALHADOR
PERDEM COM PEDIDO SEM
FUNDAMENTO

Visando ao enxugamento de pedidos de insalubridade,

periculosidade e indenização na justiça, sem o devido
direito, a reforma trabalhista obriga o perdedor da
perícia a pagar a despesa relativa. O advogado do
trabalhador não vai agora fazer dez, vinte ou mais
pedidos na petição inicial, inadvertidamente, pois aquilo
que pedir e não possuir o direito, terá que pagar a
despesa gerada na sua discussão.
Antes, como nada gastava nem sofria por pedir a
insalubridade, periculosidade ou indenização, na sua
petição inicial, então o trabalhador logo pedia e – “se
colar, colou”. Agora, o próprio advogado sofrerá por
aquilo que pedir indevidamente, pois a sucumbência
que eventualmente receberá poderá vir diminuída em
função do custo da perícia.
Figurando: supondo que o advogado tenha feito
pedidos que, de forma líquida e certa irá ganhar e junto
fizer pedido de insalubridade e, posteriormente, a
perícia concluir contra a sua parte, dizendo que ela não
tem direito à insalubridade; como resultado, o que ele
for receber virá descontado de valor proporcional à
despesa da perícia. Se o advogado não tiver certeza de
que vai ganhar a perícia, ele pensará duas vezes antes
de pedi-la.
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NA REFORMA TRABALHISTA
. LAUDOS PARA SEREM JUNTADOS À PETIÇÃO INICIAL
E CONSULTAS PRÉVIAS AOS EXPERTS
A grande maioria dos advogados trabalhistas
desconhece os rigores técnicos e científicos para a
determinação da insalubridade, periculosidade ou
indenização. Na montagem da petição inicial, tenderão
a ficar indecisos se o trabalhador tem direito a algum
desses pedidos regulares. Então, eles poderão pedir ao
trabalhador que este consiga um laudo em que pese a
possibilidade do direito, a eles, de insalubridade,
periculosidade ou indenização. O laudo será certeiro se
o seu redator conhecer os postos de trabalho das
diversas empresas da região.
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Se um laudo preliminar como este é juntado à petição
inicial do trabalhador, depois, na perícia, o perito será
obrigado a lê-lo, de modo a não redigir bobagem
naquele que escreverá. Portanto, sendo cientificado de
pontos importantes da perícia.
O advogado do trabalhador, ao ter certeza de que terá
grandes chances de ganhar a perícia, da mesma forma,
poderá pedir ao seu cliente, caso ele possua recursos,
que contrate um assistente técnico.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. CONTRATAÇÃO DE EXPERTS
PELAS EMPRESAS

De outra banda, algumas empresas poderão ter como

meta ganhar a perícia, a fim de fazer exemplo e dissuadir
outros empregados em busca de pedidos indevidos de
insalubridade, periculosidade e indenização, tendo a
tendência de contratar um expert para realizar o laudo a
ser juntado a sua petição de contestação, e o mesmo
profissional, para ser o assistente técnico da perícia. A
empresa considerará que terá mais chances de ganhar
a perícia com a reforma trabalhista, pois o perito terá a
tendência de imparcialidade, não lhe interessando
quem irá ganhar, já que vai receber o mesmo valor de
honorários.
REFORMA TRABALHISTA
Ao certo, a proporção de experts envolvidos
diretamente com as partes em processos com perícias Aumentará a média de especialistas em
segurança e medicina do trabalho em
em que vige a reforma trabalhista aumentará, pois a
cada reclamatória
corrida será mais justa e elas vão querer o melhor
suporte para ganhar a perícia. Queda radical do número de perícias
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NA REFORMA TRABALHISTA

. DEMORA EM RECEBER Nas justiças Estadual e Federal, o perito faz uma

proposta de honorários, e o juiz é obrigado a fixar o
OS HONORÁRIOS valor antes de começar a perícia. O perito tem como
opção pedir o depósito integral dos honorários
fixados e adiantamento de cinquenta por cento
desse valor, também antes de começar a perícia.
Com os pedidos certos, como os indicados no
acesso restrito e pago do Roteiro de Perícias, no livro
Manual de Perícias, no curso a distância ou nos
cursos presenciais, o perito só irá começar a
trabalhar com metade de seus honorários no bolso
e, o restante, depositado em conta judicial, com
correção monetária e um pequeno juros. O perito
entrega o laudo e, após as eventuais respostas às
dúvidas das partes sobre o relatório que escreveu,
recebe o restante dos honorários.

Na Justiça do Trabalho, os honorários do perito

serão pagos no final do processo; o que demorará
dois, três anos ou ainda mais. Algo que já ocorria
antes da reforma trabalhista.
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NA REFORMA TRABALHISTA
. LAUDOS RÁPIDOS E SEM CUSTOS
Como fazer um laudo por cerca de um salário-mínimo, para
receber este valor despois de alguns anos? A saída para a
distorção criada pela reforma trabalhista é o perito realizar os
laudos sem gerar qualquer gasto, até que o Conselho
Superior da Justiça do Trabalho substitua a Resolução Nº 66
ou que troque, de algum jeito, o valor irrisório atual de
honorários máximos a serem pagos ao perito, por outro digno.
Se for um laudo em que sejam necessárias medições, o perito
deve se valer dos relatórios exigidos pelo Ministério do
Trabalho e Emprego às empresas, como o Laudo Técnico de
Condições Ambientais de Trabalho – LTCAT, o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
Porém, é lícito o perito utilizar as medições desses
documentos, sem que ele próprio realize as medições? É
óbvio que o correto é a justiça fornecer o seu laudo – através
de seu auxiliar, o perito –, fundamentado com medições
próprias, e não com aquelas realizadas sob as providências
de uma das partes.
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Porém, lícito é o perito se fundamentar com tais
relatórios, porque a Resolução Nº 66 do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho assim estabelece no
art. 10:
Nas ações contendo pedido de adicional de insalubridade,
de periculosidade, de indenização por acidente do trabalho
ou qualquer outro atinente à segurança e saúde do
trabalhador, o Juiz poderá determinar a notificação da
empresa reclamada para trazer aos autos cópias dos LTCAT
(Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho),
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional) e PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais), e de laudo pericial da atividade ou local de
trabalho, passível de utilização como prova.
Não há alternativa positiva para o sistema
legal que se impõe na atualidade – a prova
fornecida pela justiça vai ensejar dúvidas
quanto à qualidade
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NA REFORMA TRABALHISTA
. PERÍCIAS DE INDENIZAÇÃO
As ações de indenização devido a acidente de trabalho ou
perda total ou parcial das faculdades do trabalhador são,
normalmente, de valor de discussão elevado em relação às
demais. Nesses processos, as perícias deveriam remunerar
muito mais que um salário-mínimo, com base no
entendimento de que os honorários do perito devem ser
proporcionais ao valor da causa, assim como a jurisprudência
tem o cuidado de determinar em todos os tribunais e,
inclusive, no Tribunal Superior do Trabalho, como se pode ver
no acórdão:
AIRR 302-15.2011.5.15.0062 - TST.
...
Registre-se que os honorários periciais devem ser fixados de forma
moderada, proporcional e de acordo com a complexidade do trabalho
realizado, bem como em consonância com o valor da causa.
...
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Além de ser considerado o valor da causa nos
honorários do perito, há de se convir que perícias de
indenização são bem mais complexas que as de
insalubridade e periculosidade. Por exemplo: uma
perícia em que é necessário determinar as causas de
um acidente, como fazê-la pelo valor de um salário-
mínimo, empregando a diligência que se faz
necessária? Acidentes de trabalho, em grande parte,
requerem um trabalho criterioso do perito, face à
complexidade do levantamento dos fatos e à
aplicação da técnica.
Se a perícia for paga com um salário-mínimo,
para receber três anos depois, é claro que o
laudo terá qualidade duvidosa.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. SE FOI NOMEADO EM PERÍCIA COM

CUSTOS, TRABALHOSA OU DE MAIOR
RESPONSABILIDADE, O QUE FAZER?

Resposta imediata: sugerir honorários prévios a serem pagos

por uma das partes.

Nas perícias em que o profissional for nomeado, que cabem

honorários bem maiores do que um salário-mínimo, pode-se
fazer petição, informando a necessidade de honorários Sugestão de honorários prévios
prévios, sugerindo-se o seu depósito imediato, antes do início é uma tentativa que o perito faz,
da perícia. No caso, o perito recebe os honorários antes de que poderá ser aceita por uma
começar a trabalhar, se uma das partes concordar em realizar ou outra parte
o depósito.

Na petição, o perito fará menção de que sabe que os seus

honorários deveriam ser pagos no final da ação, no valor
fixado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, porém,
que se faz necessário o adiantamento devido às
necessidades que a perícia impõe. Logo a seguir, o perito
listará todas as atividades que desenvolverá e seus custos
diretos, de maneira a fundamentar solidamente a sugestão
dos honorários prévios.
O modelo completo dessa petição está no acesso
restrito e pago do Roteiro de Perícias.
Pela reforma, há a proibição de qualquer depósito
antecipado, porém, não há o impedimento de a parte
querer fazer o adiantamento pelo bem da melhor
técnica a ser empregada na perícia.
 SOLUÇÕES PARA O PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
. UM CASO COMPLETO
DE HONORÁRIOS PRÉVIOS
No acórdão No 00809009720065020221 do Tribunal de
Justiça do Trabalho de São Paulo, de 2011, podemos observar
o desenrolar da sugestão inicial do perito, de serem
depositados seus honorários antes de começar a perícia,
quando, então, o reclamado deposita o valor e ganha a
perícia, depois recorre, requerendo o ressarcimento do que
pagou ao perito. Na sequência, os desembargadores do TRT-
2 decidiram, em colegiado, que a reclamada aceitou fazer o
depósito prévio por vontade própria; inclusive, se não
quisesse, poderia ter invocado mandado de segurança
(Orientação Jurisprudencial de nº 98).
V e j a a d e c i s ã o d o s m a g i s t r a d o s n o a c ó rd ã o N o
00809009720065020221, muito fácil de ser entendido por
nós, leigos:
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Acórdão
Ocorre, todavia, que na audiência em que foi deferida a
realização da prova técnica (ata – fl. 28), a reclamada
concordou com o pagamento do depósito prévio, no
importe de R$1.500,00, cujo valor já foi soerguido pelo
Sr. Perito (fl. 188).
Dessa forma, não sendo exigível o recolhimento de
honorários prévios, devia a reclamada ter impetrado
mandado de segurança. Assim não fazendo, não
deverá responsabilizar a reclamante pelo reembolso
da quantia correspondente.
No mais, e considerando-se que a reclamante ficou
isenta do pagamento dos valores devidos a título de
honorários periciais, ante a concessão dos benefícios
da justiça gratuita, não há como se determinar, seja por
parte da reclamante, seja por parte do Estado, o
reembolso dos honorários prévios, porquanto
competia a reclamada, à época, ter manifestado
discordância quanto à exigência do prévio
recolhimento dos honorários e não ter com ele
consentido.
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NA REFORMA TRABALHISTA

. JURISPRUDÊNCIA EM QUE
É TRATADO O DEPÓSITO PRÉVIO

São diversos casos de acórdãos, como o de No

00809009720065020221 do TRT-2, exposto no item
anterior, em todos os TRTs, o fato de a reclamada fazer
depósito prévio dos honorários, sem ser obrigada, e não
ter o direito de ser ressarcida, caso ganhe a perícia. Trata-
se de uma jurisprudência assentada.

Então, a situação que se repetia antes da reforma

trabalhista, é possível ser aplicada agora: o perito sugerir
o depósito prévio, a parte realiza o pagamento se quiser
e o perito só faz a perícia se este for realizado.
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NA REFORMA TRABALHISTA

Antes da reforma trabalhista, em curso a distância ou nos . MIGRAR PARA AS

cursos presenciais que ministro, sempre chamei a
atenção de nossos clientes, que já eram peritos na JUSTIÇAS ESTADUAL E FEDERAL
Justiça do Trabalho, para também buscarem o mesmo
mercado nas justiças Estadual e Federal. Agora mais do
que nunca.

O mercado de trabalho na perícia judicial na Justiça do

Trabalho está envolto na dúvida: qual o valor será o teto
dos honorários do perito? Se o valor for o da atual
Resolução Nº 66, o problema é sério.

No caso das perícias de insalubridade e periculosidade,

somente o perito que tiver uma grande quantidade de
perícias para serem realizadas e conhecer
profundamente os postos de trabalho de sua região
poderá se dar ao luxo de continuar, porque:

• ele não se importará de receber honorários após alguns

anos, já que há, no momento, uma frequência de
pagamentos de perícias realizadas no passado;
• ele praticamente tem as medições e dados dos postos
de trabalho da sua região, devido ao grande volume de
perícias que já realizou ali, evitando custosas diligências.
 SOLUÇÕES PARA O PERITO
NA REFORMA TRABALHISTA
. CONSULTA À OUVIDORIA DO TST
No tocante à intepretação do parágrafo primeiro do art.
790-B da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
através da reforma trabalhista, em consulta à Ouvidoria
do Tribunal Superior do Trabalho - TST, através da
Ocorrência 269228, obtive resposta, em menos de uma
semana, datada de 4 de dezembro de 2017 e contida no
documento inscrito como Informação CSJT.CGPES No
133/217. Na mensagem que enviei, questionei se os
honorários periciais ficam limitados à Resolução No 66,
de 2010, quando o trabalhador não for agraciado com a
Assistência Judiciária Gratuita - AJG, ou se o Conselho
Superior da Justiça do Trabalho - CSJT editará outra
resolução, com valores aplicáveis a quem não possui
esse benefício ou, ainda, se a parte pagará os honorários
do perito até o limite estipulado em outra resolução
futura, que englobe os beneficiados ou não com a AJG.
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Em resposta, a coordenadora de Gestão de Pessoas,
Rosa Amélia de Souza Casado, afirmou que, nesse
contexto, enquanto o Plenário do CSJT não se pronunciar
acerca da questão, os valores dos honorários periciais a
serem pagos pela parte não beneficiária da AJG
continuarão sendo fixados pelo juízo da causa. Supondo-
se, sem o limite.
O juiz é quem fixa os honorários do perito e irá determiná-
los, observando a CLT, as Orientações Jurisprudenciais,
as Resoluções do Tribunal Regional do Trabalho - TRT no
qual sua jurisdição está inscrita; as jurisprudências e,
supletivamente, com o Código de Processo Civil. A
resposta da Ouvidoria do TST não é propriamente um
fundamento de decisão para o juiz fixar os honorários do
perito acima ou abaixo do teto da Resolução No. 66.
Porém, ao dizer que, no momento, não há teto para
honorários, quando a reclamada perder a perícia, indica
uma posição bem factível que juízes poderão tomar.
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. CONSULTA À OUVIDORIA DO TST
NA REFORMA TRABALHISTA

Conversando com um juiz do trabalho,

conceituado na minha comunidade, com
quem travo relação de amizade, ele alertou
que essa questão é de natureza jurisdicional,
ou seja, cada juiz ou TRT fará o que considerar
certo. E complementou: veja que as
empresas, quando sucumbentes, se GARANTA-SE
obrigadas a pagar honorários acima do teto – utilize a petição de honorários prévios, com a
da Resolução No. 66, vão eventualmente devida fundamentação, e pedido de
recorrer, invocando o limite imposto pela destituição, se não for aceita a sugestão,
alteração da CLT. No momento, só os TRTs exatamente como consta no acesso restrito e
irão resolver isso, enquanto o Conselho pago do Roteiro de Perícias
Superior da Justiça do Trabalho não emitir
resolução própria, especificando o limite de
honorários do perito para casos de a parte
perdedora da perícia contar ou não com
Assistência Judiciária Gratuita.
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DE PERÍCIAS
Segundo o NOVO
Curso Código de Processo Civil
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PERÍCIA Judicial
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