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Você correu para me abrir a porta naquela sexta-feira chuvosa.

Abriu
também um sorriso, mordendo os lábios de tesão. Ficou arrepiada ao
sentir o vento frio que vinha lá de fora. E se arrepiou ainda mais
quando eu te abracei.

Havíamos gastado todos os nossos assuntos em muitos dias -de


imaginação fértil- no WhatsApp. Mas a vontade que restou ainda era
insaciável. Te joguei na cama e tirei suas roupas e, com você ainda
arrepiada, te penetrei com o olhar de quem gostaria de transar como
se fosse o último dia de vida. Te beijei e rocei a minha barba pelo teu
corpo inteiro. Do pescoço à virilha.
Antes de te chupar, lhe coloquei de quatro e, ainda sem entender,
perdeu os sentidos quando sentiu a minha língua dançar dentro de
você, enquanto meus dedos procuravam o seu prazer.

Louca de tesão, você escorregou a boca pelo meu corpo e quando


segurou meu pau com força. Te puxei para cima. Hoje o prazer é
apenas seu. E o meu? Te ver gozando. Pode gritar, gemer e me
bater. Não poupe tesão. E pode deixar que eu não pouparei maldade.

Já possessa de prazer e com o corpo fibrilando, montou na minha


cara e cavalgou, cavalgou como se o mundo estivesse acabando e
gozou, ali mesmo, na minha cara, me lambuzando inteiro.

Tomamos um banho quente e enquanto ensaboava tuas costas, te


peguei pela cintura e puxei o seu corpo contra o meu. Você rebolava
me provocando, eu puxava teu cabelo e falava tudo o que eu ainda
faria com você naquela noite. Molhada em todos os sentidos,
fodemos pela segunda vez. E ali não existiu água que lavasse todas
as coisas sujas que fizemos juntos. Foi assim por mais três vezes.

Na última vez, você repousou as pernas em meus ombros e, sem


firulas, te vi perder a vergonha e ser dominada por minha loucura.
Em meio a trilha sonora de seus gemidos, gozamos. Juntos. Jogados
na cama. Nus e ofegantes. Você deitou em meu peito enquanto
recebia carinho de ponta de dedo. Caiu no sono e eu, ao te admirar,
dormi sorrindo. Você é incrível.
O relógio despertou às seis. Me troquei, preparei o seu chá e deixei
um bilhete dizendo: Tome isso e descanse. À noite passo te ver.

Texto: Felipe Rocha

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