Você está na página 1de 211

Condomínio Residencial Edifício Autêntico Batista

Campos

Engº M. Sc. Wandemyr Mata dos Santos Filho

Proposta de metodologia para estudo de patologias nas


edificações do Edifício Autêntico Batista Campos

Relatório Técnico
2020

Patologia de Construções

1
Engº Civil M. Sc. WANDEMYR MATA DOS SANOS FILHO

Proposta de metodologia para estudo de patologias nas edificações


do Edifício Autêntico Batista Campos

Responsável Técnico
Engº Civil M. Sc. Wandemyr Mata dos Santos Filho

Sindico do Edifício Autêntico Batista Campos


Fabricio Gama

Vici - Sindico do Edifício Autêntico Batista Campos


Armênio Rabelo

2020

2
RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo realizar um levantamento de construções dos


casos patológicos em edificações do Edifício Residencial Autêntico Batista Campos sito na
Av. Sersedelo Correia nº 1191 – bairro BATISTA CAMPOS, na cidade de Belém - PA ,
baseada na proposta de Lichtenstein (1986). A metodologia adaptada foi empregada nos
estudos de casos realizados em quatro prédios diferentes e com funções diferenciadas. O
emprego da metodologia proposta, além de não requerer a necessidade de um técnico
especializado ou até mesmo de um engenheiro, permite um aprimoramento da formulação de
diagnósticos de casos patológicos. O estudo de casos existentes permitiu identificar as
principais patologias existentes nos prédios em questão, fato este que serviu de base para a
elaboração deste trabalho.
Para que se pudesse alcançar melhores resultados desenvolveu-se então, estudos
in loco para obtenção de resultados que viessem a evidenciar a origem dos casos patológicos
em questão.
Este trabalho pode ser de grande interesse, inicialmente, aos responsáveis pela
manutenção do prédio do Edifício Autêntico Batista Campos, a saber: Condomínio do
Edifício e Construtora Capital Rossy. Porém, a metodologia proposta pode também vir a ser
empregada, principalmente, em qualquer outro tipo de construção, dada a similaridade das
funções destinadas às suas edificações, bem como à disponibilidade de recursos, humanos e
materiais.

Palavras-chave: Edificações; Patologia; Construção; Segurança; ;Metodologia; Estudo


de casos; Engenharia civil;

7
SUMÁRIO

páginas
RESUMO
ÍNDICE DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 14
2. CONDOMÍNIO EDIFICIO AUTÊNTICO BATISTA CAMPOS .................................... 19
2.1. ASPECTOS LEGAIS ................................................................................................ 22
2.2. MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................. 113

3. TERMINOLOGIA ........................................................................................................... 123


4. METODOLOGIA EMPREGADA .................................................................................. 126
4.1. A NECESSIDADE DE UM MÉTODO.................................................................. 126
4.2. A ESTRUTURA DO MÉTODO ............................................................................. 126
4.3. LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES ............................................................ 127
4.4. DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 132
4.4.1. DURABILIDADE .......................................................................................... 133
4.4.1.1. Fatores Atmosféricos: ................................................................................ 133
4.4.1.2. Fatores Biológicos:..................................................................................... 134
4.4.1.3. Fatores de Carga: ........................................................................................ 135
4.4.1.4. Fatores de Incompatibilidade: .................................................................... 135
4.4.1.5. Fatores de Uso: ........................................................................................... 135
4.4.2. CLASSIFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ................. 136
4.4.2.1. UMIDADE ................................................................................................. 137
4.4.2.2. TRINCAS E FISSURAS ............................................................................ 138
4.4.2.3. PATOLOGIA DE REVESTIMENTOS ..................................................... 138
4.4.2.4. CORROSÃO .............................................................................................. 149
4.4.2.5. OUTRAS PATOLOGIAS .......................................................................... 156
4.5. CONDUTA A SER SEGUIDA............................................................................... 156

5. O PATCAD – ENSAIOS DE CAMPO ............................................................................ 159


5.1. ENSAIOS GEOTÉCNICOS DO TIPO SPT .......................................................... 159
5.2. ENSAIO DE SCANEAMENTO DIGITAL............................................................ 167
5.3. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ................................................................... 170

6. ESTUDO DE CASOS ...................................................................................................... 177


6.1. CASO 1: ALAGAMENTO DO FOSSO DA CAMARA DE PRESSURIZAÇÃO 178
6.2. CASO 2: MURO NA SUBIDA DA GARAGEM SUPERIOR .............................. 185
6.3. CASO 3: FISSURA NA RAMPA DE ACESSO DA PISCINA ............................. 190
6.4. CASO 4: AFUNDAMENTO DO PISO INTERTRAVADO DA GARGEM ........ 194

8
6.5. CASO 5: BURACO DOS PARAFUSOS NA LAJE DA GARAGEM .................. 200
6.6. CASO 6: AFUNDAMENTO DO PISO DA ENTRADA DE VEÍCULOS ............ 204

7. CONCLUSÃO.................................................................................................................. 148
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 150
APÊNDICE – Ficha de Inspeção............................................................................................ 153

9
14

1. INTRODUÇÃO

É fato comum, em diversas épocas, obras construídas não apresentarem


desempenho satisfatório, o que desperta uma preocupação constante na sociedade,
incentivando intensamente os estudos nas áreas de tecnologia da construção. Inicialmente,
houve a busca de soluções apenas dos problemas mais comuns, causadores de alguma falta de
segurança estrutural. Com o passar do tempo, novos conceitos foram sendo inseridos, de tal
forma que surgiu a necessidade de analisar as obras civis como um todo. Logo, os problemas
de desempenho insatisfatório também começaram a ser entendidos dentro de um contexto
global, diferentemente do que era feito anteriormente.
Com a evolução da tecnologia da construção, adquiriu-se um conhecimento que
permitiu à humanidade, dentro de certos limites, construir obras adaptadas às suas
necessidades, mas respeitando um equilíbrio com o meio-ambiente.
Estamos vivendo uma época em que se tem dedicado muito esforço para melhorar
a qualidade das construções, tendo em vista a extrema importância que terá no futuro o
comportamento das obras. Não é necessário ser pessimista para saber que as obras de hoje
apresentarão problemas dentro de poucos anos. Sendo assim, as empresas visionárias estão
criando seus próprios departamentos dedicados ao estudo das patologias das construções, com
o objetivo de buscar a solução para esses problemas.
Estamos conscientes de que a qualidade é imprescindível e rentável, a curto e
longo prazo, e não somente do ponto de vista econômico, ao se evitar gastos com reparação e
reforço de obras, mas também do ponto de vista de prestígio nacional e internacional, com
vistas a ganhar mercados em um campo onde a competência é cada vez maior. Mesmo tendo
tido um avanço significativo na qualidade das construções, os problemas patológicos
apresentados não sofreram uma redução na mesma proporção.
Mesmo assim, a cada dia se conhecem mais os problemas de durabilidade do
concreto, se sabe mais sobre o comportamento das estruturas, se presta mais atenção à
execução, ao controle de qualidade, que se estende desde o projeto aos materiais, execução,
instalações, etc. Procura-se dispor de técnicos mais bem capacitados, se tomam mais
precauções para se evitar ações que levem as estruturas a estados limites, etc. Pode-se dizer
que hoje em dia não existe mais justificativa para uma obra de má qualidade, entretanto, a
realidade mostra que elas continuam existindo. É certo que se tem avançado muito, porém,
ainda há muito por fazer.

14
15

A preparação técnica de arquitetos, engenheiros e construtores é o melhor


caminho que se pode seguir para minimizar os defeitos e falhas na construção. Uma boa
preparação técnica, unida a um bom controle de qualidade em todas as fases da obra, reduz
notavelmente o número de falhas que costumeiramente apresentam as construções,
aumentando assim a sua vida útil e reduzindo, ao mesmo tempo, os gastos de manutenção,
reparação e reforço.
Realmente, as lesões ou enfermidades das estruturas são fenômenos tão antigos
como os próprios edifícios das quais elas formam parte. Segundo Cánovas (1994), na
Mesopotâmia, há quatro mil anos atrás, o Código de Hammurabí já assinalava cinco regras
para prevenir defeitos nos edifícios, sendo, portanto, o primeiro tratado sobre patologias das
construções. As cinco regras básicas a que se refere o citado código, pelo seu conteúdo,
sugere que, naquela época, devem ter tido uma grande repercussão na qualidade das
construções. Estas regras eram:
a) se um construtor faz uma casa para um homem e não a faz firme e seu
colapso causa a morte do dono da casa, o construtor deverá morrer;
b) se causa morte do filho do dono da casa, o filho do construtor deverá
morrer;
c) se causa a morte de um escravo do proprietário da casa, o construtor
deverá dar ao proprietário um escravo de igual valor;
d) se a propriedade for destruída, ele deverá restaurar o que foi
construído por sua própria conta ; e
e) se um construtor faz uma casa para um homem e não a faz de acordo
com as especificações e uma parede cai, o construtor reconstruirá a
parede por sua conta.
Dada a necessidade de consolidar, organizar e ampliar os conhecimentos na área
de patologias das construções, diversos organismos internacionais têm concentrado esforços
nesta direção. Dentre as pesquisas realizadas, devem ser ressaltados os esforços do CSTC
(Centre Scientifique et Technique de la Construction) na Bélgica, do BRE (Building Research
Establishment) na Inglaterra e da EPEBAT (Association Pour L’étude de la Pathologie et de
L’entretien du Bâtiment) na França, entre outros. No Brasil, já em 1980, Ioshimoto em
trabalho realizado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo),
pesquisou a ocorrência de alguns problemas patológicos em 36 conjuntos habitacionais,
visitando um total de quase 500 habitações.

15
16

Percebe-se, desta maneira, que o longo caminho a ser seguido está sendo traçado,
em que o levantamento da situação existente é o primeiro passo a ser dado. Com tais dados
em mão, poder-se-ia então buscar uma homogeneização de conceitos e métodos. Este trabalho
de homogeneização, segundo Lichtenstein (1986) começou a ser feito com a criação, pelo
CIB (Conseil International Du Bâtiment), de uma comissão de trabalho, a W 86 – Patologia
das Construções.
As propostas iniciais de trabalho foram as seguintes:
a) desenvolvimento de estruturas de investigação e divulgação das falhas.
As primeiras estruturas serão produzidas para a infiltração de ar e água
pelas janelas, fissuração de paredes internas de alvenaria resistente e
umidade associada com coberturas planas;
b) identificação dos tipos mais comuns de falhas das construções e as
medidas terapêuticas aplicadas a elas ; e
c) definição do campo da Patologia das Construções.
É realmente muito difícil conhecer a situação atual dos problemas patológicos, já
que, assim como os êxitos são sempre lançados aos quatro ventos, os fracassos são
encobertos, procurando-se evitar sua transparência. Freqüentemente é dada pouca importância
aos defeitos ou lesões que apresentam as estruturas e, portanto, não chegam a formar parte das
estatísticas, já que o próprio construtor ou as corrige, ou as encobre. Sendo assim, os estudos
acabam por se concentrar nas patologias que causam problemas imediatos ou de grandes
proporções. Os demais, menos importantes, visto que, em sua maioria, só serão percebidas
com o passar do tempo, não são objetos de estudo e cuidado, ficando sua reparação por conta
do usuário da obra. As patologias ocorrem com muito mais freqüência do que se pensa ou se
admite, o que ocorre é que somente poucas têm conseqüências muito significativas ou até
mesmo catastróficas.
Porém, pensando numa construtora séria, onde a correta aplicação de recursos e o
respeito do consumidor são fatores vitais para sua sobrevivência, a criação de um banco de
dados real e fidedigno das patologias apresentadas é algo extremamente útil, pois a partir dele
pode-se tirar conclusões valiosíssimas que vão permitir uma melhor aplicação de soluções,
gerando uma vida maior às obras e menores custos com manutenção, reparações e reforços.
Em 1856, Robert Stevenson, presidente do Instituto Britânico de Engenharia,
recomendava que “os acidentes que ocorreram nos últimos anos, deviam ser compilados,
analisados e divulgados, pois nada seria tão útil e instrutivo, para os jovens alunos e
profissionais, como o conhecimento dos mesmos e os métodos empregados em sua reparação.

16
17

A divulgação precisa de tais acidentes e os métodos empregados para sanar suas


conseqüências seriam, na realidade, mais valiosos que os milhares de relatos auto-elogiosos
dos trabalhos bem realizados que os construtores e órgãos empresariais apresentam ao público
e seus acionistas”.
Segundo Thomaz (1992), a ausência de registros e de divulgação de informações
sobre problemas patológicos retarda o desenvolvimento das técnicas de projetar e de
construir, fato este que, em sua visão, limita a formação dos novos profissionais, uma vez que
não lhes são dadas as informações sobre como evitar erros que já foram repetidos inúmeras
vezes no passado.
De acordo com Ioshimoto (1988), a ocorrência de manifestações patológicas em
edificações pode originar-se nas fases de planejamento, projeto, fabricação de materiais e/ou
componentes, execução ou uso. Tal ocorrência, segundo o autor, está relacionada com o nível
de controle de qualidade realizado em cada uma destas fases e também com a compatibilidade
entre as mesmas.
A American Railway Engineering Association publicou, em 1918, uma
compilação de 25 acidentes produzidos em construções de concreto, classificando, segundo
sua origem, em:
a) falta de qualidade dos materiais;
b) erros de projeto;
c) erros de execução;
d) carga prematura da estrutura;
e) alicerces insuficientes; e
f) incêndios.
Concluiu-se com esse estudo que somente mediante uma cuidadosa inspeção seria
possível diminuir o número de acidentes. Sendo assim, o processo de monitoração de uma
estrutura compreende desde sua concepção até sua demolição, incluindo o planejamento,
projeto, escolha de materiais, construção, uso e manutenção. Indiscutivelmente, a vida de uma
obra depende dos cuidados tidos com ela em todas suas etapas, não somente na fase de
projeto, como também durante a construção e posteriormente durante o resto de sua vida, com
revisões periódicas e manutenções.
Qualquer obra se encontra submetida a ação de elementos como calor, umidade,
ventos, etc., tendo ainda que suportar ações mecânicas que podem fatigá-la e até destruí-la.
Sendo assim, os cuidados e a vigilância, importantíssimos durante sua construção, não devem
cessar com a realização da obra. Por último, a obra, com o passar do tempo, envelhece em um

17
18

processo contínuo de degradação, que pode ser mais ou menos lento dependendo de sua
adequação ao meio-ambiente e da qualidade dos materiais empregados.
Em geral, pode-se assegurar que os acidentes catastróficos em estruturas não
obedecem a uma só causa ou patologia atuando isoladamente, mas sim a uma combinação de
várias delas. É freqüente encontrar estruturas com danos graves produzidos por causas de
menor ordem, mas que, atuando simultaneamente com outras, acabam por gerar graves
problemas. Uma grande parte dos danos que apresentam as estruturas são de caráter evolutivo.
Para tratar estas patologias de evolução progressiva deve-se prover uma boa vigilância, a fim
de se intervir antes que os danos possam chegar a limites que levem a estrutura a um estado
crítico.
Portanto, o estudo dos problemas existentes nas edificações, com identificação de
sua fase de origem, contribui para que, em obras futuras, sejam tomadas medidas preventivas
com o objetivo de evitar o surgimento de problemas patológicos, uma vez que se sabe que
manifestações patológicas em intensidade e incidência significativa demandam elevados
investimentos de recursos financeiros para sua correção.
Sendo assim, o objetivo deste trabalho é identificar as incidências de
manifestações patológicas nas áreas comuns internas das edificações existentes no Edifício
Autêntico Batista Campos. A escolha do objeto de estudo e o desenvolvimento deste trabalho
teve como finalidade fundamentar e subsidiar as seguintes ações:
a) planejamento das atividades de manutenção corretiva e preventiva;
b) implementação de medidas que visam, a partir de projetos e execução,
minimizar a ocorrências das patologias observadas; e
c) esclarecimento das autoridades, através do trabalho resultante, sobre a
urgência de destinação de recursos para viabilizar o programa de
manutenção.
De tal forma, o presente trabalho também se insere na busca do desenvolvimento
do estudo das patologias das construções, fornecendo uma visão geral dos tipos de problemas
patológicos. Ainda, baseado em sugestões de metodologia para a resolução destes problemas,
devidamente adaptados, procurou-se sugerir, inclusive, um procedimento para levantamento e
registro de informações.

18
19

2. EDIFICIO AUTÊNTICO BATISTA CAMPOS

O Edifício Autêntico Batista Campos, consiste em uma edificação


aporticada em concreto armado e fundação em estaca tipo Hélice Continua na região
da torre principal e estacas raiz nas áreas complementares, composta por 26
pavimentos, sendo 04 apartamentos por andar com áreas variando de 132 a 143 m²,
com 03 (três) suítes, sala de estar/jantar, varanda, copa cozinha e dependência de
empregada, com direita a 2 ou 3 vagas de garagem.

A área comum compreende: salão de festas, salão de jogos, playground,


piscinas de adulto e infantil, ETE. churrasqueira com forno de pizza e vestiário.

O Edifício Autêntico Batista Campos, fica localizado na Av. Serzedelo


Correa, nº 1191 – BATISTA CAMPOS - BELÉM – PA, tendo sido construído pela
empesa CAPITAL ROSSY, com sede na cidade de Manaus estado do Amazonas, e
entregue no ano de 2015.

Figura 01 - Vista virtual do Edificio Autêntico Batista Campos nº 1191

É praticamente impossível iniciar qualquer levantamento de manifestação


patológica de construções do Edifício Autêntico Batista Campos sem remontar às
origens do em torno bairro de Batista Campos, porque não se pode estabelecer, com a
devida justiça, a relação de anseio e preocupação por parte dos moradores quanto a
solução das patologias de construção nesta edificação, uma vez que se trata de uma

19
construção recente, com menos de 05 (anos) de concluída, considerada de alto padrão 20

em um bairro nobre da cidade de Belém – PA.

Batista Campos é um bairro nobre, organizado e próspero da cidade de


Belém do Pará, com moradores de classe A e B.

Compreende uma área de 109,2 há com uma população de 19.136 mil e


densidade 13.475 hab com aproximadamente 6 100 unidades.

Figura 02 - Planta de localização do Bairro Batista Campos

O bairro de Batista Campos tem como limites: o bairro da Campina


(noroeste), o bairro de Nazaré (norte e nordeste), o bairro de Cremação (leste), o
bairro de Condor (sudeste), e o bairro de Cidade Velha (sudoeste). O seu nome é em
homenagem ao Cônego João Batista Gonçalves Campos (1782-1834) um dos
inspiradores da Cabanagem. A maioria de suas ruas recebeu nomes de tribos
indígenas, como: Pariquis, Timbiras, Caripunas..., situação semelhante ao vizinho
bairro do Jurunas. Nele ainda fica situado um dos maiores Shoppings Center de
Belém, o Shopping Pátio Belém.

O crescimento vertical da Batista Campos que ainda existe em


determinados pontos do bairro, já que é atualmente, um dos locais mais valorizados
da Grande Belém, muda os hábitos dos moradores. Apesar da expansão imobiliária
que o bairro sofreu nos últimos anos, principalmente com o surgimento de espigões e
prédios comerciais, Batista Campos ainda conserva vários casarões antigos,
construídos nos séculos XIX e XX, resquícios históricos do bairro que ainda resistem
ao processo de modernização da cidade.

20
O bairro compreende a área envolvida pela poligonal que tem início na 21

interseção da Rua Gama Abreu com a Avenida Serzedelo Corrêa, segue por esta até a
Avenida Gentil Bittencourt, dobra à esquerda e segue por esta até encontrar a
Travessa Quintino Bocaiúva, flete à direita e segue por esta até a Rua Conceição, flete
à direita e segue por esta até a Travessa Doutor Moraes, dobra à esquerda e segue por
esta até a Pass Pinheiro, dobra à direita e segue por esta até encontrar a Travessa
Padre Eutíquio, flete à esquerda e segue por esta até sua interseção com a Travessa
Quintino Bocaiúva, segue por esta até a Travessa Tupinambás, flete à direita e segue
por esta até a Rua Arcipreste Manoel Teodoro, flete à esquerda e segue por esta até
sua interseção com a Avenida 16 de Novembro, dobra à direita e segue por esta até a
Avenida Almirante Tamandaré, dobra à direita e segue por esta até a Travessa Padre
Eutíquio, a partir da qual recebe a denominação de Rua Gama Abreu, por onde segue
até o início da poligonal.

Além de ser um dos bairros mais organizados e estruturados de Belém,


Batista Campos possui uma vasta rede de serviços, com um shopping Center, quatro
grandes supermercados, nove escolas particulares e seis estaduais, dois hospitais
particulares, um posto de saúde e 14 grandes farmácias. A rua dos 48, localizada
próximo ao Shopping Pátio Belém, é uma das maiores regiões comerciais do Bairro,
assim como a feira da Praça Batista Campos. O bairro possui uma das melhores
agitações noturnas da capital, concentrando vários restaurantes e bares, alguns dos
melhores de Belém, além da vida noturna, Batista Campos concentra boas opções de
hotéis, como o Expresso XXI Batista Campos e o Soft Inn Batista Campos. Os
principais pontos turísticos do bairro é a Praça Batista Campos e a Igreja da
Santíssima Trindade.
A verdade é que aquele pequeno e pacato bairro, escolhido como local de
moradia do “sonho de morar bem”, não conseguiu superar o desconforto dos
moradores quanto ao surgimento de Patologias de Construções em um prédio com
menos de 5 anos de tempo de vida útil.

21
2.1. ASPECTOS LEGAIS

O do SINDUSCON-PA, no ano de 2010 realizou o lançamento do Manual


Garantias, o qual veio da constatação de uma incômoda contradição: a inexistência de
cuidados preventivos em edificações prediais, individuais e coletivas, que tem como regra
comum o “período de garantia de 5 anos”, e nessa visão distorcida, o condomínio tenta
imputar ao construtor todo e qualquer ônus, com desconhecimento de suas próprias
obrigações legais.

Essa dualidade tem tornado crescente o número de litígios entre construtores e


condomínios, requerendo, portanto, a necessidade de um guia prático que tem como
objetivo definir com clareza as obrigações das partes, nos aspectos pertinentes ao mau uso,
à ausência ou deficiência de manutenção – preventiva ou corretiva – dos reais problemas
construtivos, estabelecendo tecnicamente os limites das respectivas responsabilidades.

Assim sendo, o Manual Garantias constituiu-se como ferramenta para


proprietários de imóveis, construtores, instituições financeiras, empresas estatais que
atuam no setor habitacional, fóruns de relação de consumo e meio jurídico, pois além de
contribuir com informações detalhadas sobre os materiais na construção da unidade
imobiliária e seus prazos de garantia, oferece instruções para a correta utilização e
manutenção, visando uma maior durabilidade do imóvel.

Aos preceitos estabelecidos na NBR 5674:99, incorpora-se o manual Garantias


editado pelo SINDUSCON-PA (2010), contribuindo de maneira clara e objetiva na
divulgação da importância de planos de manutenção preventiva como uma condição
importante para que se alcancem os objetivos do prolongamento da vida útil das
edificações, com menor custo que o trabalho corretivo, com ênfase nos cuidados e
obrigações de ambas as partes, o que certamente contribuirá para garantir a qualidade da
edificação.
A evolução das instituições e da democracia no Brasil lançou a toda a sociedade
um desafio de mudar os antigos paradigmas e buscar uma nova ordem, onde o bem- estar
social e os direitos do cidadão são fundamentais. Neste sentido, a Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC) entende que não é mais uma competência exclusiva do

22
judiciário a defesa desses direitos, mas de toda a sociedade. Os empresários, portanto, tem
uma responsabilidade e um papel primordial neste contexto.
Não é à toa que a defesa da sustentabilidade, da valorização do trabalho, do
respeito às leis e do incentivo à inovação tecnológica tornaram-se bandeiras da CBIC em
sua atuação nacional junto aos empresários de toda a cadeia produtiva da construção.
Entende-se que o setor tem prestado uma expressiva contribuição para a evolução
econômica e social do país, com a geração recorde de empregos, com o aquecimento da
economia e com a solução de problemas estruturais, como: o déficit habitacional ou as
limitações de infraestrutura em áreas estratégicas.

Ao editar o “Manual de Garantias” o SINDUSCON-PA cumpre mais uma de suas


finalidades como órgão de defesa de seus associados, e de grande importância, porque atua
usando o moderno conceito da prevenção. É papel do sindicato não apenas discutir
cláusulas de dissídio trabalhista coletivo, mas também criar instrumentos de orientação a
todos os seus sindicalizados. Essa orientação atende ao moderno conceito de prevenção
pelo qual não se atua de forma repressiva, mas sim, de forma a prevenir e evitar o
surgimento de conflitos.

O “Manual de Garantias” serve, assim, como verdadeiro guia informativo para o


incorporador e construtor, possibilitando-lhes melhor conhecimento sobre a matéria,
melhor atuação. Quem previne litígios valoriza sua imagem e seu produto, ambos
fundamentais para a construção de uma marca de qualidade.

Creio, pois, que a edição do “Manual de Garantias” vem suprir um vazio, e


certamente muito contribuir para a melhora da indústria da Construção Civil no mercado
paraense. O conteúdo do Manual é excelente, contendo todas as informações típicas da
espécie, como também modelos de documentos a serem expedidos na atividade do
construtor.

“CONHECER É FUNDAMENTAL PREVENIR AINDA É A MELHOR SOLUÇÃO”

O maior tormento para os que lidam com a proteção e a defesa do consumidor no


âmbito do Ministério Público está ligado à necessidade de triagem das pendências, uma

23
vez que o Ministério Público, em conformidade com o disposto no artigo 81 do Código de
Defesa do Consumidor (CDC), somente se legitima a agir quando o assunto envolve
interesses ou direito difusos, isto é,”trans-individuas,de natureza indivisível,de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato”(inciso I); ou
interesses ou direitos coletivos,ou seja, “trans-individuas de natureza indivisível de que
seja titular grupo,categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou a parte contrária, por
uma relação jurídica base”(inciso II); ou, ainda, quando se tratar de direito ou interesses
individuais homogêneos, assim entendidos os “decorrentes de origem comum”(inciso III).

Essas questões foram muito bem resolvidas pelo Código de Defesa do


Consumidor, cujo texto, aliás, teve marcante contribuição ditada pela experiência de
membros do Ministério Público paulista.

Convém destacar desde logo – porque essa será a baliza que delimitará a atuação
do Ministério Púbico no trato das relações de consumo – que as normas de proteção e
defesa do consumidor, insculpidas no referido Código, são todas, antes de tudo, e acima de
tudo, conforme explicitamente proclamado no seu artigo 1º, normas “de ordem pública e
interesse social”, de natureza cogente, portanto, a chamar, quase sempre, a presença
atuante, se bem que não exclusiva, do Ministério Público, no sentido de garantir a
igualdade nas relações jurídicas estabelecidas entre consumidores / fornecedores /
prestadores de serviços, relações essas que envolvem, via de regra, uma gritante e histórica
desigualdade, muitas vezes difícil de superar, quer do ponto de vista estritamente jurídico,
quer do ponto de vista econômico e social.

No tocante a Construção Civil, estão em jogo, na verdade, não apenas relações


comerciais, mas, sobretudo, direito sociais impostergáveis, como o direito a moradia,
assegurado constitucionalmente e vinculado normalmente a concretização do “sonho da
casa própria”, que constitui, usualmente, o objetivo, o desiderato e o resultado de toda
uma vida de insano labor.

Não causa espécie, portanto, que, no dia a dia do Ministério Público Estadual,
especialmente no âmbito das promotorias de justiça do consumidor, tornem-se tão
frequentes e recorrentes as reclamações de proprietários ou promitentes – compradores de

24
imóveis contra condomínios e construtoras / incorporadoras ou prestadores de serviços em
geral, ou ainda, de condomínios contra estes últimos, especialmente no que concerne à
durabilidade e / ou defeitos ou imperfeições da obra, o que, não raro, transforma – se em
verdadeiro pesadelo para todos os interessados.

O que mais se evidencia, entretanto, quando alguém se arrisca a analisar com


vagar a casuística dessas pendências, é o elevado grau de desinformação por parte dos
proprietários ou dos condomínios, que se contrapõe, no mais das vazes, à correspondente
falta de informação ou transparência da parte das construtoras / incorporadoras ou
prestadores de serviços, acerca dos direitos relacionados às edificações, quer sejam estas
residenciais ou não residenciais.

Diante desse quadro, é muito bem – vinda a iniciativa do Sindicato da Indústria da


Construção do Estado do Pará (SINDUSCON-PA), de editar um “Manual de Garantias”,
com a ampla, correta e oportuna divulgação das regras sistematizadas pela Associação
Brasileira de Normas técnicas (ABNT) sobre a utilização e a manutenção das edificações,
com o seu vasto e consectário leque de garantias e definição de responsabilidades que vão
das obrigações do construtor quanto à estrutura e material utilizado, até aos deveres do
proprietário ou condomínio pelo bom uso, prevenção e conservação das mais variadas
instalações das casas e edifícios.

Este Manual constitui, assim, com toda certeza, uma ferramenta de grande valia
para todos os operadores do Direito que atuam no ramo do consumidor, em especial para
os que lidam com as questões atinentes à construção de prédios, bem como para os
proprietários e condomínios e até mesmo para o próprio segmento empresarial que se
dedica à Construção Civil.

Conhecer é fundamental. Prevenir ainda é a melhor solução para todo e qualquer


conflito de interesses.

Há leis que têm a peculiaridade de promover verdadeiras transformações sociais.

É o caso, sem dúvida, do Código de Defesa do Consumidor.

Com efeito, a Lei 8078, de 11.09.90 que passou a vigorar em meados de março de

25
1991, por força de seu art. 118 que lhe deu uma vacacio legis de 180 dias, promoveu uma
verdadeira “revolução” no ordenamento jurídico brasileiro.

Dentre tantos diplomas legais que permeavam a extensa malha legislativa que
vigorava simultaneamente no Brasil, o CDC alterou profundamente o sistema,
introduzindo novos institutos e fazendo uma releitura em outros, adaptando-os às relações
jurídicas de consumo.

Mais do que uma simples lei, o CDC veio suprir uma verdadeira lacuna, então
existente, face à ineficácia e incompatibilidade com a velha ordem disciplinada pelo
vetusto Código Civil de 1916 que, com seus preceitos e concepções não se fazia suficiente
no combate aos abusos do mercado.

Àquela altura, o Brasil já havia a muito, deixado de ser um país unicamente


exportador de matéria-prima e dava passos largos para transformar-se na potência
econômica que hoje é. Vale dizer: de simples fonte extrativista, já se desenhava e ensaiava
a transformação em um país industrializado onde as relações massificadas assumiam
grande parte dos litígios inter-subjetivos que chegavam aos Tribunais e lhes exigiam um
forte pronunciamento.

Ora, a vasta legislação então vigorante em nosso país, não se afigurava dotada de
instrumentos que permitissem ao consumidor um enfrentamento igual e justo diante dos
novos problemas que exsurgiam.

Era premente a existência de um corpo de lei que produzisse a defesa direta do


consumidor e que reconhecesse uma relação jurídica peculiar, diferente da civil então
conhecida. De resto, urgia que uma nova ordem jurídica desse respostas prontas e
imediatas aos conflitos então já em voga.

O advento do CDC se constituiu numa novidade e produziu efeitos diversos: para


uns foi saudado como um novo ramo do direito, com finalidade específica e destinado a
promover a justiça em prol de um sujeito de direito: o consumidor; para outros, a lei foi
encarada com muita desconfiança, na medida em que transparecia se um instrumento de
penalização ao empresariado.

26
Não se pode compreender o CDC como uma lei repressiva aos empresários, até
porque expressiva parte dos países do chamado “primeiro mundo” detém instrumentos
legais semelhantes, tal como ocorre com Itália, França, Alemanha, Espanha, Portugal,
Japão, Noruega, Dinamarca, Suécia, Argentina, Estados Unidos da América do Norte
entre outros.

Os fundamentos do direito do consumidor são constitucionais e sua existência


dignifica o ser humano. Além disso, o CDC aprimora a concorrência, prega a qualidade
(de produtos e serviços); educa o consumidor a bem consumir; e, ao cabo e ao resto,
depura o mercado, expungindo arrivistas e descompromissados com o que produzem e
fazem.

Nosso CDC inovou e inovou bem. Poder-se-ia mencionar, à guia de exemplo, a


base principio lógica que o anima (princípios vulnerabilidade, boa-fé objetiva,
informação/transparência, harmonia, coibição e repressão aos abusos praticados no
mercado de consumo, para citar apenas alguns) e conceitos (de consumidor e fornecedor)
positivados na lei e que emolduram a relação consumerista, já que traçam – e firmam – a
rede protetiva do novo sujeito de direito. O escopo pretendido é promover a igualdade
numa relação substancialmente desigual, mormente do ponto de vista, fático, econômico,
jurídico, técnico e informacional. Isto o CDC brasileiro, inegavelmente, alcançou.

Apesar de ser um texto legal de excelência, porquanto se expressa numa linguagem


moderna e direta, que além de inovadora repagina alguns institutos, a lei, como toda obra
humana, é sujeita a interpretações e falhas.

Mesmo que se reconheçam os avanços conquistados em sede legislativa, tal como a


definição da responsabilidade objetiva do fornecedor (pelo fato do produto e dos serviços
e dos vícios dos produtos e dos serviços); a solidariedade passiva; a invalidade da cláusula
de não-indenizar; a interpretação do contrato de consumo; as cláusulas abusivas e as
noções de vícios e defeitos nos produtos e serviços; a consolidação dos conceitos de
direitos e interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, entre tantos mais, nem
tudo ficou perfeitamente esclarecido, restando um vazio a ser preenchido pela doutrina e
jurisprudência dos tribunais.

27
No exato ponto da garantia – de serviços e produtos - a interpretação ainda cambia,
visto que o CDC reporta-se ora a garantia legal, ora a contratual, abrindo espaço para
significativas discussões que têm chegado às cortes do Judiciário. Tais debates, não raro,
propiciam litígios que chegam tanto ao conhecimento das autoridades administrativas que
integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, de vários níveis da Federação,
como aos tribunais.

De efeito, constata-se no MANUAL DE GARANTIAS a estrita observância dos


princípios da informação e transparência, assim como da boa-fé objetiva nas relações de
consumo pregadas pela Lei 8078/90. A apresentação e leitura é boa, fácil e detalhada o
que, por certo, contribuirá para harmonia nos negócios desse segmento. Ademais, o
MANUAL DE GARANTIAS educa o utente sobre questões técnicas sobre prazos e
cuidados que deva ter com os materiais utilizados, permitindo que melhor usufrua com
segurança e qualidade esses produtos.

Tal iniciativa deve ser por todos os modos, considerada como saudável e educativa,
se constituindo num largo passo para contribuição em diminuir conflitos judiciais nessa
área.

Muito embora não se possa dizer que, os tribunais acolherão, integralmente, as


proposições constantes do MANUAL DE GARANTIAS, pode-se ter inequívoca certeza
que se trata de uma forte colaboração do SINDUSCON-PA, bem reveladora de seus bons
propósitos e intenções ao escrevê-lo.

Segue o texto do MANUAL DE GARANTIAS na integra :

28
CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

29
1 MANUAL GARANTIAS – OPERAÇÃO, USO, MANUTENÇÃO E GARANTIA DA
EDIFICAÇÃO

O MANUAL GARANTIAS atende ao disposto no Código Brasileiro de Defesa do


Consumidor - CDC (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990). Está de conformidade com
NBR 5674 da ABNT, de setembro de 1999.

Assistência técnica e inspeção constituirão um capitulo importante entra à


construtora, fornecedores e proprietário de imóveis, razão pela qual foi elaborada a
publicação do MANUAL GARANTIAS das edificações, que visa informá-los sobre as
garantias aplicáveis ao imóvel, assim como cuidados de uso e inspeção devidas, visando
assegurar as garantias contratadas e a vida útil de seus componentes.

Segundo a norma NBR 5674:99, “as edificações são o suporte físico para
realização direta ou indireta de todas as atividades produtivas, e possui, portanto, um valor
social fundamental. Todavia, as edificações apresentam uma característica que as
diferencia de outros produtos. Elas são construídas para atender seus usuários durante
muitos anos e ao longo deste tempo devem apresentar condições adequadas ao uso a que
se destinam, resistindo aos agentes ambientais e de uso que alteram suas propriedades
técnicas iniciais”.

Neste MANUAL GARANTIAS estão considerados os prazos de garantia, para os


sistemas consultivos empregados no imóvel, contados a partir da expedição pelo órgão
competente do “Habite-se” ou, em casos especiais, a partir da data de em entrega do
imóvel, e para os componentes e materiais, da emissão da respectiva nota fiscal.

Os prazos constantes do MANUAL GARANTIAS foram estabelecidos em


conformidade com as normas técnicas e regras legais vigentes sobre as relações de
consumo em vista do estágio atual da tecnologia de cada um dos seus componentes, além
dos serviços empregados na construção. Assim sendo, os prazos referidos em tais
documentos correspondem a prazos totais da garantia.

Constitui condição de garantia do imóvel a correta inspeção, manutenção


preventiva e corretiva, quando necessário, das unidades e das áreas comuns do
condomínio, além de sua correta utilização, conforme orientações apresentadas no
MANUAL DO PROPRIETÁRIO.

30
1.1 TERMINOLOGIA – MANUAL DE OPERAÇÃO, USO, MANUTENÇÃO E GARANTIA DE
EDIFICAÇÃO.

Para esta publicação, aplicam-se as definições utilizadas pelas normas brasileiras,


legislações vigentes e pela literatura disponível a respeito de manutenção predial.

CÓDIGO DE PROTEÇAO E DEFESA DO CONSUMIDOR: Lei nº 8.078 de 11/09/1990,


que
institui o Código de Proteção e Defesa do consumidor, melhor definindo os direitos e
obrigações de consumidores e fornecedores, como empresas construtoras e/ou
incorporadoras.

Código Civil Brasileiro: Lei nº 10.416 de 10/01/2002, que regulamenta a legislação


aplicável às relações civis.

Colocação em uso: atividades necessárias para permitir a ocupação inicial da edificação


em condições de funcionamento de suas instalações e equipamentos.

Componente: produto constituído por materiais definidos e processados em conformidade


com princípios e técnicas específicas de Engenharia e da Arquitetura para, ao integrar
elementos ou instalações prediais da edificação, desempenhar funções específicas em
níveis adequados.

Discriminação técnica: descrição quantitativa e qualitativa de materiais, componentes,


equipamentos e técnicas a serem empregados na realização de um serviço ou obra.

Durabilidade: propriedade de edificação e de suas partes constituintes de conservarem a


capacidade de atender aos requisitos funcionais para os quais foram projetados, quando
expostas às condições normais de utilização ao longo da vida útil projetada.

Edificação: Ambiente constituído de uma ou mais unidades autônomas e partes de uso


comum.

Equipamento: Utensílio ou máquina que complementa o sistema construtivo para criar as


considerações de uso das edificações.

Garantia: Termo de compromisso de funcionamento adequado de uma edificação,


componente, instalação, equipamento, serviço ou obra, emitido pelo seu fabricante ou
fornecedor.

Inspeção técnica / revisão: avaliação do estado da edificação e de suas partes


constituintes, com o objetivo de orientar as atividades de manutenção.

Instalações: produto constituído pelo conjunto de componentes construtivos, definido e


integrado, em conformidade com princípios e técnicas da Engenharia e da Arquitetura

31
para, ao integrar a edificação, desempenhar, em níveis adequados, determinadas funções
ou serviços de controle e condução de sinais de informação, energia, gases, líquidos e
sólidos.

Manual do proprietário: Documento entregue no final da construção ao proprietário e ao


síndico, que reúnem todas as informações necessárias para orientar as atividades de
operação, uso, inspeção e manutenção da edificação, além da indicação de fornecedores e
desenhos elucidativos.

Manutenção: conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a


capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes para atender as
necessidades e segurança de seus usuários.

Manutenção corretiva: manutenção efetuada após a ocorrência de uma falha, realizada


para corrigir as causas e efeitos de ocorrências constatadas, destinando-se a recolocar o
componente em condições de executar sua função requerida.

Manutenção preventiva: manutenção efetuada em intervalos predeterminados, conforme


critérios prescritos. É realizada para manter o equipamento ou instalação em condições
satisfatórias de operação, destinando-se a reduzir a possibilidade de falha ou degradação
natural do desempenho do componente, bem como prevenir contra ocorrências adversas.

Manutenção rotineira: manutenção efetuada juntamente com os cuidados de uso e


realizada pelo próprio usuário durante a utilização do produto. Visa manter o equipamento
ou instalação em condições satisfatórias de operação, destinando-se a reduzir a
possibilidade de falha ou degradação natural do desempenho do componente, bem como
prevenir contra ocorrências adversas.

Operação: conjunto de atividades a serem realizadas para controlar o funcionamento de


instalações e equipamentos com a finalidade de criar condições adequadas de uso da
edificação.

Prazo de garantia: período em que o construtor, incorporador e/ou fornecedor respondem


pela adequação do produto quanto ao seu desempenho, dentro do uso que normalmente
dele se espera, desde que sejam realizadas as revisões previstas e indicadas pela
construtora.

Projeto: descrição gráfica e escrita das características de um serviço ou obra de


Engenharia ou de Arquitetura, definindo seus atributos técnicos, econômicos, financeiros e
legais.

Proprietário: pessoa física ou jurídica que tem o direito de dispor da edificação.

32
Sistema construtivo: conjunto de princípios e técnicas da Engenharia e da Arquitetura
utilizado para compor um todo capaz de atender aos requisitos funcionais para os quais a
edificação foi projetada, integrando componentes, elementos e instalações.

Sistema de manutenção: conjunto de procedimentos organizados para gerenciar os


serviços de manutenção. Solidez da construção, segurança e utilização de materiais e solo:
são itens relacionados à solidez da edificação e que possam comprometer a sua segurança,
neles incluídos peças e componentes da estrutura do edifício, tais como lajes, pilares,
vigas, estruturas de fundação, contenções e arrimos.

Termo de garantia: é o prazo estipulado pelo termo de compromisso de funcionamento


adequado de uma edificação, componente, instalação, equipamento, serviço ou obra,
definido pelo seu produtor, fabricante e/ou fornecedor e contado a partir da expedição pelo
órgão competente do Habite-se ou, em casos especiais, a partir da data de entrega do
imóvel.

Termo de vistoria do imóvel: é o registro documental da inspeção de verificação se as


especificações constantes no Manual Descritivo ou no projeto foram atendidas, e se há
vícios aparentes na construção.

Uso: atividades normais projetadas para serem realizadas pelos usuários dentro das
condições ambientais adequadas criadas pela edificação.

Usuário: pessoa física ou jurídica, ocupante permanente ou não da edificação.

Vícios aparentes: são aqueles de fácil constatação, detectados na vistoria para


recebimento do imóvel.

Vícios ocultos: são aqueles não detectáveis no momento da entrega do imóvel e que
podem surgir durante a sua utilização regular.

Vida útil: intervalo de tempo ao longo do qual a edificação e suas partes constituintes
atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetadas, obedecidos os planos de
operação, uso e manutenção previstos.

33
1.2 REFERÊNCIA NORMATIVA

As normas técnicas relacionadas a seguir contêm várias disposições que constituem o


embasamento teórico deste Manual:

NBR 5674: 1999 – Manutenção de edificações – Procedimento

NBR 13531: 1995 – Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas.

NBR 14037: 1998 – Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo
e recomendações para elaboração e apresentação.

1.2.1. PRINCIPAIS PONTOS NORMATIVOS

A seguir apresentamos uma síntese com os principais pontos. Ressaltamos, no entanto, a


importância da consulta integral e o atendimento às normas, quando da elaboração de
Manual Operação, Uso, manutenção e Garantia da edificação.

NBR 5674:99

1. Objetivo

A norma fixa os procedimentos de orientação para organização de um sistema de


manutenção de edificações.

2. Escopo da manutenção de edificações

2.1 A manutenção de edificações visa preservar ou recuperar as condições


ambientais adequadas ao uso previsto para edificações.

2.2 A manutenção de edificações inclui todos os serviços realizados para


prevenir ou corrigir a perda de desempenho decorrente da deterioração dos
seus componentes, ou de atualizações nas necessidades dos seus usuários.

2.3 A manutenção de edificações não inclui serviços realizados para alterar o


uso da edificação.

34
3. Responsabilidades

3.1 O proprietário de uma edificação, responsável pela sua manutenção, deve


observar o estabelecido nas normas técnicas e no manual de operação, uso e
manutenção de edificação, se houver.

3.2 No caso de propriedade condominial, os proprietários condôminos,


responsáveis pela manutenção de partes autônomas individualizadas e co-
responsáveis pelo conjunto da edificação, devem observar e fazer observar
o estabelecido nas normas técnicas e no manual de operação, uso e
manutenção de sua edificação, se houver.

3.3 O proprietário pode delegar a gestão da manutenção de uma edificação para


empresa ou profissional legalmente habilitado.

3.4 Exime-se da responsabilidade técnica a empresa ou profissional quando seu


parecer técnico não for observado pelo proprietário ou usuários da
edificação.

4. Sistema de manutenção

4.1 A organização do sistema de manutenção deve levar em consideração as


características do universo de edificações objeto de atenção, tais como:

- tipo de uso das edificações;

- tamanho e complexidade funcional das edificações;

- número e dispersão geográfica das edificações;

- relações especiais de vizinhança e implicações no entorno;

4.2 O sistema de manutenção deve ser orientado por um conjunto de diretrizes


que definem:

- padrões de operação que assegurem a preservação do


desempenho e do valor das edificações ao longo do tempo;

- fluxo de informações entre os diversos intervenientes do sistema,


incluindo instrumentos para comunicação com o proprietário e os usuários;

- atribuições, responsabilidades e autonomia de decisão dos


intervenientes.

35
4.3 Os padrões de operação do sistema de manutenção devem ser definidos
tendo em consideração:

• desempenho mínimo das edificações, tolerável pelos seus usuários e


proprietários, especialmente em aspectos prioritários relacionados com a higiene,
segurança e saúde dos usuários;

• prazo aceitável entre a observação da falha e a conclusão do serviço de


manutenção;

• preceitos legais, regulamentos e normas aplicáveis pela legislação


vigente;

• periodicidade de inspeções;

• balanço entre recursos disponíveis e os recursos necessários para a


realização dos serviços de manutenção.

4.4 Na organização do sistema de manutenção deve ser prevista estrutura


material, financeira e de recursos humanos, capaz de atender os diferentes tipos de
manutenção necessários, tais como:

• manutenção rotineira;

• manutenção planejada;

• manutenção não planejada.

4.5 O sistema de manutenção deve promover a realização coordenada dos


diferentes tipos de manutenção das edificações, procurando minimizar a ocorrência de
serviços de manutenção não planejada.

4.6 Os recursos humanos envolvidos nos serviços de manutenção devem receber


treinamento específico para este fim, uma vez que os conhecimentos exigidos são
diferenciados daqueles dos serviços convencionais de construção civil.

5. Documentação básica e registros

5.1 O sistema de manutenção deve possuir uma estrutura de documentação e


registro de informações permanentemente atualizado para propiciar economia na
realização dos serviços de manutenção, reduzir a incerteza no projeto e execução dos
serviços de manutenção e auxiliar na execução de serviços futuros.

36
6. Coleta de informações

6.1 São fontes de informações, para o sistema de manutenção, as solicitações e


reclamações dos usuários e as inspeções técnicas.

6.2 As inspeções devem ser feitas em intervalos regulares, seguindo a orientação


disposta na NBR 14037 ou, extraordinariamente, quando necessário.

7. Previsão orçamentária

7.1 O sistema de manutenção deve possuir mecanismos capazes de prever os


recursos financeiros necessários para a realização de serviços de manutenção em período
futuro definido.

7.2 As previsões orçamentárias devem incluir uma reserva de recursos destinada à


realização de serviços de manutenção não planejada.

NBR 14037:1998

1. Objetivo

A Norma estabelece o conteúdo a ser incluído no Manual de operação, uso e manutenção


das edificações, com recomendações para sua elaboração e apresentação.

2. Finalidade do Manual

Informar as características técnicas da edificação construída.

3. Apresentação do Manual

O manual deve ser escrito em linguagem didática, simples e direta, utilizando vocabulário
preciso e adequado aos seus leitores. O manual deve se manter neutro em relação a marcas
comerciais. O manual deve ser produzido em meio físico durável e acessível aos seus
leitores. O uso de meios eletrônicos é permitido, desde que possuam a alternativa de fácil
reprodução dos conteúdos em meios impressos convencionais.

4. Conteúdo mínimo do Manual

4.1 Apresentar uma descrição gráfica e escrita da edificação, contendo:

• definição dos limites de uso seguro da edificação;

• descrição dos dispositivos previstos para facilitar a modificação, expansão e


modernização da edificação;

• conjunto de projetos e discriminações técnicas atualizadas da edificação etc.

37
4.2 Apresentar informações sobre os procedimentos para a colocação em uso da
edificação, contendo:

• descrição clara dos procedimentos para a solicitação de ligação dos serviços


públicos, informando endereços, documentação necessária, etc.

4.3 Apresentar informações sobre procedimentos recomendáveis para a eficiente


operação e uso da edificação, contendo:

• descrição e localização de todos os controles de operação da edificação, com


destaque para os dispositivos de segurança e combate a incêndios, registros da rede
hidráulica e chaves disjuntoras das instalações elétricas.

4.4 Apresentar instruções sobre procedimentos para situações de emergência.

4.5 Apresentar informações sobre procedimentos recomendáveis para inspeções


técnicas da edificação, contendo:

• definição da freqüência de inspeções necessárias para componentes,


instalações e equipamentos da edificação e da qualificação técnica necessária do
responsável pela atividade de inspeção.

4.6 Apresentar informações sobre procedimentos recomendáveis para a


manutenção da edificação contendo:

• a especificação de procedimentos gerais de manutenção para a edificação


como um todo e procedimentos específicos para a manutenção de componentes,
instalações e equipamentos.

4.7 Acrescentar informações sobre as responsabilidades e garantias existentes


sobre a edificação contendo:

• a identificação clara do responsável pela produção da edificação, incluindo o


nome, registro profissional e/ou empresarial, endereço e telefone, e, se existir, as
informações para contato com o serviço de atendimento ao cliente.

5. Elaboração e entrega do Manual

A elaboração do Manual de operação, uso e manutenção da edificação é uma obrigação do


responsável pela produção da edificação. O responsável pela produção da edificação deve
entregar formalmente ao primeiro proprietário da edificação, um exemplar do manual.

38
Em edificações condominiais devem ser entregues:

a) um exemplar do Manual com informações sobre cada unidade autônoma aos


seus proprietários, incluindo nele também informações julgadas necessárias sobre
componentes, instalações e equipamentos de áreas comuns;

b) um exemplar do manual específico às áreas e equipamentos comuns ao síndico


administrador do condomínio incluindo o conjunto completo de projetos e discriminações
técnicas previsto em 6.1-e)*1.

NOTA *1: se refere à NBR 14037:98.

6. Atualização do conteúdo do Manual

O Manual deve conter uma advertência explícita e grifada ao proprietário ou síndico da


edificação a respeito de sua responsabilidade pela obrigatória atualização do conteúdo do
Manual quando da realização de modificações na edificação em relação ao originalmente
construído e documentado no Manual.

1.3 REFERÊNCIA LEGAL

Os artigos de leis relacionados a seguir incidem sobre a atividade construtora, estimulando


o aperfeiçoamento das relações entre construtores/incorporadoras e seu público final,
conferindo-lhes, principalmente, maior transparência.

No ato da elaboração do Manual do Proprietário, deve-se observar a legislação descrita


neste item.

Código de Proteção e Defesa do Consumidor: lei 8.078/90, que institui o Código de


Proteção e Defesa do Consumidor, melhor definindo os direitos e obrigações de
consumidores e fornecedores, como empresas construtoras e/ou incorporadoras.

Principais pontos:

SEÇÃO II - Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador


respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem,
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

39
Art. 14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos.

SEÇÃO III - Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo, duráveis ou não duráveis, respondem


solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de
sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de


eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de


eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II

- noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar


evidenciado o defeito.

40
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do
produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do
prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas
(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11/06/1994):

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as


normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro).

Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo
escrito.

Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de


maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar
em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue,
devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de
manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com
ilustrações.

Código Civil Brasileiro: Lei 10.406/02 que regulamenta a legislação aplicável às relações
civis.

Principais pontos:

Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o


empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos,
pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.

Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não
propuser a ação contra o empreiteiro nos 180 dias seguintes ao aparecimento do vício ou
defeito.

Art. 1.348. Compete ao síndico: V - diligenciar a conservação e a guarda das partes


comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores.

41
42

CAPITULO 2

GARANTIAS DA EDIFICAÇÃO

42
2.1 – GARANTIA LEGAL

Segundo o artigo 618 do Código Civil Brasileiro de 2002, nos contratos de


empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e
execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança
do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.

Este prazo de garantia legal, que no caso dos edifícios é também chamada de
garantia quinquenal, refere-se exclusivamente aos casos de solidez e segurança da
edificação, ou seja, as ocorrências que possam causar ameaças à integridade física de
pessoas. São ocorrências que se enquadram na definição de defeito, estabelecido no artigo
12 do CDC.

O Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC), a partir de sua edição,


estabeleceu uma nova relação entre fornecedores e consumidores no setor da construção
civil. Segundo seu artigo 18, os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que destinam ou lhes diminuam o
valor, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

Ainda segundo o CDC, são apresentados no quadro abaixo, os prazos para


reclamação do proprietário por vícios aparentes e ocultos, conforme o especificado no
artigo 126. O artigo 27 estabelece que prescreve em cinco anos a pretensão à reparação
pelos danos causados por produtos e serviços.

Tipo de Prazo para Contagem do


vicio reclamação prazo

Inicia-se a partir da
Aparente 90 dias entrega do imóvel

Inicia-se a partir
do momento em
Oculto 90 dias
que fica
evidenciado o
vicio oculto

O Sinduscon-PA sugere a padronização dos prazos de garantia intermediários dos


sistemas que não estão relacionados à solidez e segurança, podendo o construtor estender
o prazo desde que informe que se trata de garantia adicional particularizada.

43
2.2 TERMO DE GARANTIA CONTRATUAL

Segundo o artigo 50 do código de Defesa do consumidor (CDc), a garantia


contratual é complementar à garantia legal e deverá ser conferida mediante termo
escrito.

O termo de garantia é, portanto, o prazo estipulado para o funcionamento adequado


de uma edificação, componente, instalação, equipamento, serviço ou obra, definido pelo
seu produtor, fabricante e/ou fornecedor e contado a partir da entrega do imóvel ao
consumidor.

Esse termo, aqui intitulado MANUAL GARANTIAS, tem por objetivo não só a
apresentação dos prazos de garantia e do período de vida útil esperado para a edificação,
seus sistemas construtivos e componentes, mas também declarar as inspeções a serem
realizadas para a perfeita conservação e durabilidade dos mesmos, de acordo com a NBR
5674:99- Manutenção de Edificações – Procedimento (ABNT).

2.3 RESPONSABILIDADES
2.3.1 A construtora e/ou incorporadora deverão se comprometer a:

 Fornecimento do MANUAL DO PROPRIETÁRIO, desenvolvido em


conformidade com a NBR 14037:98, bem como esclarecimento para o uso correto
da edificação, objetivando atender às expectativas previstas de durabilidade e
desempenho durante a vida útil.

 Fornecimento do termo de garantia (MANUAL GARANTIAS), constando os


prazos de garantia e manutenções preventivas a serem feitas na unidade, visando a
minimização de custos com a manutenção corretiva.

 Prestação de sérvios de assistência técnica, desde que dentro dos prazos de garantia
e realizadas todas as manutenções previstas no MANUAL GARANTIAS,
reparando, sem ônus, os vícios ocultos e aparentes dos serviços, respeitados os
prazos para reclamação já citados anteriormente.

 Prestação do Serviço de Atendimento ao cliente para orientações e esclarecimentos


de duvidas, referentes às revisões e manutenções preventivas e garantia.

44
2.3.2 O proprietário deverá se comprometer a:

 Cumprir as instruções de uso constante no MANUAL DO PROPRIETÁRIO.

 Efetuar a manutenção preventiva do imóvel conforme orientações constantes neste


MANUAL GARANTIAS.

 Respeitar os cuidados de uso e a realização das manutenções rotineiras descritas no


capitulo 3, neste MANUAL GARANTIAS.

 Ser o responsável pela realização da manutenção preventiva de sua unidade, e co-


responsável pela manutenção preventiva do conjunto da edificação, conforme
estabelecido na NBR 56784:99 – Manutenção edificações – Procedimento
(ABNT).

 Contratar empresa ou profissional qualificado e credenciado pela construtora e/ou


incorporadora para execução dos serviços de manutenção preventiva e inspeções.

 Permitir o acesso do profissional credenciado pela construtora e/ou incorporadora,


para proceder às vistorias técnicas necessárias.

 No caso da revenda, o proprietário se obriga a transmitir as orientações sobre o


adequado uso. Manutenção preventiva, inspeções e garantia de seu imóvel ao novo
Condômino, ENTREGANDO OS DOCUMENTOS E MANUAIS
CORRESPONDENTES.

 Cumprir os prazos previstos no CDC para a comunicação de vícios construtivos.

 Solicitar o serviço de assistência técnica da construtora, desde que dentro dos


prazos de garantia e realizadas todas as manutenção e inspeções previstas no
MANUAL GATNTIAS, quando verificada a existência de vícios ocultos ou
aparente dos serviços , respeitados os prazos legais para reclamação já citados
anteriormente.

 Manter atualizado o manual do PROPERIETÁRIO, quando da realização de


modificações na edificação.

 Registrar as manutenções e inspeções, constantes data e responsável.

45
2.4 TERMO DE RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO

A seguir o TERMO DE RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO, que deverá ser


preenchido no ato do recebimento DO IMÓVEL e do MANUAL DO PROPRIETÁRIO.

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO

PROPRIETÁRIO

Norma NBR 5674:99

5. – “.... o proprietário de uma edificação, responsável pela manutenção, deve


observar o estabelecido nas normas técnicas no manual de operação, uso e
manutenção de sua edificação, se houver...”

Este documento especifica as manutenções aplicáveis ao imóvel que nos


termos da NBR 5674:99, são de responsabilidade do proprietário. Assim, é
importante que o atual proprietário repasse o manual aos próximos usuários
e/ou proprietários do imóvel.

Recebido em / /

Proprietário:

Identificação da unidade

habitacional:

46
2.5 PERDA DE GARANTIA
Ocorre:

 Se durante o prazo de vigência da garantia não for observada o que dispõe este
MANUAL GARANTIAS, o MANUAL DO PROPRITARIO e a NBR 5674 –
Manutenção da edificação, no que diz respeito à manutenção preventiva correta,
para imóveis habitados ou não e condomínios.

 Se durante o prazo de vigência da garantia não forem tomadas os cuidados de uso e


realizadas a manutenções rotineiras, por profissional/ empresa habilitadas, descrita
neste MANUAL GARANTIAS.

 Se, nos termos do artigo 1058, ocorrer qualquer caso fortuito, ou de força maior,
que impossibilite a manutenção da garantia concedida.

 Se for executada reforma no imóvel ou descaracterização dos sistemas


construtivos, com fornecimento de materiais e serviços pelo próprio usuário.

 Se houver danos por mau uso, ou não se respeitar os limites admissíveis de


sobrecarga nas instalações e estruturas.

 Se o proprietário não permitir o acesso do profissional destacado pela construtora


e/ou incorporadora, às dependências de sua unidade para proceder a vistoria
técnica.

 Se forem identificadas irregularidades na vistoria técnica e as devidas providências


sugeridas não forem tomadas por parte do proprietário ou condômino.

 Se não forem observados os prazos legais para a comunicação do vício ao


construtor.

Os demais fatores que possam acarretar a perda de garantia, específicos para cada
sistema construtivo, estão descritos no capítulo 3.

47
2.6 PRAZOS DE GARANTIA

Os prazos e condições de garantia constantes deste documento estão de acordo com


aqueles estipulados pelos produtores, fabricantes e/ou fornecedores, através de suas
respectivas Associações de Fabricantes, as quais chancelam este documento por meio de
Carta de Adesão, a seguir.

48
CAPITULO 3

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO – PROCEDIMENTOS

49
RECEBIMENTO DO IMÓVEL

MANUAL DE GARANTIAS
MANUAL Manual de operação, uso, manutenção DOCUMENTAÇÃO
DO e garantia de edificação. DO IMÓVEL
PROPRIETA
RIO
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO
PROPRIETÁRIO
MANUTENÇÃO DO IMÓVEL

PROPRIETÁRIO
ou
EMPRESA ESPECIALIZADA EM
GESTÃO DE MANUTENÇÃO

NBR 5674:1999-ABNT MANUAL DE


Manutenção de edificações – NORMAS GARANTIAS
Procedimento. TÉCNICAS Manual de operação, uso,
manutenção e garantia da edificação.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO
PREVENTIVA E INSPEÇÕES

INSPEÇÕ CUIDADOS DE
REVISÕE
ES USO E
S
PERIÓDIC MANUTENÇÃO
REALIZA
AS ROTINEIRA
DAS
PREVIST
AS
GARANTIA ASSEGURADA

50
ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCO DE CONCRETO
OU CERÂMICO
IDENTIFICAÇÕES

Descrição Conjunto de paredes, constituídas por blocos e argamassa, que além de compartimentar e
do definir os ambientes, também tem a função de sustentação da própria edificação.
sistema

Sustentação de edificações térreas e multipavimentos, muros, muros de arrimo etc.


Divisão dos espaços, isolação térmica e acústica dos ambientes, estanqueidade à água,
Tipo de uso
proteção contra incêndio etc.

Normas
NBR 6136, NBR 10837, NBR 8798, BS 5628, NBR 15270-2 e NBR 15270-3.
Técnicas

Vida
Período aproximado de 25 a 50 anos.
útil
prevista
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO

Cuidados  Antes de perfurar as paredes, consultar projetos e detalhamento do seu imóvel,


de uso e evitando deste modo a perfuração de tubulações de água, energia elétrica ou gás
nelas embutidas e certifique-se de que no local escolhido não existam vigas nem
manutenção
pilares.
rotineira
 Para melhor fixação dos acessórios, utilize parafusos e buchas específicas.

 Inspecionar a integridade da alvenaria – a cada ano.


 Vistoriar certificando-se da não proliferação de fungos, inexistência de furos e
aberturas de vãos não previstos no projeto original e impacto na alvenaria – a
Inspeção
cada ano.
prevista  Vistoriar as alvenarias quanto à existência de sobrecarga devido à fixação de
estantes, prateleiras, armários etc. – a cada ano.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Garantia
 5 anos, quanto à integridade.
declarad
a

 Demolição de paredes ou mudança da posição original.


 Abertura de vãos não previstos no projeto original.
 Fixações não previstas.
 Grandes impactos.
Perda  Substituição do revestimento.
 Retirar total ou parcialmente qualquer elemento estrutural, pois poderá abalar a
da solidez e segurança da edificação.
 Não comunicação de ocorrência de infiltrações.
garantia  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

51
ALVENARIA DE VEDAÇÃO
COM BLOCO DE CONCRETO OU
CERÂMICO
IDENTIFICAÇÕES

Conjunto de paredes, constituídas por blocos e argamassa, que tem a função de


Descrição realizar o preenchimento dos vãos das estruturas reticuladas, além de resistir a
do esforços oriundos de deformações estruturais, de seu peso próprio e pequenas cargas
sistema de ocupação.

Divisão dos espaços e ambientes, isolação térmica e acústica dos ambientes,


Tipo de uso estanqueidade à água, proteção contra incêndio etc.

Normas Técnicas NBR 8545, NBR 15270-1 e NBR 15270-3.

Vida útil prevista Período aproximado de 15 a 30 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de uso e  Não sobrecarregar as estruturas além dos limites normais de utilização
manutenção previstos no projeto, pois essa sobrecarga pode acarretar fissuras ou até
rotineira comprometimento dos elementos estruturais e vedação.

 Inspecionar a integridade da alvenaria – a cada ano.


 Vistoriar certificando-se da não proliferação de fungos, inexistência de furos
e aberturas de vãos não previstos no projeto original e impacto na alvenaria
Inspeção prevista – a cada ano.
 Vistoriar as alvenarias quanto à existência de sobrecarga devido à fixação de
estantes, prateleiras, armários etc. – a cada ano.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Garantia  5 anos, quanto à integridade.


declarada
 Demolição de paredes ou mudança da posição original.
 Abertura de vãos não previstos no projeto original.
 Fixações não previstas.
 Grandes impactos.
Perda da garantia  Substituição do revestimento.
 Retirar total ou parcialmente qualquer elemento estrutural, pois poderá
abalar a solidez e segurança da edificação.
 Não comunicação de ocorrência de infiltrações.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

52
ANTENA COLETIVA
IDENTIFICAÇÕES

Descrição Sistema de recepção e distribuição dos sinais de televisão aberta para todas as unidades
do habitacionais. É composto de recepção/distribuição.
sistema
Antena, central de recepção/distribuição, cabeamento e tomadas de saída para cabo
Componentes
coaxial.

Tipo de uso Edifícios unifamiliares, multifamiliares ou comerciais.

Normas Técnicas NBR 6539 e NBR 11789.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de uso  A ligação do seu aparelho de TV com o ponto da antena deve ser feita através
e manutenção de um cabo coaxial de 75ohms. A qualidade da recepção está diretamente
rotineira relacionada à instalação e regulagem do seu aparelho.
 Na necessidade de alteração do ponto da antena, contactar empresa
especializada ou o fornecedor.

 Verificação do desempenho do equipamento, por pessoa capacitada - a cada 6


Inspeção prevista meses.
 Revisão dos componentes do sistema e regulagem do sinal, por pessoa
capacitação – a cada 6 meses.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Equipamentos (receptor de antena, equalizador e distribuidor etc.) –


especificados pelo fabricante (entenda-se por desempenho de equipamentos
Garantia e materiais sua capacidade em atender os requisitos especificados em projetos,
declarad sendo o prazo de garantia o constante nos contratos ou manuais específicos de
a cada material ou equipamento entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Instalação – 1 ano.

 Se forem feitase alterações na instalação original.


Perda da  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
garantia previstas por profissional ou empresa habilitada.

53
AUTOMAÇÃO DE PORTÕES

IDENTIFICAÇÕES

Descrição A automação de portões eletrônico é um mecanismo de abertura e fechamento


do automático dos mesmos quando acionados por controle remoto ou botoeiras
sistema
Componentes Motor, cintas, roldanas, controles remotos e basculantes.

Tipo de uso Pontas e portões deslizantes, pivotantes ou basculantes.

Normas Técnicas Não existe norma técnica brasileira especifica.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Todas as partes móveis, tais como roldanas, dobradiças etc. devem ser
mantidas limpas, isentas de ferrugem, lubrificadas ou engraxadas.
Cuidados de uso  Os comandos de operação deverão ser completados, evitando a inversão
e manutenção instantânea no sentido de operação do portão.
rotineira  Evitar colocar o controle remoto em locais sujeitos à umidade ou ao calor
excessivo.
 Somente acione o controle quando o portão estiver visível, certificando-se da
ausência ou objetos no percurso do mesmo.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Execução da regulagem eletro-mecânica nos componentes e lubrificação por


Inspeção prevista
empresa especializada – a cada 6 meses.

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
Garantia requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
declarad nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
a entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Instalação – 1 ano.

 Danos causados por colisões.


Perda da  Qualquer alteração do sistema.
garantia  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

54
CABEAMENTO ESTRUTURADO

IDENTIFICAÇÕES

O cabeamento estruturado consiste numa rede multiuso na qual, em um único ponto


Descrição (tomada), faculta-se a opção de se conectar vários sistemas de dados e/ou voz e/ou
do imagem, como telefone, interfone, antena coletiva, TV a cabo, computadores e
sistema internet.

Componentes Central de acabamento ou de distribuição (rack), cabos, tomadas e terminais.

Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.

Normas Técnicas NBR 14565.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO


Cuidados de uso e
 Operação de mudança tipo de sinal nas tomadas somente por pessoal
manutenção
previamente treinado pela empresa instaladora.
rotineira
 Revisão dos componentes do armário de distribuição e D.G.T. com empresa
Inspeção prevista especializada – a cada 6 meses.
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
Garantia requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante nos
declarad contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento entregues,
a ou seis meses – o que for maior).
 Instalação (infra-estrutura, prumadas, cabos e fios) – 1 ano.

 Alterações no sistema.
Perda da garantia  Utilização dos cabos para alimentação elétrica.
 Se não forem tomadas os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissionais ou empresa habilitada.

55
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO

IDENTIFICAÇÕES
Sistema que compreende todos os componentes construtivos (caixilho) empregados na
execução de portas, janelas, basculantes etc., fabricados em alumínio. São os caixilhos
responsáveis por promover a estanqueidade das aberturas de ventilação e iluminação
dos edifícios, estando sujeitas a movimentações para sua abertura e fechamento.
Descrição Podem ser confeccionados em escala industrial ou sob encomenda, com perfis
do estruturados sólidos ou abertos ou mesmo pela associação dos perfis com laminados de
sistema alumínio e chapas. Neste trabalho o foco está em: janelas e portas de correr e janelas
máximo-ar.

Separação entre ambiente contíguos de forma permanente no caso das esquadrias fixas,
ou de forma variável no caso das esquadrias móveis. Essa separação permite contato
Tipo de uso visual com o exterior, iluminação ambiental, possibilidade a ventilação natural, protege
o interior das intermpéries, promove a segurança, limitando o acesso ao interior dos
ambientes.

Normas Técnicas NBR 10820, NRB 10821, NRB 10830 e NRB 10831.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de
uso e  Operação de mudança tipo de sinal nas tomadas somente por pessoal
previamente treinado pela empresa instaladora.
manutenção
rotineira
 Revisão dos componentes do armário de distribuição e D.G.T. com empresa
Inspeção prevista especializada – a cada 6 meses.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
Garantia requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante nos
declarad contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamentos entregas,
a ou seis meses – o que for maior).
 Instalação (infra-estrutura, prumadas, cabos e fios) – 1 ano.

 Alterações no sistema.
Perda  Utilização dos cabos para alimentação elétrica.
da  Se não forem tomadas os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
garantia previstas por profissionais ou empresa habilitada.

56
ESQUADRIAS DE
ALUMÍNIO
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Inspecionar a integridade física – a cada ano.


 Verificar ocorrência de vazamentos – a cada ano.
Inspeção  Revisar os orifícios dos trilhos inferiores – a cada ano.
prevista  Revisar a persiana de enrolar ( quando houver) – a cada ano.
 Apertar parafusos aparentes dos fechos – a cada ano.
 Regular o freio ( quando houver) – a cada ano.

 Borrachas, escovas, roldanas, fechos e articulações ( itens sujeitos ao desgaste


natural):
 Desempenho do material (falhas de fabricação) – 2 anos.
 Problemas com a instalação – 2 anos.
Garantia  Perfis de alumínio, fixadores:
declarad  Amassados, riscados ou manchados – no ato da entrega.
a  Problemas de integridade do material – 5 anos.
 Partes móveis (inclusive recolhedores de palhetas, motores e conjuntos
elétricos de acionamento).
 Problemas de vedação e funcionamento – 2 anos.

 Caso ocorra aplicação de abrasivos.


 Se forem instaladas cortinas ou quaisquer aparelhos tais como ar- condicionado
etc., diretamente na estrutura das esquadrias ou que nelas possam interferir.
Perda  Se for feita qualquer mudança na esquadria, na sua forma de instalação ou na
da modificação de seu acabamento, alterando suas características originais.
garantia  Se não forem tomados os cuidados de usou ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

57
ESQUADRIA DE MADEIRA
IDENTIFICAÇÕES

Sistema que compreende todo o componente construtivo / caixilho empregados na


Descrição
execução de portas, portões, janelas basculantes, etc., utilizando-se a madeira como
do
matéria-prima básica.
sistema
Separação entre ambientes contíguos de forma permanente no caso das esquadrias
fixas, ou de forma variável no caso das moveis. Essa separação permite a iluminação e
Tipo de uso
a ventilação natural/ambiental, protege o interior da intempéries, promove a
segurança, limitando o acesso aos ambientes.

Normas Técnicas NBR 10820, NBR 10821, NBR 10830e NBR 10831.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Para dar melhor proteção e brilho, recomenda-se fazer enceramento
periódico, sendo que os vidros jateados das portas podem ser limpos com
pano umedecido em água.
 Evita bater portas e janelas ao fechá-las. As batidas podem causar trincas na
madeira e na pintura, bem como comprometem sua fixação à parede. Procure
manter as portas fechadas para evitar que, com o tempo e principalmente com
o sol, empenem.
 Nas áreas molhadas, evite molhar a parte inferior das portas, o que pode
promover o seu apodrecimento e aparecimento de manchas.
Cuidados de uso  Para a limpeza das portas enceradas, não utilizar água. Use flanela seca ou
e manutenção produtos específicos, tipo lustra móvel.
 Não aplique produtos abrasivos nas fechaduras e ferragens; utilize uma
rotineira
flanela para limpeza. Verifique o funcionamento dos trincos etc.
 Lubrifique periodicamente as dobradiças e fechaduras com pequena
quantidade de grafite em pó. Isso manterá sempre perfeito o seu
funcionamento. Nunca utilize óleos lubrificantes.
 Quando o imóvel ficar sem uso por muito tempo, deixar as portas dos
armários abertas para evitar o aparecimento de mofo.
 Reapertar parafusos de fechaduras, dobradiças, trincos etc.
 Verificar estado de conservação da pintura.
 Substituir vidros quebrados (quando necessário).
 Verificar estanqueidade de portas externas e janelas.

 Revisar o estado do verniz, pintura, e/ou cera – a cada ano.


 Inspecionar a integridade física – a cada ano.
Inspeção prevista  Apertar parafusos aparentes dos fechos, dobradiças e maçanetas – a cada
ano.
 Regular o freio (quando houver) – a cada ano.

58
ESQUADRIAS DE
MADEIRA
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Peças com sinais de rachaduras – no ato da entrega.


Garantia  Peças com sinais de empeno, descolamento, fixação e defeitos que
declarad comprometam sua finalidade e funcionalidade – 1 ano.
a  Problemas de vedação e funcionamento – 2 anos.

 Ausência de revestimento protetor.


Perda  Fixação de materiais sobre sua estrutura.
da  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
garantia manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

59
ESQUADRIAS E PEÇAS METÁLICAS
IDENTIFICAÇÕES

Esquadrias de aço, ferro ou metalon utilizadas na fabricação de portas, janelas,


Descrição basculantes, grades, portões, guarda-copos etc,. confeccionados em escala industrial ou
do não, com perfis, laminados em “T”, “L”, “P”, “I”, perfis tubulares ou perfis abertos e
sistema chapas.

Separação entre ambientes contíguos de formas permanentes no caso das esquadras


fixas, ou de forma variavel no caos das esquadras moveis. Essa separação permite
Tipo de uso contato visual com o exterior, iluminação ambiental, possibilidades a ventilação natural,
protege o interior das intempéries, promove a segurança, limitando o acesso a interior
dos ambientes.

Normas Técnicas NBR 10820, NBR 10821, NBR 10830e NBR 10831.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 As janelas devem correr suavemente, não devendo ser forçadas.
 Aconselhasse lubrificar os caixilhos periodicamente, aplicando óleo tipo
Singer ou WD.40 nas partes moveis (roldanas) e na parte inferior das folhas
moveis.
 Repintar e/ou encerar fazendo as devidas correções, sempre que necessário.
 Verificar, remover e repintar ponto de ferrugem.
 Os drenos devem ser limpos, para possibilitar o perfeito escoamento da água e
evitar entupimentos por acumulo de sujeira e conseqüentes infiltrações – uma
vez por mês na época das chuvas e a cada seis meses no resto do ano.
 Evite bater portas e janelas ao fechá-las. As batidas podem causar trincas nas
Cuidados de paredes, bem como comprometer sua fixação a parede.
uso e  Não utilizar objetos cortantes ou perfurantes para auxiliar na limpeza de
“cantinhos” de difícil acesso. Esta operação poderá ser feita com o auxilio de
manutenção
um pincel de cedas macias embebido em uma solução de água e detergente
rotineira neutro.
 Não force os trincos, aplicar pressão suave.
 Usar sabão ou detergente diluído para remover os detritos de pássaros ou
sujeiras acumuladas por períodos mais longos.
 Não remover as borrachas ou massas de vedação para evitar infiltrações
indesejáveis.
 Usar sempre detergente neutro e um pano para limpeza.
 Não usar produtos abrasivos para a limpeza, pois podem danificar o
acabamento.

 Revisão da integridade física – a cada ano.


 Verificação da existência de vazamentos – a cada ano.
Inspeção prevista  Verificar funcionamento de trincos, cremonas, dobradiças – a cada ano.
 Revisão dos orifícios trilhos inferiores – a cada ano.
 Reapertar parafusos aparentes dos fechos – a cada ano.

60
ESQUADRIAS E PEÇAS METÁLICAS
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Roldanas, fechos e articulações:


 Desempenho do material – 2 anos.
Garantia  Problemas de funcionamento – 2 anos.
declarad  Perfis e fixadores:
a  Amassados, riscados ou manchados – no ato da entrega.
 Problemas de integridade do material quanto à oxidação e fixação - 1 ano.
 Problemas de vedação e funcionamento – 2 anos.

 Troca de componentes da esquadria.


 Uso inadequado das portas e janelas.
 Caso ocorra aplicação de abrasivos.
 Se forem instaladas cortinas ou quaisquer aparelhos, tais como persianas, ar-
Perda condicionado etc., diretamente na estrutura das esquadrias ou que nelas possam
da interferir.
garantia  Se for feita qualquer mudança na esquadria, na sua forma de instalação, na
modificação de seu acabamento, alterando suas características originais.
 Na ocorrência de retenção de água.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

61
ESTRUTURA DE CONCRETO
IDENTIFICAÇÕES

Conjunto de elementos (vigas, lajes e pilares) que formam os esqueleto de uma obra e
sustentam as parede, telhados, forros, revestimentos e instalações, além das demais
Descrição
cargas de ocupação da edificação. As estruturas podem ser fabricadas com concretos:
do
simples, armado, protendido, pré fabricadas e/ou moldadas “in loco”. Identificados por
sistema
massa específica seca de 2000kg/m3 a 2800kg/m3.

Sustentação da edificação e transferência de todas as cargas atuantes sobre ela para as


Tipo de uso
fundações.

Normas NBR 6118, NBR 6120 e NBR 14432.


Técnicas
As estruturas de concreto foram projetadas e construídas de modo que a sua vida útil,
esteja de acordo com o que estabelece a NBR 6118/03. Essa vida útil, também
conhecida como vida útil de projeto, refere se ao período de tempo decorrido do avanço
da carbonataçao do concreto em direção a armadura mais exposta da estrutura,cujo
Vida útil controle deve ser feito na periodicidade indicada neste manual. No decorrer deste
prevista período, ou no Maximo antes do seu termino estimado, a estrutura devera sofrer
intervenção reparadora que prolongue sua vida útil. Período aproximado de 25 a 50
anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de  Evitar o contato direto de matéria orgânica, substâncias ácidas e produtos
químicos sobre a superfície do concreto.
uso e
 Evitar choques de intensidades não previstos na estrutura.
manutenção
 Evitar exposições das superfícies de concreto ao fogo.
rotineira
 Verificação da integridade da estrutura - a cada ano.
 Teste da profundidade da carbonatação- a cada ano.
Inspeção  Verificação do aparecimento de manchas superficiais no da concreto - a cada
prevista ano.
 Verificação do aparecimento de estalactites e estalagmites nos tetos e pisos de
concreto – a cada ano.
CONDIÇÕES DE GARANTIA
 Integridade física superficial do concreto (brocas e vazios) – 1 ano.
 Revestimento hidrofugante - 2 anos.
Garantia  Pinturas superficiais das estruturas - 2 anos.
declarad  Integridade física superficial do concreto no tocante a formação de estalactites
a e estalagmites – 5 anos.
 Segurança, solidez e estabilidade global – 5 anos.
 Abertura de vãos não previstos no projeto original.Reforma ou alteração sem
aprovação da construtora.
 Fixações não previstas.
Perda
 Substituição do revestimento.
da
 Ocorrência de infiltrações.
garantia
 Senão forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

62
ESTRUTURA METÁLICA

IDENTIFICAÇÕES
Estruturas formadas por associação de peças metálicas ligadas entre si por meio de
Descrição parafusos, conectores ou solda, com foco em vigas e pilares. São construídas através
do de perfis metálicos ou chapas previamente produzidos e montados no canteiro de
Sistema obras.
Sustentação da edificação e transferência de todas as cargas atuantes sobre ela para
Tipo de uso
as fundações.
NBR 6008, NBR 6009, NBR 6355, NBR 6657, NBR 8681, NBR 14762, NBR 14432,
Normas Técnicas
NBR
9971, NBR 8800 e NBR 5884.
Vida útil prevista Período aproximado de 40 a 50 anos.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E
INSPEÇÃO
Cuidados de uso e
manutenção  Evitar exposições a altas temperaturas
rotineira  Evitar o lançamento de ácidos sobre a superfície.

 Verificar a integridade da estrutura, a cada 3 anos.


Inspeção prevista  Verificar a solda, a cada 3 anos.
 Verificar o nível de corrosão, a cada 3 anos.
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Sistema estrutural – 5 anos.


Garantia
declarada  Componentes – 5 anos.

 Abertura de vãos não previstos no projeto original


 Reforma ou alteração sem aprovação da construtora.
 Retenção localizada de água na estrutura ou suas ligações.
 Fixações não previstas.
Perda da garantia  Substituição do revestimento.
 Ocorrência incêndio.
 Ocorrência de infiltrações.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

63
FERRAGENS DAS ESQUADRIAS

IDENTIFICAÇÕES

As ferragens das esquadrias são componentes de instalação e ligação das


Descrição do sistema esquadrias (rótula, dobradiças etc.), bem como se tranca (espelhos, fechaduras,
ferrolho, maçanetas etc.).

Componentes Rótula, dobradiças, espelhos, fechaduras, ferrolho, maçanetas etc.

Tipo de uso Portas e janelas.

NBR 7178, NBR 12927, NBR 12928, NBR 13049, NBR 13050, NBR 13051,
Normas Técnicas NBR
13052, NBR 13053, NBR 13060, NBR 14297, NBR 14487, NBR 14651, NBR
14913
e NBR 15271.
Vida útil prevista Período aproximado de 6 a 10 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de uso e  Não usar, em hipótese alguma, detergentes contendo saponáceos,
esponjas de aço de nenhuma espécie, ou qualquer outro material
manutenção
abrasivo.
rotineira
 Lubrificar, com grafite em pó, as dobradiças, rótulos etc. – sempre que
necessário.
Inspeção prevista  Apertar os parafusos aparentes dos fechos – a cada um ano.
 Apertar os parafusos aparentes das maçanetas – a cada um ano.
 Regular o freio (quando houver) – a cada um ano.
CONDIÇÕES DE GARANTIA
 Maçanetas, fechos e articulações (itens sujeitos ao desgaste natural).
 Amassados, riscados ou manchados – no ato da entrega.
Garantia declarada  Acabamento soltando – 1 ano.
 Problemas de funcionamento – 1 ano.
 Desempenho do material (falha de fabricação) – 1 ano.

 Caso ocorra aplicação de abrasivos.


 Se for constatada a ocorrência de pancadas.
Perda da garantia  Se for feita qualquer mudança nas ferragens, na modificação de seu
acabamento, que altere suas características originais.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

64
FORRO DE GESSO

IDENTIFICAÇÕES

Sistema de revestimento de teto, de função estética, instalados abaixo da laje


Descrição do sistema
através da fixação de placas e/ou painéis de gesso.

Revestimento de teto da aparte interna das edificações, podendo ser utilizado para
Tipo de uso
encobrir tubulações do pavimento imediatamente acima.

Normas Técnicas NBR 14715, NBR 14716, NBR 14717 e NBR 12775.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não fixar diretamente no forro de gesso equipamentos de som,
luminárias, lustres, componentes de ar-condicionado e outros materiais
pesados.
 Utilizar “spots” com peso superior ao especificado pelo fabricante.
Cuidados de uso e
 A fixação dos “spots” com peso superior ao especificado pelo
manutenção fabricante.
rotineira  A fixação dos “spots” deve ser feita com 40cm de espaçamento entre
eles e aplicados com buchas para “drywall”.
 Não utilizar panos úmidos para limpeza.

 Verificar a deterioração da pintura existente, a cada 2 anos.


Inspeção prevista  Verificar a condição dos pontos embutidos, a cada 2 anos.
 Verificar a existência de fissuras, a cada 2 anos.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Trincados, riscados ou manchados – no ato da entrega.


Garantia declarada  Fissuras por acomodação dos elementos estruturais e de vedação – 1
ano.

 Umidade relativa do ar no ambiente superior a 90% por mais de três


horas consecutivas. Aplicação direta de água sobre a superfície.
 Incidência de cargas e impactos não previstos.
Perda da garantia
 Aquecimento superior a 40°C por luminárias ou outros.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

65
ILUMINAÇÃO AUTOMÁTICA

IDENTIFICAÇÕES

A iluminação automática é um sistema que visa economia de energia elétrica, evitando


Descrição que as lâmpadas fiquem constantemente acessas, e que auxilia na segurança do
do edifício, mantendo algumas luzes acesas (luzes de obstáculos e lâmpadas vigia).
sistema

Minuterias, sensores de presença, pulsadores, contadores, luzes acionadas por


Componentes
fotocélulas, luzes acionadas através de sistema de automação predial.

Tipo de uso Instalação prediais, comerciais e industriais.

Normas Técnicas NBR 5461, NBR 5410, NBRIEC 60669-2-3 e NBR 5413.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de uso  Nunca travar os pulsadores da iluminação automática das minuterias, pois
isto pode provocar danos à minuteria.
e manutenção
 Não alterar a posição de sensores de presença de movimento.
rotineira
 Efetuar a limpeza adequada nas fotocélulas.

Inspeção prevista  Revisão dos componentes – a cada 6 meses.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
Garantia requisitos específicos em projetos sendo o prazo de garantia o constante nos
declarad contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento entregues,
a ou seis meses – o que for maior).
 Instalação – 1 ano.

 Qualquer mudança no sistema que altere suas características originais.


Perda da  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
garantia manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

66
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

IDENTIFICAÇÕES
Descrição É um sistema destinado a fornecer iluminação suficiente ao trânsito de pessoas, quando
do da falta de energia elétrica, entrando em funcionamento automaticamente.
sistema
Componentes Luminárias autônomas ou central de baterias.

Tipo de uso Instalação prediais residenciais, industriais, comerciais etc.

Normas Técnicas NBR 5461, NBR 5410, NBR 10898, NBRIEC 60669-2-3 e NBR 5413.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não desligar o disjuntor que alimenta o sistema de iluminação de emergência,
Cuidados de uso para o que o sistema possa funcionar perfeitamente em caso de falta.
 Quando necessário a troca de lâmpadas das luminárias, verificar a mesma
e manutenção
potencia e tensão (voltagem).
rotineira
 Não jogar jato de água nas luminárias e/ou na central de baterias.

 Acionar o botão teste nas luminárias autônomas de emergência para


verificação de lâmpadas queimadas e substituir as lâmpadas queimadas ou a
Inspeção prevista luminária quando for o caso – a cada mês.
 Simulação de falta de energia elétrica desligando o disjuntor correspondente.
Após 15 minutos verificar se todas as luminárias estão acesas – a cada 2
meses.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamento e materiais sua capacidade em atender os
Garantia requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
declarad nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
a entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Instalação – 1 ano.

 Qualquer mudança no sistema que altere suas características originais.


Perda da  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
garantia previstas por Profissional ou empresa habilitada.

67
IMPERMEABILIZAÇÃO

IDENTIFICAÇÕES
Tratamento utilizado para dar proteção às construções contra a passagem indesejável
Descrição de fluidos (líquidos, gases e vapores), podendo contê-los ou escoá-los de filme
do polimérico, aplicação de camadas de betume ou massa impermeável chamada de
sistema manta.

Impermeabilização de fachadas, lajes, paredes, sacadas, caixas d´água, piscinas,


Tipo de uso
estruturas em geral e fundações ou elementos em contato com o solo.

NBR 9685, NBR 9686, NBR 9687


Normas Técnicas NBR 9910, NBR 9690, NBR 9575, NBR 11797, NBR 11905, NBR 13121, NBR
13321,
NBR 13724, NBR 15352, NBR 15414, NBR 8521, NBR 9574 e NBR 9952.
Vida útil prevista Período aproximado de 5 a 10 anos.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E
INSPEÇÃO
 Evitar o contato direto da manta asfáltica com as intempéries do dia-a-dia,
como sol e chuva.
Cuidados de uso e
 Evitar o aquecimento não previsto.
manutenção
 Evitar realizar o tratamento de superfícies impermeabilizadas com ácidos.
rotineira
 Evitar fazer furos (fixação de pregos e parafusos) em superfícies sob as
quais tenha sido aplicada manta asfáltica.

 Inspecionar a instalação de antenas, hastes de pára-raios, equipamentos de


Inspeção prevista playground, pontes etc., sobre áreas impermeabilizadas, a cada 6 meses.
 Verificar presença de carbonatação e fungos, a cada 2 anos.
CONDIÇÕES DE GARANTIA
Garantia  5 anos, quanto à estanqueidade.
declarada
 Danificação da manta devido à instalação de equipamento ou reformas em
geral.
 Utilização de produtos e equipamentos inadequados para limpeza de
Perda da garantia reservatórios.
 Exposição a altas temperaturas.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

68
INSTALAÇÕES DE COMBATE A
INCÊNDIO
IDENTIFICAÇÕES

As instalações de combate a incêndio compreendem o conjunto de equipamentos e


Descrição
peças necessárias e usuais para o combate a incêndio de diversos tipos, alarme de
do
alerta aos usuários e ocupantes do imóvel e sinalização das áreas de fuga.
sistema
Componentes Extintores, hidrantes, sistema de sprinklers, sinalizadores, tubulações etc.

Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.


NBR 8222, NBR 8674, NBR 9441, NBR 9654, NBR 9695, NBR 10721, NBR 10897,
NBR
Normas Técnicas 11715, NBR 11716, NBR 11742, NBR 11751, NBR 11762, NBR 11836, NBR 11861,
NBR
12615, NBR 12693, NBR12779, NBR 12962, NBR 13434-1, NBR 13434-2, NBR
13434-3,
NBR 13485, NBR 13714, NBR 13768, NBR 13848, NBR 13860, NBR 14100, NBR
14349,
NBR 14880, NBR 14432 e NBR 15200.
Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não utilizar extintores, rede de hidrantes e mangueiras para outras
finalidades.
 Não utilizar a reserva de água do reservatório destinada para o combate a
incêndio para outra finalidade.
Cuidados de uso
 Não trancar as portas corta-fogo e as caixas de hidrantes.
e manutenção
 Não tampar os sensores de fumaça.
rotineira
 Nunca instale lâmpadas a uma distancia de até 20cm dos bicos dos sprinklers
para que estes não sejam acionados desnecessariamente.
 Não aproxime dos sprinklers qualquer objeto ou equipamento que produza
calor de aproximadamente 68°C, temperatura de rompimento dos bicos.
 Nunca deixe fechado o registro geral de hidrantes.

 Verificar o funcionamento dos sistemas de alarme – a cada mês.


 Verificar o estado das placas de sinalização das áreas de fuga – a cada mês.
 Inspecionar a estanqueidade das tubulações e registros inclusive hidrantes no
passeio – a cada 6 meses.
 Revisar e recarregar os extintores – conforme prazo no lacre.
Inspeção prevista
 Revisar as mangueiras e hidrantes – a cada ano.
Sistema de pressurização:

 Verificar o funcionamento dos ventiladores do sistema de pressurização da


escada de fuga, a fim de confirmar que cada ventilador esteja funcionando
(quando houver) – a cada semana.

69
INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO
continuação

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Verificar o diferencial de pressão do sistema de pressurização das escadas de fuga


(quando houver), por pessoa capacitada – a cada ano.
 Verificar a regulagem das grelhas das venezianas do sistema de pressurização das
Inspeção escadas de fuga (quando houver), por pessoa capacitada – a cada ano.
prevista
Escada de fuga:

 Verificar o fechamento da porta corta-fogo – a cada mês.

 Equipamentos – Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante


(entende-se por desempenho de equipamentos e matérias sua capacidade em atender
os requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante nos
Garantia
contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento entregues, ou seis
declarad meses – o que for maior).
a  Placas de sinalização, riscadas ou quebradas – no ato da entrega.
 Instalações de combate a incêndio – 1 ano.

Perda  Se forem realizadas mudanças que alterem suas características originais.


 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
de
previstas por profissional ou empresa habilitada.
garantia

70
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (FIOS E DISJUNTORES)
IDENTIFICAÇÕES

Cada unidade de seu edifício possui uma instalação elétrica independente que é
constituída por diversos elementos:
 Medidor de corrente, para ligação de eletrodomésticos de uso frequente.
 Tomadas de corrente, para ligação de máquinas domésticas, tais como lavadora
e secadora de roupas, lavadora de louças, forno de micro-ondas, torneiras,
banheiras, chuveiros elétricos, etc.
 Pontos de iluminação, para ligação de lâmpadas e luminárias.
 Interruptores, para acionamento dos pontos de iluminação.
 Quando elétrico contendo os dispositivos necessários para proteção da
instalação e seccionamento dos circuitos da respectiva unidade, de forma
controlada.
As potencias máximas permitidas para os pontos de utilização estão indicadas no
Descrição projeto elétrico.
do  Circuito: trata-se de um conjunto de componentes da instalação (condutores,
sistema interruptores, tomadas, pontos de energia e iluminação) alimentados a partir de
uma mesma origem (mesmo disjuntor no Quadro Elétrico). No caso de sua
unidade, existem vários circuitos, dividindo as cargas de acordo com sua
localização (sala, cozinha, dormitório etc.) e utilização (máquinas de lavar e
secar, banheiras, chuveiros, iluminação e tomadas de uso geral etc.).
 Quando Elétrico: equipamento destinado a receber energia através de uma
alimentação e distribuí-la a um ou mais circuitos, podendo desempenhar
funções de proteção, seccionamento, controle e/ou medição. Neste quadro
encontramos os disjuntores termomagnéticos que servem para proteção direta
dos circuitos; DR (dispositivo diferencial residual que protege contra choque
elétrico e fuga de corrente em eletrodomésticos ou em instalações elétricas em
más condições de conservação) e eventualmente o DPS (dispositivos contra
surtos elétricos).

Tipo de uso Instalações elétricas prediais, embutidas em paredes, ou aparentes em áreas cobertas.
NBR 6493, NBR 5410, NBR 5111 NBR 5349, NBR 5368, NBR 8120, NM 60898 e NBR
Normas
Técnicas 6689,

Vida útil Período aproximado de 10 a 20 anos.


prevista
Cuidados de Parte da instalação não funciona:
uso e  Verificar no quadro elétrico se o disjuntor daquele circuito não está desligado.
manutenção Em caso afirmativo, religá-lo.
rotineira

71
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (FIOS E
DISJUNTORES)
continuação
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E
INSPEÇÃO
Se ao religá-lo ele voltar a desarmar, solicite a assistência de um técnico
habilitado, pois podem ocorrer as duas possibilidades abaixo.
(Obs: nunca substituir, simplesmente, o disjuntor por outro de maior capacidade).
- O disjuntor está com defeito e deverá ser substituído por outro.
- Existe algum curto circuito/sobrecarga na instalação, e será necessário reparo.
DR desarmando com freqüência, mesmo sem causa aparente:
Verificar no quadro de distribuição se o DR não está desligado. Em caso
afirmativo, religá-lo.
Verificar se não existe nenhum aparelho conectado ao circuito em questão,
com problema de isolamento ou mau contato que possa causar fuga de corrente.
Se ao religá-lo ele voltar a desarmar, solicite a assistência de um técnico
habilitado, pois duas possibilidades ocorrem:
- Fuga de corrente em equipamentos ( carcaças, chuveiros sem blindagem).
- Anomalia interna da instalação.

A desativação ou remoção do dispositivo DR significa a eliminação de medida


protetora contra choques elétricos e risco de vida para os usuários da instalação.

Disjuntores do quadro de distribuição desarmado com frequencia:


Cuidados de uso Verificar se existe algum mau contato elétrico (conexão frouxas), que são
e manutenção sempre fonte de calor, o que afeta o funcionamento dos disjuntores. Nesse caso, um
rotineira simples reaperto nas conexões resolverá o problema.
Outra possibilidade é que o circuito esteja sobrecarregado com instalações
de novas cargas, cujas características de potência são superiores às previstas no
projeto. Tal fato deve ser rigorosamente evitado.
Verificar se não existe nenhum aparelho conectado ao circuito em
questão, com problema de isolamento ou mau contato que possa causar fuga de
corrente.

Tomadas:
Não conectar nas tomadas equipamentos potência superior às capacidades
das mesmas (prevista em projeto).
Superaquecimento do quadro de distribuição:
Verificar se existem conexões frouxas e apertá-las.
Verificar se existe algum disjuntor com aquecimento acima do normal.
Isto pode ser imediatamente desligado e substituído.
Outra possibilidade é que o circuito esteja sobrecarregado com instalações
de novas cargas, cujas características de potência são superiores às previstas no
projeto. Tal fato deve ser rigorosamente evitado.

72
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (FIOS E
DISJUNTORES)
continuação
Chuveiro elétrico não esquenta a água.
 Verificar se o disjuntor no quadro de distribuição está desarmado. Caso
esteja, religá-lo.
Cuidados de uso e
 Se persistir o problema, verificar se não ocorreu a queima da resistência do
manutenção chuveiro elétrico. Se for o caso, substituí-la.
rotineira  Verificar se o DR está desarmado. Caso esteja, religá-lo.
Se persistir o problema, verificar a compatibilidade do chuveiro elétrico com o DR
(chuveiros com resistências blindadas). Se for o caso, substituí-lo.

Quadro de Distribuição de Circuitos, inspiração, a cada ano:


 Medir corrente em cada circuito.
 Manobrar todos os disjuntores.
 Verificar o status dos DPs instalados.
 Apertar todas as conexões.
 Testar o DR através de botão de teste.
 Verificar se não existe aquecimento excessivo.
 Todos os quadros de distribuição de circuitos deverão possuir suas partes
vivas inacessíveis e espaços reservados conforme projeto.
Inspeção prevista  Os quadros devem estar livres e desimpedidos, não podendo ser estocado
nenhum tipo de material que impeça seu acesso.
Tomadas, interruptores e pontos de luz, inspecionar, a cada ano:
 Verificação inicial da instalação, com o objetivo de constatar a que todas as
tomadas possuem três pólos.
 Verificação inicial da instalação, com o objetivo de constatar a existência
de condutor terra (PE) em todos os pontos.
 Cuidado com a limpeza das luminárias, que garante a sua
eficiência/rendimento.
 Verificar o estado dos contatos elétricos, substituindo as peças que
apresentem desgaste.

Tomadas, interruptores e disjuntores:


Material:
- Espelhos danificados ou mal colocados – no ato da entrega.
Garantia
- Mau desempenho do material – 1 ano.
declarada
Serviço:
- Problemas com a instalação – 1 ano.

 Se for feita qualquer mudança no sistema de instalação que altere suas


características originais.
 Se for evidenciado o uso de eletrodomésticos velhos, chuveiros ou
Perda da garantia aquecedores elétricos sem blindagem, desarmado os disjuntores e DR.
 Temperatura de trabalho com equipamentos superior a 60°.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

73
INSTALAÇÕES DE GÁS / CENTRAL DE
GÁS
IDENTIFICAÇÕES
Instalações que se destinam ao transporte de gás, oriundos da central ou da rede de
Descrição
abastecimento até os equipamentos de consumo (fogão, forno, sistema de
do
aquecimento de água etc.).
sistema
Tanques de armazenamento, tubulações de distribuição, conexões e os equipamentos
Componentes
de consumo.
Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.
NBR 13523, NBR 14570, NBR 11707, NBR 11708, NBR 8460, NBR 13795, NBR
Normas Técnicas 13794,
NBR 12178, NBR 13419, NBR 8866, NBR 8613, NBR 8614, NBR 8473, NBR 8469,
NBR
14955, NBR 14909, NBR 14177 E NBR 13932.
Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E
INSPEÇÃO
 Sempre que não houver utilização constante, ou caso de ausência
prolongada do imóvel, mantenha os registros fechados.
 Nunca teste ou procure vazamentos num equipamento, tubulação ou
medidor de gás utilizando fósforo ou qualquer outro meio que provoque
chama. É recomendado o uso de espuma de sabão.
 Os ambientes onde se situam os aparelhos a gás e os medidores devem
permanecer ventilados para evitar o acúmulo de gás que pode provocar
Cuidados de uso e explosão. Não bloqueie a ventilação desses ambientes.
manutenção  Não utilizar a central de gás como depósito, principalmente não armazenar
rotineira produtos combustíveis que poderão gerar risco de incêndio.
 Não pendurar objetos nas instalações (tubulações).
 Em caso de vazamentos de gás que não possam ser eliminados com o
fechamento de registro ou torneira, chame a empresa responsável pela
instalação da central de gás.
 Para execução de qualquer serviço de manutenção ou instalação de
equipamentos a gás, contrate empresas especializadas ou profissionais
habilitados pela instaladora e utilize materiais (flexíveis, conexões etc.)
adequados.

 Verificação das condições da mangueira de ligação da tubulação ao


eletrodoméstico e trocar – quando necessário.
Inspeção prevista
 Revisão da instalação da central e dos medidores, pelo fornecedor ou
empresa especializada – a cada 6 meses.
CONDIÇÕES DE GARANTIA
 Peças quebradas, trincadas, riscadas, manchadas ou com tonalidades
diferentes – no ato da entrega.
Garantia  Instalação – 1 ano
declarada  Vedação – 1 ano.
 Integridade dos materiais – 5 anos.

74
 Quando fizer alterações em prumadas, ramais e pontos de alimentação sem
ser com empresa especializada.
 Quando da ocorrência de incêndios.
Perda da garantia  Se for verificado que a pressão utilizada não é a especificada no projeto.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

75
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

IDENTIFICAÇÕES

É o conjunto de tubulações aparentes, em shafts ou embutidas nas paredes, destinadas


ao transporte, distribuição, disposição e/ou controle de fluxo de fluídos (fluidos com
sólidos em suspensão, líquidos, vapores ou gases) em uma edificação.
 Sistema hidráulico de água fria, quente e esgoto: composto de tubos e
Descrição conectores (ex.: PVC, cobre , PPR, PEX etc.) com espessura dimensionada
do conforme a pressão de serviço submetida.
sistema  Registros de pressão (água fria e quente): válvulas de pequeno porte,
instaladas em sub-ramais ou pontos de utilização, destinadas à regulagem da
vazão de água.
 Registros de gaveta (água fria e quente): válvulas de fecho, destinadas à
interrupção eventual de passagem de água para reparos de rede ou ramal.

Tipo de uso Instalações prediais água fria, quente e de esgoto.

NBR 6493, NBR 5626, NBR 7198, NBR 7367, NBR 8160, NBR 10844, NBR 14486,
Normas Técnicas NBR
10569 e NBR 10570.
Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não utilize, na limpeza ou desentupimento, hastes metálicas rígidas ou
vergalhões, ácidos ou produtos cáusticos, acetona concentrada e substâncias
que produzam ou estejam em desuso, de esgotamento de água da máquina
de lavar junto à parede, usando acessórios próprios.
 Mantenha vedado o ponto, quando em desuso, de esgotamento de água da
máquina de lavar junto à parede, usando acessórios próprios.
 Nunca jogue gordura ou resíduo sólido nos ralos das pias e dos lavatórios.
Jogue-os diretamente no lixo.
 Não furar paredes antes de verificar, no manual do proprietário, o
posicionamento dos tubos.
Cuidados de uso e  Não utilizar água com temperatura acima de 80ºC.
manutenção  Verificar eventuais vazamentos.
rotineira  Não apertar em demasia os registros e torneiras.
 Não trocar peças de forma alguma por conta própria, utilize mão-de-obra
especializada.
 Limpar sifões das pias, corrigindo eventuais vazamentos – a cada 6 meses.
 Limpar a caixa sifonada, caixas de passagem de gordura e esgoto – a cada 6
meses.
 Efetuar limpeza dos reservatórios – a cada 6 meses.
 Todas as vezes em que se for limpar os reservatórios, abrir e fechar
completamente todos os registros do barrilete, para evitar travamento dos
registros por incrustação.
 Limpar os filtros e efetuar revisão nas válvulas redutoras de pressão – a
cada ano.

76
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
continuação
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO

 Substituir os vedantes (courinhos) das torneiras, misturadores e registros


de pressão – a cada ano.
 Não pendurar nenhum objeto em registro.
 Verificar funcionamento das bóias das caixas d´água e se as mesmas
estão reguladas de maneira que não haja vazamento pelo extravasor
(ladrão).
 Verificar se as tampas das caixas d´água estão bem vedadas.
 Quando as caixas d´água forem de fibra verificar se não há nenhuma
rachadura ou vazamento nos flanges.
 Verificar os ralos e sifões das louças sanitárias, tanques, lavatórios e pias
Cuidados de uso e
manutenção – a cada 6 meses.
rotineira  Verificar e limpar os ralos e grelhas, assim como todo o sistema de calhas
e esgotamento das águas pluviais – a cada mês, ou semanalmente em
época de chuvas intensas.
 Verificar a estanqueidade das tubulações – a cada ano.
 Verificar os isolamentos de água quente – a cada ano.
 Verificar se as tubulações de cobre apresentam oxidação – a cada ano.
 Verificar se os terminais de ventilação da rede de esgoto estão abertos –
a cada mês.
 Remover o ar da tubulação nos últimos pontos inferiores ate
recomposição total de água na tubulação – a cada ano.

77
 Verificar vazamentos nas torneiras e registros, inclusive chuveiro – a
cada ano.
 Verificar pressão e vazão da água – a cada ano.
 Verificar defeito de acionamento de válvula de descarga – a cada ano.
 Verificar qualidade da água (dureza e pH) – a cada ano.
 Verificar funcionamento das bombas de recalque (de água potável,
incêndio, esgoto, ou de água pluviais), submersas (esgoto e águas
pluviais) – a cada 6 meses.
 Verificar se existe a formação de calcário nas saídas dos tubos na caixa
d’água superior indicando a presença de vazamentos.
 Verificar as tubulações de captação de água do jardim para detectar a
presença de raízes que possam destruir ou entupir as tubulações – a cada
ano.
Inspeção prevista
 Verificar o diagrama de torre de entrada e a comporta do mecanismo da
caixa acoplada – a cada 3 anos.
 Verificar as caxetas, anéis de vedação e a estanqueidade dos registros de
gaveta, evitando vazamentos – a cada 3 anos.
 Verificar integridade dos suportes das instalações suspensas.
 Verificar juntas de dilatação nas tubulações de água quente.
 Verificar com todas as torneiras e registros do condomínio fechadas se o
hidrômetro continua rodando, indicando a presença de vazamento – a
cada 6 meses.
 Verificar se há trincas internas ou afundamento nas laterais das caixas de
esgoto em terreno natural.
 Limpar calhas de águas pluviais antes e após cada período de chuva – 2
vezes por ano.

78
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA
- Tubos, conexões e registros:
Garantia - Fissuras, riscos, quebras – no ato da entrega.
declarad - Problemas de instalação – 1 ano.
a - Vedação e funcionamento – 1 ano.
- Danos causados devido à movimentação ou acomodação da estrutura – 5 anos.

- Danos causados por impacto ou perfurações em tubulações (aparentes, embutidas ou


requadradas).
- Instalação ou uso incorreto dos equipamentos.
- Manobras indevidas, com relação e registros, válvulas e bombas.
- Se for constatado entupimento por quaisquer objetos jogados nos vasos sanitários e ralos,
tais como: absorventes higiênicos, folhas de papel, cotonetes, cabelos, etc.
- Se for constatada a retirada dos elementos de apoio (mão-francesa, coluna do tanque, etc.),
Perda provocando a queda ou quebra da peça ou bancada.
de - Se forem constatadas nos sistemas hidráulicos pressão e temperatura fora das normas
garantia (desregulagem da válvula redutora de pressão, geradores de calor, aquecedores, etc.).
- Equipamentos que foram reparados por pessoas não autorizadas pelo serviço de assistência
técnica.
- Aplicação de peças não originais ou inadequadas ou ainda adaptação de peças adicionais
sem autorização prévia do fabricante.
- Alterações não previstas no sistema.
- Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções previstas por
profissional ou empresa habilitada.

79
LOUÇAS SANITÁRIAS
IDENTIFICAÇÕES
Descrição Compreende os aparelhos cerâmicos sanitários esmaltados e seus respectivos pertences
do e acessórios.
sistema
Tipo de uso Instalações hidráulicas residenciais, prediais, comerciais etc.

Normas Técnicas NBR 15097, NBR 15098, NBR 15099, NBR 11778 e NBR 11990.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não jogue quaisquer objetos nos vasos sanitários e ralos que possam causar
entupimento, tais como: absorventes higiênicos, folhas de papel, cotonetes,
cabelos, fio dental etc.
 Não deixe de usar a grelha de proteção que acompanha a cuba de inox das
Cuidados de uso pias de cozinha.
e manutenção  Nunca suba ou se apóie nas louças e bancadas, pois podem se soltar ou
rotineira quebrar, causando ferimentos graves.
 Não permitir sobrecarga nas louças sanitárias e sobre as bancadas. Evite o uso
de desinfetantes abrasivos à base de soda cáustica, bem como a utilização de
esponjas de aço, que podem danificar a superfície das louças.
 Para proceder à limpeza, utilize-se de água e esponja macia, pano umedecido
em sabão ou desinfetantes biodegradáveis.
 Para utilização, conservação e manutenção das banheiras de hidromassagem,
seguir as instruções do manual do proprietário.
Inspeção prevista  Verificar o estado geral das louças, tanques e pias, inclusive ferragens.
 Verificar vazamento das bolsas de ligação do vaso - a cada 6 meses nos 2
primeiros anos, depois a cada ano.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Garantia  Quebras, fissuras, riscas e manchas – no ato da entrega.


declarad  Problemas de instalação – 1 ano.
a  Falha de vedação – 3 anos.
 Se constatada carga excessiva.
 Aplicação de pigmentos, solventes, ácidos ou qualquer outro material que
danifique o esmalte.
Perda da  Aplicação de materiais abrasivos.
garantia  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

80
CAIXAS DE DESCARGA E VÁLVULAS

IDENTIFICAÇÕES

A caixa de descarga é um reservatório de água para ser usado na descarga de fluidos


Descrição com sólidos em suspensão, líquidos ou gases do vaso sanitário, cujo registro de
controle do fluxo de água está integrado a ela. A válvula sanitária é um registro que
do controla o fluxo de água contido na tubulação de água para a descarga do vaso
sistema sanitário.

Componentes Caixa de descarga ou válvula de descarga.


Tipo de uso Descarga dos vasos sanitários.

Normas Técnicas NBR 11852, NBR 12096, NBR 10979, NBR 11146 e NBR 12904.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 15 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO


Cuidados de uso e
manutenção Evitar pancadas e contato com produtos abrasivos.
rotineira

 Verificar a estanqueidade da válvula de descarga – a cada 6 meses.


 Limpar o reservatório da caixa de descarga – a cada 6 meses.
 Verificar a pressão e vazão da água – a cada ano.
Inspeção prevista  Verificar a qualidade da água (dureza e pH) – a cada ano.
 Verificar o estado geral das peças – a cada 6 meses nos 2 primeiros anos,
depois a cada ano.
 Verificar o vazamento das bolsas de ligação do vaso – a cada 6 meses nos 2
primeiros anos, depois a cada ano.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Caixas de descarga:
 Quebras, fissuras, riscas e manchas – no ato da entrega.
 Defeito do equipamento (mau desempenho) – no ato da entrega.
 Problemas de instalação – 1 ano.
Garantia  Falha de vedação – 2 anos.
declarad Válvula de descarga:
a  Quebras, fissuras, riscas e manchas – no ato da entrega.
 Defeito do equipamento (mau desempenho) – no ato da entrega.
 Problemas de instalação – 1 ano.
 Falha de vedação – 2 anos.

81
CAIXAS DE DESCARGA E VÁLVULAS
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Aplicação de pigmentos, solventes, ácidos ou qualquer outro material que


danifique o esmalte.
 Aplicação de materiais abrasivos.
 Danos causados por impacto ou perfurações.
 Se for constatado entupimento por quaisquer objetos jogados dentro do
reservatório da caixa de descarga.
 Se forem constatadas nos sistemas hidráulicos pressão e temperatura fora das
Perda da garantia normas (desregulagem da válvula redutora de pressão, geradores de calor,
aquecedores etc.).

Reparos por pessoas não autorizadas pelo serviço de assistência técnica.


Aplicação de peças não originais ou inadequadas ou ainda adaptação de peças
adicionais sem autorização prévia do fabricante.
Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções previstas
por profissional ou empresa habilitada.

82
INSTALAÇÃO DE INTERFONIA
IDENTIFICAÇÕES
Descrição do A instalação de interfonia destina-se à comunicação entre as áreas servidas por este
sistema sistema.
Componentes Central de interfonia, painel externo, aparelhos, cabeamento e tomadas.
Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.
Normas Técnicas NBR 5410, NBR 13726 e NBR 13727.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO

Cuidados de uso e  Nunca jogue água na parede onde o aparelho está instalado.
manutenção  Para a limpeza externa, use pano umedecido com álcool.
rotineira  Ao desligar o aparelho, verifique se o mesmo ficou bem encaixado na base.

Revisão de conexões, aparelhos e central com empresa especializada a cada 6


Inspeção prevista
meses.
CONDIÇÕES DE GARANTIA
 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por
desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
Garantia nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
declarada
entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Problemas com a instalação – 1 ano.
 Contratar mão-de-obra não especializada.
 Qualquer alteração no sistema.
Perda da garantia
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

83
INSTALAÇÃO DE TELEFONIA

IDENTIFICAÇÕES
Descrição do
A instalação de telefonia destina-se à comunicação.
sistema
Componentes Cabeamento, central de distribuição (DGT), tomadas.

Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.

Normas Técnicas NBR 5410, NBR 13726 e NBR 13727.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Na higienização, não molhar o D.G.T.
 Para conexão, utilizar somente ferramentas e fios adequados.
Cuidados de uso e
 Caso instale PABX ou rede de computadores, contratar empresa
manutenção
especializada.Não corte nem faça emendas nos cabos. Eles perderão sua
rotineira
característica de transmissão de sinais.
 Não utilizar os cabos para alimentação elétrica de equipamentos.

 Revisão de conexões, aparelhos e central com empresa especializada – a


Inspeção prevista
cada ano.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
Garantia nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
declarada
entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Problemas com a instalação – 1 ano.

 Qualquer alteração no sistema.


Perda da garantia  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

84
JUNTAS DE DILATAÇÃO DE FACHADAS

IDENTIFICAÇÕES
Juntas projetadas para aliviar tensões provocadas pela movimentação da alvenaria
Descrição
ou do próprio revestimento, assim como as movimentações decorrentes da deformação
do
sistema estrutural.
 Pintura elestomérica.
Componentes  Apoio flexível.
 Mastique de poliuretano.
Tipo de uso Fachadas.

Normas Técnicas ASTM D 412, ASTM G 26, ASTM D 2369, ASTM D 2240, ASTM E 96 e ASTM D
1640.
Pintura elastomérica, apoio flexível e mastique de poliuretano. Período aproximado de
Vida útil prevista
3 a 5 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de uso e  Não aplicar produto químico sobre as juntas de dilatação.
manutenção  Não aplicar jatos de alta pressão sobre as juntas de dilatação.
rotineira  Realizar as inspeções periódicas previstas.

Mastique:
 Análise visual e táctil de pontos falhos, principalmente nos encontros com o
Inspeção prevista rejuntamento cimentício – a cada ano.
 Verificação visual e táctil do mastique, verificando a presença de bolhas,
fissuras e ou ressecamento do produto – a cada ano.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Desempenho do material:
 Pintura elastomérica – especificado pelo fabricante.
Garantia  Apoio flexível – especificado pelo fabricante.
declarada  Mastique – especificado pelo fabricante.
Execução e aderência – 1 ano.

 Aplicação de produtos abrasivos ou ácidos.


 Execução de limpeza com uso de máquinas com excesso de pressão da água.
 Perfuração na junta de dilatação.
Perda da garantia
Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções previstas
por profissional ou empresa habilitada.

85
METAIS SANITÁRIOS

IDENTIFICAÇÕES
Descrição Pertences e acessórios das instalações sanitárias, com foco em torneiras, válvulas, sifão,
do misturadores, registros e demais componentes.
sistema
Tipo de uso Instalações hidráulicas residenciais, prediais, comerciais etc.

Normas Técnicas NBR 11146, NBR 11852, NBR 12904, NBR 14162 e NBR 14011.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO

 Limpar os aeradores (bicos removíveis) das torneiras - a cada 6 meses.


 Substituir os vedantes (courinhos) das torneiras, misturadores e registros de
pressão – a cada ano.
Cuidados de uso e  Limpar os metais sanitários, ralos das pias e lavatórios, com água e sabão
manutenção neutro e pano macio, nunca com esponja ou palha de aço e produtos
rotineira abrasivos.
 Ao instalar filtros, torneiras etc., cuidado ao atarraxá-los, pois o excesso de
força poderá danificar a saída da tubulação, provocando vazamentos.
 Evite o uso de desinfetantes abrasivos ou à base de soda cáustica.

Inspeção prevista Verificar o funcionamento e integridade, a cada 6 meses.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Defeito do equipamento (mau desempenho) – no ato da entrega.


Garantia
 Problemas de instalação – 1 ano.
declarad
 Falha de vedação – 2 anos.
a

 Se constatada carga excessiva.


 Aplicação de pigmentos, solventes, ácidos ou qualquer outro material que
danifique o esmalte.
Perda da garantia
 Aplicação de materiais abrasivos.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

86
MOTOBOMBA

IDENTIFICAÇÕES
Sistema composto por motor e bomba utilizado para transformação da energia
Descrição
mecânica dos motores em energia hidráulica, possibilitando transportar e elevar fluidos
do
sistema a grandes distâncias e elevadas alturas.

Bombas de recalque, cucha de inox/latão (evita danos ao selo mecânico


Componentes
devido à corrosão por cloro).

Tipo de uso Instalações elevatórias prediais, sistemas de recalque de água.

Normas Técnicas NBR 5410, NBR 12433 e NBR 10131.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
Cuidados de uso e
manutenção  Acionamento das bombas somente por pessoal autorizado.
rotineira
 Alternar o funcionamento das bombas entre reserva e uso, quando for o
Inspeção Prevista
caso – semanalmente.
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
Garantia nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamentos
declarada
entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Instalação – 1 ano.

 Se forem constatadas, nos sistemas hidráulicos, pressão e vazão fora das


normas.
 Aplicação de peças não originais ou inadequadas ou ainda adaptação de
peças adicionais sem autorização prévia do fabricante.
Perda da garantia  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

87
PINTURA INTERNA / EXTERNA
IDENTIFICAÇÕES
A pintura é composta geralmente de fundo, massa e tinta de acabamento, formando
Descrição um "sistema de pintura". Tem por finalidade dar acabamento à superfície, dando-lhe
do proteção, proporcionando uniformidade às superfícies em que foram aplicadas, além
sistema do conforto e beleza pela utilização de cores.
 Substratos minerais porosos:
Todos os tipos de superfícies minerais porosas de ambientes internos e externos,
constituídas de materiais à base de cimento ou cal, tais como: argamassa de
cimento, de cal e mista, gesso, reboco etc.
 Substratos de madeira e de seus derivados:
Tipo de uso
Referem-se a todos os tipos de superfícies, internas e externas, constituídos por
madeiras, tais como: portas, janelas, paredes etc.
- Substratos metálicos ferrosos:
Todos os tipos de superfícies, internas e externas, constituídos por metais ferrosos,
como portões, esquadrias, estruturas de ferro e aço.

Normas Técnicas NBR 15079, NBR 12554 e NBR 13245.


Vida útil prevista Período aproximado de 3 a 5 anos.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO
 Evitar atrito nas superfícies pintadas, pois a abrasão pode remover a tinta
deixando manchas.
 Evitar pancadas que marquem ou trinquem a superfície.
 Evitar contato de produtos químicos de limpeza, principalmente produtos ácidos.
 Em caso de necessidade de limpeza, jamais utilizar esponjas ásperas, buchas de
palha de aço, lixas e máquinas com jato de pressão.
Cuidados de uso e
 Evitar o acúmulo de água nas superfícies pintadas.
manutenção
 Não utilizar álcool para limpeza de áreas pintadas.
rotineira
 Nas áreas internas com pintura, evitar a exposição prolongada ao sol utilizando
cortinas nas janelas.
 Não limpar tinta PVA com água ou pano úmido.
 Para remoção de poeiras, manchas ou sujeiras em paredes e tetos, utilizar
espanadores ou flanelas secas ou levemente umedecidas com água e sabão neutro.
Deve-se tomar o cuidado de não exercer pressão demais na superfície.

 Realizar inspeção para avaliar as condições, quanto a descascamento,


Inspeção prevista
esfarelamento e perda de cor, a cada 2 anos.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

Garantia  Sujeiras, imperfeições ou acabamento inadequado – no ato da entrega;


declarad  Empolamento, descascamento, esfarelamento, alteração de cor ou
deterioração de acabamento – 1 ano.
a
 Pintura realizada pelo proprietário.
 Utilização inadequada da pintura.
Perda da garantia  Lavar com jato de alta pressão.
 Uso de produtos químicos, quando da limpeza.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

88
PISCINA

IDENTIFICAÇÕES
Descrição do Reservatório de água, podendo ser dotado de sistema de tratamento, destina-se ao
sistema banho de lazer e/ou esporte dos usuários.
Componentes Piscina em fibra, lona ou concreto revestido, equipamentos de limpeza e filtragem.

Tipo de uso Instalações prediais residenciais, serviços (recreação).

Normas Técnicas NBR 9816, NBR 9818, NBR 9819, NBR 10339, NBR 10818, NBR 10819, NBR 11238
e
NBR 11239.
Vida útil prevista Período aproximado de 5 a 10 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO


 Manter a piscina cheia de água, evitando assim o aparecimento de trincas no
seu material de acabamento e/ou desbotamento do material usado.
 Ligar o filtro – frequentemente.
 Passar na água a peneira específica – sempre que necessário.
Cuidados de uso  Aspirar com equipamento adequado o fundo da piscina – a cada dia, durante
e manutenção o verão e quando se fizer necessário, durante o inverno.
rotineira  Limpar as bordas da piscina com produtos específicos (limpa-bordas),
removendo vestígios oleosos – sempre que necessário.
 Adicionar algicida, cloro e outros produtos apropriados conforme a
recomendação do fabricante, para evitar a formação de algas – a cada
semana.

 Observar a limpeza da água – a cada dia.


 Lavar o filtro – a cada semana.
Inspeção prevista  Controlar do pH da água – a cada semana.
 Limpar o cesto da bomba sempre que se detectar algum material em seu
interior – quando necessário.
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho dos equipamentos – especificado pelo fabricante (entende-se


por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
entregues, ou seis meses – o que for maior).
Garantia  Revestimentos quebrados, trincados, riscados, rasgados, manchados ou com
declarad tonalidade diferente – no ato da entrega.
a  Revestimentos soltos, gretados ou apresentando desgaste excessivo, que não
por mau uso – 2 anos.
 Problemas com a instalação – 1 ano.
 Problemas com a estanqueidade – 5 anos.

 Uso inadequado de produtos químicos.


Perda da  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
garantia manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

89
PISOS DE MADEIRA
IDENTIFICAÇÕES
Descrição do
Tábuas corridas, tacos e similares utilizados como revestimento de piso.
sistema
Tipo de uso Geralmente utilizados como assoalhos.

Normas Técnicas NBR 6451.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 O principal cuidado é evitar a umidade. Ela pode dilatar a madeira que,
quando volta a secar, tende a deformar e soltar-se.
 Não utilizar pano molhado para limpar o piso; no máximo, úmido, e uma vez
por semana.
 Nos primeiros 90 dias após a instalação, quando a madeira ainda está se
acomodando e o verniz encontra-se em processo de cura, recomenda-se
Cuidados de uso e
apenas flanela seca.
manutenção  Quando o rejunte dos pisos de madeira se solta, é necessário proceder à
rotineira calafetação apropriada das juntas. Usando-se, para isso, materiais e máquinas
específicas. A seguir, elimina-se o pó que ficou nas frestas e faz-se a
calafetação com massa apropriada.
 Após a calafetação completa, o piso deve ser lixado novamente em duas
etapas e, em seguida, receber acabamento apropriado para pisos de
madeira.

Inspeção prevista  Inspecionar integridade, procedendo-se à recomposição dos rejuntes, a cada


2 anos ou sempre que necessário.
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Assoalhos riscados ou manchados – no ato da entrega.


 Empenamento – 1 ano.
 Encanoamento – 1 ano.
Garantia
declarada  Retrações – 1 ano.
 Resina acrílica – 1 ano.
 Resina de poliuretano – 2 anos.

 Aplicação de água e líquidos.


 Umidade relativa do ar no ambiente, superior a 80%, durante sete dias e
inferior a 40% durante 14 dias.
 Exposto à luz do sol.
Perda da garantia
 Aplicação de abrasivos e solventes.
 Utilização de cadeiras com rodas e cargas pontuais.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

90
REVESTIMENTO EM ARGAMASSA
DECORATIVA
IDENTIFICAÇÕES

Descrição Mistura de cimento, areia e água, podendo conter adições de cal hidratada e aditivos
(impermeabilizantes, aceleradores, retardadores etc.), para o revestimento de paredes
do
internas e/ou externas.
sistema
Tipo de uso Revestimento de fachada de argamassa.
Normas Técnicas NBR 13530, NBR 13529 e NBR 13749.
Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E
INSPEÇÃO
 Evitar atrito nas superfícies, pois a abrasão pode desgastar a superfície
prejudicando sua estética e estanqueidade.
Cuidados de uso e  Evitar impactos que marquem ou trinquem a superfície.
 Evitar contato de produtos químicos de limpeza, principalmente produtos
manutenção
ácidos.
rotineira  Em caso de necessidade de limpeza, jamais utilizar esponjas ásperas, buchas
de palha de aço, lixas e máquinas com jato de pressão.
 Evitar o acúmulo de água sobre a superfície.

Efetuar revisão, a cada 2 anos,verificando:


 Inspecionar limpeza.
 Efetuar inspeção detalhada das juntas e frisos, verificando integridade e
Inspeção prevista
presença de fissuras.
 Verificar o estado de conservarão das fachadas, através de inspeção visual
e/ou por percussão, utilizando balancim leve ou “cadeirinha”.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Má aderência do revestimento e componentes do sistema – em ambiente


agressivo, 1 ano.
Garantia  Má aderência do revestimento e componentes do sistema – para ambiente
declarada pouco agressivo, 5 anos.
 Estanqueidade de fachadas– 3 anos.

 Reformas, vibrações, impactos, substituições, aplicação de revestimento sem


autorização da construtora.
Perda da garantia  Aplicação de produtos abrasivos e alcalinos.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

91
REVESTIMENTO CERÂMICO (INTERNO E
EXTERNO)
IDENTIFICAÇÕES

Descrição Azulejos, cerâmicas, ladrilhos, pastilhas de porcelana, porcelanato e plaquetas de


laminados cerâmicos, para compor o revestimento de paredes e pisos internos ou
do
externos.
sistema
Tipo de uso Fachadas, muros, pisos e paredes internos e externos.

Normas Técnicas NBR 13816, NBR 13817 e NBR 13818.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.


SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO

 Antes de perfurar qualquer peça deve-se consultar os projetos elétricos e


hidráulicos ou o Manual do Proprietário, para evitar perfurações em
tubulações.
 Para fixação de móveis ou acessórios, utilizar somente parafusos com buchas
especiais, evitando impacto nos revestimentos que possam causar fissuras.
 Utilizar sabão neutro para lavagem. Não utilizar produtos químicos
corrosivos ou abrasivos.
 Não utilizar bomba de pressurização de água na lavagem, bem como
vassouras de piaçava ou escovas com cerdas duras, pois podem danificar o
rejuntamento.
Cuidados de uso e  Evitar bater com peças pontiagudas.
manutenção  Cuidado no transporte de eletrodomésticos, móveis e materiais pesados, não
arrastá-los sobre o piso.
rotineira
 Não utilize objetos cortantes ou perfurantes para auxiliar na limpeza dos
cantos de difícil acesso, devendo ser utilizada escova apropriada (tipo escova
de dentes).
 Não raspar com espátulas metálicas, utilizar, quando necessário, espátula de
PVC.
 Na instalação de telas de proteção, grades ou equipamentos, não danificar o
revestimento e tratar os furos com silicone ou mastique para evitar a
infiltração de água.
 Limpar com utilização de pano úmido.

92
Cerâmica:
 Verificação de eflorescência, manchas e presença de peças quebradas - a
cada ano.
 Limpeza superficial da cerâmica aplicada nas fachadas, com a utilização de
água e detergente neutro (não utilizar ácido ou qualquer produto que agrida
as placas) - a cada 6 anos.
Argamassa de rejuntamento:
Inspeção prevista  Promover uma revisão do sistema de rejuntamento quanto à presença de
fissuras e pontos falhos - a cada ano.
 Aplicar protetor de superfície à base de Teflon - a cada 6 anos.
Juntas preenchidas com mastique:
 Rever a aderência e integridade do mastique - a cada ano.
 Verificar a calafetação de rufos, fixação de pára-raios, antenas, elementos
decorativos etc. - a cada ano.

93
REVESTIMENTO CERÂMICO (INTERNO E
EXTERNO)
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Peças quebradas, trincadas, riscadas, manchadas ou com tonalidades


diferentes - no ato da entrega.
Garantia
 Peças soltas, gretadas ou desgaste excessivo que não por mau uso - 2 anos.
declarada
 Estanqueidade – 3 anos.

 Reformas, vibrações, impactos, substituições, aplicação de revestimento sem


autorização da construtora.
Perda da garantia  Aplicação de produtos abrasivos e alcalinos. Se não forem tomados os
cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções previstas por
profissional ou empresa habilitada.

94
REVESTIMENTO EM PEDRAS (MÁRMORE E
GRANITO)
IDENTIFICAÇÕES

Pedras naturais extraídas de jazidas, utilizadas como revestimentos de pisos ou


paredes, perfeitamente encaixadas, isto é, preparadas uma a uma e com junta seca, ou
Descrição afastadas e rejuntadas com argamassa ou outro produto específico, segundo a
do especificação de projeto.
sistema  Características como a dureza dependerá do tipo de cada pedra.
 As diferenças de tonalidade e desenho também são características destes tipos
de revestimento.

 Utilizadas em revestimento de pisos e paredes, internas e externas. Além de


serem um elemento decorativo, podem evitar a passagem de água, presença
de umidade e diminuir a propagação do som. São utilizadas também em
Tipo de uso tampos de pia e balcões.
 As peças poderão ser assentadas sobre argamassa, com aplicação de
argamassa colante ou utilização de peças metálicas, estas mais usuais em
sistema de revestimento de fachada.

Normas Técnicas NBR 7206 e NBR 13707.

Vida útil prevista Período aproximado de 10 a 20 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Deve-se tomar precauções quanto a manutenção e uso destes, prevenindo
possíveis contados com produtos químicos, como solventes, ácidos, tintas e
canetas tipo pincel atômico ou hidrocor, pois estes produtos penetram nos
poros das pedras ocasionando manchas irreversíveis. Deve-se evitar impactos
diretos sobre estas pedras de revestimento, a fim de evitar quebras.
 Não usar produtos abrasivos para limpeza, como sapóleo ou esponja de aço,
pois estes produtos comprometem o acabamento / polimento das pedras.
 Antes de perfurar qualquer peça deve-se consultar o Manual Proprietário /
Áreas Comuns (croqui de localização) para evitar perfurações em tubulações.
 Utilizar sabão neutro próprio para lavagem de pedras.
 Não utilizar máquina de alta pressão para a limpeza na edificação.
 Não utilizar produtos corrosivos que contenham em sua composição produtos
Cuidados de uso e químicos tais como cloro líquido, soda cáustica ou ácido muriático. Para
manutenção retirada de manchas deverá ser contratada empresa especializada em
rotineira revestimento / limpeza de pedras.
 Nos procedimentos de limpeza diária de materiais polidos, sempre procurar
remover primeiro o pó ou partículas sólidas com um pano macio, ou escova
de pelo nos tampos de pias e balcões. Nos pisos e escadarias, remover com
vassoura de pelo, sempre sem aplicar pressão excessiva para evitar riscos e
desgastes precoces devido ao atrito. Em seguida, aplicar um pano umedecido
(sempre bem torcido, sem excesso de água) com água ou solução diluída de
detergente neutro para pedras, seguida de aplicação de um pano macio de
algodão para secar a superfície. Evitar a lavagem de pedras e, quando
necessário, utilizar detergente específico.

95
REVESTIMENTO EM PEDRAS (MÁRMORE E
GRANITO)
continuação
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E
INSPEÇÃO
 Nunca tentar remover manchas com produtos genéricos de limpeza ou com
soluções caseiras. Sempre que houver algum problema procurar consultar
empresas especializadas, pois muitas vezes a aplicação de produtos
inadequados em manchas pode, além de danificar a pedra, tornar as manchas
permanentes.
 No caso de pedras naturais utilizadas em ambientes externos, poderá ocorrer
um acúmulo localizado de água em dias de chuva, em função das
características das pedras utilizadas. Se necessário, remover a água com
auxílio de rodo.
 Utilizar protetores de feltros e/ou mantas de borrachas nos pés dos móveis.
 Evitar bater com peças pontiagudas.
 Cuidado no transporte de eletrodomésticos, móveis e materiais pesados. Não
arrastá-los sobre o piso.
 Não deixe cair sobre a superfície graxa, óleo e massa de vidro.
 Não colocar vasos de planta diretamente sobre o revestimento, pois podem
causar manchas.
Cuidados de uso  Para a recolocação de peças, atentar para o uso correto do cimento colante
e manutenção para cada tipo de pedra (ex: para mármores e granitos claros – cimento ou
rotineira cola branca, para ardósias – cimento ou cola específica etc.).
 No caso de fixação das pedras com elementos metálicos, não remover
nenhum suporte e, no caso de substituição, contatar uma empresa
especializada.
 Em áreas muito úmidas como banheiros, deixar sempre o ambiente ventilado
para evitar aparecimento de fungos ou bolor e sempre utilizar produtos de
limpeza específicos para pedras, que evitam a proliferação destes agentes.
 Proteger a superfície da pedra contra manchamentos através da aplicação de
hidro e óleo fugantes para pedras. Sempre que agentes causadores de
manchas (café, refrigerantes, alimento etc.) caírem sobre a superfície,
procurar limpá-los com pano absorvente ou papel toalha.
 No caso de peças polidas (ex: pisos etc.), é recomendável um enceramento
mensal com cera específica, para proteger a pedra de agentes agressivos. Nas
áreas de circulação intensa, o enceramento deve acontecer semanalmente ou
até diariamente.

Mármores e pedras:
 Verificação de eflorescência, manchas e presença de peças quebradas - a
cada ano.
Argamassa de rejuntamento:
 Promover uma revisão do sistema de rejuntamento quanto à presença de
Inspeção prevista fissuras e pontos falhos - a cada ano.
 Aplicar protetor de superfície à base de Teflon - a cada 6 anos.
Juntas preenchidas com mastique:
 Rever a aderência e integridade do mastique - a cada ano.
 Verificar a calafetação de rufos, fixação de pára-raios, antenas, elementos
decorativos etc. - a cada ano.

96
REVESTIMENTO EM PEDRAS (MÁRMORE E
GRANITO)
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Manchamentos causados por produtos – no ato da entrega.


Garantia  Peças quebradas, trincadas, riscadas ou falhas no polimento (quando especificado)
declarad – no ato da entrega.
a  Peças soltas ou desgaste excessivo que não por uso inadequado – 2 anos.

 Reformas, vibrações, impactos, substituições, aplicação de revestimento sem


autorização da construtora.
Perda da garantia  Aplicação de produtos abrasivos e alcalinos.
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

97
SISTEMA DE AQUECIMENTO CENTRAL
DE ÁGUA
IDENTIFICAÇÕES
O sistema de aquecimento central de água é destinado ao aquecimento da água
potável, através da energia solar ou elétrica e/ou a gás. A água proveniente deste
Descrição
sistema é distribuída, através de tubos apropriados para trabalhar com água quente
do com isolamento térmico para redução das perdas de calor e proteção contra
sistema intempéries.

Sistema de aquecimento central: tanques de armazenamento, bombas, quadro elétrico


Componentes de comando, tubulações, registros, válvulas, isolamento térmico, coletores solar
(quando central solar), aquecedores a gás, termostatos, sensores, controles etc.

Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.


Normas Técnicas NBR 7198, NBR 562, NBR 15345, NBR 1352 e NBR 12269.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 10 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não alterar a vazão, estipulada em projeto, dos equipamentos atendidos por
este sistema.
 O acesso e intervenções no sistema só deverão ser liberados a pessoas
Cuidados de uso e
habilitadas.
manutenção
 Estado das bombas e aquecedores.
rotineira
 Funcionamento geral do quadro de comando.
 Recomenda-se a implantação de um caderno de anotações específico para
anotação das intervenções de manutenção, ajuste e alteração do sistema.

Sistema de aquecimento central solar:


 Verificação do funcionamento das bombas d’água, caso haja – a cada
semana.
 Verificação de vazamentos de água – a cada semana.
 Verificação do funcionamento e teste do quadro de comando – a cada mês.
 Verificação do isolamento térmico da tubulação aparente e dos reservatórios
– a cada 3 meses.
 Limpeza geral inclusive nas placas dos coletores solares, para retirar a poeira
Inspeção prevista - a cada 6 meses.
 Limpeza do filtro, no abastecimento de água fria – a cada 6 meses.
 Revisão dos dispositivos de fixação dos componentes, principalmente os
coletores solares – a cada ano.
Sistema de aquecimento central a gás:
 Verificação do quadro sinóptico que monitora o funcionamento, pane das
bombas e queimadores à gás – a cada dia.
 Verificação de vazamentos nas tubulações aparentes, ruídos excessivos em
bombas ou queimadores – a cada mês.

98
SISTEMA DE AQUECIMENTO CENTRAL DE
ÁGUA
continuação
CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Checagem dos componentes do quadro elétrico de comando e dos demais


componentes elétricos e eletrônicos – a cada mês.
 Checagem do funcionamento da bomba centrífuga – a cada mês.
Inspeção prevista
 Revisão do sistema de aquecimento a gás – a cada 6 meses.
 Revisão do estado do anodo de sacrifício – proteção galvânica – conforme
orientação do fabricante ou a cada 6 meses.

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
entregues, ou seis meses – o que for maior).
Garantia  Reservatórios térmicos – 5 anos.
declarad  Coletores solares – 5 anos.
a  Aquecedores a gás – 1 ano.
 Instalação (originais) – 5 anos.
 Componentes elétricos, válvulas etc. – garantia do fornecedor,
normalmente 1 ano.
 Instalação (originais) – 1 ano.

 Se não forem seguidas as recomendações do fabricante e do projetista.


Perda da  Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
Garantia manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

99
SISTEMA DE COBERTURA – ESTRUTURA,
CALHAS E RUFOS
IDENTIFICAÇÕES
Descrição do Sistema utilizado para proteção das edificações contra a ação de intempéries, tais como:
sistema chuvas, ventos ou em alguns casos, para finalidade estética.
Estrutura de engradamento: madeira ou de aço.
Componentes Telhas: cerâmicas, metálicas, alumínio, concreto, fibrocimento etc.
Calhas e rufos: concreto, cerâmico e/ou metálicos.
Tipo de uso Cobertura de edificações.
NBR 15310, NBR 13858-1, NBR 13858-2, NBR 15253, NBR 8039, NBR 14331, NBR
Normas Técnicas
14513, NBR 14514, NBR 15143 e NBR 15196.
Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO
Cuidados de uso e
 Limpar os telhados, evitando sobrecargas e acúmulo de umidade.
manutenção
 Não andar sobre as telhas.
rotineira
Estrutura de engradamento metálica:
 Verificação da integridade da estrutura.
 Verificação das ligações soldadas da estrutura.
 Verificação do nível de corrosão de todos os materiais metálicos.
Estrutura de madeira:
 Revisão da integridade física.
 Revisão das ligações entre as peças: parafusadas, pregadas, coladas ou por
Inspeção prevista entalhe.
Calhas e rufos:
 Limpeza periódica de calhas e rufos.
 Verificação do nível de corrosão de todos os materiais metálicos.
 Verificação da existência de acúmulo de água em calhas e rufos.
Telhas:
 Verificação da integridade física das telhas e substituição das peças trincadas
ou quebradas.

CONDIÇÕES DE GARANTIA
 Calhas, instalação – 1 ano.
 Rufos, instalação – 1 ano.
 Sistema de cobertura, instalação - 1 ano.
Garantia  Telhas cerâmicas, estanqueidade – 3 anos.
 Telhas de concreto, estanqueidade - 3 anos.
declarad
 Telhas metálicas, integridade – 5 anos.
a
 Telhas de alumínio, integridade – 5 anos.
 Estrutura de engradamento em madeira – 5 anos.
 Estrutura de engradamento metálica - 5 anos.
 Deterioração do sistema de cobertura devido a impactos indesejáveis
causados por lançamento de objetos ou trânsito de pessoas sobre o telhado.
 Reforma ou alteração sem aprovação da construtora.
Perda da garantia  Retenção localizada de água na estrutura, suas ligações, calhas e rufos.
 Fixações não previstas. Se não forem tomados os cuidados de uso ou não
forem feitas as manutenções previstas por profissional ou empresa
habilitada.
100
SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS
IDENTIFICAÇÕES
O sistema completo é destinado a proteger a estrutura do edifício contra efeitos das
Descrição descargas atmosféricas. É constituído por captores de descarga atmosférica,
do localizados no topo do edifício e elementos de condução dessa descarga até o
sistema terreno natural, para ser dissipada.
Componentes Captores, condutores, conexões e acessórios.
Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.

Normas Técnicas NBR 5419 e NBR 5410.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.


SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO
 Todas as construções acrescentadas à estrutura e posteriormente à instalação original, tais
como antenas e coberturas, deverão ser conectadas ao sistema ou este deverá ser ampliado
mediante consulta a profissional habilitado. Verificar cadastramento do sistema.
Cuidados de uso e  Jamais se aproximar dos elementos que compõem o sistema e das áreas onde estão
manutenção instalados em momentos que antecedam chuvas ou nos períodos em que elas estiverem
rotineira ocorrendo.
 O SPDA não tem a finalidade de proteger aparelhos elétricos e eletrônicos. Para isso,
recomenda–se o uso de dispositivos DPS (Dispositivos de Proteção Contra Surtos),
dimensionados para cada equipamento.

 Inspeção visual do sistema: deve ser efetuada (registrando–se esta inspeção) – a cada ano
ou sempre que a edificação seja atingida por recarga.
 Inspeções completas conforme norma devem ser efetuadas periodicamente para
estruturas residenciais – a cada 5 anos; e para edificações comerciais – a cada 3 anos.
Quando for constatado que o SPDA foi atingido por uma descarga atmosférica, deve-se:
 Verificar a documentação, tais como: projeto, ART etc.
Inspeção prevista  Verificar se todos os componentes estão em bom estado. As conexões e fixações deverão
estar firmes e livres de corrosão.
 Verificar se o valor da resistência de aterramento continua compatível com as condições
do subsistema de aterramento e com a resistividade do solo, no caso de SPDA externo.
 Para SPDA estrutural são recomendáveis os testes de continuidade elétrica de acordo com
o anexo E da norma NBR5419.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se por


desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os requisitos
especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante nos contratos ou
Garantia manuais específicos de cada material ou equipamento entregues, ou seis meses – o que
declarad for maior).
 Desempenho do sistema – Eficiência determinada pela norma NBR5419, de
a
acordo com o nível de proteção adotado no projeto.
 Instalação (originais) – 1 ano.

 Em caso de vandalismo ou furto.


 Em caso de intervenções e alterações no sistema original.
Perda da garantia  Em caso de falha da proteção (previsto na norma NBR5419).
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções
previstas por profissional ou empresa habilitada.

101
SISTEMA DE SEGURANÇA

IDENTIFICAÇÕES
Descrição do Este sistema é destinado à segurança do edifício e pode ser realizado através de
sistema circuito fechado de TV (CFTV), cerca elétrica, alarme etc.
CFTV: câmaras, fiação, visor e sistema. Cerca elétrica: fiação elétrica, alarme e
Componentes
sistema. Cerca de infravermelho: sensores, fiação e sistema.
Tipo de uso Instalações prediais residenciais, industriais, comerciais etc.
Normas Técnicas NBR 5410.

Vida útil prevista Período aproximado de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E


INSPEÇÃO
 Não esbarrar nas câmeras ou cercas.
Cuidados de uso e  Não colocar objetos que possam reduzir a área de foco das câmeras. No caso
manutenção das câmeras externas deve haver cuidado especial com folhagens e árvores
rotineira que possam obstruir o foco das mesmas.
 Manter ligado o disjuntor elétrico do sistema de segurança.

 Verificar o funcionamento das câmeras – a cada dia.


Inspeção prevista  Medir a corrente e voltagem da cerca elétrica – a cada mês.
 Verificar o funcionamento de todo o sistema – a cada mês.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

 Desempenho do equipamento – especificado pelo fabricante (entende-se


por desempenho de equipamentos e materiais sua capacidade em atender os
requisitos especificados em projetos sendo o prazo de garantia o constante
Garantia nos contratos ou manuais específicos de cada material ou equipamento
declarada
entregues, ou seis meses – o que for maior).
 Instalação – 1 ano.

 Qualquer alteração no sistema.


 Utilização de programas para outra finalidade (CFTV).
Perda da garantia
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

102
VIDROS
IDENTIFICAÇÕES
Os vidros são materiais que tem como finalidade a proteção dos ambientes das
Descrição
intempéries da natureza, permitindo a passagem da luz. Os principais tipos são:
do
planos, recozidos (comuns), lisos, tipo fantasia, laminados, temperados e aramados.
sistema
Componentes As próprias placas de vidro ou blocos.

Tipo de uso Edificações em geral.

NBR 7199, NBR 11706, NBR 14698, NBR 14697, NBR 14207, NBR 14696, NBR
Normas Técnicas 15198,
NBR 14718, NBR NM 293, NBR NM 294, NBR NM 295, NBR 297, NBR NM 298.
Vida útil prevista Período aproximado de vida de 8 a 12 anos.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO


Cuidados de uso e
manutenção Evitar impacto nos vidros, pois podem quebrar.
rotineira
 Revisão do funcionamento do sistema de molas, dobradiças, roldanas e
Inspeção prevista acessórios do box, por empresa especializada – a cada ano.
 Revisão das vedações e fixações dos vidros nos caixilhos – a cada ano.
CONDIÇÕES DE GARANTIA
 Peças quebradas, trincadas, riscadas, manchadas ou com tonalidades
Garantia diferentes – no ato da entrega.
declarad  Guarnições e acessórios – 1 ano.
a  Instalação – 1 ano.
 Fixações não previstas.
 Se forem realizadas mudanças que alterem suas características originais.
Perda da garantia
 Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as
manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada.

103
CAPÍTULO 4
RESUMO DO SISTEMA DE
MANUTENÇÃO/GARANTIAS

104
PERIODICIDADE DAS MANUTENÇÕES PREVENTIVAS E
INSPEÇÕES

2 anos e meio

3 anos e meio

4 anos e meio
1 ano e meio
6 meses

2 anos

3 anos

4 anos

5 anos
1 ano
ITEM SISTEMA CONSTRUTIVO / Após 5 anos
TEMPO

1 Alvenaria estrutural • • • • • A cada 4 anos.


2 Alvenaria de vedação • • • • • A cada 4 anos.
3 Antena coletiva • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
4 Automação de portões • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
5 Cabeamento estruturado • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
6 Esquadrias de alumínio • • • • • A cada 2 anos.
7 Esquadrias de madeira • • • • • A cada 2 anos.
8 Esquadrias metálicas • • • • • A cada 2 anos.
9 Estrutura de concreto • • • • • A cada ano.
10 Estrutura metálica • A cada 3 anos.
11 Ferragens das esquadrias • • • • • A cada 1 ano.
12 Forro de gesso • • A cada 2 anos.
13 Iluminação automática • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
14 Iluminação de emergência A cada mês. A cada mês.
15 Impermeabilização • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
16 Instalações de combate a incêndio A cada mês. A cada mês.
17 Instalações elétricas • • • • • A cada 2 anos.
18 Instalações de gás • • • • • • • • • • A cada 6 meses.
19 Instalações hidrossanitárias • • • • • A cada ano.
19.1 Louças sanitárias • • • • • • • A cada 2 anos.
19.2 Caixas e válvulas de descargas • • • • • • • A cada 2 anos.
20 Instalações de interfonia • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
21 Instalações telefônicas • • • • • A cada 2 anos.
22 Junta de dilatação nas fachadas • • • • • A cada ano
23 Metais sanitários • • • • • • • • • • A cada 2 anos.
24 Motobombas • • • • • • • • • • A cada 6 meses.
25 Pintura externa / interna • • A cada 2 anos.
26 Piscinas A cada semana A cada semana
27 Pisos de madeira • • A cada 2 anos
28 Revestimento em argamassa decorativa • • A cada 2 anos
29 Revestimentos cerâmicos • • • • • • • • • • A cada 2 anos
30 Revestimentos em pedra • • • • • • • • • • A cada 2 anos
31 Sistema de aquecimento central de água • • • • • • • • • • A cada 6 meses
32 Sistema de cobertura • • • • • • • • • • A cada 6 meses
33 Sistema de proteção - SPDA • • • • • A cada 2 anos
34 Sistema de segurança • • • • • • • • • • A cada 2 anos
35 Vidros • • • • • A cada 2 anos.

OBS.: É indispensável a consulta ao Capítulo 3: Sistema de Manutenção Preventiva e Inspeção


- Procedimentos, para obter informações detalhadas.

105
TABELA DAS
GARANTIAS
ESPECIFICADO
NO ATO 6 3
SISTEMAS PELO 1 ANO 2 ANOS 5 ANOS
DA MESE ANO
FABRICANTE
ENTREGA S S
Problemas
com a integridade do
Alvenaria estrutural material

Problemas
com a integridade
Alvenaria de vedação do material

Desempenho Problemas
Antena coletiva dos com a
equipamentos instalação
Desempenho dos Problemas
Automação de portões equipamentos com a
instalação
Desempenho dos Problemas
Cabeamento
equipamentos com a
estruturado
instalação
Borrachas, Problemas com
escovas, a inst. ou
articulações, desempenho
fechos e roldanas dos materiais
Perfis de Amassados, Problemas com a
Esquadrias de alumínio

alumínio, riscados ou integridade do


fixadores e manchados material
revestimento
painel de
alumínio
Partes móveis Problemas de
(inclusive vedação e
recolhedores de funcionamento
palhetas, moto-
res e conjuntos
elétricos de
acionamento)
Lascadas, Empena-
Problemas de
trincadas, mento ou
Esquadrias de madeira vedação e
riscadas ou descola-
funcionamento
manchadas mento
Perfis e Roldana, fechos
fixadores: e articulações:
amassados, Perfis e desempenho e
Esquadrias e peças riscados ou fixadores: funcionamento
metálicas manchados oxidação e Perfis e fixado-
fixação res:vedação e
funcionamento
Integridade Revestimento Segurança, solidez e
física Hidrofugantes e global, integridade
superficial pinturas física superficial do
Estrutura de concreto do superficiais das concreto no tocante à
concreto estruturas formação de
(brocas e estalactites e
vazios) estalagmites
Sistema estrutural e
Estrutura metálica
componentes

106
TABELA DAS GARANTIAS
continuação
ESPECIFICA
NO ATO 2
SISTEMAS DO 6 MESES 1 ANO 3 ANOS 5 ANOS
DA ANO
ENTREGA PELO S
FABRICAN
TE
Maçanetas, Acabamento
fechos e soltando,
articulações problemas de
(itens funciona-
Ferragens das sujeitos ao mento e
esquadrias desgaste desem-penho
natural) do mate-rial
amassados, (falhas de
riscados ou fabricação)
manchados
Fissuras por
acomodação
Forro de gesso Quebrados, dos elementos
trincados ou estruturais e
manchados de vedação
Desempenho
Iluminação Problemas com
dos
automática a instalação
equipamentos
Desempenho
Iluminação de Problemas com
emergência dos a instalação
equipamentos
Impermeabilização Estanqueidade
Pintura Execução e
elastomérica, aderência
Junta de dilatação
apoio flexível e
o mastique

Quebrados, Desempenho
Instalações de
trincados ou dos equipa-
combate a incêndio
manchados mentos

Espelhos Desempenho
danificados do material e
Instalações elétricas ou mal problemas
colocados com a
instalação
Peças
quebradas,
trincadas,
riscadas,
Instalações de gás manchadas Problemas
ou com Problemas com com a
tonalidades a instalação e integridade do
diferentes vedação material
Danos
Problemas com causados
Fissuras, a instalação, devido à
Instalações vedação e movimenta-
riscos,
hidráulicas funciona- ção ou
quebrados
mento acomodação
da estrutura

107
TABELA DAS GARANTIAS
continuação
ESPECIFICA
NO ATO
SISTEMAS DO 6 MESES 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 5 ANOS
DA
ENTREGA PELO
FABRICAN
TE
Quebras, Problemas Falhas
fissuras, com a na
Louças sanitárias riscas e instalação, vedação
manchas vedação e
funcionamento
Quebras, Problemas de Falha de
fissuras, instalação vedação
riscas e
Caixas e válvulas de manchas,
descarga defeito do
equipamento
(mau
desempenho)

Instalação de Desempenho do Problemas de


interfonia equipamento instalação

Instalação de Desempenho do Problemas de


telefonia equipamento instalação

Defeito do
equipamento Problemas de Falha de
Metais sanitários (mau instalação vedação
desempenho)

Desempenho do Problemas de
Motobomba instalação
equipamento
Empolamento,
Sujeiras, esfarelamento,
imperfeições alteração de
Pintura interna e ou cor ou
externa acabamento deterioração
inadequado de
acabamento
Revesti- Problemas Revesti- Problemas
mentos com a mentos com a
quebrados, instalação soltos, estanquei-
trincados, gretados ou dade
riscados, Desempenho dos apresen-
Piscina rasgados, tando
equipamentos
manchados desgaste
ou com excessivo,
tonalidade que não por
diferente mau uso
Assoalhos Empenamento Resina de
riscados ou encanoa- poliuretano
Piso de madeira manchados mento,
retrações e
resina acrílica
Trincadas, Má aderência - Má
riscadas, Para ambiente Estanque aderência -
Revestimento em manchadas agressivo Para
idade das
argamassa ou com ambiente
fachadas
decorativa tonalidades pouco
diferentes agressivo

108
TABELA DAS GARANTIAS
continuação
ESPECIFICAD
NO ATO DA
SISTEM O PELO 6 MESES 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 5 ANOS
ENTREGA
AS FABRICANT
E
Peças Peças
quebradas, soltas,
trincadas, gretadas
Revestimentos riscadas, ou
cerâmicos manchadas desgaste
ou com excessivo Estanquei-
tonalidades que não dade das
diferentes por mau fachadas
uso

Manchamen- Peças
tos causados soltas ou
por produtos, desgaste
peças excessivo
Revestimentos quebradas, que não
em pedra trincadas, por uso
riscadas ou inadequa-
falhas no do
polimento

Desempenho Problemas
Sistema de dos com a
aquecimento equipamentos instalação e
central de água reservatório
térmico
Estanqueidade Integridade
das telhas do engrada-
Instalação cerâmicas e mento e das
Sistema d e
das calhas e de concreto telhas
cobertura
rufos metálicas e
de alumínio
Sistema de
Desempenho Problemas
proteção p/
do com a
descargas
equipamento instalação
atmosféricas
Desempenho Problemas
Sistema de
do com a
segurança
equipamento instalação
Peças Problemas
quebradas, com a
Vidros trincadas, instalação,
riscadas ou guarnições e
manchadas acessórios

OBS.: É indispensável a consulta ao Capítulo 3: Sistema de Manutenção Preventiva e Inspeção


- Procedimentos, para obter informações detalhadas, inclusive sobre perda de garantia.

109
CAPÍTULO 5

ANEXOS

110
BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14037: Manual de operação,


uso e
manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para elaboração e
apresentação. Rio de Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de


edificações - Procedimento. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. PROJETO 02:136.01-001/1:


Edifícios
habitacionais de até cinco pavimentos – desempenho. Rio de Janeiro, 15 de maio de
2006.

BRASIL, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO,


DEPARTAMENTO
DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. Decreto nº 2.181, de 20 de março de 1997.

SINDUSCON-MG, SEBRAE-MG. Manual do Proprietário de Edificações


Residenciais. Orientação, Roteiro e Texto Básico. Belo Horizonte, 1994.

SINDUSCON-MG, SEBRAE-MG. Manual do Condomínio. Guia de utilização,


conservação e manutenção das áreas condominiais e de funcionamento do condomínio.
Belo Horizonte, 1995.

SINDUSCON-MG, SEBRAE-MG. Guia para Criação e Produção do Manual de Garantia


e Manutenção de Edificações. Belo Horizonte.

SINDUSCON-MG. Manual Garantias: NBR 5674:99. 4ª. ed. Belo Horizonte - MG. 2009.
116p.

SINDUSCON-SP, SECOVI-SP. Manual das Áreas Comuns. Programa de Manutenção


Preventiva. São Paulo.

SINDUSCON-SP, SECOVI-SP. Manual do Proprietário. Termo de Garantia - Aquisição,


Uso e Manutenção do Imóvel - Operação do Imóvel. São Paulo.

IBAPE/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo –


Inspeção Predial – Check-up predial: Guia da Boa Manutenção.

GOMIDE, Tito; PUJADAS,Flávia; NETO, Gerônimo. Técnicas de Inspeção e


Manutenção Predial. São Paulo, Pini, 2006.

111
112
2.2. MEMORIAL DESCRITIVO

A Figura 04 apresenta uma foto da maquete original do prédio, em que as


edificações do Edificio Autêntico Batista Campos aparecem com a configuração efetivamente
construída, especialmente na área do ensino fundamental e com a ausência do “Elefante
Branco”, que acabaria se tornando o verdadeiro símbolo do ITA, dadas as linhas arrojadas
com que estabelecia a nova visão arquitetônica para hangares destinados à aviação – abrigava
originalmente os laboratórios de estruturas e propulsão.

Figura 04 - Vista atual do Edificio Autêntico Batista Campos nº 1191

Por coincidência ou por instinto renovador, o Edificio Autêntico Batista Campos


apareceu para Belém - PA com um novo estilo arquitetônico, consagrando-se, pala primeira
vez, dentro do contexto do pioneirismo e criatividade, projetado para o mundo contemporaneo
e da arquitetura, como uma nova concepção, pois até aquela época ainda nada se havia feito
em matéria de arquitetura funcional, com aproveitamento urbanístico, mesclando a natureza
ao estilo de cada edificação.

113
Figura 05 - Planta Baixa do Apartamento tipo do Edficio Autêntico Batista Campos

Figura 06 - Planta Baixa de toda a Área Construída do Edficio Autêntico Batista Campos

Estabelecidos o programa de construção e seu estilo, criaram-se áreas comuns


para as mais diversificadas finalidades –lazer, esporte, convivência, culinaria, jogos, festas e
conforto

Figura 07 - Vista do playground de diversões do Edificio Autêntico Batista Campos

114
Figura 08 - Vista do Salão de Festas do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 09 - Vista da Sauna do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 10 - Vista da blinquedoteca do Edificio Autêntico Batista Campos

115
Figura 11 - Vista do closet feminino do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 12 - Vista da recepção do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 13 - Vista do bar do Edificio Autêntico Batista Campos

116
Figura 14 - Vista do salão de jogos do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 15 - Vista da área das piscinas do Edificio Autêntico Batista Campos

117
Figura 16 - Vista do campo de golfe do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 17 - Vista do salão de jogos de tênis de mesa e pimbolim do Edificio Autêntico Batista Campos

118
Figura 18 - Vista da quadra de esportes do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 19 - Vista da academia do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 20 - Vista da sala de pet do Edificio Autêntico Batista Campos

119
Áreas disponíveis não faltaram: com uma visão altruísta e futurista de
administração, a então Cosntrutora Capital Rossy, intervindo junto aos órgão competentes,
aprovou a utilização de extensa área compreendendo a frente para a Av. Serzedelo Correa e os
fundos com o Canal da Av. Dr. Freitas.

Figura 21 - Croqui de localização do Edificio Autênctico Batista Campos em relação as cotas topográficas do entorno
do Bairro

120
A concepção estrutural das edificações seguiu o modelo convencional de lajes,
vigas e pilares, sendo os prédios edificados em 26 (vinte e seis) andares, ambos de pé-direito
simples, assentados sobre pilotis de seção retângular, constituindo pilares estruturais
contínuos. O prédio em disposição longitudinal (conforme Figura 6), designado por Torre
Prinipal, foi destinado, aos apartamentos tipo e, parcialmente, à administração direta do
condomínio, ainda abrigando as áreas de convivência comuns. Dispostos longitudinalmente,
encontram-se as demais edificações, destinados, cada um, aos diferentes usos. Entre os
prédios longitudinais, ficam jardins permeáveis, compondo uma atmosfera serena, adequada à
necessária concentração que acompanharia as atividades a serem ali desenvolvidas, garagens e
piscinas. Estes detalhes estão apresentados na Figura 6, onde também se pode perceber a
continuidade, até o final do terreno.

121
Finalmente, é importante salientar que nem tudo foi acerto na concepção
arquitetônica da edificação. Conforme opiniões tomadas junto aos próprios usuários, o piso de
revestimento da garagem por exemplo em blocos intertravados descontínuos compõem uma
superfície irregular, trazendo uma série de problemas para o uso de embarque e desembarque
com carrinhos de supermercado ou até mesmo no caso da necessidade de algum usuário
precisar se locomover com cadeira de rodas. A começar pelo visível incômodo que causou na
área destinada a vaga de garagens, com dimensões mínimas, causando desconforto para
proprietários de veículos com dimensões maiores do que os de pequeno porte, tais como
caminhonetes ou veículos maiors. Além disso, a tubulação de águas pluviais foi posicionada
com cotas topográficas baixas, o que ocasiona o impedimento da saída de águas pluvias e
provenientes das caixas de gordura em períodos de chuva intensa, uma vez que o nível d´áuga
no canal da Dr. Morais ultrapassa o nível destas tubulações, consequentemente afogando todo
o sistema de drenagem pluvial e esgoto sanitário, gerando os constantes entupimentos,
apontando as dificuldades de manutenção que decorrem do fato de a canalização estar inserida
numa cota topográfica comprometida devido a área na qual o Edificio Auteêntico Batista
Campos foi inserido.

Figura 22 – Tubos de saída da drenagem pluvial do Edificio Autentico Batista Campos

Apesar de tudo, o Edificio Autêntico Batista Campos continua sendo um prédio


ímpar pela excelência de sua arquitetura e pelo elevado nível de acabammento que trouxe à
valorização da área do entorno do prédio, servindo de inspiração às sucessivas gerações de
futuras construções, e que hoje trabalham para que, cada vez mais, os novos investimentos
imobiliários possam sentir-se orgulhos de pertencerem ao entorno desta construção.

122
3. TERMINOLOGIA

É freqüente observar o emprego incorreto de algumas palavras no contexto dos


problemas patológicos. Como exemplo, podemos citar o uso das palavras reparo e reforma
para indicar uma mesma intervenção, mesmo que essas palavras possuam conceitos distintos.
Sendo assim, seria interessante citar alguns termos utilizados no estudo das patologias das
construções que visa sintonizar o Brasil na tendência internacional. A terminologia aqui
empregada foi apresentada por John al (2001). Vejamos alguns termos essenciais ao presente
trabalho:
a) Agente de Degradação: qualquer ente que age sobre o edifício ou suas
partes e que afete negativamente sua capacidade de desempenho, como
por exemplo, pessoas, águas, calor, ciclos de carga;
b) Ambiente: ambiente natural ou produzido pela ação humana ou
induzido por condições externas ou internas, que pode exercer
influência no edifício ou suas partes;
c) Avaliação de Desempenho: avaliação das propriedades críticas através
de medidas ou inspeção;
d) Condições de Uso: condições ambientais observadas durante o uso;
e) Condições Ambientais: características que descrevem o ambiente;
f) Defeito: falha de um edifício ou de suas partes em fornecer o
desempenho requerido. Também chamada patologia;
g) Degradação: mudanças que acontecem ao longo do tempo na
composição, microestrutura ou outras propriedades de um produto e
que reduz o seu desempenho;
h) Desempenho: capacidade do edifício ou de suas partes de atender às
necessidades dos usuários;
i) Durabilidade : capacidade do edifício e suas partes em manterem ao
longo do tempo o desempenho, quando expostas às condições normais
de uso. Durabilidade não é uma propriedade inerente de um material ou
componente;
j) Envelhecimento (ageing exposure): procedimento no qual um material
ou componente construtivo é exposto a agentes que se acredita ou sabe

123
que causam sua degradação, com o propósito de auxiliar na previsão da
vida útil do seu efeito relativo no desempenho;
k) Envelhecimento (ageing): degradação devida a influência de agentes
relacionados ao uso;
l) Falha: perda de capacidade de um edifício ou de suas partes de
desempenhar a função especificada;
m) Manutenção: conjunto de atividades necessárias à conservação ou
recuperação da capacidade de uma edificação e de suas partes em
atender às necessidades dos usuários;
n) Obsolescência: perda da capacidade de um edifício ou de suas partes
em satisfazer os seus usuários devido a mudanças nos requisitos de
desempenho;
o) Propriedade Crítica: propriedade de um edifício ou de suas partes,
devendo estar acima de um nível mínimo para que o desempenho seja
considerado aceitável;
p) Reforma: modificações e melhorias em edifícios ou em suas partes de
forma a recuperá-lo de obsolescência;
q) Reparo: atividade visando restaurar a capacidade de um edifício ou
suas partes e atender os requisitos de desempenho;
r) Requisitos de Desempenho: mínimo aceitável para uma determinada
propriedade crítica; e
s) Restauração: ações para restaurar a aparência do estado original do
edifício.
Ainda baseado no trabalho de Cánovas (1994), temos mais algumas terminologias
adaptadas para a língua portuguesa:
a) Reforço: por reforço se entende a modificação de uma estrutura ou um
seu elemento, que não necessariamente danificado, com o propósito de
aumentar sua capacidade resistente ou sua estabilidade, com respeito à
citada no projeto original. Pode-se aplicar também o reforço como
conseqüência de uma troca de finalidade da estrutura, como por
exemplo, para que seja capaz de suportar ações superiores às previstas
originalmente.
b) Substituição: é uma operação que tem por finalidade substituir ou
repor elementos estruturais que têm uma vida inferior à vida de serviço

124
do resto da estrutura, como por exemplo, os apoios, juntas de dilatação,
etc.
c) Estado Atual: é aquele em que se encontra a estrutura, desde o ponto
de vista das propriedades, características mecânicas, durabilidade, etc.,
no momento considerado;
d) Estado Nominal: é o estado e propriedades de uma estrutura
correspondentes às condições contratuais de acordo com as instruções e
disposições técnicas vigentes. Pode-se considerar como as condições de
projeto; e
e) Estado Limite: é qualquer situação que, ao ser alcançada por uma
estrutura ou parte dela, a põe fora de serviço, em condições tais que
deixa de cumprir alguma das funções para qual fora projetada,
implicando o colapso de seu coeficiente de segurança para essa função.
Pode-se chamar o Estado Limite como Estado Crítico.
O uso adequado dos termos supracitados é essencial, principalmente quando um
dos principais interesses é a criação de um banco de dados real e consistente.

125
4. METODOLOGIA EMPREGADA

4.1. A NECESSIDADE DE UM MÉTODO

A falta de uma metodologia universalmente aceita dificulta muito o avanço dos


estudos na área de patologia das construções. Atualmente, a experiência, a intuição pessoal e a
habilidade do profissional são os fatores preponderantes na formulação de um diagnóstico. A
habilidade jamais deve ser negada, porém novos horizontes devem ser adquiridos com o
desenvolver da ciência, de maneira tal que, sempre que possível, o método deve ser inserido
no processo, fazendo com que os erros sejam diminuídos e os diagnósticos possam ser
gerados por qualquer pessoa que siga o método aplicado.
Neste contexto, a aplicação de um método comum visa a uniformização de
procedimentos aplicados, fornecendo então condições para que possam ser utilizados
independentemente do nível de experiência do técnico e da complexidade do problema.

4.2. A ESTRUTURA DO MÉTODO

Ainda segundo Lichtenstein (1986), a estrutura de um método genérico deve ser


formada por três partes distintas:
a) Levantamento de Informações. Nesta etapa deve-se levantar as
informações necessárias para um estudo eficiente do problema, a serem
obtidas, principalmente, por três fontes básicas: inspeção do local,
levantamento da história do problema e resultados de análises e ensaios
complementares;
b) Diagnóstico. Entendimento dos fenômenos em estudo, suas causas e
efeitos, tomando como base as informações obtidas na etapa anterior; e
c) Conduta a ser seguida. Com a confecção do diagnóstico é de se
esperar que algumas ações sejam tomadas, sejam elas de manutenção,
reparação ou até mesmo a demolição. O objetivo a ser alcançado nesta
etapa é prescrever as ações a serem executadas para resolver o
problema em questão, como também garantir a durabilidade da

126
estrutura. Para tanto deve ser levantado um prognóstico da situação,
levantando-se hipóteses sobre a evolução da patologia.

4.3. LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

Com o passar do tempo, as estruturas envelhecem de acordo com um processo


mais ou menos lento que sofre influência da agressividade do meio em que se situam, da
magnitude das cargas que suportam e da qualidade do projeto, dos materiais utilizados e de
sua execução, assim como de suas condições de utilização e de manutenção. Este
envelhecimento pode levar a estrutura a alcançar um estado limite.
Os problemas que apresentam uma estrutura de concreto armado danificada ou
pouco resistente, que se pretende reparar ou reforçar, podem ser muito complexos. Existem
defeitos estruturais muito localizados e de pouca importância que podem ter como causa uma
execução deficiente em uma determinada zona, mas que acabam por afetar o resto da
estrutura. Para estes, sua reparação não cria problemas, podendo se realizar de uma forma
imediata e sem necessidade de esperar resultados de análises, investigações, etc. Outros
defeitos, pelo contrário, são tão preocupantes que exigiriam, antes de se decidir por sua
reparação, realizar um estudo completo da obra, analisando todos os mínimos detalhes. Nestes
casos, o conhecimento da história da estrutura em questão pode ser decisivo e muito
elucidativo na elaboração de um diagnóstico.
O estudo da história da obra é fundamental. Conhecer a data de construção, quem
foi o construtor, possuir uma cópia do projeto para revisão e análise, conhecer o tipo de
cimento, agregados, aditivos, etc., dispor dos dados de análise do terreno, saber com detalhe a
forma de utilização da estrutura, sobrecargas estáticas ou dinâmicas que tem suportado, ações
acidentais as quais foi submetida, condições de exposição a que ficou submetida a obra,
variações climáticas, de vizinhança, escavações, vibrações excessivas, rebaixamento de lençol
freático, etc. Esses dados são extremamente necessários para se ter segurança na elaboração
de um diagnóstico.
Para se ter o maior número possível de informações a respeito de uma patologia
apresentada deve-se fazer, primeiramente, uma inspeção ao local. Esta inspeção pode ser
constituída por um procedimento básico constituído de:
a) determinação da existência e da gravidade do problema patológico;
b) definição da extensão e do alcance do exame;

127
c) caracterização dos materiais e da patologia com a utilização dos
sentidos humanos e de instrumentos; e
d) registro de resultados.
É importante que seja realizada uma análise meticulosa do problema e, para que
se alcance o objetivo, alguns pontos devem ser ressaltados:
a) algumas vezes o problema patológico não é visível, devendo-se
recorrer a modelos físicos ou matemáticos que consigam detectar o
problema;
b) se houver a necessidade de um exame minucioso da obra em questão,
deve-se seguir procedimentos idênticos para análise da obra inteira.
Procedimentos estes que devem englobar inclusive o caminho a ser
percorrido durante a inspeção. Se ainda assim não se conseguir captar
informações suficientes, deve-se fazer uma inspeção na vizinhança, à
procura de elementos que acusem uma provável causa do problema;
c) procurar coordenar a utilização dos sentidos humanos e de
instrumentos, de modo que o uso de um complemente o outro; e
d) se necessário deve-se realizar exames in loco e, sendo estes
insuficientes, exames complementares em laboratório devem ser
requeridos.
Sendo assim, propomos que um levantamento de informações adequado deva
conter os seguintes itens:
a) exame visual e estimação das conseqüências da patologia, com
determinação de possíveis medidas urgentes a serem tomadas, como
evacuação, eliminação de cargas, etc;
b) comprovação em planta dos danos aparecidos, acompanhando-se de
documentação fotográfica que possibilite uma boa visão do caráter e
quantificação da patologia encontrada;
c) localização de erros importantes devidos à ignorância ou falta de
cuidados na concepção do projeto;
d) localização de erros devidos à execução;
e) localização de deficiências no uso e na conservação da estrutura;
f) estudo dos documentos de projeto, examinando-se-os a fim de detectar
a falta de detalhes e possíveis erros de dimensionamento;

128
g) compilação de toda a informação relativa às condições da obra
anteriormente ao surgimento da patologia, tais como reparações ou
reforços realizados, incluindo também data de construção, dados de
projeto, controle de qualidade efetuado, etc; e
h) investigações com pessoas envolvidas na construção.
Ainda, dentre os instrumentos que possam vir a ser utilizados na inspeção
encontram-se:
a) indicador de nível d’água;
b) paquímetro;
c) papel indicador de PH;
d) testemunhas de metal ou vidro;
e) lupa graduada;
f) fio de prumo;
g) hidrômetro elétrico;
h) régua e trena métrica;
i) psicômetro;
j) termômetro de contato;
k) dilatômetro; e
l) endoscópio.
Como citado anteriormente, exames in loco podem ser realizados, ou até mesmo
exames complementares em laboratório podem ser requeridos. É conveniente empregar vários
métodos de ensaios que complementem as observações oculares. As técnicas e métodos de
ensaios empregados devem estar em concordância com o tipo de patologia que apresenta a
estrutura e com a importância da mesma. Sempre que possível, é conveniente empregar
métodos de ensaios não-destrutivos cujos resultados sejam confiáveis, inclusive com o uso de
outros ensaios de calibração. Com estes métodos não se deteriora a estrutura, permitindo,
inclusive, que se observe a evolução com o tempo de algumas de suas características na zona
em que se encontra a patologia. Dentre os diversos exames possíveis, citamos alguns abaixo:

a) ensaios in loco,
- avaliação de permeabilidade mediante aplicação de água sob pressão;
- avaliação do conforto luminoso por meio de medidas luminotécnicas;
- avaliação do comportamento tensão/deformação da estrutura por
meio de ensaios de prova de carga;

129
- avaliação da corrosão interna e incrustações nas tubulações através
endoscopia (passagem de sonda através das tubulações);
- avaliação de conforto acústico mediante medidas acústicas.
- avaliação da estrutura interna dos elementos de concreto por meio de
ultra-sonografia, gamografia ou raios-X;
- avaliação da resistência à compressão do material através de ultra-
sonografia ou esclerometria (análise do choque de dois corpos); e
- avaliação da aderência revestimento-base por meio de sonometria
(análise da freqüência sonora emitida por um aparelho que fica
percutindo na parede) ou aplicação de força de arrancamento no
revestimento até o seu descolamento.
b) ensaios em laboratório,
- levantamento da curva tensão-deformação, módulo de elasticidade e
deformação residual;
- análise da micro-estrutura por meio da análise da morfologia da
substância;
- análise química básica e análise química dos compostos.
- determinação da condutibilidade térmica, do coeficiente de dilatação
e da condutibilidade elétrica;
- medida de aderência;
- medida de permeabilidade, porosidade, absorção de água e
densidade;e
- medida de resistência mecânica (flexão, compressão, tração, impacto,
abrasão).
No presente trabalho, a inspeção seguiu procedimentos específicos adaptados para
os recursos existentes. Estes procedimentos foram seguidos até a etapa de registro das
informações. São eles:
a) realização de uma inspeção preliminar ao local com a utilização dos
sentidos humanos;
b) levantamento de campo, no qual buscou-se identificar, para cada
edificação, os tipos de patologias existentes, sua natureza, localização e
as possíveis causas e origens;
c) utilização de realização de ensaios de investigação geotécnica do tipo
SPT;

130
d) documentação fotográfica com utilização de uma máquina digital; e
e) realização de levantamento topográfico;

f) realização de ensaio de scanemento digital através de ultrassom;

Muitas vezes a inspeção não é suficiente para chegar a um correto diagnóstico,


fazendo-se necessário o retorno ao local para a realização de uma inspeção mais detalhada e,
se necessário, de ensaios. Ainda assim, na fase de levantamento de informações deve-se
buscar informações com pessoas envolvidas na construção. Essa investigação deve ser
cuidadosa, visto que se pode estar lidando com pessoas que não possuem conhecimento
técnico específico. Sendo assim as perguntas a serem feitas devem ser formuladas da maneira
mais clara possível, de modo que conduza aquilo que se pretende ter como resposta. Segundo
Raygaerts (1980) apud Lichtenstein (1986) e Lichtenstein (1986), algumas indagações básicas
devem ser feitas.
Quando e de que forma foram constatados os sintomas pela primeira vez?
Tais sintomas já foram objeto de intervenções e, caso afirmativo, quais e com que
resultados?
No decorrer da construção foram feitas modificações no projeto, na execução ou
na escolha dos materiais?
Foram tomadas as medidas necessárias quanto à manutenção e limpeza?
Quando o usuário notou pela primeira vez o problema e quando ele resolveu
intervir?
O usuário se recorda de algum fato que possa estar ligado ao aparecimento do
Problema.
Como eram as condições climáticas quando o problema foi notado e quando o
usuário resolveu intervir?

Porém, é importante saber que essas entrevistas devem servir apenas como
complemento de ajuda para a elaboração do diagnóstico, visto que algumas informações
podem ser omitidas ou até mesmo dissimuladas, em virtude dos interesses em disputa. Desta
maneira, é importante que o levantamento de informações seja complementado por pesquisas
aos documentos existentes, tais como projetos, plantas, memoriais e afins, diário de obra,
ensaios para recebimento de materiais e componentes, notas fiscais de materiais e

131
componentes, contratos para execução de serviços, cronograma físico-financeiro previsto e
executado, entre outros.

4.4. DIAGNÓSTICO

As condições de exposição a que está submetido um determinado edifício


influenciam sobremaneira o processo de equilíbrio da obra com o seu entorno. Como
resultado desse equilíbrio, que leva em consideração as ações externas e suas implicações no
edifício, resulta o que se chama de desempenho do edifício no cumprimento de suas funções.
Com o surgimento de problemas patológicos, é indispensável o entendimento integral deste
processo de interação do edifício com o seu entorno. A este entendimento, que explica
cientificamente os fenômenos ocorridos e seu desenvolvimento, damos o nome de diagnóstico
de problema patológico.
O diagnóstico do edifício como um todo, ou de suas partes, significa a
identificação de manifestações e sintomas das falhas, determinação das origens e mecanismos
de formação, estabelecimento dos procedimentos e recomendações para prevenção. A partir
do diagnóstico de cada falha, é possível planejar as atividades de recuperação, restauração,
reposição e outras.
Os trabalhos de manutenção devem apoiar-se em diagnósticos de todas as falhas
do edifício, desde aquelas provenientes da deterioração natural, até aquelas provenientes do
uso indevido (ações de vandalismo e outras). Estas falhas, de uma forma ou de outra, afetam o
desempenho do edifício. O número de falhas a serem encontradas nos edifícios depende dos
critérios adotados para diagnóstico e da freqüência com que ocorre cada falha.
A partir da listagem de todas as falhas do edifício, acompanhadas do diagnóstico,
é possível estabelecer os recursos necessários para recuperação e priorizar, dentre as falhas,
aquelas que devem ser imediatamente sanadas diante do orçamento disponível. Esta listagem
permite, além do planejamento, das intervenções no edifício (manutenção corretiva e
preventiva), a elaboração de manuais, recomendações, rotinas e outros documentos
necessários às atividades de manutenção.

132
4.4.1. DURABILIDADE

A durabilidade é um dos principais pontos em questão quando se faz o estudo de


Patologia das Construções. Desta maneira, é necessário fazer uma discussão teórica a respeito
do assunto, de forma a explicitar os principais fatores que levam à perda de durabilidade.
Diversas instituições de pesquisa definem de maneira distinta o termo
durabilidade, sendo possível identificar, segundo John (1987) apud Resende et al (2001), dois
grandes grupos: o conceito de durabilidade aplicável ao edifício e suas partes e o conceito de
durabilidade aplicável somente aos materiais de construção. Neste contexto, tem-se a
definição adotada pela ASTM E632-82 (1996) apud Resende et al (2001), que define
durabilidade como sendo a capacidade de um produto, componente, montagem ou construção
de manter-se em serviço ou em utilização, ou seja, se é capaz de desempenhar as funções para
as quais foi projetado durante um determinado período de tempo (serviceability). Percebe-se
que a durabilidade pode ser referenciada pelo tempo de vida (anos) ou pela capacidade de
resistência a agentes degradantes. Esses agentes são chamados de fatores de degradação,
podendo ser todo e qualquer influência externa que afeta de maneira desfavorável o
desempenho de um edifício, de seus subsistemas ou componentes. Segundo a ASTM E632-82
(1996) apud Resende et al (2001) os fatores de degradação podem ser classificados em:
fatores atmosféricos, biológicos, de carga, de incompatibilidade e de uso.

4.4.1.1. Fatores Atmosféricos:

Segundo a ASTM E632-82 (1996) apud Resende et al (2001), Fatores


Atmosféricos são “todos os grupos de fatores associados com o ambiente natural, incluindo
radiação, temperatura, chuva e outras formas de água, gelo, degelo, constituintes normais do
ar e seus poluentes e vento”. Ou seja, podem variar em função do seu ciclo diário e anual bem
como da localização geográfica da edificação.
Variações físicas e químicas podem ser provocadas pela temperatura – um dos
principais fatores de degradação. Uma das principais alterações físicas provocadas pela
temperatura é a variação dimensional (dilatação ou contração). Pode-se, inclusive, chegar ao
ponto de se ter deformações ou ruptura de componentes ou partes do prédio (aquelas
compostas de diferentes materiais) em função do aparecimento de tensões decorrentes da
variação dimensional provocada pela temperatura. Em relação à variação química, a

133
temperatura pode atuar como catalisadora de reações químicas que diminuem a durabilidade
do revestimento.
Outro fator importantíssimo no tocante à queda de durabilidade do revestimento
de fachada é água. Altamente reativa com diversos materiais, a água pode levar à formação de
eflorescências, bem como proporcionar condições de vida para os fungos (agentes
biológicos).
As eflorescências, segundo Bauer (1997) apud Resende et al (2001), são depósitos
salinos, principalmente metais alcalinos e alcalino-terrosos, na superfície de revestimentos,
provenientes da migração de sais solúveis presentes nos materiais constituintes do
revestimento ou da sua base. Uemoto (1988) descreve da seguinte maneira o mecanismo de
formação das eflorescências: os sais encontrados no interior dos materiais são dissolvidos pela
água presente, por algum motivo, no interior destes materiais. Esta água evapora, ao atingir
por capilaridade, a superfície do material. Com a evaporação, os sais se depositam na
superfície externa, formando as manchas. Uemoto (1988) ainda enfatiza que para a formação
da eflorescência é necessária a existência concomitante de três fatores: sais solúveis existentes
nos materiais ou componentes; presença de água para solubilizá-los e pressão hidrostática
para que a solução migre para a superfície.

4.4.1.2. Fatores Biológicos:

Segundo John (1987) apud Resende (2001), os fungos são os mais importantes
agentes biológicos, sendo que nos revestimentos de fachada de edifícios eles atuam,
principalmente, prejudicando a aparência. A ocorrência dos fungos está condicionada à
existência de algumas condições ambientais e nutricionais. Como exigência ambiental, há a
necessidade de um teor de umidade elevado e temperatura situada no intervalo de 10ºC a
35ºC, apesar de alguns fungos se desenvolverem em temperaturas mais baixas ou mais
elevadas.
Dessa forma, nota-se que o desenvolvimento de bolor está condicionado à
presença de água tanto no estado líquido como no gasoso, o que coloca a fachada de edifício
como um dos locais mais propícios para o seu desenvolvimento.

134
4.4.1.3. Fatores de Carga:

Quanto aos fatores de carga, tem-se a ação física da água (chuva, granizo e neve),
a ação física do vento e, por fim, a combinação da ação do água e do vento.

4.4.1.4. Fatores de Incompatibilidade:

Segundo Resende et al (2001) “esses fatores podem ocorrer devido a uma


incompatibilidade química ou física. A incompatibilidade química ocorre, principalmente, da
adição de materiais que reagem entre si formando um material com propriedades não
desejáveis inicialmente, por exemplo, a adição de gesso na argamassa de revestimento. A
incompatibilidade física ocorre, fundamentalmente, com a utilização de revestimentos que
proporcionam cargas insustentáveis à base ou substrato.”

4.4.1.5. Fatores de Uso:

A influência direta do usuário sobre os materiais e componentes da edificação


representa os fatores de uso. Neste caso, a influência pode ocorrer em diversas etapas, como
projeto, execução, uso, operação e manutenção.

Deficiências de projeto são também grandes contribuintes para o decréscimo da


durabilidade dos componentes e partes de uma obra. Neste contexto, citamos deficiências
como concepção inadequada, insuficiência de detalhes, especificação incorreta de materiais e
técnicas construtivas e até mesmo a própria ausência de projetos. Segundo Reygaerts (1978)
apud Resende et al (2001), diversos estudos efetuados em países europeus constataram que a
maioria dos defeitos das edificações ocorrem devido à fase de projeto. A utilização de mão-
de-obra não capacitada, as alterações das especificações de projeto, a eliminação de detalhes
construtivos, o não cumprimento dos prazos mínimos entre as diferentes etapas de execução, e
a utilização de técnicas construtivas inadequadas durante a fase de execução também
colaboram para o decréscimo da durabilidade dos componentes ou partes do edifício.
A durabilidade de qualquer parte do edifício está vinculada às atividades de
manutenção que, segundo John e Cremonini (1995), pode ser definida como sendo um

135
conjunto de serviços realizados na edificação e suas partes durante a sua vida útil, com o
objetivo de manter seus desempenhos iniciais. Desta maneira deve ser interpretada a
manutenção como uma ação programada preventiva de futuros problemas e não apenas como
atividade corretiva de problemas observados.

4.4.2. CLASSIFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

A partir dos estudos de Padaratz et al (2002), Cincotto (1988), Thomaz (1988),


Ioshimoto (1988), Uemoto (1988), Cincotto e Helene (1988), Ripper (1984) e Cánovas
(1994), aliado ao levantamento de dados realizado e à análise das fichas preenchidas, cada um
dos problemas foi subdividido de acordo com a provável causa. Desta forma, utilizou-se a
seguinte classificação quanto à origem das manifestações patológicas:
a) Umidade,
- umidade decorrente de intempéries;
- umidade por condensação;
- umidade ascendente por capilaridade; e
- umidade por infiltração.
b) Trincas e Fissuras,
- fissuras provocadas por variações de temperatura;
- fissuras decorrentes de variações do teor de umidade;
- fissuras de origem química;
- fissuras provocadas por ações mecânicas;
- fissuras provocadas por deformabilidade;
- fissuras por recalques diferenciados; e
- fissuras provocadas por erros de projeto ou de execução.
c) Patologia de Revestimentos,
- eflorescência;
- fungos;
- vesículas;
- descolamento com empolamento;
- descolamento em placas;
- descolamento com pulverulência;
- fissuras horizontais;
- fissuras mapeadas;

136
- descolamento por movimentação; e
- descolamento por ação de intempéries e agentes agressivos.
d) Corrosão,
- deficiência do concreto; e
- ação de agentes agressivos do meio ambiente.
e) Outras Patologias,
- soerguimento de pavimentos por crescimento de raízes vegetais.

4.4.2.1. UMIDADE

A umidade é um dos maiores inimigos das construções e da saúde dos seus


ocupantes. E é justamente contra esse agente que não se tomam muitos cuidados nas obras,
por falta de conhecimento das soluções corretas ou por falta de senso de responsabilidade,
partindo-se para soluções mais baratas, ou mesmo por simples negligência do pessoal
encarregado da execução. É de se admirar que justamente em regiões, onde são freqüentes
chuvas intensas e frequentes, notam-se freqüentemente falhas neste particular. Principalmente
nas residências, não é bem cuidada a proteção da alvenaria e dos pisos contra a umidade, a
negligência no tratamento dessa proteção é como um crime contra a saúde de seus ocupantes.
Mas tais falhas são generalizadas, acarretando, em habitações, escolas, escritórios e outros, a
umidade, o mofo nos móveis e roupa, os estragos na pintura e revestimento e, finalmente,
problemas de saúde dos moradores e usuários.
Seguem abaixo os tipos de umidade, os quais serão melhor mostrados na Figura
10:
a) Umidade decorrente de intempéries: advém de infiltração ocorrida
basicamente por causa do contato com a água da chuva, que penetra
diretamente pela fachada e/ou cobertura do edifício, em conseqüência
de uma impermeabilização deficiente;
b) Umidade por condensação: é produzida quando o vapor de água
existente no interior de uma edificação (salas, cozinhas, dormitórios,
etc.) entra em contato com superfícies mais frias (como vidros, metais,
paredes, etc.), formando pequenas gotas de água. Este fenômeno
normalmente acontece no inverno e favorece o crescimento de
microorganismos que, além de alterar a estética do local, são
prejudiciais à saúde;

137
c) Umidade ascendente por capilaridade : é aquela que aparece nas
áreas inferiores das paredes, que absorvem a água do solo através da
fundação. As umidades por ascensão capilar podem ser permanentes
quando o nível do lençol freático está muito alto, ou sazonal,
decorrentes de variação climática; e
d) Umidade por infiltração: é aquela causada pela penetração direta da
água no interior dos edifícios através de suas paredes. É muito
freqüente esse tipo de umidade em subsolos que se encontram abaixo
do nível do lençol freático.

Figura 23. Tipos de umidade causadoras de patologias. FONTE: FIGUEIREDO (2003).

4.4.2.2. TRINCAS E FISSURAS

Um dos sintomas que mais luz pode trazer sobre o tipo de lesão que sofre uma
estrutura de concreto, armado ou não, é a fissuração. A fissuração se produz sempre que a
tensão, geralmente de tração, à qual está submetida o material, supera seu estado limite.

138
O fenômeno de fissuração é tão antigo como o próprio concreto e sempre tem sido
motivo de pesquisas. Talvez, por isso, a fissuração seja, atualmente, um dos sintomas que
mais informações pode dar sobre as enfermidades do concreto e que, em muitos casos, vai
permitir ao técnico conhecer, sem grandes erros, a patologia das mesmas e a gravidade que
apresentam.
Na Figura 11 abaixo, extraída do Comite Euto-International du Beton apud
Cánovas (1994) podemos conferir alguns tipos de fissuras mais freqüentes que aparecem nas
estruturas de concreto, antes e depois do endurecimento. Estas serão explicadas na Figura 12.

Figura 24. Tipos de fissuras freqüentes em estruturas de concreto. FONTE: CÁNOVAS (1994).

139
Tipo de Causa Causa Tempo de
Figura 11 Forma Posição
fissura Principal Secundária aparição
Grandes
A Sobre barras
seções
Condições
Parte superior
Assentamento B Arqueada Excesso de de secagem 10 minutos
de pilares
Plástico exsudação rápida a a 3 horas
Pavimentos curta idade
Mudança de
C em formas
profundidade
deslizantes
Pavimentos e
D Diagonal
lajes Secagem
Lajes de rápida a curta
Distribuição
E concreto idade
arbitrária
Retração armado Baixa
Térmica Secagem exsudação
Sobre Lajes muito rápida a curta
F idade e barras
armaduras armadas
próximas da
superfície
Excesso de
Restrição Muros
G calor de
Contração externa espessos 1 dia a 2
hidratação Esfriamento
Térmica ou 3
Excesso de rápido
Prematura Restrição semanas
H Lajes espessas gradiente de
interna
temperatura
Retração de Excesso de Várias
Lajes delgadas Juntas
Secagem a I retração por semanas
e paredes ineficazes
Longo Prazo cura ineficaz ou meses
Superfície
em contato Compactação Fôrmas
Craquelado, J 1 a 7 dias
com as deficiente impermeáveis Argamassas
mapeamento (às vezes
formas ricas; Cura
ou pele de muito
Excesso de escassa
crocodilo depois)
K Exsudação Lajes alisamento
superficial
Cobrimento
L Natural Vigas e pilares
deficiente Baixa
Corrosão de Mais de 2
Excesso de qualidade do
Armaduras Cloreto de anos
M Pré-fabricados Cloreto de concreto
Cálcio
Cálcio
Agregados
reativos com
Reação cimentos Mais de 5
N
Química ricos em anos
elementos
básicos
Figura 24. Tabela de referência da Figura 11. FONTE: CEB apud CÁNOVAS (1994) .

140
A seguir uma pequena explanação de alguns tipos de fissuras.

4.4.2.2.1. Fissuras provocadas por variações de temperatura

Os elementos e componentes de uma construção estão sujeitos a variações de


temperatura, sazonais e diárias, que provocam a variação dimensional dos materiais de
construção (dilatação ou contração). Esses movimentos de dilatação e contração são
restringidos pelos diversos vínculos que envolvem os elementos e componentes,
desenvolvendo-se nos materiais, por este motivo, tensões que poderão provocar o
aparecimento de fissuras.
As movimentações térmicas de um material estão relacionadas com as
propriedades físicas do mesmo e com a intensidade da variação da temperatura. A magnitude
das tensões desenvolvidas é função da intensidade da movimentação, do grau de restrição
imposto pelos vínculos a esta movimentação e da capacidade de deformação do material.
As trincas de origem térmica podem também surgir por movimentações
diferenciadas entre materiais distintos de um componente, entre componentes distintos e entre
regiões distintas de um mesmo material.
A principal fonte de calor atuante sobre os componentes de uma edificação é o
sol. A amplitude e a taxa de variação da temperatura de um componente exposto ao sol irão
depender, além da intensidade da radiação (direta e difusa), das seguintes propriedades do
material e/ou de sua superfície: absorbância, emitância, condutância térmica superficial, calor
específico, massa específica e coeficiente de condutibilidade térmica. De forma prática, a
temperatura da superfície do componente exposta à radiação solar pode ser estimada a partir
da temperatura do ar e da coloração desta superfície, podendo-se analisar a intenção das
movimentações em função dos limites extremos de temperatura a que estará submetido o
componente e em função do coeficiente de dilatação térmica linear do seu material
constituinte. Já as tensões desenvolvidas no material poderão ser estimadas com base no seu
módulo de deformação e nas condições de contorno do componente, podendo-se, de maneira
análoga, verificar o efeito de sua deformação sobre os componentes vizinhos.
As lesões verificadas em obras, sob efeito das movimentações diferenciadas,
assumem diversas configurações e diferentes intensidades; as mais comuns constituem-se em
destacamentos entre alvenaria e estrutura, fissuras inclinadas em paredes, fissuras verticais
regularmente espaçadas em muros longos e fissuras horizontais em alvenarias portantes
decorrentes de movimentações térmicas da laje de cobertura.

141
4.4.2.2.2. Fissuras decorrentes de variações do teor de umidade

As alterações de umidade dos materiais porosos provocam variações dimensionais


nos elementos e componentes da construção: o aumento da unidade repercute numa expansão,
enquanto a diminuição da umidade repercute numa contração do material. No caso da
existência de vínculos que restrinjam essas movimentações, e ainda em função da intensidade
da movimentação e do módulo de deformação do material, poderão desenvolver-se no
material tensões que provoquem a sua fissuração.
As variações no teor de umidade provocam movimentações de dois tipos:
irreversíveis e reversíveis. As movimentações irreversíveis são aquelas que ocorrem
geralmente logo após a fabricação do material e originam-se da perda ou ganho de água até
que se atinja a umidade higroscópica de equilíbrio. Já as movimentações reversíveis ocorrem
por variações do teor de umidade do material ao longo do tempo, ficando delimitadas a um
certo intervalo, mesmo no caso de secar-se ou saturar-se completamente o material.
Vale salientar que as trincas provocadas por variação de umidade dos materiais de
construção são muito semelhantes àquelas provocadas pelas variações de temperatura,
possuindo, inclusive, idêntico mecanismo de formação.

4.4.2.2.3. Fissuras provocadas por reações químicas

As reações químicas produzidas entre alguns tipos de agregados e bases existentes


no concreto, procedentes de cimentos, aditivos, água de cura, do terreno, etc., podem dar lugar
a reações expansivas que se manifestam primariamente mediante uma fissuração superficial
do concreto. Também pode ser motivo de fissuração a expansibilidade decorrente da reação
química envolvendo a corrosão de armaduras, fissuração esta que vem a favorecer a
penetração de oxigênio, umidade e cloretos, fazendo com que a velocidade de corrosão
aumente de forma notável.

4.4.2.2.4. Fissuras provocadas por ações mecânicas

Consideram-se como fissuras devidas a ações mecânicas aquelas que aparecem


nos elementos estruturais em virtude do cansaço do concreto por conseqüência de esforços de
tração, de flexão, de cortante, de torsão ou de compressão. Em muitos casos estas ações
podem se sobrepor entre si, complicando o diagnóstico. Tais trincas podem aparecer tanto em

142
componentes de concreto como em alvenarias, seguindo mecanismos diversos. A Figura 13,
Figura 14, Figura 15 e Figura 16, extraídas de Cánovas (1994) ilustram o exposto:

Figura 25. Fissuras por compressão simples, compressão triaxial e por tração. FONTE: CÁNOVAS
(1994).

Figura 26. Fissuras de flexão simples, composta e por ação de esforço cortante. FONTE: CÁNOVAS
(1994).

143
Figura 27. Fissuras de puncionamento em uma laje armada. FONTE: CÁNOVAS (1994).

Figura 28. Viga fissurada por torção. FONTE: CÁNOVAS (1994).

144
4.4.2.2.5. Fissuras provocadas por deformabilidade excessiva

As deflexões de componentes estruturais podem provocar avarias de diferentes


ordens como o emperramento de caixilhos, ruptura de placas de vidro pela sobrecarga dos
caixilhos, fissuramento de tetos e pisos, destacamentos de ladrilhos cerâmicos etc. Ao que
tudo indica, contudo, os componentes das edificações mais sensíveis à deformabilidade das
estruturas são as alvenarias; as deformações da estrutura, de forma geral, tendem a introduzir
nesses componentes esforços de tração e de cisalhamento, provocando fissuras com diversas
configurações. Na Figura 17, a seguir, ilustram-se três configurações clássicas de trincas em
alvenarias de vedação, provocadas pela deflexão da viga-suporte e/ou da viga superior.

Figura 29. Trincas provocadas por deformações da estrutura. FONTE: THOMAZ (1988).

145
4.4.2.2.6. Fissuras por recalques diferenciais

De maneira geral, as trincas provocadas por recalques diferenciais manifestam-se


de forma semelhante àquelas produzidas por excessiva deformabilidade da estrutura; a direção
em que ocorrer a maior movimentação da fundação normalmente é indicada pela inclinação
da fissura ou mesmo pela variação de abertura verificada ao longo de sua extensão.
Os casos mais freqüentes de trincas devidas a recalques ocorrem em edificações
assentadas sobre seções mistas, conforme indicado na Figura 18, ou sobre aterros mal
compactados, conforme ilustrado pela Figura 19, ambas extraídas de Thomaz (1988).

Figura 30. Trincas por recalques diferenciais de fundação assentada em seção mista. FONTE: THOMAZ
(1988).

146
Figura 32. Trincas por recalques diferenciais em edificação assentada sobre aterro mal compactado.
FONTE: THOMAZ (1988).

A adoção de sistemas diferentes de fundação numa mesma obra conduz


invariavelmente a recalques diferenciais, o mesmo ocorrendo para obras dotadas de um corpo
principal (mais carregado) e de um corpo secundário (menos carregado). Recalques
diferenciais podem surgir mesmo ao longo de um componente com trechos diferentemente
carregados, havendo a tendência de formação de fissuras com configuração indicada na
Figura 20, extraída de Thomaz (1988).

Figura 33. Trincas de flexão sob as aberturas. FONTE: THOMAZ (1988).

147
Recalques diferenciais com distorção angular superior a 1/300, segundo diversas
fontes, geralmente provocam a incidência de fissuras inclinadas nas paredes, conforme
indicado na Figura 21, extraída de Thomaz (1988), enquanto que distorções de ordem de
1/150 já são suficientes para provocar o surgimento de danos em componentes estruturais.

Figura 34. Recalque diferencial entre pilares provocando o aparecimento de trincas inclinadas nas
paredes. FONTE: THOMAZ (1988).

148
4.4.2.2.7. Fissuras provocadas por erros de projeto ou de execução

Os erros de projeto, dependendo de suas grandezas e importância, podem


repercutir consideravelmente nos danos que apresentam as estruturas. Muitos desses erros se
manifestam na forma de fissuras que aparecem em elementos estruturais, lajes, na
proximidade de vãos, etc., seja concreto in loco ou pré-fabricado. Falhas por conceito pouco
claros, falhas de cálculo, de detalhes construtivos, carência de juntas, etc., podem traduzir-se
em fissuras.
O emprego de quantias inadequadas de aço no concreto armado, armação
deficiente de elementos não-estruturais vinculados a outros estruturais, a falta de armação
onde a retração pode causar fortes tensões, etc., são causas de fissuração.
Uma parcela importante das falhas resulta também por falta de cuidados na
execução e manejo de elementos pré-fabricados. São falhas típicas em obra: o aumento da
quantidade de água do concreto para se ter uma melhor trabalhabilidade, sem se preocupar
com sua repercussão nas resistências mecânicas, na retração e na fluência do concreto;
concreto mal-adensado; deixar as juntas de concretagem em zonas que vão estar submetidas a
tensões importantes; a cura inadequada do concreto; desformar antes do tempo adequado;
entre outras.

4.4.2.3. PATOLOGIA DE REVESTIMENTOS

Problemas com revestimentos são muito comuns, principalmente em edificações


térreas. Patologias que vão desde a formação de manchas de umidade com desenvolvimento
de bolor, até descolamento da argamassa. As causas podem ser variadas, incluindo má
aplicação do revestimento, má proporção das argamassas, má qualidade do material e fatores
externos ao revestimento, como veremos na Figura 22. De acordo com Cincotto (1988),
temos:

149
Causas prováveis
Manifestações Aspectos observados atuando com ou sem Reparos
simultaneidade
Eliminação da
Manchas de umidade Umidade constante
infiltração de umidade
Sais solúveis presentes
Secagem do
no elemento da
revestimento
alvenaria
Eflorescência Sais solúveis presentes
Pó branco acumulado Escovamento da
na água de
sobre a superfície superfície
amassamento ou
umidade infiltrada
Reparo do revestimento
Cal não carbonatada
quando pulverulento
Eliminação da
infiltração da umidade
Manchas esverdeadas
Umidade constante
ou escuras
Lavagem com solução
Bolor de hipoclorito

Revestimento em Área não exposta ao Reparo do revestimento


desagregação sol quando pulverulento

Empolamento da
pintura, apresentado-se
as partes internas das
empolas na cor:
Hidratação retardada
- branca de óxido de cálcio de Renovação da camada
cal de reboco
Vesículas
Presença de pirita ou
- preta de matéria orgânica na
areia
Presença de concreções
- vermelha acastanhada
ferruginosas na areia
Bolhas contendo Aplicação prematura Eliminação da
umidade no interior de tinta impermeável infiltração da umidade
A superfície do reboco
descola do emboço
formando bolhas, cujos Infiltração de umidade
Renovação da pintura
Descolamento diâmetros aumentam
com progressivamente Hidratação retardada
Renovação da camada
empolamento do óxido de magnésio
de reboco
O reboco apresenta da cal
som cavo sob
percussão

150
A superfície de contato
com a camada inferior
apresenta placas
freqüentes de mica Renovação do
revestimento
Argamassa muito rica
A placa apresenta-se
Argamassa aplicada em
endurecida, quebrando
camada muito espessa
com dificuldade
Renovação do
A superfície da base é revestimento:
Sob percussão o
muito lisa
revestimento apresenta
- apicoamento da base
som cavo
A superfície da base
Descolamento
está impregnada com - eliminação da base
em placas
substância hidrófuga hidrófuga

Ausência da camada de - aplicação de chapisco


chapisco ou outro artifício para
melhoria da aderência
A placa apresenta-se
endurecida mas
Argamassa magra
quebradiça,
desagregando-se com Renovação do
facilidade revestimento
Ausência da camada de
Sob percussão o
chapisco
revestimento apresenta
som cavo
Excesso de finos no
agregado

A película de tinta Traço pobre em


descola arrastando o aglomerantes
reboco que se
Descolamento desagrega com Traço excessivamente
Renovação da camada
com facilidade rico em cal de reboco
pulverulência
O reboco apresenta Ausência de
som cavo sob carbonatação da cal
percussão
O reboco foi aplicado
em camada muito
espessa
Expansão da argamassa Renovação do
Fissuras Apresenta-se ao longo de assentamento por revestimento após
horizontais de toda a parede hidratação retardada do hidratação completa da
óxido de magnésio da cal da argamassa de
cal assentamento

151
Expansão da argamassa
Descolamento do de assentamento por
reação cimento-sulfatos A solução a adotar é
revestimento em
ou devido à presença função da intensidade
placas, com som cavo
de argilo-minerais da reação expansiva
sob percussão
expansivos no
agregado
Renovação do
As fissuras têm forma
Fissuras Retração da argamassa revestimento
variada e distribuem-se
mapeadas de base
por toda a superfície
Renovação da pintura
Figura 45. Danos do Revestimento: Manifestações, aspecto, causas prováveis e reparos. FONTE:
CINCOTTO (1988).

A Figura 46, Figura 47, Figura 48 abaixo, extraídas de Cincotto (1988), mostram
alguns tipos de patologia em revestimentos.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 46. (a) Desagregação, (b) descolamento, (c) argamassa pulverulenta por umidade e (d) fissura.
FONTE: CINCOTTO (1988).

152
(a) (b)

Figura 47. (a) Descolamento da argamassa e (b) fissura por expansão. FONTE: CINCOTTO (1988).

Figura 48. Acúmulo de bolor no revestimento por efeito de umidade. FONTE: CINCOTTO (1988).

Tem-se ainda o descolamento de revestimentos, que podem ocorrer por:


a) descolamento por movimentação: movimentação da estrutura de
concreto e etc; e

153
b) descolamento por ação de intempéries e agentes agressivos, como água
de lavagem.

4.4.2.4. CORROSÃO

Baseado nos estudos de Cincotto (1988) e Helene (1988), conclui-se que o


problema de corrosão de armaduras nas estruturas de concreto armado é muito comum e
como as variáveis que intervêm no processo têm origem em diferentes fontes, em muitas
situações não é fácil, nem rápido, explicar o porquê de uma estrutura estar corroída, quando
tantas outras, em situação semelhante, não apresentaram o problema.
Nesse contexto, a justificativa mais cômoda, é atribuir o fato à falta de cobrimento
adequado de concreto. O cobrimento tem a finalidade proteger fisicamente a armadura e
propiciar um meio alcalino elevado que evite a corrosão por passivação do aço. Entretanto, o
meio ambiente no qual se insere a estrutura e que pode ser o agente promotor de eventual
corrosão, também deve ser considerado.
Como dito anteriormente, as tensões provocadas pelo aumento de volume gerado
com a reação química podem gerar fissuras. Por meio destas, fica favorecida a carbonatação e
a penetração de CO2 e agentes agressivos, podendo causar o lascamento do concreto,
conforme a Figura 49, extraída de Helene (1988). Na maioria das vezes, aparecem manchas
marrom-avermelhadas na superfície do concreto e bordas das fissuras completando o quadro
patológico, conforme indicado na Figura 50, também extraída de Helene (1988).

Figura 49. Lascamento de concreto devido às forças de expansão de produtos de corrosão. FONTE:
HELENE (1988).

154
Figura 50. Deterioração progressiva devida à corrosão das armaduras. FONTE: HELENE (1988).

A maior incidência de problemas de corrosão origina-se de deficiências no projeto


e especificações e em falhas de execução. A maioria dos projetos não prevê diferentes
concretos ou diferentes cobrimentos de um mesmo concreto, segundo a posição que o
componente estrutural ocupa na obra ou segundo a agressividade do meio ambiente onde a
estrutura está inserida. Da mesma forma não são tomados os cuidados necessários durante a
execução.
Sendo assim, de uma maneira geral, as patologias de corrosão foram assim
divididas:
a) corrosão por deficiência do concreto,
- concreto deficiente (relação água/cimento inadequada; agregados
inadequados; falha no teor de argamassa; etc.);
- cobrimento insuficiente; e
- adensamento deficiente, provocando a formação de ninhos de
concretagem.

155
b) corrosão por ação de agentes agressivos,
- durante a execução (arranques ou esperas expostos; não utilização de
pastilhas plásticas ou de argamassas; etc.); e
- deposição de agentes agressivos sobre as barras e fios de aço durante
o estoque de material.

4.4.2.5. OUTRAS PATOLOGIAS

4.4.2.5.1. Soerguimento de pavimentos por crescimento de raízes:

Um dos casos analisados acusou o soerguimento tanto de pavimentos quanto dos


meio-fios. Constatou-se que tais ocorrências foram devidas ao crescimento das raízes das
árvores. Para evitar tal problema, deve-se utilizar alguns meios de contenção do crescimento
das raízes, paredes de contenção ou barreiras químicas, levando-se em conta um projeto
paisagístico em que esteja perfeitamente caracterizado o crescimento das árvores utilizadas,
de modo a evitar-se o conflito aqui apresentado.

4.5. CONDUTA A SER SEGUIDA

A partir do diagnóstico, deve-se fazer uma análise da evolução do problema,


levantando-se hipóteses a respeito do futuro do mesmo, procurando-se encontrar um
panorama das diversas alternativas possíveis de seu desenvolvimento. Este panorama,
denominado prognóstico, é baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema, pelo seu
estágio de desenvolvimento, pelas características gerais da obra e pelas condições de
exposição a que está submetida.
Em função das diversas variáveis dinâmicas intervenientes, inferir o
desenvolvimento do problema pode ser uma tarefa árdua. Neste caso a comparação do quadro
do problema em questão com casos semelhantes, aliada aos conhecimentos que o técnico
possui a respeito da fenomenologia de problemas patológicos, podem ser fatores
fundamentais para um prognóstico acertado.
O prognóstico é uma ferramenta importantíssima pois, existem casos patológicos
em que se almeja apenas uma progressão controlada, outros, em que há possibilidade de

156
resolução completa, outros, em que é necessário a reestruturação completa da funcionalidade
da obra e outros, ainda que nem permitem qualquer intervenção. Nesta linha de raciocínio,
pode-se pensar em dois tipos de prognósticos, um bom e outro ruim. Uma visão geral de todo
o processo envolvendo o estudo de uma patologia, bem como dos dois tipos de prognósticos
será mostrado na Figura 51.
Por fim, formulados o diagnóstico e o prognóstico, passa-se para a etapa de
elaboração das alternativas de intervenção possíveis. Esta etapa exige do técnico
conhecimento da tecnologia de intervenção disponível e uma grande parcela de criatividade.
Enquanto o prognóstico fornece auxílio à definição de um alvo, peça fundamental na escolha
da conduta a ser seguida, o diagnóstico fornece subsídio suficiente para a escolha das
alternativas possíveis. A decisão final é guiada pela procura do melhor desempenho possível,
dentro do menor custo alcançável.

Patologia Durabilidade
Infiltrações
Fissuras
Sintomas Patologia de
revestimentos
Corrosão
Vistoria Estudo do
Preliminar elemento afetado Histórico
Análise dos
documentos
Diagnóstico Exames in loco
Exames
complementares

Prognóstico

Pessimista Otimista

Demolição Reparo
Impossibilidade Restauração
de intervenção Reforço

Figura 51. Processo de estudo de uma patologia.

157
Segundo Lichtenstein (1986), a definição da conduta é feita levando-se em conta
três parâmetros básicos associados a cada alternativa de intervenção:
a) grau de incerteza sobre os efeitos;
b) relação custo/benefício; e
c) disponibilidade de tecnologia para execução dos serviços.
Sendo assim, equacionado o problema patológico, adotada a conduta, passa-se à
execução. Neste ponto, vale ressaltar que qualquer intervenção executada em uma obra altera
o seu desempenho. Deve-se então fazer o acompanhamento da obra após a intervenção,
avaliando os efeitos provocados e utilizando essas informações para retroalimentar o
processo.

158
5 - ENSAIOS DE CAMPO

5.1 ENSAIO DE PENETRAÇÃO (SPT)

Um dos ensaios in situ mais antigos é o ensaio SPT, Standard Penetration Test. Este surge
porque havia uma necessidade de padronizar um sistema que era muito usado na avaliação de
capacidades de carga de terrenos de fundação, ou seja, cravar um elemento no terreno com o
objectivo de avaliar a capacidade de carga do solo estudado (por exemplo avaliar as propriedades
mecânicas: a sua resistência, através da avaliação da compacidade dos solos granulares e da
consistência dos solos coesivos).

Este ensaio in situ é o mais utilizado em todo o mundo e apresenta duas grandes virtudes:
é de fácil execução e de baixo custo. Também devido à experiência acumulada o SPT é talvez o
ensaio mais requerido para o reconhecimento geotécnico de terrenos.

Nos dias de hoje, constitui a investigação mais utilizada na prática corrente da geotecnia,
sendo mais frequentemente utilizado na avaliação da capacidade de carga dos terrenos de
fundação, e na definição de zonamentos geotécnicos.

Figura 52. Realização do ensaio de SPT na área do Condomínio

159
Os processos dinâmicos de cravação em terrenos foram iniciados em 1902 pelo
engenheiro CHARLES R. GOW, obtendo as primeira amostras associadas a esses processos.
Estes processos permitiram obter amostras de melhor qualidade sem causar grandes
perturbações do solo.
Em 1927 Raymond Concrete Pile e The Gow Company desenvolveram um amostrador,
esse amostrador era constituído por três partes: cabeça, corpo central e boca. A principal
característica desse amostrador era o fato de o corpo central ser bipartido, o que facilitava
bastante a recolha e a visualização da amostra recolhida no ensaio e preservava as características
naturais do solo.
JAMES D. PARSON foi o primeiro a tentar padronizar o ensaio SPT em 1954.a primeira
norma (ASTM D1586/58T). Esta formalizou que o primeiro intervalo de cravação (152 mm)
correspondia ao intervalo de assentamento do amostrador. Tal conclusão teve como apoio
trabalhos de TERZAGHI &PECK (1948); FLETCHER (1965, 1967); LO PINTO (1966);
SCHNABEL (1966) e GEISSER (1966). Esses trabalhos demonstram que o número de golpes
necessários para cravar o amostrador nos primeiros 152 mm é inferior comparado com os
restantes intervalos de penetração. Tal facto relaciona-se com as perturbações do solo na base do
furo, limpeza inadequada do mesmo, ou ainda pelo alívio de tensões devido à retirada da coluna
de solo pela perfuração (PALACIOS, 1977).

5.1.1 - PROCEDIMENTO E APLICAÇAO

O ensaio de penetração de acordo com o método SPT será executado, a cada metro, a
partir de 1m de profundidade de sondagem.

As dimensões e detalhes construtivos do penetrômetro SPT deverão estar


rigorosamente de acordo com o indicado. Não será admitido o ensaio penetrométrico sem a
válvula de bóia, especialmente em terrenos não coesivos ou abaixo do nível d’água.

O fundo do furo deverá apresentar-se satisfatoriamente limpo. Caso se observem


desmoronamentos da parede do furo, o tubo de revestimento será cravado de tal modo que sua
boca inferior nunca fique abaixo da cota do ensaio penetrométrico. Nos casos em que, mesmo
com o revestimento cravado, ocorrer fluxo de material para o furo, o nível d’água no furo será
mantido acima do nível d’água do terreno por adição de água. Nestes casos, a operação de
retirada do equipamento de perfuração será feita lentamente.

160
O ensaio de penetração consistirá na cravação do barrilete amostrador, através de
impacto, sobre a composição do hasteamento de um martelo de 65kg (sessenta e cinco
quilogramas) caindo livremente de uma altura de 75cm (setenta e cinco centímetros).
O martelo para cravação do amostrador será erguido manualmente, com auxílio de
uma corda e polia fixada no tripé. É vedado o emprego de cabo de aço para erguer o martelo.
A queda do martelo dar-se-á verticalmente sobre a composição, com a menor dissipação de
energia possível. O martelo deverá possuir uma haste guia onde estará claramente assinalada a
altura de 75cm.
O barrilete será apoiado suavemente no fundo do furo, assegurando-se que sua
extremidade se encontre na cota desejada e que as conexões entre as hastes estejam firmes e
retilíneas. A ponteira do amostrador não poderá estar fraturada ou amassada.
Colocado o barrilete no fundo do furo, serão assinaladas com giz, na porção de haste
que permanece fora do revestimento, três trechos de 15cm (quinze centímetros) cada um,
referenciados a um ponto fixo no terreno. A seguir, o martelo será suavemente apoiado sobre a
composição de hastes, anotando-se a eventual penetração observada.
Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45cm (quarenta e cinco
centímetros) no procedimento acima, iniciar-se-á a cravação do barrilete através da queda do
martelo. Cada queda do martelo corresponderá a um golpe e serão aplicados tantos golpes
quantos forem necessários à cravação de 45cm do amostrador. Serão anotados o número de
golpes e a penetração em centímetros, para a cravação de cada terço do barrilete, ou o número
de golpes e a penetração respectiva.
O valor da resistência à penetração consistirá no número de golpes necessário à
cravação dos 30cm (trinta centímetros) finais do barrilete.
A cravação do barrilete será interrompida quando se obtiver penetração inferior a
5cm (cinco centímetros) durante 10 (dez) golpes consecutivos, não se computando os cinco
primeiros golpes do teste. O número máximo de golpes num mesmo ensaio será de 50
(cinquenta). Nestas condições, o terreno será considerável impenetrável ao SPT.
Atingidas as condições acima definidas os ensaios de penetração serão suspensos, e
proceder-se-á à sondagem rotativa no mesmo furo.
O ensaio de penetração deverá ser reiniciado quando, em qualquer profundidade,
voltar a ocorrer material suscetível de ser submetido a este tipo de ensaio.
Deste modo o perfil de sondagem do terreno pode ser observado conforme figura
abaixo:

161
Figura 53 : Perfil individual de sondagem SP 01 folha 01/02

162
Figura 54 : Perfil individual de sondagem SP 01 folha 02/02

163
Figura 55 : Perfil individual de sondagem SP 02 folha 01/02

164
Figura 56 : Perfil individual de sondagem SP 02 folha 02/02

165
Figura 57 : Perfil individual de sondagem SP 03 folha 01/02

166
Figura 58 : Perfil individual de sondagem SP 03 folha 02/02

5.2 - ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DO RECOBRIMENTO DA ARMADURA DE


AÇO DA ESTRUTURA DE CONCRETO EXISTENTE

5.2.1 – Introdução

Os medidores de recobrimento, conhecidos por “pacomêtros” ou atualmente


“wallscaners” (ver figura 59), permitem detectar a posição e a direção das armaduras, as suas
dimensões e recobrimento, em estruturas de concreto armado e pré - ancorado, de forma não
destrutiva. Também podem ser utilizados na identificação de cabos de ancoragem de
estruturas protendidas, porém com certas limitações, que se predem, por um lado, às
características próprias destes elementos resistentes e, por outro, às características do
equipamento.

167
Id e n t ific a ç ã o d o e q u ip a m e n t o
V IS O R D O de e s c a ne r
E Q U IPA M E N T O
D E SC A EA M EN TO
D E R E C O B R IM E N T O
DA ARMADURA 2 ,0 c m
Id e n t ific a ç ã o d a
b a rra d e a ç o e x is t e n t e
p e lo e q u ip a m e n t o

R e g s itro d a E s p e s s u ra d e re c o b rim e n to
d a a rm a d u ra d e fe rro

Figura 59 – Modelo do aparelho de escaneamento utilizado na realização dos ensaios da espessura de recobrimento da
armadura de aço na estrutura de concreto armado da Agência do Banpará no município de Alenquer - PA

5.2.1.1 – Equipamento

O equipamento utilizado é o esclerômetro do tipo Wallscaner D-tect 150 Professional


produzido pela BOSCH (figura 59).

O medidor de recobrimento (figura 05) é uma parelho portátil, alimentado por pilhas e
composto, fundamentalmente, pela unidade de leitura (que tem incorporado um microprocessador),
or dois detectores, um grande e outro pequeno, e dois espaçadores.

O alcance de medição depende do diâmetro da bitola da barra de aço e do tamanho do


detector, podendo atingir até 360 mm, com uma precissão de ± 2 mm ou 5 por cento até 75 por cento
do alcance (norma BS 1881 Part 204).

O ajuste do zero é automático, bastando para tal afastar o elemento detector (cerca de 1
m), de elementos metálicos.

O método de detecção de armaduras é auxiliado por um sistema de áudio, variável com a


distância às armaduras.

5.3 – Metodologia

5.3.1 – Medição de recobrimento

Após a calibragem do aparelho, e caso se tenha acesso ao projeto, seleciona-se a dimensão


e o tipo de aço das barras de aço, cujo recobrimento se pretende controlar. Poderá ser vantajoso,
nesta etapa, recobrir a armadura num local onde tal não seja muito inconveniente, a fim de acertar a
calibração e, eventualmente, identificar o tipo de armadura.

- O recobrimento é medido, usando a face de trabalho do elemento detector grande.


Tendo-se identificado a face normal de trabalho do elemento detector, pode-se explorar a superfície
168
do elemento a sondar. Este encontra-se corretamente colocado, quando o som emitido for alto e
agudo. Para alcançar este objetivo, move-se e roda-se o elemento detector na direção em que existe
diminuição do recobrimento e, consequentemente posicionado dessa maneira, o eixo da barra de aço
estará paralelo com o eixo longitudinal do elemento detector.

- O recobrimento em milímetros poderá ser observado na parte frontal do visor, conforme


mostrado na figura 59 acima.

5.3.2 – Medição automáticas do diâmetro da bitola da barra de aço

O microprocessador do aparelho permite a determinação automática do diâmetro das


barras de aço, a partir de duas leituras no mesmo local, utilizando-se para isso um espaçador
apropriado.

Este tipo de medição requer cuidados especiais para se obterem resultados precisos, pelo
que, quando o conhecimento do diâmetro da barra de ferro for um dado importante (p.ex.: par
cálculos estruturais), é indispensável fazer a sua confirmação, expondo a barra de aço.

5.3.3 – Alarme de recobrimento mínimo / Modo de medição rápido

Esta função permite introduzir na memória do instrumento o valor do recobrimento


mínimo a sondar. Quanto se iniciar a medição do recobrimento neste modo, soará um alarme,
sempre que o instrumento medir um recobrimento inferior ao mínimo guardado na memória.

5.3.4 – Marcação de zonas de ensaio

Para uma fácil percepção da disposição das armaduras nos elementos de concreto armado,
a superfície do elemento a sondar vai sendo marcada, à medida que vão sendo detectados as
armaduras, p. ex.: com giz. Desta forma será possível saber, p.ex: o espaçamento entre as armaduras.

5.4 – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

5.4.1 – Critérios de escolha dos pontos a serem ensaiados

Foram ensaiados 02 (dois) pontos, conforme identificados na figura 60 , a seguir,


correspondente a forma da planta baixa do projeto estrutural das vigas da cobertura.
ju nta d e d ilatação

sc an
er
01
sca
ner 02

Figura 60 – Identificação dos pontos estruturais submetidos aos ensaios de esclerometriae identificação da existência de armadura

169
5.5 – LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

5.5.1 - TOPOGRAFIA E GEODÉSIA - SERVIÇOS

A Topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção da superfície terrestre
(área de raio até 30km), a Geodésia, tem por finalidade, mapear grandes porções
desta mesma superfície, levando em consideração as deformações devido à sua
esfericidade. Portanto, pode-se afirmar que a Topografia, menos complexa e
restrita, é apenas um capítulo da Geodésia, ciência muito mais abrangente.

Todos os serviços de Geodésia inclusos neste manual devem ser georreferenciados


ao referencial planimétrico “South American Datum” - 1969 (SAD-69) e altimétrico
definido pelas observações maregráficas tomadas na Baía de Imbituba, no litoral do
Estado de Santa Catarina, definidos segundo parâmetros do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), representados no sistema de projeção UTM (Universal
Transversa de Mercator).

Os serviços devem ser executados e apresentados rigorosamente dentro das


exigências preestabelecidas pela Sanepar. A contratada é a única responsável pela
precisão das cotas, das distâncias, dos azimutes e das coordenadas; pela fidelidade dos
detalhes, mapas e desenhos; pela exatidão das informações sobre propriedades, posse,
ocupação ou utilização dos imóveis levantados; pela materialização em campo dos
dados construtivos, quer das unidades localizadas, quer das unidades lineares. Os
equipamentos de topografia devem encontrar-se aferidos e calibrados. Estações Totais,
Teodolitos, Níveis, Trenas, Bastões e Rastreadores de sinais de Satélite (GNSS)
devem possuir certificados de aferição expedidos por entidades oficiais ou
universidades, com validade de cinco anos, sendo imprescindível a apresentação destes
para o inicio dos serviços.

Os equipamentos utilizados devem atender ao nível de precisão e acurácia exigidos em


cada serviço, facultando a Sanepar a exigência da troca dos equipamentos quando estes
não satisfizerem as especificações básicas.

Quando não especificado no serviço deve-se adotar para as medições lineares tolerância
igual a 1:8000 e para o fechamento das medições angulares 20” N , sendo N o número de
vértices.

O método de distribuição do erro angular deve ser inversamente proporcional à


distância da oligonal ou diretamente proporcional ao número de vértices, dependendo
do formato da poligonal.

O método de distribuição do erro linear deve ser o de mínimos quadrados ou das


projeções, conforme o formato da poligonal, obedecendo-se a classe IIIP levantamentos
planimétricos de poligonais conforme Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) NBR 13.133/1994.

Nas medições altimétricas a tolerância admitida é de 12 mm K , sendo K a


distância (nivelada e contra-nivelada) em quilômetros, obedecendo-se a classe IN da
tabela 8 da NBR
13.133/1994.
Para levantamentos geodésicos devem ser obedecidas as Normas conforme as
resoluções R. PR n°5, de 31.03.1993 (Levantamentos GPS) e R.PR n°22, de
170
21.07.1983 (Levantamentos Geodésicos) ambas do IBGE assim como as
Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos - GPS, de abril de 2008
elaborada pelo IBGE.

Os vértices fundamentais do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) são denominados


para efeito desta norma “Controle Geodésico”.

Os vértices de controle planimétrico ou altimétrico, cujas coordenadas e/ou altitudes


sejam transportadas de vértices fundamentais do SGB são denominados para efeito
desta norma como “Controle Básico”.

Os vértices com finalidade de proporcionar a densificação de pontos de controle a partir


do
apoio básico ou geodésico, para a execução de levantamentos topográficos, a
serem
desenvolvidos na região, são denominados para efeito desta norma como “Controle
Imediato”.

A implantação de vértices deve obedecer a especificação básica descrita em cada


item
adotando-se os modelos de implantação conforme padrões definidos pela Sanepar (Des.
n°2).

O transporte de coordenadas para proporcionar o controle básico, deve partir de vértices


da rede geodésica homologada pelo IBGE (controle geodésico) conforme NBR
13.133/1994. Quando utilizada a tecnologia GNSS obrigatoriamente deve-se utilizar o
método relativo estático partindo de no mínimo dois vértices pertencentes ao SGB,
estabelecendo desta forma um polígono ou rede com no mínimo dois vértices
independentes, permitindo assim realizar o ajustamento que obrigatoriamente deve
utilizar o método de ajustamento dos mínimos quadrados prevendo a propagação de
erros dos vértices a partir do SGB.

Por ocasião dos trabalhos em campo utilizando técnica GNSS na determinação de


vértices de
controle básico, deve-se preencher o formulário de campo para monumentação de
vértices de
controle básico (Modelo 4). O correto preenchimento deste fornece a base de
dados complementares necessários aos trabalhos de processamento das informações
coletados pelo equipamento GNSS, ficando a critério da fiscalização a exigência da
apresentação do mesmo
quando da detecção de incoerências nos resultados apresentados. Como recomendação
pode-se também fazer uso do formulário mencionado na determinação de vértices de
controle imediato.

Deve-se apresentar os relatórios de vértices utilizados como referência e de


vértices implantados, ficando a critério da Sanepar autorizar a utilização de vértices não
homologados pelo IBGE (Ex: COPEL, Paraná Cidade, DNIT, Prefeituras Municipais,
etc).

As coordenadas dos Marcos, altitudes, caminhamentos, croquis, etc devem ser


fornecidos em forma de monografias (Modelos 1, 2 e 3) contendo dados no referencial
planimétrico (Datum horizontal) correspondente ao Sistema Geodésico Brasileiro -
SAD 69 (R.PR n°22, de21.07.1983 - IBGE) assim como no Sistema SIRGAS 2000
171
(R.PR n° 1 de 25.02.2005 -IBGE) e no referencial altimétrico (Datum vertical)
correspondente ao Datum Vertical de Imbituba, quando exigido.

Quando existirem vértices de controle geodésico numa distância máxima de 2 Km da


área da execução dos serviços de topografia pode-se realizar o transporte geodésico das
coordenadas por meio de poligonal fechada com método de Visadas Duplas utilizando-
se Estação Total, conforme lasse IIIP, da ABNT 13.133/1994. Nos casos que tal
condição não for satisfeita, deve-se realizar o transporte geodésico de coordenadas com
equipamentos de posicionamento por meio dos receptores de sinais de satélite
(Equipamentos GNSS) de acordo com a resolução R. PR n°5, de 31.03.1993 do
IBGE e as Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos - GPS, de abril
de 2008 elaborada pelo IBGE, observando-se que para linhas de base até 20 Km pode-
se utilizar receptores topográficos de monofrequência (L1), para distâncias superiores
até o máximo de 200 Km, obrigatoriamente deve-se utilizar quipamentos de
receptores geodésicos de dupla frequência (L1 e L2). Para distâncias uperiores a 200
Km deve-se implantar vértices intermediários, com partida e chegada em
vértices do controle geodésico distintos a fim de propiciar o adensamento da rede.

Nos trabalhos de locação e levantamento de limites utilizando a tecnologia GNSS,


pode-se fazer uso do método de posicionamento relativo cinemático, com solução em
tempo real, também conhecido como Real Time Kinematic (RTK). Esta metodologia
consiste na correção diferencial em tempo real processada nos receptores móveis, em
função de dados transmitidos por telemetria a partir de receptor estacionado sobre uma
estação base (controle básico ou geodésico), cujas coordenadas são conhecidas. A
utilização desta tecnologia é condicionada a apresentação dos arquivos brutos de
observação no formato RINEX2.

No local da implantação do vértice de controle básico deve-se identificar objetos que


possam obstruir sinais, produzir multicaminhamento, etc. As obstruções no horizonte
não podem ultrapassar 20° de elevação. Deve-se ter especial cuidado à leitura e
registro da altura da antena, que deve ser observada no início e no fim do rastreio. A
antena deve ser orientada ao Norte. Os dados relativos ao rastreio devem ser anotados
em formulário específico do modelo 4.

Os receptores e o programa de processamento devem ter especificações geodésicas, ou


seja, capacidade de armazenar e pós-processar fases de batimento (ϕ) das portadoras L1
ou L1/L2. Estas devem ser as observáveis básicas do processamento, ainda que em
técnicas tipo rápido estáticas, pseudodistâncias sejam utilizadas para aumentar a
rapidez da resolução de ambiguidades.
De um modo geral, a Tabela 1 mostra a precisão aproximada do posicionamento relativo
com GNSS, em função do tipo de equipamento utilizado, tempo de rastreio das
observações e comprimento das linhas de base, desde que observadas as condições
locais ideais e obtida ao final do processamento a solução com fixação de inteiros.

172
Tabela 1 - Precisão do posicionamento relativo em função do tempo de observação,
equipamento utilizado e comprimento da linha de base

Tempo de Equipamento
Linha de Base Precisão
Observação Utilizado
00 - 05 Km 05 - 10 min L1 ou L1/L2 5 - 10 mm + 1 ppm(3)
05 - 10 Km 10 - 15 min L1 ou L1/L2 5 - 10 mm + 1 ppm
10 - 20 Km 10 - 30 min L1 ou L1/L2 5 - 10 mm + 1 ppm
20 - 50 Km 02 - 03 hr L1/L2 5 mm + 1 ppm
50 - 100 Km Mínimo 03 hr L1/L2 5 mm + 1 ppm
100 Km Mínimo 04 hr L1/L2 5 mm + 1 ppm
Fonte: IBGE, 2008 - Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos - GPS

A geometria da configuração deve ser tal que assegure valores de Geometric Dilution
of Precision - GDOP inferiores a 6 (seis) durante o período de rastreamento.
Recomendação diferente expressa pelo fabricante do equipamento deve ser
obedecida, uma vez que esta variável é utilizada nos algoritmos de solução de
ambiguidades no software de pós-processamento.

O número mínimo de satélites rastreados simultaneamente durante o período é 4


(quatro), sendo desejáveis cinco ou mais.

O horizonte de rastreamento mínimo deve ser de 15°, podendo ser de 10° nos
equipamentos operando nas estações de referência.

O intervalo de gravação das observáveis deve ser de no mínimo 15 segundos,


quando associados a estações de referência cujo intervalo seja de 15 segundos, do
contrário estes valores podem ser modificados de modo a coincidir os instantes de
observação. Os dados devem ser convertidos e processados no formato RINEX2
(Receiver Independent Exchange Format) assim como apresentados em meio digital,
para averiguação da Sanepar.

Por tratar-se de um posicionamento tridimensional, os equipamentos auxiliares devem


estar em perfeitas condições de operação, dada a importância da centralização e
nivelamento das antenas sobre Marcos de referência e dos que se pretende determinar
as coordenadas e altitudes. A equipe encarregada da montagem deve ter capacitação
técnica adequada tendo em ista a importante influência da posição da antena sobre o
MARCO, tanto horizontal quanto
verticalmente.

A análise dos resultados do processamento, sendo uma função do software utilizado,


deve seguir as recomendações do fabricante do sistema, observadas as especificações
anteriores capazes de decodificar dados do Formato RINEX2 para o formato de
processamento proprietário e vice-versa.

Como orientação, devem ser verificados os seguintes elementos nos relatórios


de processamento:
- Tempo de ocupação, PDOP e comprimento de linha de base;
- Tipo de solução apresentada pelo software. Exige-se a solução com fixação de inteiros;
- Desvio padrão da linha de base processada inferior a 1 cm + 2 ppm x D, sendo
D a dimensão da linha de base em quilômetros;

173
- Desvio padrão de cada uma das componentes da base dX, dY, dZ ou dN, dE, dh;
- Variância de referência após o ajustamento;
- Resultado do teste de hipótese de igualdade entre variâncias de referência a priori
e a posteriori (teste chi quadrado);
- Matriz variância-covariância ou matriz de correlação dos parâmetros após o ajustamento;
- Erro Médio Quadrático dos resíduos da fase da portadora.

Os levantamentos com precisão de +/- 45mm (2σ) têm características geodésicas,


devendo
observar em caso de omissão ou conflito das especificações acima, as
recomendações
apresentadas no item 4 das Especificações e Normas Gerais para Levantamentos GPS:
versão reliminar do IBGE.

As materializações dos pontos significativos devem ser feitas através de piquetes de


madeira, chapas metálicas fixadas em soleiras, pinos metálicos ou Marcos de concreto
conforme as características do serviço desenvolvido e orientações da Sanepar,
devendo-se observar as condições de estabilidade, identificação e perenidade de tal
forma que possam ser utilizados em serviços futuros, especialmente na locação de obras.

Os piquetes devem ser de madeira de lei com as dimensões de 0,05 x 0,05 x 0,30 m
sendo
normalmente cravados de modo que 0,05 m, de sua extensão, permaneçam acima do solo.
Os pinos metálicos devem ser de aço com dimensões mínimas de 60mm de
comprimento e
diâmetro de 3/8” sua materialização deve ser sinalizada e identificada com tinta
para
demarcação viária, na cor vermelha, observando-se condições de estabilidade e
perenidade.

As estacas testemunha devem ser de madeira com dimensões de 0,01 x 0,05 x 0,60
m, devendo ser utilizada na sinalização de Marcos e piquetes, sua implantação
deve estar localizada a uma distância máxima de 0,10m do ponto sinalizado de modo
que 0,40 do seu comprimento permaneça acima do solo.

Marcos, piquetes e estacas testemunha devem ser pintados com tinta a óleo branca e
anotações ou marcações com tinta a óleo na cor vermelha.
Onde houver necessidade deve-se realizar a limpeza do terreno num raio de 0,50 m ao
redor do vértice implantado.

Todo serviço deve conter relatório técnico em meio digital contendo os seguintes itens
(salvo aqueles em que a fiscalização dispensar ou não houver necessidade):
• Objeto e finalidade dos serviços;
• Período de execução;
• Localização dos serviços;
• Origem dos serviços, datum e referencial altimétrico;
• Metodologia;
• Descrição de serviços executados;
• Relatórios de processamento gerados pelos softwares;
• Precisões obtidas;
• Quantidades realizadas;
• Relação de aparelhagem utilizada;
• Indicação de equipe e responsável técnico (nomes, registro no CREA,
174
formação,
cargo, etc);
• Monografia de vértices de referência implantados;
• Anotação de responsabilidade técnica (ART).

Todo serviço deve conter memorial fotográfico em meio digital a fim de auxiliar
na identificação do serviço executado (salvo aquele em que a fiscalização dispensar
ou não houver necessidade).

Os cálculos, desenhos (plantas, perfis e detalhes), dados de equipamentos dotados de


sistemas de gravação, relatórios técnicos e demais informações que forem gerados por
situação dos serviços desenvolvidos devem ser apresentados em meio digital de modo
que possam ser visualizados e editados em softwares utilizados pela Sanepar. Os
arquivos devem ser organizados em pastas e subpastas de grupos de informações, de
modo que possibilitem a fácil e rápida identificação dos dados.

Deve ser observado a NBR 10068 e 10582 quanto ao tamanho e representação gráfica
das plantas, o papel será de gramatura 90/95 gr/m². O desenvolvimento gráfico da planta
deve ser elaborado no software AUTOCAD (4) ou similar, desde que a conversão do
arquivo não denigra a qualidade gráfica do desenho, devendo-se apresentar o arquivo
digital nos formatos DWG e PDF em versões que retrocedam a no mínimo três anos.
Para a representação gráfica dos elementos de campo deve-se utilizar as convenções
topográficas do ANEXO B da NBR 13133, (salvo quando orientações contrárias
contidas neste manual) criando-se camadas individualizadas para cada classe de
dados no arquivo gráfico digital. Toda convenção topográfica adotada deve ser
exposta na legenda de modo que permita fácil e rápida identificação do elemento
representado em acordo com a NBR 10582.

175
5.6 – REALIZAÇÃO DO LEVANTAMENTO TOPOGRAFICO

Figura 61 – Realização do levantamento topográfico das cotas do terreno do Edf. Autêntico Batista Campos

Figura 61 – Realização do levantamento topográfico das cotas do terreno do Edf. Autêntico Batista Campos

176
6 - ESTUDO DE CASOS

A partir da metodologia proposta e contando com o auxílio dos resultados dos


ensaios de sondagem geotécnica do tipo SPT, levantamento topográrico e scaneamento digital
(ensaio de pacometria), foram realizados estudos de casos patológicos existentes em
edificações do Edificio Autêntico Batista Campos. Desta maneira, utiliza-se o modelo de
fichas padronizadas como forma de explanar os estudos realizados.
Fizeram parte dos estudos as seguintes edificações:

a) Alagamento do Fosso da câmara de Pressurisação;


b) Muro na Subida da Garagem Superior;

c) Fissuras na rampa de acesso a Piscina;


d) Afundamento do piso intertravado na garagem interior;
e) Buraco dos parafusos na laje da garagem supeior;
f) Afundamento do piso da entrada de veículos em sua extensão

Seguem abaixo os casos estudados:

177
178

CASO 01: ALAGAMENTO DO FOSSO DA CÂMARA DE PRESSURISAÇÃO

Dados Gerais
Vistoria nº 01
Nome : Wandemyr Mata dos Santos Filho Vistoriador nº :Senior
Local da Obra: Condomínio Residencial Edf. Autêntico Batista Campos
Tipo de Obra: Residencial Idade da obra: 04 anos e 07 meses
Localização :Av. Serzedelo Correa, 1191 Orientação da Fachada:
Dependência : Fosso da Câmara de Pressurisação Componente Afetado : Mal Odor se extendendo para a área da
escada, atingindo o corredor da área condominial dos apartamentos
Descrição sucinta da obra:

Conforme projeto Pressurização : sistema de ventilação mecânica para pressurização da caixa de escada do edifício, tendo por
objetivo evitar a infiltração de fumaça, na eventualidade de INCÊNDIO, verifica-se que a mesma esta sofrendo a infiltração de
água contaminada com coliformes fecais.

Características do Componente
Características construtivas: Reservatório enterrado em alvenaria de blocos cerâmicos sem revestimento e sem
impermeabilização

Nível d´água: Acima

Fenômenos Ambientais

Ventos Fortes: Não Alto vapor d´água: Não


Inundações: Sim Chuva forte rápida: Constante
Más Condições de Ventilação : Não Chuva forte longa: Sazonal
Más Condições de Insolação: Não Chuva Fraca : Cosntante
Outros: Influência do nível do lençol freático devido a oscilação da
maré do entorno da área através da percolação da água no solo
arenoso permeável

Alterações Visuais
Zonas Estufadas: Não Água Visível: Não
Zonas com Descolamentos: Sim Corrosão: Constante
Manchas de Ferrugem : Não Outos:
Completamente Comprometido: Não Manchas de Úmidade :Cosntante
Caracteríticas Patológicas:

Fungos : Não Situação : Coloração :


Eflorescência : Não Situação : Coloração :
Linha de Eflorescência : Altura (cm): 0
Fissuras : Não Inclinação (º graus) :
Mensurável : Não Porcentagem do Elemento Afetado (%): 0 Área (cm) : 0 x 0
178
179

Tempo de Aparecimento
Idade Estimada (meses): 24 Vistoria: Não

A umidade quanto chove

Traz problema de mau cheiro : Sim Demora a secar: Sim


Seca Rápido: Não Dias :0

Periodo de Manifestação :

No decorrer do 1º ano após a construção : Sim Durante longo período sem tempo seco: Sim
Periodicidade : permanente Dias de chuva : Aumenta
Caracterísitca de uma estação do ano : Sim Estação: Períodos Chuvosos
Em dias de variações bruscas de Temperatura : Sim

Dados Complementares
Análise do Entorno:
Umidade do solo e percolação da água através do mesmo

Estado de Impermeabilização :
Inexistente

Observações Pertinentes:
A câmara de pressurização é um dispositivo importante e necessário sistema de ventilação mecânica para pressurização da caixa
de escada do edifício, tendo por objetivo evitar a infiltração de fumaça, na eventualidade de INCÊNDIO

179
Infiltração

N.A.
1

A
N.A.

B
2

Areia
livre
Lençol
Imagens

C
Argila
N.A.3

Areia
Linha Piezométrica

Lençol
Pendurado
Figura 62 : Posição do Edificio em relação as cotas topográficas do local
Demonstração quantos as Projeto da câmara de pressurização
Figura xx : Detalhe das dimensões da câmara de pressurização e a condição atual alagada

possibilidade de contaminação da com profundidade de 1,20 m abaixo

Figura 63 : Representação esquemática da influência do lençol freático na subsuperficie do terreno


água de subsuperficie no interior da do nível do terreno e imagens da
massa de solo Posicionamento do Edificio Autêntico situação atual inudada
Batista Campos em relação ao mapa
de isolinhas topográficas da cidade de
180

Belém – PA, demonstrando a condiçõ


desfavorável quanto à proximidade da
linha piezométrica do nível d´água
ddo lençol freático estático

180
z
hc

d´água do canal
Pontos de infiltração
N.A.

água tratada
Ponto de Saída de
uc = hc.a (-)

u = z.a (+)
u

Figura 64 : Representação da pressão neutra ascendente negativa

Situação normal do nível d´água dos Pontos de infiltração da água Demosntração da presença da
Figura 65 : Imagem dos pontos de saída de tubulações do Edificio no canal da Dr. Moraes

canais na cidade de Belém PA após proveniente do canal e provável pressão neutra negativa,
um período de chuva intensa, contaminação do lençol freático responsável pela asenção capilar do
contribuindo para a obstrução dos estático, atingind a câmara de nível d´água e consequentemente

Figura 66 : Imagem recorrente da condição de um canal da cidade de Belém –PA após um período de chuva intensa
pontos de saída da drenagem dos pressurização através da percolação um dos motivos do alagamento da
imóveis no entorno e gerando a das camadas de solo arenoso câmara de pressurização
181

condição de refluxo d´água nos permeáveis favoráveis a infiltração


sistemas de tubulação

181
Figura 67 : Planta baixa topográfica do Edificio Autêntico Batista Campos

Figura 68 : Planta baixa com os níveis dos piso do Edificio Autêntico Batista Campos
Cotas topográficas do sistema de
Confirmação da cotas topográficas do sistema de drenagem do Edificio Autêntico
drenagem do Edificio Autêntico Batista Campos, Batista Campos, demosntrando a
demosntrando a condição limitada em relação ao condição limitada em relação ao
182

nível d´água no canal da Dr. Moraes nível d´água no canal da Dr.


Moraes

182
183

Soluções Sugeridas

Solução Imdiata à curto prazo


Instalação de dispositivos de válvulas de conteção nos tubos
de saída posicionados no canal da Dr. Moraes e dentro da
caixas de passagem que interligam o sistema de drenagem de
águas pluviais do Edificio

Figura 69 : Dispositivo de válculas de retenção

Instalação de dispositivos de válvulas de conteção nos tubos


de saída posicionados no canal da Dr. Moraes e dentro da
caixas de passagem que interligam o sistema de drenagem de
águas pluviais do Edificio

Figura 70 : Caixas de passagem do sistema de drenagem de águas pluviais do Edificio Autêntico Batista Campos

Aplicação de produtos de impermeabilização das paredes da


câmara de pressurização, composto de argamassa e seguida de
impermeabilizante liquido com aplicações conforme a
especificação técnica do frabricante, sendo recomendada este
fabricante especificamente

Figura 71 : Produtos de impermeabilização a serem aplicados na câmara de pressurização

183
184

Exemplo de aplicação e eficiência dos produtos de


impermeabilização, composto de argamassa e seguida de
impermeabilizante liquido com aplicações conforme a
especificação técnica do frabricante, sendo recomendada este
fabricante especificamente

Figura 72 : Exemplo de aplicação dos produtos de impermeabilização propostos para a câmara de pressurização

Solução Definitiva à curto médio e longo prazo


Instalação de dispositivos acumuladores de águas pluviais
conhecidos como piscinões, semelhantes a cisternas em concreto
armado devidamente estruturadas, a serem construídas na área
externa dos fundos do prédio com dimensões de 7,5 x 10 x 2 m

Figura 73 : Imagem representativa de um dispositivo de amortecimento de água pluvial conhecido como piscinões

Situação normal do nível d´água dos canais na cidade de


Belém PA após um período de chuva intensa, contribuindo
para a obstrução dos pontos de saída da drenagem dos
imóveis no entorno e gerando a condição de refluxo d´água
nos sistemas de tubulação

Figura 74 : Imagem recorrente da condição de um canal da cidade de Belém –PA após um período de chuva intensa

184
185
CASO 02: MURO NA SUBIDA DA GARAGEM SUPERIOR

Dados Gerais
Vistoria nº 02
Nome : Wandemyr Mata dos Santos Filho Vistoriador nº :Senior
Local da Obra: Condomínio Residencial Edf. Autêntico Batista Campos
Tipo de Obra: Residencial Idade da obra: 04 anos e 07 meses
Localização :Av. Serzedelo Correa, 1191 Orientação da Fachada:
Dependência : Parede lateral esquerda do edificio Componente Afetado : Alvenaria do muro
Descrição sucinta da obra:

Mal desempenho estrutural da alvenaria devido a solicitação de um esforço gerado pelo rufo externo de proteção do telhado do
imóvel vizinho

Características do Componente
Alvenaria de blco cerâmico utilizada irregularmente como apoio para sustentação do rufo extermo de proteção do telhado
vizinho

Nível d´água: Acima

Fenômenos Ambientais

Ventos Fortes: Não Alto vapor d´água: Não


Inundações: Sim Chuva forte rápida: Constante
Más Condições de Ventilação : Não Chuva forte longa: Sazonal
Más Condições de Insolação: Não Chuva Fraca : Cosntante
Outros: Local próximo à junta de dilatação do prédio

Alterações Visuais
Zonas Estufadas: Não Água Visível: Não
Zonas com Descolamentos: Sim Corrosão: Constante
Manchas de Ferrugem : Não Outos:
Completamente Comprometido: Não Manchas de Úmidade :Cosntante
Caracteríticas Patológicas:

Fungos : Não Situação : Coloração :


Eflorescência : Não Situação : Coloração :
Linha de Eflorescência : Altura (cm): 0
Fissuras : Sim Inclinação (º graus) : 45º
Mensurável : Sim Porcentagem do Elemento Afetado (%): 0 Área (cm) : 200 x 50 cm

185
186

Tempo de Aparecimento
Idade Estimada (meses): 24 Vistoria: Sim

A umidade quanto chove

Traz problema de mau cheiro : Sim Demora a secar: Sim


Seca Rápido: Não Dias :0

Periodo de Manifestação :

No decorrer do 1º ano após a construção : Sim Durante longo período sem tempo seco: Sim
Periodicidade : permanente Dias de chuva : Inalterado
Caracterísitca de uma estação do ano : Sim Estação: Períodos de elevadas temperatura
Em dias de variações bruscas de Temperatura : Sim

Dados Complementares
Análise do Entorno:
Rufo de proteção do telhado vizinho

Estado de Impermeabilização :
Inexistente

Observações Pertinentes:
Falta de estruturação do rufo externo do telhado vizinho

186
187

Imagens

Imagem da fissura causada pelo esforço do rufo externo de


proteção do telhado vizinho com transferência para a
alvenaria não estruturada próximo da junta de dilatação do
prédio

Figura 75 : Ocorrência da patologia na alvenaria próximo da junta de dilatação térmica do prédio

Imagem da evidência do desplacamento do reboco e


surimento da fissura causada pelo esforço do rufo externo de
proteção do telhado vizinho com transferência para a
alvenaria não estruturada próximo da junta de dilatação do
prédio

Figura 76 : Visualização do desplacamento do reboco da alvenaria causado pelo esfoço causado pelo rufo esterno de proteção do telha vizinho

187
188

Soluções Sugeridas

Realização de uma estrutura de concreto armado constituída


de pilar e vigamento semelhante a um pótico estrutural

Figura 77 : Identificação do rufo de concreto apoiado irregularmente na alvenaria do muro, causador da patologia

188
189

Solução imediata / definitiva


Realização de uma estrutura de concreto armado constituída
de pilar e vigamento semelhante a um pótico estrutural

Figura 78 : Desenho da posição do pórtico de concreto armado a ser executado para solução do problema patológico

189
190

CASO 03: FISSURAS NA RAMPA DE ACESSO A PISCINA

Dados Gerais
Vistoria nº 03
Nome : Wandemyr Mata dos Santos Filho Vistoriador nº :Senior
Local da Obra: Condomínio Residencial Edf. Autêntico Batista Campos
Tipo de Obra: Residencial Idade da obra: 04 anos e 07 meses
Localização :Av. Serzedelo Correa, 1191 Orientação da Fachada:
Dependência : Alvnaria da garagem Componente Afetado : Esmagamento do reboco de alvenaria
Descrição sucinta da obra:

Divisória limite de separação da estutura do prédio conforme junta de dilação térmca existente

Características do Componente
Características construtivas: reboco em armgamassa comum sem elasticidade paraa suportar movimento dinâmicos gerados por
movimentação térmica da estruruta

Nível d´água: Acima

Fenômenos Ambientais

Ventos Fortes: Não Alto vapor d´água: Não


Inundações: Sim Chuva forte rápida: Constante
Más Condições de Ventilação : Não Chuva forte longa: Sazonal
Más Condições de Insolação: Não Chuva Fraca : Cosntante
Outros: Influência da variação térmica da estrutura

Alterações Visuais
Zonas Estufadas: Sim Água Visível: Não
Zonas com Descolamentos: Sim Corrosão: Constante
Manchas de Ferrugem : Não Outos:
Completamente Comprometido: Sim Manchas de Úmidade :Não
Caracteríticas Patológicas:

Fungos : Não Situação : Coloração :


Eflorescência : Não Situação : Coloração :
Linha de Eflorescência : Altura (cm): 0
Fissuras : Sim Inclinação (º graus) :
Mensurável : Sim Porcentagem do Elemento Afetado (%): 0 Área (cm) : 1 x 100 cm

190
191

Tempo de Aparecimento
Idade Estimada (meses): 24 Vistoria: Não

A umidade quanto chove

Traz problema de mau cheiro : Não Demora a secar: Não


Seca Rápido: Sim Dias :0

Periodo de Manifestação :

No decorrer do 1º ano após a construção : Sim Durante longo período sem tempo seco: Sim
Periodicidade : permanente Dias de chuva : Constante
Caracterísitca de uma estação do ano : Sim Estação: Períodos de elevada temperatura
Em dias de variações bruscas de Temperatura : Sim

Dados Complementares
Análise do Entorno:
Existência da junta de Dilatação térmica da estrutura

Estado de Impermeabilização :
Inexistente

Observações Pertinentes:
Inexistência de material temo elástico no preenchimento do espaço da junta de dilatação térmica da estrutura

Imagens

Ocorrência da fissura horinzontal na alvenaria divisória na


separação da junta de diliatação térmica da estrutura do prédio

Figura 79 : Identificação da fissura causada pela dilatação térmica da estrutura


191
192

Evidência da ocorrência da fissura horinzontal na alvenaria


divisória na separação da junta de diliatação térmica da estrutura
do prédio e desplacamento do reboco

Figura 80 : Identificação da fissura causada pela dilatação térmica da estrutura e desplacamento do reboco

Evidência da posição da junta de dilatação térmica estrutural


do prédio com a ocorrência da fissura horinzontal na alvenaria

Figura 81 : Identificação da junta de dilatação térmica da estrutura e desplacamento do reboco

Soluções Sugeridas

Solução imediata e definitiva :

Aplicação de selante polimérico no espaço correnpondente a


junta de dilatação térmica

Figura 82 : Selante polimérico para ser aplicado na junta de dilatação térmica

192
193

Solução imediata e definitiva :

Metodologia de aplicação do produto selante polimétrico

Figura 83 : Procedimento de aplicação do selante polimérico na junta de dilatação térmica da estrutura

193
194

CASO 04: AFUNDAMENTO DO PISO INTERTRAVADO NA GARAGEM INTERIOR

Dados Gerais
Vistoria nº 04
Nome : Wandemyr Mata dos Santos Filho Vistoriador nº :Senior
Local da Obra: Condomínio Residencial Edf. Autêntico Batista Campos
Tipo de Obra: Residencial Idade da obra: 04 anos e 07 meses
Localização :Av. Serzedelo Correa, 1191 Orientação da Fachada:
Dependência : Piso intertravado da garagem Componente Afetado : Desnivelamento do piso intertravado da garagem
Descrição sucinta da obra:

Desnivelamento do piso intertravado da garagem causando desconforto para a passagem de carrinhos de supermercado, bem
como na possbilidade eventual de cadeirantes de roda ou outro uso afim

Características do Componente
Características construtivas: Piso de revestimento de blocos de concreto intertravados assentados sobre uma camada
regularizadora de areia assentadodos sobre uma placa de laje estrutural.

Nível d´água: Inexistente

Fenômenos Ambientais

Ventos Fortes: Não Alto vapor d´água: Não


Inundações: Sim Chuva forte rápida: Constante
Más Condições de Ventilação : Não Chuva forte longa: Sazonal
Más Condições de Insolação: Não Chuva Fraca : Cosntante
Outros: Deformação no piso devido a má compactação da camada
regularizadora de areia

Alterações Visuais
Zonas Estufadas: Não Água Visível: Não
Zonas com Descolamentos: Sim Corrosão: Constante
Manchas de Ferrugem : Não Outos:
Completamente Comprometido: Não Manchas de Úmidade :Cosntante
Caracteríticas Patológicas:

Fungos : Não Situação : Coloração :


Eflorescência : Não Situação : Coloração :
Linha de Eflorescência : Altura (cm): 0
Fissuras : Não Inclinação (º graus) :
Mensurável : Sim Porcentagem do Elemento Afetado (%): 100 Área (cm) : Toda a área de
estacionamento onde se aplica este tipo de revestimento
194
195

Tempo de Aparecimento
Idade Estimada (meses): 24 Vistoria: Não

A umidade quanto chove

Traz problema de mau cheiro : Não Demora a secar: Não


Seca Rápido: Sim Dias :0

Periodo de Manifestação :

No decorrer do 1º ano após a construção : Sim Durante longo período sem tempo seco: Sim
Periodicidade : permanente Dias de chuva : Inalterado
Caracterísitca de uma estação do ano : Não Estação: Independente
Em dias de variações bruscas de Temperatura : Não

Dados Complementares
Análise do Entorno:
Desnivelamento no encontro com as tampas metálicas das caixas de passagem, causando desconforto na trafegabilidade dos
veículos

Estado de Impermeabilização :
Inexistente

Observações Pertinentes:
Desnivelamento da superficio do piso de revestimento

Dados Complementares

Planta baixa da fundação em estacas do prédio, demonstrando


que toda a área construída é contemplada com laje de piso,
reforçando que a patologia observada é provocada pelo
acomodação da camada regularizadora de areia utilizada para
o assentamento dos blocos intertravados

Figura 84 : Planta baixa da fundação em estacas do prédio


195
196

Planta baixa do sistema de ETE do prédio, abaixo do piso


afetado da garagem, demonstrando que toda a área construída
é contemplada com laje de piso, reforçando que a patologia
observada é provocada pelo acomodação da camada
regularizadora de areia utilizada para o assentamento dos
blocos intertravados

Figura 85 : Planta baixa da ETE do prédio

Desnivelamento no encontro com as tampas metálicas das


caixas de passagem, causando desconforto na trafegabilidade
dos veículos

Figura 86 : Desnivelamento no encontro do piso com as tampas das caixas de passagem

Registro do desnivelamento do piso de bloco intertravado no


encontro do entorno das paredes

Figura 87 : Evidência do desnivelamento no entorno das paredes

196
197

Registro do desnivelamento do piso de bloco intertravado


sobre o vigamento da estrutura do prédio

Figura 88 : Evidência do desnivelamento nos ponto de existência de vigamentos

Registro do desnivelamento do piso de bloco intertravado


sobre o vigamento da estrutura do prédio

Figura 89 : Evidência do desnivelamento nos ponto de existência de vigamentos

197
198

Desnivelamento no encontro com as tampas metálicas das


caixas de passagem, causando desconforto na trafegabilidade
dos veículos

Figura 90 : Desnivelamento no encontro do piso com as tampas das caixas de passagem

Soluções Sugeridas

Figura 91 : Ficha de Vistoria 01 do Caso da Câmara de Pressurisação

198
199

Figura 92 : Ficha de Vistoria 01 do Caso da Câmara de Pressurisação

Figura 93 : Ficha de Vistoria 01 do Caso da Câmara de Pressurisação

199
200
CASO 05: BURACO DOS PARAFUSOS NA LAJE DA GARAGEM SUPERIOR

Dados Gerais
Vistoria nº 05
Nome : Wandemyr Mata dos Santos Filho Vistoriador nº :Senior
Local da Obra: Condomínio Residencial Edf. Autêntico Batista Campos
Tipo de Obra: Residencial Idade da obra: 04 anos e 07 meses
Localização :Av. Serzedelo Correa, 1191 Orientação da Fachada:
Dependência : Laje do piso da garagem Componente Afetado : Estrutural
Descrição sucinta da obra:

Devido a necessidade e de instalação de cobertura em estrutura metálica para proteção dos veículos na área externa do
estacionamento, fez-se a intalação de toldos metálicos com fixação direta na laje existente, porém de forma indevida

Características do Componente
Características construtivas: Coberturas metálicas fixadas diretamente sobre a laje do piso da garagem

Nível d´água: Não observado

Fenômenos Ambientais

Ventos Fortes: Não Alto vapor d´água: Não


Inundações: Não Chuva forte rápida: Constante
Más Condições de Ventilação : Não Chuva forte longa: Sazonal
Más Condições de Insolação: Não Chuva Fraca : Cosntante
Outros: Influência da água da chuva em contato com a armadura da
ferragem exposta, com alto risco de comprometimento do tempo de
vida útil da estrutura

Alterações Visuais
Zonas Estufadas: Não Água Visível: Não
Zonas com Descolamentos: Sim Corrosão: Previsível
Manchas de Ferrugem : Não Outos:
Completamente Comprometido: Sim Manchas de Úmidade :Cosntante
Caracteríticas Patológicas:

Fungos : Não Situação : Coloração :


Eflorescência : Não Situação : Coloração :
Linha de Eflorescência : Altura (cm): 0
Fissuras : Não Inclinação (º graus) :
Mensurável : Sim Porcentagem do Elemento Afetado (%): 100% Área (cm) : 30 x 30cm

200
201

Tempo de Aparecimento
Idade Estimada (meses): 02 Vistoria: Não

A umidade quanto chove

Traz problema de mau cheiro : Não Demora a secar: Sim


Seca Rápido: Não Dias :0

Periodo de Manifestação :

No decorrer do 1º ano após a construção : Sim Durante longo período sem tempo seco: Sim
Periodicidade : permanente Dias de chuva : Aumenta
Caracterísitca de uma estação do ano : Sim Estação: Períodos Chuvosos
Em dias de variações bruscas de Temperatura : Sim

Dados Complementares
Análise do Entorno:
Umidade do solo e percolação da água através do mesmo

Estado de Impermeabilização :
Inexistente

Observações Pertinentes:
Desplacamento do concreto da laje com exposição da armadura de ferro e provével oxidação e perda do desempenho
estrutural da mesma

Dados Complementares

201
202

Desplacamento do concreto estrutural do fundo da laje devido


a fixação indevida da estrutura de cobertura metálica

Figura 94 : Danos causados ao concreto estrutural do funda da laje

Desplacamento do concreto estrutural do fundo da laje devido


a fixação indevida da estrutura de cobertura metálica, com o
surgimento da armadura de ferro

Figura 95 : Ficha de Vistoria 01 do Caso da Câmara de Pressurisação

202
203

Fixação sem o emprego de chapas metálicas parafusadas no


pedestal de concreto, com possibilidade e de risco de
estabilidade estrutural da cobertura ddo toldo metálico

Figura 96 : Fixação da estrutura metálica idevida na laje do piso da garagem

Fixação sem o emprego de chapas metálicas parafusadas no


pedestal de concreto, com possibilidade e de risco de
estabilidade estrutural da cobertura ddo toldo metálico com
um elevado potencial de puncionamento da laje de piso

Figura 97 : Fixação da estrutura metálica idevida na laje do piso da garagem

203
204

Soluções Sugeridas

Solução Imediata:
Substitução de todas as estrtuturas metálicas com reparação
através de grautemento do concreto danificado e colocação da
chapa metálica de 5/16 pol. Com 30 x 30 cm tipo sanduçhe e
fixação com barras rosqueadas de ½ pol. de diâmetro

Figura 98 : Ficha de Vistoria 01 do Caso da Câmara de Pressurisação

Solução Imediata:
Exemplo de fixação das chapas metálicas no fundo da laje do
piso da garagem

Figura 99 : Ficha de Vistoria 01 do Caso da Câmara de Pressurisação

204
205

Solução Imediata:
Exemplo de fixação das chapas metálicas na laje do piso da
garagem de grautemento epoxidico no concreto e colocação
da chapa metálica de 5/16 pol. Com 30 x 30 cm tipo sanduçhe
e fixação com barras rosqueadas de ½ pol. de diâmetro

Figura 100 : Exemplo de fixação da estrutura metálica na laje do piso da garagem

205
206

CASO 06: AFUNDAMENTO DO PISO DA ENTRADA DE VEÍCULOS EM SUA EXTENSÃO

Dados Gerais
Vistoria nº 06
Nome : Wandemyr Mata dos Santos Filho Vistoriador nº :Senior
Local da Obra: Condomínio Residencial Edf. Autêntico Batista Campos
Tipo de Obra: Residencial Idade da obra: 04 anos e 07 meses
Localização :Av. Serzedelo Correa, 1191 Orientação da Fachada:
Dependência : Rampa de entrada da garagem Componente Afetado : Piso de bloco argamassado estrutural vazado
totalmente danificado
Descrição sucinta da obra:

Piso de acesso a entrada da garagem do condomínio em elemento estrutural vazado completamente danificado e dajustado,
causando total irregularidade na superfície da rampa de acesso ao estacionamento

Características do Componente
Características construtivas: Bloco estrutural vazado afim de manter as características de permeabilidade e da área da rampa de
acesso as vagas de estacionamento do condomínio.

Nível d´água: Acima

Fenômenos Ambientais

Ventos Fortes: Não Alto vapor d´água: Não


Inundações: Sim Chuva forte rápida: Constante
Más Condições de Ventilação : Não Chuva forte longa: Sazonal
Más Condições de Insolação: Não Chuva Fraca : Cosntante
Outros: Influência do nível do lençol freático devido a oscilação da
maré do entorno da área através da percolação da água no solo
arenoso permeável

Alterações Visuais
Zonas Estufadas: Não Água Visível: Não
Zonas com Descolamentos: Sim Corrosão: Constante
Manchas de Ferrugem : Não Outos:
Completamente Comprometido: Não Manchas de Úmidade :Cosntante
Caracteríticas Patológicas:

Fungos : Não Situação : Coloração :


Eflorescência : Não Situação : Coloração :
Linha de Eflorescência : Altura (cm): 0
Fissuras : Não Inclinação (º graus) :
206
207
Mensurável : Não Porcentagem do Elemento Afetado (%): 0 Área (cm) : 0 x 0

Tempo de Aparecimento
Idade Estimada (meses): Não Vistoria: Não

A umidade quanto chove

Traz problema de mau cheiro : Sim Demora a secar: Sim


Seca Rápido: Não Dias :0

Periodo de Manifestação :

No decorres do 1º ano após a construção : Sim Durante longo período sem tempo seco: Sim
Periodicidade : permanente Dias de chuva : Aumenta
Caracterísitca de uma estação do ano : Sim Estação: Períodos Chuvosos
Em dias de variações bruscas de Temperatura : Sim

Dados Complementares
Análise do Entorno:
Umidade do solo e percolação da água através do mesmo

Estado de Impermeabilização :
Inexistente

Observações Pertinentes:
Piso de acesso as vagas de estacionamento dos veículos, totalmente danificada causando atlém de completo mal estar estético,
um desconforto na trafegabilidade dos veículos

207
208

Dados Complementares

Aspectos dos piso estrutural vazado, com o desnivelamento


das placas e o consequente desconforto quanto a
trafegabilidade dos veículos logo na estrada do condomínio

Figura 101 : Piso danificado

208
209

Soluções Sugeridas

Solução imediata e definitica:


Recolocação do piso, com reforço da camada de base
através do emprego da técnica de melhoramento de solo
com micro estacas de solo – cimento tipo paliteiro

Figura 102 : Procedimentos da execução das estacas de melhoramento do solo

209
210

Solução imediata e definitica:


Sequência executiva da técnica de melhoramento do solo
com micro estacas escavadas manualmente compactadas
de solo cimento.

Figura 103 : Procedimentos da execução das estacas de melhoramento do solo

Solução imediata e definitica:


Detalhe do projeto da técnica de melhoramento do solo
com micro estacas escavadas manualmente compactadas
de solo cimento.

Figura 104 : Detalhe do Projeto das estacas de melhoramento do solo

210
211
Geometria Seção (m) 0,2
Comprimento (m) 1,0
Especificações Quantidade (unidades) 25
Espaçamento (m) 0,9
Área relativa (%) 5,0
Compactação Nº de camadas 3 Solução imediata e definitica:
Caracteríticas físicas das estacas de melhoramento do solo
Nº de golpes/camada 45
escavadas manualmente compactadas de solo cimento.
Ferramenta Caibro de madeira
Seção (m x m) (0,1 x 0,1)
Comprimento (m) 2,0
Classificação Análise granulométrica (NBR 7181/84) Areia média a grossa
Volumes Nominal (m3) 0,0314
Figura 105 : Características físicas das estacas

211
212

7 - CONCLUSÃO

A proposta inicial deste trabalho foi levantar a situação das edificações existentes
no Condomínio Residencial do Edifício Autêntico Batista Campos sito na Av. Serzedelo
Correa nº 1191 – BATISTA CAMPOS – BEL - PA, com base na inspeção das obras para que
se pudesse obter informações suficientes sobre as patologias encontradas, de forma a permitir
um programa adequado de manutenção.
É importante ressaltar que o estudo das patologias nunca deve ser ignorado, o que
implicaria, costumeiramente, um aumento considerável dos custos de manutenção e reparos.
É muito comum a necessidade de reformas ou reparos constantes em uma mesma edificação,
graças ao desconhecimento da real causa do problema.
Muitos dos problemas patológicos existentes no Edificio Autêntico Batista
Campos têm origem em alguns fatos principais:
i) comprometimento da cota topográfica do terreno, muito próxima do
nível d´água do canal da Dr. Moraes que fica na parte dos fundos do prédio;
ii) a manutenção realizada durante a vida útil das edificações não foi
suficientemente eficaz, visto que alguns problemas graves originaram de simples entupimento
do sistema de escoamento de águas; e
213

iii) em alguns casos o projeto original chegou a ser completamente


modificado, para se atender às necessidades vigentes. Porém, essas reformas
realizadas não passaram por um estudo adequado, o que veio a gerar mais problemas.
Sendo assim, os estudos de casos realizados podem ser muito úteis como base de
dados para qualquer estudo posterior das edificações em questão.
Espera-se, por fim, que o presente trabalho desperte a necessidade de se levar a
sério o estudo dos problemas patológicos de edificações, visto que um diagnóstico correto
seguido de uma conduta adequada na época oportuna pode evitar a instalação e o
desenvolvimento de problemas mais sérios.
214

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, D.F. Patologia, terapia e profilaxia nas edificações de concreto: parte 1.


Qualidade na Construção, [S.l.], n. 14, p.33-38, 1999.

. Patologia, terapia e profilaxia nas edificações de concreto: parte 2. , [S.l.], n.


15, p.45-46, 1999.

. Patologia, terapia e profilaxia nas edificações de concreto: parte 3. , [S.l.], n.


16, p.31-38, 1999.

. Patologia, terapia e profilaxia nas edificações de concreto: parte 4. , [S.l.], n.


17, p.39-44, 1999.

ALUCCI, M.P; FLAUZINO, W. D.; MILANO, S. Bolor em edifícios: causas e


recomendações. In: TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT,
1988, p.565-570.

ALVES, W. P. Delphi 3.0: Aplicação para banco de dados. São Paulo: Érica, 1997.

BINA, P. Plano para controlar a qualidade dos reparos. Qualidade na Construção, [S.l.], n.
20, p.22-26, 2000.

CÁNOVAS, M. F.. Patologia y Terapêutica Del Hormigon Armado. 4. ed. Madrid:


Rugarte, 1994.

CINCOTTO, M. A. Patologia das argamassas de revestimento: análise e recomendações. In:


TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.549-554.

; HELENE, P. R. L. Patologia de estrutura de concreto armado. In: TECNOLOGIA


DE EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.593-596.

DAL MOLIN, D. C. C. et al. Procedimento para levantamento de manifestações patológicas


em revestimentos externos em argamassa. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA
DAS ARGAMASSAS, [S.l.], 1997. Anais... [S.l.:s.n.], 1997, p.334-343.

FIGUEIREDO, A.C. et al. Edificações do ITA: patologias, causas prováveis e soluções. São
José dos Campos: Instituto Tecnológico de Aeronáutica, 2003.

GUIA WEBER QUARTZOLIT. São Paulo: Saint-Gobain Quartzolit / Quebecor World, 2003,
Anual.

HELENE, P. R. L. Corrosão de armaduras para concreto armado. In: TECNOLOGIA DE


EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.597-602.

. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. São Paulo:


Pini, 1992.

IOSHIMOTO, E. Incidências de manifestações patológicas em edificações habitacionais. In:


TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.545-548.
215

JOHN, V. M.; CREMONINI, R. A. Manutenção dos edifícios: uma visão sistêmica. In:
SIMPÓSIO NACIONAL DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO, 10.: A Manutenção da
Construção Civil, 1989, São Paulo. Anais... [São Paulo]: [s.n.], 1989, p. 115-128.

JOHN, V. M.; SATO, N. M. N.; BONIN, L. C. Proposta de terminologia para o tema:


Durabilidade no ambiente construído. In: WORKSHOP DE DURABILIDADE DAS
CONSTRUÇÕES, 2., 2001, São José dos Campos. Anais... [São José dos Campos]: [s.n.],
2001.

LICHTENSTEIN, N.B. Patologia das Construções: Procedimentos para Diagnóstico e


Recuperação. São Paulo: Escola Politécnica da USP, Boletim Técnico n. 6, 1986.

LONGO, B. M.; SMITH Jr., R. Delphi 3 Total: Aplicação para banco de dados. Rio de
Janeiro: Brasport, 1997.

MOTA, O. S. (org.). Instituto Tecnológico de Aeronáutica, 50 Anos, 1950/2000. São Paulo:


ITA/Gráfica Melhoramentos, 2000.

PADARATZ, I. J. et al. Incidência patológicas em fachadas e áreas comuns de edificações


para ensino – Caso do campus da Universidade Estadual de Maringá. In: ENCONTRO
NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, IX, 2002, Paraná.
Anais... [Paraná]: [s.n.], 2002, p.1453-1458.

PEREZ, A. R. Manutenção dos edifícios. In: TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES.


Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.571-574.

. Umidade nas edificações: recomendações para a prevenção da penetração de água


pelas fachadas (1a. parte). In: TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo:
Pini/IPT, 1988, p.571-574.

. Umidade nas edificações: recomendações para a prevenção da penetração de água


pelas fachadas (2a. parte). In: TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo:
Pini/IPT, 1988, p.575-578.

RESENDE, M. M.; BARROS, M. M. S. B.; MEDEIROS, J. S. A influência da manutenção


na durabilidade de revestimentos de fachada de edifícios. In: WORKSHOP DE
DURABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES, 2., 2001, São José dos Campos. Anais... [São
José dos Campos]:[s.n.], 2001.

RIPPER, Ernesto. Como Evitar Erros na Construção. 2. ed. São Paulo: Pini, 1984.

SAMPAIO, C. A. A arquitetura do CTA e o projeto de Niemeyer. 2000. 184 f. Dissertação


(Mestrado)-Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, 2000.

TEIXEIRA, I. S. Do Besouro ao Bandeirante. São Paulo: Círculo, 1994.

THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. In: TECNOLOGIA DE


EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.555-560.
216

UEMOTO, K. L. Patologia: Danos causados por eflorescência. In: TECNOLOGIA DE


EDIFICAÇÕES. Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.561-564.

. Problemas de pintura na construção civil. In: TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES.


Coletânea... São Paulo: Pini/IPT, 1988, p.589-592.

VERÇOSA, E. J. Patologia das edificações. Porto Alegre: Sagra, 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14037: Manual de operação, uso e


manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação. Rio de
Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de edificações -


Procedimento. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. PROJETO 02:136.01-001/1: Edifícios


habitacionais de até cinco pavimentos – desempenho. Rio de Janeiro, 15 de maio de 2006.

BRASIL, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO, DEPARTAMENTO


DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. Decreto nº 2.181, de 20 de março de 1997.

SINDUSCON-MG, SEBRAE-MG. Manual do Proprietário de Edificações Residenciais.


Orientação, Roteiro e Texto Básico. Belo Horizonte, 1994.

SINDUSCON-MG, SEBRAE-MG. Manual do Condomínio. Guia de utilização, conservação e


manutenção das áreas condominiais e de funcionamento do condomínio. Belo Horizonte, 1995.

SINDUSCON-MG, SEBRAE-MG. Guia para Criação e Produção do Manual de Garantia e


Manutenção de Edificações. Belo Horizonte.

SINDUSCON-MG. Manual Garantias: NBR 5674:99. 4ª. ed. Belo Horizonte - MG. 2009. 116p.

SINDUSCON-SP, SECOVI-SP. Manual das Áreas Comuns. Programa de Manutenção Preventiva.


São Paulo.

SINDUSCON-SP, SECOVI-SP. Manual do Proprietário. Termo de Garantia - Aquisição, Uso e


Manutenção do Imóvel - Operação do Imóvel. São Paulo.

IBAPE/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo – Inspeção


Predial – Check-up predial: Guia da Boa Manutenção.

GOMIDE, Tito; PUJADAS,Flávia; NETO, Gerônimo. Técnicas de Inspeção e Manutenção Predial.


São Paulo, Pini, 2006.
217

APÊNDICE – Ficha de Inspeção


(frente)

FICHA DE INSPEÇÃO Nº /

Pessoa Encarregada:
Local:
Data: / /
Tipo de Obra (residência horizontal, vertical, escolas, estacionamentos, etc.):

Localização da Lesão (viga, pilar, cobertura, etc.):

Características da Estrutura Vistoriada:

CARACTERÍSTICAS DA PATOLOGIA

Tipo de Manifestação Encontrada (fissuras, expansões, infiltrações, etc.):

Dimensões aproximadas (em porcentagem, pontual):

Situação do restante da estrutura:

Análise do Entorno:

Observações pertinentes:
218

(verso)

DOCUMENTAÇÃO FOTÓGRAFICA DISQUETE /

FOTO 01:

FOTO 02:

FOTO 03:

FOTO 04:

FOTO 05:

FOTO 06:

FOTO 07:

FOTO 08:

FOTO 09:

FOTO 10:

FOTO 11:

FOTO 12:

FOTO 13:

FOTO 14:
Atenciosamente,

Belém, 28 de outubro de 2020

____
_ Eng.º Civil M.Sc. Wandemyr Mata dos Santos Fo
CREA – PA 8875-D

Você também pode gostar