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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO

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O Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Regional
do Trabalho da 10ª Região, pelo Procurador Regional do Trabalho
signatário, no desempenho das atribuições que lhe são outorgadas pelos
artigos 127, caput, e 129, III, da Constituição da República, e pelos artigos 6º,
VII, 'a' e 'd', e 83, IV, da Lei Complementar nº 75/93, vem, respeitosamente,

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à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CLÁUSULA DE CONVENÇÃO


COLETIVA CUMULADA COM
PEDIDO LIMINAR DE TUTELA DE URGÊNCIA

em face das seguintes entidades sindicais: 1) Sindicato de Hotéis,


Restaurantes, Bares e Similares de Brasilia - SINDHOBAR, pessoal
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. 00.386.748/0001-74, localizado
no SDS, Edifícil Boulevard Center, Bloco A, 1º andar, Salas 117 a 124, Asa Sul
- Brasília/DF, CEP: 70.391-900, Telefone: (61) 3224-0222 e 2) SECHOSC -
Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes,
Bares, Lanchonetes e Similares do Distrito Federal, pessoa jurídica de
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direito privado inscrita no CNPJ n. 00.721.175/0001-98, localizado em Ed.


Venâncio III - Loja 4 - 1° e 2° - Subsolo - Fone 3223-6142 - Brasília - DF CEP
70.303-900;, Telefone: (61) 3234-8603, em razão dos fundamentos fáticos e

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jurídicos a seguir delineados.

1. Dos Fatos

A Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região instaurou em


17.07.2020 Procedimento Preparatório sob o nº 001932.2020.10.0000/0-05, a
partir de denúncia instaurada pela Exma. Sra. Procuradora do Trabalho
Doutora Paula de Ávila e Silva Porto Nunes noticiando possíveis ilegalidades
nas cláusulas de termo aditivo de CCT convencionado entre os Sindicatos
supramencionados, com redução de direitos rescisórios trabalhistas em
decorrência da Pandemia da COVID-19, tais como supressão do aviso prévio e
redução da multa de 40% do FGTS, da qual tomou conhecimento a partir da
expedição de ofício ao MPT pelo juízo 17ª Vara do Trabalho de Brasília - DF em
reclamação trabalhista movida por trabalhador que se sentiu prejudicado com
o pactuado.

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Distribuída a este Procurador Regional do Trabalho em 22.07.2020,
houve Apreciação Prévia determinando a intimação das referidas entidades
para se manifestarem a respeito das imputações, requisitando, ainda, a
apresentação de: a) documentos referentes à assembleia da categoria
autorizadora da referida pactuação, b) informações a respeito de eventuais
concessões recíprocas e/ou negociações que levaram à pactuação das
cláusulas mencionadas, c) benefícios às categorias por eles representadas com
o referido aditivo.

O SECHOSC (laboral) veio aos autos, primeiro, relatando, em


resumo, que com o fechamento das atividades comerciais do setor, decorrente
da pandemia da COVID-19, a entidade sindical “procurou agir rápido para que
fossem criadas as condições necessárias de proteção às garantias contratuais
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dos empregados uma vez que a edição das Medidas Provisórias 927 e 936 não
protegiam direitos convencionados nem tampouco dos contratos vigentes”,
tendo sido pactuado nova Convenção Coletiva de Trabalho – CCT com vigência

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imediata e pelo prazo de 2 (dois) anos e, posteriormente, um Termo aditivo a
ela, “com vigência a partir de 07/04/2020 (durante o Estado de Calamidade
Pública)”. Afirmou que o objetivo “foi garantir os direitos dos trabalhadores,
bem como fixar as normas que servem para nortear empregados e
empregadores quanto aos direitos e obrigações entre Capital e Trabalho”, o
que teria sido alcançado com a renovação da CCT. Ressaltou, ainda, que “A
DIRETORIA APROVOU AD REFERENDUM A CONVENÇÃO COLETIVA E SEU
TERMO ADITIVO. TÃO LOGO SEJA POSSIVEL SERÁ REALIZADA A ASSEMBLEIA
PARA CUMPRIR COM SUA FINALIDADE DE APRECIAR A RENOVAÇÃO DA CCT-
2020/2022 E SEU TERMO ADITIVO”. Ressaltou o impacto da crise nas contas
do Sindicato, culminando na dispensa de seus funcionários e manutenção
apenas da diretoria, sem prejuízo ao atendimento dos trabalhadores, mesmo
com a contaminação de uma diretora e falecimento de seu genitor. Reafirmou,
ao final, que “um dos principais objetivos das negociações celebradas foram
todas para proteção do emprego, da garantia de direitos e obrigações, diante

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do fechamento e encerramento de atividades de centenas empresas”.

O SINDHOBAR (patronal), por sua vez, apresentou manifestação


em seguida ressaltando o fechamento dos bares e restaurantes no Distrito
Federal, em consequência da pandemia da COVID-19, impactando na
atividade econômica da categoria. Aduziu que os Sindicatos convenentes, “já
antevendo a possibilidade de fechamento de vários estabelecimentos,
anteciparam a renovação de sua Convenção Coletiva, inserindo, dentro das
possibilidades que a lei até aquele momento permitia, meios possíveis para se
buscar a preservação do emprego”. Aduz que, com as Medidas Provisórias 927
e 936 foi necessária a pactuação de um aditivo, por supostamente haver
possíveis ilegalidades nas cláusulas pactuadas. Ressalta posicionamentos do
STF para as medidas consensuais de solução de conflito e que a pactuação do
aditivo se deu, unicamente, na tentativa de preservação de empregos.
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Ressalta a situação excepcional pelo qual os termos foram celebrados sem a


realização de assembleia, não tendo como reunir a categoria ante a proibição
das autoridades públicas, havendo na MP 927 a possibilidade de prorrogação

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de CCT. Aponta que a formalização de nova CCT foi importante para a
preservação de empregos. Ressalta a legalidade das medidas tomadas com
base na legislação de regência.

Inicialmente, houve uma tentativa de solução pactuada para sanar


os ilícitos vislumbrados pelo MPT, no entanto, as partes esbarraram em óbice
que impediram o alcance de consenso na solução do litígio, tendo os sindicatos
investigados apresentado minuta que não sanearam os problemas
vislumbrados por essa Instituição Ministerial.

Assim, não restou alternativa ao MPT, diante da urgência que o


caso requer, ante a supressão de direitos rescisórios dos trabalhadores,
propor, de logo, a presente ação.

2. Da Legitimidade Ativa e Da Competência Funcional

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A medida judicial ora proposta visa zelar pela integridade do
ordenamento jurídico trabalhista, em especial no que toca aos direitos
rescisórios dos trabalhadores, suprimidos por aditivo de CCT.

A propositura de ação anulatória de cláusula convencional guarda


correspondência, portanto, com o teor do artigo 127 da Constituição da
República, que estabelece o Ministério Público como instituição essencial e
permanente ao desenvolvimento da função jurisdicional pelo Estado.

Registre-se, também, a previsão expressa do inciso IV do artigo


83 da Lei Orgânica do Ministério Público da União, ao assegurar a legitimidade
do Ministério Público do Trabalho para a atuação em casos como o presente:

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“Art. 83 – Compete ao Ministério Público do Trabalho o


exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça
do Trabalho:
(...)
IV – propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de

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cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção
coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os
direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores; - (sem grifo
no original)

Por outro lado, tem-se como indiscutível a competência funcional


dos Tribunais Regionais do Trabalho para processar e julgar originariamente a
Ação Anulatória de Cláusula de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou de
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), como se extrai do próprio sistema
recursal trabalhista, assim explicitado no Regimento Interno do desse egrégio
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, que assim dispõe:

“Art. 25 – Compete à 1ª Seção Especializada processar e


julgar:
(...)
V – as ações anulatórias de cláusula de convenção ou acordo
coletivo com abrangência territorial igual ou inferior à jurisdição
do Tribunal.”

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Por fim, há de se assinalar o viés nitidamente coletivo da
presente controvérsia, pois a declaração de nulidade da cláusula coletiva
impugnada alcançará as categorias representadas pelos sindicatos
demandados, aspecto que igualmente atrai a competência dessa Corte
Regional.

Demonstrada, portanto, a legitimidade do Ministério Público do


Trabalho para a propositura da ação anulatória, bem como a competência da
egrégia 1ª Seção Especializada desse Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região para a apreciação da demanda.

3. Fundamentos

Consoante relatório supra e documentos que seguem com esta


inicial, segundo a alegação de estar antevendo a crise que se instalaria no
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setor ante a declaração de pandemia pelos Órgão Públicos e os Decretos


Distritais nºs 40.509, de 11.03.2020 e 40.539, de 19.02.2020, suspendendo,
dentre outros, o funcionamento dos estabelecimentos da categoria patronal

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em referência, reuniram-se os sindicatos laboral (SECHOSC) e patronal
(SINDHOBAR), em 19.03.2020, para assinatura uma nova Convenção Coletiva
de Trabalho - CCT (número de registro no Ministério do Trabalho –
DF000166/2020), com abrangência no território do Distrito Federal e vigência
fixada para o 01º de maio de 2020 a 30 de abril de 2022.

Já tendo havido a declaração da pandemia da COVID-19 pelos


Órgãos e diante dos Decretos Distritais supramencionados, entenderam por
bem os Sindicatos signatários convencionarem um item com medidas voltadas
à segurança jurídica e à preservação dos empregos e da atividade econômica,
assim dispondo no parágrafo quinto da cláusula terceira:

PARÁGRAFO QUINTO – CONSIDERANDO A DECLARAÇÃO DE


PANDEMIA DO CONVID-19, com consequências sérias para a
economia do País e do mundo, e não obstante todas as
providencias tomadas pelo Governo do Distrito Federal e por

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outros Órgãos nacionais e mundiais, com vistas a conter o
avanço descontrolado da doença, e, para tentar diminuir os
impactos negativos que isso possa gerar nos empregos da setor
de HOTELARIA, BARES RESTAURANTES E SIMILARES NO DF,
as partes, em caráter de excepcionalidade, resolvem
convencionar o seguinte:

a) Ocorrendo demissão no período de março a abril do corrente


ano não haverá incidência da multa prevista no Art. 9º da LEI
7.238/84.

b) As empresas poderão conceder férias coletivas total ou


parcial aos empregados sem o prévio aviso de 30 (trinta) dias.
O pagamento das mencionadas férias poderá ser fracionado em
até 3 (três) parcelas, e ou no término do mês em que forem
concedidas, portanto, sem a sua antecipação de pagamento. O
valor referente ao 1/3 das férias poderá ser pago junto com a
1ª. Parcela do 13º, salvo em caso de rescisão anterior a esse
evento. Fica suspenso o direito a conversão de 1/3 do período
de férias em abono pecuniário.

c) As empresas poderão conceder férias aos seus empregados,


mesmo que não tenham período aquisitivo completo, sendo
consideradas como férias proporcionais, e iniciando-se então
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novo período aquisitivo nos termos do art. 140 da CLT. No caso


de rescisão contratual posteriormente, caso o empregado não
tenha trabalhado o tempo suficiente para completar o período
aquisitivo concedido, as empresas poderão deduzir das verbas
rescisórias a diferença do valor que tiver sido antecipado.

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d) As empresas que possuírem acordo coletivo de trabalho
poderão conceder folgas compensatórias no sistema de banco
de horas, para compensação no período de até dois anos
posterior à concessão da folga.

e) Caso essas concessões extraordinárias para a manutenção


dos empregos não forem suficientes, e em havendo
necessidade, as empresas poderão ainda, reduzir 50%
(cinquenta por cento) da jornada de trabalho, com a
correspondente redução salarial, mantida as demais vantagens
contratuais, podendo o empregado trabalhar 15 dias
consecutivos e folgando 15 dias, ou fazer a redução diária da
jornada de trabalho. A suspensão do Contrato de Trabalho
somente será utilizada como ultima medida para salvar os
empregos, caso não tenha nenhuma medida de proteção ao
trabalho aprovada pelo Governo Distrital ou Federal. As
empresas que não forem contempladas por qualquer ajuda
governamental ficam autorizadas a adotar as medidas de
suspensão de contratos de trabalho de seus empregados.

f) Os empregados colocados em regime de redução de jornada,


conforme item acima, a cada 3 (três) meses seguidos sob essa
condição, terão estabilidade de 1 (um) mês, com direito ao

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salário médio do valor recebido durante a redução de jornada. A
estabilidade aqui referida, só será adquirida após o 3º mês
seguido em que o empregado estiver no regime de redução de
jornada.

Em que pese haja medidas que pudessem ser ajustadas, em


regra, as cláusulas convencionadas se deram por meio de concessões mútuas
que visavam a manutenção do emprego e da atividade econômica.

Diferentemente se deu, entretanto, nos parágrafos segundo ao


quarto da CLÁUSULA primeira do Termo aditivo de CCT, em que, além
da ratificação das Medidas Provisórias nºs 927 e 936, trouxe apenas a
supressão de direitos daqueles que foram demitidos, em excessiva
desproporcionalidade com aqueles que ficaram nos empregos e com todos os
direitos, tudo isso à revelia de anuência da categoria laboral e em inversão do
risco do negócio (art. 2º, caput, da CLT), ao assim dispor:
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“CLÁUSULA PRIMEIRA – DA CONVALIDAÇÃO DAS


MEDIDAS PROVISÓRIAS 927 DE 22/03/2020 e 936
DE 01/04/2020 e de Acordos Individuais celebrados

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entre empregados e empregadores no âmbito da
categoria, tendo validade exclusivamente durante o
período de CALAMIDADE-PUBLICA. A empresa
deverá encaminhar em até 10 (dez) dias após
assinatura do empregado para o Ministério da
Economia e Sindicato dos empregados SECHOSC/DF,
através do E-MAIL: jurídico@sechosc-df.com.br

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Fica convencionado que o teor


das medidas provisórias citadas são convalidados na
presente Convenção Coletiva de trabalho, inclusive quanto
aos acordos individuais de SUSPENSAO DE CONTRATO DE
TRABALHO, E, REDUÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO,
celebrados diretamente entre empregadores e
trabalhadores durante o estado de CALAMIDADE PÚBLICA
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020.

PARÁGRAFO SEGUNDO – Fica convencionado que


não haverá incidência da multa do Art. 479 da CLT
quanto aos contratos de experiência encerrados
durante o estado de calamidade pública.

PARÁGRAFO TERCEIRO – Fica Convencionado que


havendo rescisão do contrato de trabalho de

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empregado, a empresa indenizará a metade da
multa de 40% do FGTS.

PARÁGRAFO QUARTO – Fica convencionado ainda,


que durante o estado de calamidade pública não
haverá o pagamento de aviso prévio indenizado.
(grifos no original)

Apontadas irregularidades ao MPT e iniciadas as tratativas para


saneá-las, não se alcançou êxito nas negociações. Isso porque, os Sindicatos
apresentaram documento a cujos termos foram solicitadas adequações,
sobrevindo o novo aditivo, agora sem apresentação ao MPT, com a revogação
de cláusulas apenas com efeito ex nunc, deixando à própria sorte aqueles
trabalhadores que, durante a crise, foram despedidos e, supreendentemente,
se depararam com norma convencional restringindo suas verbas rescisórias,
situação com a qual o Parquet não anuiu.

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Nesse teor, entende o Ministério Público do Trabalho que, dado


ao conteúdo das cláusulas, elas não poderiam ser convencionadas, no
mínimo, sem anuência das categorias, dada em assembleia, sobretudo

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a laboral, o que não ocorreu, não podendo serem reputadas válidas.

É o que dispõe o art. 612 da CLT:

Art. 612 - Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou


Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia
Geral especialmente convocada para êsse fim, consoante o
disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da
mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação,
de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de
Convenção, e dos interessados, no caso de Acôrdo, e, em
segunda, de 1/3 (um têrço) dos mesmos. (grifos
acrescidos)

E nem se diga que a pandemia da COVID-19 impossibilitou a


realização de mencionado evento. Isso porque, embora a CCT tenha sido
celebrada no começo das determinações de distanciamento social, em
19.03.2020, sendo questão nova para as quais as entidades sindicais estavam

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aprendendo a lidar e solucionar os problemas, quando da pactuação do Termo
Aditivo, em 07.04.2020 já estava vigendo a Medida Provisória nº
936/2020 que, dentre outras regulamentações, autorizou a realização de
assembleias virtuais, assim dispondo no inciso II, do art. 17:

Art. 17. Durante o estado de calamidade pública de que trata o


art. 1º:
I - o curso ou o programa de qualificação profissional de que
trata o art. 476-A da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, poderá ser
oferecido pelo empregador exclusivamente na modalidade não
presencial, e terá duração não inferior a um mês e nem superior
a três meses;
II - poderão ser utilizados meios eletrônicos para atendimento
dos requisitos formais previstos no Título VI da Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1943, inclusive para convocação, deliberação, decisão,
formalização e publicidade de convenção ou de acordo
coletivo de trabalho; e

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III - os prazos previstos no Título VI da Consolidação das Leis


do Trabalho aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943,
ficam reduzidos pela metade.

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Nesse teor, o Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho
2020/2022 encontra vício formal grave, não se podendo reputar como lícita a
retirada de direitos rescisórios dos trabalhadores, transferido para o
trabalhador o risco do negócio (art. 2º da CLT) e impondo ao ex-
empregado ônus excessivamente oneroso, ao reduzir os custos
empresariais com a supressão de suas verbas rescisórias, no momento mais
delicado da relação laboral, que é a despedida, caindo por terra o argumento
da preservação do emprego.

Observe-se, que o parágrafo quinto da cláusula terceira constante


da CCT tratou de medidas para a preservação do emprego e da atividade
econômica, com medidas a serem adotadas para evitar tanto a despedida
quanto o fechamento do estabelecimento empresarial. Diferentemente se deu
com o Termo Aditivo, não havendo falar em preservação de emprego com a
supressão de haveres rescisórios do trabalhador já demitido. Mesmo que se

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entenda que essa medida seria para preservar, eventualmente, o emprego de
quem teria ficado na empresa, seria tratamento demasiadamente
antisonômico, mantendo todos os direitos de quem ficou empregado e
suprimindo exatamente do elo mais fraco, que é o funcionário despedido, o
que, além de excessivamente oneroso, viola o art. 5º, caput, da CF/88
(princípio da isonomia), em sua feição material.

Assim, há que se reconhecer a nulidade in tottum do


Aditivo à CCT 2020/2022, pactuado entre as entidades signatárias,
haja vista a presença de vício formal insanável, ante a ausência de
deliberação assemblear para se pactuar a supressão direitos
rescisórios, como ocorrido.

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Ainda que, ad argumentandum tantum, não se entenda pela


ilicitude acima, é inequívoco que o Termo Aditivo à Convenção Coletiva de
Trabalho 2020/2022 tratou, nos parágrafos segundo ao quarto da

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cláusula primeira, sobre normas de índole constitucional, não passíveis de
supressão ou redução. É o que se verifica do art. 611-B da CLT:

Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou


de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou
a redução dos seguintes direitos: (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)
(...)
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
(...)
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua
retenção dolosa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(...)
XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
mínimo de trinta dias, nos termos da lei; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

Verifica-se, com isso, o reconhecimento da relevância dos citados


direitos, salvaguardados pelo Legislador constituinte e que foram suprimidos

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quando o trabalhador demitido mais necessitava dele, haja vista a pandemia
da COVID-19 e a dificuldade de se encontrar outro posto de trabalho. É como
se verifica do rol do art. 7º da CF/88 que assim dispõe:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou
sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, dentre outros direitos;
(...)
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
(...)
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua
retenção dolosa;
(...)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

Como se vê, portanto, nem mesmo a reforma trabalhista


entendeu possível flexibilizar os direitos eliminados pelo Termo Aditivo à CCT
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2020/2022, reforçando a argumentação pela ilegalidade das cláusulas


supramencionadas, merecendo ser reconhecida sua nulidade. Afinal, tratou-se
de uma benesse à categoria patronal em detrimento do hipossuficiente da

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relação laboral, sobretudo na situação de estar despedido, inexistindo
precedentes na legislação a autorizar referida pactuação. Em resumo, colocou-
se a cargo do ex-empregado o risco da atividade econômica.

Nesses termos, seja pela declaração de nulidade total do Termo


Aditivo à CCT 2020/2002 ora em análise, seja apenas dos parágrafos segundo
ao quarto da cláusula primeira supramencionados, a pactuação do 2º Termo
Aditivo perderia seu objeto, haja vista inexistirem cláusulas a serem
revogadas. No entanto, pela eventualidade, havendo a manutenção do
Primeiro Termo Aditivo, impõe-se determinar aos Sindicatos signatários a
retificação do Segundo pacto firmado, haja vista restar inequívoco inexistir
sugestão deste Procurador signatário para a redação apresentada pelas
entidades convenentes no mencionado documento.

4. Da Liminar em Tutela de Urgência

Documento assinado eletronicamente por ADELIO JUSTINO LUCAS, em 14/08/2020, às 13h17min36s.


O Código de Processo Civil vigente estabelece a viabilidade da
concessão da chamada tutela de urgência, nos seguintes termos:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo
a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida
liminarmente ou após justificação prévia.”

Os requisitos listados no Art. 300 encontram-se identificados na


presente situação.

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A probabilidade do direito encontra-se escorada em todo


arcabouço fático-jurídico mencionado pelo Parquet, sobretudo no que concerne
à ausência de autorização assemblear para a realização de Termo Aditivo à

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CCT, quando a MP nº 936/2020 já havia autorizado sua realização virtual
(inciso II, do art. 17), notadamente diante do teor do pactuado, com a
supressão ou diminuição de direitos, em matérias vedadas pelo art. 611-B da
CLT, transferindo para o trabalhador o risco do negócio (art. 2º da CLT) e
impondo ao ex-empregado ônus excessivamente oneroso.

Já o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo


exsurge não só das rescisões que têm sido feitas sem o pagamento dos
direitos rescisórios devidos, retirando do trabalhador parcelas que o ajudarão
a enfrentar esse período de crise, notadamente àqueles que se mantiverem
desempregados, mas, também, no fato de que inúmeros trabalhadores podem
estar se socorrendo à Justiça, como aconteceu na situação que ensejou a
instauração da investigação ministerial, merecendo uma pacificação, pelo
Tribunal, como norte para a atuação dos magistrados de primeiro grau.

Documento assinado eletronicamente por ADELIO JUSTINO LUCAS, em 14/08/2020, às 13h17min36s.


Neste contexto, as questões colocadas em discussão dispensam
ampla dilação probatória, na medida em que os autos do Inquérito Civil
revelam de maneira inequívoca a patente lesão a direitos e interesses difusos
e coletivos dos trabalhadores que tiveram suas verbas rescisórias suprimidas
ou reduzidas.

Nessa senda, o perigo de dano é permanente e grave, na medida


em que vêm sendo sonegado direitos no momento mais delicado para o
trabalhador, que é uma eventual despedida, o que se grava ainda mais por se
estar diante de uma pandemia, reduzindo as chances de retorno ao mercado
de trabalho, além de a eventual necessidade dos recursos para tratamento de
saúde.

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As considerações jurídicas deduzidas ao longo da exordial do


presente feito demonstram, portanto, a viabilidade da concessão de liminar
em tutela de urgência para que suste, desde logo, os efeitos do Termo

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Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2022 firmada pelos
Sindicatos réus, ou, ao menos, os parágrafos segundo ao quarto da
CLÁUSULA primeira do mesmo instrumento, com consequente perda
de eficácia do 2º Termo Aditivo, nos termos acima consignados.

5. Do Pedido

Ante as considerações supra, postula o Ministério Público do


Trabalho:

a) Liminarmente, a imediata suspensão, para todos os fins de


direito, da validade e eficácia do Termo Aditivo à Convenção Coletiva de
Trabalho 2020/2022 firmada entre o Sindicato dos Empregados no
Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares, Lanchonetes e Similares do Distrito

Documento assinado eletronicamente por ADELIO JUSTINO LUCAS, em 14/08/2020, às 13h17min36s.


Federal – SECHOSC e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares
de Brasília – SINDHOBAR (número de registro no Ministério da Economia – DF
000166/2020), ou, assim não entendendo V. Exa, ao menos dos parágrafos
segundo ao quarto da cláusula primeira do mesmo instrumento, com
consequente perda de eficácia do 2º Termo Aditivo firmado pelas
entidades sindicais citadas;

b) Ao final, a confirmação da tutela de urgência supra requerida


para que seja declarada a nulidade do Termo Aditivo à Convenção
Coletiva de Trabalho 2020/2022 firmada entre o Sindicato dos
Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares, Lanchonetes e
Similares do Distrito Federal – SECHOSC e o Sindicato de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares de Brasília – SINDHOBAR (número de registro
no Ministério da Economia – DF 000166/2020), ou, assim não entendendo
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esse Regional, ao menos dos parágrafos segundo ao quarto da cláusula


primeira do mesmo instrumento, com consequente perda de eficácia
do 2º Termo Aditivo firmado pelas entidades sindicais citadas;

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c) No intuito de alcançar o resultado prático das decisões liminar e
final de mérito, requer a condenação dos réus na obrigação de divulgar a
suspensão e anulação final do Termo Aditivo ou Cláusulas
supramencionadas através de seus veículos de informação perante as
categorias que representam, sobretudo os eletrônicos, notadamente
diante desse momento de pandemia da CIVID-19 e orientação das
autoridades públicas de distanciamento social, bem como afixando
cópia em suas sedes e subseções, com a respectiva comprovação nos
autos, no prazo e mediante a cominação que esse egrégio Colegiado
fixar, tudo nos termos do § 1º do artigo 536 do CPC;

d) Pela Eventualidade, acaso este Regional entenda pela validade do


instrumento e cláusulas acima questionados – ad argumentandum tantum –
que seja determinado às entidades Sindicais rés que retifiquem o 2º Termo

Documento assinado eletronicamente por ADELIO JUSTINO LUCAS, em 14/08/2020, às 13h17min36s.


Aditivo à CCT 2020/2022 para excluir o quarto “CONSIDERANDO”, haja
vista inexistir “sugestão do excelentíssimo Sr. Adélio Justino Lucas” para a
pactuação de aditivo nos termos apresentados, conforme indicado no termo, e

e) a condenação dos réus nas custas e demais despesas


processuais.

6. Dos Requerimentos Finais

Requer-se, por fim:

a) a citação dos réus para, querendo, responderem à presente


ação;

b) A produção de qualquer prova em direito permitida, acaso


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necessária.

Dá-se à presente ação o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)

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para os efeitos próprios.

Brasília, 14 de agosto de 2020

(Assinatura eletrônica)
Adélio Justino Lucas
Procurador Regional do Trabalho

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