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LIMEIRA
2016
FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA - FIEL
LIMEIRA
2016
FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA – FIEL
TERMO DE APROVAÇÃO
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
Nota: ______
Dedico este trabalho para todos aqueles que
acompanham a trajetória desse meu sonho
real, me proporcionando forças e incentivo.
Muitos obstáculos foram impostos durante
esses últimos anos, mas graças a vocês eu não
fraquejei.
AGRADECIMENTOS
A Deus e acima de tudo pela vida. Por guiar, proteger e iluminar meus passos na longa
caminhada em busca dos meus objetivos.
Um muito obrigado especialmente à minha mãe Juliana A. Rocha, meu avô Adeildo F. Silva e
ao meu tio Wagner F. Silva, que são espelhos de inspiração. Obrigado por sempre acreditarem
em meu potencial.
A todos que de alguma forma contribuíram para minha formação pessoal e profissional.
RESUMO
Figura 1: Níveis de custo e pessoal em toda estrutura genérica do ciclo de um projeto .......... 16
Figura 2: Ciclo PDCA .............................................................................................................. 20
Figura 3: Métodos de planejamento ......................................................................................... 21
Figura 4: melhoria contínua ...................................................................................................... 21
Figura 5: Tipos de escopo......................................................................................................... 23
Figura 6:Exemplo da Estrutura Analítica de Projeto (EAP) .................................................... 24
Figura 7: Processos de gestão de custo ..................................................................................... 27
Figura 8: Processo de gestão da qualidade ............................................................................... 30
Figura 9: Exemplo da Ficha de Verificação de Serviços (FVS) .............................................. 31
Figura 10: Processo de gestão de recursos humanos ................................................................ 32
Figura 11: Tipos de stalkeholders............................................................................................. 34
Figura 12: Processos de gestão da comunicação ...................................................................... 38
Figura 13: Processos de gestão da integração .......................................................................... 42
Figura 14-a: Fôrmas sendo montadas para receber concreto .................................................. 48
Figura 14-b: Fôrmas sendo montadas para receber concreto .................................................. 48
Figura 14-c: Conjunto habitacional em paredes de concreto .................................................. 49
Figura 15: Montagem de paredes ............................................................................................. 50
Figura 16: Planta baixa do projeto proposto............................................................................. 59
Figura 17: Detalhes das fôrmas metálicas ................................................................................ 60
Figura 18: Olho de competência IPMA .................................................................................... 64
Figura 19: Stakeholders ............................................................................................................ 64
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12
1.1 Justificativa ....................................................................................................................... 13
1.2. Objetivos ........................................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivo Específico .......................................................................................................... 13
1.3 Metodologia ....................................................................................................................... 14
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 70
1 INTRODUÇÃO
Diante dos atuais desafios enfrentados pela construção civil e o reconhecido atraso na
utilização de boas práticas e metodologias de gerenciamento, um grande esforço tem sido
realizado nos últimos anos no sentido de modernizar essas práticas de gestão e facilitar os
processos de um projeto. A construção civil é uma atividade que envolve grande quantidade
de variáveis e se desenvolve em um ambiente que é particularmente mutável e dinâmico, as
obras. Gerenciar uma obra adequadamente não é um dos trabalhos mais fáceis e, profissionais
que estão à frente da gestão dos empreendimentos usam muitos meios de improvisação nos
canteiros por todo o mundo.
O planejamento da obra é um dos principais aspectos do gerenciamento, conjunto de
amplo espectro, que envolve também orçamento, compras, gestão de pessoas, custos, riscos,
comunicações etc. (MATTOS, 2010). A deficiência do planejamento pode trazer
consequências desastrosas para um empreendimento e, consequentemente, para a empresa
responsável pela execução do mesmo. Segundo Drucker (1998), planejamento é “Preparar-se
para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável”.
Contudo, segundo Falconi (2009), a mudança cultural em uma empresa leva cerca de cinco
anos. Segundo o autor, “são cinco anos porque as pessoas levam cinco anos para mudar”. O
processo de aprendizagem e lento, com inúmeras ilhas de excelência e resistência, sendo que
algumas pessoas jamais aceitarão a mudança dentro da empresa.
Para entendermos melhor o tamanho dos desafios a enfrentar, precisamos conhecer em
detalhes como se estrutura um empreendimento. O trabalho que segue busca apresentar as
ferramentas do gerenciamento de projetos e propor um modelo de projeto para um
empreendimento executado no sistema construtivo de paredes de concreto.
13
1.1 Justificativa
Um bom gerenciamento de obra não é apenas necessário, mas sim obrigatório, para
que a obra se torne lucrativa e por consequência, viável. O projeto proposto poderá vir a ser
aplicado em uma obra real em execução que ficará em contraposição com a teoria existente e
poderá ajudar no desenvolvimento de profissionais da área ou futuros gerenciadores de obras,
como também demais estudiosos do assunto.
1.2 Objetivos
1.3 Metodologia
Esse estudo tem por finalidade realizar uma pesquisa aplicada, uma vez que utilizará
conhecimento da pesquisa básica para resolver problemas. Para um melhor tratamento dos
objetivos e melhor apreciação desta pesquisa, observou-se que ela é classificada como
pesquisa exploratória e descritiva.
Detectou-se a pesquisa bibliográfica no momento em que se fez uso de materiais já
elaborados: livros, artigos científicos, revistas, documentos eletrônicos e enciclopédias na
busca e alocação de conhecimento sobre o gerenciamento de projetos e obras,
correlacionando tais conhecimentos com publicações sobre paredes de concreto e habitação
de interesse social.
O estudo de caso é realizado em uma proposta de projeto, com caráter descritivo, por
sua vez, procura reunir um grande número de informações detalhadas com a finalidade de
trazer maior conhecimento sobre o assunto e até mesmo levar ao diagnóstico de soluções para
o problema levantado.
Como procedimentos, podemos citar a necessidade de pesquisa Bibliográfica, isso
porque faremos uso de material já publicado, constituído principalmente de livros, também
entendemos como um procedimento importante a elaboração de um projeto próprio para o
estudo de caso, visto que envolve o estudo de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento, a fim de se obter uma melhor apreciação do conteúdo apresentado no trabalho.
Acredita-se que com este trabalho seja possível demonstrar a eficácia da aplicação do
gerenciamento de projetos em um sistema construtivo em paredes de concreto, qual tem como
produto uma casa, projetada dentro dos requisitos das habitações de interesse social, e ainda
colaborar com a realização do gerenciamento para as demais empresas que utilizam o sistema.
15
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Ciclo de vida do projeto são as etapas de fases pelas quais um projeto passa, desde seu
início ao término. Segundo PMBOK® (2013), as fases são geralmente sequenciais e os seus
nomes e números são determinados pelas necessidades de gerenciamento e controle das
organizações envolvidas no projeto, a natureza do projeto em si e sua área de aplicação.
As fases em questão são geralmente limitadas pelo tempo de projeto, onde sempre há
um início e término e um ponto de controle. O ciclo pode ser definido ou moldado de acordo
com os aspectos de cada organização. Embora os projetos tenham início e fim definidos, as
entregas e atividades que ele contém, poderão variar muito de acordo com o projeto.
O planejamento pode ser dividido em três partes, sendo: longo, médio e curto prazo.
18
Segundo Polito (2015), seu nome é o acrônimo das palavras em inglês plan, do, check,
act, que em português significam planejar, fazer, verificar e agir.
Existe uma máxima no meio da construção civil que diz que os engenheiros querem
logo partir para ação, ou seja, querem começar imediatamente a obra, ao invés de sentar para
planejar o que deve ser feito. Resultado disso é que se buscam resolver as questões que
surgem durante o decorrer do projeto pelo processo de tentativa e erro, gerando grande
desperdício de recursos e perda de prazo.
Segundo Polito (2015), o escopo pode ser definido como o que está e o que não está
incluso no empreendimento, incluindo as premissas adotadas, as restrições e os requisitos
existentes.
Muitos pensam que a gestão do escopo é uma atividade simples, mas quando aplicada
na construção civil, praticamente nunca será uma tarefa fácil, já que a mesma tem extrema
importância para o sucesso ou fracasso do projeto. Apesar de sua importância, a gestão do
escopo em inúmeras empresas é negligenciada. Construtoras não implantam processos
estruturados para coleta de requisitos, planejamento, verificação, entrega e controle, sendo
assim, é identificado uma deficiência na gestão dos empreendimentos, já que quanto maior for
a complexidade do escopo, maior ainda será a dificuldade na sua gestão.
O escopo do empreendimento vai muito além do escopo do produto. Ele será formado
pelo escopo do produto (técnico e funcional); do trabalho e da produção, sendo que todos
esses trabalham mutuamente.
Importante frisar que o que não estiver na EAP não faz parte do escopo do
empreendimento! Ou seja, se alguém estiver trabalhando em alguma tarefa que não esteja
relacionada à entrega de algum subproduto da EAP, esse alguém não estará contribuindo para
a conclusão do empreendimento.
24
A EAP pode ser representada de diversas formas, como uma listagem, tabela ou em
árvore, sendo a última citada a mais eficiente na comunicação do escopo. A Figura 7 mostra o
exemplo de uma EAP.
Segundo Polito (2015), como principal desafio à gestão do tempo podemos citar a
indisposição dos engenheiros de obra em investir tempo no planejamento do empreendimento.
Isso se deve ao pensamento de que quanto mais se planeja, menos tempo de produção
o projeto terá. Essa crença leva a erros como o de antecipar o início do empreendimento sem
o mesmo estar devidamente planejado e sem que os recursos estejam todos disponíveis, com a
expectativa de ganhar tempo no final. Isso é um erro grave.
As tarefas e atividades são definidas com base na EAP, mas para isso, é importante
conhecer os métodos construtivos e processos de execução. É muito importante a participação
da equipe que executará o empreendimento na definição das atividades que comporão o
cronograma, para que ele reflita efetivamente o “modo de operação” da equipe e seja aderente
às práticas executivas adotadas.
laminado. Algumas precedências incomuns podem ser adotadas a fim de obter maior
produtividade e qualidade do produto.
As atividades podem ser ligadas de quatro maneiras: término-início; início-início;
término-término; início-término.
Segundo Polito (2015), a variável custo está presente em todas as fases da construção
e é um elemento fundamental para o planejamento e controle da produção. Também é
importante lembrar que a necessidade de caixa do empreendimento é derivada da linha de
base de custo.
Segundo Lora (2001), gastos em uma organização são formados pelos custos, despesas
e perdas. Onde os gastos são todas as aplicações de recursos que são desembolsadas, ou não,
28
pela organização. Custos são os recursos aplicados na transformação de ativos e das despesas
são os recursos despendidos em aplicações que não transformam o ativo, mas que contribuem
para a geração de caixa da empresa.
Estimativa de custos: Desenvolver uma estimativa dos custos dos recursos necessários a
implementação das atividades do projeto.
Orçamento dos custos: Analisar a sequência das atividades, as durações das atividades e as
exigências de recursos para criar o cronograma do projeto.
A gestão da qualidade deve ser vista por todos como um fator crítico para o sucesso do
empreendimento, uma vez que ele aborda aspectos tanto do produto, quanto da gestão de
trabalho.
É a qualidade do produto está relacionada à qualidade que é percebida pelo cliente
final, qual é representada por seu desempenho, confiabilidade, conformidade, durabilidade,
estética e modo de uso.
A construção civil não é uma ciência exata e sim um trabalho artesanal, na maioria dos
casos, por isso é necessário o planejamento, garantia e controle de qualidade e por fim, seu
encerramento. Podemos ver o processo de gestão de qualidade na figura abaixo. A garantia da
qualidade analisa se os padrões e procedimentos, definidos como necessários para
atingimento da qualidade, estão sendo cumprimos e atingidos. Os tradicionais sistemas de
gestão da qualidade, como a ISO 9001 e PBQP-H, complementam a gestão do trabalho como
procedimentos, padrões, diretrizes, etc.
30
Segundo Polito (2015), precisamos entender que stakeholders são pessoas ou grupos,
com sentimentos, percepções, desejos e poder de influência. Alguns os apoiarão e outros se
oporão. Alguns serão beneficiados e outros perderão. Uns verão oportunidades, e outros,
ameaças. E outros serão neutros, mas ainda assim poderão ser influenciados. Alguns serão a
favor de mudanças, outros o contrário. Lidar com expectativas de stakeholders é fundamental
para o sucesso do empreendimento, uma vez que sucesso pode significar coisas diferentes
para cada um deles.
Primeiro devemos identificar os stakeholders, agrupando-os por semelhança. É
fundamental que sejam identificados no início do empreendimento.
Ainda segundo Polito, devemos incluir stakeholders internos e externos, como por
exemplo: funcionários, fornecedores, acionistas, usuários, projetistas, clientes, concorrentes,
sindicatos, contratados e subcontratados, instituições financeiras, investidores, órgãos
governamentais, comunidade local, entre outros. A figura abaixo demonstra os tipos de
stakeholders.
O próximo passo envolve o planejamento de respostas aos riscos, que seria a etapa de
elaborar as respostas aos riscos, bem como os responsáveis pela ação. A resposta deve ser
adequada a cada risco e consensual a todos os envolvidos.
Após o planejamento de respostas, dá início ao monitoramento e controle dos riscos,
que nada mais é que a identificação e revisão contínua e periódica. Sempre que um evento
arriscado se aproxima é hora de reavaliar o planejamento. Uma prática comum adotada é
inserir a análise de riscos em reuniões mensais, denominadas de comitês de gestão.
Reuniões eficazes tem em seu escopo regras e diretrizes, quem são os participantes,
qual a pauta, frequência e propósitos.
Reunião de kick-off: Também chamada como reunião de pontapé inicial – tem como
objetivo comunicar a todos o início de um empreendimento. É realizada uma única vez e
envolve todas as áreas.
Reuniões de acompanhamento: São reuniões para avaliar o andamento dos serviços e das
ações planejadas, status dos principais marcos, apresentação de fatos relevantes, incidências
problemáticas, mudanças de escopo e riscos. Podem ser realizadas nos ciclos de curto, médio
e longo prazo. Algumas empresas criam práticas específicas para tornas as reuniões rápidas e
objetivas, como realiza-las com as pessoas em pé.
dos resultados futuros ou, em outras palavras, todo conhecimento adquirido a partir do
sucesso ou fracasso do projeto.
Quando as decisões sobre segurança e saúde são deixadas para serem tomadas no
canteiro, de forma improvisada, as consequências são os atrasos, insegurança e desperdícios,
com a paralisação de frentes de trabalho, improdutividade, conflitos e falta de visão sistêmica.
ÁREA IMPACTOS
Escolha dos processos construtivos. Inclusão de pacotes de
ESCOPO
trabalho referentes à segurança.
Determinar atividades no cronograma referentes à segurança
TEMPO
do trabalho.
CUSTO Inserir custos relativos à segurança.
Inserir nos padrões executivos as etapas referentes à
QUALIDADE
segurança.
Inserir requisitos quanto à saúde e segurança nas compras,
contratações de serviço, locação de equipamentos. Avaliar
SUPRIMENTOS
fornecedores também sobre desempenho em saúde e
segurança.
Capacitação, conscientização, seleção, premiação com foco na
RH
saúde e segurança.
Campanhas, divulgação e programação visual que contribua
COMUNICAÇÃO
com a saúde e a segurança do trabalho.
Associar os riscos de segurança aos impactos nos objetivos do
RISCOS
empreendimento.
Inclusão de detalhes e projetos referentes às medidas de
PROJETOS EXECUTIVOS
segurança necessária nos projetos executivos.
Analisar as sequências executivas também sob a ótica da
PLANO DE ATAQUE
segurança dos trabalhadores no canteiro.
Pensar nos detalhes do projeto, privilegiando formas mais
CONSTRUTIBILIDADE
seguras e ergonômicas de execução.
Reduzir a participação de trabalhadores nos processos de
LOGÍSTICA
carga, descarga e movimentação de materiais.
Fonte: Acervo do Autor
41
Qualquer acidente ocorrido, com ou sem vítimas, traz consigo prejuízos financeiros,
improdutividade, perda de tempo, retrabalho, multas e indenizações. Podemos chamar esses
fatores de custo da não segurança. Os acidentes de trabalho não possuem uma única causa e
sim, a combinação de várias causas. Um acidente é resultado de falhas na concepção,
execução e gestão de serviços, sendo necessário avaliar todo o processo produtivo para
identificar as verdadeiras causas e saná-las.
Não nos aprofundaremos nesse trabalho em legislações e requisitos normativos para a
segurança de trabalho nos canteiros de obras. Limitamos a mostrar a abrangência de impactos
da segurança nas demais áreas.
A grande quantidade de recursos naturais afetados pela construção civil trouxe aos
longos dos anos uma grande preocupação com o meio-ambiente, fator que levou a crescente
discussão da construção sustentável em muitos países. A legislação ambiental, por exemplo,
começou a ser realmente implantada e difundida somente nos últimos anos.
A introdução da gestão ambiental na gestão de um empreendimento é considerada hoje
a segunda causa de maior preocupação entre os gestores já que esta questão ainda é
considerada como um custo indesejável no final do empreendimento. Mudança de locações,
incompatibilidade de projetos e responsabilidades excessivas perante a lei são pontos
decisivos na gestão ambiental.
Assim é de importância fundamental que seja definida uma política ambiental da obra
a ser realizada pela alta administração antes mesmo do início do empreendimento.
Segundo Silva (2007), essa política é de suma relevância já que define a visão da
organização, comunica-se com as partes interessadas e orienta as ações operacionais e
integra-se a outras políticas.
Esse sistema é indicado para casas térreas, casas assobradas, edifícios com pavimento
térreo mais 5 pavimentos tipo, edifícios com pavimento térreo mais 8 pavimentos tipo
(limitado a só esforços de compressão), edifícios com até 30 pavimentos e edifícios com mais
de 30 pavimentos (casos especiais). (PAREDES DE CONCRETO – 2007, 2008).
O concreto utilizado pode ser de quatro tipos: concreto celular, concreto com elevado
teor de ar incorporado – até 9%, concreto com agregados leves ou com baixa massa especifica
e concreto convencional ou auto adensável. As fôrmas podem ser metálicas, metálicas mais
compensadas e plásticas, e devem resistir a todas a pressões do lançamento do concreto até
que ele adquira resistência necessária para a desfôrma. As tubulações e instalações elétricas
são embutidas das paredes. (PAREDES DE CONCRETO, 2007, 2008).
As armaduras geralmente são compostas por tela soldada e reforços com armadura
simples. Na montagem, primeiro é colocada a armadura em tela e depois as armaduras de
reforço, as ancoragens de canto e as cintas. As instalações elétricas e hidráulicas devem ser
fixadas nas armaduras para evitar que desloquem durante a concretagem. É importante
proteger as caixas elétricas da entrada de concreto. (TÉCHNE, 2008).
Quanto à tipologia, as armaduras podem ser em telas de aço eletrossoldadas, que deve
utilizar telas segundo a ABNT NBR 7481 – Tela de aço soldada – Armadura para concreto –
especificação. E, ou, aços em barras, segundo a ABNT NBR 7480 – Barras e fios de aço
destinados a armaduras para concreto – especificação.
A montagem das armaduras deve obedecer às especificações do projeto estrutural
quanto às características das peças (bitola e espaçamento entre as barras), o posicionamento e
colocação de reforços.
A montagem das formas que servem de molde para as paredes deve ser rigorosa, pois
é esta etapa que garante a geometria e alinhamento das paredes. Para o posicionamento dos
painéis que constituem as formas, é marcado linhas nas faces internas externas das paredes e é
comum iniciar a montagem onde há uma maior concentração de instalações hidráulicas.
Primeiro monta-se um canto, formando um “L”, depois segue a sequência conforme o projeto
executivo, fixando as formas com conectores, como grampos ou pinos. Para garantir que os
painéis fiquem em pé, são colocadas escoras. E por fim, ocorre o ajuste milimétrico do prumo
das formas. (TÉCHNE, 2008).
48
A Figura 15-a, 15-b traz uma edificação onde estão sendo montadas as formas para
receber o concreto.
A cura geralmente é úmida e deve ser realizada cedo para evitar fissuras superficiais.
É recomendado molhar as peças ao menos cinco vezes ao dia. (TÉCHNE, 2008).
50
Ferramentas:
- Broxa, pincel ou rolo para aplicação de desmoldantes;
- Desfôrmador ou cunhas de madeira;
- Distanciadores (galgas);
- Esquadro;
- Linhas de náilon e giz;
- Nível de mangueira e laser;
- Martelo;
- Prumos;
- Isopor para fechamento de cantos;
- Serra de bancada com proteção de disco.
Equipamentos:
- Furadeiras;
- Caminhões betoneira;
- Vibrador de agulha, usado eventualmente;
- Bomba de lançamento.
O concreto emprega cimento CPV-ARI, areia, brita 0 e adição de aditivos para ter
características auto adensáveis.
As paredes de concreto são armadas com telas metálicas identificadas por “Q-61”
(malha quadrada de 150mm e fios com diâmetro de 4,2 mm), conforme cálculos estruturais.
Segundo Téchne (2011), a tela especificada atende à exigência da Diretriz SINAT nº 001,
referente à seção mínima de aço das armaduras verticais e horizontais.
52
Para Veríssimo (1999, p.42 apud Leite, 2006 p.23), os edifícios de vários
pavimentos, surgiram nos anos 20, porém, popularizados para a classe média, nos anos 40
as classes mais baixas da população, que ocupam esse tipo de habitação, se estende até hoje.
acima, eram também edificadas por um único empreendedor, com o intuído de obter renda
com o aluguel. (Boduki, 1998, apud Leite, 2006).
Como assinalou Leite (2006, p. 30):
“De 1937 a 1964 foram construídos 279 conjuntos, num total de 47.789 moradias
e financiadas 72.236 habitações [...]. O IAPI-Instituto de Aposentadoria e Pensões
dos Industriários foi o que deteve maior expressividade, construindo 19.914
unidades [...].” (LEITE, 2006, p. 30).
De acordo com Boduki (1998, apud Leite, 2006), no Brasil foi construído o primeiro
conjunto residencial de grande magnitude, no período de 1930 a 1940, denominado
Conjunto Residencial do Realengo, constituídos por diversas tipologias: casas isoladas,
geminadas e blocos de apartamentos.
Em primeiro de maio de 1946, foi criada a Fundação da Casa Popular, com intuito
de atender o resto da população, pois os IAPs, eram só para os seus associados. O dia do
trabalhador foi escolhido, foi com o objetivo de enfrentar os problemas de habitações dos
trabalhadores que recebiam baixos salários. Em 1950, houve um declínio das construções,
devido à situação econômica financeira, pois a inflação tornava as prestações irrisórias, que
eram fixas e pagas com financiamento, o que não possibilitava novos investimentos. Devido
a esses fatores, a Fundação da Casa Popular, foi extinta em 1964. (RODRIGUEZ, 1991, p.
145 apud LEITE, 2006 p. 67).
56
Segundo Rodriguez (1991, apud Leite, 2006). Essas políticas habitacionais visavam
reduzir o déficit habitacional e gerar novos empregos, já que a indústria na construção gera
mão-de-obra em grande escala. Como os recursos inicias eram baixos, e não dariam conta
de atender o novo sistema, foi criado e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS,
que era administrado pelo BNH.
3 PROPOSTA DE PROJETO
Quadro 3: Especificações mínimas para a construção de uma casa pela Caixa Econômica Federal
VISTA C
B
649
10 10 10 10
250 117 125 125
J2 J2
P1
234
BANHO COZINHA
A=2,74 m² A=6,05 m²
J1
367
DORMITÓRIO
FACHADA LATERAL
A=9,18 m²
CIRCULAÇÃO
A=1,56 m²
A A
VISTA D
VISTA B
687.5
125
10
296.5
296.5
SALA / ESTAR
A=10,74 m²
DORMITÓRIO
A=11,12 m²
J1
P1
375 J1 250
B
10 10 10
PLANTA BAIXA
Área=44,62 m²
Como dito anteriormente, o escopo pode ser definido como o que está e o que não
está incluso no empreendimento. Para isso, o escopo será formalizado em um documento
chamado “Declaração do Escopo”.
A Declaração de Escopo conta com a descrição de escopo do produto, critérios de
aceitação do produto, entregas do projeto, exclusões do projeto, restrições e premissas do
projeto.
Stakeholders
Grupo
de Risco Risco Descrição do Risco
Existem dúvidas de métodos executivos para
Definição de escopo
serem aplicados.
Os requisitos dos produtos que serão utilizados
Definição de requisitos não estão bem definidos quanto à paredes de
concreto.
Os processos a serem utilizados exigem mão de
obra especializada. A empresa não possui
Processos técnicos
experiência em execução deste tipo de serviço
(primeiro empreendimento).
Risco A tecnologia deve ser repassada por meio de
Técnico Tecnologia
treinamentos.
Existem muitas interfaces com outras empresas,
Interfaces diversas
outros processos. Filtrar escolhas.
Para facilitar a avaliação qualitativa dos impactos, foram definidas as premissas para
cada objetivo do empreendimento.
67
Impacto
Objetivos do
Empreendimento Baixo Médio Alto
Aumento insignificante
Custo <3% de aumento de custo >3% aumento de custo
de custo
Alterações de escopo
Alterações de escopo que
Alteração de escopo que tornam o
Escopo descaracterizam o
pouco perceptível empreendimento
empreendimento
inaceitável ao cliente
Problemas de qualidade
Redução da qualidade Redução de qualidade
Qualidade de baixo impacto ao
percebida pelo cliente inaceitável pelo cliente
cliente
Podemos quebrar essa lista em que, de fato, foi realizado no ambiente do projeto. A
análise e redução do impacto de entorno, foi pensada deixando jardins ao fundo da
construção e ao entorno.
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HELDMAN, K. Gerência de projetos: guia para o exame oficial do PMI. 3ª ed. (Revisada
e Atualizada). Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
LORA, C. Gestão de Custo: gestão de obras para executivos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Kichu:
Fundação Getulio Vargas, 2001.
72
MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras - São Paulo: Pini, 2010.
PMBOK®. A guide to the Project Management Body of Knowledge. 5th ed. Project
Management Institute, 2013.
TÉCHNE. Paredes de concreto moldadas in loco. São Paulo, n.140, p. 22-23, mensal, nov.
2008.
TÉCHNE. Paredes de concreto. São Paulo, n.169, p. 43, mensal, mai. 2011.
VARGAS, Ricardo Viana. Análise de valor agregado em projetos. 4ª ed. Rio de Janeiro:
Brasport, 2008.
73
6 ANEXOS
PROJETOS COMPLEMENTARES
749
50 649 50
50
I = 35%
687,5
787,5
50
PLANTA DE COBERTURA
74
ORÇAMENTO EXECUTIVO
MATERIAL MÃO DE
DESCRIÇÃO UN QUANT. TOTAL (R$)
(R$) OBRA (R$)
FUNDAÇÃO
FORMA METÁLICA PARA RADIER -
un 1,00 2130,00 450,00 2580,00
aproveitamento >1500
CONCRETO USINADO BOMBEADO -
m³ 4,65 302,23 22,34 1509,25
Colocação, espalhamento e acabamento
ARMAÇÃO EM TELA SOLDADA (aço CA-60
kg 45,63 4,71 0,62 243,21
4,2mm c/10cm)
ESTRUTURA
ARMAÇÃO DE AÇO CA-60, diâmetro 7,0 a
kg 81,54 4,20 1,46 461,52
8,0mm - fornecimento/corte
ARMAÇÃO EM TELA SOLDADA (aço CA-60
kg 240,17 4,71 0,62 1280,11
4,2mm c/10cm)
PONTO DE LUZ (caixa, eletroduto, fios e
pt 16,00 27,69 73,62 1620,96
interruptor)
PONTO DE ESGOTO - fornecimento e
pt 3,00 19,44 66,64 258,24
instalação
CONCRETO USINADO BOMBEADO -
m³ 27,56 302,23 22,34 8945,15
Colocação, espalhamento e acabamento
COBERTURA
CAIXA D'ÁGUA FIBROCIMENTO 500L un 1,00 206,15 180,39 386,54
ESTRUTURA METÁLICA PARA COBERTURA
kg 16,00 156,66 8,40 2640,96
DUAS ÁGUAS
TELHAMENTO COM TELHA DE ALUMÍNIO
m² 44,62 112,13 4,56 5206,71
PINTADA
CALHA EM CHAPA GALVANIZADA m 45,89 25,28 19,46 2053,12
IMPERMEABILIZAÇÃO
IMPERMEABILIZAÇÃO SEMIFLEXÍVEL COM
m² 24,36 3,14 6,36 231,42
TINTA ASFÁLTICA EM SUPERFÍCIES LISAS
REVESTIMENTO INTERNO
AZULEJO 2ª - Fixado com argamassa de
m² 18,94 15,88 10,16 493,20
cimento colante e rejuntamento
REVESTIMENTO CERÂMICO
PISO CERÂMICO ESMALTADO LINHA
m² 8,57 20,78 9,29 257,70
POPULAR PEI-4
RODAPÉ CERÂMICO (h=8cm) m 18,57 9,53 4,83 266,67
REGULARIZAÇÃO DE PISO EM ARGAMASSA
m² 147,32 2,46 5,30 1143,20
TRAÇO 1:3
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS
PONTO DE TOMADA PARA O TELEFONE pt 1,00 28,93 58,97 87,90
DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO - 10A a 30A un 6,00 6,70 1,19 47,34
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO - Montagem un 1,00 37,03 32,10 69,13
PINTURA INTERNA
MASSA SOBRE PAREDES LISAS m² 68,64 0,18 4,67 332,90
PINTURA LÁTEX PVA - 2 demãos m² 147,32 2,46 5,30 1143,20
PINTURA EXTERNA
TEXTURA ACRÍLICA EM PAREDE EXTERNA m² 76,15 17,48 20,15 2865,52
LOUÇAS, BANCADAS E METAIS
VASO SANITÁRIO un 1,00 131,99 72,53 204,52
75
APROVEITAMENTO DE FÔRMAS
250,00
(2000)
R$ 769,99
TOTAL/m²
76
CRONOGRAMA EXECUTIVO
Pintura de fachada 5 dias Sex 20/05/16 10:00 Ter 31/05/16 16:00 16TI+2 sems
LOUÇAS, BANCADAS E METAIS 0,38 dias Ter 24/05/16 08:00 Ter 24/05/16 11:00
Louças (cuba, tanque, pia, vaso) 2 hrs Ter 24/05/16 08:00 Ter 24/05/16 10:00 35TI+1 sem
Metais (registros e torneiras) 2 hrs Ter 24/05/16 08:00 Ter 24/05/16 10:00 35TI+1 sem
Bancadas (pedra da bancada da cozinha) 3 hrs Ter 24/05/16 08:00 Ter 24/05/16 11:00 35TI+1 sem
Qua 18/05/16
ESQUADRIAS 1 dia Ter 17/05/16 11:00
12:00
Portas 1 dia Ter 17/05/16 11:00 Qua 18/05/16 12:00 35TI+1 dia
Janelas Metálicas 1 dia Ter 17/05/16 11:00 Qua 18/05/16 12:00 35TI+1 dia
LIMPEZA 1 dia Seg 30/05/16 15:00 Ter 31/05/16 16:00
Limpeza Final de Obra 1 dia Seg 30/05/16 15:00 Ter 31/05/16 16:00
78
GRÁFICO DE GANTT