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Aula 14

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura


Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) -
Pós-Edital

Autor:
Moema Machado

18 de Fevereiro de 2020

13751909702 - Priscila Valentim


Moema Machado
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1 – Introdução ...................................................................................................................2
2 - NBR 13752 - Perícias de Engenharia na Construção Civil ...............................................3
3 - Sobre o Código de Defesa do Consumidor ..................................................................19
4 - NBR 5674:2012 – Manutenção de Edificações – Requisitos para o Sistema de Gestão de
Manutenção .................................................................................................................... 21
5 - IBAPE Nacional – Norma de Inspeção Predial Nacional ............................................... 35
5.1 - Inspeção Predial ......................................................................................................................35
5.2 - Nível de Inspeção Predial ........................................................................................................35
5.3 - Tipos de Inspeção Predial .......................................................................................................36
5.4 - Lista de Verificação .................................................................................................................36
5.5 - Atribuições Profissionais .........................................................................................................36
5.6 - Classificação das Inspeções Prediais ......................................................................................37
5.7 - Critério e Método da Inspeção Predial ...................................................................................38
5.8 - Documentação ........................................................................................................................38
5.9 - Obtenção de Informações.......................................................................................................40
5.10 - Listagem de Verificação........................................................................................................40
5.11 - Classificação das Anomalias e Falhas...................................................................................41
5.12 - Classificação do Grau de Risco .............................................................................................41
5.13 - Definição de Prioridades .......................................................................................................42
5.14 - Indicação das Recomendações Técnicas ..............................................................................42
5.15 - Avaliação da Manutenção e Uso ..........................................................................................42
5.16 - Recomendações Gerais e de Sustentabilidade .....................................................................44
5.17 - Tópicos Essenciais do Laudo .................................................................................................44
6 - Patologia das Construções .......................................................................................... 45
6.1 - Patologia das Estruturas.........................................................................................................46
6.2 - Patologia em Alvenarias .........................................................................................................57
7 - Resolução de Questões............................................................................................... 75
8 – Lista de Questões..................................................................................................... 208
9 – Gabarito .................................................................................................................. 226
10 – Glossário – IBAPE SP .............................................................................................. 227
11 – Bibliografia ............................................................................................................ 256

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Oi!!!!! Vamos a mais uma aula!


Insanidade “é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes... “
Albert Einstein
Para falar sobre laudos e pareceres técnicos, vou ter que abordar perícias, inspeção predial,
patologia das construções, engenharia legal, enfim, vocês vão poder observar o que é cobrado
através das questões comentadas. Muitas vezes a redação do edital muda, mas as bancas
continuam cobrando os mesmos assuntos.
Os exercícios comentados complementam a teoria e dão dicas de fontes cobradas pelas bancas para
quem puder e quiser se aprofundar.
Preparados? Treinamento difícil, combate fácil!

1 – INTRODUÇÃO
Vamos tratar sobre diversos assuntos, mas todos relacionados. A fiscalização da obra e sua correta
manutenção durante o uso previne patologias das construções. As perícias técnicas são importantes
para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram
determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos.
O foco será nas Normas e o assunto será complementado pelas questões comentadas.
Para variar o assunto é bem extenso...

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2 - NBR 13752 - PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as diretrizes básicas, conceitos, critérios e procedimentos relativos às
perícias de engenharia na construção civil, bem como:
a) classifica o objeto quanto à natureza;
b) institui a terminologia, as convenções e as notações;
c) define a metodologia básica aplicável;
d) estabelece os critérios a serem empregados nos trabalhos;
e) prescreve diretrizes para apresentação de laudos e pareceres técnicos.
1.2 Esta Norma é exigida em todas as manifestações escritas de trabalhos periciais de
engenharia na construção civil. A realização deste trabalho é de responsabilidade e
exclusiva competência dos profissionais legalmente habilitados pelos Conselhos
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, de acordo com a Lei Federal
no 5194/66 e, entre outras, as Resoluções nos 205, 218 e 345 do CONFEA.
2 Documentos complementares
2.1 Na aplicação desta Norma é necessário consultar e atender os seguintes preceitos
legais:
(...)
2.2 Os trabalhos periciais de Engenharia devem ser orientados e obedecer às diretrizes
preconizadas pelas Normas Brasileiras aprovadas pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas), aplicáveis à natureza e espécie do objeto da perícia.
2.3 Os procedimentos desta Norma devem ainda estar em conformidade com os
seguintes documentos:
a) Constituição Federal; Códigos Civil, de Processo Civil, Penal, Comercial, de Águas, de
Defesa do Consumidor; Lei de Contravenções Penais; Lei de Direitos Autorais; bem como
legislação complementar pertinente;
b) toda Legislação Federal, Estadual e Municipal aplicável ao objeto da perícia.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.77, bem como aquelas
aplicáveis a determinadas perícias de engenharia, constantes nas Normas Brasileiras,
quando o texto não conflitar com a presente Norma.
3.1 Acessão
Modo originário de aquisição da coisa acessória que adere materialmente ao imóvel,
passando a pertencer definitivamente ao proprietário, podendo ter origem:

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a) natural: formação de ilhas, avulsão, aluvião, abandono de álveo, etc.;


b) artificial: quando por efeito exclusivo de fato ou ação do homem, tais como plantações,
terraplenagem, etc.;
c) mista: quando se dá simultaneamente por fato natural e por ação do homem.
3.2 Administração
Qualquer serviço ou obra que é executada sob a direção e fiscalização da própria pessoa,
física ou jurídica, mediante recebimento de parcela proporcional ao seu custo, e não por
empreitada. Também conhecido como serviços ou obras “a preço de custo”.
3.3 Adjudicação compulsória
Ato decorrente de decisão judicial sobre lotes compromissados e quitados, em caso de
impugnação ou dúvida sobre o registro do imóvel loteado.
3.4 Aluguel
Pagamento feito ao locador, em contrapartida ao uso do bem ou da coisa, por
determinado período.
3.5 Anomalia
Irregularidade, anormalidade, exceção à regra.
3.6 Arbitramento
Atividade que envolve a tomada de decisão ou posição entre as alternativas tecnicamente
controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos.
3.7 Área non aedificandi
Área gravada por restrições legais ou contratuais do loteamento, desde que devidamente
averbadas junto ao Registro de Imóveis, onde não é permitido construir.
3.8 Arrendamento
Retribuição pela cessação de direito à exploração, por prazo certo e condições
convencionadas, de bens ou coisas infringíveis, capazes de produzir frutos.
3.9 Assistente técnico
Profissional legalmente habilitado pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia, indicado e contratado pela parte para orientá-la, assistir aos trabalhos
periciais em todas as suas fases da perícia e, quando necessário, emitir seu parecer
técnico.
3.10 Avaliação
Atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário de um
bem, de um direito ou de um empreendimento.
3.11 Avaria
Dano causado a qualquer bem, ocasionado por defeito ou outra causa a ele externo.

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3.12 Bem
Tudo aquilo que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de direito, que
constitui o patrimônio ou a riqueza de uma pessoa física ou jurídica. São tangíveis os que
podem ser tocados e intangíveis aqueles imateriais (por exemplo: direitos, patentes,
prestígio, fundo de comércio, etc.).
3.13 Benfeitorias
Obras ou serviços que se realizem em um móvel ou imóvel com o intuito de conservá-lo,
melhorá-lo ou embelezá-lo, incorporados permanentemente ao bem ou ao solo pelo
homem, que não podem ser retirados, sem destruição, fratura ou dano.
3.14 Benfeitoria necessária
Aquela que tem a finalidade de conservar o bem ou evitar a sua deterioração.
3.15 Benfeitoria útil
Aquela que aumenta ou facilita o uso do bem.
3.16 Benfeitoria voluptuária
Aquela que não aumenta o uso normal do bem, sendo sua finalidade de mero recreio ou
deleite.
3.17 Cominação
Exigência de pena ou castigo por falta de cumprimento de contrato, preceito, ordem ou
mandato judicial.
3.18 Comodato
Empréstimo gratuito e temporário de coisa não fungível, mediante condições
preestabelecidas.
3.19 Concessão
Direito concedido, geralmente pelo Poder Público, para a exploração de bens ou serviços.
3.20 Condomínio
Domínio em comum exercido por duas ou mais pessoas simultaneamente, regido por
legislação própria, sendo dividido em dois tipos:
a) tradicional ou do Código Civil: regido pelas disposições do Código Civil;
b) de propriedades (em planos) horizontais: regido pelas disposições da Lei nº 4591/64.
3.21 Compromisso particular de compra e venda
Contrato particular em que o promitente vendedor se obriga a transferir, dentro de
determinado prazo, a propriedade de um bem ao promissário comprador, mediante
condições contratuais e financeiras.
3.22 Conservação

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Ato de manter o bem em estado de uso adequado à sua finalidade, que implica maiores
despesas que as de uma simples manutenção.
3.23 Construção
Ato, efeito, modo ou arte de construir.
3.24 Construir
Edificar, levantar prédios. Conjunto de materiais e serviços sendo ordenado conforme
projeto, visando sua transformação em um bem.
3.25 Co-propriedade
Propriedade comum a duas ou mais pessoas.
3.26 Dano
Ofensa ou diminuição do patrimônio moral ou material de alguém, resultante de delito
extracontratual ou decorrente da instituição de servidão. No Código de Defesa do
Consumidor, são as consequências dos vícios e defeitos do produto ou serviço.
3.27 Decadência
Perda, perecimento ou extinção de direito em si, por consequência da inércia ou
negligência no uso de prazo legal ou direito a que estava subordinado.
3.28 Defeitos
Anomalias que podem causar danos efetivos ou representar ameaça potencial de afetar
a saúde ou segurança do dono ou consumidor, decorrentes de falhas do projeto ou
execução de um produto ou serviço, ou ainda de informação incorreta ou inadequada de
sua utilização ou manutenção.
3.29 Demarcação
Assinalação ou aviventação dos limites ou divisas de uma propriedade; ato de fixar limite.
3.30 Depreciação
3.30.1 Decrepitude
Depreciação de um bem pela idade, no decorrer de sua vida útil, em conseqüência de sua
utilização, desgaste e manutenção normais.
3.30.2 Deterioração
Depreciação de um bem devida ao desgaste de seus componentes ou falhas de
funcionamento de sistemas, em razão de uso ou manutenção inadequados.
3.30.3 Mutilação
Depreciação de um bem devida à retirada de sistemas ou componentes originalmente
existentes.
3.30.4 Obsolescência
Depreciação de um bem devida à superação da tecnologia do equipamento ou sistema.

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3.30.5 Desmontagem
Depreciação de um bem devida aos efeitos deletérios decorrentes dos trabalhos normais
de desmontagem, necessários para a remoção do equipamento. Não inclui custos de
mão-de-obra de desmontagem e transporte.
3.31 Desapropriação
Transferência feita por iniciativa do poder público, unilateral e compulsória, mediante
indenização prévia e justa, por utilidade pública ou interesse social, da propriedade de
um bem ou direito do proprietário ao domínio público.
3.32 Direito de propriedade
Direito de usar, gozar e dispor de um bem.
3.33 Direito hereditário
Direito transmitido por herança.
3.34 Direito possessório
Direito decorrente da posse.
3.35 Divisa
Limite da propriedade que a separa da propriedade contígua, cuja definição é de acordo
com a posição do observador, a qual deve ser obrigatoriamente explicitada.
3.36 Divisão
Partição de coisa comum, de modo a atribuir a cada condômino seu respectivo quinhão.
3.37 Dolo
Vontade deliberada e consciente, ou livre determinação do agente, na prática de um
delito.
3.38 Domínio
Direito real que submete a propriedade, de maneira legal, absoluta e exclusiva, ao poder
e vontade de alguém; é a propriedade plena.
3.39 Empreitada
Contrato bilateral, oneroso, em que o empreiteiro se obriga, dentro de prazo
estabelecido, a executar para outrem determinada obra, contribuindo ou não com os
materiais necessários, mediante o pagamento de preço fixo pré-ajustado, ou reajustável
por índices preestabelecidos.
3.40 Empreiteiro
Aquele que se encarrega de executar uma obra por empreitada
3.41 Engenharia legal

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Ramo de especialização da engenharia dos profissionais registrados nos CREA que atuam
na interface direito-engenharia, colaborando com juízes, advogados e as partes, para
esclarecer aspectos técnico-legais envolvidos em demandas.
3.42 Esbulho
Privação total ou parcial da posse de quaisquer bens alheios, com ou sem violência ou
fraude de terceiros.
3.43 Escritura pública de compra e venda
Instrumento lavrado por tabelião em livro de notas, a pedido das partes interessadas,
revestido das formalidades legais, que concretiza transações entre elas, cujo translado
tem o mesmo valor do instrumento original, e pode ser registrado transferindo o domínio
do bem no Registro de Imóveis.
3.44 Exame
Inspeção, por meio de perito, sobre pessoa, coisas, móveis e semoventes, para verificação
de fatos ou circunstâncias que interessem à causa.
3.45 Formal de partilha
Título extraído dos autos de inventário, que menciona e discrimina os bens atribuídos ao
herdeiro, transferindo-lhe o domínio do bem e a sua posse, quando mansa e pacífica.
3.46 Fungível
Diz-se de um bem consumível que pode ser pesado, contado ou medido, e que, por
convenção das partes, pode ser substituído ou trocado por outro da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
3.47 Herança
Conjunto de bens e/ou direitos deixados pelo falecimento de seu titular.
3.48 Indenização por perdas e danos
Compensação financeira por prejuízos causados a bens ou direitos.
3.49 Instalação
Conjunto de equipamentos e componentes destinados a desempenhar uma utilidade ou
um serviço auxiliar.
3.50 Laudo
Peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá as suas
conclusões ou avalia, fundamentadamente, o valor de coisas ou direitos.
3.51 Lide
Conflito de interesses suscitado em juízo ou fora dele.
3.52 Manutenção

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Ato de manter um bem no estado em que foi recebido, com reformas preventivas ou
corretivas de sua deterioração natural.
3.53 Manutenção de posse
Medida pela qual a pessoa é protegida contra violências que lhe perturbam a posse de
coisa corpórea.
3.54 Medida cautelar
Procedimento para prevenir direitos.
3.55 Medida demolitória
Procedimento visando a demolição de benfeitorias ou acessões.
3.56 Mútuo
Empréstimo gratuito ou temporário de coisas fungíveis, mediante condições
preestabelecidas.
3.57 Nua-propriedade
Propriedade limitada ao domínio direto de um imóvel, de que outrem tem o domínio útil.
3.58 Nunciação de obra nova
Denúncia de que a obra em execução prejudica os direitos de seus vizinhos.
3.59 Parecer técnico
Opinião, conselho ou esclarecimento técnico emitido por um profissional legalmente
habilitado sobre assunto de sua especialidade.
3.60 Perda
Prejuízo, privação ou desaparecimento da posse ou da coisa possuída.
3.61 Perícia
Atividade que envolve apuração das causas que motivaram determinado evento ou da
asserção de direitos.
3.62 Perito
Profissional legalmente habilitado pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia, com atribuições para proceder a perícia.
3.63 Posse
Retenção com ou sem fruição de coisa ou direito.
3.64 Prescrição
Perda do direito a uma ação judicial, ou liberação de uma obrigação, por decurso de
tempo, sem que seja exercido por inércia dos interessados.
3.65 Propriedade

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Relação de direito entre a pessoa e a coisa certa e determinada, podendo dela usar, gozar
ou dispor, submetendo-a de maneira absoluta, exclusiva e direta à sua vontade e poder.
Quando a propriedade sofre limitação em alguns de seus direitos elementares em virtude
de ônus real que sobre ela recai, é classificada como propriedade limitada, ou nua-
propriedade.
3.66 Reivindicação
Procedimento para obter o reconhecimento de um direito de propriedade.
3.67 Renda
Fruto produzido pela exploração de bens ou aplicação de capital.
3.68 Renovação de aluguel
Atualização da locação por mais um período, além do contratual.
3.69 Retificação
Correção de alguma coisa tida como eventualmente imperfeita ou inexata.
3.70 Revisão de aluguel
Determinação de novo valor locativo durante a vigência do contrato de locação.
3.71 Servidão
Encargo específico que se impõe a qualquer propriedade em proveito de outrem.
3.72 Unidade imobiliária
Imóvel independente dos demais, com saída para a via pública, diretamente ou por
processo de passagem comum, com designação numérica ou alfabética para efeitos de
identificação e discriminação, ao qual cabe, como parte inseparável, uma fração ideal do
terreno e coisas comuns, quando parte de condomínio.
3.73 Usucapião
Forma de aquisição de domínio, por posse reconhecida em face da legislação.
3.74 Usufruto
Direito real assegurado a alguém de desfrutar, temporariamente, de propriedade alheia.
3.75 Vícios
Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados
aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor.
Podem decorrer de falha de projeto ou de execução, ou ainda da informação defeituosa
sobre sua utilização ou manutenção.
3.76 Vícios redibitórios
Vícios ocultos que diminuem o valor da coisa ou a tornam imprópria ao uso a que se
destina, e que, se fossem do conhecimento prévio do adquirente, ensejariam pedido de
abatimento do preço pago, ou inviabilizariam a compra.

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3.77 Vistoria
Constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos
elementos que o constituem.
4 Condições gerais
4.1 Classificação do objeto quanto à natureza
4.1.1 Imóveis
4.1.1.1 Terrenos
Podem ser:
a) glebas;
b) de uso especial;
c) lotes;
d) outros.
4.1.1.2 Benfeitorias
Podem ser:
a) residenciais;
b) comerciais;
c) industriais;
d) especiais;
e) mistas;
f) outras.
4.1.1.3 Terrenos com benfeitorias
4.1.2 Máquinas e equipamentos
4.1.3 Instalações
4.1.4 Frutos
Podem ser:
a) aluguéis;
b) arrendamentos;
c) explorações;
d) outros.
4.1.5 Direitos
Podem ser:
a) servidões;

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b) usufruto;
c) concessões;
d) comodatos;
e) direitos hereditários;
f) direitos possessórios;
g) outros.
4.1.6 Espécies de perícias
Podem ser:
a) arbitramentos;
b) avaliações;
c) exames;
d) vistorias;
e) outras.
4.1.7 Tipos de ocorrências que envolvem ou podem envolver perícias
Podem ser:
a) ações judiciais;
b) ações administrativas;
c) extrajudiciais.

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4.3 Requisitos
4.3.1 Geral
4.3.1.1 Os requisitos exigidos em uma perícia estão diretamente relacionados com as
informações que possam ser extraídas. Estes requisitos, que medem a exatidão do
trabalho, são tanto maiores quanto menor for a subjetividade contida na perícia.
4.3.1.2 A especificação dos requisitos a priori somente é estabelecida para determinação
do empenho no trabalho pericial e não na garantia de um grau mínimo na sua precisão
final, independendo, portanto, da vontade do perito e/ou do contratante.
4.3.1.3 Os requisitos de uma perícia são condicionados à abrangência das investigações,
à confiabilidade e adequação das informações obtidas, à qualidade das análises técnicas
efetuadas e ao menor grau de subjetividade emprestado pelo perito, sendo estes
aspectos definidos pelos seguintes pontos, quanto:
a) à metodologia empregada;
b) aos dados levantados;
c) ao tratamento dos elementos coletados e trazidos ao laudo;
d) à menor subjetividade inserida no trabalho.
4.3.2 Requisitos essenciais
Um trabalho pericial, cujo desenvolvimento se faz através de metodologia adequada,
deve atender a todos os requisitos essenciais de 4.3.2.1 a 4.3.2.3.
4.3.2.1 O levantamento de dados deve trazer todas as informações disponíveis que
permitam ao perito elaborar seu parecer técnico.
4.3.2.2 A qualidade do trabalho pericial deve estar assegurada quanto à:
a) inclusão de um número adequado de fotografias por cada bem periciado, com exceção
dos casos onde ocorrer impossibilidade técnica;
b) execução de um croqui de situação;
c) descrição sumária dos bens nos seus aspectos físicos, dimensões, áreas, utilidades,
materiais construtivos, etc.;
d) indicação e perfeita caracterização de eventuais danos e/ou eventos encontrados.
4.3.2.3 Nas perícias judiciais torna-se obrigatória a obediência aos requisitos essenciais,
sendo que, no caso de avaliações, devem ser obedecidos ainda os critérios das normas
aplicadas à espécie, salvo no caso de trabalhos de cunho provisório ou quando a situação
assim o obrigar, desde que perfeitamente fundamentado.
4.3.3 Requisitos complementares
4.3.3.1 Com o objetivo de garantir maior abrangência e profundidade ao trabalho
pericial, cujo desenvolvimento ocorre com grande isenção de superficialidade, devem ser

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atendidos, além daqueles descritos em 4.3.2, os requisitos complementares de 4.3.3.2 e


4.3.3.3
4.3.3.2 O conjunto de dados que contribuem para a elaboração do parecer técnico deve
estar expressamente caracterizado, usando-se toda a evidência disponível.
4.3.3.3 A qualidade do trabalho pericial deve estar assegurada quanto à:
a) inclusão de um número ampliado de fotografias, garantindo maior detalhamento por
bem periciado;
b) descrição detalhada dos bens nos seus aspectos físicos, dimensões, áreas, utilidades,
materiais construtivos, etc.;
c) apresentação de plantas individualizadas dos bens, que podem ser obtidas sob forma
de croqui;
d) indicação e perfeita caracterização de eventuais danos e/ou eventos encontrados, com
planta de articulação das fotos perfeitamente numeradas;
e) análise dos danos e/ou eventos encontrados, apontando as prováveis causas e
consequências;
f) juntada de orçamento detalhado e comprovante de ensaios laboratoriais, quando se
fizerem necessários.
4.3.4 Casos especiais
4.3.4.1 Podem ocorrer trabalhos periciais onde prepondera a superficialidade, ou que não
utilizem qualquer instrumento de suporte às conclusões desejadas, não se observando os
requisitos contidos nesta Norma.
4.3.4.2 Esta situação é tolerada em determinadas circunstâncias, onde pode haver a
necessidade de procedimento rápido que possibilite a elaboração do laudo pericial ou
quando as condições gerais assim o permitirem.
4.3.4.3 Nestes casos, em que geralmente as condições não permitem a elaboração de um
laudo pericial cujos requisitos sejam atendidos, é admitida a apresentação do trabalho
sumário, objetivando uma informação preliminar sem maiores detalhamentos.
4.3.4.4 Também enquadram-se, nestes casos, todos os trabalhos periciais cujo
desenvolvimento não atingiu os requisitos descritos em 4.3.2 e 4.3.3.
4.3.4.5 Exige-se, inclusive nestes casos, o atendimento às demais disposições desta
Norma, em particular ao disposto em 1.2.
4.3.5 Condições a serem observadas
4.3.5.1 Ao perito é obrigatório a especificação, em qualquer parte do laudo pericial, dos
requisitos obedecidos, sejam eles essenciais ou complementares, devendo apresentar
justificativa fundamentada nas hipóteses em que isto não ocorrer (casos especiais).
4.3.5.2 No caso de perícias que envolvam avaliação ou arbitramento, cujo fundamento
seja a determinação de valor, os requisitos devem obedecer aos níveis de rigor previstos

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nas normas específicas editadas pela ABNT, mantida a obrigatoriedade determinada em


4.3.2.3.

4.4 Competência profissional


A realização de perícias de engenharia na construção civil é matéria eminentemente
técnica e de exclusiva competência de peritos e assistentes técnicos nos termos da
legislação vigente.
4.5 Objeto da perícia
Identificar o objeto da perícia a partir dos elementos de cadastro físico, da vistoria, do
exame, da avaliação ou do arbitramento.
4.6 Objetivo da perícia

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O objetivo é definir a finalidade a que se destina a perícia, de sorte a estabelecer o grau


de detalhamento das atividades a serem desenvolvidas e do laudo, ou segundo
informação de quem o tenha solicitado.
5 Condições específicas
5.1 Atividades básicas
Correspondem às seguintes etapas:
a) vistoria e/ou exame do objeto da perícia;
b) diagnóstico dos itens objeto da perícia;
c) coleta de informações;
d) escolha e justificativa dos métodos e critérios periciais;
e) análise das ocorrências e elementos periciais;
f) soluções e propostas, quando possível e/ou necessário;
g) considerações finais e conclusões.
5.2 Vistoria
A vistoria deve proporcionar elementos para o prescrito em 5.2.1 a 5.2.7.
5.2.1 Caracterização da região
A caracterização da região compreende:
a) caracterização física: relevo, solo, subsolo, ocupação, meio ambiente e outros;
b) melhoramentos públicos: vias de acesso, urbanização e infra-estrutura urbana;
c) equipamentos e serviços comunitários: transporte coletivo, rede bancária,
comunicações, correios, coleta de lixo, comércio, combate a incêndio, segurança, saúde,
ensino e cultura, lazer, recreação e outros;
d) potencial de aproveitamento: parcelamento e uso do solo, restrições físicas, legais e
socioeconômicas de uso e outros.
5.2.2 Caracterização do imóvel e de seus elementos
5.2.2.1 Imóvel
A caracterização do imóvel compreende:
a) localização e identificação do bairro, logradouro(s), número(s), acessos e elementos de
cadastro legais e fiscais;
b) equipamento urbano, serviços e melhoramentos públicos;
c) ocupação e/ou utilização legal e real, prevista e atual, adequada à região.
5.2.2.2 Terreno

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A caracterização do terreno compreende perímetro, relevo, forma geométrica,


características de solo e subsolo, dimensões, área e confrontantes.
5.2.2.3 Benfeitorias
A caracterização das benfeitorias compreende:
a) construções: descrição, compreendendo classificação; características da construção,
com ênfase para fundações, estrutura, vedações, cobertura e acabamentos;
quantificação, abrangendo número de pavimentos e/ou dependências, dimensões, áreas,
idade real e/ou aparente e estado geral de conservação;
b) instalações, equipamentos e tratamentos: compreendendo as instalações mecânicas,
eletromecânicas e eletrônicas de ar-condicionado; elétricas e hidráulicas, de gás; de lixo;
equipamentos de comunicação interna e externa de sonorização, tratamento acústico e
outros.
5.2.3 Constatação de danos
Caracterizar, classificar e quantificar a extensão de todos os danos observados; as
próprias dimensões dos danos definem a natureza das avarias, qualquer que seja a
nomenclatura (fissura, trinca, rachadura, brecha, fenda, etc.).
5.2.4 Condições de estabilidade do prédio
Qualquer anormalidade deve ser assinalada e adequadamente fundamentada.
5.2.5 Fotografias
5.2.5.1 Documentar a vistoria com fotografias esclarecedoras, em tamanho adequado,
gerais e/ou detalhadas.
5.2.5.2 As fotografias devem ser numeradas correspondentemente ao detalhe que se
quer documentar e, sempre que possível, datadas pelos profissionais envolvidos no
trabalho.
5.2.6 Plantas do prédio
Sempre que possível, devem ser obtidas plantas ou elaborados croqui do terreno, do
prédio e das instalações, inclusive de detalhes, de acordo com a natureza e objetivo da
perícia.
5.2.7 Subsídios esclarecedores
Documentos adicionais podem ser anexados, sempre que a natureza da perícia assim
exigir, tais como:
a) gráficos de avarias progressivas;
b) resultados de sondagens do terreno;
c) gráficos de recalques;
d) cópia de escritura;
e) outros.

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5.3 Exame
Aplicam-se todas as condições constantes em 5.2, considerando-se as peculiaridades de
uma perícia a ser realizada em coisas, móveis ou semoventes.
5.4 Avaliação ou arbitramento
As condições específicas da perícia a serem adotadas, quando o objetivo é a
determinação do valor, encontram-se explicitadas nas Normas Brasileiras específicas,
aplicadas à espécie.
6 Apresentação de laudos
6.1 A apresentação de laudos deve obedecer às prescrições desta Norma.
6.2 Na apresentação de laudos deve constar, obrigatoriamente, o seguinte:
a) indicação da pessoa física ou jurídica que tenha contratado o trabalho e do proprietário
do bem objeto da perícia;
b) requisitos atendidos na perícia conforme 4.3;
c) relato e data da vistoria, com as informações relacionadas em 5.2;
d) diagnóstico da situação encontrada;
e) no caso de perícias de cunho avaliatório, pesquisa de valores, definição da
metodologia, cálculos e determinação do valor final;
f) memórias de cálculo, resultados de ensaios e outras informações relativas à seqüência
utilizada no trabalho pericial;
g) nome, assinatura, número de registro no CREA e credenciais do perito de engenharia.
6.3 As perícias de engenharia na construção civil devem ser acompanhadas da ART
(Anotação de Responsabilidade Técnica), conforme estabelece a Lei nº 6496/77.

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3 - SOBRE O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é obrigatório o respeito às


normas técnicas brasileiras elaboradas pela ABNT, e sua desobediência corresponde a
uma infração, ensejando as sanções cabíveis.
A falta de observação das normas, bem como deficiências no material e na mão-de-obra,
aliadas à eventual negligência dos construtores, podem ocasionar vícios e defeitos
construtivos.
Vícios construtivos são anomalias da construção; vícios por inadequação de qualidade
prometida ou esperada, ou de quantidade, são falhas que tornam o imóvel impróprio
para o uso ou lhe diminuem o valor. Isso acontece em casos específicos. Por exemplo, um
pequeno defeito na pintura, alguma pequena1 falha no rejuntamento de azulejos, uma
esquadria mal regulada, entre muitos outros, nem tornam o imóvel impróprio para uso e
nem lhe diminuem o valor.
Defeitos são falhas que fazem com que o fornecimento de produtos ou serviços afetem
ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor. Os vícios e os defeitos podem
ser aparentes ou ocultos. Vícios ou defeitos aparentes são os de fácil constatação, que
podem ser notados quando da entrega do imóvel. Os demais são os vícios ocultos que
diminuem, ao longo do tempo, o valor da coisa ou a tornam imprópria ao uso a que se
destina. Se o consumidor, na aquisição do serviço ou produto, tivesse conhecimento do
vício oculto, poderia pleitear abatimento no preço ou desistir da compra. Vale ressaltar
que, de acordo com o Artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, somente é possível
ao consumidor pleitear abatimento do preço ou desistir da compra no caso da existência
de vícios que tornem o imóvel impróprio para o uso ou diminuam o valor, respeitadas as
variações decorrentes da natureza do produto, no caso, imóvel construído, e desde que o
consumidor tenha exigido a reparação do vício e o mesmo não tenha sido sanado no
prazo entre 7 e 180 dias, conforme pactuado entre as partes.
Danos são as conseqüências dos vícios e defeitos que, na construção civil, afetam a
própria obra, ou o imóvel vizinho, ou os bens, ou as pessoas nele situados, ou ainda a
terceiros (transeuntes e outros).
A partir da entrega do imóvel (chaves), de modo geral, o consumidor tem 90 dias para
reclamar do vício ou defeito. Quando for o caso de vícios ou defeitos de fácil constatação,
o consumidor tem 90 dias, após a entrega da obra, para reclamar. Quando se trata de
vício ou defeito oculto, os 90 dias começam a correr a partir do momento em que tal falha
é constatada. No caso de vícios, esse prazo de 90 dias após constatada a imperfeição
oculta pode ser utilizado até o último dia do quinto ano contado a partir da data da
entrega da obra. Já para o defeito (que afeta a solidez e a segurança da obra ou a saúde
do morador), esse prazo se estende até 20 anos. Entende-se aqui entrega da obra como
entrega das chaves ao consumidor, e não o “habite-se”.

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Porém, esse prazo de 90 dias se interrompe com “a reclamação comprovadamente


formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e/ou serviços até a
resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca” (art.
26, II, parágrafo 2º do CDC). Portanto aconselha-se que esta reclamação seja registrada
em Cartório de Títulos e Documentos.
O construtor (executor da obra) tem responsabilidade pela reparação dos danos
causados, independentemente da existência de culpa; basta haver relação de causa e
efeito entre o dano causado e o defeito ou vício que originou esse dano.
O engenheiro (responsável pela obra) responde apenas se a culpa dele restar provada. A
culpa é definida pelo artigo 159 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano.”
Nesse caso, a reparação dos danos causados
d exige que se prove que houve ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência. O profissional liberal (engenheiro) está
sob o regime em que a culpa deve ser provada.
O consumidor, assim entendido como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final (art. 2º do CDC), deve receber o “Manual de
Uso e Manutenção” do empreendimento, bem como as plantas com a colocação correta
dos pontos e das tubulações de luz e de água e receber as informações necessárias nos
casos omissos ou duvidosos (CDC e a norma NB-578 da ABNT de julho de 1989).
Uma vez de posse desses documentos, o consumidor torna-se responsável pelo uso e
manutenção correta do imóvel. Caso não siga as instruções recebidas e disso decorrer
algum dano ao imóvel, ele não poderá reclamar, já que usou o imóvel indevidamente.
É exemplo disso furar uma parede por onde passa um cano d´água, constante da planta
do prédio recebida pelo consumidor. Porém, se a planta estiver errada e o cano não
passar pelo local indicado, a responsabilidade é do construtor, que forneceu a informação
errada.
Por outro lado, recomenda-se que as modificações ou reformas de grande monta
(instalações hidráulicas, por exemplo) que serão efetuadas após a entrega do imóvel ao
usuário também integrem o rol dos documentos acima citados, com a discriminação de
seu responsável, preferencialmente com a análise prévia do engenheiro ou construtor do
imóvel, a fim de assegurar que as modificações pleiteadas não interfiram ou prejudiquem
o mesmo.
De acordo com o art. 17 do CDC, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do
evento. Isto quer dizer que se alguém estiver passando na rua e for vítima de algum
material caído da obra, deve ser indenizado, independentemente da culpa do construtor
e como se fosse um consumidor.
(Vitório, 2003)

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4 - NBR 5674:2012 – MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES – REQUISITOS


PARA O SISTEMA DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO

Introdução
A manutenção de edificações é um tema cuja importância supera, gradualmente, a
cultura de se pensar o processo de construção limitado até o momento quando a
edificação é entregue e entra em uso.
As edificações são suporte físico para a realização direta ou indireta de todas as
atividades produtivas e possuem, portanto, um valor social fundamental. Todavia, as
edificações apresentam uma característica que as diferencia de outros produtos: elas são
construídas para atender a seus usuários durante muitos anos, e ao longo deste tempo
f
de serviço devem apresentar condições adequadas ao uso a que se destinam, resistindo
aos agentes ambientais e de uso que alteram suas propriedades técnicas iniciais.
É inviável, sob o ponto de vista econômico, e inaceitável, sob o ponto de vista ambiental,
considerar as edificações como produtos descartáveis, passíveis da simples substituição
por novas construções quando os requisitos de desempenho atingem níveis inferiores
àqueles exigidos pela ABNT NBR 15575 (Partes 1 a 6). Isto exige que a manutenção das
edificações seja levada em conta tão logo elas sejam colocadas em uso.
A omissão em relação à necessária atenção para a manutenção das edificações pode ser
constatada nos frequentes casos de edificações retiradas de serviço muito antes de
cumprida a sua vida útil projetada (VUP), causando muitos transtornos aos seus usuários
e um sobrecusto intensivo dos serviços de recuperação ou construção de novas
edificações.
Significando custo relevante na fase de uso da edificação, a manutenção não pode ser
feita de modo improvisado, esporádico ou casual. Ela deve ser entendida como um serviço
técnico perfeitamente programável e como um investimento na preservação do valor
patrimonial.
A elaboração e a implantação de um programa de manutenção corretiva e preventiva
nas edificações, além de serem importantes para a segurança e qualidade de vida dos
usuários, são essenciais para a manutenção dos níveis de desempenho ao longo da vida
útil projetada.
Para atingir maior eficiência e eficácia na administração de uma edificação ou de um
conjunto de edificações, é necessária uma abordagem fundamentada em procedimentos
organizados em um sistema na gestão da manutenção, segundo uma lógica de controle
de qualidade e de custo.

Muito importante essa introdução!

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Podemos perceber, claramente, a importância da manutenção para a própria sustentabilidade do


planeta, além da segurança dos usuários.
A manutenção significa, também, um custo alto na vida útil projetada (VUP), e deve ser corretiva e
preventiva.
A gestão do sistema de manutenção inclui meios para:
a) preservar as características originais da edificação;
b) prevenir a perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou
componentes;

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 14037
e ABNT NBR 15575-1 e os seguintes. 1
3.1 edificação
produto constituído de um conjunto de sistemas, elementos ou componentes
estabelecidos e integrados em conformidade com os princípios e técnicas da engenharia
e da arquitetura
3.2 empresa capacitada
organização ou pessoa que tenha recebido capacitação, orientação e responsabilidade
de profissional habilitado e que trabalhe sob responsabilidade de profissional habilitado
3.3 empresa especializada
organização ou profissional liberal que exerce função na qual são exigidas qualificação e
competência técnica específicas
3.4 equipe de manutenção local
pessoas que realizam diversos serviços, tenham recebido orientação e possuam
conhecimento de prevenção de riscos e acidentes
3.5 previsão orçamentária
documento contendo a estimativa de custo para a realização dos serviços previstos no
programa de manutenção
3.6 serviço de manutenção
intervenção realizada na edificação e seus sistemas, elementos ou componentes
constituintes
3.7 sistema de manutenção
conjunto de procedimentos organizados para gerenciar os serviços de manutenção
4 Requisitos para a manutenção
4.1 Organização

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4.1.1 A gestão do sistema de manutenção deve considerar as características das


edificações, como:
a) tipologia da edificação;
b) uso efetivo da edificação;
c) tamanho e complexidade da edificação e seus sistemas;
d) localização e implicações do entorno da edificação.
4.1.2 A manutenção deve ser orientada por um conjunto de diretrizes que:
a) preserve o desempenho previsto em projeto ao longo do tempo, minimizando a
depreciação patrimonial;
b) estabeleça as informações pertinentes e o fluxo da comunicação;
c) estabeleça as incumbências e autonomia
2 de decisão dos envolvidos.
4.1.3 Na organização da gestão do sistema de manutenção deve ser prevista
infraestrutura material, técnica, financeira e de recursos humanos, capaz de atender aos
diferentes tipos de manutenção necessários, a saber:
a) manutenção rotineira, caracterizada por um fluxo constante de serviços, padronizados
e cíclicos, citando-se, por exemplo, limpeza geral e lavagem de áreas comuns;
b) manutenção corretiva, caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção
imediata a fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas, elementos ou
componentes das edificações, ou evitar graves riscos ou prejuízos pessoais e/ou
patrimoniais aos seus usuários ou proprietários; e
c) manutenção preventiva, caracterizada por serviços cuja realização seja programada
com antecedência, priorizando as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade
esperada dos sistemas, elementos ou componentes das edificações em uso, gravidade e
urgência, e relatórios de verificações periódicas sobre o seu estado de degradação.
4.1.4 A gestão do sistema de manutenção deve promover a realização coordenada dos
diferentes tipos de manutenção das edificações.
4.1.5 O programa de manutenção deve especificar se os serviços devem ser realizados
por empresa capacitada, empresa especializada ou equipe de manutenção local,
conforme 3.2 a 3.4.
4.1.6 Recomenda-se que os indicadores de eficiência da gestão do sistema de
manutenção sejam periodicamente avaliados e estabelecidos, de forma a contemplar os
seguintes parâmetros a serem adaptados em função da complexidade do
empreendimento:
a) atendimento ao desempenho das edificações e de seus sistemas conforme descrito na
ABNT NBR 15575 (Partes 1 a 6);
b) prazo acordado entre a observação da não conformidade e a conclusão de serviço de
manutenção;

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c) tempo médio de resposta às solicitações dos usuários e intervenções de emergência;


d) periodicidade das inspeções prediais de uso e manutenção estabelecidas no manual de
operação, uso e manutenção da edificação;
e) registros das inspeções, conforme 7.2.
NOTA Dependendo do empreendimento outros parâmetros podem ser utilizados.

caracterizada por um fluxo constante de serviços,


MANUTENÇÃO ROTINEIRA padronizados
6 e cíclicos, citando-se, por exemplo,
limpeza geral e lavagem de áreas comuns

caracterizada por serviços que demandam ação ou


intervenção imediata a fim de permitir a
continuidade do uso dos sistemas, elementos ou
MANUTENÇÃO CORRETIVA
componentes das edificações, ou evitar graves
riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos
seus usuários ou proprietários

caracterizada por serviços cuja realização seja


programada com antecedência, priorizando as
solicitações dos usuários, estimativas da
MANUTENÇÃO PREVENTIVA durabilidade esperada dos sistemas, elementos ou
componentes das edificações em uso, gravidade e
urgência, e relatórios de verificações periódicas
sobre o seu estado de degradação

A manutenção periódica e planejada, que é de responsabilidade dos proprietários, usuários e


gestores, além de mais barata que o reparo, evita outros tipos de problemas, como a
responsabilidade criminal e civil, de acordo com a Norma NBR 5674 - Manutenção de Edificações.
Se a manutenção não for feita, a vida útil pode não ser atingida, e isso configura culpa da vítima,
que, segundo o próprio Código de Defesa do Consumidor, exclui a responsabilidade do construtor.
RESULTADOS ESPERADOS
Eliminar
 A insegurança legal, devido ao não atendimento à NBR 5674;
 A paralisação da operação, devido a serviços negligentes;
 Prejuízos e até acidentes, devido à falta de orientação e qualificação dos envolvidos;
 Os gastos não previstos.
Reduzir

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 As manutenções corretivas emergenciais;


 O colapso e a deterioração precoce dos sistemas;
 Os conflitos internos.
Criar / Fornecer
 A gestão dos processos;
 Histórico do imóvel e seus sistemas;
 Segurança das informações;
 Valor ao patrimônio.
Elevar
 A confiabilidade dos sistemas;
 A sustentabilidade do empreendimento;
 A vida útil.

http://www.ibape-sp.org.br/arquivos/CARTILHA-Inspecao-predial-a-saude-dos-edif%C3%ADcios.pdf

Os dados apresentados remetem a uma conclusão: há meios de se diminuir o colapso e a


deterioração precoce das edificações. É necessário implementar um sistema de manutenção predial
e realizar avaliações periódicas das condições técnicas, de uso e de manutenção dos edifícios.
Justamente esta avaliação ou diagnóstico da edificação é denominada inspeção predial ou vistoria
do check-up. É preventiva, diminui risco de acidentes prediais, auxilia no direcionamento de
investimentos na edificação e nas adequações do plano de manutenção.
A inspeção predial é atividade que possui norma e método próprios. Classifica as deficiências
constatadas na edificação com visão sistêmica, aponta o grau de risco observado para cada uma
delas e gera lista de prioridades técnicas com orientações ou recomendações para sua correção.

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4.2 Conteúdo básico do relatório de inspeção


4.2.1 As inspeções devem ser feitas atendendo aos intervalos constantes do manual
elaborado conforme a ABNT NBR 14037 e do programa de manutenção de cada
edificação.
4.2.2 As inspeções devem ser realizadas por meio de modelos elaborados e ordenados de
forma a facilitar os registros e sua recuperação, considerando:
a) um roteiro de inspeções dos sistemas, subsistemas, elementos, equipamentos e
componentes da edificação;
b) as formas de manifestação esperadas da degradação natural dos sistemas,
subsistemas, elementos e equipamentos ou componentes da edificação associadas à sua
vida útil, conforme indicações do manual e que resultem em risco à saúde e segurança
dos usuários;
c) as solicitações e reclamações dos usuários ou proprietários.
4.2.3 Os relatórios das inspeções devem:
a) descrever a degradação de cada sistema, subsistema, elemento ou componente e
equipamento da edificação;
b) apontar e, sempre que possível, estimar a perda do seu desempenho;
c) recomendar ações para minimizar os serviços de manutenção corretiva; e
d) conter prognóstico de ocorrências.

O que seria prognóstico de ocorrências?

Vou trazer a definição relacionada à medicina:


Prognóstico, em medicina, é conhecimento ou juízo antecipado, prévio, feito pelo médico,
baseado necessariamente no diagnóstico médico e nas possibilidades terapêuticas,
segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma
doença ou quadro clínico sob seu cuidado ou orientação. É predição médica de como
doença x paciente irá evoluir, e se há e quais são as chances de cura.
Estudos de prognóstico são indispensáveis tanto para a equipe médica quanto para os
pacientes, pois podem levar a decisões importantes sobre o curso de cada tratamento e
procedimento relevante à qualidade de vida e às tomadas de decisões. É de se anotar,
imperativamente, que um prognóstico só é levado a efeito, pois proferido, com base em
necessário e suficiente diagnóstico médico do caso, da situação, como ao momento do

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exame se apresenta. Não há, pois, credível prognóstico sem diagnóstico, o que, em
qualquer caso, seria temeridade.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Progn%C3%B3stico

Engenharia inspirada na medicina


No ramo da medicina a patologia envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica,
e é devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e
dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a doenças modificadoras do sistema. Todas
as doenças têm causa (ou causas) que age(m) por determinados mecanismos, os quais
produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em
alterações funcionais do organismo ou parte dele, produzindo sintomas.
Na fase de estudos, cabe buscar novos meios para evitar as doenças ou a sua propagação.
A esta ação denomina- se "profilaxia" (do grego, prophýlaxis = cautela).
Foi exatamente este panorama vindo da medicina que inspirou engenheiros civis a
passarem a usar termos da medicina na engenharia civil, sendo atualmente muitos deles
já consagrados e usados inclusive em livros adotados nos cursos de graduação em
engenharia civil em todo o mundo. Este intercâmbio de terminologias vem das
similaridades dos objetos de estudo destes dois tradicionais campos de formação, o ser
humano e a edificação.

É fácil traçar um paralelo e entender que o esqueleto humano compara-se à estrutura do


edifício (figura 1), onde a musculatura se assemelharia às
alvenarias, a pele poderia ser comparada aos revestimentos, o sistema circulatório seria
como as instalações elétricas, de gás, esgoto e água potável, enquanto que o aparelho

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respiratório seria o sistema de ventilação (janelas, ar-condicionado, sistemas de exaustão


etc.).
As similaridades não param por aí. Quando uma estrutura apresenta problemas, é
comum fazer uma recuperação por meio de reparos, e isso poderia ser comparado ao
remédio receitado na medicina (figura 2). Neste momento entra-se em um dos pontos
fortes de discussão deste trabalho, pois o médico não receita um medicamento sem saber
a doença e suas causas, além de solicitar alguns exames comprobatórios ao paciente
sobre estes tópicos, quando necessário.

http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/174/patologia-das-construcoes-uma-especialidade-na-
engenharia-civil-285892-1.aspx

Depois dessa comparação com a medicina, temos que Prognóstico é uma previsão baseada em fatos
ou dados reais e atuais, que pode indicar o provável estágio futuro de um processo.
Em suma, o prognóstico é todo o resultado que é tido como uma hipótese ou probabilidade, ou seja,
algo que pode acontecer devido as circunstâncias observadas no presente.
https://www.significados.com.br/prognostico/

4.3 Programa de manutenção


4.3.1 O programa consiste na determinação das atividades essenciais de manutenção,
sua periodicidade, responsáveis pela execução, documentos de referência, referências
normativas e recursos necessários, todos referidos individualmente aos sistemas e,
quando aplicável, aos elementos, componentes e equipamentos.
O programa de manutenção deve ser atualizado periodicamente.
4.3.2 O programa de manutenção deve considerar projetos, memoriais, orientação dos
fornecedores e manual de uso, operação e manutenção (quando houver), além de
características específicas, como:

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a) tipologia, complexidade e regime de uso da edificação;


b) sistemas, materiais e equipamentos;
c) idade das edificações;
d) expectativa de durabilidade dos sistemas, quando aplicável aos elementos e
componentes, devendo atender à ABNT 15575 quando aplicável;
e) relatórios das inspeções, constando comparativos entre as metas previstas e as metas
efetivas, tanto físicas como financeiras;
f) relatórios das inspeções constando as não conformidades encontradas;
g) relatórios das inspeções sobre as ações corretivas e preventivas;
h) solicitações e reclamações dos usuários ou proprietários;
i) histórico das manutenções realizadas;
j) rastreabilidade dos serviços;
k) impactos referentes às condições climáticas e ambientais do local da edificação;
l) escala de prioridades entre os diversos serviços; e
m) previsão financeira.
4.3.3 O programa deve pelo menos conter uma sistematização ou estrutura que
contemple:
a) designação do sistema, quando aplicável aos elementos e componentes;
b) descrição da atividade;
c) periodicidade em função de cada sistema, quando aplicável aos elementos e
componentes, observadas as prescrições do projeto ou as especificações técnicas;
d) identificação dos responsáveis;
e) documentação referencial e formas de comprovação;
f) modo de verificação do sistema; e
g) custo.
4.3.4 Esta Norma apresenta modelos de sistematização das atividades de manutenção a
serem realizadas, e que são normalmente citadas no Manual do Proprietário e no Manual
das Áreas Comuns entregues ao proprietário, atendendo à ABNT NBR 14037.
4.3.5 O Anexo A apresenta exemplos de modelos não restritivos para a elaboração do
programa de manutenção preventiva. Contém sugestões com indicações de sistemas,
para a periodicidade a ser ajustada em função das indicações dos projetos ou
especificações técnicas.
5 Requisitos para o planejamento anual das atividades
5.1 Considerações

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O planejamento anual dos serviços de manutenção deve ser estabelecido de forma a


considerar:
a) prescrições e especificações técnicas para as edificações;
b) disponibilidade de recursos humanos;
c) disponibilidade de recursos financeiros, incluindo previsão de contingência;
d) sequência racional e duração das atividades;
e) cronograma físico x financeiro;
f) necessidades de haver desenhos, incluindo seus detalhes;
g) procedimentos de execução ou referência às normas técnicas e legislação;
h) especificações detalhadas dos insumos e materiais;
i) manutenibilidade;
j) dispositivos de sinalização e proteção dos usuários;
k) previsão de acessos seguros a todos os locais da edificação onde sejam realizadas
inspeções e atividades de manutenção;
l) minimização de interferência nas condições de uso normal da edificação durante a sua
execução.
5.2 Previsão orçamentária anual
O sistema de manutenção deve possuir mecanismos capazes de prever os recursos
financeiros necessários para a realização dos serviços de manutenção em período futuro
definido.
As previsões orçamentárias devem incluir uma reserva de recursos destinada à realização
de serviços de manutenção corretiva.
As previsões orçamentárias devem ser flexíveis, de modo a assimilar uma margem de erro
em estimativas físicas, de custos.
As previsões orçamentárias devem expressar claramente a relação custo x benefício dos
serviços de manutenção, devendo constar em ata as deliberações sobre a realização ou
não destas intervenções.
6 Requisitos para controle do processo de manutenção
6.1 Orçamento e contratação dos serviços de manutenção
6.1.1 Os orçamentos dos serviços de manutenção devem conter:
a) dados do cliente;
b) escopo dos serviços ou objeto;
c) descrição de cada atividade, com os respectivos prazos;

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d) especificações técnicas de execução e de manutenção futura, desenhos, cálculos ou


projetos, quando aplicável;
e) condições comerciais, valor, forma de pagamento e validade da pro posta;
f) responsabilidades legais e obrigações de cada parte, incluindo o atendimento à
legislação pertinente quanto à segurança do trabalho;
g) indicação do responsável técnico pela atividade, quando aplicável;
h) garantias e exclusões;
i) previsão de seguros, se aplicável.
6.1.2 Para a avaliação das propostas, recomenda-se observar:
a) qualificação da empresa ou profissional em termos de capacidade técnica, recursos
humanos e equipamentos necessários ao desenvolvimento dos serviços;
b) experiência da empresa ou profissional na área, incluindo a menção de outros serviços
em andamento ou já concluídos, e o eventual fornecimento de acervo técnico;
c) referências de outros clientes;
d) proposta técnica apresentada, incluindo atendimento às normas aplicáveis e
legislação;
e) habilitação jurídica, regularidade fiscal, idoneidade e capacidade financeira da
empresa ou profissional, avaliadas em relação ao porte de serviço contratado; e
f) prazo para a execução, preço, condições de pagamento, cronograma físico-financeiro
com base no contrato;
6.2 Meios de controle
6.2.1 Antes do início dos serviços o executante deve providenciar:
a) meios que assegurem condições necessárias à realização segura dos serviços de
manutenção;
b) meios que protejam os usuários das edificações de eventuais danos ou prejuízos
decorrentes da execução dos serviços de manutenção;
c) delimitações, informações e sinalização de advertência aos usuários sobre eventuais
riscos.
6.2.2 Durante a realização dos serviços de manutenção, todos os sistemas de segurança
da edificação devem permanecer em funcionamento ou, se necessário, devem ser
previstos sistemas alternativos.
6.2.3 Não é permitida a obstrução, mesmo que temporária ou parcial, das saídas de
emergência. Caso seja necessária, é imprescindível criar rotas ou providências
compatíveis que devem ser implementadas, antes da obstrução.
6.2.4 A execução deve seguir o cronograma físico-financeiro.

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6.2.5 Caso os serviços resultem em mudança de características técnicas da edificação, o


memorial descritivo, as especificações, os respectivos projetos e o manual de uso,
operação e manutenção da edificação devem ser adequados.
6.2.6 Durante a realização dos serviços, devem ser implementados controles a fim de
garantir o cumprimento dos requisitos legais, de qualidade, custo e prazo, observadas as
condições contratuais.
7 Requisitos para a documentação
7.1 Generalidades
A estrutura de documentação e registro de informações deve ser concebida para
propiciar evidências da gestão do programa da manutenção, custo x benefício na
realização dos serviços de manutenção, redução da incerteza no planejamento, projeto e
execução dos serviços de manutenção e auxílio no programa e no planejamento de
serviços futuros.
A documentação do programa de manutenção deve incluir:
a) manual de uso, operação e manutenção das edificações conforme ABNT NBR 14037;
b) manual dos fornecedores dos equipamentos e serviços;
c) programa da manutenção;
d) planejamento da manutenção contendo o previsto e o efetivo, tanto do ponto de vista
cronológico quanto financeiro;
e) contratos firmados;
f) catálogos, memoriais executivos, projetos, desenhos, procedimentos executivos dos
serviços de manutenção e propostas técnicas;
g) relatório de inspeção;
h) documentos mencionados na ABNT NBR 14037:2011, Anexo A, em que devem constar
a qualificação do responsável e os comprovantes da renovação;
i) registros de serviços de manutenção realizados;
j) ata das reuniões de assuntos afetos à manutenção;
k) documentos de atribuição de responsabilidade de serviços técnicos.
7.2 Fluxo da documentação
O condomínio deve dispor de um fluxo, escrito e aprovado, de documentação.
Esta Norma recomenda que sejam seguidas as fases indicadas na Figura 1.
As deliberações referentes à documentação descrita na Figura 1 devem constar na ata do
condomínio.

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(NBR 5674:2012 – Manutenção de Edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção, 2012)

7.3 Registros
Devem ser mantidos registros legíveis e disponíveis para prover evidências da efetiva
implementação do programa de manutenção, do planejamento, das inspeções e da
efetiva realização das manutenções.
Recomenda-se que cada registro contenha:
a) identificação;
b) funções dos responsáveis pela coleta dos dados que compõem o registro;
c) estabelecimento da forma de arquivamento do registro;
d) estabelecimento do período de tempo pelo qual o registro deve ficar armazenado,
assegurando sua integridade.
A organização e a coleta de dados devem ser registradas de forma a indicar os serviços
de manutenção preventiva e corretiva, bem como alterações realizadas.
7.4 Arquivo
Toda a documentação dos serviços de manutenção executados deve ser arquivada como
parte integrante do manual de uso, operação e manutenção da edificação, ficando sob a
guarda do responsável legal (proprietário ou síndico).
Toda esta documentação, quando solicitada, deve ser prontamente recuperável e estar
disponível aos proprietários, condôminos, construtor/incorporador e contratado, quando
pertinente.

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Quando houver troca do responsável legal (proprietário ou síndico), toda a


documentação deve ser formalmente entregue ao sucessor.
7.5 Indicadores gerenciais
É recomendado que o sistema de gestão da manutenção disponha de indicadores de
eficiência com a finalidade de avaliar:
a) a relação entre custo e tempo estimados e efetivamente realizados;
b) a taxa de sucesso das intervenções, medida pela incidência de retrabalho necessário;
c) a relação ao longo do tempo do custo x benefício gerado pelas manutenções;
d) a preservação do valor da edificação ao longo de sua vida útil.
8 Incumbências ou encargos
8.1 O proprietário de uma edificação, o síndico ou a empresa terceirizada responsável
pela gestão da manutenção deve atender a esta Norma, às normas técnicas aplicáveis e
ao manual de uso, operação e manutenção da edificação.
8.2 O proprietário de uma edificação ou o condomínio deve fazer cumprir e prover os
recursos para o programa de manutenção preventiva das áreas comuns.
8.3 O construtor ou incorporador deve entregar ao proprietário do imóvel o manual de
uso, operação e manutenção da edificação que atende à ABNT NBR 14037.
8.4 No caso de propriedade condominial, os condôminos respondem individualmente
pela manutenção das partes autônomas e solidariamente pelo conjunto da edificação, de
forma a atender ao manual de uso, operação e manutenção de sua edificação.
8.5 O proprietário ou o síndico pode delegar a gestão da manutenção da edificação à
empresa ou profissional contratado.
8.6 A empresa ou o profissional deve responder pela gestão do sistema de manutenção
da edificação, ficando sob sua incumbência:
a) assessorar o proprietário ou o síndico nas decisões que envolvam a manutenção da
edificação, inclusive sugerir a adaptação do sistema de manutenção e planejamento
anual das atividades, conforme indicado nas Seções 4 e 5;
b) providenciar e manter atualizados os documentos e registros da edificação e fornecer
documentos que comprovem a realização dos serviços de manutenção, como contratos,
notas fiscais, garantias, certificados etc;
c) implementar e realizar as verificações ou inspeções previstas no programa de
manutenção preventiva;
d) elaborar as previsões orçamentárias;
e) supervisionar a realização dos serviços de acordo com as Normas Brasileiras, projetos
e orientações do manual de uso, operação e manutenção da edificação que atenda à
[ABNT NBR 14037];

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f) orçar os serviços de manutenção;


g) assessorar o proprietário ou o síndico na contratação de serviços de terceiros para a
realização da manutenção da edificação;
h) estabelecer e implementar uma gestão do sistema dos serviços de manutenção,
conforme esta Norma;
i) orientar os usuários sobre o uso adequado da edificação em conformidade com o
estabelecido no manual de uso, operação e manutenção da edificação;
j) orientar os usuários para situações emergenciais, em conformidade com o manual de
uso, operação e manutenção da edificação.

A NBR 5674/2012 traz, também, em seus anexos, um modelo para a elaboração do programa de
manutenção preventiva com sugestão das inspeções ou verificações para um edifício hipotético e
outro, com uma lista possível dos principais registros, a qual pode variar de edifício para edifício,
que convém que estejam disponíveis no condomínio, constituindo evidências de que as atividades
de manutenção foram levadas a efeito. No Anexo C, apresenta exemplos de modelos informativos
para as verificações e seus registros.

5 - IBAPE NACIONAL – NORMA DE INSPEÇÃO PREDIAL NACIONAL


https://ibape-nacional.com.br/biblioteca/category/normas-estudos-tecnicos/

A ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas disponibilizou à sociedade texto normativo


voltado à Manutenção de Edificações, ABNT NBR 5674. Verifica-se, entretanto, lacuna não
preenchida com esta Norma quanto à avaliação técnica da qualidade da manutenção e sua
aplicação direta na gestão patrimonial.
A Inspeção Predial é ferramenta que propicia esta avaliação sistêmica da edificação. Elaborada por
profissionais habilitados e devidamente preparados, classifica não conformidades constatadas na
edificação quanto a sua origem, grau de risco e indica orientações técnicas necessárias à melhoria
da Manutenção dos sistemas e elementos construtivos.

5.1 - INSPEÇÃO PREDIAL

É a análise isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção da edificação.

5.2 - NÍVEL DE INSPEÇÃO PREDIAL

Classificação da inspeção predial quanto a sua complexidade e elaboração de laudo, consideradas


as características técnicas da edificação, manutenção e operação existentes e necessidade de

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formação de equipe multidisciplinar para execução dos trabalhos. Os níveis de inspeção predial
podem ser classificados em nível 1, nível 2 e nível 3.

5.3 - TIPOS DE INSPEÇÃO PREDIAL

Define a natureza do elemento construtivo a ser inspecionado.


 GRAU DE RISCO
Critério de classificação das anomalias e falhas existente na edificação, e constatadas em uma
inspeção predial, considerado o risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio,
dentro dos limites da inspeção predial.
As anomalias e falhas são classificadas nos seguintes graus de risco:
 CRÍTICO: Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio
ambiente; perda excessiva de desempenho e funcionalidade causando possíveis
paralisações; aumento excessivo de custo de manutenção e recuperação; comprometimento
sensível de vida útil.
 MÉDIO: Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação
sem prejuízo à operação direta de sistemas, e deterioração precoce.
 MÍNIMO: Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e
planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e
regulares, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.

5.4 - LISTA DE VERIFICAÇÃO

Conjunto de tópicos a serem vistoriados, considerado o número mínimo de itens abordados em


uma inspeção.
Recomenda-se que a vistoria na inspeção predial seja sistêmica e que abranja, minimamente, os
seguintes sistemas construtivos e seus elementos: estrutura, impermeabilização, hidráulicas e
elétricas, revestimentos externos em geral, esquadrias, revestimentos internos, elevadores,
climatização, exaustão mecânica, ventilação, coberturas, telhados, combate a incêndio e SPDA.

5.5 - ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS

As Inspeções Prediais deverão ser realizadas apenas por profissionais, engenheiros e arquitetos,
devidamente registrados no CREA e CAU e dentro das respectivas atribuições profissionais,
conforme resoluções do CONFEA e CAU-BR, preferencialmente membros do IBAPE, treinados e
capacitados mediante cursos específicos promovidos pelo Instituto.
As inspeções prediais possuem características multidisciplinares, consoante a complexidade dos
sistemas e subsistemas construtivos a serem inspecionados. O profissional responsável pela
realização do trabalho pode convocar profissionais de outras especialidades para assessorá-lo,

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conforme o nível de inspeção predial contratado, cuja comprovação deve ser anexada ao laudo
através das competentes ARTs e RRTs.

5.6 - CLASSIFICAÇÃO DAS INSPEÇÕES PREDIAIS

 QUANTO AO NÍVEL DA INSPEÇÃO


A Inspeção Predial é classificada quanto a sua complexidade e elaboração de laudo, consideradas
as características técnicas da edificação, manutenção e operação existentes e necessidade de
formação de equipe multidisciplinar para execução dos trabalhos. Os níveis de inspeção predial
podem ser classificados em nível 1, nível 2 e nível 3.
A classificação da inspeção é realizada pelo inspetor predial, após análises das características da
edificação e de acordo com a finalidade da mesma.
Quando o nível de inspeção predial for determinado pelo contratante, isto deverá constar no Laudo
com ressalvas sobre eventuais não conformidades entre o nível determinado e as características
observadas na edificação inspecionada.
Independentemente do nível de inspeção predial utilizado para a emissão do Laudo, o critério e o
método da inspeção deverão ser obrigatoriamente seguidos na execução do trabalho.
 NÍVEL 1: Inspeção Predial realizada em edificações com baixa complexidade técnica, de
manutenção e de operação de seus elementos e sistemas construtivos. Normalmente
empregada em edificações com planos de manutenção muito simples ou inexistentes. A
Inspeção Predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em uma especialidade.
 NÍVEL 2: Inspeção Predial realizada em edificações com média complexidade técnica, de
manutenção e de operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões
construtivos médios e com sistemas convencionais. Normalmente empregada em
edificações com vários pavimentos, com ou sem plano de manutenção, mas com empresas
terceirizadas contratadas para execução de atividades específicas como: manutenção de
bombas, portões, reservatórios de água, dentre outros. A Inspeção Predial nesse nível é
elaborada por profissionais habilitados em uma ou mais especialidades.
 NÍVEL 3: Inspeção Predial realizada em edificações com alta complexidade técnica, de
manutenção e operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões construtivos
superiores e com sistemas mais sofisticados. Normalmente empregada em edificações com
vários pavimentos ou com sistemas construtivos com automação. Nesse nível de inspeção
predial, obrigatoriamente, é executado na edificação um Manutenção com base na ABNT
NBR 5674. Possui, ainda, profissional habilitado responsável técnico, plano de manutenção
com atividades planejadas e procedimentos detalhados, software de gerenciamento, e
outras ferramentas de gestão do sistema de manutenção existente. A Inspeção Predial nesse
nível é elaborada por profissionais habilitados e de mais de uma especialidade. Nesse nível
de inspeção, o trabalho poderá ser intitulado como de Auditoria Técnica.

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5.7 - CRITÉRIO E MÉTODO DA INSPEÇÃO PREDIAL

 CRITÉRIO
A elaboração de inspeção predial baseia-se na análise do risco oferecido aos usuários, ao meio
ambiente e ao patrimônio, diante das condições técnicas, de uso, operação e manutenção da
edificação, bem como da natureza da exposição ambiental.
A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos
componentes de uma edificação, quanto ao seu grau de risco relacionado com fatores de
manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento de vida útil e
perda de desempenho.
 MÉTODO
O método a ser empregado consiste em:
 Determinação do nível de inspeção;
 Verificação e análise da documentação;
 Obtenção de informações dos usuários, responsáveis, proprietários e gestores das
edificações;
 Vistoria dos tópicos constantes na listagem de verificação;
 Classificação das anomalias e falhas constatadas nos itens vistoriados, e das não
conformidades com a documentação examinada;
 Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco;
 Definição de prioridades;
 Recomendações técnicas;
 Avaliação da manutenção e uso;
 Recomendações gerais e de sustentabilidade;
 Tópicos essenciais do laudo;
 Responsabilidades.
A inspeção predial deverá ser planejada conforme o tipo da edificação, consideradas suas
características construtivas, qualidade da documentação entregue ao inspetor e nível de inspeção
a ser realizado.
O planejamento da vistoria deverá ter início com uma entrevista com o responsável da edificação
(síndico, administrador ou gestor predial), com abordagem dos aspectos cotidianos do uso e da
manutenção do imóvel.

5.8 - DOCUMENTAÇÃO

Recomenda-se analisar, quando disponíveis e existentes, os seguintes documentos administrativos,


técnicos, e de manutenção e operação da edificação. A lista apresentada deve ser adequada pelo

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inspetor predial, conforme o tipo e a complexidade da edificação e suas instalações e sistemas


construtivos a serem inspecionados.
 ADMINISTRATIVA
 Instituição, Especificação e Convenção de Condomínio;
 Regimento Interno do Condomínio;
 Alvará de Construção;
 Auto de Conclusão;
 IPTU;
 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
 Alvará do Corpo de Bombeiros;
 Ata de instalação do condomínio;
 Alvará de funcionamento;
 Certificado de Manutenção do Sistema de Segurança;
 Certificado de treinamento de brigada de incêndio;
 Licença de funcionamento da prefeitura;
 Licença de funcionamento do órgão ambiental estadual;
 Cadastro no sistema de limpeza urbana;
 Comprovante da destinação de resíduos sólidos, etc.;
 Relatório de danos ambientais, quando pertinente;
 Licença da vigilância sanitária, quando pertinente;
 Contas de consumo de energia elétrica, água e gás;
 PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
 Alvará de funcionamento;
 Certificado de Acessibilidade.
 TÉCNICA
 Memorial descritivo dos sistemas construtivos;
 Projeto executivo;
 Projeto de estruturas;
 Projeto de Instalações Prediais:
 Instalações hidráulicas;
 Instalações de gás;
 Instalações elétricas;
 Instalações de cabeamento e telefonia;
 Instalações do Sistema de Proteção Contra Descargas;
 Instalações de climatização;
 Combate a incêndio.
 Projeto de Impermeabilização;
 Projeto de Revestimentos em geral, incluída fachadas;
 Projeto de paisagismo.

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 MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO
 Manual de Uso, Operação e Manutenção (Manual do Proprietário e do Síndico);
 Plano de Manutenção e Operação e Controle (PMOC);
 Selos dos Extintores;
 Relatório de Inspeção Anual de Elevadores (RIA);
 Atestado do Sistema de Proteção a Descarga Atmosférica - SPDA;
 Certificado de limpeza e desinfecção dos reservatórios;
 Relatório das análises físico-químicas de potabilidade de água dos reservatórios e da rede;
 Certificado de ensaios de pressurização em mangueiras;
 Laudos de Inspeção Predial anteriores;
 Certificado de ensaios de pressurização em cilindro de extintores;
 Relatório do acompanhamento de rotina da Manutenção Geral;
 Relatórios dos Acompanhamentos das Manutenções dos Sistemas Específicos, tais como: ar
condicionado, motores, antenas, bombas, CFTV, Equipamentos eletromecânicos e demais
componentes;
 Relatórios de ensaios da água gelada e de condensação de sistemas de ar condicionado
central;
 Certificado de teste de estanqueidade do sistema de gás.
 Relatórios de ensaios preditivos, tais como: termografia, vibrações mecânicas, etc;
 Relatórios dos Acompanhamentos das Manutenções dos Sistemas Específicos, tais como: ar
condicionado, motores, antenas, bombas, CFTV, Equipamentos eletromecânicos e demais
componentes;
 Cadastro de equipamentos e máquinas.

5.9 - OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES

Para instruir o laudo, recomenda-se obter informações através de questionários e entrevistas junto
aos usuários, síndicos, gestores prediais, e demais responsáveis técnicos e legais pela edificação,
principalmente no caso de modificações e reformas na edificação original.

5.10 - LISTAGEM DE VERIFICAÇÃO

A lista dos componentes e equipamentos dos diversos sistemas e subsistemas construtivos a serem
vistoriados pelos inspetores prediais deve ser proporcional e adequada à complexidade da
edificação e ao nível de inspeção a ser realizado, tratando-se de conjunto de tópicos a serem
vistoriados, considerado o número mínimo de itens abordados em uma inspeção.
Recomenda-se que a vistoria na inspeção predial seja sistêmica e que abranja, minimamente, os
seguintes sistemas construtivos e seus elementos: estrutura, impermeabilização, instalações
hidráulicas e elétricas, revestimentos externos em geral, esquadrias, revestimentos internos,
elevadores, climatização, exaustão mecânica, ventilação, coberturas, telhados, combate a incêndio
e SPDA.

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5.11 - CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS

As anomalias e falhas constituem não conformidades que impactam na perda precoce de


desempenho real ou futuro dos elementos e sistemas construtivos, e redução de sua vida útil
projetada. Podem comprometer, portanto: segurança; funcionalidade; operacionalidade; saúde de
usuários; conforto térmico, acústico e lumínico; acessibilidade, durabilidade, vida útil, dentre outros
parâmetros de desempenho definidos na ABNT NBR 15575.
As não conformidades podem estar relacionadas a desvios técnicos e de qualidade da construção
e/ou manutenção da edificação. Podem, ainda, não atender aos parâmetros de conformidade
previstos para os sistemas construtivos e equipamentos instalados, tais como: dados e
recomendações dos fabricantes, manuais técnicos em geral, projetos e memoriais descritivos,
normas, etc.
 ANOMALIA
As anomalias podem ser classificadas em:
 Endógena: Originária da própria edificação (projeto, materiais e execução).
 Exógena: Originária de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.
 Natural: Originária de fenômenos da natureza.
 Funcional: Originária da degradação de sistemas construtivos pelo envelhecimento natural
e, consequente, término da vida útil.
 FALHA
As falhas podem ser classificadas em:
 De Planejamento: Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações inadequados do
plano de manutenção, sem aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição
ambiental e, principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalações, consoante
a estratégia de Manutenção. Além dos aspectos de concepção do plano, há falhas
relacionadas às periodicidades de execução.
 De Execução: Associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela execução
inadequada de procedimentos e atividades do plano de manutenção, incluindo o uso
inadequado dos materiais.
 Operacionais: Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e
demais atividades pertinentes.
 Gerenciais: Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção, bem
como da falta de acompanhamento de custos da mesma.

5.12 - CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO

A classificação quanto ao grau de risco de uma anomalia ou falha deve sempre ser fundamentada,
conforme limites e os níveis da Inspeção Predial realizada, considerado o grau de risco oferecido
aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.

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Pode ser classificado como:


 CRÍTICO: Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio
ambiente; perda excessiva de desempenho e funcionalidade causando possíveis
paralisações; aumento excessivo de custo de manutenção e recuperação; comprometimento
sensível de vida útil.
 MÉDIO: Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação
sem prejuízo à operação direta de sistemas, e deterioração precoce.
 MÍNIMO: Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e
planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e
regulares, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.

5.13 - DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Quanto à ordem de prioridades recomenda-se que seja disposta em ordem decrescente quanto ao
grau de risco e intensidade das anomalias e falhas, apurada através de metodologias técnicas
apropriadas, ou ainda, pela listagem de criticidade decorrente da Inspeção Predial.
A prioridade na ordem das orientações técnicas das deficiências constatadas poderá se basear
nesta(s) classificação(ões), quanto ao estado de manutenção geral da edificação e condições de uso,
quanto a recomendação eventual de interdição de parte da edificação para garantir a integridade
dos usuários, dentre outros aspectos de segurança patrimonial, quando do surgimento de situações
de grau de risco crítico, ou identificação de uso irregular em locais específicos e destacados do
restante da edificação inspecionada.

5.14 - INDICAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS

As recomendações técnicas para as anomalias e falhas constatadas na inspeção predial podem ser
apresentadas de forma clara e simplificadas, possibilitando ao gestor, síndico ou proprietário a fácil
compreensão. Recomenda-se indicar manuais, ilustrações e normas pertinentes para facilitar as
futuras providências do contratante.
Deve-se observar, quando necessário, a execução das recomendações de forma concomitante.

5.15 - AVALIAÇÃO DA MANUTENÇÃO E USO

A avaliação do estado de manutenção e condições de uso deve sempre ser fundamentada,


considerando os graus de risco e perdas precoces de desempenho dos sistemas, frente as
constatações das anomalias e, especialmente das falhas encontradas. Além disso, devem ser
analisadas as condições de regularidade do uso, bem como os níveis de aprofundamento da
Inspeção Predial realizada, considerando os seguintes aspectos:
 Para a Manutenção:

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Para esta avaliação, o inspetor deverá analisar o plano de manutenção para a edificação e as
respectivas condições de execução, conforme os seguintes critérios:
 Plano de Trabalho:
· Coerência do Plano de Manutenção em relação ao especificado por fabricantes de equipamentos
e sistemas inspecionados;
· Coerência do Plano de Manutenção em relação ao preconizado em Normas e / ou Instruções
Técnicas de Engenharia específicas;
· A adequação de rotinas e frequências à idade das instalações, ao uso, exposição ambiental, dentre
outros aspectos técnicos que permitam ao inspetor classificar a qualidade da manutenção
executada;
 Condições de execução das atividades propostas no Plano de Manutenção:
· Verificar se existem as condições mínimas necessárias de acesso aos equipamentos e sistemas,
permitindo a plena realização das atividades propostas no Plano de Manutenção;
· Verificar as condições de segurança para o mantenedor e usuários da edificação, durante a
execução da manutenção.
Em caso de inexistência de plano de manutenção na edificação, o inspetor, ainda, deverá verificar
as atividades realizadas e devidamente registradas (evidências), comparando-as com o conjunto de
recomendações mínimas de fabricantes e fornecedores de equipamentos e sistemas inspecionados.
São elementos observados no trabalho de inspeção predial, que devem ser considerados na
classificação da qualidade de manutenção: falhas constatadas; não conformidades registradas nos
documentos pertinentes à manutenção; classificações dos graus de risco; atendimento às
necessidades da edificação, considerados os conceitos de desempenho, vida útil, durabilidade, etc.
Deverão, ainda, ser observados os atendimentos aos demais aspectos mencionados na ABNT NBR
5674.
Após análise global dos aspectos mencionados, o inspetor poderá avaliar a manutenção da
edificação e de seus sistemas nos seguintes termos:
 Classificação das Condições de Uso:
A classificação das Condições de Uso é parametrizada pela análise das condições de uso da
edificação e de seus sistemas construtivos; consoante aspectos técnicos previstos em projeto e
conforme níveis de desempenho estimados.
Em caso de inexistência de projetos (memoriais e pranchas) que estabeleçam os parâmetros
operacionais de sistemas para a edificação inspecionada, o inspetor deverá classificar as Condições
de Uso quando houver parâmetros estabelecidos e / ou recomendados em Normas Técnicas,
Instruções Técnicas ou Leis específicas que contemplem tais sistemas.
A eventual inexistência de qualquer parâmetro de referência que impossibilite a análise do inspetor
deverá ser devidamente registrada no Laudo Final.

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A classificação da condição de uso poderá ser REGULAR ou IRREGULAR. O uso regular é aquele onde
a edificação é ocupada e utilizada dentro dos parâmetros previstos no projeto. Contribui para a sua
longevidade, e observa aspectos técnicos de segurança e habitabilidade. O uso irregular da
edificação sujeita a mesma aos riscos não previstos em projeto que poderão comprometer a
segurança e habitabilidade.
Assim sendo, o inspetor predial deverá classificar a edificação:
USO REGULAR – Quando a edificação inspecionada encontra-se ocupada e utilizada de acordo com
o uso previsto no projeto.
USO IRREGULAR – Quando a edificação inspecionada encontra-se ocupada e utilizada de forma
irregular, com o uso divergente do previsto no projeto.

5.16 - RECOMENDAÇÕES GERAIS E DE SUSTENTABILIDADE

Considerando a definição de Sustentabilidade, a qual abrange aspectos como o uso racional de


recursos naturais, a preservação do conforto e segurança de usuários, assim como a preservação
do meio ambiente (permeabilidade de solos, descartes irregulares para redes públicas, etc),
recomenda-se indicar todos os dados administrativos, de gestão e outros que possam favorecer a
melhor habitabilidade da edificação.
Importante se consignar as medidas de correção e melhoria da edificação que possam favorecer a
sustentabilidade.

5.17 - TÓPICOS ESSENCIAIS DO LAUDO

 Identificação do solicitante;
 Classificação do objeto da inspeção;
 Localização;
 Data da Diligência;
 Descrição Técnica do objeto;
 Tipologia e Padrão construtivo;
 Utilização e Ocupação;
 Idade da edificação;
 Nível utilizado;
 Documentação solicitada, documentação entregue e documentação analisada;
 Descrição do Critério e Método da Inspeção Predial;
 Das informações gerais consideradas;
 Lista de verificação dos elementos construtivos e equipamentos vistoriados, descrição e
localização das respectivas anomalias e falhas constatadas;
 Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco;
 Indicação de prioridade;
 Avaliação da manutenção e condições de uso da edificação e dos sistemas construtivos;

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 Recomendações técnicas;
 Recomendações gerais e de sustentabilidade;
 Relatório Fotográfico;
 Recomendação do prazo para nova Inspeção Predial;
 Data do laudo;
 Assinatura do(s) profissional (ais) responsável (eis), acompanhado do nº do CREA ou do CAU
e nº do IBAPE;
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT).

6 - PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES


Não está de forma explícita no edital, mas, vou deixar aqui para garantir, pois já vi a FGV cobrar
dentro do tópico de laudos e pareceres (ALE-RJ 2016).
O termo Patologia, de origem grega (páthos, doença, e lógos, estudo), é amplamente utilizado nas
diversas áreas da ciência, com denominações do objeto de estudo que variam de acordo com o
ramo de atividade. Sua aplicação em áreas como de Ciências Biológicas é comumente
contextualizada, por se tratar de estudos investigativos referentes às alterações estruturais e
funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos, provocados por doenças. A introdução desses
estudos, nas várias especialidades médicas, começa ainda no período da graduação, com métodos
investigativos das doenças, estabelecimento de prognósticos, terapêutica e a profilaxia.
Da mesma forma que os indivíduos, também os edifícios, em certas circunstâncias, adoecem por
fatores internos, externos ou pela natureza.
Os fatores internos, ou endógenos decorrem de deficiências de projeto ou execução da obra, falhas
de utilização ou de sua deterioração natural pelo envelhecimento. A origem de um fenômeno
patológico pode estar no próprio PROJETO da edificação, na EXECUÇÃO da obra, nos MATERIAIS
aplicados ou mesmo no USO do edifício e na falta de MANUTENÇÃO.
Os fatores externos, ou exógenos, decorrem de ações impostas por fatores provocados por
terceiros, voluntários ou involuntários, não previstas quando da execução da obra.
A natureza manifesta-se através de falhas decorrentes de ações não provocadas diretamente pela
ação humana.
Patologias mais encontradas nos edifícios:
− Descascamento de pinturas;
− Mofo;
− Corrosão de armaduras de concreto armado;
− Descolamento de pisos cerâmicos e azulejos;
− Desgaste excessivo de pisos;
− Apodrecimento de estruturas de madeira;

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− Trincas em paredes, pisos e fachadas (na alvenaria, argamassa ou concreto), cujas principais
causas são: procedimento inadequado na aplicação de argamassa (composição imprópria,
espessura exagerada, etc), recalque de fundações, esmagamento dos materiais, movimentações
térmicas, movimentações higroscópicas, atuação de sobrecargas, deformabilidade excessiva da
estrutura de concreto armado, retração de produtos à base de cimento, alterações químicas dos
materiais de construção.
A partir do exame do fenômeno patológico, em alguns casos o diagnóstico correto das causas e
origens requer consultas a especialistas, ensaios de laboratório, revisão de projetos e outras
providencias. E pode haver casos em que a verdadeira causa nunca será determinada com certeza.
A resolução de um problema patológico passa pelas seguintes etapas ("Trincas em Edifícios", Ed.
Pini):
a) Levantamento de subsídios: acumular e organizar as informações necessárias e suficientes
para o entendimento dos fenômenos. Em edifícios:
− Histórico: data de ocorrência dos fenômenos, condições de uso do prédio e dados sobre obras
vizinhas;
− Analise do sistema de fundações e sondagens;
− Caracterização (tipo de estrutura, forma de execução) e analise do sistema estrutural;
− Levantamento de características estáticas do prédio;
− Levantamento de dados sobre a execução da obra (características construtivas);
− Analise das especificações de materiais e serviços;
− Analise do material empregado.
b) Diagnóstico da situação: entender o fenômeno, identificando as múltiplas e possíveis
relações de causa e efeito;
c) Definição de conduta: prescrever a solução do problema, especificando e orçando todos os
insumos necessários, prevendo a real eficiência da solução proposta.
O estudo das falhas construtivas é feito pela ciência experimental denominada “Patologia das
Construções”, que envolve conhecimentos multidisciplinares nas diversas áreas da engenharia.
Vou basear essa parte da aula na publicação de Afonso Vitório intitulada “Fundamentos da
Patologia das Estruturas nas Perícias de Engenharia”. (Vitório, 2003)

6.1 - PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS

 Causas das manifestações patológicas


É importante ressaltar que a identificação das origens dos problemas patológicos permite, também,
identificar, para fins judiciais, quem cometeu as falhas.

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O quadro a seguir mostra os percentuais das causas das manifestações patológicas em uma
edificação.

(Vitório, 2003)

(Zuchetti, 2015)

 Estruturas de concreto
 Fissuramento – conceituação
Os problemas patológicos nas estruturas de concreto geralmente se manifestam de forma bem
característica, permitindo assim que um profissional experiente possa deduzir qual a natureza, a
origem e os mecanismos envolvidos, bem como as prováveis consequências.
Um dos sintomas mais comuns é o aparecimento de fissuras, trincas, rachaduras e fendas.
 Fissura é uma abertura em forma de linha que aparece nas superfícies de qualquer material
sólido, proveniente da ruptura sutil de parte de sua massa, com espessura de até 0,5mm.
 Trinca é uma abertura em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material
sólido, proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa, com espessura de 0,5mm a
1,00mm.
 Rachadura é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se “ver” através dela e cuja
espessura varia de 1,00mm até 1,5mm.
 Fenda é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de acentuada ruptura de sua massa, com espessura superior a 1,5mm.

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Essas aberturas podem ser passivas ou ativas, as passivas estabilizam-se devido ao cessamento das
causas que as geraram, como é o caso das fissuras de retração hidráulica ou das provocadas por um
recalque diferencial de fundação que esteja estabilizado, já as ativas, provocam deformações
variáveis no concreto, pois são produzidas por ações de magnitude variáveis.
O estudo dos sintomas apresentados pela estrutura implica na análise das causas que produziram
os defeitos ou lesões existentes. Basta, muitas vezes, a observação do quadro de fissuração para se
chegar às conclusões que permitam diagnosticar os problemas existentes.

 Causas mais comuns do fissuramento


A seguir algumas das causas mais usuais do fissuramento das estruturas:
 Cura mal realizada – ressecamento;
 Retração;
 Variação de temperatura;
 Agressividade do meio ambiente;
 Carregamento;
 Erros de concepção;
 Mal detalhamento do projeto;
 Erros de execução;
 Recalques dos apoios;
 Acidentes.

I. Ressecamento do concreto
Após os primeiros dias da concretagem, o concreto não experimenta nenhuma retração, ela se
manifestará aos 7 dias, aproximadamente. As fissuras provocadas por ressecamento manifestam-
se durante as primeiras 6 a 18 horas. Para evitar o fissuramento por ressecamento, as superfícies
concretadas devem ser protegidas e umedecidas imediatamente após serem executadas.

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(Vitório, 2003)

Na laje nervurada, as fissuras seguem a armadura principal, enquanto que, na laje maciça, não são
retilíneas.
II. Retração
O concreto experimenta um aumento de volume quando umedecido, e uma retração durante o
processo de cura. A retração aparece quando a porcentagem de água interna diminui, sendo a
retração mais intensa em tempo seco e quente.
O processo de retração estende-se durante 2 anos a 3 anos, provocando tensões de tração, quando
as deformações são impedidas por forças externas ou internas, originadas das armaduras. A
retração dará origem a tensões de compressão no interior da peça e de tração na superfície.
Nas vigas que possuem vários vãos, as fissuras de retração manifestam-se nas proximidades dos
apoios, especialmente se eles são fixos. Nos muros de concreto diretamente apoiados no solo, as
fissuras aparecem devido à resistência oferecida pelo atrito do concreto com o solo. (fig. 3.2 a)
Quando se trata de peça fortemente armada, a resistência oferecida pela armadura intervém no
fenômeno de fissuramento e o encurtamento global pode resultar insignificante. Em lajes as fissuras
de retração são frequentes, principalmente, se elas não possuem elementos de enrijecimento,
como vigas paralelas à armadura. As figuras 3.2 b) e 3.2 c) mostram fissuras de vigas e pórticos
provocadas por retração.

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III. Carregamento
Uma peça estrutural pode fissurar em consequência dos seguintes tipos de esforços provocados por
carregamentos:
 Tração axial – fissuramento bastante regular, sempre perpendicular às armaduras,
atravessando toda a seção (fig. 3.3).

 Compressão axial – Os pilares de concreto armado, submetidos a compressão axial, rompem


com características bem definidas, como os corpos de prova (fig. 3.4).

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 Compressão excêntrica – As peças submetidas ao efeito de compressão excêntrica e


flambagem apresentam geralmente fissuras com as características mostradas na fig 3.5.

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 Flexão – as fissuras de flexão são as mais conhecidas e fáceis de identificar. São sempre
perpendiculares às armaduras (fig. 3.6).

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 Cisalhamento – As fissuras de cisalhamento, provocadas pelo esforço cortante, são


inclinadas e surgem inicialmente nas proximidades dos apoios, manifestando-se também na
parte média das vigas. São geralmente causadas pela deficiência das armaduras de
cisalhamento (fig. 3.7).

 Torção – As fissuras de torção podem aparecer em vigas de bordo, por excessiva


deformabilidade da laje; também são originadas de cargas excêntricas em vigas, ou em vigas
que servem de engaste para marquises. Tais fissuras aparecem simultaneamente em todas
as faces livres da peça estrutural com desenvolvimento helicoidal (fig. 3.8)

 Conceituação dos danos mais comuns nas estruturas


Além da fissuração, os fatores relacionados anteriormente podem causar os seguintes danos às
estruturas de concreto armado ou protendido:
 Carbonatação é uma das causas mais frequentes da corrosão em estruturas de concreto
armado. A carbonatação é a transformação do hidróxido de cálcio, com alto PH, em
carbonato de cálcio, que tem um PH mais neutro. O PH entre 12 a 13 protege as armaduras
da corrosão.
Fatores que contribuem para que o fenômeno se desenvolva com mais rapidez: existência de
umidade no concreto, a quantidade de CO2 do meio ambiente, a permeabilidade do concreto e a
existência de fissuras.

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 Desagregação é a deterioração, por separação de partes do concreto, provocada, em geral,


pela expansão devido à oxidação ou dilatação das armaduras, e também pelo aumento de
volume do concreto quando este absorve água. Pode ocorrer também devido às
movimentações estruturais e choques.
 Disgregação caracteriza-se pela ruptura do concreto, em especial nas partes salientes da
estrutura. O concreto disgregado geralmente apresenta as características originais de
resistência, porém não foi capaz de suportar a atuação de esforços anormais.
 Segregação é a separação entre os elementos de concreto – a brita e a argamassa – logo
após o lançamento.
 Perda de aderência, pode ocorrer entre a armação e o concreto ou entre concretos. A perda
de aderência entre o concreto e o aço ocorre geralmente nos casos de oxidação ou dilatação
da ferragem.
 Corrosão das armações, a porosidade do concreto, a existência de trincas e a deficiência no
cobrimento fazem com que a armação seja atingida por elementos agressivos, acarretando,
desta maneira, a sua oxidação. A parte oxidada aumenta o seu volume em cerca de
aproximadamente 8 vezes e a força da expansão expele o concreto do cobrimento, expondo
totalmente a armadura à ação agressiva do meio. A continuidade desse fenômeno acarreta
a total destruição da armação (fig. 3.9).

 Corrosão do concreto, o concreto, mesmo sendo bastante resistente quando de boa


qualidade está sujeito a sofrer danos em presença de agentes agressivos. Normalmente, o
concreto mais atacado é o de má qualidade, permeável, segregado, etc.
Os agentes ácidos, os sulfatos, o cloro e seus compostos, os nitratos e nitritos são os principais
fatores destrutivos do concreto.
Mesmo a água totalmente pura, como é o caso das águas de chuvas, pode atacar o concreto através
da infiltração e do acumulo ao longo do tempo.
 Calcinação é o ressecamento das camadas superficiais do concreto devido à ocorrência de
incêndios.
 Reatividade álcali sílica (RAS) é uma reação química que ocorre entre a sílica existente em
determinados tipos de agregados utilizados no concreto e o álcali (pode ser o de sódio ou de
potássio) presente na parte de cimento.

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A RAS provoca trincas de grande magnitude na superfície das estruturas. Genericamente se


dispõem no sentido longitudinal da peça, interconectadas por finas trincas aleatórias transversais.
Esse tipo de patologia foi identificado pela primeira vez em 1937 como sendo um sério problema
para barragens, pontes e pavimentos de rodovias.
No Brasil, diversas barragens e pontes apresentam os sintomas da RAS, algumas já em estágio
avançado.
 Impermeabilização
A impermeabilização na construção civil é uma atividade da engenharia que utiliza materiais e
técnicas, de modo a garantir a estanqueidade necessária às partes da edificação eventualmente
expostas à água. Essa atividade além de proteger o ser humano, do ponto de vista da saúde e do
conforto, também contribui para a funcionalidade e segurança das edificações, ampliando a vida
útil.
Grande parte dos problemas patológicos que surgem ao longo do tempo nas edificações são
originados direta ou indiretamente pela falta de adoção dos procedimentos adequados para a
impermeabilização, o que implica, além dos transtornos conhecidos para os usuários, em grandes
prejuízos econômicos e financeiros devidos à prematura deterioração e a diminuição da vida útil
dos empreendimentos.
 Revestimentos
Aparentemente os revestimentos são tidos como elementos que conferem às edificações um
acabamento bonito. Porém, na realidade, eles têm uma função bem mais abrangente do que
garantir uma boa aparência, em especial às partes externas dos imóveis. Porém, os mesmos
protegem as estruturas e as alvenarias da ação deletéria dos agentes externos e internos, ou seja,
tanto provocada pelo meio ambiente, como pelo uso.
A garantia da proteção conferida pelo revestimento depende diretamente da escolha dos materiais
utilizados, da forma de aplicação e da mão-de-obra. Qualquer falha em uma dessas etapas irá
implicar futuramente no aparecimento de anomalias no acabamento da obra que, por sua vez, irão
repercutir na resistência e na funcionalidade de peças estruturais e alvenarias.
Os materiais de revestimento têm o seu desempenho limitado por um determinado período de
tempo, e como são os mais atingidos pelos agentes agressivos, requerem mais cuidados com
revisões e manutenções periódicas, muitas vezes simples como é o caso de limpeza e repintura.
As anomalias mais frequentes são do tipo manchas, bolhas, descolamentos (em cerâmicas, azulejos
ou pedras) e fissuras.
 Patologia das fundações
Pelo fato de estarem enterradas e consequentemente não acessíveis as inspeções periódicas, os
defeitos apresentados pelas fundações só são percebidos através das repercussões na obra como
um todo.

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Tais defeitos podem ser originados por diversas causas, e nem sempre é fácil diagnosticá-los e
solucioná-los. O solo, é um material complexo, cuja natureza pode implicar em uma variação muito
ampla de suas características.
Os problemas mais frequentes nas fundações são causados por recalque ou ruptura do solo, por
excesso de carga nas estruturas, por erosões no terreno, pela ação de agentes agressivos e pela
própria inadequação da solução adotada.
Uma causa de danos às fundações que até há algum tempo não recebia a devida atenção é a ação
das raízes de certos tipos de árvores nas proximidades das edificações. Algumas árvores possuem
raízes que se desenvolvem horizontalmente e com grande rapidez, alcançando grande distância e
podendo atingir as fundações, seja produzindo recalques ou pela saturação do terreno provocado
pela ruptura de tubulações enterradas.
Poços artesianos de pequena profundidade, executados próximos às fundações, podem representar
risco devido à possibilidade de carreamento do material do subsolo, sob as sapatas.
 Ensaios
Muitas vezes, além da análise visual, faz-se necessário a realização de ensaios destinados a fornecer
informações relacionadas às condições de resistência e ruptura de componentes da estrutura
vistoriada, além de maior conhecimento sobre o solo de fundação.
A decisão da realização ou não de ensaios fica a cargo do engenheiro responsável pela elaboração
do laudo pericial.
Os ensaios mais conhecidos nas estruturas de concreto e alvenaria são os seguintes:
a) Não destrutivos:
 esclerometria;
 carbonatação;
 controle de fissuras com selos de gesso ou vidros;
 ulta-sonografia;
 gamagrafia;
 prova de carga;
 medições de deformações e recalques.
b) Destrutivos:
 resistência à compressão axial em testemunhos retirados da estrutura;
 resistência à tração em testemunhos retirados da estrutura;
 módulo de deformação do concreto e de argamassas;
 reconstituição do traço de concreto e de argamassa;
 massa específica, permeabilidade e absorção de água;
 teor de cloretos;
 determinação do escoamento à tração em amostras de armadura retiradas da estrutura;
 determinação do potencial de corrosão de amostras de armadura retiradas da estrutura;
 resistência à compressão de tijolos e blocos individuais;

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 resistência à compressão de prismas de tijolos e blocos.


c) No solo de fundação:
 sondagem de reconhecimento à percussão;
 sondagens rotativas (rochas);
 ensaios de caracterização da capacidade de suporte;
 determinação do nível de agressividade da água do subsolo.

6.2 - PATOLOGIA EM ALVENARIAS

As anomalias manifestadas nas alvenarias que compõem as paredes de uma edificação,


são, de modo geral, bastante visíveis pela própria natureza dos materiais e do
comportamento desses componentes.
Nas alvenarias estruturais as manifestações patológicas são evidentemente de maior
gravidade pela influência na estabilidade do imóvel. Porém, mesmo as alvenarias de
vedação, precisam ter desempenho adequado, de modo a resistir aos fatores externos e
internos como variações de temperatura, movimentações das estruturas onde estão
apoiadas, umidade relativa do ar, infiltrações, etc.
Pelo fato de empregarem materiais diversos, com parâmetros físicos diferenciados,
tornam-se necessários cuidados especiais, especialmente na junção entre paredes e de
paredes com a estrutura, de modo a evitar que as diferenças de comportamento
provoquem danos à edificação. Basta observar que as fissuras mais comuns ocorrem
justamente na ligação das paredes com lajes, vigas e pilares, junto às aberturas de portas
e janelas e na ligação entre paredes.
As alvenarias também são muito sensíveis às movimentações estruturais provocadas por
recalques diferenciais nas fundações, excesso de sobrecarga nas lajes ou deformabilidade
das peças estruturais. Atenção especial deve ser dada às alvenarias que se apoiam sobre
vigas ou lajes em balanço.
(Vitório, 2003)

 Principais anomalias
As anomalias mais frequentes nas alvenarias são fissuras, eflorescências e infiltrações de água.
 Fissuras
As fissuras ocupam o primeiro lugar na lista dos problemas mais comuns nas alvenarias. Suas causas
nem sempre são facilmente identificadas, porém, o conhecimento das mesmas é de fundamental
importância para a adoção dos procedimentos adequados de correção.
As alvenarias apresentam, de modo geral, bom comportamento à compressão, porém o mesmo
não ocorre em relação às solicitações de tração, flexão e cisalhamento. Normalmente a quase

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totalidade dos casos de fissuração em alvenaria são provocadas por tensões de tração e
cisalhamento.
As fissuras em alvenarias podem pronunciar-se de diferentes formas. Sendo ortogonais à
direção dos esforços de tração atuantes, manifestam-se em paredes de alvenaria sob
forma de fissuras de direção predominantemente vertical, horizontal ou inclinada
(TAGUCHI, 2010, p. 31).
Outros fatores que também influenciam na fissuração e nas propriedades mecânicas estão a seguir
relacionadas:
 Heterogeneidade resultante da utilização conjunta de materiais diferentes, com
propriedades mecânicas e elásticas diferenciadas;
 Geometria, rugosidade e porosidade dos componentes;
 Retração, aderência e retenção de água da argamassa de assentamento;
 Esbeltez, geometria da edificação, presença ou não de armadura, existência de paredes de
contraventamentos
 Cintamentos, amarrações, tipos e dimensões de aberturas de portas e janelas;
 Tubulações embutidas;
 Movimentações higroscópicas e térmicas;
 Tipo de fundação, recalques diferenciais.

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Configurações mais frequentes de fissuras nas paredes de alvenaria: (Vitório, 2003)

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 Eflorescências
A eflorescência é um depósito de sais acumulado sobre a superfície das alvenarias, de composição
e aspecto variáveis de acordo com o tipo de sal depositado.
A acumulação do sal na superfície dos componentes das alvenarias ocorre pela evaporação da água
da solução saturada de sal, que percola através dos materiais.
A eflorescência pode alterar a superfície sobre a qual se deposita, podendo, em determinados casos,
seus sais constituintes serem agressivos e deteriorarem profundamente as alvenarias.
Normalmente a eflorescência é causada pela combinação de três fatores:
a) Teor de sais solúveis existentes nos blocos, tijolos e/ou argamassa de assentamento ou
revestimento.
b) Presença de água para dissolver e carrear os sais solúveis até a superfície da alvenaria.
c) Pressão hidrostática ou evaporação, de modo a produzir a força necessária para a solução
migrar para a superfície.
O fluxo de água através das paredes e a consequente cristalização dos sais solúveis na superfície,
ocorre devido ao efeito isolado ou combinado das seguintes causas: capilaridade, infiltrações em
fissuras, percolação por vazamentos de tubulações de água ou vapor, condensação de vapor de
água dentro das paredes.
De modo geral, todas as alvenarias e componentes de concreto estão sujeitos ao fenômeno da
eflorescência. A quantidade e as características dos depósitos salinos variam conforme a natureza
dos produtos solúveis, das condições atmosféricas, da temperatura, umidade, vento, etc.

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Abaixo, foto de eflorescência em sacada de edifício:

(Zuchetti, 2015)

 Infiltração de água
A umidade pode ter diversas origens, como:
 a absorção de água do solo pelas fundações;
 a condensação do vapor de água nas superfícies ou no interior das edificações;
 o vazamento de tubulações de água ou esgoto;
 a infiltração de água da chuva que penetra nos edifícios, principalmente através das fachadas
e coberturas.
Dentre os tipos de umidade citados, a umidade por infiltração é a que apresenta maior incidência
(aproximadamente 60%), podendo ser agravada, nas fachadas e coberturas, pela intensidade e
direção dos ventos e da chuva.
Observações para se evitar os efeitos da umidade por infiltração:
 Detalhes arquitetônicos e construtivos adequados para fachadas e coberturas, como por
exemplo frisos, pingadeiras, rufos, beirais, platibandas, juntas, esquadrias e materiais de
revestimento;
 Conhecimento das propriedades dos materiais constituintes das alvenarias quanto a
higroscopicidade, porosidade e absorção de água;
 Conhecimento sobre a intensidade e duração das precipitações na região;
 Orientação das fachadas quanto à direção do vento.

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Nas alvenarias de blocos vazados de concreto a infiltração de água pode acontecer pela interface
argamassa-bloco e pela própria argamassa, principalmente quando ela tem espessura elevada
(>1,0cm).
As argamassas excessivamente rígidas ou preparadas com excesso de água de amassamento
também apresentam fissuras, que por sua vez provocam infiltrações.
 Expansão por umidade
Nas alvenarias de tijolos cerâmicos expostos à ação da umidade, pode ocorrer o fenômeno
conhecido como expansão por umidade (EPU).
A EPU é um fenômeno bastante complexo e implica sempre em consequências danosas. De forma
simplista, pode-se dizer que as cerâmicas porosas absorvem água (hidratação) e com o passar do
tempo sofrem um aumento de volume (expansão).
Os problemas decorrentes podem variar de fissuras em azulejos, descolamento de revestimentos e
pisos cerâmicos até a graves lesões estruturais em paredes de alvenaria de tijolos cerâmicos,
podendo comprometer a estabilidade das edificações construídas com alvenaria portante.
 Algumas tabelas:
Em pesquisa realizada pela Faculdade de Engenharia da UFJF (Programa de Bolsas de Iniciação
Científica) foram escolhidos 15 edifícios localizados no centro urbano de Juiz de Fora, com as
seguintes características: sistema construtivo tradicional, revestimento de fachada externa lateral
em argamassa e pintura sobre reboco, padrão médio ou fino de acabamento interno, número de
pavimentos entre oito e quinze. A Tabela 12 mostra o resultado encontrado na pesquisa.

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(Kopschitz, 2011)

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(Kopschitz, 2011)

(Zuchetti, 2015)

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(Zuchetti, 2015)

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Os três quadros a seguir representam um resumo das manifestações patológicas em revestimentos


de argamassa catalogadas na dissertação de mestrado de Gustavo Tramontina Segat.

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(Segat, UFRGS - 2005)

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(Segat, UFRGS - 2005)

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(Segat, UFRGS - 2005)

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7 - RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

1. (Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


(21) Segundo Vitório (2003, p. 43), “as fissuras ocupam o primeiro lugar na lista dos problemas
mais comuns nas alvenarias. Suas causas nem sempre são facilmente identificadas, porém, o
conhecimento das mesmas é de fundamental importância para a adoção dos procedimentos
adequados de correção”. Bauer (apud Vitório, 2003, p. 44) lista quatro principais tipos de
fissuras nas alvenarias, identificando suas causas prováveis – “fissura vertical”, “fissura
horizontal”, “fissura inclinada” e “fissura na laje mista de forro da coberta”. Esta classificação
traz grande auxílio à identificação preliminar das causas prováveis de uma determinada
patologia e, consequentemente, à elaboração de laudos técnicos para os casos de fissuras em
construções de alvenaria. Tendo em vista seus conhecimentos sobre patologia das edificações,
assinale a alternativa que identifica corretamente duas causas prováveis de Fissura Vertical
numa construção em alvenaria.
A) Alvenaria submetida à flexo-compressão devido a deformações excessivas da laje; retração
por secagem da laje de concreto armado, que gera fissuras nas alvenarias, principalmente nas
externas enfraquecidas por vãos (janelas).
B) Movimentação higroscópica da alvenaria, principalmente no encontro de alvenarias
(cantos) e em alvenarias extensas; retração por secagem da alvenaria, principalmente em
pontos de concentração de tensões ou seção enfraquecida.
C) Carregamentos desbalanceados, principalmente em sapatas corridas, ou vigas baldrames
excessivamente flexíveis; atuação de cargas concentradas diretamente sobre a alvenaria,
devido à inexistência de coxins ou outros dispositivos para distribuição das cargas.
D) Movimentação térmica da laje de cobertura (deficiência de isolamento térmico, com a
ocorrência de fissuras no topo da parede, decorrente da dilatação da laje de cobertura);
atuação de cargas concentradas diretamente sobre a alvenaria, devido à inexistência de coxins
ou outros dispositivos para distribuição das cargas.

Comentários
De acordo com a obra citada, são as seguintes as causas prováveis da fissura vertical:
 Deformação da argamassa de assentamento em paredes submetidas a uma carga vertical
uniformemente distribuída.

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 Movimentação higroscópica da alvenaria, principalmente no encontro de alvenarias (cantos)


e em alvenarias extensas.
 Retração por secagem da alvenaria, principalmente em pontos de concentração de tensões
ou seção enfraquecida.
 Expansão da argamassa de assentamento (interação sulfato-cimento, hidratação retardada
da cal).
Vamos à publicação “Fundamentos da Patologia das Estruturas nas Perícias de Engenharia”
(Vitório, 2003)

Gabarito: alternativa B.

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2. (FGV – ALERJ/RJ - 2016)


(47) Ao arquiteto foi solicitada a elaboração do Laudo de Inspeção Predial de uma edificação,
que tem como finalidade precípua servir de instrumento de gestão para a adequada
manutenção predial.
O arquiteto deverá elaborar o Laudo na seguinte etapa sequencial da inspeção predial:
(A) prognóstico;
(B) prescrição;
(C) diagnóstico;
(D) vistoria;
(E) revisão.

Comentários
A Inspeção Predial é a avaliação técnica tridimensional (construção, manutenção e uso) da
edificação.

A inspeção predial identifica necessidade de ações corretivas e preventivas, fornece


subsídios para implantação do programa de manutenção predial, possibilita a
classificação das anomalias e falhas quanto à ordem de prioridade de ações reparadoras,
fornece recomendações técnicas quanto à necessidade de correções prevenindo ações
corretivas insatisfatórias que necessitarão de retrabalho e possibilitarão o ressurgimento
ou agravamento dos problemas e, dentro de certo nível, propicia a manutenção preditiva,
uma vez que a inspeção predial poderá fornecer prognóstico de ocorrência de anomalias
e também poderá conter sugestão de realização de testes e ensaios tecnológicos para
identificação de problemas.
Após o levantamento da incidência das anomalias e falhas presentes na edificação, deve-
se fazer a descrição detalhada das mesmas, a fim de caracterizá-las e possibilitar a
elaboração de recomendações técnicas. Esta descrição, de acordo com a NBR 5674/12,
deve compreender:
a) “Descrição da degradação de cada sistema, subsistema, elemento ou componente e
equipamento da edificação;
b) Indicação e estimativa da perda do desempenho, sempre que for possível;
c) Prognóstico de ocorrências.” (ABNT, 2012, p. 5)

Como já vimos, prognóstico significa uma previsão baseada em fatos ou dados reais e atuais, que
pode indicar o provável estágio futuro de um processo. Após o prognóstico, temos a prescrição
médica.

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Nesse caso, o laudo será realizado na etapa do prognóstico, tendo em vista que sua finalidade é
servir de instrumento de gestão para a adequada manutenção predial, e não necessariamente, a
edificação vai estar apresentando anomalias ou falhas.

De acordo com a Norma de Inspeção Predial Nacional, segue o método para a elaboração da
Inspeção Predial:
 Determinação do nível de inspeção;
 Verificação e análise da documentação;
 Obtenção de informações dos usuários, responsáveis, proprietários e gestores das
edificações;
 Vistoria dos tópicos constantes na listagem de verificação;
 Classificação das anomalias e falhas constatadas nos itens vistoriados, e das não
conformidades com a documentação examinada;
 Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco;
 Definição de prioridades;
 Recomendações técnicas;
 Avaliação da manutenção e uso;
 Recomendações gerais e de sustentabilidade;
 Tópicos essenciais do laudo;
 Responsabilidades.

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Vamos ao livro Inspeção Predial – Checkup Predial: Guia da Boa Manutenção – IBAPE SP
https://pt.scribd.com/document/34772711/A-SAUDE-DOS-EDIFICIOS-check-up-predial

Os problemas de “saúde das edificações” podem ser comparados com aqueles das
pessoas.
O tratamento do doente requer, preliminarmente, o exato conhecimento da doença
(diagnóstico), através de exames (check-up), para se poder emitir o juízo médico das
possibilidades terapêuticas (prognóstico) e por fim se estabelecer os meios adequados
para se obter a cura (terapia).
No caso das edificações, diferenciam-se as nomenclaturas, porém, a sequência é a
mesma. Preliminarmente deve-se conhecer as anomalias construtivas (diagnóstico),
através de minuciosa Vistoria (check-up), para se emitir o juízo técnico das condições
técnicas, grau de risco, recomendações básicas e ordem de prioridades através do Laudo
de Inspeção Predial (prognóstico), para, finalmente, se elaborar o plano de Manutenção
Predial (terapia) que recuperará a edificação.

Diretrizes Técnicas de Engenharia Diagnóstica em Edificações


(Instituto de Engenharia, 2014)
3. DEFINIÇÕES
Aplicam-se as seguintes definições:
3.1. ENGENHARIA DIAGNÓSTICA É a arte de criar ações pró-ativas, através dos diagnósticos,
prognósticos e prescrições técnicas, visando o aprimoramento da qualidade total ou a apuração de
responsabilidade de manifestação patológica predial.
3.2. ENGENHARIA DIAGNÓSTICA APLICADA São as investigações científicas das patologias prediais,
através de metodologias que possibilitem obter dados técnicos para a caracterização, análise,
atestamento, apuração da causa, prognóstico e prescrição do reparo da manifestação patológica
predial em estudo.
3.3. VISTORIA É a constatação técnica de determinado fato, condição ou direito relativo a um edifício.
3.4. INSPEÇÃO É a análise técnica de determinado fato, condição ou direito relativo a um edifício, com
base em informações genéricas e interpretação baseada na experiência do engenheiro diagnóstico.
3.5. AUDITORIA É o atestamento técnico de conformidade, ou não, de um fato, condição ou direito
relativo a um edifício.
3.6. PERÍCIA É a apuração técnica da origem, causa e mecanismo de ação de um fato, condição ou
direito relativo a um edifício.
3.7. CONSULTORIA É o prognóstico e a prescrição técnica a respeito de um fato, condição ou direito
relativo a um edifício.
3.8. LAUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA DIAGNÓSTICA Peça ou documento escrito, emitido pelo
engenheiro diagnóstico, relatando os serviços prestados com os resultados decorrentes das vistorias,
inspeções, auditorias e perícias em edificações.

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3.9. PARECER TÉCNICO DE ENGENHARIA DIAGNÓSTICA Peça ou documento escrito, emitido pelo
engenheiro diagnóstico, relatando os serviços prestados e os prognósticos e/ou prescrições
decorrentes das consultorias em edificações.
Gabarito: alternativa A.

3. (FGV – ALERJ/RJ - 2016)


(69) Numa inspeção predial, o arquiteto observou no sistema de esquadrias anomalias
associadas a problemas originários de fases distintas.
Uma das anomalias foi:
(A) perda de mobilidade em função do desgaste das escovas e gaxetas;
(B) deficiência de estanqueidade, decorrente da insuficiência de furação para a drenagem da
água acumulada nos marcos;
(C) folga na fixação dos vidros, devido à deteriorização dos componentes de fixação;
(D) escurecimento causado pelo ataque de substâncias ácidas na limpeza inadequada;
(E) deficiência na abertura e fechamento por descuido na lubrificação periódica das folhas
móveis.

Comentários
Os sistemas construtivos das esquadrias podem ser subdivididos em sistemas de emendas,
drenagem e vedação.
(A) Errada. Segundo a NBR 10821-1:2017, a qual trata sobre a terminologia das esquadrias,
as escovas de vedação são um material formado por fios ou filamentos eretos
entrelaçados a um tecido-base, ou fixados de outra maneira a uma base, com o propósito
de restringir a infiltração de água e ar da esquadria, e a gaxeta/guarnição de vedação é
uma junta de vedação pré-moldada com propriedades elásticas que, ao ser pressionada,
promove a estanqueidade, seja das folhas seja dos panos contra os rebaixos. Logo, as
escovas e gaxetas não estão relacionadas com a mobilidade das esquadrias.
(B) Correta. A incidência de água de chuva nas esquadrias, influenciada pelos ventos
dominantes, pode causar infiltrações na edificação, sendo necessário se pensar em
sistemas de drenagem. Os sistemas de drenagem, assim como sua necessidade, variam
de acordo com o tipo da esquadria, e podendo ser por furos de dreno no marco inferior.
A estanqueidade à água de chuva está relacionada ao sistema de drenagem, aos
elementos de vedação e materiais utilizados no envidraçamento.
(C) Errada.
(D) Errada. Os ácidos têm propriedades corrosivas e atacam materiais como metais e
madeiras.
Recomendações para a limpeza das esquadrias:

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 A limpeza das esquadrias como um todo deverá ser feita com uma solução de água
e detergente neutro a 5 %, com auxílio de pano ou esponja macia, conforme
intervalos abaixo discriminados pelas normas da ABNT.
 Nos trilhos inferiores das esquadrias de correr deve-se tomar um cuidado maior
para se evitar o acúmulo de poeira, que com o passar do tempo vão se
compactando pela ação de abrir e fechar, transformando-se em crostas de difícil
remoção, ao mesmo tempo podendo danificar as roldanas.
 É proibido o uso de materiais abrasivos sobre a superfície das esquadrias, como
saponáceos e esponjas de aço.
 Não utilizar produtos ácidos ou alcalinos. A sua aplicação poderá manchar a
anodização ou tornar a pintura opaca.
 Não usar objetos cortantes para a limpeza dos “cantinhos”, para isto deve ser
usado um pincel de cerdas macias embebido na solução do primeiro item.
 Não usar produtos derivados de petróleo (vaselina, removedor, thinner etc.), o uso
deste tipo de produto pode deixar a esquadria em primeiro momento com aspecto
brilhante e bonita, porém seus componentes têm propriedades de atrair poeiras,
que vão agir como abrasivo em determinados locais. De outro modo os produtos
derivados de petróleo podem ressecar plásticos e borrachas, fazendo com que
percam sua ação vedadora.
(E) Errada. As partes móveis das esquadrias são as dobradiças, pivôs e roldanas. As roldanas
são autolubrificantes e, se necessário, deve-se utilizar spray lubrificante. Para as
dobradiças é recomendado Protetor e/ou polidor de metal específico (aço inoxidável, aço
comum, alumínio ou latão).
Microlubrificante spray antiferrugem nas partes móveis
Seguem as normas técnicas aplicáveis:
Normas Técnicas - ABNT NBR 10821:2017
PSQ / NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 10821:2017
Observa-se a qualidade da esquadria pelo atendimento às exigências e requisitos da Norma ABNT
NBR 10821 - Esquadrias para edificações, vigente desde fevereiro de 2011 e obrigatória para o
segmento de esquadrias em todas as suas matérias-primas.
Em sua última revisão, tal Norma foi dividida em 05 partes, sendo que as partes 1 a 3 foram
revisadas, as partes 4 e 5 foram acrescentadas. Todas as partes foram publicadas e homologadas
em fevereiro 2017, conforme a seguir:
- ABNT NBR 10821-1:2017 – Esquadrias para edificações – Parte 1: Terminologia
- ABNT NBR 10821-2:2017 – Esquadrias para edificações – Parte 2: Requisitos e classificação
- ABNT NBR 10821-3:2017 – Esquadrias para edificações – Parte 3: Métodos de ensaio
- ABNT NBR 10821-4:2017 – Esquadrias para edificações – Parte 4: Requisitos adicionais de
desempenho
- ABNT NBR 10821-5:2017 – Esquadrias para edificações – Parte 5: Instalação e manutenção

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Está prevista a inclusão de mais 05 partes nesta norma, a expectativa de encaminhar os textos para
revisão ortográfica e editoração, deve ocorrer até Dezembro/2018, conforme a seguir:
- ABNT NBR 10821-6 – Esquadrias para edificações – Parte 6: Requisitos e classificação, métodos de
ensaios, instalação e manutenção
- ABNT NBR 10821-7 – Esquadrias para edificações – Parte 7: Condições específicas para fachadas
cortina
- ABNT NBR 10821-8 – Esquadrias para edificações – Parte 8: Ensaios e métodos para fachadas em
obra (in loco)
- ABNT NBR 10821-9 – Esquadrias para edificações – Parte 9: Condições de projeto e apresentação das
esquadrias (inclusive banco de dados para BIM)
- ABNT NBR 10821-10 – Esquadrias para edificações – Parte 10: Critérios para o atendimento à Vida
Útil de Projeto (iniciando com entre vãos)
Vamos ao Guia “ESQUADRIAS PARA EDIFICAÇÕES DESEMPENHO E APLICAÇÕES”
(CBIC, 2017)
http://www.siamfesp.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Guia_de_Esquadrias_para_Edificacoes-2.pdf

6.3.1 REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO ACÚSTICO ESTABELECIDO NA ABNT


NBR 15575-4
• A capacidade de isolamento e as condições de instalação da esquadria. Observa-se que
o isolamento sonoro de uma janela é função de vários parâmetros: espessura das folhas
de vidro, características dos caixilhos e, principalmente, das dimensões e do tratamento
das frestas existentes entre as partes móveis do caixilho. Nesse sentido, a existência de
escovas e gaxetas tem relevante importância. Observa-se, ainda que, para não haver
perda de desempenho na instalação, deve-se cuidar da vedação entre esquadria e
parede.
Lembrete: qualquer fresta é um possível redutor da qualidade acústica do sistema – “por
onde passa ar, passa som”.
6.1.1.2 ESTANQUEIDADE À ÁGUA
A esquadria (janela, porta de correr ou fachada-cortina) não pode apresentar
vazamentos que provoquem o escorrimento de água pelas paredes ou componentes
sobre os quais esteja fixada, quando submetida à vazão de água e às pressões de ensaio
correspondentes às regiões do Brasil onde é utilizada, conforme indicado na Tabela 3.
Uma esquadria (janela, porta de correr ou fachada-cortina) deve ser classificada no
ensaio de estanqueidade à água, segundo a Tabela 2 da ABNT NBR 10821-2:2017,
podendo obter os seguintes níveis de desempenho:
Mínimo (M): É permitida a passagem de água entre os perfis da esquadria, desde que
não ultrapasse a face interna da parede.

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Intermediário (I): É permitido acúmulo de água apenas no perfil inferior do marco.


Superior (S): Não é permitida a passagem de água em qualquer parte da esquadria; deve
ser estanque.

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17.4 PARTES MÓVEIS (DOBRADIÇAS, PIVÔS E ROLDANAS)


• As dobradiças e pivôs quando apresentarem um barulho em sua movimentação, deve
ser efetuada a sua limpeza e caso o barulho persista deve-se utilizar grafite em pó para
lubrificar as partes moveis.

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• As articulações e roldanas, que trabalham sobre uma camada de nylon autolubrificante,


dispensam qualquer tipo de graxa ou óleo. Esses produtos de lubrificação não podem ser
aplicados às portas, pois em sua composição poderá haver a presença de ácidos e outros
aditivos não compatíveis com os materiais usados na fabricação das portas.
• Recomenda-se a lubrificação nas articulações e roldanas, que trabalham diretamente
sobre os perfis da porta. Deve ser utilizado spray de óleo microlubrificante ou similar
sempre nos seguintes casos:
• Nos casos que há necessidade de grande esforço para abrir ou fechar as folhas móveis;
• No mínimo, a cada seis (6) meses em zona urbana ou rural;
• No mínimo, a cada três (3) meses em zona marítima ou industrial.
Antes da lubrificação, deve-se verificar a necessidade de limpeza dos perfis que as
articulações ou roldanas trabalham.
17.5 AJUSTES OU REGULAGENS
Recomenda-se ao instalador da porta, por ocasião da revisão final de entrega, fazer o
ajuste da movimentação da porta.
Recomenda-se o reaperto de parafusos que fixam os componentes e/ou folhas móveis da
porta quando:
• As manobras de abertura e/ou de fechamento forem executadas com alguma
dificuldade;
• Houver vibrações ou ruídos na execução das manobras de abertura e/ou de
fechamento;
Recomenda-se que as folhas móveis, ao serem instaladas novamente na porta, sejam
reguladas nos casos de quebra do vidro;
17.9 INSPEÇÃO TÉCNICA DAS ESQUADRIAS
A inspeção técnica das esquadrias deve ser realizada no recebimento da esquadria e
depois a cada intervalo de tempo.
Para que as esquadrias atinjam a longevidade prevista na norma, é necessário que se
observem, rigorosamente, os períodos de manutenção preventiva. Para tanto, uma vez
findado o período de garantia, o proprietário do imóvel deverá providenciar a “Inspeção
Técnica” das esquadrias, a ser realizada por um técnico habilitado, o que deverá se repetir
a cada cinco anos.
Para facilitar a inspeção técnica das esquadrias de alumínio e revestimento externo, seja
para atender à exigência de inspeção quinquenal ou verificação extemporânea, o
proprietário, usuário, ocupante ou síndico deverá possuir um check list com os pontos de
verificação dos principais tipos de esquadrias.
Não esquecer: para que a esquadria atinja a vup indicada pela nbr 15.575, A inspeção
técnica quinquenal é obrigatória.

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A Tabela 28 apresenta um modelo de check list para inspeção técnica.

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Gabarito: alternativa B

4. (FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


(57) As construções históricas apresentam variadas patologias em razão da degradação dos
elementos que as compõem.
Relacione as manifestações patológicas que ocorrem nas argamassas às suas respectivas
causas.
1. Manchas de umidade apresentando pó branco acumulado sobre a superfície.
2. Empolamento da pintura apresentando cores diferenciadas no interior das empolas.
3. Superfície do reboco descolada do emboço formando bolhas.
( ) Hidratação retardada do óxido de magnésio da cal.
( ) Presença de pirita ou de matéria orgânica na areia.
( ) Sais solúveis presentes no componente da alvenaria.

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Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.


(A) 3 – 2 – 1
(B) 3 – 1 – 2
(C) 2 – 3 – 1
(D) 2 – 1 – 3
(E) 1 – 2 – 3

Comentários
1. Manchas de umidade apresentando pó branco acumulado sobre a superfície: Sais
solúveis presentes no componente da alvenaria.
2. Empolamento da pintura apresentando cores diferenciadas no interior das
empolas: Presença de pirita ou de matéria orgânica na areia.
3. Superfície do reboco descolada do emboço formando bolhas: Hidratação
retardada do óxido de magnésio da cal.

(Carasek)

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Vamos à dissertação sobre Manifestações Patológicas em Revestimentos de Argamassa de


Gustavo Segat: (Segat, UFRGS - 2005)

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Gabarito: alternativa A.

5. (FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


(62) A Inspeção predial consta, além da inspeção física, da análise de documentos relativos às
edificações. Estes documentos devem ser solicitados pelo profissional responsável pela
inspeção quando do início dos trabalhos.
Assinale a opção que indica o documento que se enquadra tipicamente como um documento
técnico.

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(A) Alvará de Funcionamento


(B) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(C) Memorial Descritivo dos Sistemas Construtivos
(D) Relatório de Inspeção Anual de Elevadores
(E) Certificado de Ensaios de Pressurização de Extintores

Comentários
A Norma de Inspeção Predial Nacional recomenda a análise de documentos administrativos,
técnicos, de manutenção e de operação.
Notem que a questão cobra um documento técnico.
(A) Documento administrativo.
(B) Documento administrativo.
(C) Certa.
(D) Documento de manutenção e operação.
(E) Documento de manutenção e operação.
Vamos à Norma de Inspeção Predial Nacional
Recomenda-se analisar, quando disponíveis e existentes, os seguintes documentos administrativos, técnicos, e
de manutenção e operação da edificação. A lista apresentada deve ser adequada pelo inspetor predial,
conforme o tipo e a complexidade da edificação e suas instalações e sistemas construtivos a serem
inspecionados.
• ADMINISTRATIVA
_ Instituição, Especificação e Convenção de Condomínio;
_ Regimento Interno do Condomínio;
_ Alvará de Construção;
_ Auto de Conclusão;
_ IPTU;
_ Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
_ Alvará do Corpo de Bombeiros;
_ Ata de instalação do condomínio;
_ Alvará de funcionamento;
_ Certificado de Manutenção do Sistema de Segurança;
_ Certificado de treinamento de brigada de incêndio;
_ Licença de funcionamento da prefeitura;
_ Licença de funcionamento do órgão ambiental estadual;

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_ Cadastro no sistema de limpeza urbana;


_ Comprovante da destinação de resíduos sólidos, etc.;
_ Relatório de danos ambientais, quando pertinente;
_ Licença da vigilância sanitária, quando pertinente;
_ Contas de consumo de energia elétrica, água e gás;
_ PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
_ Alvará de funcionamento;
_ Certificado de Acessibilidade.
• TÉCNICA
_ Memorial descritivo dos sistemas construtivos;
_ Projeto executivo;
_ Projeto de estruturas;
_ Projeto de Instalações Prediais:
 Instalações hidráulicas;
 Instalações de gás;
 Instalações elétricas;
 Instalações de cabeamento e telefonia
 Instalações do Sistema de Proteção Contra Descargas
 Instalações de climatização;
 Combate a incêndio
_ Projeto de Impermeabilização;
_ Projeto de Revestimentos em geral, incluída fachadas;
_ Projeto de paisagismo.
• MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO
_ Manual de Uso, Operação e Manutenção (Manual do Proprietário e do Síndico);
_ Plano de Manutenção e Operação e Controle (PMOC);
_ Selos dos Extintores;
_ Relatório de Inspeção Anual de Elevadores (RIA);
_ Atestado do Sistema de Proteção a Descarga Atmosférica - SPDA;
_ Certificado de limpeza e desinfecção dos reservatórios;
_ Relatório das análises físico-químicas de potabilidade de água dos reservatórios e da rede;
_ Certificado de ensaios de pressurização em mangueiras;

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_ Laudos de Inspeção Predial anteriores;


_ Certificado de ensaios de pressurização em cilindro de extintores;
_ Relatório do acompanhamento de rotina da Manutenção Geral;

Gabarito: alternativa C.

6. (FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


(64) A inspeção predial avalia todas as partes de uma construção de modo a identificar o
estado geral da edificação e se seus sistemas construtivos.
A respeito da inspeção predial, analise as afirmativas a seguir.
I. As deficiências em uma edificação restringem-se aos aspectos construtivos e funcionais.
II. O grau de risco encontrado em uma edificação pode ser classificado em mínimo, regular e
crítico.
III. A multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos em uma inspeção predial independe
da complexidade da edificação.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários
I. Errada. A Inspeção Predial é a análise isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e
de manutenção da edificação.
II. Certa. Na Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP 2011, temos:
5.4. GRAU DE RISCO
Critério de classificação das anomalias e falhas constatadas em uma inspeção predial, classificadas
considerando o risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, dentro dos limites da inspeção
predial.
O grau de risco das anomalias e falhas constatadas na Inspeção Predial é classificado em:
5.4.1 CRÍTICO
Pode provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e/ou meio ambiente, perda excessiva de
desempenho causando possíveis paralisações, aumento de custo, comprometimento sensível de vida útil e
desvalorização acentuada.

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5.4.2 REGULAR
Pode provocar a perda de funcionalidade sem prejuízo à operação direta de sistemas, perda pontual de
desempenho (possibilidade de recuperação), deterioração precoce e pequena desvalorização.
5.4.3 MÍNIMO
Pode causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a
probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum comprometimento do
valor imobiliário.

III. Errada. A multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos em uma inspeção predial depende
da complexidade da edificação.
Vamos à Norma de Inspeção Predial Nacional
• INSPEÇÃO PREDIAL
É a análise isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção da edificação.
• NÍVEL DE INSPEÇÃO PREDIAL
Classificação da inspeção predial quanto a sua complexidade e elaboração de laudo, consideradas as
características técnicas da edificação, manutenção e operação existentes e necessidade de formação de equipe
multidisciplinar para execução dos trabalhos. Os níveis de inspeção predial podem ser classificados em nível 1,
nível 2 e nível 3.
• TIPOS DE INSPEÇÃO PREDIAL
Define a natureza do elemento construtivo a ser inspecionado.
• GRAU DE RISCO
Critério de classificação das anomalias e falhas existente na edificação, e constatadas em uma inspeção predial,
considerado o risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, dentro dos limites da inspeção
predial.
As anomalias e falhas são classificadas nos seguintes graus de risco:
CRÍTICO: Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente; perda excessiva
de desempenho e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento excessivo de custo de manutenção
e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.
MÉDIO: Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação sem prejuízo à
operação direta de sistemas, e deterioração precoce.
MÍNIMO: Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência
ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.

Gabarito: alternativa B.

7. (FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


(57) A análise das anomalias e das falhas é um dos itens principais na elaboração de um laudo
técnico de inspeção predial.

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Quanto às anomalias e às falhas, assinale a afirmativa correta.


(A) As anomalias possuem origem em atividade de manutenção.
(B) As falhas estão relacionadas às deficiências de ordem construtiva.
(C) As anomalias podem ser decorrentes de planejamento e de execução.
(D) As falhas classificam-se em endógenas e exógenas.
(E) As anomalias e as falhas devem ser classificadas quanto à criticidade.

Comentários
(A) Errada. As anomalias podem ter origem na própria edificação, em fatores externos, em
fenômenos da natureza e no uso da edificação.
(B) Errada. As falhas podem ser de planejamento, execução, operacionais e gerenciais.
(C) Errada. As falhas que podem ser decorrentes de planejamento.
(D) Errada. As anomalias podem ser endógenas, exógenas, naturais ou funcionais.
(E) Correta.
Vamos à Norma de Inspeção Predial Nacional
• CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS
As anomalias e falhas constituem não conformidades que impactam na perda precoce de desempenho real ou
futuro dos elementos e sistemas construtivos, e redução de sua vida útil projetada. Podem comprometer,
portanto: segurança; funcionalidade; operacionalidade; saúde de usuários; conforto térmico, acústico e
lumínico; acessibilidade, durabilidade, vida útil, dentre outros parâmetros de desempenho definidos na ABNT
NBR 15575.
As não conformidades podem estar relacionadas a desvios técnicos e de qualidade da construção e/ou
manutenção da edificação. Podem, ainda, não atender aos parâmetros de conformidade previstos para os
sistemas construtivos e equipamentos instalados, tais como: dados e recomendações dos fabricantes, manuais
técnicos em geral, projetos e memoriais descritivos, normas, etc.
• ANOMALIA
As anomalias podem ser classificadas em:
Endógena: Originária da própria edificação (projeto, materiais e execução).
Exógena: Originária de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.
Natural: Originária de fenômenos da natureza.
Funcional: Originária da degradação de sistemas construtivos pelo envelhecimento natural e, consequente,
término da vida útil.
• FALHA
As falhas podem ser classificadas em:
De Planejamento: Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações inadequados do plano de
manutenção, sem aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental e,

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principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalações, consoante a estratégia de Manutenção.


Além dos aspectos de concepção do plano, há falhas relacionadas às periodicidades de execução.
De Execução: Associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela execução inadequada de
procedimentos e atividades do plano de manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais.
Operacionais: Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e demais atividades
pertinentes.
Gerenciais: Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção, bem como da falta de
acompanhamento de custos da mesma.
• CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO
A classificação quanto ao grau de risco de uma anomalia ou falha deve sempre ser fundamentada, conforme
limites e os níveis da Inspeção Predial realizada, considerado o grau de risco oferecido aos usuários, ao meio
ambiente e ao patrimônio.
Pode ser classificado como:
CRÍTICO: Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente; perda excessiva
de desempenho e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento excessivo de custo de manutenção
e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.
MÉDIO: Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação sem prejuízo à
operação direta de sistemas, e deterioração precoce.
MÍNIMO: Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência
ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.

Gabarito: alternativa E.

8. (FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


(58) Um arquiteto foi solicitado a dar um parecer técnico sobre a presença de fissuras num
forro de gesso liso, do tipo forros rígidos.
Assinale a opção que indica uma das causas apresentadas pelo arquiteto, para justificar o
problema.
(A) O emprego de elevado número de juntas de dilatação nos encontros com as paredes.
(B) O reforço excessivo devido à configuração de sua forma muito irregular.
(C) A inobservância às normas dos fabricantes quanto aos procedimentos de montagem.
(D) A utilização de materiais e elementos anticorrosivos.
(E) A ausência de aberturas no forro, para instalação de qualquer tipo de embutidos.
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A única alternativa que faz algum sentido é a (C), pois as outras, são procedimentos que não
ocasionam fissuras.
Aproveito para trazer algumas informações:

(Thomaz)

Recomendação de juntas para as paredes de drywall:


A NBR 15758-1:2009 recomenda que paredes com plaqueamento simples devem prever juntas de
dilatação a cada 50m², ou quando umas das dimensões for maior que 15 m. Paredes com
plaqueamento duplo, prever juntas de dilatação a cada 70m², ou quando umas das dimensões for
maior 15 m.
O projeto deve prever juntas de movimentação em paredes de grandes dimensões, de forma a
evitar fissuras de movimentação mecânicas e higrotérmicas. Essas juntas devem ser respeitadas na
modulação das juntas da parede de drywall.

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(Schneider, UFRGS - 2013)

Vamos à NBR 15758-2:2009 – Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Projeto e
procedimentos executivos para montagem – Parte 2: Requisitos para sistemas usados como forros:

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Vamos à NBR 16591:2017 – Execução de forro autoportante com placas de gesso – procedimento

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Gabarito: alternativa C.

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9. (FGV – SUSAM/AM - 2014)


(55) Nos subsolos das edificações são comuns as infiltrações de água decorrentes das juntas
de dilatação ou dos ralos que atingem as peças de concreto armado. Considerando a
recomendação técnica pertinente para a correção dessas anormalidades, analise as
afirmativas a seguir.
I. Restabelecer as condições das peças de concreto armado por meio da remoção das camadas
deterioradas, aplicação de argamassas e verificações das armaduras.
II. Corrigir somente o sistema de impermeabilização, o que permitirá a recuperação natural
das peças de concreto armado.
III. Recuperar o concreto armado do local com intervenção especializada, a fim de conter
exclusivamente a deteriorização do concreto.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários
Apesar de ser um assunto complexo, poderíamos resolver essa questão pela lógica.
Antes de fazermos o reparo de qualquer sistema construtivo, temos que resolver o que resultou
naquela deteriorização, a fim de que não volte a acontecer.
Eliminar a causa, também não vai fazer com que a parte deteriorada se autorregenere.
Logo, os itens II e III estão incorretos, nos restando a alternativa (A) como correta.
Vamos aproveitar e estudar um pouco mais a respeito nos textos abaixo.
Livro Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto
(Souza & Ripper, 1998)

1.3.2 CAUSAS DA DETERIORAÇÃO DAS ESTRUTURAS


Ao se analisar uma estrutura de concreto "doente" é absolutamente necessário entender-
se o porquê do surgimento e do desenvolvimento da doença, buscando esclarecer as
causas, antes da prescrição e consequente aplicação do remédio necessário. O
conhecimento das origens da deterioração é indispensável, não apenas para que se possa
proceder a os reparos exigidos, mas também para se garantir que, após reparada, a
estrutura não volte a se deteriorar.

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O estudo das causas responsáveis pela implantação dos diversos processos de


deterioração das estruturas de concreto é complexo, sendo matéria em constante
evolução. Mesmo o agrupamento destas causas por similaridade, por exemplo, poderá
ser extremamente discutível. De qualquer forma, mais recentemente surgiram duas
classificações que, por interagirem entre si (ver Quadro 1.2), são aqui apresentadas
segundo uma única abordagem.

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1.3.2.2 Causas extrínsecas


As causas extrínsecas de deterioração da estrutura são as que independem do corpo
estrutural em si, assim como da composição interna do concreto, ou de falhas inerentes
ao processo de execução, podendo, de outra forma, ser vistas como os fatores que
atacam a estrutura "de fora para dentro", durante as fases de concepção ou ao longo da
vida útil desta, como se poderá entender através da observação do Quadro 1.4.

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a.6) Incorreção na consideração de juntas de dilatação


A ausência ou a má utilização de juntas de dilatação nas estruturas (quer em peças de
concreto armado, quer nas de alvenaria estrutural) é um dos fatores que invariavelmente
lhes trazem problemas, em particular como resultado do comportamento rcológico do
concreto. A falta de detalhamento adequado para a vedação das juntas de dilatação em
pontes, por exemplo, permite a passagem de água pelo topo do estrado, atacando as
armaduras e danificando os aparelhos de apoio. No caso específico de obras de concreto
protendido, a água pode, eventualmente, penetrar por cabos com falhas na injeção,
causando a corrosão e a ruptura dos cabos.

3.6.2 REPAROS COM ARGAMASSA


Esta é uma técnica que pode, em princípio, ser utilizada para reparos superficiais de
qualquer tamanho em área, mas apenas para pequenas profundidades - no máximo 5
centímetros, mas mantendo uma certa relação com a área; por exemplo, para áreas
pequenas de até 10 cm2, pode- se ir a até 5 cm de profundidade, mas para áreas de até
1,0 m2, apenas a 2,5 cm de profundidade. Esta técnica é normalmente empregada
apenas para os casos em que o que está deteriorado é a camada de concreto de
cobrimento das armaduras, sendo portanto de grande importância que o interior do

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elemento estrutural não apresente anomalias, ou, caso as apresente, que elas sejam
sanadas antes da utilização desta técnica. Exemplos típicos de serviços nos quais esta
técnica deve ser utilizada são o enchimento de falhas e a regularização de lajes, a
correção de deteriorações de pequena monta e a reconstituição de quinas quebradas de
elementos estruturais.
(...)
Nesta técnica é muito importante que a impermeabilidade seja garantida , especialmente
quando o elemento estrutural estiver em meio agressivo.

Vamos ao livro “A Técnica de Edificar”


(Yazigi, 2009)

10.1.11 - INTERFERÊNCIAS ESTRUTURAIS NO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO


10.1.11.1 – JUNTA
As juntas de dilatação constituem um problema sério na maioria das obras, mas quando
devidamente projetadas, elas não proporcionam transtornos. O maior problema das
juntas é o modo como nelas proporcionar estanqueidade perfeita sem modificar o
comportamento estrutural. Quanto aos aspectos estruturais, as juntas precisam
obedecer a algumas regras para serem locadas e quanto à impermeabilização, também
obedecer a certos princípios. A seguir, alguns pontos a serem notados:
- a existência de juntas na mudança de planos (horizontal com vertical), ou seja, encontro
de laje com parede, dificulta seriamente o serviço de impermeabilização,
comprometendo a estanqueidade. Melhor seria que essas juntas fossem afastadas no
mínimo 30 cm da parede (plano vertical);
- na estrutura, as juntas têm de estar com as bordas sempre no mesmo plano. Bordas em
planos diferentes geram inconvenientes na aplicação do sistema impermeabilizante.
Problema na proteção mecânica é o mais típico;
- outra região comprometedora estruturalmente é a das juntas entre pilares, nos pilares
adjacentes, nem sempre é possível observar o vazamento que esteja ocorrendo entre eles.
Dada essa dificuldade, algumas vezes, quando é descoberto o vazamento, os pilares já
estão comprometidos estruturalmente;
- no caso de consoles e elementos de apoio estrutural, também é preciso tomar cuidado.
Nesse caso. Existe um agravante a mais: a parte superior desses elementos (banzo
superior) estará tracionada, resultando em possibilidade de o concreto nessa região
apresentar microfissuras. E, se houver água, ela entrará em contato direto com a
armadura e, com o tempo, contribuirá para o processo de sua corrosão.
Uma pratica usual para o bom posicionamento de junta no projeto estrutural,
favorecendo assim aos critérios de impermeabilização, é fazer com que ela seja um divisor
de águas, de maneira que sempre esteja localizada na parte mais alta do plano horizontal
a ser impermeabilizado. A junta deverá ter a espessura (abertura) que permita o trabalho

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do sistema impermeabilizante. Para os sistemas flexíveis, essa espessura geralmente é


por volta de 2 cm. É muito importante lembrar que sobre as juntas não se pode utilizar
sistemas impermeabilizantes rígidos. Um cuidado a se tomar é que, se existe uma junta
na estrutura, ela terá de ser propagada (mantida) na regularização, na
impermeabilização, na proteção mecânica e no acabamento final do piso.

Gabarito: alternativa A.

10. (FGV – SUSAM/AM - 2014)


(54) Assinale a opção que indica uma propriedade da manutenção predial.
(A) Recuperar a capacidade funcional de sistemas e elementos
construtivos.
(B) Alterar características do projeto para definir sua
conformação final.
(C) Dispensar a análise de custos devido ao seu caráter
emergencial.
(D) Coibir aspectos de modernização a fim de preservar as
características construtivas.
(E) Alertar sobre modificações sem jamais propor estudos de
intervenção.

Comentários
Manutenção, por definição, é o conjunto de atividades que garante e recupera os desempenhos de
elementos e sistemas construtivos, conforme previsto em projeto e dentro do prazo de vida útil.
A gestão do sistema de manutenção inclui meios para:
a) preservar as características originais da edificação;
b) prevenir a perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou
componentes;
Vamos comentar as alternativas:
(A) Correta.
(B) Errada. Não podemos confundir manutenção com reforma.
(C) Errada. É importante que o sistema de gestão da manutenção siga uma lógica de controle
de qualidade e de custo. Além disso, o melhor é que a manutenção seja preventiva, e não
emergencial.

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(D) Errada. Sem comentários... rs.


(E) Errada. Deve haver estudos de intervenção.
Vamos à NBR 5674:2012
(ABNT, 2012)
4.1.3 Na organização da gestão do sistema de manutenção deve ser prevista infraestrutura material,
técnica, financeira e de recursos humanos, capaz de atender aos diferentes tipos de manutenção
necessários, a saber:
a) manutenção rotineira, caracterizada por um fluxo constante de serviços, padronizados e cíclicos,
citando-se, por exemplo, limpeza geral e lavagem de áreas comuns;
b) manutenção corretiva, caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção imediata a
fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas, elementos ou componentes das edificações, ou
evitar graves riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos seus usuários ou proprietários; e
c) manutenção preventiva, caracterizada por serviços cuja realização seja programada com
antecedência, priorizando as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade esperada dos
sistemas, elementos ou componentes das edificações em uso, gravidade e urgência, e relatórios de
verificações periódicas sobre o seu estado de degradação.
Gabarito: alternativa A.

11. (FGV – TJ/BA - 2014)


(66) O grau de risco de uma inspeção predial é um critério que consiste na:
(A) classificação quanto à complexidade da vistoria e a elaboração de seu laudo final;
(B) definição da natureza do elemento construtivo a ser inspecionado e/ou vistoriado;
(C) qualificação quanto à necessidade do número de profissionais envolvidos na inspeção
predial;
(D) classificação das anomalias e falhas constatadas em uma inspeção predial;
(E) identificação da profundidade nas constatações dos fatos.

Comentários
Os graus de risco são definidos como crítico, regular e mínimo e dizem respeito às anomalias e
falhas. Logo, a resposta é a alternativa (D).
Vamos à Cartilha do Ibape SP
(Ibape SP, 2012)

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A inspeção predial é atividade que possui norma e método próprios. Classifica as deficiências
constatadas na edificação com visão sistêmica, aponta o grau de risco observado para cada uma delas
e gera lista de prioridades técnicas com orientações ou recomendações para sua correção.
Principais Etapas para Realização de uma Inspeção Predial
1ª Etapa:
Levantamento de dados e documentos da edificação: administrativos, técnicos, de manutenção e
operação (plano, relatórios, históricos etc).
2ª Etapa:
Entrevista com gestor ou síndico para averiguação de informações sobre o uso da edificação, histórico
de reforma e manutenção, dentre outras intervenções ocorridas.
3ª Etapa:
Realização de vistorias na edificação, realizadas com equipe multidisciplinar ou não, dependo do tipo
de prédio e da complexidade dos sistemas construtivos existentes.
O número de profissionais envolvidos na Inspeção Predial e a complexidade da edificação definem o
nível de inspeção a ser realizada, que pode ser classificada em:
Nível 1: para edificações mais simples, normalmente sem a necessidade de equipe multidisciplinar.
Por exemplo: casas, galpões, edifícios até 3 pavimentos, lojas etc.
Nível 2: para edifícios multifamiliares, edifícios comerciais sem sistemas construtivos mais complexos
como climatização, automação etc. Normalmente envolve equipe multidisciplinar com engenheiros
civis ou arquiteto, mais engenheiros eletricistas.
Nível 3: para edificações complexas, onde há sistema de manutenção implantado conforme a ABNT
NBR 5674. Sempre realizada por equipe multidisciplinar, envolvendo: engenheiro civil ou arquiteto,
engenheiro eletricista e engenheiro mecânico.
4ª Etapa:
Classificação das deficiências constatadas nas vistorias, por sistema construtivo, conforme sua
origem.
Elas podem ser classificadas em:
- Anomalias construtivas ou endógenas (quando relacionadas aos problemas da construção ou projeto
do prédio);
- Anomalias funcionais (quando relacionadas à perda de funcionalidade por final de vida útil –
envelhecimento natural);
- Falhas de uso e manutenção (quando relacionadas à perda precoce de desempenho por deficiências
no uso e nas atividades de manutenção periódicas).

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Todas as deficiências são cadastradas por fotografias que devem constar no Laudo de Inspeção
Predial.
5ª ETAPA:
Classificações dos problemas (anomalias e falhas), de acordo com grau de risco.
Esta classificação consiste na análise do grau de risco, considerados: fatores de conservação, rotinas
de manutenção previstas, agentes de deterioração precoce, depreciação, riscos à saúde, segurança,
funcionalidade e comprometimento de vida útil. Os graus de risco são definidos como crítico, regular
e mínimo.
6ª Etapa:
Elaboração de lista de prioridades técnicas, conforme a classificação do grau de risco de cada
problema constatado. Essa lista é ordenada do mais crítico ao menos crítico.
7ª Etapa:
Elaboração de recomendações ou orientações técnicas para a solução dos problemas constatados.
Essas orientações podem estar relacionadas à adequação do plano de manutenção ou aos reparos e
reformas para solução de anomalias.
8ª Etapa:
Avaliação da qualidade de manutenção. Ela pode ser classificada em: atende, não atente ou atende
parcialmente. Resumidamente, para essa classificação, consideram-se as falhas constatadas na
edificação, as rotinas e execução das atividades de manutenção e as taxas de sucesso, dentre outros
aspectos.
9ª Etapa:
Avaliação do Uso da Edificação. Pode ser classificada em regular ou irregular. Observam-se as
condições originais da edificação e os seus sistemas construtivos, além de limites de utilização e suas
formas.
Gabarito: alternativa D.

12. (FGV – ALBA/BA - 2014)


(77) Analise as afirmativas a seguir relativas ao Laudo de Inspeção Predial, assinalando V para
a verdadeira e F para a falsa.
( ) O laudo deverá ser redigido de forma teórica, para que somente profissionais habilitados
consigam identificar as anomalias, suas localizações, seu grau de risco e sua orientação técnica.
( ) A lista de recomendações técnicas é um dos tópicos especiais de um laudo, tanto quanto a
lista de recomendações gerais e sustentabilidade.
( ) A complexidade da orientação técnica do laudo é função do nível de anomalia e de seu grau
de risco, independentemente do nível de inspeção predial.

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As afirmativas são, respectivamente:


(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e V.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

Comentários
(F) O laudo deverá ser redigido de forma teórica, para que somente profissionais habilitados
consigam identificar as anomalias, suas localizações, seu grau de risco e sua orientação técnica.
As recomendações técnicas para as anomalias e falhas constatadas na inspeção predial
podem ser apresentadas de forma clara e simplificadas, possibilitando ao gestor, síndico
ou proprietário a fácil compreensão. Recomenda-se indicar manuais, ilustrações e
normas pertinentes para facilitar as futuras providências do contratante.
Deve-se observar, quando necessário, a execução das recomendações de forma
concomitante. (IBAPE Nacional, 2012)
(V) A lista de recomendações técnicas é um dos tópicos especiais de um laudo, tanto quanto a lista
de recomendações gerais e sustentabilidade.
(F) A complexidade da orientação técnica do laudo é função do nível de anomalia e de seu grau de
risco, independentemente do nível de inspeção predial.
• NÍVEL DE INSPEÇÃO PREDIAL

Classificação da inspeção predial quanto a sua complexidade e elaboração de laudo,


consideradas as características técnicas da edificação, manutenção e operação
existentes e necessidade de formação de equipe multidisciplinar para execução dos
trabalhos. Os níveis de inspeção predial podem ser classificados em nível 1, nível 2 e nível
3. (IBAPE Nacional, 2012)
Vamos à Cartilha do Ibape SP
(Ibape SP, 2012)
3. O LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL
Cumpridas as etapas do trabalho, é gerado o Laudo de Inspeção Predial. Laudo não é relatório ou lista de check-
list contendo termos “sim ou não”, “atende ou não atende”, “verificado ou não verificado”, “existente ou
inexistente”. Não é lista de preenchimento de lacunas ou para se assinalar “xizinhos”.
Laudo é documento que segue diretriz técnica para ser elaborado, a fim de demonstrar todas as etapas do
trabalho e fundamentar conclusão.
Os itens mínimos que devem constar no Laudo são:

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1. Identificação do solicitante;
2. Classificação do objeto da inspeção;
3. Localização;
4. Datas das vistorias e equipe;
5. Descrição técnica do objeto:
Tipologia e Padrão Construtivo
Utilização e Ocupação
Idade da Edificação
6. Nível utilizado de inspeção (nível 1, 2 ou 3);
7. Documentação analisada;
8. Critério e Metodologia da Inspeção;
9. Das informações:
Lista de verificação dos elementos construtivos e equipamentos vistoriados com a descrição e localização das
respectivas anomalias e falhas.
Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco (crítico, regular ou mínimo).
10. Lista de prioridade;
11. Classificação da qualidade de manutenção (atende, não atende ou atende parcialmente);
11. Lista de recomendações técnicas;
12. Lista de recomendações gerais e sustentabilidade;
13. Relatório Fotográfico (pode ser anexo ao Laudo ou, ainda, junto de cada problema constatado e descrito no
item 9);
14. Recomendação do prazo para nova Inspeção Predial;
15. Data do Laudo;
16.Assinatura do(s) profissional(ais) responsável(eis), acompanhado do nº. do Crea e nº do Ibape;
17. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo CREA.

Gabarito: alternativa A.

13. (FGV – ALBA/BA - 2014)


(79) A anomalia encontrada no sistema de pintura, que ocorre quando a tinta é aplicada sobre
reboco úmido ou devido à infiltração, denomina-se:
(A) eflorescência.
(B) calcificação.
(C) descascamento.

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(D) trincas.
(E) crateras.

Comentários

EFLORESCÊNCIA: Depósito de material esbranquiçado e pulverulento de sais minerais que se forma


na superfície de revestimentos em decorrência da evaporação da água que os conduziu a partir da
base.
A eflorescência pode ocorrer em pisos, em revestimentos cerâmicos, alvenarias, etc.
Normalmente a eflorescência é causada pela combinação de três fatores:
a) Teor de sais solúveis existentes nos blocos, tijolos e/ou argamassa de assentamento ou
revestimento.
b) Presença de água para dissolver e carrear os sais solúveis até a superfície da alvenaria.
c) Pressão hidrostática ou evaporação, de modo a produzir a força necessária para a solução migrar
para a superfície.
A questão aborda anomalias em sistema de pintura.
As pinturas são tidas como materiais de acabamento, sempre havendo uma preocupação
com seu desempenho estético, porém é nítida a função das pinturas como agente com
função de impermeabilização de superfícies, como, revestimentos de argamassa,
esquadrias metálicas e de madeira entre outros componentes de uma edificação (DO
CARMO, 2003).
As patologias das pinturas, estão associadas a falhas ocorridas durante a fase de
execução e de materiais do processo de concepção do edifício, geralmente acontecem
por descuidos quanto a estocagem das tintas ou uso indevido, havendo decréscimos
quanto ao desempenho apropriado do produto. Dentre as patologias das pinturas
catalogadas, podem-se destacar as eflorescências, saponificação, desagregação,
descascamentos, manchas, crateras, enrugamento, bolhas e fissuras sendo os seus
mecanismos de ocorrência os mais variados (DO CARMO, 2003).
Uma das causas da eflorescência é a aplicação da tinta sobre o reboco úmido (tempo de secagem
mínimo de 28 dias) e a resposta é a alternativa (A). Abaixo, foto de eflorescência em parede.

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Fonte: Apostila Patologias em Pinturas – Prof. Vander Ribeiro

O fenômeno da eflorescência é decorrente da infiltração de água, que pode ser por capilaridade,
percolação ou mesmo por força do gradiente hidráulico. Os sais presentes na água são levados até
a superfície, reagindo com o dióxido de carbono do ar, fazendo com que a água evapore e os sais
se depositem, causando uma mancha esbranquiçada na superfície. Logo, para ocorrer a
eflorescência devem estar presentes os seguintes requisitos: umidade, sais e o transporte dessa
solução para que ocorra a evaporação.

https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/patologias-da-pintura-saiba-evitalas_6272_0_0

PATOLOGIAS

Eflorescência são manchas esbranquiçadas que surgem na superfície


pintada. Esse problema acontece quando a tinta é
aplicada sobre o reboco úmido. A liberação de vapor
deposita materiais alcalinos na parede, o que causa as
manchas.

Saponificação é o estágio seguinte da eflorescência. Se as manchas não


forem tratadas, a superfície começa a apresentar aspecto
pegajoso, o que provoca o retardamento da secagem dos
esmaltes.

Descascamento de alvenaria placas de tinta que se soltam da parede. Acontece quando


a superfície a ser pintada está empoeirada ou com partes
soltas, tais como: caiação e reboco novo não lixado.

Mofo surgimento de manchas escurecidas e que exalam fortes


odores. Aparece em ambientes úmidos ou com frequentes
mudanças de temperatura. Outro fator que pode

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contribuir para a proliferação dos fungos é a pouca


iluminação, pois favorece o desenvolvimento dos micro-
organismos causadores do problema.

Bolhas podem aparecer bolhas sobre a superfície pintada quando


se utiliza massa corrida em ambientes externos, o que
proporciona a absorção de umidade. Repinturas sobre
paredes onde não se tenha extraído toda a poeira ou
reaplicação de uma tinta sobre outra de má qualidade
sem as devidas preparações também são fatores que
podem influenciar no aparecimento das bolhas.

Enrugamento a pintura apresenta aspecto enrugado devido a uma


aplicação excessiva do produto, seja em uma ou em
sucessivas demãos, em que a primeira não foi
convenientemente seca. A superfície também pode ficar
enrugada quando a secagem é feita sob intensa
incidência do sol.

Crateras o surgimento de crateras pode acontecer devido à


presença de óleo, graxa ou água na superfície. Também
ocorre quando a tinta é diluída com materiais não
recomendados como gasolina ou querosene.

Desagregamento destruição da pintura, que se esfarela e se destaca da


superfície juntamente com partes do reboco. Este
problema ocorre quando a tinta é aplicada antes da cura
do reboco.

Gabarito: alternativa A.

14. (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


(63) As anomalias e falhas das edificações são originárias de fatores de diferentes ordens. O
desgaste dos revestimentos e o vandalismo nas fachadas constituem, respectivamente,
fatores:
(A) exógenos e endógenos;
(B) naturais e funcionais;
(C) funcionais e exógenos;
(D) funcionais e ednógenos;
(E) exógenos e naturais.

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O desgaste dos revestimentos de fachadas se dá em função do uso (anomalia funcional), já o


vandalismo é uma causa de anomalia que tem origem externa à edificação, sendo causada por
terceiros (anomalia exógena).
Exo é um termo de composição que exprime a ideia de fora, para fora, exteriormente e entra na
formação de muitas palavras.
Já Endo denota situação interna e significa ¨dentro¨, ¨interno¨.
Vamos à Norma de Inspeção Predial Nacional

As anomalias podem ser classificadas em:


Endógena: Originária da própria edificação (projeto, materiais e execução).
Exógena: Originária de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.
Natural: Originária de fenômenos da natureza.
Funcional: Originária da degradação de sistemas construtivos pelo envelhecimento
natural e, consequente, término da vida útil.

Gabarito: alternativa C.

15. (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


(64) Na etapa de análises e finalização do laudo técnico referente a uma inspeção predial, o
perito elabora:
(A) vistoria do imóvel ou edificação;
(B) lista de orientações técnicas de acordo com cada deficiência;
(C) entrevista com gestor ou síndico do edifício;
(D) levantamento das anomalias e falhas existentes na edificação;
(E) entrega de questionário aos usuários da edificação.

Comentários
A lista de orientações técnicas é dada no laudo, sendo a alternativa (B) a resposta.
Vamos à Cartilha do Ibape SP
(Ibape SP, 2012)
Principais Etapas para Realização de uma Inspeção Predial
1ª Etapa:
Levantamento de dados e documentos da edificação: administrativos, técnicos, de manutenção e
operação (plano, relatórios, históricos etc).

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2ª Etapa:
Entrevista com gestor ou síndico para averiguação de informações sobre o uso da edificação, histórico
de reforma e manutenção, dentre outras intervenções ocorridas.
3ª Etapa:
Realização de vistorias na edificação, realizadas com equipe multidisciplinar ou não, dependo do tipo
de prédio e da complexidade dos sistemas construtivos existentes.
4ª Etapa:
Classificação das deficiências constatadas nas vistorias, por sistema construtivo, conforme sua
origem.
5ª Etapa:
Classificações dos problemas (anomalias e falhas), de acordo com grau de risco.
6ª Etapa:
Elaboração de lista de prioridades técnicas, conforme a classificação do grau de risco de cada
problema constatado. Essa lista é ordenada do mais crítico ao menos crítico.
7ª Etapa:
Elaboração de recomendações ou orientações técnicas para a solução dos problemas constatados.
Essas orientações podem estar relacionadas à adequação do plano de manutenção ou aos reparos e
reformas para solução de anomalias.
8ª Etapa:
Avaliação da qualidade de manutenção. Ela pode ser classificada em: atende, não atente ou atende
parcialmente. Resumidamente, para essa classificação, consideram-se as falhas constatadas na
edificação, as rotinas e execução das atividades de manutenção e as taxas de sucesso, dentre outros
aspectos.
9ª Etapa:
Avaliação do Uso da Edificação. Pode ser classificada em regular ou irregular. Observam-se as
condições originais da edificação e os seus sistemas construtivos, além de limites de utilização e suas
formas
Os itens mínimos que devem constar no Laudo são:
1. Identificação do solicitante;
2. Classificação do objeto da inspeção;
3. Localização;
4. Datas das vistorias e equipe;
5. Descrição técnica do objeto:

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Tipologia e Padrão Construtivo


Utilização e Ocupação
Idade da Edificação
6. Nível utilizado de inspeção (nível 1, 2 ou 3);
7. Documentação analisada;
8. Critério e Metodologia da Inspeção;
9. Das informações:
Lista de verificação dos elementos construtivos e equipamentos vistoriados com a descrição e
localização das respectivas anomalias e falhas.
Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco (crítico, regular ou mínimo).
10. Lista de prioridade;
11. Classificação da qualidade de manutenção (atende, não atende ou atende parcialmente);
11. Lista de recomendações técnicas;
12. Lista de recomendações gerais e sustentabilidade;
13. Relatório Fotográfico (pode ser anexo ao Laudo ou, ainda, junto de cada problema constatado e
descrito no item 9);
14. Recomendação do prazo para nova Inspeção Predial;
15. Data do Laudo;
16.Assinatura do(s) profissional(ais) responsável(eis), acompanhado do nº. do Crea e nº do Ibape;
17. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo CREA.
Gabarito: alternativa B.

16. (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


(65) No âmbito da patologia das edificações, uma das anomalias e falhas no sistema de
impermeabilização é decorrente do (a):
(A) execução de camada separadora entre a membrana impermeabilizante e a camada de
proteção;
(B) emprego de junta de dilatação em proteção mecânica;
(C) uso de reforço de telas em mudança de base;
(D) utilização de emendas entre panos de mantas;
(E) deslocamento da manda em região de rodapé.

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Comentários
A única alternativa que traz uma falha é a (E). Houve um erro de digitação da manta e onde se lê
manda é manta.
Conforme Souza “Os defeitos e falhas decorrentes da impermeabilização na construção civil, são
ocasionados pela penetração de água nos componentes do edifício ou devido à formação de manchas
de umidade e bolor” (SOUZA, 2008, p. 08). Esses defeitos geram problemas bastante graves e de difícil
solução, tais como:
 Prejuízos de caráter funcional da edificação;
 Desconforto dos usuários podendo até afetar a saúde dos moradores;
 Danos em equipamentos e bens presentes no interior das edificações;
 E diversos prejuízos financeiros.
Dentre os diversos tipos de manifestações decorrentes de falhas de impermeabilizações Souza ainda
menciona:
A umidade não é apenas uma causa de patologias, ela age também como um meio necessário para
que grande parte das patologias em construções ocorra. [...] ela é fator essencial para o aparecimento
de eflorescências, ferrugens, mofo, bolores, perda de pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes
estruturais. (VERÇOZA, 1991 apud SOUZA, 2008, p.08).
As patologias das impermeabilizações podem ser dos mais variados tipos, dentre os principais pode-
se citar a corrosão dos elementos de aço componentes da edificação, degradação do concreto por
dissolução de sais e lixiviação, degradação de forros e elementos de gesso através de bolor ou
descolamento da pintura, desagregação dos elementos de argamassa decorrente da perda gradual
do caráter aglomerante do cimento, desagregação dos blocos cerâmicos por exagerados níveis de
pressão hidrostática interna, eflorescências e estalactites causadas por gotas provenientes de
acúmulos de água, crescimento de vegetação e formação de vesículas (DO CARMO, 2003).
As manifestações patológicas ocorridas em decorrência da umidade nas edificações, normalmente são
causadas pela chuva, capilaridade, condensação ou resultantes de vazamentos da rede hidráulica
predial. Os principais fatores que fazem surgir a chamada umidade ascensional, previamente citada,
são de natureza de fenômenos comuns como valores elevados de teor de umidade do solo em que a
fundação está assente (SOUZA, 2008).
Segundo Do Carmo:
A prevenção é a melhor estratégia para que a construção apresente desempenho satisfatório durante
sua vida útil. Assim torna-se necessário especificar os sistemas de impermeabilização adequados para
cada componente, verificar as propriedades dos materiais e fiscalizar a execução dos trabalhos (DO
CARMO, 2003, p. 56).
(Zuchetti, 2015)

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As principais anomalias do sistema de impermeabilização são:


 Descolamento da manta na região de rodapé, incorrendo em formações de fissuras no
revestimento das paredes e/ou fachadas;
 Descolamento da manta em regiões de ralos, soleiras, peitoris, etc.;
 Falhas nas emendas entre panos de mantas;
 Falhas no tratamento de juntas de dilatação;
 Perfurações na manta por diversas razões, tais como: fixação de peitoris, antenas coletivas,
etc.;
 Especificações inadequadas de materiais;
 Ressecamento da manta;
 Falta da camada separadora entre a membrana impermeabilizante e a camada de proteção
mecânica;
 Falta de junta de dilatação em proteção mecânica, gerando fissuras e retração;
 Falta de reforço de telas em mudança de base, ocasionando fissuras de dilatação térmica dos
diferentes materiais;
 Falta de tratamento adequado da base, como arredondamento de cantos e arestas, gerando
pontos irregulares e perfurantes nas membranas.
 Falta de caimento para os ralos, incorrendo em problemas de empoçamento de água sobre
os pisos e consequentes problemas de eflorescências e manchamentos, entre outros.
Algumas definições da NBR 9575:2010 - Impermeabilização – Seleção e projeto
3.24 camada de proteção térmica
estrato com a função de reduzir o gradiente de temperatura atuante sobre a camada impermeável,
de modo a protegê-la contra os efeitos danosos do calor excessivo
3.25 camada de regularização horizontal ou contrapiso
estrato com as funções de regularizar o substrato, proporcionando uma superfície uniforme de apoio,
coesa, perfeitamente aderida e adequada à camada impermeável, e de fornecer a ele um certo
caimento ou declividade.
3.35 estanqueidade
propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração
ou passagem de fluidos através de si. A sua determinação está associada a uma pressão-limite
de utilização (a que se relaciona com as condições de exposição do elemento ao fluido
3.37 fissura no substrato
abertura ocasionada por deformações ou deslocamentos do substrato, que pode ser classificada
em estática ou dinâmica - cíclica, finita ou infinita - e cuja amplitude é variável (a seleção do
tipo de impermeabilização deve prever a amplitude de abertura e classificação da fissura)
3.38 impermeabilidade

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propriedade de um produto de ser impermeável aos fluidos. A sua determinação está associada a uma
pressão-limite convencionada em ensaio específico
3.39 impermeabilização
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas,
que tem por finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da
umidade
3.47 junta
abertura com geometria uniforme e bem definida, entre elementos ou componentes construtivos
contíguos, dimensionada com a função de separá-los e permitir a livre movimentação relativa entre
as par tes3.48 manta para impermeabilização produto impermeável, pré-fabricado, obtido por
processos industriais, tais como calandragem ou extensão
3.49 mástique
produto industrializado, com características de deformação plástica, para preenchimento, calafetação
ou vedação de aberturas, tais como trincas, fendas ou juntas
3.50 membrana para impermeabilização
camada de impermeabilização moldada no local, com características de flexibilidade e com espessura
compatível para suportar as movimentações do substrato, podendo ser estruturada ou não.
NBR 9575:2010 - Impermeabilização – Seleção e projeto
(ABNT, 2010)
5 Seleção
O tipo adequado de impermeabilização a ser empregado na construção civil deve ser determinado segundo
a solicitação imposta pelo fluido nas partes construtivas que requeiram estanqueidade. A solicitação pode
ocorrer de quatro formas distintas, conforme a seguir:
a) imposta pela água de percolação;
b) imposta pela água de condensação;
c) imposta pela umidade do solo;
d) imposta pelo fluido sob pressão unilateral ou bilateral.
6.3 Características específicas
Os sistemas de impermeabilização a serem adotados devem atender a uma ou mais das seguintes
exigências:
a) resistir às cargas estáticas e dinâmicas atuantes sob e sobre a impermeabilização, tais como:
— puncionamento: ocasionado pelo impacto de objetos que atuam perpendicularmente ao plano da
impermeabilização;
— fendilhamento: ocasionado pelo dobramento ou rigidez excessiva do sistema impermeabilizante ou pelo
impacto de objetos pontuais sobre qualquer sistema;

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— ruptura por tração: ocasionada por esforços tangenciais ao plano de impermeabilização, devido à ação
da frenagem, aceleração de veículos ou pela movimentação do substrato;
— desgaste: ocasionado pela abrasão devido à ação de movimentos dinâmicos ou pela ação do
intemperismo;
— descolamento: ocasionado por perda de aderência;
— esmagamento: redução drástica da espessura, ocasionada por carregamentos ortogonais ao plano de
impermeabilização;
b) resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do substrato e revestimentos, ocasionados
por variações térmicas, tais como:
— fendilhamento: ocasionado pelo dobramento ou rigidez excessiva do sistema impermeabilizante ou pelo
impacto de objetos pontuais sobre qualquer sistema;
— ruptura por tração: ocasionada por esforços tangenciais ao plano de impermeabilização, devido à ação
da frenagem, aceleração de veículos ou pela movimentação do substrato;
— descolamento: ocasionado por perda de aderência;
c) resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas ou biológicas, tais como:
— desgaste: ocasionado pela abrasão devido à ação de movimentos dinâmicos ou pela ação do
intemperismo;
— descolamento: ocasionado por perda de aderência;
d) resistir às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e umidade de solo, bem como
descolamento ocasionado por perda de aderência;
e) apresentar aderência, flexibilidade, resistência e estabilidade físico-mecânica compatíveis com as
solicitações previstas nos demais projetos;
f) resistir ao ataque e agressão de raízes de plantas ornamentais;
6.4 Detalhes construtivos
O projeto executivo de impermeabilização deve atender aos seguintes detalhes construtivos:
a) a inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser definida após estudos de escoamento, sendo
no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo
de 0,5%;
b) os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção da seção nominal dos tubos prevista no projeto
hidráulico após a execução da impermeabilização, sendo o diâmetro nominal mínimo 75 mm. Os coletores
devem ser rigidamente fixados à estrutura. Este procedimento também deve ser aplicado aos coletores que
atravessam vigas invertidas;
c) deve ser previsto nos planos verticais encaixe para embutir a impermeabilização, para o sistema que assim
o exigir, a uma altura mínima de 20 cm acima do nível do piso acabado ou 10 cm do nível máximo
que a água pode atingir;
d) nos locais limites entre áreas externas impermeabilizadas e áreas internas, deve haver diferença de cota
de no mínimo 6 cm e ser prevista a execução de barreira física no limite da linha interna dos contramarcos,

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caixilhos e batentes, para perfeita ancoragem da impermeabilização, com declividade para a área externa.
Deve-se observar a execução de arremates adequados ao tipo de impermeabilização adotada e selamentos
adicionais nos caixilhos, contramarcos, batentes e outros elementos de interferência;
e) toda instalação que necessite ser fixada na estrutura, no nível da impermeabilização, deve possuir detalhes
específicos de arremate e reforços da impermeabilização;
f) toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na estrutura e possuir detalhes
específicos de arremate e reforços da impermeabilização;
g) as tubulações hidráulica, elétrica, de gás e outras que passam paralelamente sobre a laje devem ser
executadas sobre a impermeabilização e nunca sob ela. Estas tubulações, quando aparentes, devem ser
executadas no mínimo 10 cm acima do nível do piso acabado, depois de ter minada a impermeabilização e
seus complementos;
h) quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser prevista proteção adequada para a fixação
da impermeabilização
i) as tubulações externas às paredes devem ser afastadas entre elas ou dos planos ver ticais no mínimo
10 cm;
j) as tubulações que transpassam as lajes impermeabilizadas devem ser rigidamente fixadas à estrutura;
k) quando houver tubulações de água quente embutidas ou sistema de aquecimento de pisos, deve ser prevista
isolação térmica adequada destas para execução da impermeabilização;
l) todo encontro entre planos ver ticais e horizontais deve possuir detalhes específicos da
impermeabilização;
m) os planos ver ticais a serem impermeabilizados devem ser executados com elementos rigidamente
solidarizados às estruturas, até a cota final de arremate da impermeabilização, prevendo-se os reforços
necessários;
n) a impermeabilização deve ser executada em todas as áreas sob o enchimento. Recomenda-se também
executá-la sobre o enchimento. Devem ser previstos, em ambos os níveis, pontos de escoamento de
fluidos;
o) as arestas e os cantos vivos das áreas a serem impermeabilizadas devem ser arredondados sempre
que a impermeabilização assim requerer;
p) as proteções mecânicas, bem como os pisos posteriores, devem possuir juntas de retração e trabalho
térmico preenchidos com materiais deformáveis, principalmente no encontro de diferentes planos;
q) as juntas de dilatação devem ser divisoras de água, com cotas mais elevadas no nivelamento do
caimento, bem como deve ser previsto detalhamento específico, principalmente quanto ao rebatimento
de sua abertura na proteção mecânica e nos pisos posteriores;
r) todas as áreas onde houver desvão devem receber impermeabilização na laje superior e recomenda-
se também na laje inferior;
s) nos locais onde a impermeabilização for executada sobre contrapiso, este deve estar perfeitamente aderido
ao substrato.

Vamos ao livro “A Técnica de Edificar”

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(Yazigi, 2009)

10.1.9 - PROTEÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO


10.1.9.1 - PROTEÇÃO PARA SOLICITAÇÃO PESADA OU LEVE
São proteções para resistir ao trânsito de veículos ou de pessoas. Precisam atender aos
seguintes requisitos:
- resistência mecânica ao tráfego previsto, sem se desagregar;
- possuir juntas de retração térmica, preenchidas com mástiques plásticos ou elásticos,
principalmentenos encontros dos paramentos verticais, para evitar o puncionamento da
impermeabilização;
- quando confeccionadas com argamassa de cimento e areia, deverão ter traço forte (1:4
a 1:5), comespessura mínima de 4 cm, formando quadros com medidas entre 50 cm x 50
cm e 2 m x 2 m, dependendo da variação térmica, com juntas de 1 cm a 1,5 cm
preenchidas com mástique;
- quando aplicadas sobre a camada de isolação térmica ou cm situações sujeitas a
maiores esforços, é preciso incorporar armadura metálica;
- nas áreas verticais (rodapés e outras), as proteções precisam ser armadas com tela
metálica (galvanizada, de preferência) e ainda fixada com adesivo e/ou pinos,
dependendo da solicitação, para evitar seu desprendimento. A ancoragem da proteção
terá de ser feita pelo menos 10 cm acima do término da impermeabilização;
- ter caimento mínimo de 1% no sentido dos pontos de escoamento de água.
(...)
10.1.11.4 - ENGASTE NO PLANO VERTICAL (RODAPÉ)
Nas paredes e pilares de concreto aparente, em áreas impermeabilizadas expostas a
chuvas, terá de ser previsto um rebaixo junto do piso para embutimento do rodapé da
impermeabilização. Esse detalhe, se previsto no projeto estrutural, reduzirá os problemas
de descolamento da manta impermeabilizante e a consequente infiltração de umidade
pela sua parte posterior. A impermeabilização do piso subirá sem emenda, nas paredes,
até a altura ideal de 30 cm acima do piso acabado. O encontro da regularização do piso
com a do rodapé deverá ser arredondado (meia-cana). Nas áreas externas, a argamassa
de proteção mecânica do rodapé terá de ser armada com tela galvanizada. Nos box de
chuveiro, o rodapé subirá até 1 m acima do piso acabado. Os topos da impermeabilização
e da tela serão fixados firmemente à parede.
(...)
10.1.11.6 - RALO
A parte superior do ralo terá de facear a superfície de regularização do piso e nunca
facear o piso acabado. A camada impermeabilizante aplicada sobre a regularização
deverá penetrar alguns centímetros do ralo. O caixilho da grelha terá, assim, de ser fixado

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no material de acabamento do piso, ficando consequentemente afastado alguns


centímetros acima do ralo.
10.1.11.7 - TUBULAÇÃO QUE ATRAVESSA A IMPERMEABILIZAÇÃO
A regularização do piso será arrematada junto da tubulação em forma de cordão (meia-
cana). A impermeabilização terá de suhir na parede da tubulação até a altura de 30 cm
acima do piso acabado (colarinho). O topo da impermeabilização deverá ser firmemente
fixado à tubulação por meio de fita adesiva.
10.1.12 - IMPORTANTES FATORES A CONSIDERAR
10.1.12.1 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
- altura dos encaixes
- traço da argamassa
- caimento executado (mínimo de 1%)
- detalhes: arredondamento dos cantos e posicionamento dos ralos.
10.1.12.2- PROTEÇÃO MECÂNICA
A menos nas obras nas quais se exija, por motivos técnicos ou estéticos, que a
impermeabilização seja exposta. nas demais é executada uma proteção mecânica para
impedira danificação do material impermeabilizante: pela ação do tráfego (normal,
eventual ou pesado) e pela incidência de radiações solares diretas (que provocam a
evaporação dos componentes voláteis dos materiais diretamente responsáveis pela sua
elasticidade).
10.1.12.3 - ISOLAMENTO TÉRMICO
A utilização de um isolante térmico não só melhora o conforto térmico do ambiente, mas
também aumenta a vida útil da impermeabilização, especialmente pela redução dos
diferenciais de temperatura sobre a estrutura, com a consequente diminuição das
tensões provocadas sobre a camada impermeabilizante pela movimentação da estrutura,
e ainda gera economia de consumo de energia no condicionamento de ar do ambiente.

Gabarito: alternativa E.

17. (FGV – SUDENE/PE - 2013)


(69) O critério utilizado para a elaboração de laudos de inspeção predial baseia-se na análise
do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, que consiste na
classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos componentes de uma
edificação.
Assinale a alternativa que indica as falhas operacionais.

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(A) Decorrem de procedimentos e especificações inadequados do plano de manutenção, sem


aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental, de confiabilidade
e disponibilidade das instalações.
(B) Estão associadas à manutenção e causadas pela execução inadequada de procedimentos
e atividades do plano de manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais.
(C) Estão relacionadas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e
demais atividades pertinentes ao assunto.
(D) Decorrem da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção ou da falta de
acompanhamento de custos da mesma.
(E) São originárias de fenômenos da natureza, tanto os de ordem previsível quanto de ordem
imprevisível.

Comentários
Grifar na questão falhas operacionais.
As falhas podem ser classificadas em:
De Planejamento: Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações inadequados do plano
de manutenção, sem aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental
e, principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalações, consoante a estratégia de
Manutenção. Além dos aspectos de concepção do plano, há falhas relacionadas às periodicidades
de execução.
De Execução: Associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela execução inadequada
de procedimentos e atividades do plano de manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais.
Operacionais: Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e demais
atividades pertinentes.
Gerenciais: Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção, bem como
da falta de acompanhamento de custos da mesma.
Agora, podemos comentar as questões:
(A) Falha de planejamento.
(B) Falha de execução.
(C) Falha operacional.
(D) Falha gerencial.
(E) Anomalias naturais.
Vamos à Norma de Inspeção Predial Nacional
11 CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS

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As anomalias e falhas constituem não conformidades que impactam na perda precoce de desempenho real ou
futuro dos elementos e sistemas construtivos, e redução de sua vida útil projetada. Podem comprometer,
portanto: segurança; funcionalidade; operacionalidade; saúde de usuários; conforto térmico, acústico e
lumínico; acessibilidade, durabilidade, vida útil, dentre outros parâmetros de desempenho definidos na ABNT
NBR 15575.
As não conformidades podem estar relacionadas a desvios técnicos e de qualidade da construção e/ou
manutenção da edificação. Podem, ainda, não atender aos parâmetros de conformidade previstos para os
sistemas construtivos e equipamentos instalados, tais como: dados e recomendações dos fabricantes, manuais
técnicos em geral, projetos e memoriais descritivos, normas, etc.
11.1 ANOMALIA
As anomalias podem ser classificadas em:
11.1.1. Endógena
Originaria da própria edificação (projeto, materiais e execução).
11.1.2. Exógena
Originaria de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.
11.1.3. Natural
Originaria de fenômenos da natureza.
11.1.4. Funcional
Originaria da degradação de sistemas construtivos pelo envelhecimento natural e, conseqüente, término da
vida útil.
11.2 FALHA
As falhas podem ser classificadas em:
11.2.1. De Planejamento
Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações inadequados do plano de manutenção, sem aderência
a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental e, principalmente, de confiabilidade e
disponibilidade das instalações, consoante a estratégia de Manutenção. Além dos aspectos de concepção do
plano, há falhas relacionadas às periodicidades de execução.
11.2.2. De Execução
Associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela execução inadequada de procedimentos e
atividades do plano de manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais.
11.2.3. Operacionais
Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e demais atividades pertinentes.
11.2.4. Gerenciais
Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção, bem como da falta de
acompanhamento de custos da mesma.

Gabarito: alternativa C.

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18. (FGV – INEA/RJ - 2013)


(49) A possibilidade de ocorrência de recalques diferenciais perigosos, causadores de fissuras
na estrutura de concreto, deverá ser discutida entre o calculista e o arquiteto, para que
possam aumentar a flexibilidade do edifício por meio de recursos como a criação de juntas na
estrutura e a desvinculação de paredes. Assinale a alternativa que indica o caso em que
deverão ser criadas juntas na estrutura.
(A) Edifícios de pequena extensão.
(B) Edifícios com geometria regular.
(C) Sistemas de fundações semelhantes.
(D) Cotas de apoio diferentes.
(E) Fases de construção semelhantes.
Comentários
(A) Errada. Edifícios de grande extensão.
(B) Errada. Edifícios com geometria irregular.
(C) Errada. Sistemas de fundações diferentes.
(D) Correta. Cotas de apoio diferentes.
(E) Errada. Fases de construção diferentes.
Vamos ao livro “A Técnica de Edificar”
(Yazigi, 2009)

5-10 - PREVENÇÃO DE FISSURAS EM EDIFICAÇÃO


Dentre os problemas patológicos mais comuns que se manifestam nas estruturas de
concreto armado, ou alvenaria estrutural ou de vedação, destacam-se as fissuras. Estas
normalmente são originadas a partir de: deficiências quando da elaboração dos
respectivos projetos, qualidade inadequada dos materiais utilizados nas obras e falhas de
execução, Existem inúmeros fatores que causam o aparecimento de fissuras, dentre os
quais se destacam os recalques diferenciais (ou diferenciados). A influência dos recalques
diferenciais de fundação nas estruturas de concreto depende da interação de vários
fatores entre a fundação, estrutura e o solo que as suporta. Por exemplo, as areias
apresentam características de alta permeabilidade, com recalques em períodos
relativamente curtos, e as argilas, que apresentam variações de volume por percolação
de água de maneira lenta, provocam recalques cm períodos mais longos. Normalmente,
as fissuras decorrentes dos recalques diferenciais são inclinadas no sentido do ponto onde
ocorreu o maior recalque, cujas aberturas são proporcionais à intensidade. Verificada
pelo projetista das fundações a possibilidade de ocorrência de recalques diferenciados
perigosos, devendo ser discutidas com o calculista da estrutura e com o arquiteto
medidas que possam aumentar a flexibilidade do edifício (juntas na estrutura,
desvinculação de paredes etc). Dentre os casos em que precisam ser criadas juntas na

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estrutura para evitar a ocorrência de danos por recalques diferenciados das fundações,
podem ser citados:
- edifícios muito longos
- edifícios com geometria irregular
- sistemas de fundação diferentes
- carregamentos diferentes
- cotas de apoio diferentes
- diferentes fases de construção.
6.1.21 - TIPOS DE FISSURA DO CONCRETO
Dentre os problemas patológicos mais sérios que se manifestam nas estruturas de
concreto armado, destacam-se as fissuras, que são pequenas rupturas que surgem no
concreto como consequência de esforços superiores à sua resistência. As tensões que
atuam sobre o concreto são resultantes da distribuição das cargas que agem sobre a peça
estrutural ou são provenientes dos chamados esforços espontâneos que provocam
variações mis dimensões do elemento de concreto. É necessário o conhecimento do tipo
de fissura, sua origem e desenvolvimento para aplicar o corretivo adequado na ocasião
oportuna.
As fissuras provocadas pela distribuição das cargas podem ser classificadas e
identificadas da seguinte maneira:
- fissuras provocadas por esforços de compressão: são fissuras paralelas à direção do
esforço e oferecem grande perigo, pois sua aparição coincide praticamente com o estado
de colapso (esgotamento da resistência) da peça estrutural;
- fissuras provocadas por esforços de tração: são fissuras perpendiculares à direção do
esforço;
- fissuras provocadas por esforços de flexão: são mais frequentes nas vigas e geralmente
aparecem na sua zona inferior; são de traçado vertical; contudo, elas podem surgir na
parte superior da viga ou em zonas próximas ao apoio, combinadas com esforço cortante
na zona inferior da viga e com traçado inclinado a 45°;
- fissuras provocadas por esforços cortantes: são de traçado esconso, chegando a ter
trechos quase horizontais;
- fissuras provocadas por esforços de torção: são fissuras cujo traçado percorre todo o
perímetro da peça, desenvolvendo-se em sentidos opostos de uma direção da peça.
As fissuras provocadas por esforços espontâneos podem ser classificadas em:
- fissuras provocadas por retração hidráulica: são consequência da evaporação
progressiva da água dos poros do concreto que se encontra em ambiente seco. São de
dois tipos:
a) anteriores à pega:

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- em elementos de espessura uniforme e sem dimensões preferenciais: as fissuras


distribuem-se aleatoriamente
- em elementos com uma dimensão preferencial: as fissuras distribuem-se paralelamente
a essa direção
b) posteriores à pega: são fissuras que surgem em peças estruturais cuja movimentação
(dilatação/contração) está impedida e o seu traçado é perpendicular ao eixo principal da
peça: são de pequena dimensão e distribuídas;
- fissuras provocadas por variação térmica: são causadas por contração ou por dilatação;
são fissuras em geral atípicas, requerendo um estudo para cada caso;
- fissuras provocadas por expansão: são devidas ao excesso de expansor adicionado ao
concreto, ou à oxidação das barras de aço etc.: o tipo de fissuras provocadas pela
oxidação da armadura constitui um problema sério para as estruturas de concreto
armado e são muitas vezes causadas por falta de cuidado na colocação da armadura ou
por cobrimento insuficiente da ferragem pela argamassa de concreto; as fissuras que
surgem nesse caso são paralelas às barras da armadura e permitem com o tempo a
continuidade da corrosão do aço.
Em resumo, as fissuras mais comuns são originadas: a partir de deficiências quando da
elaboração dos projetos, qualidade inadequada dos materiais utilizados e falhas de
execução da obra. Dentre os inúmeros fatores que causam o aparecimento das fissuras,
destacam-se os seguintes:
- Recalques diferenciais: a influência dos recalques diferenciais de fundação na estrutura
de concreto depende da interação de vários fatores entre a fundação, estrutura e o solo
que as suporta. Normalmente, as fissuras decorrentes dos recalques diferenciais são
inclinadas na direção do ponto onde ocorreu o maior recalque, cujas aberturas são
proporcionais à intensidade,
- Sobrecargas: a atuação de sobrecargas nas edificações, mesmo que previstas em
projeto, podem provocar fissuramento nas peças de concreto armado submetidas à
flexão, cisalhamento, flexocompressão, torção e compressão axial. A configuração das
fissuras provocadas por sobrecargas são diferenciadas em função das parcelas
solicitantes.
-Agentes agressivos: existem várias substâncias químicas e meios agressivos que
aceleram a deterioração dos materiais de construção, dentre os quais se destaca o
processo de corrosão da armadura nas peças de concreto armado. Usualmente, os
principais fatores que causam a corrosão de armadura são os cobrimentos insuficientes,
mau adensamento e/ou alta permeabilidade do concreto, bem como sua má execução.
Esse processo, preponderantemente eletroquímico, ocorre devido à presença de água e
ar que desencadeiam a oxidação de todas as regiões mal protegidas da armadura.
Normalmente, essas fissuras apresentam-se paralelas à direção da armadura principal.
- Retração por secagem: a redução de volume causada pela diminuição de umidade é
conhecida como retração por secagem. Quando o concreto perde umidade, ele se contrai

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(e quando ganha umidade, se expande). O efeito da variação de volume nas estruturas


de concreto não seria prejudicial se houvesse liberdade de sua movimentação:
entretanto, isso não acontece devido: ao engaste na fundação, à existência de armadura
e outros fatores que impedem a mobilidade das peças da estrutura. Esse impedimento à
movimentação induz ao aparecimento de tensões de tração que podem romper o
concreto, originando o aparecimento de fissuras. Quanto maior for o consumo de cimento
adicionado à mistura, relação água/cimento e finura dos agregados, maior será a
retração. Geralmente, a configuração dessas fissuras é linear com direções variadas,
dependendo de diversos fatores.

Gabarito: alternativa D.

19. (FGV – ALMT/MT - 2013)


(66) O laudo de Inspeção Predial representa o “retrato” da edificação, consoante seu estado
de conservação geral, na data da vistoria. Com relação a este tipo de laudo, analise as
afirmativas a seguir.
I. O laudo possui três itens principais: a classificação das anomalias e falhas quanto ao risco, ás
orientações técnicas e à classificação do estado de manutenção e uso da edificação.
II. A constatação de anomalias e falhas para uma inspeção predial deverá ser feita e registrada
coletivamente, a fim de facilitar sua classificação quanto ao grau de risco e seu cadastramento
no laudo, o que evita as prioridades.
III. As orientações técnicas, com base na classificação quanto ao grau de risco, devem ser
distribuídas do menos crítico ao mais crítico, a fim de instruir o plano de manutenção ou
reparos e a organização dos dados e seus registros.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários
(A) Correta. O laudo não se resume ao que foi citado, porém esses três itens são principais.
(B) Errada. Devem ser registradas individualmente.
(C) Errada. Devem ser distribuídas do mais crítico ao menos crítico.
Vamos ao livro Inspeção Predial – Checkup Predial: Guia da Boa Manutenção – IBAPE SP

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https://pt.scribd.com/document/34772711/A-SAUDE-DOS-EDIFICIOS-check-up-predial

2.2 O Laudo de Inspeção Predial


O Laudo de Inspeção Predial possui três principais itens, sendo eles: A Classificação das
Anomalias quanto ao Grau de Urgência; As Orientações Técnicas pertinentes às
anomalias e A Classificação Geral do Estado de Conservação da edificação.
Esses três itens do Laudo deverão ser feitos com minúcia e detalhamento para a correta
avaliação e análise dos dados de prioridades emitidos.
O Laudo deverá ser redigido de forma prática, para que o leigo consiga identificar as
anomalias, suas localizações, seu grau de urgência e sua orientação técnica.
Reforça-se que o laudo de Inspeção Predial é um “retrato” da edificação na data da
vistoria, e que dependendo da complexidade do mesmo não é possível a emissão de
parecer sobre problemas ocultos, tal que a Inspeção Predial é uma atividade de
constatação visual das anomalias ou desconformidades, no entanto poderá haver casos
em que a inspeção predial use de ensaios e exames mais aprofundados, dependendo do
nível de Inspeção Predial contratado.

Gabarito: alternativa A.

20. (FGV – ALMT/MT - 2013)


(68) As principais anomalias constatadas na estrutura de um edifício estão ligadas à formação
de fissuras ou à perda parcial do monolitismo das peças. Um dos tipos de anomalia é
classificado de “trinca”, que consiste:
(A) no seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um comportamento, com
abertura capilar, apresentando variação da abertura em função de movimentações
hignotérmicas ou outras, com espessura inferior a 0,5mm.
(B) na segmentação da seção transversal de um comportamento ou na superfície, com fresta
capilar, provocando tensões normais ou tangenciais, com abertura constante e espessura
inferior a 0,5mm.
(C) na abertura em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa, com espessura de 0,5mm a 1,0mm.
(D) na abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido, decorrente
de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se “ver” através dela, com espessura entre 1,0
e 1,5mm.
(E) na abertura significativa que aparece na superfície de qualquer material sólido, devido à
exacerbada ruptura de sua massa, causando sua divisão em partes separadas, com espessura
superior a 1,5mm.

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Comentários
(A) Fissura.
(B) Fissura passiva.
(C) Trinca.
(D) Rachadura.
(E) Fenda.
Monografia “Manutenção em estruturas de concreto armado baseado no conceito de
manutenção centrada em confiabilidade”
(CASTRO, 2016)

4.1.1 Definição de Fissuras, trincas, rachaduras e fendas


Segundo Thomaz (1989) as fissuras, trincas, rachaduras e fendas é a classificação
adotada para a largura da fenda formada por tensões oriundas de atuação de sobrecarga
ou de movimentações de materiais, dos componentes ou da obra como um todo.
De acordo com o IBAPE (2013, p. 67), as aberturas das fissuras são classificadas como:
“Fissura: É um seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um
comportamento, com abertura capilar, provocando tensões normas ou tangenciais. As
fissuras podem ser classificadas em ativas (variação da abertura em função de
movimentações higrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante), com
espessura inferior a 0,5mm.
Trinca: é uma abertura em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material
sólido, proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa com espessura de 0,5mm
a 1,0 mm.
Rachadura: é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material
sólido, proveniente de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se“ver” através dela
e cuja espessura varia de 1,0 mm até 1,5 mm.
Fenda: é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de acentuada ruptura de sua massa, causando sua divisão em partes
separadas, com espessura superior a 1,5 mm”.
Para Helene (2013), 99% das fissuras poderiam ser desprezadas por não causar qualquer
redução da capacidade resistente das estruturas, porém se não tratadas no longo prazo
podem trazer graves consequências como corrosão das armaduras.

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A lei de sitter relata que em cada fase em que os problemas de patologias do concreto
não forem detectados, o custo aumenta em progressão geométrica razão de 5 até atingir
a etapa de manutenção onde a suas correções podem custar até 25 vezes a mais que
medidas corretas na fase de projeto e na manutenção corretiva 125 vezes a fase de
projeto segundo demonstrado no gráfico na figura 4.1.3. (Helene, 2003)

“Fundamentos da Patologia das Estruturas nas Perícias de Engenharia”


(Vitório, 2003)

3.3.1. Fissuramento - conceituação


Os problemas patológicos nas estruturas de concreto geralmente se manifestam de
forma bem característica, permitindo assim que um profissional experiente possa deduzir
qual a natureza, a origem e os mecanismos envolvidos, bem como as prováveis
conseqüências.
Um dos sintomas mais comuns é o aparecimento de fissuras, trincas, rachaduras e
fendas.
Fissura é uma abertura em forma de linha que aparece nas superfícies de qualquer
material sólido, proveniente da ruptura sutil de parte de sua massa, com espessura de
até 0,5mm.
Trinca é uma abertura em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material
sólido, proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa, com espessura de 0,5mm
a 1,00mm.
Rachadura é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material
sólido, proveniente de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se “ver” através dela e
cuja espessura varia de 1,00mm até 1,5mm.
Fenda é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de acentuada ruptura de sua massa, com espessura superior a 1,5mm.

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De modo geral tais aberturas podem ser passivas ou ativas.

Gabarito: alternativa C.

(CESPE – INPI – 2013)


A respeito de canteiros e fiscalização de obras, julgue os próximos itens.
21.
(115) É possível que, durante a realização da obra, seja exigida, por parte da fiscalização, a
execução de escoramentos adequados, mesmo que não tenham sido previstos no projeto.

Comentários
Vamos ao Manual de Obras Públicas-Edificações - Práticas da SEAP – CONSTRUÇÃO
http://www.comprasnet.gov.br/publicacoes/manuais/manual_construcao.pdf
ANEXO 1
FISCALIZAÇÃO
1. OBJETIVO
Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Fundações.
2. FISCALIZAÇÃO
A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de Construção, as seguintes
atividades específicas:
Escavações e Reaterros
• observar se as escavações estão sendo executadas com as dimensões necessárias, e se foram tomadas as
devidas precauções quanto ao escoramento e proteção das paredes e muros de divisa porventura existentes;
• acompanhar a execução do reaterro das cavas, verificando se é executado conforme o procedimento
estabelecido na Prática de Construção correspondente.
Escoramentos
· observar se são obedecidas durante a execução, as determinações contidas no projeto e na Prática de
Construção;
· exigir escoramentos adequados, quando necessários e não previstos no projeto e na Prática de Construção.

Gabarito: alternativa CERTA.

22.
(116) Devem-se verificar o traço do concreto e a armadura utilizada em estacas pré-moldadas
das fundações de uma edificação.

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Comentários
Errada, somente quando forem moldadas na obra.
Vamos ao Manual de Obras Públicas - Edificações - Práticas da SEAP – CONSTRUÇÃO
c) Estacas Pré-Moldadas
· exigir, analisar e liberar o plano de execução das fundações;
· verificar o traço do concreto e a armadura utilizada, quando as estacas forem moldadas no próprio
canteiro de obra;
· vistoriar e liberar para cravação as estacas fabricadas fora do canteiro de obra, verificando a
inexistência de trincas ou fissuras prejudiciais ao desempenho da estaca;
· observar se, durante a cravação, estão sendo utilizados cabeçotes de aço com placa de madeira, para
evitar a quebra da cabeça da estaca;
· comprovar a obtenção das negas, de acordo com o descrito no projeto;
· cuidar para que o comprimento excedente após a quebra da cabeça das estacas, e que deverá
permanecer dentro do bloco a ser concretado, corresponde ao indicado em projeto;
· cuidar para que, na execução do desbaste posterior da cabeça da estaca, sejam empregadas
ferramentas que não comprometam a integridade do restante da peça;
· após a execução das estacas, verificar junto ao autor do projeto e/ou consultor de Fundações a
necessidade de realização de provas de carga.
Gabarito: alternativa ERRADA.

23.
(117) Durante a escavação com estacas de concreto ou metálicas, deve-se verificar se sua base
superior está protegida por cabeçote de aço ou madeira.
Comentários
Estacas Metálicas:
· exigir, analisar e liberar o plano de execução das fundações;
· se forem trilhos soldados, verificar as suas características (peso por metro, comprimento, estado de
conservação), e o estado das soldas;
· se forem perfis metálicos, tipo I ou H, verificar se as dimensões são as especificadas, bem como a
inexistência de trincas e o estado das soldas;
· verificar se, durante a cravação, a base superior da estaca está protegida por cabeçote de aço com
placa de madeira;

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· após a execução das estacas, verificar junto ao autor do projeto e/ou consultor de Fundações a
necessidade de realização de provas de carga.
Gabarito: alternativa CERTA.

(CESPE – TRE RJ – 2013)


Sobre estudos, avaliações, relatórios e documentação em geral relacionados a construções,
julgue os itens seguintes.
24.
(96) As vistorias só podem ser realizadas no local e por meio de documentos enviados até o
perito.

Comentários
Errada. O perito faz o levantamento de dados e documentos da edificação que achar pertinente.

Laudo, vistoria, relatório técnico, perícia, inspeção, cuidado com a “sopa de termos”!
http://condominioemordem.com.br/laudo-vistoria-pericia-inspecao/

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Gabarito: alternativa ERRADA.

25.
(97) A perícia limita-se a investigar as causas que conduziram ao estado do bem observado,
apresentando conclusões a respeito delas.

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Comentários
Errada. Há diferentes espécies de perícia.

Vamos à NBR 13752/1996 Perícias de engenharia na construção civil


3.61 Perícia
Atividade que envolve apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de
direitos.
4.1.6 Espécies de perícias
Podem ser:
a) arbitramentos;
b) avaliações;
c) exames;
d) vistorias;
e) outras.
4.1.7 Tipos de ocorrências que envolvem ou podem envolver perícias
Podem ser:
a) ações judiciais;
b) ações administrativas;
c) extrajudiciais.

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Gabarito: alternativa ERRADA.

26.
(98) Laudo é um parecer emitido por um especialista indicado por autoridade que relata os
resultados de exames e vistorias.

Comentários

http://condominioemordem.com.br/laudo-vistoria-pericia-inspecao/

Vamos entender melhor esses conceitos, pois são várias as definições para laudo.

Primeiramente, vamos a uma norma novíssima, a NBR 16636-1:2017:

3.90 Profissional habilitado - pessoa técnica, com qualificação, capacitação e responsabilidade


técnica reconhecida e registrada por órgão regulador da sua atividade

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3.45 Especialidade - designação de um determinado ramo do conhecimento técnico que corresponde


a um assunto específico
3.66 Laudo Técnico - peça escrita e fundamentada, emitida por profissional habilitado, relatando
resultado de exames e vistorias, assim como eventuais avaliações com ele relacionado
Porém, a definição trazida pela afirmativa, a qual está correta, é do IBAPE-SP, ou seja, o Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, a qual trata de engenharia legal.
3.41 Engenharia legal - Ramo de especialização da engenharia dos profissionais registrados nos CREA
que atuam na interface direito-engenharia, colaborando com juízes, advogados e as partes, para
esclarecer aspectos técnico-legais envolvidos em demandas. (NBR 13752 - Perícias de engenharia na
construção civil)
Nos processos judiciais, muitas vezes o Juiz precisa analisar e emitir uma sentença sobre questão que
envolve a necessidade de conhecimentos técnicos especializados que extrapolam a sua formação.
Nesses casos ele se utiliza da assistência de profissionais qualificados e que estejam legalmente
habilitados para transmitir-lhe as informações necessárias. Esses profissionais são denominados
Peritos Judiciais.
O Perito é considerado um auxiliar da justiça, que assessora o Juiz quando o assunto em pauta
depende de conhecimento técnico ou cientifico e não deve ter nenhuma obrigação com qualquer das
partes envolvidas no processo.
2. Perito – auxiliar da justiça
https://carlosadprossi.jusbrasil.com.br/artigos/324083771/a-prova-pericial-na-lei-n-13105-2015-
novo-codigo-de-processo-civil
Para o exercício de suas funções o juiz necessita do auxílio constante ou eventual de outras pessoas
que, tal como ele, devem atuar com diligência e imparcialidade (art. 149, CPC).
Nas causas em que a matéria envolvida exigir conhecimentos técnicos ou científicos próprios de
determinadas áreas do saber, o magistrado será assistido por perito ou órgão, cuja nomeação
observará o cadastro de inscritos mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado (art. 156, § 1º,
CPC), sendo que esse cadastro deve ser feito de acordo com o exigido pelo artigo 156, em seus §§ 2º
e 3º.
A Lei nº 13.105/2015 inovou ao expandir a possibilidade do juiz também ser assistido por “órgãos
técnicos ou científicos”, não estando limitado apenas a pessoas físicas na condição de “profissionais
de nível universitário”, tal como dispunha o código revogado. Nesta hipótese, o órgão que vier a ser
designado para a realização de determinada perícia deverá comunicar ao juiz os nomes e os dados de
qualificação dos profissionais que forem destacados para o respectivo trabalho pericial, de modo a
viabilizar a verificação de eventuais causas de impedimento[iii] e suspeição[iv] (art. 156, § 4º, CPC).
Pode ocorrer, principalmente em comarcas pequenas, que para a realização de uma determinada
perícia sobre área específica do conhecimento, não haja perito ou órgão inscrito no cadastro
disponibilizado pelo tribunal. Nesta hipótese, o parágrafo quinto, do artigo 156, permite que o

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magistrado escolha livremente um profissional ou órgão que, comprovadamente, detenha


conhecimento especializado para tal mister.
Nomeado, o auxiliar do juiz – perito ou órgão – deverá empregar toda diligência para, no prazo que
lhe for assinado, cumprir seu trabalho. Poderá, se for o caso, no prazo legal de quinze dias, escusar-se
do encargo alegando justo motivo, sob pena de renúncia a tal direito (art. 157, § 1º, CPC).
Gabarito: alternativa CERTA.

27.
(99) Croquis ilustrativos podem ser anexados em laudos de perícia técnica para auxiliar na
descrição do objeto periciado, bem como dos problemas observados no transcorrer dos
trabalhos periciais.

Comentários
Vamos à NBR 13752/1996 Perícias de engenharia na construção civil
4.3.2 Requisitos essenciais
Um trabalho pericial, cujo desenvolvimento se faz através de metodologia adequada, deve atender a todos os
requisitos essenciais de 4.3.2.1 a 4.3.2.3.
4.3.2.1 O levantamento de dados deve trazer todas as informações disponíveis que permitam ao perito elaborar
seu parecer técnico.
4.3.2.2 A qualidade do trabalho pericial deve estar assegurada quanto à:
a) inclusão de um número adequado de fotografias por cada bem periciado, com exceção dos casos onde
ocorrer impossibilidade técnica;
b) execução de um croqui de situação;
c) descrição sumária dos bens nos seus aspectos físicos, dimensões, áreas, utilidades, materiais construtivos,
etc.;
d) indicação e perfeita caracterização de eventuais danos e/ou eventos encontrados.
4.3.2.3 Nas perícias judiciais torna-se obrigatória a obediência aos requisitos essenciais, sendo que, no caso de
avaliações, devem ser obedecidos ainda os critérios das normas aplicadas à espécie, salvo no caso de trabalhos
de cunho provisório ou quando a situação assim o obrigar, desde que perfeitamente fundamentado.
(...)
4.3.3.3 A qualidade do trabalho pericial deve estar assegurada
quanto à:
a) inclusão de um número ampliado de fotografias, garantindo maior detalhamento por bem periciado;
b) descrição detalhada dos bens nos seus aspectos físicos, dimensões, áreas, utilidades, materiais construtivos,
etc.;

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c) apresentação de plantas individualizadas dos bens, que podem ser obtidas sob forma de croqui;
d) indicação e perfeita caracterização de eventuais danos e/ou eventos encontrados, com planta de articulação
das fotos perfeitamente numeradas;
e) análise dos danos e/ou eventos encontrados, apontando as prováveis causas e consequências;
f) juntada de orçamento detalhado e comprovante de ensaios laboratoriais, quando se fizerem necessários.

Gabarito: alternativa CERTA.

28.
(100) A análise e o exame prévios em um estudo de viabilidade de uma construção
determinam a adequação financeira e técnica de um projeto proposto.

Comentários
O estudo de viabilidade técnica é a atividade que envolve a análise dos métodos ou processos de
produção cabíveis, na busca de melhor solução de engenharia para a obra a ser realizada,
considerando-se especialmente, conforme determinado no art. 12 da Lei nº 8.666/93:
I - segurança;
II - funcionalidade e adequação ao interesse público;
III - economia na execução, conservação e operação;
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes
no local para execução, conservação e operação;
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do
serviço;
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas;
VII - impacto ambiental.
A viabilidade técnica, basicamente, define as diretrizes para a elaboração ou contratação do projeto
básico, devendo estar atento a aspectos como infraestrutura disponível, topografia, tipos de solo,
vez que as características do terreno e sua localização estão diretamente ligadas à efetividade da
construção, daí sua importância.
Gabarito: alternativa CERTA.

29.
(101) Vistoria é a inspeção do imóvel para examinar suas condições estruturais e de
acabamento.

Comentários

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Conforme o IBAPE/MG (2014), Vistoria Cautelar tem o objetivo de vistoriar e analisar tecnicamente
o estado geral dos imóveis vizinhos confrontantes com uma obra a ser edificada e as imediações
desta. Serão analisadas e relatadas as condições físicas e estruturais dos imóveis, as características
construtivas, as anomalias, os defeitos e os danos físicos existentes. Estes dados deverão ser
documentados, registrados e ainda fotografados na data da vistoria.

http://condominioemordem.com.br/laudo-vistoria-pericia-inspecao/

Gabarito: alternativa CERTA.

30. (CESPE – TJ/RO – 2012)


(26) No que se refere à conservação de equipamentos de trabalho, é correto afirmar que o
serviço de engenharia é o ato de
A arranjar ou dispor, convenientemente, peças, estruturas e mecanismos de modo a compor
um todo planejado.

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B reparar, ou seja, é um conjunto de operações por meio das quais se visa preservar ou manter
em bom estado os bens existentes.
C transformar instalações, equipamentos ou qualquer outro dispositivo para o uso diferente
daquele originalmente proposto.
D deslocar, de um local para outro, peças, materiais e pessoal.
E acumular equipamentos para uso nas atividades.

Comentários
Primeiro, vamos à Lei 8.666/93 (Lei de Licitações)
Seção II
Das Definições
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução
direta ou indireta;
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração,
tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação,
adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais;
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente;
IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros;
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e
cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;
(A) Errada. Refere-se ao ato de Montar.
(B) A banca considerou como certa. Conservar é o conjunto de operações visando preservar ou
manter em bom estado, fazer durar, guardar adequadamente, permanecer ou continuar nas
condições de conforto e segurança previstas no projeto.
(C) Errada. Refere-se ao ato de Adaptar.
(D) Errada. Refere-se ao ato de Transportar.
(E) Errada. Não se refere a serviços de engenharia.
https://www.sollicita.com.br/Noticia/?p_idNoticia=10997&n=a-diferen%C3%A7a-entre-obra-e-servi%C3%A7o-de-engenharia-

Obra de engenharia – ação de construir, reformar, fabricar, recuperar ou ampliar um


bem, na qual seja necessária a utilização de conhecimentos técnicos específicos
envolvendo a participação de profissionais habilitados conforme o disposto na Lei Federal

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nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e na Lei Federal nº 12.378, de 31 de dezembro de


2010. Para efeito da Lei Estadual nº 15.608, de 16 de agosto de 2007, conceitua-se:
a) Ampliar - produzir aumento na área construída de uma edificação ou de quaisquer
dimensões de uma obra que já exista;
b) Construir - consiste no ato de executar ou edificar uma obra nova;
c) Fabricar - produzir ou transformar bens de consumo ou de produção através de
processos industriais ou de manufatura;
d) Recuperar - tem o sentido de restaurar, de fazer com que a obra retome suas
características anteriores abrangendo um conjunto de serviços;
e) Reformar - consiste em alterar as características de partes de uma obra ou de seu todo,
desde que mantendo as características de volume ou área sem acréscimos.
Serviço de Engenharia - toda a atividade que necessite da participação e
acompanhamento de profissional habilitado conforme o disposto na Lei Federal nº 5.194,
de 24 de dezembro de 1966 e na Lei Federal nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010, tais
como: consertar, instalar, montar, operar, conservar, reparar, adaptar, manter,
transportar, ou ainda, demolir. Incluem-se nesta definição as atividades profissionais
referentes aos serviços técnicos profissionais especializados de projetos e planejamentos,
estudos técnicos, pareceres, perícias, avaliações, assessorias, consultorias, auditorias,
fiscalização, supervisão ou gerenciamento. Para efeito da Lei Estadual nº 15.608/07,
conceitua-se:
a) Adaptar - transformar instalação, equipamento ou dispositivo para uso diferente
daquele originalmente proposto. Quando se tratar de alterar visando adaptar obras, este
conceito será designado de reforma;
b) Consertar - colocar em bom estado de uso ou funcionamento o objeto danificado;
corrigir defeito ou falha;
c) Conservar - conjunto de operações visando preservar ou manter em bom estado, fazer
durar, guardar adequadamente, permanecer ou continuar nas condições de conforto e
segurança previstas no projeto;
d) Demolir - ato de por abaixo, desmanchar, destruir ou desfazer obra ou suas partes;
e) Instalar - atividade de colocar ou dispor convenientemente peças, equipamentos,
acessórios ou sistemas, em determinada obra ou serviço;
f) Manter - preservar aparelhos, máquinas, equipamentos e obras em bom estado de
operação, assegurando sua plena funcionalidade;
g) Montar - arranjar ou dispor ordenadamente peças ou mecanismos, de modo a compor
um todo a funcionar. Se a montagem for do todo, deve ser considerada fabricação;
h) Operar - fazer funcionar obras, equipamentos ou mecanismos para produzir certos
efeitos ou produtos;

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i) Reparar - fazer que a peça, ou parte dela, retome suas características anteriores. Nas
edificações define-se como um serviço em partes da mesma, diferenciando-se de
recuperar;
j) Transportar - conduzir de um ponto a outro cargas cujas condições de manuseio ou
segurança obriguem a adoção de técnicas ou conhecimentos de engenharia.
De acordo com as fontes citadas, obra é um conjunto orgânico de serviços que,
agregados, se complementam e formam um todo com função definida e completa. O
enquadramento como obra ou serviço de engenharia deve ser feito em função do objeto
a ser executado, e da ação ou atividade definidas acima, sendo independente de
quantidade, porte ou custo.

Gabarito: alternativa B.

31. (FCC – Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP) – 2015)


(54) Compete à Fiscalização de Obras Públicas:
(A) Apoiar e acatar as mudanças da Contratante quanto ao cronograma de execução dos
serviços.
(B) Elaborar o Plano de Execução dos Serviços a ser apresentado para a Contratada no início
dos trabalhos.
(C) Apresentar um fluxograma de desenvolvimento e cronograma de execução dos trabalhos
para a Contratada.
(D) Elaborar alterações de Projeto sempre que a Contratada requisitar ajustes.
(E) Analisar e aprovar o Plano de Execução dos Serviços a ser apresentado pela Contratada no
início dos trabalhos.

Comentários
A alternativa (E) é a correta, as outras são obrigações da contratada.
Vamos ao Manual de Obras Públicas-Edificações – Práticas da SEAP – Projeto
(SEAP)
ANEXO 5
FISCALIZAÇÃO
1. OBJETIVO
Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização de elaboração de projetos de construção,
complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações.
2. TERMINOLOGIA

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2.1 Contratante
Órgão setorial ou seccional do SISG que contrata a elaboração de projeto de construção,
complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações.
2.2 Contratada
Empresa ou profissional contratado para a elaboração de projeto de construção, complementação,
reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações.
2.3 Caderno de Encargos
Parte do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da licitação e do sucessivo contrato,
bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes técnicas e administrativas para a sua
execução.
2.4 Fiscalização
Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação
do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos.
3. CONDIÇÕES GERAIS
Deverão ser observadas as seguintes condições gerais:
3.1 O Contratante manterá desde o início dos serviços até o seu recebimento definitivo, a seu critério
exclusivo, uma equipe de Fiscalização constituída por profissionais habilitados que considerar
necessários ao acompanhamento e controle dos trabalhos.
3.2 A Contratada deverá facilitar, por todos os meios a seu alcance, a ampla ação da Fiscalização,
permitindo o acesso aos serviços em execução, bem como atendendo prontamente às solicitações que
lhe forem efetuadas.
3.3 Todos os atos e instruções emanados ou emitidos pela Fiscalização serão considerados como se
fossem praticados pela Contratante.
3.4 A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades:
· manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos,
incluindo o contrato, Caderno de Encargos, orçamentos, cronogramas, correspondência e relatórios
de andamento das atividades;
· obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de Gestão de Qualidade e verificar
a sua efetiva utilização;
· analisar e aprovar o Plano de Execução dos Serviços a ser apresentado pela Contratada no início dos
trabalhos, que conterá, entre outros elementos, os dados básicos e critérios de projeto, a relação e
quantidade de documentos a serem produzidos, o fluxograma de desenvolvimento e cronograma de
execução dos trabalhos e organograma da equipe responsável pela elaboração dos trabalhos;
· aprovar a indicação pela Contratada do Coordenador responsável pela condução dos trabalhos;

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· solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace a ação da Fiscalização;


· verificar se estão sendo colocados à disposição dos trabalhos as instalações, equipamentos e equipe
técnica previstos na proposta e sucessivo contrato de execução dos serviços;
· esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas no Programa de
Necessidades, bem como nas demais informações e instruções complementares do Caderno de
Encargos, necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos;
· promover reuniões periódicas com a Contratada para análise e discussão sobre o andamento dos
trabalhos, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato;
· solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade dos serviços, bem como às interferências e
interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades de outras empresas ou profissionais,
eventualmente contratados pela Contratante;
· verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços elaborados em conformidade
com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;
· exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços, aprovando os eventuais
ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos;
· analisar e aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, em obediência ao previsto
no Caderno de Encargos, em particular as etapas de Estudo Preliminar, Projeto Básico e Projeto
Executivo, quando pertinentes;
· verificar e aprovar as soluções propostas nos projetos quanto a sua adequação técnica e econômica
de modo a atender às necessidades do Contratante;
· verificar e aprovar eventuais acréscimos de serviços necessários ao perfeito atendimento do objeto
do contrato;
· verificar e atestar as medições dos serviços, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento
as faturas emitidas pela Contratada;
· encaminhar à Contratada os comentários efetuados para que sejam providenciados os respectivos
atendimentos;
· receber a documentação final do projeto, verificando o atendimento aos comentários efetuados e a
apresentação de todos os documentos previstos, como desenhos, especificações, memoriais de
cálculo, descritivos e justificativos, em conformidade com o plano de elaboração do projeto.
3.5 A atuação ou a eventual omissão da Fiscalização durante a realização dos trabalhos não poderá
ser invocada para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços.
3.6 A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência
oficial e anotações ou registros no Relatório de Serviços.
3.7 O Relatório de Serviços, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual como: modificações

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de dados básicos de projeto, conclusão e aprovação de etapas de projeto, autorização para execução
de trabalho adicional, autorização para substituições e modificações na equipe técnica responsável
pela execução dos trabalhos, ajustes no cronograma e plano de elaboração dos projetos,
irregularidades e providências a serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.
3.8 As reuniões realizadas no local de execução dos trabalhos serão documentadas por Atas de
Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome
e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem
tomadas.
Gabarito: alternativa E.

32. (FCC – Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP) – 2015)


(65) Em vistoria a uma obra denunciada por supostas irregularidades no que se refere às
condições e meio ambiente de trabalho, foi constatada uma escavação onde os materiais
retirados eram depositados a uma distância de quatro metros a partir da borda do talude.
Pode-se considerar que a obra se encontra em condição regular, desde que a profundidade da
escavação seja
(A) superior a oito metros.
(B) inferior a oito metros.
(C) inferior a sete metros.
(D) superior a nove metros.
(E) igual ou superior a nove metros

Comentários
Sabendo-se que os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância
superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude e que os materiais foram
depositados a 4,00 m do mesmo, a profundidade deve ser inferior à 8,00 m para a obra estar em
condição regular.
Vamos à NR 18
(Ministério do Trabalho, 1978)
18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas
18.6.1 A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados
solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver
risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços.
18.6.2 Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação
devem ser escorados.

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18.6.3 Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável técnico
legalmente habilitado.
18.6.4 Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações, as
mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado.
18.6.4.1 Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto à
concessionária.
18.6.5 Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e
cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para
este fim.
18.6.6 Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão observadas as
condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT.
18.6.7 As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade
devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir,
em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores, independentemente do previsto no subitem
18.6.5.
18.6.8 Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade
da profundidade, medida a partir da borda do talude.
18.6.9 Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) devem ter
estabilidade garantida.
18.6.10 Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente
ventilado e monitorado.
18.6.10.1 O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo realizado para, em
caso de vazamento, ser acionado o sistema de alarme sonoro e visual.
(...)
Gabarito: alternativa B.

33. (FCC – TRT 3ª Região – 2015)


(60) O programa de manutenção para o edifício do Foro Trabalhista de Belo Horizonte,
inaugurado em 2008, deve atender aos requisitos para o sistema de gestão de manutenção da
edificação estabelecidos pela NBR 5674, válida a partir de agosto de 2012. Segundo a Norma,
por ser a edificação existente anterior à vigência desta, deve
(A) preservar o programa de manutenção anterior à vigência da Norma.
(B) adequar o seu programa de manutenção atendendo ao apresentado na Norma vigente.
(C) refazer o programa de manutenção atendendo ao disposto na Norma vigente e na Norma
válida à época da inauguração.

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(D) adequar o edifício com reformas de modo a atender à Norma vigente.


(E) preservar o programa de manutenção anterior e adequar o edifício com reformas de modo
a atender à Norma vigente.

Comentários
Vamos à NBR 5674:2012
(ABNT, 2012)
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para a gestão do sistema de manutenção de edificações.
A gestão do sistema de manutenção inclui meios para:
==1df126==

a) preservar as características originais da edificação;


b) prevenir a perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou
componentes;
Edificações existentes antes da vigência desta Norma devem se adequar ou criar os seus programas
de manutenção atendendo ao apresentado nesta Norma.
Os anexos desta Norma apresentam exemplos de modelos não restritivos ou exaustivos a serem
adaptados em função das características específicas da edificação.
Gabarito: alternativa B.

34. (FCC – TRF 2ª Região – 2012)


(46) Sob o ponto de vista das perícias técnicas e de avaliação, o exame circunstanciado e a
consequente descrição minuciosa de um imóvel são denominadas de
(A) parecer.
(B) laudo.
(C) vistoria.
(D) inspetoria.
(E) levantamento.

Comentários
Vamos à NBR 13752:1996
(ABNT, 1996)
3.77 Vistoria

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Constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que
o constituem.
Gabarito: alternativa C.

35. (FCC – TRF 2ª Região – 2012)


(47) Nas perícias e laudos técnicos, a depreciação de ordem funcional de uma edificação pode
ser ocasionada por fatores como:
I. apuração;
II. superação;
III. anulação;
IV. inadequação.
É correto o que consta em:
(A) II, III e IV, apenas.
(B) II, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.

Comentários
De acordo com o Glossário de Terminologia Básica Aplicável à Engenharia de Avaliações e Perícias
do IBAPE/SP tem-se que depreciação é a diminuição do valor econômico ou do preço de um bem,
por alguma causa que lhe modificou o estado ou qualidade. Também pode ser entendida como a
perda da plena aptidão da benfeitoria de servir ao fim a que se destina. No caso de imóvel, as
depreciações das construções existentes no mesmo ocasionam perda de interesse, de comodidade,
de procura e, portanto, de valor. Suas causas podem ser de ordem física e funcional.

1.1.1. Depreciação De Ordem Física


É a decorrente do desgaste das várias partes que constituem a edificação.
1.1.2. Depreciação De Ordem Funcional
Pode ser decorrente de 3 fatores:
INADEQUAÇÃO – Devida à falha de projeto ou na execução
SUPERAÇÃO – Devida ao aparecimento de novas técnicas construtivas ou materiais.
ANULAÇÃO – Inadaptação a fins diferentes para os quais foi concebido.

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Vamos à NBR 14653-1:2001


(ABNT, 2001)
3.12 depreciação: Perda de valor de um bem, devido a modificações em seu estado ou qualidade,
ocasionadas por:
3.12.1 decrepitude: Desgaste de suas partes constitutivas, em conseqüência de seu envelhecimento
natural, em condições normais de utilização e manutenção.
3.12.2 deterioração: Desgaste de seus componentes em razão de uso ou manutenção inadequados.
3.12.3 mutilação: Retirada de sistemas ou componentes originalmente existentes.
3.12.4 obsoletismo: Superação tecnológica ou funcional.
Gabarito: alternativa A.

36. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(26) Foram observadas falhas na fiscalização de obra, com relação à execução de serviços de
imprimadura betuminosa impermeabilizante. Indique a alternativa que corresponda a um
desses casos frequentes e que devem ser evitados para preservar a qualidade na execução dos
serviços.
(A) Antes de iniciar a distribuição do material betuminoso, foram medidas e comparadas entre
si as vazões dos bicos de barra de distribuição, de forma a apresentarem uniformidade de
aspersão.
(B) A distribuição do material betuminoso foi iniciada somente quando atingida a temperatura
necessária à obtenção de viscosidade dentro do veículo distribuidor.
(C) Durante as operações de distribuição do material betuminoso, os serviços foram sustados
durante a chuva, para evitar que os agregados estivessem molhados.
(D) A distribuição do material betuminoso foi feita com regador tipo bico de pato por ser o
modo mais apropriado quando a superfície não permitir a utilização de barra de distribuição.
(E) No emprego de asfaltos diluídos ou emulsões, o início de cada operação de material
betuminoso foi condicionado à cura do material aplicado na camada anterior.

Comentários
Vamos ao Manual de Obras Públicas-Edificações - Práticas da SEAP – CONSTRUÇÃO
http://www.comprasnet.gov.br/publicacoes/manuais/manual_construcao.pdf

2.8 Imprimaduras Betuminosas

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Os serviços para execução das imprimaduras betuminosas consistirão no fornecimento


do material betuminoso e na realização de todas as operações de execução e controle de
qualidade necessárias.
As imprimaduras betuminosas poderão ser de três tipos:
· impermeabilizante - constituída de materiais com baixa viscosidade na temperatura de
aplicação e cura demorada, que penetram na superfície pintada, diminuindo sua
permeabilidade;
· ligante - constituída de materiais com alta viscosidade na temperatura de aplicação e
cura rápida, que formam uma película aderente à superfície pintada e que aderirá à
camada do pavimento sobre ela executada;
· auxiliar de ligação para tratamentos superficiais com lama asfáltica constituída do
mesmo tipo de emulsão utilizada para a preparação da lama asfáltica.
2.8.3 Processo Executivo
A superfície sobre a qual vai ser executada a imprimadura será varrida, de modo a
remover materiais estranhos tais como solos, poeiras e materiais orgânicos.
No caso de imprimadura auxiliar de ligação para tratamentos superficiais com lama
asfáltica, o material betuminoso será aplicado logo após o umedecimento da superfície,
mediante aspersão de pequena quantidade de água. A aplicação do material será feita
sob condições atmosféricas favoráveis.
Antes de se iniciar a distribuição do material betuminoso, serão medidas e comparadas
entre si as vazões dos bicos de barra de distribuição, de forma que apresentem
uniformidade de aspersão. A distribuição do material betuminoso não poderá ser iniciada
enquanto não for atingida e mantida, no material existente dentro do veículo distribuidor,
a temperatura necessária à obtenção de viscosidade adequada à distribuição.
O veículo distribuidor deverá percorrer a extensão a ser imprimada em velocidade
uniforme, segundo trajetória eqüidistante do eixo da pista. A distribuição será feita com
a mangueira de operação manual sempre que a superfície a ser imprimada não permitir
a utilização de barra de distribuição. Nas fendas, a aplicação será executada com o
regador tipo bico de pato.
Os serviços executados serão protegidos contra a ação destruidora das águas pluviais, do
trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.
2.8.4 Controle
· controle da qualidade dos materiais betuminosos;
· controle de quantidade de material aplicado.
2.8.5 Recebimento
Os serviços serão aceitos se:

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· não existirem falhas nem diferenças de densidades de aplicação, relativamente à


densidade especificada no projeto, maiores que 0,1 L/m2;
· não forem encontradas semi-larguras menores que as estabelecidas no projeto.
2.9 Tratamento Superficial Betuminoso
Os serviços para execução do tratamento superficial betuminoso consistirão no
fornecimento dos materiais e na realização de todas as operações construtivas e de
controle de qualidade necessárias.
2.9.3 Processo Executivo
Após os serviços de locação e nivelamento, a superfície que receberá o tratamento
superficial será inteiramente limpa. Todos os materiais estranhos que possam interferir
com a adesão do material betuminoso serão varridos.
Quando da aplicação do material betuminoso, a superfície não deverá estar molhada.
Quando os agregados estiverem molhados ou houver risco de chuva durante as
operações de distribuição do material betuminoso, os serviços serão sustados. Cada uma
das camadas do tratamento superficial será executada observando a seqüência de
operações indicada no projeto.
No caso de emprego de asfaltos diluídos ou emulsões, o início de cada operação de
material betuminoso será condicionado à cura do material aplicado na camada anterior.
Serão feitas regulagens da barra de distribuição do material betuminoso, a fim de evitar
o aparecimento futuro de estrias longitudinais.
Atingida e mantida a temperatura necessária à obtenção da viscosidade adequada à
aspersão, a distribuição será executada com mangueira de operação manual, sempre que
a superfície a imprimar não permita o emprego da barra de aspersão do veículo
distribuidor. A densidade de aplicação será a especificada no projeto. Logo após a
aplicação do material betuminoso, será executada a distribuição do agregado com o
equipamento distribuidor operando em marcha a ré.
A regularização da superfície será feita com motoniveladoras e depois com vassouras de
arrasto, no caso de agregados com diâmetro máximo igual ou superior a 25 mm, e apenas
com vassouras, no caso de agregados com diâmetro máximo inferior a 25 mm.
Após a regularização da superfície do agregado, será iniciada a compressão da camada,
constituída por uma aplicação de material betuminoso e uma aplicação de agregado. Nos
trechos em tangente, a compressão será executada dos dois bordos para o centro da
pista. Nos trechos em curva havendo sobrelevação, a compressão progredirá do bordo
mais baixo para o mais alto.
Nas partes inacessíveis aos equipamentos, assim como nas partes onde o seu uso não for
desejável, a compressão será feita com equipamentos portáteis. A compressão será
acompanhada da varrição e prosseguirá até que os fragmentos ligados pelo material
betuminoso não sofram sulcamentos excessivos sob a ação de rodas dos compressores
em movimento. A superfície final será bem conformada e sem marcas. No caso de

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tratamentos superficiais duplos ou triplos, serão seguidas as operações descritas


anteriormente, em repetição.
Durante todo o tempo que durar a execução dos serviços até o seu recebimento pela
Fiscalização, os serviços executados ou em execução serão protegidos contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.
Não será permitido o trânsito sobre o material betuminoso.
No caso dos tratamentos superficiais duplos ou triplos, o trânsito sobre os agregados das
camadas intermediárias será limitado aos veículos de distribuição do material
betuminoso e de agregados.

Gabarito: alternativa D.

37. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(27) O nível de desempenho do concreto de qualquer estrutura é avaliado, basicamente, pela
distância existente entre dois parâmetros definidos em norma, sendo eles o estado limite de
serviço (ELS) e o estado limite último (ELU).
A respeito desses dois parâmetros é correto afirmar:
(A) A redução da proximidade entre esses dois parâmetros é desaconselhável para atender
aos coeficientes de segurança.
(B) Quanto mais próximos os valores referentes a esses dois parâmetros, menor é a
probabilidade que a superestrutura entre
em colapso.
(C) Quanto mais distantes os valores referentes a esses dois parâmetros, maior é a
probabilidade de que a superestrutura
entre em colapso.
(D) A proximidade entre esses dois parâmetros indica que a superestrutura tende a um nível
crítico de deterioração e desempenho.
(E) A diferença entre esses dois parâmetros deve ser reduzida para se obter um aumento do
coeficiente de segurança.

Comentários
Revista Concreto & Construções
(Tomazeli & Martins, 2008)
http://www.ibracon.org.br/publicacoes/revistas_ibracon/rev_construcao/pdf/Revista_Concreto_49.pdf

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O nível de desempenho do concreto de qualquer estrutura é avaliado, basicamente, pela


distância existente entre dois patamares definidos em norma, sendo eles:
 O seu nível de serviço (Estado Limite de Serviço – ELS);
 O seu nível de colapso (Estado Limite Último – ELU).
A diferença entre este dois patamares são os coeficientes de segurança, por sua vez
definidos em normas técnicas. Quanto mais próximos eles estiverem, maior
probabilidade de que a superestrutura entre em colapso. A proximidade destes dois
parâmetros ocorre cada vez que a superestrutura de concreto aproxima-se de um nível
crítico de deterioração e desempenho, anômalo ao que foi projetada.
Portanto, a redução desta proximidade só é possível, por meio de uma intervenção
adequada na edificação, seja ela pela manutenção preventiva ou corretiva, executada
empregando-se critérios construtivos pré-estabelecidos, que garantam a excelência e
longevidade dos reparos, como foi procedido nas obras de recuperação destes edifícios
com base nas especificações do laudo técnico.
Cabe aos Engenheiros Civis responsáveis pela análise destas superestruturas de concreto
armado “doentes” distanciar cada vez mais a proximidade destes parâmetros definidos
pela norma, aumentando-se os seus coeficientes de segurança, o que, por sua vez, é
possível por meio de uma terapia adequada.
Portanto, podemos concluir que alguns fatores foram fundamentais para obter uma
recuperação com excelência no case do edifício Central Park Ibirapuera:
 Laudo técnico abrangente e fundamentado;
 Equipe homogênea e treinada de acordo com os conceitos e técnicas propostas no
laudo;
 Materiais e Técnicas previamente testados e atestados;
 Fiscalização e adequação de conformidade do executado com o proposto no
andamento da obra.

https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-de-edificios/formas-e-elementos-de-
concreto/notas-de-aula-_-fundamentos-do-concreto-armado

3.3 Segurança e Estados Limites


A questão da segurança de uma estrutura é de extrema importância para todos os
profissionais envolvidos na área da construção civil, e especialmente para aqueles do
projeto estrutural, porque a possibilidade de uma estrutura entrar em colapso configura-
se geralmente numa situação muito perigosa, por envolver vidas humanas e perdas
financeiras por danos materiais de grande valor.
A segurança que todos os tipos de estruturas devem apresentar envolve dois aspectos
principais. O primeiro, e mais importante, é que uma estrutura não pode, nunca, alcançar

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a ruptura. O segundo aspecto é relativo ao conforto, à tranquilidade das pessoas na


utilização da construção. A NBR 6118 (itens 3.2 e 10) trata esses dois aspectos da
segurança apresentando os “Estados Limites”, que são situações limites que as estruturas
não devem ultrapassar. A segurança da estrutura contra o colapso relaciona-se ao
chamado “Estado Limite Último”, e a segurança dos usuários na utilização da estrutura
relaciona-se aos “Estados Limites de Serviço”.
No projeto das estruturas de Concreto Armado e Protendido o dimensionamento dos
diferentes elementos estruturais é feito no chamado Estado Limite Último (ELU), onde os
elementos estruturais são dimensionados como se estivessem prestes a romper, pelo
menos teoricamente. No entanto, para evitar que a ruptura ocorra, todas as estruturas
são projetadas com uma margem de segurança, isto é, uma folga de resistência
relativamente aos carregamentos externos aplicados, de tal forma que, para ocorrer a
ruptura a estrutura teria que estar submetida a carregamentos superiores àqueles a que
foi projetada.
A margem de segurança no dimensionamento dos elementos estruturais ocorre com a
consideração dos chamados “coeficientes de ponderação” ou “coeficientes de
segurança”, que farão com que, em serviço, as estruturas trabalhem a uma determinada
“distância” da ruína.

Gabarito: alternativa D.

38. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(28) Analise as afirmações abaixo com o objetivo de identificar os fatores fundamentais para
se obter uma recuperação de excelência, aumentando-se os coeficientes de segurança.
I. Partir de um laudo técnico abrangente, detalhado e bem fundamentado que estabeleça um
diagnóstico da patologia apresentada, seguida da discriminação dos procedimentos de
recuperação e dos materiais a serem empregados.
II. Contar com uma equipe heterogênea de modo a reunir tanto profissionais bem capacitados
e experientes, quanto profissionais sem experiência para serem testados e treinados.
III. Utilizar materiais e técnicas previamente testados de acordo com as metodologias de
tratamento discriminadas no laudo técnico para que se possa recuperar o nível de
desempenho e durabilidade da estrutura comprometida.
IV. Selecionar materiais e insumos de diversos fabricantes com o objetivo de ampliar o
espectro dos testes e da experimentação na aplicação dos materiais e técnicas e assim garantir
a excelência da recuperação.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) I e III.
(B) I, II e IV.
(C) II e III.

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(D) II, III e IV.


(E) I e IV.

Comentários
Revista Concreto & Construções
(Tomazeli & Martins, 2008)
http://www.ibracon.org.br/publicacoes/revistas_ibracon/rev_construcao/pdf/Revista_Concreto_49.pdf

Portanto, podemos concluir que alguns fatores foram fundamentais para obter uma
recuperação com excelência no case do edifício Central Park Ibirapuera:
 Laudo técnico abrangente e fundamentado;
 Equipe homogênea e treinada de acordo com os conceitos e técnicas propostas no
laudo;
 Materiais e Técnicas previamente testados e atestados;
Fiscalização e adequação de conformidade do executado com o proposto no andamento
da obra.

Gabarito: alternativa A.

39. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(30) De acordo com a NBR-5.674:2012, que dispõe sobre a manutenção de edificações, na
organização da gestão do sistema de manutenção, os diferentes tipos necessários de
manutenção são:
(A) rotineira, urgente e prioritária.
(B) rotineira, corretiva e preventiva.
(C) permanente, cíclica e corretiva.
(D) corretiva, urgente e preventiva.
(E) contínua, preventiva e prioritária.

Vamos à NBR 5674:2012 – Manutenção de Edificações – Requisitos para o sistema de gestão de


manutenção
4.1.3 Na organização da gestão do sistema de manutenção deve ser prevista infraestrutura material,
técnica, financeira e de recursos humanos, capaz de atender aos diferentes tipos de manutenção
necessários, a saber:

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a) manutenção rotineira, caracterizada por um fluxo constante de serviços, padronizados e cíclicos,


citando-se, por exemplo, limpeza geral e lavagem de áreas comuns;
b) manutenção corretiva, caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção imediata a
fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas, elementos ou componentes das edificações, ou
evitar graves riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos seus usuários ou proprietários; e
c) manutenção preventiva, caracterizada por serviços cuja realização seja programada com
antecedência, priorizando as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade esperada dos
sistemas, elementos ou componentes das edificações em uso, gravidade e urgência, e relatórios de
verificações periódicas sobre o seu estado de degradação.

caracterizada por um fluxo constante de serviços,


MANUTENÇÃO ROTINEIRA padronizados e cíclicos, citando-se, por exemplo,
limpeza geral e lavagem de áreas comuns

caracterizada por serviços que demandam ação ou


intervenção imediata a fim de permitir a
continuidade do uso dos sistemas, elementos ou
MANUTENÇÃO CORRETIVA
componentes das edificações, ou evitar graves
riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos
seus usuários ou proprietários

caracterizada por serviços cuja realização seja


programada com antecedência, priorizando as
solicitações dos usuários, estimativas da
MANUTENÇÃO PREVENTIVA durabilidade esperada dos sistemas, elementos ou
componentes das edificações em uso, gravidade e
urgência, e relatórios de verificações periódicas
sobre o seu estado de degradação

Gabarito: alternativa B.

40. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(39) Na construção, 75% das patologias são decorrentes de problemas relacionados com as
instalações hidráulicas prediais. É dessa circunstância que deriva a maior atenção e cuidados
necessários na elaboração do projeto, na execução e no uso de material adequado. O projeto
arquitetônico deve considerar:

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I. Espaços livres para a passagem de tubulações, no sentido horizontal (forros e dutos


horizontais) e vertical (pontos e shafts) que facilitam a execução da obra e a operação das
instalações.
II. No caso de sistema de shaft visitável, a utilização de tampa de fechamento feita, em geral,
com duas placas de gesso, revestidas por filme acrílico em ambas as faces, para esconder a
tubulação.
III. No caso de dutos e shafts, que as tubulações recobertas sejam fixadas ou posicionadas por
meio de peças que permitam a livre movimentação e facilitem a manutenção.
IV. Sempre que possível, como uma opção de racionalização, a adoção de shafts de prumada
individualizados para cada conjunto hidráulico: sanitários, área de serviços e cozinha.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) II e IV.
(B) I, III e IV.
(C) III.
(D) I e IV.
(E) II.

Comentários
I. Correta.
II. Incorreta. O sistema de shaft visitável requer uma carenagem de fechamento, em geral feita
de polipropileno e revestida por filme acrílico, para esconder a tubulação. Essas tampas são,
geralmente, aparafusadas e o proprietário do apartamento pode removê-las para qualquer
inspeção sem maior dificuldade. Se o shaft for instalado dentro do próprio box de banho, a
carenagem pode ainda ser moldada como elemento de apoio para produtos de higiene.
III. Correta.
IV.Correta.
Vamos ao livro Inspeção Predial – Checkup Predial: Guia da Boa Manutenção – IBAPE SP
https://pt.scribd.com/document/34772711/A-SAUDE-DOS-EDIFICIOS-check-up-predial
Dentre as anomalias provocadas por infiltração ou vazamento das instalações hidráulicas
destacamos as seguintes:
 deterioração dos componentes da construção por infiltração;
 oxidação de ferragens no concreto armado;
 trincas, fissuras e ou rachaduras na alvenaria;
 deterioração da instalação elétrica;

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 aumento de pesos na estrutura e recalques;


 ruptura de porções de terreno provocando deslizamentos(solapamentos) e afundamentos;
 danos a elementos externos à edificação (automóveis, armários, etc).
Dentre os problemas mais comuns de infiltração e/ou vazamentos no sistema de instalação
hidráulica, temos:
 infiltração na região dos ralos, por falha na impermeabilização;
 falha na execução dos acoplamentos entre calhas, ralos ou grelhas e o condutor;
 solda mal executada nos encaixes do barriletes e da prumada de descida;
 vibrações internas às tubulações causada pela pressão da água podendo provocar ruptura
nas mesmas;
 falha na impermeabilização da caixa d’água;
 interferências de obras em paredes que pode chegar a danificar as tubulações, etc.
 falta de isolação térmica nas tubulações de água quente, provocando superaquecimento dos
materiais de construção em sua volta, danificando os mesmos;
Gabarito: alternativa B.

41. (FCC – MP-Maranhão – 2013)


(53) O processo de escovação, com solução de água e ácido muriático, em estruturas de
concreto é uma solução simples para resolver a seguinte patologia:
(A) cavitação em decorrência do ataque por sulfato.
(B) eflorescência em decorrência da hidrólise e lixiviação dos componentes da pasta de
cimento endurecido.
(C) delaminação causada pela selação do concreto.
(D) desgaste superficial devido à abrasão.
(E) fissuras capilares em decorrência da fase plástica do concreto.

Comentários
https://www.passeidireto.com/arquivo/5631549/patologia-recuperacao-e-reparo-das-estruturas-de-concreto

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Gabarito: alternativa B.

42. (CONSULPLAN – P.M. São Leopoldo – 2010)


(17) Define-se corretamente Manutenção Preventiva como:
A) Atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de
desempenho técnico dos componentes da edificação.
B) Atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de
desempenho técnico dos componentes ou sistemas da edificação, cujo funcionamento
depende de dispositivos mecânicos, hidráulicos, elétricos e eletromecânicos.
C) Atividade de manutenção executada após a ocorrência de falha ou de desempenho
insuficiente dos componentes da edificação.

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D) Atividade de manutenção executada antes da ocorrência de falha ou de desempenho


insuficiente dos componentes da edificação.
E) Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a
verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos
os seus aspectos.

Comentários
A atividade de manutenção de obras é conceituada como:

2.9 Manutenção
Atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de
desempenho técnico dos componentes ou sistemas da edificação, cujo funcionamento
depende de dispositivos mecânicos, hidráulicos, elétricos e elétro-mecânicos. (SEAP,
1997)
2.10 Manutenção Corretiva
Atividade de manutenção executada após a ocorrência de falha ou de desempenho
insuficiente dos componentes da edificação.
2.11 Manutenção Preventiva
Atividade de manutenção executada antes da ocorrência de falha ou de desempenho
insuficiente dos componentes da edificação.
2.12 Programa de Manutenção (Plano de Manutenção)
Conjunto de inspeções periódicas destinado a evitar a ocorrência de falha ou de
desempenho insuficiente dos componentes da edificação, definidas em função das
características dos componentes da edificação e orientação técnica dos fabricantes ou
fornecedores.
2.13 Manutenção Programada
Manutenção preventiva realizada em obediência a um Programa ou Plano de
Manutenção dos componentes da edificação. (SEAP, 1997)

Fonte: https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/FMC010/nova5/aula5.html
Vamos à NBR 5674:2012
(ABNT, 2012)
4.1.3 Na organização da gestão do sistema de manutenção deve ser prevista infraestrutura material,
técnica, financeira e de recursos humanos, capaz de atender aos diferentes tipos de manutenção
necessários, a saber:
a) manutenção rotineira, caracterizada por um fluxo constante de serviços, padronizados e cíclicos,
citando-se, por exemplo, limpeza geral e lavagem de áreas comuns;

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b) manutenção corretiva, caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção imediata a
fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas, elementos ou componentes das edificações, ou
evitar graves riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos seus usuários ou proprietários; e
c) manutenção preventiva, caracterizada por serviços cuja realização seja programada com
antecedência, priorizando as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade esperada dos
sistemas, elementos ou componentes das edificações em uso, gravidade e urgência, e relatórios de
verificações periódicas sobre o seu estado de degradação.
Gabarito: alternativa D.

(CESPE – MEC – 2015)


Com relação ao concreto armado, julgue os itens subsecutivos.
43.
(70) Nas obras grandes e médias e nas centrais de concreto, recomenda-se a dosagem
experimental, baseada em ensaios físicos dos componentes da mistura do concreto, por ser a
mais econômica e com menores desvios-padrão.

Comentários
Correta.
Em primeiro lugar, o que é dosagem do concreto?

Dosar um concreto consiste em determinar a proporção mais adequada e econômica,


com que cada material entra na composição da mistura, objetivando as propriedades já
identificadas para o concreto fresco e endurecido.
Dosar, é portanto, procurar o traço que atende as condições específicas de um projeto,
utilizando corretamente os materiais disponíveis.
Traço é a maneira de exprimir a proporção dos componentes de uma mistura.
Genericamente, um traço 1:m:x significa que para uma parte de aglomerante deve-se ter
m partes de agregados, que pode ser somente miúdo, como no caso das argamassas, ou
miúdo e graúdo, como nos concretos e x partes de água.
O traço pode ser medido em peso ou em volume. Geralmente quando não está expressa
de forma clara a unidade, supõem-se que esta medida seja em peso. Se o traço for em
volume deve ser indicado. Freqüentemente adota-se uma indicação mista: o cimento em
peso e os agregados em volume.
Exemplos de traços para concreto para 1 kg de cimento.
1:a:p
onde: a = peso de agregado miúdo para 1 kg de cimento

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p = peso de agregado graúdo para 1 kg de cimento


ou
1:a”:p” em volume
onde: a” = volume de agregado miúdo
p” = volume de agregado graúdo
E, qual é a diferença entre a dosagem não experimental e a dosagem experimental?
Na dosagem não experimental o engenheiro baseia-se na sua experiência profissional ou
em tabelas confeccionadas com base em outras obras realizadas.
Na dosagem experimental o engenheiro baseia-se nas características dos materiais, nas
solicitações mecânicas a que estará sujeito o concreto e nas implicações inerentes a cada
obra. Assim sendo, é levado em conta as cargas que vão atuar na estrutura, as dimensões
da peça, os processos construtivos bem como as condições do meio em que vai ser
implantada a construção.
(...)
Para o caso de grandes obras, a dosagem experimental é a única aceitável, isto porque,
os materiais constituintes e o produto resultante são ensaiados em laboratórios.
Uma dosagem experimental, de modo geral, é orientada pelo seguinte roteiro:
• caracterização precisa dos materiais;
• estudo das dimensões das peças a concretar;
• cálculo da tensão de dosagem (resistência de dosagem);
• determinação do fator água/cimento;
• estabelecimento do traço inicial; e
• estabelecimento do traço final.
Existem, atualmente, um grande número de métodos de dosagem de concreto adotados
no Brasil. Essa variedade, entretanto, não deve ser considerada contraditória, pois muitos
deles consideram condições específicas de aplicação.

http://engenhariaconcursos.com.br/arquivos/Materiais/concretosimples.pdf

Qualquer estudo de dosagem dos concretos tem fundamentos científicos e tecnológicos


fortes, mas sempre envolve uma parte experimental em laboratório e/ou campo, o que
faz com que certos pesquisadores e profissionais considerem a dosagem do concreto mais
como uma arte do que uma ciência (Mehta & Monteiro, 2008).
A dosagem experimental é aquela realizada utilizando dados de misturas experimentais feitas com
amostras dos materiais que serão utilizados para o preparo do concreto.
 Realizam-se ensaios de caracterização dos materiais.

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 Realizam-se ensaios para determinação das propriedades dos concretos, obtidos através das
misturas experimentais.
A dosagem não experimental era muito utilizada, antigamente, no Brasil, para a obtenção de traços
para obras de menor porte em função da dificuldade de se encontrar laboratórios especializados.
O concreto recebido ou preparado em obra passa por etapas de caracterização de materiais
componentes e um estudo de dosagem, ajuste e comprovação do traço, antes de ser usado nas
estruturas – os chamados ensaios de concreto – tudo para assegurar a qualidade do material e, com
isso, evitar patologias que possam comprometer a obra.
As principais propriedades mecânicas do concreto são: resistência à compressão, resistência à
tração e módulo de elasticidade. Essas propriedades são determinadas a partir de ensaios,
executados em condições específicas. Geralmente, os ensaios são realizados para controle da
qualidade e atendimento às especificações.
A resistência à compressão simples, denominada fc, é a característica mecânica mais importante.
Para estimá-la em um lote de concreto, são moldados e preparados corpos-de-prova para ensaio
segundo a NBR 5738 – Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto,
os quais são ensaiados segundo a NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova
cilíndricos.
O corpo-de-prova padrão brasileiro é o cilíndrico, com 15cm de diâmetro e 30cm de altura, e a idade
de referência para o ensaio é 28 dias.
Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta, fct, são análogos aos expostos no
item anterior, para a resistência à compressão. Portanto, tem-se a resistência média do concreto à
tração, fctm, valor obtido da média aritmética dos resultados, e a resistência característica do
concreto à tração, fctk ou simplesmente ftk, valor da resistência que tem 5% de probabilidade de
não ser alcançado pelos resultados de um lote de concreto.
A diferença no estudo da tração encontra-se nos tipos de ensaio. Há três normalizados: tração
direta, compressão diametral e tração na flexão.
O módulo de deformação tangente inicial é obtido segundo ensaio descrito na NBR 8522 – Concreto
– Determinação do módulo de deformação estática e diagrama tensão-deformação.
Gabarito: alternativa CERTA.

44.
(71) As armaduras de pele têm a função de impedir a fissuração lateral da peça. Por esse
motivo, são usualmente empregadas em vigas altas e em peças em que o cobrimento é
excessivo.

Comentários
Classificação das armaduras:

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http://meusite.mackenzie.com.br/alfonso/AULA208.pdf

A Armadura de pele, xxx, é obrigatória para vigas com h ≥ 60cm.

http://meusite.mackenzie.com.br/alfonso/AULA208.pdf

17.3.5.2.3 Armadura de pele


A mínima armadura lateral deve ser 0,10 % Ac, alma em cada face da alma da viga e
composta por barras de alta aderência (η1 ≥ 2,25) com espaçamento não maior que 20
cm, respeitado o disposto em 17.3.3.2.
Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da
armadura de pele. (ABNT, 2014)

Gabarito: alternativa CERTA.

45.

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(72) A relação água-cimento, por ser inversamente proporcional à resistência do concreto, não
pode ser superior a 0,6.

Comentários
A água utilizada na produção do concreto tem duas funções principais: reagir quimicamente com as
partículas de cimento e controlar a trabalhabilidade (AÏTCIN,1995 apud PRADO, 2006).
A relação água-cimento, por ser inversamente proporcional à resistência do concreto, não pode ser
superior a 0,65.

https://www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/downloads/1279.pdf

https://www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/downloads/1278.pdf

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(ABNT, 2015)

(ABNT, 2014)
Gabarito: alternativa ERRADA.

(CESPE – CNJ – 2013)


Terminadas as estruturas, lajes e vedações de uma edificação, iniciam-se os serviços de
acabamento e revestimento. Com relação à correção das medidas de fiscalização referentes a
pisos de cerâmica, paredes e forros, julgue os itens de 91 a 93.
46.

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(91) Na aplicação do piso de cerâmica, é necessário verificar, entre outros fatores, se as


tubulações das instalações embutidas no piso foram bem colocadas; se os pontos de níveis
para guiar o espalhamento da argamassa foram bem colocados; e se, antes da aplicação do
piso, a cerâmica foi imersa em água limpa até saturação.

Comentários
A banca considerou correta... Essas questões da CESPE, de certo ou errado, são complicadas...
Ao invés de a alternativa colocar que a cerâmica deve ser imersa em água limpa até a saturação, no
meu ponto de vista, deveria dizer que devem ser observadas as recomendações do fabricante.

Em algumas literaturas, como o Manual Prático de Materiais de Construção, de Ernesto


Ripper (1995), recomenda-se que o azulejo fique imerso em água limpa durante 24 horas
antes da sua aplicação, quando utilizada argamassa convencional (misturado em obra).
Nos casos em que a argamassa colante é empregada, este procedimento de saturação
não é necessário.
A explicação para estes dois procedimentos diferentes é bastante simples. A argamassa
convencional geralmente é composta por cimento, cal hidratada, areia média e água.
Quando a argamassa é aplicada na parede ou no piso, naturalmente ocorre uma pequena
perda da água por meio de evaporação para a atmosfera. Além disso, a placa cerâmica
chega a absorver líquidos de 3% a 20% do seu peso. Para evitar que o azulejo roube a
água de amassamento através dos seus poros, recomenda-se a saturação da peça.
Sendo o cimento um aglomerante hidráulico, a redução de água na argamassa, resultará
na falha da hidratação dos seus grãos. A consequência será a diminuição da ancoragem
mecânica entre a placa e o substrato, com a provável queda do revestimento.
A argamassa colante por sua vez, possui na sua composição cimento, agregados minerais
e aditivos retentores de água. A finalidade do aditivo é impedir a evaporação rápida e a
absorção da água de amassamento pela placa. Portanto, a adição deste produto químico,
eliminou a necessidade de preparar o azulejo 24 horas antes do seu assentamento.
Segundo fabricantes de cerâmica e argamassa industrializada, a utilização da placa
cerâmica saturada, juntamente com a argamassa colante não é recomendada. O efeito
será contrário, pois a água seguirá da placa cerâmica para a argamassa, aumentará a
relação água/cimento e acarretará na redução da resistência de aderência, também com
grande possibilidade de queda do revestimento.
Caso o azulejo apresente o tardoz (verso das placas) recoberto por uma camada de pó,
este deve ser removido com um pano seco. Se forem lavadas, as peças devem ser
utilizadas somente após secagem completa.
O porcelanato por sua vez, segundo fabricantes, deve ser aplicado somente com
argamassa colante especial, também sem molhar, para garantir perfeito assentamento.

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A utilização da argamassa convencional acarretará, futuramente, no descolamento da


placa.

http://www.cimentoitambe.com.br/secos-e-molhados/

ANEXO 1
FISCALIZAÇÃO
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Fiscalização
1. OBJETIVO
Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Arquitetura.
2. FISCALIZAÇÃO
A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de
Construção, as seguintes atividades específicas:
(…)
Revestimentos
a) Pisos
· verificar se todas as caixas de passagem e de inspeção, ralos e canalizações foram
corretamente executados e testados, antes da execução dos lastros de concreto;
· garantir que a execução do acabamento do piso seja iniciada somente após a conclusão
dos serviços de revestimento dos tetos e das paredes;
· verificar, como auxílio de ensaios específicos, quando necessário, se a qualidade e a
uniformidade das peças a serem aplicadas satisfazem às especificações técnicas e se
durante a aplicação são também observadas as recomendações do fabricante;
· acompanhar a execução dos trabalhos, observando principalmente os aspectos
relacionados com o nivelamento do piso e o seu caimento na direção das captações de
água, como grelhas, ralos e outras;
· observar os cuidados recomendados para a limpeza final, e se é respeitado o período
mínimo, durante o qual não é permitida a utilização do local;
· verificar se as superfícies preparadas para receber os pisos estão perfeitamente limpas.
Antes da aplicação da argamassa de assentamento, observar se foi espalhada uma
camada de nata de cimento, para formar uma superfície áspera e aderente;
· observar se o traço e a espessura do contrapiso executado estão de acordo com a
indicação do projeto;
· verificar a existência de juntas de dilatação em número e quantidade suficientes.

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b) Paredes
· garantir que o traço empregado na preparação das argamassas (chapisco, emboço e
reboco) obedeça integralmente às especificações técnicas;
· verificar o prumo e as espessuras das camadas de revestimento, e para a primeira
camada aplicada, se houve a devida aderência à alvenaria;
· observar se a qualidade obtida para a última camada (acabamento) satisfaz às
exigências do projeto e das especificações técnicas;
· comprovar, com a realização de ensaios específicos, quando necessários se a qualidade
dos materiais utilizados está de acordo com as especificações técnicas;
· acompanhar o assentamento dos materiais procurando garantir a qualidade da
execução do serviço, além de observar o alinhamento das eventuais juntas e a não
utilização de peças defeituosas.
c) Forros
· verificar se as características dos forros executados estão de acordo com o especificado
em projeto e nas especificações técnicas, no que se refere ao tipo, qualidade, dimensões,
cores, alinhamento, nivelamento e
demais condições;
· solicitar instruções complementares do fabricante, no caso de forros especiais;
· verificar a localização e prumo da estrutura de suporte e/ ou pendurais para a perfeita
aplicação do forro.
d) Pinturas
· conferir se as tintas entregues na obra estão em sua embalagem original e intactas e se
correspondem à descrição contida nas especificações técnicas, liberando-as para uso, em
caso positivo;
· verificar se os locais de aplicação estão perfeitamente secos e limpos antes de receber a
pintura;
· impedir a aplicação de pintura em locais com defeitos ou falhas de qualquer natureza;
· exigir a apresentação de amostras de cores, antes de ser iniciada a pintura;
· observar a correta aplicação das demãos de tinta, o sentido de aplicação e o número de
demãos, de acordo com o exposto nas especificações técnicas;
· solicitar a devida proteção de todas as peças que não devem ser pintadas;
· verificar se a mão-de-obra e os equipamentos empregados são adequados ao tipo de
serviço, exigindo a mudança em caso negativo;
· exigir o emassamento das portas e caixilhos de madeira, inclusive nos bordos superiores
e inferiores.
e) Impermeabilização

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· garantir que a execução dos trabalhos seja realizada de acordo com o indicado no
projeto, especificações técnicas e recomendações dos fabricantes;
· cuidar para que, no decorrer das obras, as impermeabilizações já executadas ou em
execução não sejam danificadas;
· verificar se a área a ser impermeabilizada está limpa e impedir o trânsito de veículos e
pessoas, isolando a área de modo adequado;
· exigir e acompanhar os testes de estanqueidade antes dos revestimentos.
(SEAP)

Gabarito: alternativa CERTA.

47.
(92) Durante o revestimento em argamassa, o prumo e o esquadro da superfície emboçada
devem ser verificados, e os pontos de água, esgoto e gás para ligação dos aparelhos sanitários,
identificados. Se, durante a execução do revestimento, aparecerem fissuras na argamassa,
deve-se aumentar a quantidade de cimento no traço e trocar os agregados.

Comentários
Nem no Manual de Obras Públicas-Edificações–Construção–Práticas da SEAP, nem no Manual de
Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas do TCU,
vemos essa recomendação quanto ao traço da argamassa. Mas sim, e tão somente, que sejam
observados na fiscalização, se os traços estão conforme as especificações técnicas.
Porém, para que o revestimento em argamassa tenha elasticidade suficiente para não fissurar, a
argamassa não deve ser excessivamente rica em cimento, condição agravada quando aplicada em
espessura maior de 2cm.
Gabarito: alternativa ERRADA.

48.
(93) Na execução de forros de gesso, deve-se inspecionar, entre outros tópicos, a execução de
todas as instalações que ficarão no espaço acima do forro. Além disso, devem-se retirar os
restos de sisal e gesso dos tirantes e verificar a existência de junta seca entre as placas e as
paredes, que é obrigatória.

Comentários

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Na execução dos revestimentos de argamassa, a fiscalização deverá observar, entre


outros aspectos:
• o emprego dos traços das argamassas de conformidade com as especificações;
• a qualidade dos agregados empregados no preparo das argamassas;
• a aplicação do chapisco e da argamassa do emboço ou reboco na espessura e
acabamento especificados;
• a utilização de aditivos impermeabilizantes, no caso de revestimentos externos;
• o prumo, esquadro e planagem da superfície emboçada ou rebocada;
• a execução dos ensaios de laboratório previstos nas especificações;
• a limpeza das superfícies a revestir para remover poeiras, óleos, graxas
e outros materiais soltos ou estranhos à superfície do concreto ou da alvenaria;
• a revisão das instalações elétricas, hidráulicas, de gás e esgoto embutidas nas
alvenarias;
• a colocação de taliscas para a execução das mestras ou guias;
• o alinhamento do encontro das paredes com os tetos emboçados;
• o alinhamento e prumo dos cantos e arestas.
Nos revestimentos cerâmicos, deve-se atentar para:
• a execução dos serviços nos locais indicados no projeto de arquitetura e nas
especificações;
• as dimensões, cor e qualidade das peças cerâmicas, conforme especificado;
• a colocação de conformidade com as especificações (sobre emboço desempenado,
colado com argamassa especial ou direto sobre a alvenaria chapiscada com emprego de
argamassa);
• a completa aderência das peças cerâmicas à superfície;
• o assentamento com as juntas especificadas;
• o prumo, esquadro e a planagem da superfície acabada;
• o recorte das peças cerâmicas nos pontos para ligação dos aparelhos sanitários e nas
caixas de tomadas e interruptores;
• os ensaios de laboratório especificados;
• o emprego dos traços das argamassas de conformidade com as especificações;
• o alinhamento e prumo dos cantos e arestas;
• o rejuntamento, com a utilização ou não de rejuntes especiais, coloridos, impermeáveis,
antiácidos, antimofo, conforme especificações técnicas, observando o tempo necessário

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de aproximadamente um dia para o endurecimento da argamassa de assentamento


(retração).
Nos forros de gesso, deve-se observar:
• a execução dos forros nos locais indicados no projeto de arquitetura e nas
especificações;
• o emprego do tipo de material especificado;
• o tamanho das placas e sua estrutura, em conformidade com as especificações;
• o encaixe das placas e a fixação entre elas;
• a existência obrigatória de junta seca entre as placas e a parede;
• a não-utilização de placas de moldagem, em processo de pega, empenadas ou
trincadas;
• a execução de todas as instalações que ficarão no rebaixo;
• o sistema de fixação do tirante ao teto ou barrote, em conformidade com as
especificações;
• o envolvimento dos tirantes com sisal e gesso (para aumentar a rigidez contra a ação
do vento);
• o nível e planagem da superfície inferior;
• o estucamento perfeito de todas as juntas, de forma que a posterior pintura esconda-
as completamente.
(Tribunal de Contas da União, 2014)

Gabarito: alternativa ERRADA.

49. (CESPE – CEF – 2010)


(17) O controle tecnológico do concreto usinado deve ser feito para cada lote de 100 m³, ou
quando variar a dosagem. Desprezando-se os casos específicos, o número de corpos de prova
para cada lote amostrado é igual a
A 5.
B 4.
C 3.
D 2.
E 1.

Comentários

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(NBR12655 de 01/2015 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento)

(ABNT, 2015)
Gabarito: alternativa D.

50. (CESPE – CEF – 2010)


(29) A inspeção predial tem contribuído na sistematização de vistorias em edificações e no
desenvolvimento de vários conceitos, como anomalias e falhas. A respeito desse tema,
assinale a opção correta.
A O laudo de inspeção predial possui três itens principais: classificação das anomalias e falhas
quanto ao grau de risco; orientações técnicas; e classificação do estado de manutenção da
edificação.

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B O laudo de inspeção predial de manutenção se presta também para finalidade judicial.


C As anomalias e falhas das edificações são originárias principalmente de fatores não
funcionais.
D Os fatores exógenos responsáveis pelas anomalias e falhas das edificações são provenientes
de irregularidades de projeto ou de execução ou dos materiais utilizados.
E A vistoria técnica para efeito de recebimento do sinistro pela seguradora do edifício não se
aplica a casos de tremores de terra.

Comentários
Segundo a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP dentre o que deve ser avaliado estão:
Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco; Indicação das orientações
técnicas; e Classificação do estado de conservação. A Norma não diz explicitamente que esses são
os principais itens, mas a partir de sua leitura esse conceito pode ser interpretado, logo, a
alternativa A está correta.
O livro Inspeção Predial, da IBAPE/SP, diz: "Tratando-se de serviço com finalidade exclusivamente
técnica, sem qualquer compromisso com as causas dos problemas apurados, o Laudo de Inspeção
Predial de Manutenção não se presta para finalidade judicial."
O livro “Inspeção Predial – Checkup Predial: Guia da Boa Manutenção” – IBAPE SP nos traz mais
informações
https://pt.scribd.com/document/34772711/A-SAUDE-DOS-EDIFICIOS-check-up-predial

1.2 Das anomalias construtivas


As anomalias construtivas são decorrentes de fatores endógenos, exógenos, naturais e
funcionais.
Os fatores endógenos ou internos decorrem de falhas construtivas provenientes, ou do
projeto, ou da execução, ou dos materiais utilizados, ou da combinação dessas etapas.
Infiltrações, trincas, insuficiência de vagas de garagem, portas empenadas e outros
problemas, aparentes ou ocultos, devem ser reparados na fase de garantia do imóvel,
para evitar agravamentos posteriores. Recomenda-se, para esses casos, a realização de
Inspeções Técnicas e Legais para a devida apuração das falhas erespectivas
recomendações corretivas.
Os fatores exógenos ou externos, decorrentes da intervenção de terceiros na edificação,
tais como os danos causados por obra vizinha, choques de veículos, vandalismos, etc,
podem ameaçar seriamente a edificação, recomendando-se a realização de Perícia de
Engenharia visando a apuração dos danos, responsabilidades e recomendações.
Os fatores naturais provenientes da imprevisível ação da natureza, tais como as
excessivas descargas atmosféricas, as enchentes, os tremores de terra e outros, podem
causar danos que coloquem em risco a edificação, recomendando-se a realização de

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Vistoria Técnica e Orçamento que consigne a extensão dos problemas para se receber
o pagamento do sinistro pela seguradora.
Os fatores funcionais, que provocam falhas construtivas decorrentes do excesso de uso,
degradação ou falha de manutenção, tais como as sujidades e desgastes dos
revestimentos e fachadas, as incrustações e corrosões das tubulações hidráulicas, os
ataques de pragas urbanas (cupins), as infiltrações das jardineiras, etc., podem
ser evitados, recomendando-se a periódica realização de Inspeção Predial na edificação,
instrumento de fiscalização fundamental para a posterior implantação do Plano de
Manutenção com ação corretiva e preventiva dessas irregularidades.
(...)
2.2 O Laudo de Inspeção Predial
O Laudo de Inspeção Predial possui três principais itens, sendo eles: A Classificação das
Anomalias quanto ao Grau de Urgência; As Orientações Técnicas pertinentes às
anomalias e A Classificação Geral do Estado de Conservação da edificação.
Esses três itens do Laudo deverão ser feitos com minúcia e detalhamento para a correta
avaliação e análise dos dados de prioridades emitidos.
O Laudo deverá ser redigido de forma prática, para que o leigo consiga identificar as
anomalias, suas localizações, seu grau de urgência e sua orientação técnica.
Reforça-se que o laudo de Inspeção Predial é um “retrato” da edificação na data da
vistoria, e que dependendo da complexidade do mesmo não é possível a emissão de
parecer sobre problemas ocultos, tal que a Inspeção Predial é uma atividade de
constatação visual das anomalias ou desconformidades, no entanto poderá haver casos
em que a inspeção predial use de ensaios e exames mais aprofundados, dependendo do
nível de Inspeção Predial contratado.

Gabarito: alternativa A.

51. (CESPE – CEF – 2010)


(30) Em relação aos tipos de manutenção, assinale a opção correta.
A A manutenção de edificações envolve vários aspectos, incluindo os ambientais.
B A manutenção preditiva é aquela que atua antecipadamente para evitar a reparação.
C A reparação está relacionada com as atividades corretivas realizadas após o edifício ou
alguns de seus elementos atingirem níveis inferiores ao nível de qualidade mínima aceitável.
D A manutenção corretiva é também denominada engenharia de manutenção ou manutenção
proativa.
E A manutenção periódica é relacionada às atividades de conservação da edificação, tais como
limpeza, entre outras.

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Comentários

A manutenção de edificações é um tema cuja importância supera, gradualmente, a


cultura de se pensar o processo de construção limitado até o momento quando a
edificação é entregue e entra em uso.
As edificações são suporte físico para a realização direta ou indireta de todas as
atividades produtivas e possuem, portanto, um valor social fundamental. Todavia, as
edificações apresentam uma característica que as diferencia de outros produtos: elas são
construídas para atender a seus usuários durante muitos anos, e ao longo deste tempo
de serviço devem apresentar condições adequadas ao uso a que se destinam, resistindo
aos agentes ambientais e de uso que alteram suas propriedades técnicas iniciais.
É inviável, sob o ponto de vista econômico, e inaceitável, sob o ponto de vista ambiental,
considerar as edificações como produtos descartáveis, passíveis da simples substituição
por novas construções quando os requisitos de desempenho atingem níveis inferiores
àqueles exigidos pela ABNT NBR 15575 (Partes 1 a 6). Isto exige que a manutenção das
edificações seja levada em conta tão logo elas sejam colocadas em uso.
(ABNT, 2012)

caracterizada por um fluxo constante de serviços, padronizados


MANUTENÇÃO ROTINEIRA e cíclicos, citando-se, por exemplo, limpeza geral e lavagem de
áreas comuns

caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção


imediata a fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas,
MANUTENÇÃO CORRETIVA elementos ou componentes das edificações, ou evitar graves
riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos seus
usuários ou proprietários

caracterizada por serviços cuja realização seja programada com


antecedência, priorizando as solicitações dos usuários,
estimativas da durabilidade esperada dos sistemas, elementos
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
ou componentes das edificações em uso, gravidade e urgência,
e relatórios de verificações periódicas sobre o seu estado de
degradação

Gabarito: alternativa A.

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52. (CESPE – CEF – 2010)


(31) Considerando a influência da gestão da manutenção predial na determinação do valor do
imóvel, assinale a opção correta.
A A variação do valor imobiliário intrínseco é inversamente proporcional à qualidade da
edificação e à gestão da manutenção predial.
B O acompanhamento da variação do valor da edificação ao longo de sua vida útil, em função
do resultado do sistema de manutenção, é de fácil apuração.
C Nas análises econômicas de carteira imobiliária, recomenda-se considerar a gestão da
manutenção predial.
D A avaliação imobiliária é a determinação do valor total do imóvel com base exclusivamente
no seu valor extrínseco, ditado pelo mercado.
E A boa gestão da manutenção predial não considera o investimento necessário para se obter
os benefícios decorrentes da operação do imóvel.

Comentários

Avaliação imobiliária é a determinação do valor total do imóvel (VTI) com base nos seus
valores intrínsecos (VII) e extrínsecos (VIE), sendo os primeiros aqueles relativos às
características próprias do imóvel e os segundos decorrentes do mercado.
O valor extrínseco do imóvel depende do conjunto amostral de seus similares,
predominantemente em função de seu mercado local e mercado global. Quanto ao valor
intrínseco do imóvel, destacam-se as qualidades arquitetônicas e construtivas (QAC) e de
sua gestão de manutenção predial (GMP).
A composição do valor intrínseco e extrínseco do imóvel determina o valor imobiliário
final. Essa composição varia de percentual, principalmente, em função do valor
extrínseco, devido aos significativos pesos do mercado imobiliário local (MIL) e mercado
econômico global (MEG), que sofrem muitas variações e contam muito no valor total do
imóvel. A figura "Determinação do valor total do imóvel" mostra como é possível
considerar o valor imobiliário.
Por seu turno, a boa gestão de manutenção predial é aquela que considera o investimento
necessário para se obter os benefícios decorrentes da preservação, operação e
confiabilidade do imóvel.
Deve-se esclarecer que a confiabilidade da manutenção é a probabilidade do prédio
desempenhar suas funções de maneira adequada em circunstâncias específicas por
determinado período de tempo. No presente caso, deve-se considerar a função
manutenção como uma daquelas que também requer bom desempenho no tocante ao
valor.

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A variação do valor imobiliário intrínseco (VII) é diretamente proporcional à qualidade da


edificação e gestão da manutenção predial, pois a progressão ou regressão desse valor
depende da boa ou má qualidade da edificação e de sua manutenção.
Assim sendo, transpondo-se as equações do valor imobiliário intrínseco (VII) e da gestão
da manutenção predial (GMP), na correlação de ambos ao longo do tempo, pode-se
apresentar o cenário expresso no gráfico "Condição adequada na GMP".
A adequabilidade na gestão da manutenção predial redunda no equilíbrio entre o grau
de investimento da manutenção predial e sua confiabilidade, inclusive do bom
desempenho do valor intrínseco, com consequente valorização. Observe-se que o trecho
de aproximação dos cruzamentos das curvas indica a necessidade de reformas ou retrofit,
após longo período de vida do edifício desse exemplo hipotético.
A insuficiência na gestão de manutenção provoca a degradação precoce e reduz a
capacidade do imóvel, provocando desconfortos devido às falhas e paralisações,
causando desvalorização imobiliária e reduzindo drasticamente a vida útil da edificação
("Condições de insuficiência na GMP").
Investimento interessante é aquele que se baseia em planejadas intervenções de retrofit,
que incluem a modernização do imóvel, com adaptações e reformas projetadas para
melhorar o desempenho da edificação num determinado momento ("Retrofit na GMP").
Estudos recentes nos valores de imóveis residenciais na cidade de São Paulo revelaram
que a composição média gira em torno de 30% do peso para o valor intrínseco e 70% do
total para o valor extrínseco. Esses estudos também demonstraram que a influência da
gestão da manutenção predial (GMP) no valor intrínseco do imóvel (VII) incide, na média,
em 40% desse valor, podendo-se concluir que a gestão da manutenção tem peso médio
de 12% no valor imobiliário total.
Tal constatação tem sido comprovada principalmente no decorrer da manutenção das
fachadas da edificação, com a limpeza ou nova pintura dos painéis, que reduz a idade
aparente do imóvel e causa valorização imediata entre 5% e 10% do valor total.
Outros serviços de manutenção que provocam grandes impactos de valorização
imobiliária também se referem aos aspectos estéticos da edificação, podendo-se citar a
impermeabilização do pavimento térreo, as substituições de gradis externos e dos
revestimentos dos ambientes sociais e de lazer.
Sem embargo da importância dos cuidados de manutenção predial com os equipamentos
e instalações elétricas e hidráulicas, as intervenções de maior valorização são aquelas
relacionadas aos aspectos estéticos. Nesse sentido, cabe destacar que além da
manutenção predial há outras possibilidades de valorização imobiliária, tais como as
reformas e retrofits. As reformas visam à modernização de determinados componentes
da edificação, favorecendo maior conforto e eventual prolongamento da vida útil de
sistema degradado. O retrofit avança um pouco mais, pois todo o edifício sofre
intervenção visando à completa modernização e prolongamento total da vida útil. Tais
intervenções, evidentemente, possuem custo imediato elevado, sendo esse outro

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diferencial em relação à manutenção, cujo custo deve ser reduzido e de longo prazo. As
valorizações decorrentes das reformas e retrofits variam muito de intensidade, mas
podem, inclusive, ultrapassar os 100% do valor imobiliário, dependendo dos custos a
serem investidos.
Por fim, cabe registrar que a norma NBR 5674/99 da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas), de Manutenção em Edificações, estabelece em seu item "15) Gestão
de Qualidade do Sistema de Manutenção - tópico d) acompanhar a variação do valor da
edificação ao longo de sua vida útil, em função do resultado do sistema de manutenção".
Tal acompanhamento é de difícil apuração, pois a influência da variação do valor
extrínseco devido ao mercado é muito significativa e dificulta a separação da parcela da
manutenção, exigindo aprofundados estudos para se obter apenas a valorização
intrínseca da manutenção.
A gestão de manutenção predial tem, portanto, importância significativa no valor total
do imóvel e, também, nas condições de uso, influenciando na segurança, conforto e
demais condições de habitabilidade do imóvel, devendo ser considerada nas análises
econômicas de carteira imobiliária.
http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/89/gestao-da-manutencao-predial-
281333-1.aspx

Gabarito: alternativa C.

53. (CESPE – CEF – 2010)


(32) Considerando a influência da manutenção no desempenho da edificação, bem como os
vários conceitos inerentes a essa questão, assinale a opção correta.
A Segundo a lei de Sitter aplicada à manutenção em geral, adiar uma intervenção significa
diminuir os custos em razão de progressão geométrica em 5 anos.
B A manutenibilidade é considerada, entre outros aspectos, parte da exigência de
sustentabilidade.
C Visando atingir uma boa qualidade na manutenção, não se recomenda o uso da matriz GUT
(gravidade/urgência/ tendência) para obtenção da ordem de prioridade das falhas e
problemas para os serviços reparadores.
D A vida útil de projeto engloba a vida útil residual e a sobrevida.
E Para efeito de gestão da manutenção, considera-se o prazo de garantia igual à vida útil do
imóvel.

Comentários
A) Incorreta. Segundo a lei de Sitter aplicada à manutenção em geral, adiar uma intervenção
significa aumentar os custos em progressão geométrica razão de 5.

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B) Correta.

Manutenibilidade é uma característica inerente a um projeto de sistema ou produto, e se


refere à facilidade, precisão, segurança e economia na execução de ações de manutenção
nesse sistema ou produto (BLANCHARD, Benjamin. Logistics engineering and
management. 4th ed. Englewwod Cliffs: Prentice Hall, 1992. p. 15).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manutenibilidade

Segundo o U. S. Green Building Council, o conceito de green design refere-se a práticas


de projeto e construção que significativamente reduzem ou eliminam o impacto negativo
dos edifícios e dos ocupantes no ambiente, em cinco grandes áreas (UNITED..., 2011):
(a) planejamento sustentável local;
(b) proteção e uso eficiente dos recursos hídricos;
(c) eficiência energética;
(d) conservação de recursos e materiais; e
(e) qualidade do ar interno.
Para Cheung e Cheng (2008), os requisitos para projetos sustentáveis em Hong Kong são:
(a) sustentabilidade social:
- conectividade;
- serviços;
- vizinhança e contexto; e
- cultura e patrimônio da comunidade.
(b) sustentabilidade econômica:

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- qualidade;
- flexibilidade para mudança;
- reutilização das estruturas existentes; e
- estratégia de manutenção eficiente.
(c) sustentabilidade ambiental:
- saúde do ambiente;
- ventilação natural;
- microclima;
- conservação de energia;
- água; e
- conforto ambiental.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212012000100014

C) Incorreta. A matriz GUT na Manutenção contribui para a tomada de decisão estratégica onde
sua utilização pode facilitar a alocação de recursos nos problemas mais graves que podem
trazer maiores prejuízos aos ativos.
Periard (2011) faz a seguinte classificação do GUT:

Gravidade:
Diz quanto o peso da dificuldade analisada caso ela venha a ocorrer. Analisa-se diante
certas características, tais: tarefas, pessoas, resultados, processos, organizações etc.
estudando os resultados a médio e longo prazo, se antes não for solucionado;
Urgência:
A quantidade de tempo que se tem ou necessita para resolução da tarefa. Se grande a
urgência, menor é o tempo disponível para sanar tal problema. Recomenda-se o
questionamento: “A solução desta causa pode aguardar ou necessita ser feita de
imediato?”;
Tendência:
Refere-se à possibilidade de aumento do problema, a circunstância da questão crescer ao
decorrer do tempo. É recomendado questionar: “Caso não solucione tal problema logo, o
mesmo piorará aos poucos ou bruscamente?”.
Veja no quadro abaixo os valores atribuídos para os quesitos “Gravidade, Urgência e
Tendência, segundo Periard (2011).
https://www.manutencaoemfoco.com.br/matriz-gut/

D) Incorreta.

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VIDA ÚTIL – VU
Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para
as quais foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de desempenho
previstos nas normas técnicas, considerando a periodicidade e a correta execução dos
processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e
Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com prazo de garantia legal ou
contratual).
Nota: Interferem na vida útil, além da vida útil de projeto, das características dos
materiais e da qualidade da construção como um todo, o correto uso e operação da
edificação e de suas partes, a constância e efetividade das operações de limpeza e
manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças no
entorno da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos, obras de infraestrutura,
expansão urbana, etc.). O valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor
teórico de Vida Útil de Projeto devidamente influenciado pelas ações da manutenção, da
utilização, da natureza e da sua vizinhança. As negligências no atendimento integral dos
programas definidos no Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação, bem
como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este
ficar menor que o prazo teórico calculado como Vida Útil de Projeto.
VIDA ÚTIL DE PROJETO - VUP
Período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos
requisitos de desempenho estabelecidos nesta Norma, considerando o atendimento aos
requisitos das normas aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e
supondo o atendimento da periodicidade e correta execução dos processos de
manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a VUP
não pode ser confundida com tempo de vida útil, durabilidade, prazo de garantia legal
ou contratual).
(CBIC, 2013)

Da mesma forma que um ser vivo, a saúde das edificações depende não só dos cuidados
durante a sua gestação (fase do projeto), mas também durante seu crescimento (fase da
construção) e deveriam permanecer durante o resto da vida (fase de manutenção), sob
pena de adquirir doenças (manifestações patológicas). À medida que envelhecem (fase
de degradação), elas podem passar por enfermidades (processo lento e contínuo de
deterioração).
Continuando a analogia, o médico (patologista) pode examinar o enfermo e indicar a
terapia mais adequada a ser empregada, receitando alguns remédios (restaurações),
curando o paciente. Como nem sempre é possível devolver a saúde ao enfermo, pode-se
adotar tratamento para melhorar sua aparência dando à edificação uma sobrevida
(aumento da sua vida útil).

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Toda edificação possui um período de vida útil a que se destina. Muitas vezes, antes
mesmo deste prazo ser alcançado, o nível de desempenho já se encontra abaixo do
satisfatório devido, por exemplo, a falta de manutenção periódica. A manutenção não
evitará que o estabelecimento alcance, um dia, o fim da sua durabilidade, mas sim,
prorrogará a sua vida útil, buscando sempre a ausência de patologias.
Na maioria dos casos, o cumprimento às normas poderia evitar ou desacelerar
consideravelmente os mecanismos de degradação de estruturas (doenças). O
cumprimento às normas é obrigatório, não só para atender o Código de Defesa do
Consumidor (artigo n° 39), mas também com a finalidade de orientar os profissionais para
as melhores práticas, evitando assim, a ocorrência desses problemas.
As normas constituem-se, neste caso, como sinônimo de qualidade e economia, enquanto
a falta de qualidade significa desperdício e custo extra.
As manifestações patológicas mais significativas podem ser classificadas, para fins de
identificação, em três grandes grupos: 1) umidade; 2) fissuras, trincas e rachaduras; 3)
descolamento de revestimentos.
Conhecidos os sintomas e reconhecida a causa, antes de ser definida a terapia para sanar
o problema, deve-se estabelecer um diagnóstico, que nada mais é que o perfeito
entendimento de como, a partir da causa, ocorreram os sintomas. O diagnóstico procura
explicar todos os fenômenos e mecanismos que concorreram para a manifestação
patológica.
A gestão da manutenção predial é uma forma racional e pouco onerosa para a detecção
preventiva de patologias e para a correta intervenção em construções que apresentem
anomalias.
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/03/noticias/a_gazeta/opiniao/1141642-a-saude-das-
edificacoes.html

E) Incorreta.

Garantia contratual - Período de tempo igual ou superior ao prazo de garantia legal e


condições complementares oferecidas voluntariamente
pelo fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou
termo de garantia ou contrato no qual constam prazos e condições complementares a
garantia legal, para que o consumidor possa reclamar dos vícios ou defeitos verificados
na entrega de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos
componentes do produto, a critério do fornecedor.
A garantia contratual é facultativa, complementar a garantia legal, não implicando
necessariamente na soma dos prazos.
Na norma ABNT NBR 15575 são detalhados prazos de garantia recomendados,
usualmente praticados pelo setor da construção civil, correspondentes ao período de
tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos em um

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sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias que


repercutam em desempenho inferior aquele previsto.
Garantia legal - Período de tempo previsto em lei que o comprador dispõe para reclamar
do vício ou defeito verificado na compra de seu produto durável.
Lei 4591 de 16 de dezembro de 1964 - E a lei que dispõe sobre as incorporações
imobiliárias e, naquilo que não regrado pelo Código Civil, sobre o Condomínio em
edificações.
(CBIC, 2014)

Vamos ao GUIA ORIENTATIVO PARA ATENDIMENTO À NORMA ABNT NBR 15575/2013


(CBIC, 2013)

A vida útil de qualquer produto, seja um automóvel ou uma edificação, depende da


eficiência do projeto, da construção, das condições de agressividade do meio e dos
cuidados no uso e manutenção. A vida útil prevista no projeto da habitação só poderá ser
atingida no caso do seu uso correto e adoção de eficientes processos de manutenção,
obedecendo-se fielmente ao que estiver estipulado no Manual de Uso, Operação e
Manutenção. Com relação à preparação do manual e à gestão da manutenção, a norma
de desempenho remete às regras ABNT específicas, ou seja, NBR 14037 e NBR 5674.
(...)
Sinteticamente, a norma 14037 apresenta disposições relativas à linguagem utilizada,
registro das manutenções, perdas de garantia, recomendações para situações de
emergência e outras. Todos esses aspectos são pormenorizados no corpo da norma, que
apresenta estruturação e conteúdo resumidos na Tabela 56.
Tabela 56 - Estrutura e Conteúdo da NBR 14037

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(...)
Com relação à gestão da manutenção, a norma de desempenho estabelece que deve ser
atendida a NBR 5674, cuja síntese é apresentada no Anexo C do presente documento.

Vale a pena ler a síntese da NBR 5674 no Guia Orientativo para Atendimento à NBR 15575/2013:
https://www.cbic.org.br/arquivos/guia_livro/Guia_CBIC_Norma_Desempenho_2_edicao.pdf

Gabarito: alternativa B.

Abraço, Profa. Moema Machado

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8 – LISTA DE QUESTÕES
1. (Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)
(21) Segundo Vitório (2003, p. 43), “as fissuras ocupam o primeiro lugar na lista dos problemas
mais comuns nas alvenarias. Suas causas nem sempre são facilmente identificadas, porém, o
conhecimento das mesmas é de fundamental importância para a adoção dos procedimentos
adequados de correção”. Bauer (apud Vitório, 2003, p. 44) lista quatro principais tipos de
fissuras nas alvenarias, identificando suas causas prováveis – “fissura vertical”, “fissura
horizontal”, “fissura inclinada” e “fissura na laje mista de forro da coberta”. Esta classificação
traz grande auxílio à identificação preliminar das causas prováveis de uma determinada
patologia e, consequentemente, à elaboração de laudos técnicos para os casos de fissuras em
construções de alvenaria. Tendo em vista seus conhecimentos sobre patologia das edificações,
assinale a alternativa que identifica corretamente duas causas prováveis de Fissura Vertical
numa construção em alvenaria.
A) Alvenaria submetida à flexo-compressão devido a deformações excessivas da laje; retração
por secagem da laje de concreto armado, que gera fissuras nas alvenarias, principalmente nas
externas enfraquecidas por vãos (janelas).
B) Movimentação higroscópica da alvenaria, principalmente no encontro de alvenarias
(cantos) e em alvenarias extensas; retração por secagem da alvenaria, principalmente em
pontos de concentração de tensões ou seção enfraquecida.
C) Carregamentos desbalanceados, principalmente em sapatas corridas, ou vigas baldrames
excessivamente flexíveis; atuação de cargas concentradas diretamente sobre a alvenaria,
devido à inexistência de coxins ou outros dispositivos para distribuição das cargas.
D) Movimentação térmica da laje de cobertura (deficiência de isolamento térmico, com a
ocorrência de fissuras no topo da parede, decorrente da dilatação da laje de cobertura);
atuação de cargas concentradas diretamente sobre a alvenaria, devido à inexistência de coxins
ou outros dispositivos para distribuição das cargas.

2. (FGV – ALERJ/RJ - 2016)


(47) Ao arquiteto foi solicitada a elaboração do Laudo de Inspeção Predial de uma edificação,
que tem como finalidade precípua servir de instrumento de gestão para a adequada
manutenção predial.
O arquiteto deverá elaborar o Laudo na seguinte etapa sequencial da inspeção predial:
(A) prognóstico;
(B) prescrição;
(C) diagnóstico;
(D) vistoria;

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(E) revisão.

3. (FGV – ALERJ/RJ - 2016)


(69) Numa inspeção predial, o arquiteto observou no sistema de esquadrias anomalias
associadas a problemas originários de fases distintas.
Uma das anomalias foi:
(A) perda de mobilidade em função do desgaste das escovas e gaxetas;
(B) deficiência de estanqueidade, decorrente da insuficiência de furação para a drenagem da
água acumulada nos marcos;
(C) folga na fixação dos vidros, devido à deteriorização dos componentes de fixação;
(D) escurecimento causado pelo ataque de substâncias ácidas na limpeza inadequada;
(E) deficiência na abertura e fechamento por descuido na lubrificação periódica das folhas
móveis.

4. (FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


(57) As construções históricas apresentam variadas patologias em razão da degradação dos
elementos que as compõem.
Relacione as manifestações patológicas que ocorrem nas argamassas às suas respectivas
causas.
1. Manchas de umidade apresentando pó branco acumulado sobre a superfície.
2. Empolamento da pintura apresentando cores diferenciadas no interior das empolas.
3. Superfície do reboco descolada do emboço formando bolhas.
( ) Hidratação retardada do óxido de magnésio da cal.
( ) Presença de pirita ou de matéria orgânica na areia.
( ) Sais solúveis presentes no componente da alvenaria.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
(A) 3 – 2 – 1
(B) 3 – 1 – 2
(C) 2 – 3 – 1
(D) 2 – 1 – 3
(E) 1 – 2 – 3

5. (FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)

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(62) A Inspeção predial consta, além da inspeção física, da análise de documentos relativos às
edificações. Estes documentos devem ser solicitados pelo profissional responsável pela
inspeção quando do início dos trabalhos.
Assinale a opção que indica o documento que se enquadra tipicamente como um documento
técnico.
(A) Alvará de Funcionamento
(B) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(C) Memorial Descritivo dos Sistemas Construtivos
(D) Relatório de Inspeção Anual de Elevadores
(E) Certificado de Ensaios de Pressurização de Extintores

6. (FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


(64) A inspeção predial avalia todas as partes de uma construção de modo a identificar o
estado geral da edificação e se seus sistemas construtivos.
A respeito da inspeção predial, analise as afirmativas a seguir.
I. As deficiências em uma edificação restringem-se aos aspectos construtivos e funcionais.
II. O grau de risco encontrado em uma edificação pode ser classificado em mínimo, regular e
crítico.
III. A multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos em uma inspeção predial independe
da complexidade da edificação.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

7. (FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


(57) A análise das anomalias e das falhas é um dos itens principais na elaboração de um laudo
técnico de inspeção predial.
Quanto às anomalias e às falhas, assinale a afirmativa correta.
(A) As anomalias possuem origem em atividade de manutenção.
(B) As falhas estão relacionadas às deficiências de ordem construtiva.

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(C) As anomalias podem ser decorrentes de planejamento e de execução.


(D) As falhas classificam-se em endógenas e exógenas.
(E) As anomalias e as falhas devem ser classificadas quanto à criticidade.

8. (FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


(58) Um arquiteto foi solicitado a dar um parecer técnico sobre a presença de fissuras num
forro de gesso liso, do tipo forros rígidos.
Assinale a opção que indica uma das causas apresentadas pelo arquiteto, para justificar o
problema.
(A) O emprego de elevado número de juntas de dilatação nos encontros com as paredes.
(B) O reforço excessivo devido à configuração de sua forma muito irregular.
(C) A inobservância às normas dos fabricantes quanto aos procedimentos de montagem.
(D) A utilização de materiais e elementos anticorrosivos.
(E) A ausência de aberturas no forro, para instalação de qualquer tipo de embutidos.

9. (FGV – SUSAM/AM - 2014)


(55) Nos subsolos das edificações são comuns as infiltrações de água decorrentes das juntas
de dilatação ou dos ralos que atingem as peças de concreto armado. Considerando a
recomendação técnica pertinente para a correção dessas anormalidades, analise as
afirmativas a seguir.
I. Restabelecer as condições das peças de concreto armado por meio da remoção das camadas
deterioradas, aplicação de argamassas e verificações das armaduras.
II. Corrigir somente o sistema de impermeabilização, o que permitirá a recuperação natural
das peças de concreto armado.
III. Recuperar o concreto armado do local com intervenção especializada, a fim de conter
exclusivamente a deteriorização do concreto.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

10. (FGV – SUSAM/AM - 2014)

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(54) Assinale a opção que indica uma propriedade da manutenção predial.


(A) Recuperar a capacidade funcional de sistemas e elementos
construtivos.
(B) Alterar características do projeto para definir sua
conformação final.
(C) Dispensar a análise de custos devido ao seu caráter
emergencial.
(D) Coibir aspectos de modernização a fim de preservar as
características construtivas.
(E) Alertar sobre modificações sem jamais propor estudos de
intervenção.

11. (FGV – TJ/BA - 2014)


(66) O grau de risco de uma inspeção predial é um critério que consiste na:
(A) classificação quanto à complexidade da vistoria e a elaboração de seu laudo final;
(B) definição da natureza do elemento construtivo a ser inspecionado e/ou vistoriado;
(C) qualificação quanto à necessidade do número de profissionais envolvidos na inspeção
predial;
(D) classificação das anomalias e falhas constatadas em uma inspeção predial;
(E) identificação da profundidade nas constatações dos fatos.

12. (FGV – ALBA/BA - 2014)


(77) Analise as afirmativas a seguir relativas ao Laudo de Inspeção Predial, assinalando V para
a verdadeira e F para a falsa.
( ) O laudo deverá ser redigido de forma teórica, para que somente profissionais habilitados
consigam identificar as anomalias, suas localizações, seu grau de risco e sua orientação técnica.
( ) A lista de recomendações técnicas é um dos tópicos especiais de um laudo, tanto quanto a
lista de recomendações gerais e sustentabilidade.
( ) A complexidade da orientação técnica do laudo é função do nível de anomalia e de seu grau
de risco, independentemente do nível de inspeção predial.
As afirmativas são, respectivamente:
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.

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(C) V, F e V.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

13. (FGV – ALBA/BA - 2014)


(79) A anomalia encontrada no sistema de pintura, que ocorre quando a tinta é aplicada sobre
reboco úmido ou devido à infiltração, denomina-se:
(A) eflorescência.
(B) calcificação.
(C) descascamento.
(D) trincas.
(E) crateras.

14. (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


(63) As anomalias e falhas das edificações são originárias de fatores de diferentes ordens. O
desgaste dos revestimentos e o vandalismo nas fachadas constituem, respectivamente,
fatores:
(A) exógenos e endógenos;
(B) naturais e funcionais;
(C) funcionais e exógenos;
(D) funcionais e ednógenos;
(E) exógenos e naturais.

15. (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


(64) Na etapa de análises e finalização do laudo técnico referente a uma inspeção predial, o
perito elabora:
(A) vistoria do imóvel ou edificação;
(B) lista de orientações técnicas de acordo com cada deficiência;
(C) entrevista com gestor ou síndico do edifício;
(D) levantamento das anomalias e falhas existentes na edificação;
(E) entrega de questionário aos usuários da edificação.

16. (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)

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(65) No âmbito da patologia das edificações, uma das anomalias e falhas no sistema de
impermeabilização é decorrente do (a):
(A) execução de camada separadora entre a membrana impermeabilizante e a camada de
proteção;
(B) emprego de junta de dilatação em proteção mecânica;
(C) uso de reforço de telas em mudança de base;
(D) utilização de emendas entre panos de mantas;
(E) deslocamento da manda em região de rodapé.

17. (FGV – SUDENE/PE - 2013)


(69) O critério utilizado para a elaboração de laudos de inspeção predial baseia-se na análise
do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, que consiste na
classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos componentes de uma
edificação.
Assinale a alternativa que indica as falhas operacionais.
(A) Decorrem de procedimentos e especificações inadequados do plano de manutenção, sem
aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental, de confiabilidade
e disponibilidade das instalações.
(B) Estão associadas à manutenção e causadas pela execução inadequada de procedimentos
e atividades do plano de manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais.
(C) Estão relacionadas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e
demais atividades pertinentes ao assunto.
(D) Decorrem da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção ou da falta de
acompanhamento de custos da mesma.
(E) São originárias de fenômenos da natureza, tanto os de ordem previsível quanto de ordem
imprevisível.

18. (FGV – INEA/RJ - 2013)


(49) A possibilidade de ocorrência de recalques diferenciais perigosos, causadores de fissuras
na estrutura de concreto, deverá ser discutida entre o calculista e o arquiteto, para que
possam aumentar a flexibilidade do edifício por meio de recursos como a criação de juntas na
estrutura e a desvinculação de paredes. Assinale a alternativa que indica o caso em que
deverão ser criadas juntas na estrutura.
(A) Edifícios de pequena extensão.
(B) Edifícios com geometria regular.
(C) Sistemas de fundações semelhantes.

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(D) Cotas de apoio diferentes.


(E) Fases de construção semelhantes.

19. (FGV – ALMT/MT - 2013)


(66) O laudo de Inspeção Predial representa o “retrato” da edificação, consoante seu estado
de conservação geral, na data da vistoria. Com relação a este tipo de laudo, analise as
afirmativas a seguir.
I. O laudo possui três itens principais: a classificação das anomalias e falhas quanto ao risco, ás
orientações técnicas e à classificação do estado de manutenção e uso da edificação.
II. A constatação de anomalias e falhas para uma inspeção predial deverá ser feita e registrada
coletivamente, a fim de facilitar sua classificação quanto ao grau de risco e seu cadastramento
no laudo, o que evita as prioridades.
III. As orientações técnicas, com base na classificação quanto ao grau de risco, devem ser
distribuídas do menos crítico ao mais crítico, a fim de instruir o plano de manutenção ou
reparos e a organização dos dados e seus registros.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

20. (FGV – ALMT/MT - 2013)


(68) As principais anomalias constatadas na estrutura de um edifício estão ligadas à formação
de fissuras ou à perda parcial do monolitismo das peças. Um dos tipos de anomalia é
classificado de “trinca”, que consiste:
(A) no seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um comportamento, com
abertura capilar, apresentando variação da abertura em função de movimentações
hignotérmicas ou outras, com espessura inferior a 0,5mm.
(B) na segmentação da seção transversal de um comportamento ou na superfície, com fresta
capilar, provocando tensões normais ou tangenciais, com abertura constante e espessura
inferior a 0,5mm.
(C) na abertura em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa, com espessura de 0,5mm a 1,0mm.

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(D) na abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido, decorrente
de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se “ver” através dela, com espessura entre 1,0
e 1,5mm.
(E) na abertura significativa que aparece na superfície de qualquer material sólido, devido à
exacerbada ruptura de sua massa, causando sua divisão em partes separadas, com espessura
superior a 1,5mm.

(CESPE – INPI – 2013)


A respeito de canteiros e fiscalização de obras, julgue os próximos itens.
21.
(115) É possível que, durante a realização da obra, seja exigida, por parte da fiscalização, a
execução de escoramentos adequados, mesmo que não tenham sido previstos no projeto.
22.
(116) Devem-se verificar o traço do concreto e a armadura utilizada em estacas pré-moldadas
das fundações de uma edificação.
23.
(117) Durante a escavação com estacas de concreto ou metálicas, deve-se verificar se sua base
superior está protegida por cabeçote de aço ou madeira.

(CESPE – TRE RJ – 2013)


Sobre estudos, avaliações, relatórios e documentação em geral relacionados a construções,
julgue os itens seguintes.
24.
(96) As vistorias só podem ser realizadas no local e por meio de documentos enviados até o
perito.
25.
(97) A perícia limita-se a investigar as causas que conduziram ao estado do bem observado,
apresentando conclusões a respeito delas.
26.
(98) Laudo é um parecer emitido por um especialista indicado por autoridade que relata os
resultados de exames e vistorias.
27.
(99) Croquis ilustrativos podem ser anexados em laudos de perícia técnica para auxiliar na
descrição do objeto periciado, bem como dos problemas observados no transcorrer dos
trabalhos periciais.

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28.
(100) A análise e o exame prévios em um estudo de viabilidade de uma construção
determinam a adequação financeira e técnica de um projeto proposto.
29.
(101) Vistoria é a inspeção do imóvel para examinar suas condições estruturais e de
acabamento.

30. (CESPE – TJ/RO – 2012)


(26) No que se refere à conservação de equipamentos de trabalho, é correto afirmar que o
serviço de engenharia é o ato de
A arranjar ou dispor, convenientemente, peças, estruturas e mecanismos de modo a compor
um todo planejado.
B reparar, ou seja, é um conjunto de operações por meio das quais se visa preservar ou manter
em bom estado os bens existentes.
C transformar instalações, equipamentos ou qualquer outro dispositivo para o uso diferente
daquele originalmente proposto.
D deslocar, de um local para outro, peças, materiais e pessoal.
E acumular equipamentos para uso nas atividades.

31. (FCC – Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP) – 2015)


(54) Compete à Fiscalização de Obras Públicas:
(A) Apoiar e acatar as mudanças da Contratante quanto ao cronograma de execução dos
serviços.
(B) Elaborar o Plano de Execução dos Serviços a ser apresentado para a Contratada no início
dos trabalhos.
(C) Apresentar um fluxograma de desenvolvimento e cronograma de execução dos trabalhos
para a Contratada.
(D) Elaborar alterações de Projeto sempre que a Contratada requisitar ajustes.
(E) Analisar e aprovar o Plano de Execução dos Serviços a ser apresentado pela Contratada no
início dos trabalhos.

32. (FCC – Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP) – 2015)


(65) Em vistoria a uma obra denunciada por supostas irregularidades no que se refere às
condições e meio ambiente de trabalho, foi constatada uma escavação onde os materiais
retirados eram depositados a uma distância de quatro metros a partir da borda do talude.

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Pode-se considerar que a obra se encontra em condição regular, desde que a profundidade da
escavação seja
(A) superior a oito metros.
(B) inferior a oito metros.
(C) inferior a sete metros.
(D) superior a nove metros.
(E) igual ou superior a nove metros

33. (FCC – TRT 3ª Região – 2015)


(60) O programa de manutenção para o edifício do Foro Trabalhista de Belo Horizonte,
inaugurado em 2008, deve atender aos requisitos para o sistema de gestão de manutenção da
edificação estabelecidos pela NBR 5674, válida a partir de agosto de 2012. Segundo a Norma,
por ser a edificação existente anterior à vigência desta, deve
(A) preservar o programa de manutenção anterior à vigência da Norma.
(B) adequar o seu programa de manutenção atendendo ao apresentado na Norma vigente.
(C) refazer o programa de manutenção atendendo ao disposto na Norma vigente e na Norma
válida à época da inauguração.
(D) adequar o edifício com reformas de modo a atender à Norma vigente.
(E) preservar o programa de manutenção anterior e adequar o edifício com reformas de modo
a atender à Norma vigente.

34. (FCC – TRF 2ª Região – 2012)


(46) Sob o ponto de vista das perícias técnicas e de avaliação, o exame circunstanciado e a
consequente descrição minuciosa de um imóvel são denominadas de
(A) parecer.
(B) laudo.
(C) vistoria.
(D) inspetoria.
(E) levantamento.

35. (FCC – TRF 2ª Região – 2012)


(47) Nas perícias e laudos técnicos, a depreciação de ordem funcional de uma edificação pode
ser ocasionada por fatores como:

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I. apuração;
II. superação;
III. anulação;
IV. inadequação.
É correto o que consta em:
(A) II, III e IV, apenas.
(B) II, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.

36. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(26) Foram observadas falhas na fiscalização de obra, com relação à execução de serviços de
imprimadura betuminosa impermeabilizante. Indique a alternativa que corresponda a um
desses casos frequentes e que devem ser evitados para preservar a qualidade na execução dos
serviços.
(A) Antes de iniciar a distribuição do material betuminoso, foram medidas e comparadas entre
si as vazões dos bicos de barra de distribuição, de forma a apresentarem uniformidade de
aspersão.
(B) A distribuição do material betuminoso foi iniciada somente quando atingida a temperatura
necessária à obtenção de viscosidade dentro do veículo distribuidor.
(C) Durante as operações de distribuição do material betuminoso, os serviços foram sustados
durante a chuva, para evitar que os agregados estivessem molhados.
(D) A distribuição do material betuminoso foi feita com regador tipo bico de pato por ser o
modo mais apropriado quando a superfície não permitir a utilização de barra de distribuição.
(E) No emprego de asfaltos diluídos ou emulsões, o início de cada operação de material
betuminoso foi condicionado à cura do material aplicado na camada anterior.

37. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(27) O nível de desempenho do concreto de qualquer estrutura é avaliado, basicamente, pela
distância existente entre dois parâmetros definidos em norma, sendo eles o estado limite de
serviço (ELS) e o estado limite último (ELU).
A respeito desses dois parâmetros é correto afirmar:

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(A) A redução da proximidade entre esses dois parâmetros é desaconselhável para atender
aos coeficientes de segurança.
(B) Quanto mais próximos os valores referentes a esses dois parâmetros, menor é a
probabilidade que a superestrutura entre
em colapso.
(C) Quanto mais distantes os valores referentes a esses dois parâmetros, maior é a
probabilidade de que a superestrutura
entre em colapso.
(D) A proximidade entre esses dois parâmetros indica que a superestrutura tende a um nível
crítico de deterioração e desempenho.
(E) A diferença entre esses dois parâmetros deve ser reduzida para se obter um aumento do
coeficiente de segurança.

38. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(28) Analise as afirmações abaixo com o objetivo de identificar os fatores fundamentais para
se obter uma recuperação de excelência, aumentando-se os coeficientes de segurança.
I. Partir de um laudo técnico abrangente, detalhado e bem fundamentado que estabeleça um
diagnóstico da patologia apresentada, seguida da discriminação dos procedimentos de
recuperação e dos materiais a serem empregados.
II. Contar com uma equipe heterogênea de modo a reunir tanto profissionais bem capacitados
e experientes, quanto profissionais sem experiência para serem testados e treinados.
III. Utilizar materiais e técnicas previamente testados de acordo com as metodologias de
tratamento discriminadas no laudo técnico para que se possa recuperar o nível de
desempenho e durabilidade da estrutura comprometida.
IV. Selecionar materiais e insumos de diversos fabricantes com o objetivo de ampliar o
espectro dos testes e da experimentação na aplicação dos materiais e técnicas e assim garantir
a excelência da recuperação.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) I e III.
(B) I, II e IV.
(C) II e III.
(D) II, III e IV.
(E) I e IV.

39. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)

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(30) De acordo com a NBR-5.674:2012, que dispõe sobre a manutenção de edificações, na


organização da gestão do sistema de manutenção, os diferentes tipos necessários de
manutenção são:
(A) rotineira, urgente e prioritária.
(B) rotineira, corretiva e preventiva.
(C) permanente, cíclica e corretiva.
(D) corretiva, urgente e preventiva.
(E) contínua, preventiva e prioritária.

40. (FCC – TRF 1ª Região – 2014)


(39) Na construção, 75% das patologias são decorrentes de problemas relacionados com as
instalações hidráulicas prediais. É dessa circunstância que deriva a maior atenção e cuidados
necessários na elaboração do projeto, na execução e no uso de material adequado. O projeto
arquitetônico deve considerar:
I. Espaços livres para a passagem de tubulações, no sentido horizontal (forros e dutos
horizontais) e vertical (pontos e shafts) que facilitam a execução da obra e a operação das
instalações.
II. No caso de sistema de shaft visitável, a utilização de tampa de fechamento feita, em geral,
com duas placas de gesso, revestidas por filme acrílico em ambas as faces, para esconder a
tubulação.
III. No caso de dutos e shafts, que as tubulações recobertas sejam fixadas ou posicionadas por
meio de peças que permitam a livre movimentação e facilitem a manutenção.
IV. Sempre que possível, como uma opção de racionalização, a adoção de shafts de prumada
individualizados para cada conjunto hidráulico: sanitários, área de serviços e cozinha.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) II e IV.
(B) I, III e IV.
(C) III.
(D) I e IV.
(E) II.

41. (FCC – MP-Maranhão – 2013)


(53) O processo de escovação, com solução de água e ácido muriático, em estruturas de
concreto é uma solução simples para resolver a seguinte patologia:
(A) cavitação em decorrência do ataque por sulfato.

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(B) eflorescência em decorrência da hidrólise e lixiviação dos componentes da pasta de


cimento endurecido.
(C) delaminação causada pela selação do concreto.
(D) desgaste superficial devido à abrasão.
(E) fissuras capilares em decorrência da fase plástica do concreto.

42. (CONSULPLAN – P.M. São Leopoldo – 2010)


(17) Define-se corretamente Manutenção Preventiva como:
A) Atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de
desempenho técnico dos componentes da edificação.
B) Atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de
desempenho técnico dos componentes ou sistemas da edificação, cujo funcionamento
depende de dispositivos mecânicos, hidráulicos, elétricos e eletromecânicos.
C) Atividade de manutenção executada após a ocorrência de falha ou de desempenho
insuficiente dos componentes da edificação.
D) Atividade de manutenção executada antes da ocorrência de falha ou de desempenho
insuficiente dos componentes da edificação.
E) Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a
verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos
os seus aspectos.

(CESPE – MEC – 2015)


Com relação ao concreto armado, julgue os itens subsecutivos.
43.
(70) Nas obras grandes e médias e nas centrais de concreto, recomenda-se a dosagem
experimental, baseada em ensaios físicos dos componentes da mistura do concreto, por ser a
mais econômica e com menores desvios-padrão.
44.
(71) As armaduras de pele têm a função de impedir a fissuração lateral da peça. Por esse
motivo, são usualmente empregadas em vigas altas e em peças em que o cobrimento é
excessivo.
45.
(72) A relação água-cimento, por ser inversamente proporcional à resistência do concreto, não
pode ser superior a 0,6.

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(CESPE – CNJ – 2013)


Terminadas as estruturas, lajes e vedações de uma edificação, iniciam-se os serviços de
acabamento e revestimento. Com relação à correção das medidas de fiscalização referentes a
pisos de cerâmica, paredes e forros, julgue os itens de 91 a 93.
46.
(91) Na aplicação do piso de cerâmica, é necessário verificar, entre outros fatores, se as
tubulações das instalações embutidas no piso foram bem colocadas; se os pontos de níveis
para guiar o espalhamento da argamassa foram bem colocados; e se, antes da aplicação do
piso, a cerâmica foi imersa em água limpa até saturação.
47.
(92) Durante o revestimento em argamassa, o prumo e o esquadro da superfície emboçada
devem ser verificados, e os pontos de água, esgoto e gás para ligação dos aparelhos sanitários,
identificados. Se, durante a execução do revestimento, aparecerem fissuras na argamassa,
deve-se aumentar a quantidade de cimento no traço e trocar os agregados.
48.
(93) Na execução de forros de gesso, deve-se inspecionar, entre outros tópicos, a execução de
todas as instalações que ficarão no espaço acima do forro. Além disso, devem-se retirar os
restos de sisal e gesso dos tirantes e verificar a existência de junta seca entre as placas e as
paredes, que é obrigatória.

49. (CESPE – CEF – 2010)


(17) O controle tecnológico do concreto usinado deve ser feito para cada lote de 100 m³, ou
quando variar a dosagem. Desprezando-se os casos específicos, o número de corpos de prova
para cada lote amostrado é igual a
A 5.
B 4.
C 3.
D 2.
E 1.

50. (CESPE – CEF – 2010)


(29) A inspeção predial tem contribuído na sistematização de vistorias em edificações e no
desenvolvimento de vários conceitos, como anomalias e falhas. A respeito desse tema,
assinale a opção correta.

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A O laudo de inspeção predial possui três itens principais: classificação das anomalias e falhas
quanto ao grau de risco; orientações técnicas; e classificação do estado de manutenção da
edificação.
B O laudo de inspeção predial de manutenção se presta também para finalidade judicial.
C As anomalias e falhas das edificações são originárias principalmente de fatores não
funcionais.
D Os fatores exógenos responsáveis pelas anomalias e falhas das edificações são provenientes
de irregularidades de projeto ou de execução ou dos materiais utilizados.
E A vistoria técnica para efeito de recebimento do sinistro pela seguradora do edifício não se
aplica a casos de tremores de terra.

51. (CESPE – CEF – 2010)


(30) Em relação aos tipos de manutenção, assinale a opção correta.
A A manutenção de edificações envolve vários aspectos, incluindo os ambientais.
B A manutenção preditiva é aquela que atua antecipadamente para evitar a reparação.
C A reparação está relacionada com as atividades corretivas realizadas após o edifício ou
alguns de seus elementos atingirem níveis inferiores ao nível de qualidade mínima aceitável.
D A manutenção corretiva é também denominada engenharia de manutenção ou manutenção
proativa.
E A manutenção periódica é relacionada às atividades de conservação da edificação, tais como
limpeza, entre outras.

52. (CESPE – CEF – 2010)


(31) Considerando a influência da gestão da manutenção predial na determinação do valor do
imóvel, assinale a opção correta.
A A variação do valor imobiliário intrínseco é inversamente proporcional à qualidade da
edificação e à gestão da manutenção predial.
B O acompanhamento da variação do valor da edificação ao longo de sua vida útil, em função
do resultado do sistema de manutenção, é de fácil apuração.
C Nas análises econômicas de carteira imobiliária, recomenda-se considerar a gestão da
manutenção predial.
D A avaliação imobiliária é a determinação do valor total do imóvel com base exclusivamente
no seu valor extrínseco, ditado pelo mercado.
E A boa gestão da manutenção predial não considera o investimento necessário para se obter
os benefícios decorrentes da operação do imóvel.

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53. (CESPE – CEF – 2010)


(32) Considerando a influência da manutenção no desempenho da edificação, bem como os
vários conceitos inerentes a essa questão, assinale a opção correta.
A Segundo a lei de Sitter aplicada à manutenção em geral, adiar uma intervenção significa
diminuir os custos em razão de progressão geométrica em 5 anos.
B A manutenibilidade é considerada, entre outros aspectos, parte da exigência de
sustentabilidade.
C Visando atingir uma boa qualidade na manutenção, não se recomenda o uso da matriz GUT
(gravidade/urgência/ tendência) para obtenção da ordem de prioridade das falhas e
problemas para os serviços reparadores.
D A vida útil de projeto engloba a vida útil residual e a sobrevida.
E Para efeito de gestão da manutenção, considera-se o prazo de garantia igual à vida útil do
imóvel.

Abraço,
Profa. Moema Machado

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9 – GABARITO

1. B 15. B 29. CERTA 43. CERTA

2. A 16. E 30. B 44. CERTA

3. B 17. C 31. E 45. ERRADA

4. A 18. D 32. B 46. CERTA

5. C 19. A 33. B 47. ERRADA

6. B 20. C 34. C 48. ERRADA

7. E 21. CERTA 35. A 49. D

8. C 22. ERRADA 36. D 50. A

9. A 23. CERTA 37. D 51. A

10. A 24. ERRADA 38. A 52. C

11. D 25. ERRADA 39. B 53. B

12. A 26. CERTA 40. B

13. A 27. CERTA 41. B

14. C 28. CERTA 42. D

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10 – GLOSSÁRIO – IBAPE SP
https://ibape-nacional.com.br/biblioteca/category/normas-estudos-tecnicos/
1 – OBJETIVO
1.1 -Este glossário contém a terminologia e conceitos aplicáveis a todas as manifestações de
trabalhos periciais de engenharia, cujo uso é recomendado aos associados do IBAPE/SP. Sempre
que possível, foram aproveitadas as definições constantes das Partes 1 a 4 da NBR14653 da ABNT,
bem como das Normas do IBAPE/SP de Avaliações de Imóveis Urbanos, de Perícias em Engenharia,
de Inspeção Predial e de Perícias Ambientais.
1.2-As definições constantes da NBR12721/93, específicas para sua aplicação, não são listadas a
seguir, mas são consideradas como fazendo parte deste glossário.
ACESSÃO: Modo originário de aquisição da coisa acessória que adere materialmente ao imóvel,
passando a pertencer definitivamente ao proprietário, podendo ter origem:
- natural: formação de ilhas, avulsão, aluvião, abandono de álveo, etc.
- artificial: quando por efeito exclusivo de fato ou ação do homem: plantações, terraplenagem, etc.
- mista: quando se dá simultaneamente por fato natural e por ação do homem.
ACESSÓRIO: Bem que se incorpora ao principal e que possui valor isoladamente, incorporado ou
não a ele.
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: Ato decorrente de decisão judicial sobre bens compromissados e
quitados, em casos de impugnação ou dúvida sobre o respectivo registro.
ADMINISTRAÇÃO: Diz-se de qualquer serviço ou obra que é executada sob a direção e fiscalização
da própria pessoa, física ou jurídica, mediante recebimento de parcela proporcional ao seu custo, e
não por empreitada. Também conhecidos como serviços ou obras "a preço de custo".
AFORAMENTO: Ver ENFITEUSE.
ÁGUA DE PERCOLAÇÃO: Água que atua sobre superfícies, não exercendo pressão hidrostática
superior a 1 kPa. (ABNT – NBR 8083/JUL83)
ÁGUA SOB PRESSÃO: Água confinada ou não, exercendo pressão hidrostática superior a 1 kPa.
(ABNT – NBR 8083/JUL83)
ALAVANCAGEM: Utilização de financiamentos com o objetivo de elevar a taxa interna de retorno
do fluxo de caixa de um empreendimento
ALCATRÃO: Produto semi-sólido ou líquido, resultante da destilação de materiais orgânicos (hulha,
linhito, turfa e madeira). (ABNT – NBR 8083/JUL83)
ALÍQUOTA: Fator incidente sobre a base de cálculo, cujo resultado pode corresponder a um
imposto.
ALPENDRE: Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas e vãos. Geralmente,
fica localizada na entrada da casa.

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ALUGUEL: Pagamento feito ao locador, em contrapartida ao uso do bem ou da coisa por


determinado período. Seu valor está relacionado com a época de celebração do contrato, sua
duração, período de reajustes e eventuais pagamentos antecipados.
AMOSTRA: Conjunto de dados de mercado representativos de uma população.
AMOSTRAGEM: Procedimento utilizado para constituir uma amostra.
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE: Análise do efeito de variações dos parâmetros do modelo
adotado, no resultado da avaliação.
ANOMALIA: Irregularidade, anormalidade, exceção à regra.
ANOMALIA ENDÓGENA: originária da própria edificação (projeto, materiais e execução).
ANOMALIA NATURAL: originária de fenômenos da natureza (previsíveis, imprevisíveis).
ANOMALIA FUNCIONAL: originária do uso.
ANOMALIA EXÓGENA: originária de fatores externos à edificação, provocados por terceiros.
APROVEITAMENTO EFICIENTE: Aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, numa
data de referência, observada a tendência mercadológica nas circunvizinhanças, dentre os diversos
usos permitidos pela legislação pertinente.
ARBITRAMENTO: Avaliação ou estimação de bens, feitas por árbitro ou perito nomeado pelo juiz.
Atividade que envolve a tomada de decisão ou posição entre alternativas tecnicamente
controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos.
ÁREA DE SERVIDÃO: Parte do imóvel serviente diretamente atingida pela servidão
ÁREA CONSTRUÍDA:
a) No caso de imóvel isolado:
Área física real construída do imóvel, obtida em planta, com pé-direito livre mínimo que atenda ao
disposto no Código de Edificações, através da medição nela dos contornos externos das paredes ou
pilares que constituem o seu perímetro externo, não se computando eventuais áreas livres
existentes dentro desse perímetro, inclusive as áreas das superfícies das sacadas, cobertas ou
descobertas do pavimento, bem como outras áreas cobertas existentes (por exemplo: terraços,
garagens, coberturas de tanques, etc.)
b) No caso de unidades autônomas de prédios em condomínio:
Área resultante do somatório da área privativa da unidade, acrescida da área de uso comum que
lhe couber, conforme estabelecido na NBR12721, e outras áreas, cobertas ou descobertas de uso
privativo daquela unidade, situada em outros pavimentos.
AREA "NON AEDIFICANDI": Área gravada por restrições legais ou contratuais do loteamento, desde
que devidamente averbadas junto ao Registro de Imóveis, onde não é permitido construir.
ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO: Resultante do somatório da área real privativa e comum atribuídas
a uma unidade autônoma, definidas conforme NBR 12721

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ARGAMASSA IMPERMEÁVEL: Sistema de impermeabilização, aplicação em superfície de alvenaria


ou concreto, constituído de areia, cimento, aditivo impermeabilizante e água, formando uma massa
que endurecida apresenta propriedades impermeabilizantes. (ABNT – NBR 8083/JUL83)
ARMAÇÃO: Conjunto de barras de aço que compõe as peças de concreto armado.
ARRENDAMENTO: Retribuição pela cessão de direito à exploração, uso ou fruição de um bem capaz
de produzir frutos, por prazo certo e condições convencionadas (NBR14653-1)
ARGUIÇÃO DO USUCAPIÃO: Defesa da posse longeva e pacífica em alegações nas ações dominiais
pelo Requerido.
ARMAZÉM: Compartimento ao rés-do-chão ou no pavimento térreo de um prédio, onde se
depositam mercadorias. Ver GALPÃO.
ARRENDAMENTO: Retribuição pela cessão de direito à exploração, ou uso e gozo, por prazo certo
e condições convencionadas, de bens imóveis, ou considerados imóveis, e de certos móveis, capazes
de produzir frutos.
ASFALTO: Material sólido ou semi-sólido, de cor preta, que ocorre na natureza ou é obtido pela
destilação de petróleo, que se funde gradualmente pelo calor, e no qual os constituintes
predominantes são os betumes. (ABNT – NBR 8083/JUL83).
ASFALTO MODIFICADO: Asfalto devidamente processado, de modo a se obter determinadas
propriedades. (ABNT – NBR 8083/JUL83).
ASFALTO OXIDADO: Produto obtido pela passagem de uma corrente de ar, através de uma massa
de asfalto destilado de petróleo, em temperatura adequada. (ABNT – NBR 8083/JUL83).
ASSISTENTE TÉCNICO: Profissional legalmente habilitado, indicado e contratado pela parte para
orientá-la, assistir os trabalhos periciais em todas as fases da perícia e, quando necessário, emitir
seu parecer técnico.
ATERRAMENTO: Ligação elétrica intencional com a terra.
AVARIA: Dano causado em qualquer bem, ocasionado por defeito ou outra causa a ele externo.
AVALIAÇÃO: Atividade que envolve a determinação técnica do valor quantitativo, qualitativo, ou
monetário de um bem, ou de seus rendimentos, gravames, frutos, direitos, seguros, ou de um
empreendimento, para uma data e um lugar determinado.
AVALIAÇÃO DE BENS: Análise técnica, realizada por Engenheiro de Avaliações, para identificar o
valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores da
viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data(NBR
14653-1)
AVALIAÇÃO DE SERVIDÃO: Determinação do valor correspondente às restrições impostas à
propriedade pela instituição de servidão.
AVALIAÇÃO EXPEDITA: Aquela que se louva em informações ou escolha criteriosa do engenheiro
de avaliações, podendo ou não se pautar por metodologia definida nas normas técnicas, ou sem
comprovação expressa dos elementos ou critérios que levaram à convicção de valor.

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AVALIADOR: A pessoa legalmente habilitada que efetua avaliações.


BALCÃO: Elemento em balanço, na altura de pisos elevados, disposto diante de portas e janelas. É
protegido por guarda-corpo.
BALDRAME: Conjunto de vigas de concreto armado que corre sobre qualquer tipo de fundação.
BEIRAL: Prolongamento do telhado para além da parede externa, protegendo-a da ação das chuvas.
BEM: Coisa que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de direito, que integra
um patrimônio (NBR 14653-1)
BEM DE REFERÊNCIA: Dado de mercado com características comparáveis às do bem avaliando.
BEM TANGÍVEL: Bem identificado materialmente (ex.: imóveis, equipamentos, matérias-primas)
(NBR 14653-1)
BEM INTANGÍVEL: Bem não identificado materialmente (ex.: fundo de comércio, marcas e patentes)
(NBR 14653-1)
BENEFÍCIO FISCAL: Redução ou diferimento de impostos e taxas concedidos pelo poder público,
com o objetivo de incentivar determinada atividade econômica.
BDI: Benefícios e despesas indiretas incidentes sobre o custo direto da construção
BENFEITORIA: Resultado de obra ou serviço realizado num bem e que não pode ser retirado sem
destruição, fratura ou dano (NBR 14653-1). Podem ser classificadas em três tipos:
BENFEITORIA NECESSÁRIA: a indispensável para conservar o bem ou evitar a sua deterioração (NBR
14653-1).
BENFEITORIA ÚTIL: a que aumenta ou facilita o seu uso, embora dispensável (NBR 14653-1)
BENFEITORIA VOLUPTUÁRIA: a que visa simples deleite ou recreio, sem aumentar o uso normal do
bem (NBR 14653-1)
Quanto à sua reprodução, em imóveis rurais, as benfeitorias podem ser classificadas em:
NÃO REPRODUTIVAS: são as que por se acharem aderidas ao chão não são negociáveis e nem
rentáveis separadamente das terras.
REPRODUTIVAS: SÃO as culturas comerciais ou domésticas, implantadas no terreno, cuja remoção
implica em perda total ou parcial, compreendendo culturas permanentes, florestas e pastagens
cultivadas, e que, embora não negociáveis separadamente do solo, poderão ter cotação em
separado, para base de negócios de propriedades rurais.
BETA: É um número que indica o risco sistemático de um investimento, ou seja, a volatilidade de
uma ação ou de um fundo mútuo, comparada a um índice do mercado como um todo
BETA DO EMPREENDIMENTO: Beta estimado para um empreendimento por comparação com betas
de empresas de capital aberto do setor em análise.
BRISE: Do francês brise-soleil. Quebra-sol instalado vertical ou horizontalmente diante de fachadas
para impedir a ação do sol sem perder a ventilação.

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CAIBRO: Peça de madeira que sustenta as ripas do telhado ou de assoalhos. Nos telhados, o caibro
se assenta nas cumeeiras, nas terças e nos frechais. No assoalho, se apoia nos barrotes.
CAMPO DE ARBÍTRIO: Intervalo de variação no entorno do estimador pontual adotado na avaliação,
dentro do qual pode-se arbitrar o valor do bem, desde que justificado pela existência de
características próprias não contempladas no modelo (NBR 14653-1)
CAPITAL DE GIRO: Quantia para fazer face às despesas correntes, necessária para colocar ou manter
em marcha o empreendimento.
CAPITAL DE TERCEIROS: Recursos obtidos por meio de empréstimo, aplicados no empreendimento
e que correspondem a rubricas ou contas do exigível, também denominado capital de empréstimo.
CAPITAL PRÓPRIO: Recursos dos sócios ou quotistas aplicados no empreendimento,
comprometidos com o seu desempenho e compondo seu patrimônio, também denominado capital
de risco.
CAPITALIZAÇÃO: Agregação de juros ao capital aplicado.
CARGA INSTALADA: Soma das potências nominais dos equipamentos de uma unidade de consumo
que, após concluídos os trabalhos de instalação, estão em condições de entrar em funcionamento.
CARGA TRIBUTÁRIA: Impostos e taxas incidentes sobre o empreendimento.
CARBONATAÇÃO: É o processo pelo qual o concreto reage com o dióxido de carbono presente no
meio, transformando o hidróxido de cálcio presente, em carbonato de cálcio mais água, gerando a
diminuição da alcalinidade da peça e a redução de volume (retração por carbonatação).
CENÁRIO: Conjunto de premissas a respeito do comportamento de um mercado ou
empreendimento.
CENTRO DE MEDIÇÃO: Conjunto constituído, de forma geral, de caixa de distribuição, caixa de
dispositivo de proteção e manobra, caixa de barramentos, caixas de medição, caixa da
administração, caixa de dispositivo de proteção individual.
“CHILLER”: Central que fornece água gelada aos “fan-coils” por intermédio do evaporador de um
ciclo de refrigeração cujo condensador pode ser esfriado com ar externo ou água.
CIRCUÍTO ELÉTRICO: Conjunto de corpos ou de meios no qual pode haver corrente elétrica.
COBRIMENTO: Capeamento da armação em uma peça de concreto armado.
COEFICIENTE DE PARIDADE: Relação entre os preços unitários apropriados exclusivamente a partir
de dados de mercado, visando a composição de modelos cuja representatividade, restrita ao local
pesquisado, é função de exame estatístico específico.
COMANDO: Ação direta, manual ou automática, que modifica o estado ou a condição de
determinado equipamento.
COMINAÇÃO.: Exigência de pena ou castigo por falta de cumprimento de contrato, preceito, ordem
ou mandado judicial.
COMODATO: Empréstimo gratuito e temporário de coisa não fungível, mediante condições
preestabelecidas.

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COMPOSTOS CFC – Compostos de cloro, flúor e carbono utilizados como gases refrigerantes.
COMPROMISSO PARTICULAR DE VENDA E COMPRA: Contrato particular em que o promitente
vendedor se obriga a transferir, dentro de determinado prazo, a propriedade de um bem ao
promissário comprador, mediante certas condições contratuais e financeiras.
CONCESSÃO: Ato do poder público destinado a permitir a exploração comercial de serviço, de
minério ou de indústria, que seja legalmente de sua atribuição.
CONCILIAÇÃO: adoção do valor final, devidamente justificado, em função dos resultados obtidos,
quando utilizado mais de um método
CONDICIONADOR DE JANELA: Condicionador autônomo de pequena capacidade (até 3TR).
Geralmente montado na parede ou janela contígua ao meio externo.
CONDICIONADOR DE TETO: Condicionador autônomo montado no teto.
CONDOMÍNIO: Forma de propriedade na qual o bem pertence a mais de um proprietário
CONDUTOR: Fio, cabo ou conjunto de cabos, destinado especificamente a conduzir corrente
elétrica.
CONJUNTO RESIDENCIAL: Uma ou mais edificações, isoladas ou agrupadas, vertical ou
horizontalmente, ocupando um ou mais lotes, dispondo obrigatoriamente de espaços e instalações
de utilização comum, caracterizadas como bens em condomínio do conjunto.
CONSERVAÇÃO: Ato de manter o bem em estado de uso adequado à sua finalidade, que implica em
maiores despesas que as de uma simples manutenção.
CONSTRUÇÃO: Ato, efeito, modo ou arte de construir. Edificação.
CONSTRUIR: Edificar, levantar prédios. Conjunto de materiais e serviços, sendo ordenado conforme
projeto visando à sua transformação num bem.
CONTRAVENTAMENTO: Sistema de ligação entre os elementos principais de uma estrutura com a
finalidade de aumentar a rigidez da construção.
CONTRAVERGA: Viga de concreto usada sob a janela para distribuir tensões e evitar a fissuração da
parede.
CONSUMO (Elétrica): Quantidade de energia elétrica absorvida em um dado intervalo de tempo.
Unidade de medida (kWh)
CO-PROPRIEDADE: Propriedade comum a duas ou mais pessoas. O mesmo que condomínio.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: Tributo previsto no artigo 145 inciso III da Constituição Federal de
1988, passível de cobrança pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
sempre que haja valorização imobiliária decorrente de obras públicas.
CORRENTE ELÉTRICA: Movimento ordenado dos elétrons livres nos fios. Unidade de medida:
Ampére (A).
CORROSÃO: Ataque das armações através de processo de deterioração eletroquímica.

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CRIME: Delito. Todo o ato merecedor de repreensão ou castigo, que provoca a reação organizada
da sociedade. Ato que a lei declara punível, ou transgressão de um preceito legal.
CRIMINALÍSTICA: Ramo da ciência penal, utilizado pela polícia técnica, constituído pelo conjunto de
conhecimentos técnicos, científicos, artísticos, etc., de presumível ou evidente interesse judiciário,
empregado na apreciação, descrição, investigação, interpretação e identificação de um delito e
eventual relacionamento de uma ou mais pessoas nele envolvidas
CULTURA: Ato, modo ou efeito de cultivar. Plantação passível de exploração econômica. Ver
BENFEITORIAS REPRODUTIVAS.
CUMEEIRA: Parte mais alta do telhado, para onde convergem as superfícies inclinadas (águas).
Também chamada de espigão horizontal.
CURTO - CIRCUITO: Ligação intencional ou acidental entre dois pontos de um sistema ou
equipamento elétrico, ou de um componente, através de uma impedância desprezível
CURTO PRAZO: Período de tempo reduzido, normalmente de até um ano, ou então definido
explicitamente pelo engenheiro de avaliações, em função da especificidade de cada
empreendimento, sem que sejam previstas alterações estruturais ou tecnológicas.
CUSTO: Total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de
um bem, numa determinada data e situação (NBR 14653-1)
CUSTO HISTÓRICO: Custo onde não são incluídas a remuneração do capital e a inflação do período
compreendido entre as datas dos gastos e a data de sua apuração.
CUSTO DE MANUTENÇÃO: Gastos necessários para preservar as condições normais de utilização de
um bem.
CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL: Maior taxa de juros auferível no mercado em outras
oportunidades de investimento concorrentes, em termos de montante investido e prazo, a um dado
nível de risco.
CUSTO DIRETO: Gastos com insumos, inclusive mão de obra, na produção de um bem ou serviço.
CUSTO FIXO: Custo que não depende da quantidade de bens ou serviços produzidos pelo
empreendimento no curto prazo.
CUSTO INDIRETO: Despesas administrativas e financeiras, benefícios e demais ônus e encargos
necessários à produção de um bem ou serviço.
CUSTO DE REEDIÇÃO: Custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo em vista o
estado em que se encontra (NBR 14653-1)
CUSTO DE REPRODUÇÃO: Gasto necessário para reproduzir um bem, sem considerar eventual
depreciação (NBR 14653-1).
CUSTO DE SUBSTITUIÇÃO: Custo de reedição de um bem, com a mesma função e características
assemelhadas ao avaliando (NBR 14653-1)
CUSTO MARGINAL: Custo apropriado à produção adicional de um mesmo bem ou serviço.

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CUSTO PONDERADO DE CAPITAL: Taxa de desconto obtida por média ponderada dos custos de
capital próprio e de terceiros.
CUSTO VARIÁVEL: Custo que depende diretamente da quantidade de bens ou serviços produzidos
pelo empreendimento.
DANO: Prejuízo causado a outrem pela ocorrência de vícios, defeitos, sinistros e delitos, entre
outros (NBR 14653-1).
DADO DE MERCADO: Conjunto de informações coletadas no mercado relacionadas a um
determinado bem (NBR 14653-1).
DEBÊNTURE: Título emitido por uma sociedade anônima para captar recursos que oferecem
remuneração prefixada, pós-fixada ou na forma de participação nos lucros da companhia emissora
ou de empreendimentos. Podem ser conversíveis em quotas de empreendimentos ou ações de
empresas.
DECADÊNCIA: Perda, perecimento ou extinção de direito em si, por consequência da inércia ou
negligência no uso de prazo legal ou direito a que estava subordinado. Ver PRESCRIÇÃO.
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA: Quantia relativa a devoluções, inadimplementos, impostos e
contribuições incidentes sobre a receita (por exemplo: ICMS, PIS, COFINS, ISS, IPI).
DEFEITO: Anomalia que pode causar danos efetivos ou representar ameaça potencial à saúde ou à
segurança do usuário, decorrente de falhas do projeto ou execução de um produto ou serviço, ou
ainda, de informação incorreta ou inadequada de sua utilização ou manutenção.
DEGRADAÇÃO: Desgaste dos componentes e sistemas das edificações em decorrência do efeito do
transcurso do tempo, uso e interferências do meio.
DELITO: Crime. Ver CRIME.
DEMANDA (Eletricidade) Potência, medida em kVA, requisitada por determinada carga instalada,
aplicados os respectivos fatores de demanda.
DEMARCAÇÃO: Assinalação ou aviventação dos limites ou divisas de uma propriedade; ato de fixar
limite.
DEPRECIAÇÃO: Perda de valor de um bem, devido a modificações em seu estado ou qualidade,
ocasionadas por: (NBR 14653-1)
DEPRECIAÇÃO FÍSICA: perda de valor em função do desgaste das partes constitutivas de
benfeitorias, resultante de decrepitude, deterioração ou mutilação. Pode ser classificada em:
DECREPITUDE: Desgaste de suas partes constitutivas, em consequência de seu envelhecimento
natural, em condições normais de utilização e manutenção (Parte:1)
DETERIORAÇÃO: Desgaste de seus componentes em razão de uso ou manutenção inadequados
(Parte:1)
MUTILAÇÃO: Retirada de sistemas ou componentes originalmente existentes (NBR 14653-1)
OBSOLETISMO: Superação tecnológica ou funcional (NBR 14653-1)

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DESMONTAGEM: Depreciação de uma bem devida a efeitos deletérios decorrentes dos trabalhos
normais de desmontagem necessários para a remoção do equipamento.
DESABAMENTO: Queda parcial ou total de uma construção ou de outro volume considerável de
coisa material. Ver DESMORONAMENTO.
DESAGREGAÇÃO: Degradação de um componente construtivo pelo seu descolamento,
pulverulência, baixa resistência superficial, etc.
DESCOLAMENTO: Perda de aderência de camadas delgadas de um sistema de revestimento.
DESEMPENHO: Capacidade de atendimento das necessidades dos usuários ou consumidores de um
bem ou serviço.
DESMONTE: Estágio ou hipótese do empreendimento correspondente à sua desmobilização total
ou parcial, pela venda do remanescente, tais como estoques, equipamentos, instalações, terrenos
e benfeitorias, considerado o passivo ambiental eventualmente decorrente.
DESMORONAMENTO: Ruína de maciços terrosos, taludes, ou outros materiais friáveis ou
estocados. Ver DESABAMENTO.
DESAPROPRIAÇÃO: Transferência unilateral e compulsória da propriedade de um bem ou direito,
do detentor do mesmo para o poder público, ou por sua delegação, por utilidade pública ou
interesse social, mediante indenização prévia e justa.
DESMEMBRAMENTO: Subdivisão de um terreno em lotes destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.
DESPESAS GERAIS: Gastos que, por dificuldade de apropriação, não possam ser considerados nas
demais contas relativas a custos e despesas.
DESVÃO: Espaço entre as telhas e o forro.
DIREITO HEREDITÁRIO: Direito transmitido por herança.
DIREITO POSSESSÓRIO: Direito decorrente da posse.
DIREITO DE PROPRIEDADE: Direito de usar, gozar e dispor de um bem.
DISJUNTOR: Dispositivo destinado a desligar automaticamente um circuito elétrico sempre que
ocorrer sobrecarga da corrente ou curto-circuito.
DIVISA: É o limite da propriedade que a separa da propriedade contígua, cuja definição será de
acordo com a posição do observador, a qual deve ser obrigatoriamente explicitada.
DIVISÃO: Partição de coisa comum, de modo a atribuir a cada condômino seu respectivo quinhão.
DOLO: Vontade deliberada e consciente, ou livre determinação do agente, na prática de um delito.
DOMÍNIO: Direito real que submete a propriedade, de maneira legal, absoluta e exclusiva, ao poder
e vontade de alguém; é a propriedade plena.

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EDIFICAÇÃO: Edifício, construção. Produto constituído pelo conjunto de elementos definidos e


integrados em conformidade com os princípios e técnicas da Engenharia e da Arquitetura, para, ao
integrar a urbanização, desempenhar funções ambientais em níveis adequados. (NBR 5674/1.999).
EDIFÍCIO: o mesmo que EDIFICAÇÃO.
EFLORESCÊNCIA: Depósito de material esbranquiçado e pulverulento de sais minerais que se forma
na superfície de revestimentos em decorrência da evaporação da água que os conduziu a partir da
base.
ELASTÔMERO: Polímeros naturais ou sintéticos que se caracterizam por apresentar módulos baixos
de elasticidade inicial e deformação permanente. (NBR 8083)
ELETRODUTO: Conduto destinado a alojar e proteger mecanicamente os condutores elétricos.
ELETROPLESSÃO: Morte acidental causada por descarga elétrica.
EMPOLA: Descolamento pontual em um revestimento, em forma de pequena cratera com diâmetro
inferior a 10cm. O mesmo que VESÍCULA.
EMPOLAMENTO: Descolamento do revestimento em forma de empolas ou vesículas. Ver
ESTUFAMENTO.
EMPREENDIMENTO: Conjunto de bens capaz de produzir receitas por meio de comercialização ou
exploração econômica. Pode ser: imobiliário (ex.: loteamento, prédios comerciais/residenciais) de
base
imobiliária (ex.: hotel, “shopping center”, parques temáticos), industrial ou rural (NBR 14653-1).
EMPREENDIMENTO DE BASE IMOBILIÁRIA: Empreendimento em imóvel destinado à exploração de
comércio ou serviços.
EMPREENDIMENTO DE BASE INDUSTRIAL: Empreendimento destinado à transformação industrial.
EMPREENDIMENTO DE BASE MINERAL: Empreendimento destinado à extração ou beneficiamento
mineral.
EMPREENDIMENTO DE BASE RURAL: Empreendimento destinado à exploração das atividades
agrícolas, pecuárias, à extração e à exploração vegetal e animal; à transformação de produtos
agrícolas ou pecuários, sem que sejam alteradas a composição e as características do produto in
natura.
EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO: Empreendimento em imóvel destinado ao parcelamento do solo
ou construção de benfeitorias, com o objetivo de venda das unidades geradas.
EMPREITADA: Contrato bilateral, oneroso, em que o empreiteiro se obriga, dentro de prazo
estabelecido, a executar para outrem determinada obra, contribuindo, ou não, com os materiais
necessários, mediante o pagamento de preço fixo pré-ajustado, ou reajustável por índices
estabelecidos.
EMPREITEIRO: Aquele que se encarrega de executar uma obra por empreitada.

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EMPRESA: Organização por meio da qual se canalizam recursos para produzir ou oferecer bens e
serviços, com vista, em geral, à obtenção de lucros, podendo no seu patrimônio conter cotas - partes
de outras empresas ou empreendimentos (NBR 14653-1).
EMPRESA RURAL: Empreendimento de pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que explore
econômica e racionalmente imóvel rural, dentro de condições de rendimento econômico da região
em que se situe e que explore área mínima agricultável do imóvel, segundo padrões fixados, pública
e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam-se às áreas cultivadas, as pastagens,
as matas naturais e artificiais e as áreas ocupadas com benfeitorias.
EMULSÃO ASFÁLTICA: É a dispersão de asfalto em água, obtida com o auxílio de agentes
emulsificantes. (ABNT – NBR 8083/JUL83).
ENFITEUSE: Contrato bilateral, de caráter perpétuo, em que por ato "inter-vivos" ou disposição de
última vontade, o proprietário pleno cede a outrem o domínio útil de um trato de terras incultas ou
de terreno destinado a edificação, mediante o pagamento de pensão ou foro anual em dinheiro ou
em frutos (Código Civil de 1916, artigos 678 e 680). O mesmo que aforamento.
ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES: Conjunto de conhecimentos técnico-científicos especializados
aplicados à avaliação de bens (NBR 14653-1).
ENGENHEIRO DE AVALIAÇÕES: Profissional de nível superior, com habilitação legal e capacitação
técnico-científica para realizar avaliações, devidamente registrado no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA (NBR 14653-1).
ENGENHARIA DE CUSTOS: Conjunto de conhecimentos técnico-científicos especializados aplicados
à avaliação de custos de bens e serviços (NBR 14653-1).
ENGENHARIA ECONÔMICA: Conjunto de conhecimentos técnico-científicos especializados,
aplicados à análise e avaliação técnico-econômica de empreendimentos (NBR 14653-1).
ENGENHARIA LEGAL: Parte da engenharia que atua na interface técnico-legal envolvendo
avaliações e toda espécie de perícias relativas a procedimentos judiciais (NBR 14653-1).
ENTRADA CONSUMIDORA: Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o
ponto de entrega e a medição e proteção inclusive.
EQUIPAMENTO: o conjunto de todos os bens tangíveis necessários para o funcionamento de um
sistema de produção industrial ou agropecuário. Ver MÁQUINA. Ver INSTALAÇÃO.
EQUIPAMENTO (Instalações Elétricas): Conjunto unitário, completo e distinto, que exerce uma ou
mais funções determinadas, quando em funcionamento.
EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO: Benfeitoria que visa atender às necessidades básicas de saúde,
educação, transporte, segurança ou lazer da comunidade
ESBULHO: Privação total ou parcial da posse de quaisquer bens alheios, com ou sem violência ou
fraude de terceiros. pedido de partes interessadas, revestido das formalidades legais, que
concretiza transação entre elas, cujo translado tem o mesmo valor do instrumento original e pode
ser registrado, transferindo o domínio do bem, no Registro de Imóveis.

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ESPÓLIO: Conjunto de bens, direitos ou acervo de uma personalidade jurídica extinta. Patrimônio,
débitos e créditos deixados por falecimento na representação jurídica. Ver HERANÇA.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO: Situação física de um bem em decorrência de sua manutenção.
ESTANQUEIDADE: Propriedade conferida pela impermeabilização, de impedir a passagem de
fluídos. (NBR 8083).
ESTRUTURA: Disposição e forma de construção da parte que sustenta um edifício.
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA: Avaliação destinada a diagnosticar a viabilidade
técnico-econômica de um empreendimento, com a utilização de indicadores de viabilidade.
ESTUFAMENTO: Descolamento do revestimento, em formato aproximadamente circular, com
diâmetro superior a 10cm.
EXAME: Inspeção, por meio de perito, sobre pessoa, coisas móveis e semoventes, para verificação
de fatos ou circunstâncias que interessem à causa. Quando o exame é feito em um bem, denomina-
se vistoria.
EXCEÇÃO DO DOMÍNIO: Arguição de defesa pelo direito de propriedade em um litígio possessório.
“FAN-COIL”: Condicionador que esfria o ar por intermédio de trocador de calor, utilizando água
gelada como fluído intermediário.
FATOR DE COMERCIALIZAÇÃO: Razão entre o valor de mercado de um bem e o seu custo de
reedição ou de substituição, que pode ser maior ou menor do que 1 (um) (NBR 14653-1) Ver
VANTAGEM DA COISA FEITA.
FATOR DE POTÊNCIA: É a relação entre a potência ativa e a potência aparente.
FISSURA: Fenda na superfície, estreita e pouco profunda. Ver TRINCA. Ver RACHADURA. Ver
RUPTURA.
FLUXO DE CAIXA: Série de receitas, custos e despesas de um empreendimento ao longo de um
determinado período.
FLUXO DE CAIXA PROJETADO: Projeção de receitas, custos e despesas de um empreendimento ao
longo de seu horizonte.
FLUXO OPERACIONAL: Organização conceitual dos processos inerentes à operação do
empreendimento.
FORMAL DE PARTILHA: Título extraído dos autos de inventário, que menciona e discrimina os bens
atribuídos ao herdeiro, transferindo-lhe o domínio do bem.
FRAÇÃO IDEAL: Parte de uma propriedade em condomínio.
FRECHAL: Viga do telhado que fica assentada sobre o topo da parede, servindo de apoio às tesouras.
Suporte da estrutura do teto de veículos.
FRENTE PROJETADA: Menor projeção da frente real sobre a normal a um dos lados, quando estes
são convergentes na direção dos fundos, ou a corda, no caso de frente em curva.
FRENTE DE REFERÊNCIA: Frente da situação paradigma adotada.

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FRENTE REAL OU EFETIVA: Projeção horizontal da linha divisória do imóvel com a via de acesso.
FRUTO: Resultado da exploração econômica de um bem (NBR 14653-1).
FUNDO DE COMÉRCIO: Bem intangível pertencente ao titular do negócio, decorrente do resultado
de suas operações mercantis, composto entre outros de: nome comercial, freguesia, patentes e
marcas (NBR 14653-1).
FUNGÍVEL: Diz-se de um bem consumível que pode ser pesado, contado ou medido, e que, por
convenção das partes, pode ser substituído ou trocado por outra da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
GABARITO: Altura máxima de uma edificação permitida legalmente para um determinado local.
GALPÃO: Construções de um só pavimento geralmente utilizadas com instalações industriais de
qualquer porte. Ver ARMAZÉM.
GAMBIARRA: Instalação ou reparação provisória, de qualquer natureza, malfeita ou feita em
desobediência às normas técnicas.
GLEBA INDUSTRIAL: Gleba urbanizável que resulta na criação de lotes com destinação industrial.
GLEBA URBANIZÁVEL: Grande extensão de terreno passível de receber obras de infraestrutura
urbana, visando o seu aproveitamento eficiente, através de loteamento, desmembramento ou
implantação de empreendimento.
GRADIL: tipo de guarda-corpo constituído essencialmente de perfis, apresentando configuração de
grade (NBR14718).
GRAU DE URGÊNCIA: critério de classificação das anomalias constatadas em uma inspeção predial,
classificadas considerando o risco oferecido aos usuários da edificação e a sua prioridade dentro
dos
limites da inspeção predial.
GUARDA-CORPO: Elemento construtivo de proteção, com ou sem vidro, para bordas de sacadas,
escadas, rampas mezaninos e passarelas. (NBR14718)
HERANÇA: Conjunto de bens ou direitos deixados pelo falecimento de seu titular. Ver ESPÓLIO.
HIDRÓFUGO: Característica de um produto químico que, acrescentado às argamassas, tintas e
vernizes, tem a função de repelir a água da superfície.
HIPÓTESE NULA EM UM MODELO DE REGRESSÃO: Hipótese de que uma ou um conjunto de
variáveis independentes envolvidas no modelo de regressão não é importante para explicar a
variação do fenômeno, a um nível de significância pré-estabelecido (NBR 14653-1)
HOMOGENEIZAÇÃO: Tratamento dos preços observados, mediante a aplicação de transformações
matemáticas que expressem, em termos relativos, as diferenças entre os atributos dos dados de
mercado e os do bem avaliando (NBR 14653-1).
HORIZONTE DE EMPREENDIMENTO: Período de projeção de seu fluxo de caixa.
IAQ (Internal Air Quality): qualidade do ar interior.

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IDADE APARENTE: A atribuída ao bem de modo a refletir sua utilização, estado de conservação,
partido arquitetônico, entre outros.
IDADE REAL: Tempo decorrido desde a conclusão de fato da construção ou fabricação até a data de
referência.
IMPERMEABILIZAÇÃO: Proteção das construções contra a passagem de fluídos. (NBR 8083). como
urbano ou rural, em função da sua localização, uso ou vocação (NBR 14653-1).
IMÓVEL ALODIAL: Aquele livre de quaisquer ônus, encargos, foros ou pensões.
IMÓVEL DE REFERÊNCIA: Dado de mercado com características comparáveis às do imóvel
avaliando.
IMÓVEL DOMINANTE: Imóvel que impõe restrição a outro por servidão. Exemplo: lote encravado.
IMÓVEL PARADIGMA: Imóvel hipotético cujas características são adotadas como padrão
representativo da região ou referencial da avaliação.
IMÓVEL SERVIENTE: Imóvel que sofre restrição imposta por servidão.
IMÓVEL URBANO: Imóvel situado dentro do perímetro urbano definido em lei.
IMÓVEL COM VOCAÇÃO URBANA: Imóvel em local com características, uso, ocupação, acesso e
melhoramentos públicos disponíveis que possibilitam sua utilização imediata para fins urbanos.
INCERTEZA: Possíveis oscilações aleatórias nos resultados esperados, quantificáveis ou não por
probabilidade.
INCÔMODO OU TRANSTORNO: Perturbação no uso do imóvel decorrente de ações externas com
infringência do direito de vizinhança, instituição de servidão, etc.
INDENIZAÇÃO: Compensação financeira por prejuízos causados a bens ou direitos.
INDENIZAÇÃO DA SERVIDÃO: Justo valor obtido na avaliação da servidão e demais ônus dela
decorrentes, desde que devidamente comprovados.
INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS: Compensação financeira por prejuízos causados a bens ou
direitos, decorrentes de perdas, danos ou lucros cessantes.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Parte da ciência estatística que permite extrair conclusões sobre a
população a partir de amostra (NBR 14653-1).
INFILTRAÇÃO: Percolação de fluído através dos interstícios de corpos sólidos. Ver VAZAMENTO.
INFRAESTRUTURA: Conjunto de obras e serviços que dá suporte às atividades econômicas, sociais
ou à utilização de um bem (NBR 14653-1).
INFRAESTRUTURA URBANA BÁSICA: Equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,
iluminação pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, de energia elétrica
pública e domiciliar, de telefone e as vias de acesso.
INSPEÇÃO: Avaliação do estado da edificação e de suas partes constituintes, realizada para orientar
as atividades de manutenção. (NBR 5674/1.999).

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INSPEÇÃO PREDIAL: vistoria da edificação para determinar suas condições técnicas, funcionais e de
conservação, visando direcionar o plano de manutenção.
INSTALAÇÃO: Conjunto de aparelhos, peças ou dispositivos necessários ou acessórios à utilização
de um bem (NBR 14653-1).
INSTALAÇÃO ELÉTRICA: Conjunto das partes elétricas e não elétricas necessárias ao funcionamento
de um sistema elétrico, ou de uma parte determinada do mesmo.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS: Conjunto de instalações prediais compreendidas pelas
instalações de água fria (recalque e distribuição), instalações de esgotamento de efluentes
INVESTIMENTO: Gastos referentes à aquisição de direitos, implantação, ampliação, melhorias,
reposição ou substituição de bens e necessidade de capital de giro no empreendimento.
JAMPE: Condutor não submetido a tração, que mantém a continuidade elétrica de um condutor ou
entre condutores.
JAMPEAMENTO: Ligação elétrica em “by-pass”, que mantém a continuidade da corrente elétrica,
evitando sua passagem pelo condutor projetado.
JUNTA: Espaço deixado entre as estruturas de modo a permitir a sua livre movimentação. (NBR
8083).
LATIFÚNDIO: Imóvel rural que:
a) exceda a dimensão fixada na forma do artigo 46 §1., alínea b, do Estatuto da Terra, tendo-se em
vista as condições ecológicas, sistemas agrícolas regionais e o fim a que se destine.
b) não excedendo o limite referido na alínea anterior e tendo área igual ou superior à dimensão do
módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às possibilidades físicas,
econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou seja, deficiente ou inadequadamente
explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de empresa rural.
LAUDÊMIO: Remuneração que o enfiteuta alienante paga ao senhorio direto da coisa aforada, como
compensação pela sua renúncia ao direito de opção na transferência do domínio útil, ou de
consolidar, na sua pessoa, a propriedade plena.
LAUDO: Parecer técnico escrito e fundamentado, emitido por um especialista indicado por
autoridade, relatando resultado de exames e vistorias, assim como eventuais avaliações com ele
relacionados.
LAUDO DE AVALIAÇÃO: Relatório técnico elaborado por engenheiro de avaliações em
conformidade com as normas vigentes, para avaliar o bem. Na engenharia legal este termo é
reservado ao trabalho do perito. (NBR 14653-1).
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO: Planta topográfica com razoável grau de precisão que
individualize um imóvel com suas divisas legendadas e orientadas com rumos ou azimutes e
distâncias de cada segmento, com coordenadas nos vértices.
LIDE: Conflito de interesses suscitado em juízo ou fora dele.

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Aula 14

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA: Ato que em um processo judicial determina a espécie, qualidade,


quantidade ou valor da coisa que foi objeto da sentença transitada em julgado, quando não
mencionados na sua conclusão.
LIQÜIDAÇÃO FORÇADA: Condição relativa à hipótese de uma venda compulsória ou em prazo
menor que o médio de absorção pelo mercado (NBR 14653-1).
LISTA DE VERIFICAÇÃO: conjunto de tópicos a serem obrigatoriamente vistoriados ou
inspecionados.
LIXIVIAÇÃO: Separação de sais minerais contidos em certas substâncias por meio de lavagem.
LONGO PRAZO DE UM EMPREENDIMENTO: Período de tempo normalmente acima de cinco anos,
ou então definido explicitamente pelo engenheiro de avaliações, em função da especificidade de
cada empreendimento.
LOTE: Porção de terreno resultante de parcelamento do solo urbano. Pode ser classificado em:
LOTE INDUSTRIAL: aquele situado em zonas de destinação industrial, legal ou econômica, com
características compatíveis com essa finalidade.
LOTE URBANO: aquele situado em zona urbana em condições de ser aproveitado de imediato para
fins urbanos.
LOTEAMENTO: Subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias
de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes.
LUCRO TRIBUTÁVEL: Base de cálculo dos tributos (ex.: imposto de renda, contribuição social sobre
o lucro) que incidem sobre o resultado antes da tributação, considerada a dedução da parcela
relativa à depreciação prevista na legislação fiscal.
LUVAS: Importâncias que o locador ou sublocador antecipadamente exige ou recebe de inquilinos,
em geral, reservadamente, para assinatura de contrato de locação, além do aluguel nominal
periódico. Ver também "ALUGUEL" e “PAGAMENTO DE PONTO”.
MALHA DE ATERRAMENTO: É constituída de eletrodos de aterramento e condutores nus
interligados e enterrados no solo.
MANCHA: Área de um revestimento com coloração ou textura diferente da existente no entorno.
MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO: Documento que reúne apropriadamente todas as
informações necessárias para orientar as atividades de operação, uso e manutenção do bem.
MANUTENÇÃO: Ações preventivas ou corretivas necessárias para preservar as condições normais
de utilização de um bem.
MANUTENÇÃO DE POSSE: Medida pela qual se requer a proteção jurisdicional contra qualquer ato
que esteja ameaçando a pacificidade da posse mantida sobre a coisa.
MÁQUINA: Todo e qualquer aparelho destinado a executar uma ou mais funções específicas a um
trabalho ou à produção industrial.

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Aula 14

MANTA: Produto impermeável, industrializado, obtido por calandragem, extensão ou outros


processos, com características definidas. (NBR 8083).
MASTIQUE: Material de consistência pastosa, com cargas adicionais a si, adquirindo o produto final
consistência adequada para ser aplicado em calafetações rígidas, plásticas ou elásticas. (NBR 8083).
MEDIDA CAUTELAR: Procedimento judicial para prevenir direitos.
MEDIDA DEMOLITÓRIA: Procedimento judicial visando à demolição de benfeitorias ou acessões.
MEDIDOR DE CONSUMO DE ENERGIA: Aparelho, com o objetivo de medir e registrar o consumo de
energia elétrica ativa ou reativa, instalado pela concessionária de energia elétrica.
MÉDIO PRAZO (EMPREENDIMENTOS): Período de tempo normalmente entre um e cinco anos, ou
então definido explicitamente pelo engenheiro de avaliações, em função da especificidade de cada
empreendimento.
MEMBRANA: Produto ou conjunto impermeabilizante, moldado no local, com armadura. (NBR
8083).
MEMBRANA ASFÁLTICA: membrana em que o produto impermeável básico é o asfalto. (NBR 8083).
MELHORAMENTO DO TERRENO: Benfeitoria introduzida no terreno com a finalidade de dotá-lo de
melhores condições para o seu aproveitamento comercial.
MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE DADOS DE MERCADO: Identifica o valor de mercado do bem
por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da
amostra. (NBR14653-1)
MÉTODO DA CAPITALIZAÇÃO DA RENDA: Identifica o valor do bem, com base na capitalização
presente da sua renda líquida prevista, considerando-se cenários viáveis. (NBR14653-1)
MÉTODO DA QUANTIFICAÇÃO DE CUSTO: Identifica o custo do bem ou de suas partes por meio de
orçamentos sintéticos ou analíticos, a partir das quantidades de serviços e respectivos custos
diretos e indiretos. (NBR14653-1)
MÉTODO EVOLUTIVO: Identifica o valor do bem pelo somatório dos valores de seus componentes.
Caso a finalidade seja a identificação do valor de mercado, deve ser considerado o fator de
comercialização.
MÉTODO INVOLUTIVO: Identifica o valor de mercado do bem, alicerçado no seu aproveitamento
eficiente, baseado em modelo de estudo de viabilidade técnico-econômica, mediante hipotético
empreendimento compatível com as características do bem e com as condições do mercado no qual
está inserido, considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização do produto.
(NBR14653-1)
MÉTODO RESIDUAL: Consiste na apuração do valor de uma parte do bem avaliando, do qual se
conhece o valor global, deduzindo-se deste, sucessivamente, o valor de todos os outros
componentes, assim como de seus respectivos encargos, gastos, lucros e outros itens ou despesas
pertinentes.
MINIFÚNDIO: Imóvel rural de área e possibilidade inferiores às da propriedade familiar.

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Aula 14

MODELO: Representação técnica da realidade (NBR 14653-1).


MODELO DE REGRESSÃO: Modelo utilizado para representar determinado fenômeno, com base
numa amostra, considerando-se as diversas características influenciantes (NBR 14653-1).
MODELO DETERMINÍSTICO: Modelo em que se pressupõe serem os parâmetros utilizados
invariáveis.
MODELO PROBABILÍSTICO: Modelo em que são associadas distribuições de probabilidade às
variáveis-chave do modelo.
MUFLA (terminal): Dispositivo que sela a extremidade de um cabo e assegura a isolação da saída
dos condutores.
MÚTUO: Empréstimo gratuito ou temporário de coisas fungíveis mediante condições pré-
estabelecidas.
NECESSIDADES DOS USUÁRIOS: Exigências de segurança, saúde, conforto, adequação ao uso e
economia cujo atendimento é condição para utilização de um bem.
NICHO: Reentrância feita na parede para abrigar armários, prateleiras ou guardar eletrodomésticos.
NÍVEL DE INSPEÇÃO PREDIAL: classificação quanto à complexidade da vistoria e a elaboração de
seu laudo final, quanto à necessidade da gama de especialistas envolvidos e a profundidade nas
constatações dos fatos.
NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA: Probabilidade de rejeitar a hipótese nula, quando ela for verdadeira (NBR
14653-1).
NUA-PROPRIEDADE: É a que depende de um ônus real. Ver PROPRIEDADE.
NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA: Denúncia de que a obra em execução prejudica direitos de seus
vizinhos.
OBRAS E TRABALHOS DE MELHORIA DO SOLO: Obras e trabalhos de conservação e de correção de
deficiências do solo, visando ao seu melhor aproveitamento e à otimização da capacidade de
produção.
ORDEM DE MARCHA: Situação em que uma máquina ou um equipamento com todos os requisitos
para ser posto em funcionamento (no caso de veículos, inclusive abastecido dos fluidos
necessários).
PADRÃO CONSTRUTIVO: Qualidade das benfeitorias em função das especificações dos projetos,
materiais, execução e mão de obra efetivamente utilizados na construção.
PARECER TÉCNICO: Relatório circunstanciado, ou esclarecimento técnico emitido por um
profissional capacitado e legalmente habilitado sobre assunto de sua especialidade (NBR 14653-1).
PAGAMENTO DE PONTO: Importância em dinheiro paga por novo locatário ou sublocatário ao
atual, ou até ao locador, para obter a transferência do direito de se instalar no mesmo ou de gozar
da clientela previamente ali criada.
PATOLOGIA CONSTRUTIVA: é o estudo que se ocupa da natureza das modificações estruturais e ou
funcional, produzindo anomalias construtivas.

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Aula 14

PATRIMÔNIO: Conjunto de bens suscetível de apreciação econômica.


PAVIMENTO: Conjunto de edificações cobertas ou descobertas situadas entre os planos de dois
pisos sucessivos ou entre o do último piso e a cobertura.
PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO DE ÁREA: Relação entre a área objeto de gravame e a área
total do imóvel.
PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO DE VALOR: Relação entre os valores da área atingida por
um gravame, antes e depois da sua instituição.
PERÍODO DE CAPITALIZAÇÃO: Prazo de referência da taxa de juros efetiva, que será utilizada para
a capitalização.
PERÍODO DE RECUPERAÇÃO (PAY-BACK): Período no qual os resultados líquidos acumulados da
operação do empreendimento equivalem ao investimento.
PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DESCONTADO: Período no qual os resultados líquidos da operação do
empreendimento, descontados a uma determinada taxa, equivalem financeiramente ao
investimento.
PÉ-DIREITO: Distância vertical entre o piso e o teto.
PEITORIL: travessa situada na parte superior do guarda-corpo.
PERCOLAÇÃO: Passagem de um líquido através de um meio.
PERDA: Prejuízo material ou financeiro; privação, ou desaparecimento da posse ou da coisa
possuída.
PERÍCIA: Atividade técnica realizada por profissional com qualificação específica, para averiguar e
esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado
evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos (NBR 14653-1).
PERITO: Profissional legalmente habilitado, idôneo e especialista, convocado para realizar uma
perícia.
PESQUISA: Conjunto de atividades de identificação, investigação, coleta, seleção, processamento,
análise e interpretação de resultados sobre dados de mercado (NBR 14653-1).
PLANEJAMENTO (DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO): Elaboração de uma previsão detalhada dos
métodos de trabalho, ferramentas e equipamentos necessários, condições especiais de acesso,
cronograma de realização e duração dos serviços de manutenção. (NBR 5674/1.999).
PLANTA DE VALORES: Representação gráfica ou listagem dos valores genéricos de metro quadrado
de terreno ou do imóvel numa mesma data.
PLANTA DE VALORES GENÉRICOS DE IMÓVEIS URBANOS: Conjunto de valores básicos unitários de
imóveis urbanos, compreendendo terrenos, edificações e glebas, devidamente homogeneizados
segundo critérios técnicos e uniformes, quanto à contemporaneidade, aos atributos físicos dos
imóveis, às características das respectivas zonas no tocante à natureza física, à infraestrutura, aos
equipamentos comunitários, aos níveis de atividades existentes, às possibilidades de
desenvolvimento e às posturas legais para uso e ocupação do solo.

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Aula 14

PLATIBANDA: Moldura contínua, mais larga do que saliente, que contorna uma construção acima
dos frechais, formando uma proteção ou camuflagem do telhado. Ver FRECHAL.
PONTO DE ENTREGA DE ENERGIA ELÉTRICA: É o ponto até o qual a concessionária se obriga a
fornecer energia elétrica.
PÓLOS DE DESVALORIZAÇÃO: São os locais da zona urbana dotados de atributos negativos, que
resultam na desvalorização dos imóveis das imediações, geralmente na proporção inversa da sua
distância em relação ao pólo.
PÓLO DE INFLUÊNCIA: Ponto que por suas características influencia os valores dos imóveis, na
medida de sua proximidade.
PÓLOS DE VALORIZAÇÃO: São os locais da zona urbana dotados de atributos diferenciados quanto
à espécie, ou quanto à intensidade, com relação aos demais, conferindo-lhes maior valor relativo.
Na generalidade dos casos, a influência sobre a circunvizinhança diminui à medida que aumenta a
distância com relação ao pólo. Quanto à importância, os pólos de valorização podem ser principais
ou secundários, dependendo da maior ou menor influência que exerçam.
PONTO COMERCIAL: Bem intangível que agrega valor ao imóvel comercial, decorrente de sua
localização e expectativa de exploração comercial. Ver: PAGAMENTO DE PONTO.
PONTO INFLUENCIANTE: Ponto atípico que, quando retirado da amostra, altera significativamente
os parâmetros estimados ou a estrutura linear do modelo outlier: Ponto atípico, identificado como
estranho à massa de dados, que ao ser retirado, melhora a qualidade do ajustamento.
POPULAÇÃO: Totalidade de dados de mercado do segmento que se pretende analisar (NBR 14653-
1).
POSTA EM MARCHA, CONDICIONAMENTOS OU DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS: Montante das
despesas realizadas durante a fase que vai desde o término da construção e montagem de uma
unidade industrial até a sua operação, a um nível aceitável de capacidade de produção e custo
operacional.
POSSE: Detenção ou ocupação, com ou sem fruição, de coisa ou direito.
POTÊNCIA ELÉTRICA: é o resultado do produto da ação da tensão e da corrente. Unidade de medida:
Volt-ampére (VA), a essa potência dá-se o nome de: Potência Aparente.
POTÊNCIA ATIVA: É a parcela da potência aparente efetivamente transformada em: potência
mecânica, potência térmica, potência luminosa. Unidade de medida Watt (W).
POTÊNCIA REATIVA: É a parcela da potência aparente efetivamente transformada em: campo
magnético, necessário ao funcionamento de: motores, transformadores, reatores. Unidade de
medida: Volt-ampére reativo (V Ar).
PREÇO: Quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem, um
fruto ou um direito sobre ele (NBR 14653-1) Sua definição é sujeita à habilidade de negociação das
partes envolvidas, assim como a fatores de caráter conjuntural ou subjetivo, tais como desejos,
necessidades, capricho e outros.
PREÇO DE LIQUIDAÇÃO FORÇADA: Quantia auferível na condição de liquidação forçada.

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PRÉDIO MATRIZ: Extensão total da propriedade que esteja sendo objeto de servidão.
PRÊMIO DE RISCO: Adicional de taxa de juros em relação à taxa livre de risco, necessária para
remunerar o risco do empreendimento
PRÊMIO DE RISCO DE UM PAÍS: Adicional de taxa de juros devido ao risco conjuntural de um país,
correspondente à diferença entre a remuneração do título do Tesouro Norte-Americano de longo
prazo e a de seu similar no país (Exemplo: Risco Brasil).
PRESCRIÇÃO: Perda do direito a uma ação judicial, ou liberação de uma obrigação, por decurso de
tempo sem que seja exercido por inércia do reclamante.
PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA (MANUTENÇÃO): Estimativa do custo para a realização de um
programa de manutenção. (NBR 5674/1.999).
PROFILAXIA: Medidas preventivas adotadas para solução de patologias.
PROFUNDIDADE EQUIVALENTE: Resultado numérico da divisão da área de um lote pela sua frente
projetada principal.
PROGRAMAÇÃO (DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO): Elaboração de um cronograma para a
realização dos serviços de manutenção. (NBR 5674/1.999).
PROJECT FINANCE: Modalidade de financiamento de projetos baseada no seu fluxo de caixa, em
que os emprestadores aceitam como garantia as receitas futuras do projeto e a hipoteca da base
física do empreendimento (ex. terreno, benfeitorias ou instalações a serem construídas).
PROJETO: Descrição gráfica e escrita das características de um serviço, fabricação, montagem ou
obra de Engenharia ou de Arquitetura, definindo seus atributos técnicos, econômicos, financeiros e
legais.
PROPRIEDADE: Relação de direito entre a pessoa e o bem tangível ou intangível, certo e
determinado, podendo dela usar, gozar ou dispor, submetendo-a de maneira absoluta, exclusiva e
direta à sua vontade e poder. Quando a propriedade sofre limitação em alguns de seus direitos
elementares em virtude de ônus real que sobre ela recai, é classificada como propriedade limitada,
ou nua-propriedade. Ver PROPRIEDADE FAMILIAR.
PROPRIEDADE FAMILIAR: Imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua
família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e
econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração e eventualmente
trabalhado com a ajuda de terceiros.
PROPRIETÁRIO: Pessoa física ou jurídica que tem o direito de dispor da edificação. (NBR
5674/1.999).
PULVERULÊNCIA: Desagregação de um revestimento pelo descolamento de partículas muito finas,
com dimensões abaixo de 0,3mm.
QUOTA PARTE: Valor atribuído a uma fração ideal
RACHADURA: Fenda acentuada e profunda que secciona integral ou parcialmente um elemento
construtivo. Ver FISSURA. Ver TRINCA. Ver RUPTURA.

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Aula 14

RECALQUE: Rebaixamento de parte de uma obra, após ou durante a sua construção.


RECEITA BRUTA: Receita proveniente de vendas e serviços.
RECEITA LÍQUIDA: Receita bruta deduzida das parcelas relativas a devoluções, inadimplementos,
impostos e contribuições incidentes.
RECEITA NÃO-OPERACIONAL: Receita dissociada da operação do empreendimento.
RECEITA OPERACIONAL: Receita associada diretamente à operação do empreendimento.
RECUO OU AFASTAMENTO: Medida obrigatória de afastamento das divisas, em virtude de restrição
legal que disciplina o uso do imóvel.
RECURSO AMBIENTAL: Recurso natural necessário à existência e preservação da vida (NBR 14653-
1).
RECURSOS NATURAIS: Recursos de que o solo se acha dotado naturalmente, sem custo de
produção, mas constituindo bens econômicos, compreendendo florestas e pastos naturais, águas e
materiais de lavra, como argilas, areias e rochas.
REGIME DE CAIXA: Regime em que se considera, para apurar o resultado, a receita recebida, custo
e despesa pagos no período efetivo em que ocorreram.
REGIME DE COMPETÊNCIA: Regime em que se considera, para apurar o resultado, a receita, custo
e despesa no período de competência respectivo, mesmo que não tenham sido efetivamente
recebidos ou pagos nesse período. (NBR14653-4)
REINTEGRAÇÃO DE POSSE: Procedimento destinado à recuperação de um bem, promovido pelo
seu possuidor a título legal, contra o esbulhador, ou terceiro que o recebeu.
REIVINDICAÇÃO: Procedimento para obter o reconhecimento de um direito de propriedade.
REMANESCENTE DE SERVIDÃO: Porção do imóvel não atingida pela servidão.
RENDA: Fruto produzido pela exploração de bens ou direitos, ou aplicação de capital.
RENDA LÍQUIDA: O mesmo que RECEITA LÍQUIDA.
RENOVAÇÃO DE ALUGUEL: Atualização da locação por mais um período, além do contratual.
RESTRIÇÃO: Limitação imposta por lei ou servidão.
RESULTADO ANTES DE TRIBUTAÇÃO: Resultado operacional acrescido do resultado não
operacional, sem considerar a incidência de tributos sobre o lucro tributável.
RESULTADO APÓS A TRIBUTAÇÃO: Resultado antes da tributação, deduzidos os tributos sobre o
lucro tributável.
RESULTADO BRUTO: Receita bruta deduzida do custo direto.
RESULTADO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS: Diferença entre as receitas e despesas provenientes de
operações financeiras.
RESULTADO NÃO OPERACIONAL: Resultado de atividade não relacionada diretamente à operação
do empreendimento.

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RESULTADO OPERACIONAL: Resultado bruto deduzido do custo indireto.


RETENÇÃO DE BENFEITORIAS: Procedimento alegado em defesa, num processo possessório,
quando houver boa-fé na ocupação, visando à indenização por elas.
RETIFICAÇÃO: Correção de alguma coisa tida como eventualmente imperfeita ou inexata.
REVISÃO DE ALUGUEL: Atualização do valor do aluguel a vigorar em período subsequente ao inicial
ou vincendo, com vistas a adequá-lo ao mercado em um determinado momento.
RISCO (Perícias): Perigo, probabilidade ou possibilidade de ocorrência de dano.
RISCO (Avaliações): Parte da incerteza que pode ser quantificada por probabilidade.
RISCO CONJUNTURAL: Risco decorrente de mudanças nas condições macroeconômicas, políticas,
culturais e sociais.
RISCO DE IMPLANTAÇÃO: Risco resultante de alterações de prazo e preço previstos durante a
implantação do empreendimento.
RISCO DE MERCADO FINANCEIRO: Risco resultante de mudanças no comportamento das taxas de
juros e câmbio, nos preços de ações e de “commodities” e no descolamento entre taxas/preços,
prazos e moedas/índices.
RISCO DE MERCADO SETORIAL: Risco resultante de variações de oferta e demanda, bem como
respectivos níveis de preço de insumos e produtos do setor.
RISCO DE OPERAÇÃO: Risco associado à atividade operacional, que envolve fatores como sistemas
inadequados (informação ou suporte), falhas gerenciais, de equipamentos, de controle, de
comportamento humano, bem como sinistros e comprometimento ambiental.
RISCO FINANCEIRO: Risco ao empreendimento decorrente da falta de recursos, em função de
descompassos de caixa ou de obtenção de crédito.
RISCO LEGAL: Risco decorrente de mudanças de legislação que afete o empreendimento, inclusive
no que se refere à tributação.
RUPTURA: Seccionamento integral ou parcial de um elemento ou componente que reduz
significativamente sua capacidade de resistência. Ver FISSURA. Ver TRINCA. Ver RACHADURA.
SED: Síndrome de Edifício Doente
SEGMENTO DE ÁREA DIRETAMENTE DESMEMBRÁVEL: Parte de um terreno ou gleba, com frente
para vias ou logradouros públicos oficiais ou legalizáveis, passível de desmembramento que resulte
em melhor aproveitamento econômico e legal.
SEGURANÇA: Condição daquele ou daquilo que é seguro, ou firme, ou está livre de perigo, ou
apresenta coeficiente de segurança adequado.
SELF-CONTAINED: Condicionador autônomo que esfria o ar por intermédio do evaporador de um
ciclo de refrigeração. A dissipação de calor do condensador desse ciclo pode ser feita com ar externo
ou água.

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SERVIÇO DE MANUTENÇÃO: Intervenção realizada sobre a edificação e suas partes constituintes,


com a finalidade de conservar ou recuperar a sua capacidade funcional. (NBR 5674/1.999).
SERVIDÃO: Encargo específico que se impõe a uma propriedade em proveito de outrem (NBR
14653-1). Pode ser classificada em:
SERVIDÃO ACESSÓRIA: Aquela necessária para que a principal possa surtir efeito.
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: Aquela em que o titular é o poder público.
SERVIDÃO APARENTE: Aquela que se manifesta concretamente por intervenção física.
SERVIDÃO MÚLTIPLA: Aquela que, embora instituída sobre a mesma parte de um imóvel, se destina
a usos de naturezas diversas.
SERVIDÃO NÃO APARENTE: Aquela que não se manifesta por intervenção física.
SERVIDÃO PERPÉTUA (OU PERMANENTE): Aquela instituída por prazo indeterminado.
SERVIDÃO PREDIAL - Restrição imposta a um prédio para uso e utilidade de outro prédio,
pertencente a proprietário diverso.
SERVIDÃO TEMPORÁRIA: Aquela instituída por prazo determinado.
SERVIDÃO VOLUNTÁRIA: Aquela que decorre de ato espontâneo de vontade.
SISTEMA DE MANUTENÇÃO: Conjunto de procedimentos organizado para gerenciar os serviços de
manutenção. (NBR 5674/1.999).
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA: Conjunto de componentes e equipamentos que, em
funcionamento, proporciona a iluminação suficiente e adequada para permitir a saída fácil e segura
do público para o exterior, no caso da interrupção normal; como também proporciona a execução
das manobras de interesse de segurança e intervenção de socorro e garante a continuação do
trabalho daqueles locais onde não possa haver interrupção da iluminação.
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS: Sistema completo destinado a
proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas.
SITUAÇÃO PARADIGMA: Situação hipotética adotada como referencial para avaliação de um bem
(NBR 14653-1).
SOLIDEZ: Qualidade daquilo que é sólido, ou resistente, ou durável.
SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas): Sistema destinado a proteger uma
estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas.
SPLIT: É um condicionador autônomo, tipo SELF-CONTAINED, cuja unidade condensadora, resfriada
a ar, fica instalada no ambiente externo.
SUJIDADE: Sujeira.
TAXA DE CRESCIMENTO: Tendência, medida em percentagem, da evolução de uma variável de
produção, de um ativo ou empreendimento, observada num determinado período.
TAXA DE DESCONTO: Taxa adotada para o cálculo do valor presente de uma despesa ou receita
futura (NBR 14653-1).

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TAXA DE DESCONTO: Taxa utilizada para calcular o valor presente de um fluxo de caixa.
TAXA DE JUROS: Relação percentual entre a remuneração financeira de um capital e o respectivo
principal, num determinado prazo.
TAXA DE RISCO: Componente da taxa mínima de atratividade destinado a remunerar o risco do
empreendimento.
TAXA EFETIVA: Taxa real, que considera juros compostos referidos ao período de capitalização.
TAXAS EQUIVALENTES: Taxas de juros capitalizadas em períodos diferentes, cuja aplicação gera
resultados financeiros idênticos.
TAXA INTERNA DE RETORNO: Taxa de juros que anula o fluxo de caixa descontado de um
investimento.
TAXA INTERNA DE RETORNO MODIFICADA: Taxa interna de retorno que leva em conta os
resultados da gestão financeira.
TAXA INTERNA DE RETORNO REAL: Taxa interna de retorno descontada a taxa de inflação, caso o
fluxo de caixa tenha sido montado a preços correntes.
TAXA LIVRE DE RISCO – Taxa referente a uma aplicação risco de desprezível, usualmente associada
à remuneração de títulos do tesouro norte-americano.
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE: Taxa de desconto do fluxo de caixa, compatível com a natureza
e características do empreendimento, bem como com a expectativa mínima de emulação do
empreendedor, em face da sua carteira de ativos.
TAXA NOMINAL: Taxa virtual, associada a juros simples, sem sê-lo geralmente referida a um prazo
diferente do período de capitalização. Quando embutido o efeito da inflação, denomina-se taxa
nominal cheia.
TAXA REAL: Taxa de juros descontada a inflação.
TENSÃO ELÉTRICA: É a força que impulsiona os elétrons livres nos fios. Unidade de medida: Volt (V)
TERÇA: Viga de madeira que sustenta os caibros do telhado. Peça paralela à cumeeira e ao frechal.
Ver CUMEEIRA e FRECHAL.
TERMOACUMULAÇÃO: Sistema de condicionamento de ar em que o resfriamento do ar é feito com
água gelada a partir de gelo acumulado.
TERCEIRO COMPONENTE: Termo usado na avaliação de imóveis, para indicar a parcela de valor
correspondente ao fator de comercialização ou à vantagem de uso (ou da coisa feita) que, quando
empregado o método do custo, deve ser acrescentado ao somatório dos valores isolados do terreno
e das benfeitorias, para se obter o seu valor de mercado.
TERRENO DE DUAS OU MAIS FRENTES: Aquele que possui mais de uma testada para logradouros
públicos, sem estar localizado na confluência.
TERRENO DE ESQUINA: Aquele em que os prolongamentos de seus alinhamentos, quando retos, ou
das respectivas tangentes, quando curvos, determinam ângulos internos inferiores a 135° (cento e
trinta e cinco graus) e superiores a 45° (quarenta e cinco graus).

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TERRENO DE FUNDO: Aquele que, situado no interior da quadra, se comunica com a via pública por
um corredor de acesso com largura igual ou inferior a 4 (quatro) metros.
TERRENO DE REFERÊNCIA: Ver IMÓVEIS DE REFERÊNCIA.
TERRENO ENCRAVADO: Aquele que não se comunica com a via pública, exceto por servidão de
passagem por outro imóvel.
TERRENO INTERNO: Aquele localizado em vila, passagem, travessa ou local assemelhado, acessório
da malha viária do Município ou de propriedade de particulares, e que não consta oficialmente da
Planta Genérica de Valores do Município.
TERRENO SUSCETÍVEL DE CONSTRUÇÃO DE CONJUNTO RESIDENCIAL: Terreno onde é
economicamente recomendável e legalmente permitida a construção de conjuntos residenciais,
com aproveitamento privilegiado, embora aquém do alcançado em terrenos suscetíveis de
incorporação.
TERRENO SUSCETÍVEL DE INCORPORAÇÃO: Terreno localizado em região urbana onde, pela ordem
de importância, se caracterize a vocação, seja economicamente viável e exista permissão legal para
a construção de prédios de múltiplos andares, com aproveitamento intensivo e máximo do solo, em
geral por prédios, dotados ou não de elevadores.
TESOURA: Conjunto de peças de madeira ou de ferro, que sustenta a cobertura de um edifício.
TESTADA: O mesmo que frente.
TIRANTE: Barra de uma estrutura que se presta a suportar principalmente os esforços de tração Nas
tesouras de telhado costumam ser utilizados tensores metálicos ou vigas horizontais de madeira.
TORRE DE RESFRIAMENTO: Equipamento destinado a recuperar a água de resfriamento dos
condensadores nos sistemas de condicionamento de ar.
TRATAMENTO DE DADOS: Aplicação de operações que expressem, em termos relativos, as
diferenças de atributos entre os dados de mercado e os do bem avaliando (NBR 14653-1).
TRINCA: Fenda acentuada e profunda, em estágio intermediário entre a fissura e a rachadura. Ver
FISSURA. Ver RACHADURA. Ver RUPTURA.
UNIDADE DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA: Instalação elétrica pertencente a um único
consumidor, recebendo energia em um só ponto, com sua respectiva medição e proteção.
UNIDADE IMOBILIÁRIA: Imóvel independente dos demais, com saída para a via pública,
diretamente ou por processo de passagem comum, com designação numérica ou alfabética, para
efeitos de identificação e discriminação, ao qual cabe, como parte inseparável, uma fração ideal do
terreno e coisas comuns, quando parte de condomínio.
UNIDADE IMOBILIÁRIA PADRONIZADA: Imóvel de ocorrência usual e repetitiva no mercado
imobiliário, comprovada através de pesquisa específica, e identificado de acordo com suas
características construtivas.
USUÁRIO: Pessoa física ou jurídica, ocupante permanente ou não permanente da edificação. (NBR
5674/1.999).

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USUCAPIÃO.: Forma de aquisição de domínio, por posse reconhecida judicialmente em face da


legislação.
USUFRUTO: Direito real assegurado a alguém de desfrutar temporariamente de propriedade alheia.
UTILIDADES: Serviços relativos a fornecimento de energia, água, combustíveis e congêneres.
VALOR: Qualidade inerente a um bem, que representa a importância para sua aquisição ou posse.
Ver VALOR DE MERCADO. Ver VALOR RESIDUAL.
VALOR DA PERPETUIDADE: Valor remanescente de um empreendimento ao final do horizonte
projetivo, considerados resultados perenes.
VALOR DE DESMONTE: Valor presente da renda líquida auferível pela venda dos bens que compõem
o empreendimento, na condição de sua desativação.
VALOR DE MERCADO: Quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e
conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente
(NBR 14653-1).
VALOR DEPRECIÁVEL: diferença entre o custo de reprodução da benfeitoria e o seu valor residual.
VALOR ECONÔMICO: Valor presente da renda líquida auferível pelo empreendimento, durante sua
vida econômica, a uma taxa de desconto correspondente ao custo de oportunidade de igual risco.
VALOR EM RISCO: Valor representativo da parcela do bem que se deseja segurar (NBR 14653-1).
VALOR PATRIMONIAL: Somatório dos valores de mercado dos bens que compõem o ativo
permanente do empreendimento. No caso de bens em que não for possível identificar o valor de
mercado, considera-se a sua melhor aproximação: custo de reedição, valor econômico ou valor de
desmonte.
VALOR PRESENTE: O valor atual de um pagamento ou fluxo futuros, descontados a uma
determinada taxa de juros.
VALOR PRESENTE LÍQUIDO: Valor presente deduzido o investimento.
VALOR RESIDUAL: Quantia representativa do valor do bem ao final de sua vida útil (NBR 14653-1).
Em equipamentos inservíveis à sua finalidade original este valor recebe o nome de valor de sucata.
Em empreendimentos, corresponde ao valor de alienação ao fim do seu horizonte projetivo.
VANTAGEM DA COISA FEITA: Diferença entre o valor de mercado e o custo de reedição de um bem,
quando positiva (NBR 14653-1).
VARIÁVEIS-CHAVE: Variáveis que apresentam maior elasticidade na análise de sensibilidade.
VARIÁVEIS INDEPENDENTES: variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do imóvel
objeto da avaliação.
VARIÁVEIS QUALITATIVAS: variáveis que não podem ser medidas ou contadas, mas apenas
ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (ex.: padrão construtivo,
estado de conservação, qualidade do solo).

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VARIÁVEIS QUANTITATIVAS: variáveis que podem ser medidas ou contadas (ex.: área privativa,
número de quartos, número de vagas de garagem).
VARIÁVEL DEPENDENTE: variável cujo comportamento se pretende explicar pela variação das
variáveis independentes.
VARIÁVEL “PROXY”: variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e que se presume
guardar com ela relação de pertinência.
VAZAMENTO: Efeito do escapamento de fluído em região não prevista e indesejada. Ver
INFILTRAÇÃO.
VEÍCULO AUTOMOTOR: meio utilizado para transportar ou conduzir pessoas e objetos de um lugar
para outro, dotado de mecanismo propulsor.
VERGA: Viga de concreto usada sobre os vãos de portas ou janelas para distribuir tensões e evitar
a fissuração da parede.
VESÍCULA: Descolamento pontual em um revestimento, em forma de pequena cratera com
diâmetro inferior a 10cm. O mesmo que EMPOLA.
VÍCIOS: anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados
aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ou financeiros a outrem.
Podem decorrer de falha de projeto, ou da execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua
utilização ou manutenção.
VÍCIOS REDIBITÓRIOS: São os vícios ocultos que diminuem o valor da coisa ou a tornam imprópria
ao uso a que se destina, existentes no momento da venda, e que. se fossem do conhecimento prévio
do adquirente, ensejariam pedido de abatimento do preço pago, ou inviabilizariam a compra.
VIDA ECONÔMICA: Prazo econômico operacional de um bem (NBR 14653-1).
VIDA ÚTIL: Intervalo de tempo ao longo do qual um bem e suas partes constituintes atendem aos
requisitos funcionais para os quais foram projetados, obedecidos os planos de operação, uso e
manutenção prevista.
VIDA REMANESCENTE: Vida utilizável de um bem, em condições insatisfatórias, após o término de
sua vida útil.
VISTORIA: Constatação local de fatos, mediante observações criteriosas em um bem e nos
elementos e condições que o constituem ou o influenciam (NBR 14653-1). Ver: EXAME.
VOCAÇÃO DO IMÓVEL: Uso mais provável de determinado imóvel em função das características
próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais.
VOLATILIDADE: Oscilação de preço de um título mobiliário, commodity ou ativos líquidos em um
período de tempo definido.
ZONAS DE AVALIAÇÃO: Zonas urbanas com características tais que permitam estabelecer um valor
de referência para um lote paradigma, visando ao processo de homogeneização, em decorrência
do conceito de que as características dos lotes influem na formação de seu valor.

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ZONAS HOMOGÊNEAS DE USO: Zonas urbanas que apresentam simultaneamente as mesmas


características quanto:
- à dimensão média dos lotes;
- ao nível de atendimento da infraestrutura urbana;
- ao tipo de uso e ocupação do solo regulamentados;
- ao tipo de uso predominante e vocacional;
- ao potencial de aproveitamento estabelecido pela legislação pertinente;
- ao padrão das construções.

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11 – BIBLIOGRAFIA
ABNT. (1996). Perícias de engenharia na construção.

ABNT. (2001). NBR 14653-1:2001. Avaliação de bens Parte 1: Procedimentos gerais.

ABNT. (2010). NBR 9575:2010 - Impermeabilização – Seleção e projeto.

ABNT. (2012). NBR 5674:2012. Manutenção de Edificações - Requisitos para o sistema de gestão de
manutenção.

ABNT. (2014). NBR 6118-2014 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro.

ABNT. (2015). NBR12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e


aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro.

CARASEK, H. (s.d.). Patologia das Argamassas de Revestimento. Em Livro Materiais de Construção


Civil.

CASTRO, T. F. (2016). Manutenção em estruturas de concreto armado baseado no conceito de


manutenção centrada em confiabilidade. São Paulo.

CBIC. (2013). Desempenho de edicações habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma
ABNT NBR 15575/2013. Brasília.

CBIC. (2014). GUIA NACIONAL PARA A ELABORAÇÃO DO MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E


MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES. Brasília.

CBIC. (2017). ESQUADRIAS PARA EDIFICAÇÕES DESEMPENHO E APLICAÇÕES. Brasília.

FAY, L. (2006). Apostila UFRJ - Estruturas Arquitetônicas Composição & Modelagem. Rio de Janeiro.

IBAPE Nacional. (2012). NORMA DE INSPEÇÃO PREDIAL NACIONAL.

IBAPE SP. (2012). Inspeção Predial a Saúde dos Edifícios. São Paulo.

INSTITUTO DE ENGENHARIA. (2014). Diretrizes Técnicas de Engenharia Diagnóstica em Edificações.

KOPSCHITZ, P. P. (2011). Apostila UFJF - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. Juiz de Fora.

MINISTÉRIO DO TRABALHO. (1978). NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO.

NBR 5674:2012 – Manutenção de Edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção.


(2012).

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SCHNEIDER, F. M. (UFRGS - 2013). Identificação das principais manisfestações patológicas em


empreendimentos residenciais com base nos dados da assistência técnica de empresa construtora.
Porto Alegre.

SEAP. (s.d.). Manual de Obras Públicas-Edificações – Práticas da SEAP – Projeto.

SEAP. (s.d.). Manual de Obras Públicas-Edificações Práticas da SEAP Construção. Brasília.

SEGAT, G. T. (UFRGS - 2005). Manifestações Patológicas Observadas em Revestimentos de


Argamassa: Estudo de Caso em Conjunto Habitacional Popular na cidade de Caxias do Sul (RS). Porto
Alegre.

SOUZA, V. C., & Ripper, T. (1998). Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. São
Paulo: PINI.

THOMAZ, E. (s.d.). Trincas em Edifícios.

TOMAZELI, A., & Martins, F. d. (2008). Condomínio Central Park Ibirapuera: a importância de um
laudo técnico para a obtenção da excelência na recuperação das fachadas em edifícios. Concreto &
Contruções - IBRACON.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. (2014). Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização


de Obras de Edificações Públicas. Brasília: TCU - 4º edição.

VITÓRIO, A. (2003). Fundamentos da Patologia das Estruturas nas Perícias de Engenharia. Recife.

YAZIGI, W. (2009). A Técnica de Edificar. PINI.

ZUCHETTI, P. A. (2015). PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: INVESTIGAÇÃO PATOLÓGICA EM


EDIFÍCIO CORPORATIVO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO VALE DO TAQUARI/RS. Lajeado.

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