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ENGENHARIA CIVIL
MANAUS-AM
JUNHO 2021
OS DOMINIOS DO CONCRETO ARMADO , ESTÁDIOS E O QUE ELES INFLUECIAM
NO CALCULO ESTRUTURAL DE CONCRETO ARMADO
MANAUS-AM
JUNHO 2021
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..................................................................................4
1.4 Normalização.............................................................................6
2.2 Domínios............................................................................................9
4.1 CONCLUSÃO.............................................................................15
1. INTRODUÇÃO
1.1 Definição
- Trabalho conjunto entre o aço e o concreto, assegurado pela aderência entre os dois
materiais;
- Proteção que o concreto fornece ao material aço dos ataques do meio ambiente,
garantindo assim a durabilidade da estrutura;
∙ Concreto: α = 10-5 / °C
∙ Aço: α = 1,2x10-5 / °C
A descoberta do cimento tem sua origem nas pesquisas realizadas por Smeaton e Parker,
no século XVIII, sendo que sua produção industrial somente ocorreu no século seguinte,
como conseqüência dos estudos e pesquisas de Vicat e Josef Aspdin, na Inglaterra em
1824.
Em 1850 tem início uma série de ensaios realizados pelo advogado norte americano
Thaddeus Hyatt, que em 1877 obtém patente para um sistema de execução de vigas de
concreto e aço, no qual as barras previam os efeitos de tração e cisalhamento, sugerindo
o uso de estribos e barras dobradas.
A seguir, apresentam-se outros fatos significativos no desenvolvimento do concreto
armado:
1880 - Hennebique, na França, constrói a primeira laje armada com barras de aço de
seção circular;
1897 - Rabut, na França, inicia o primeiro curso sobre concreto armado, na “École des
Ponts et Chaussées”;
1902 - Mörsch, engenheiro alemão, publica a primeira edição de seu livro, apresentando
resultados de numerosas experiências, tornando-se um dos mais importantes
pesquisadores do concreto armado.
- Ponte construída em Santa Catarina, em 1928, com vão recorde de 68m em viga reta, e
construída por um processo original, hoje denominado de balanços sucessivos;
- Edifício construído no Rio de Janeiro, entre 1928 e 1930, com 22 pavimentos, o maior
do mundo em concreto armado, na época. Várias outras obras de destaque da
engenharia nacional poderiam ser citadas, como por exemplo, o estádio de futebol do
Maracanã e diversos edifícios públicos.
1.4 Normalização
- NBR-8681 : Ações e segurança nas estruturas (2003). Dessas, a que está mais
estreitamente ligada ao engenheiro de edificações de concreto armado, é a NBR-
6118/2003, classificada como nível 3.
Gráfico da Norma:
Como o nosso foco aqui é facilitar as coisas, vamos tentar visualizar as coisas de um
modo diferente:
A linha vertical grifada em vermelho representa o eixo zero do gráfico, de forma que,
do lado esquerdo dela temos os esforços de tração e do lado direito temos os esforços de
compressão.
Essas alturas vão servir como base de comparação para a viga em que estamos
trabalhando:
Onde:
d é a altura útil: Distância da borda mais comprimida até o centro de gravidade da
armadura positiva;
x é a altura da linha neutra, que aprenderemos a calcular de forma prática mais a frente
nesse artigo;
2.2 Domínios:
Domínio 1:
É quando uma peça está totalmente tracionada, mas a força de tração não está
distribuída de forma equilibrada, onde a borda superior está sofrendo menos tração que
a borda inferior. Teoricamente a linha neutra fica acima da borda superior da viga;
Domínio 2:
Domínio 3:
É quando a borda superior está comprimida e a borda inferior está tracionada, mas a
linha neutra está localizada em algum ponto entre 25,9% de d (onde x=0,259*d) e
62,8% de d (onde x=0,628*d), no entanto, a NBR 6118/2014 delimita que vigas de
concreto tenham a altura da linha neutra limitada a 45% de d (onde x=0,45*d);
A ruína ocorre em função dos dois tipos de esforços, mas, neste caso em específico, a
peça de concreto “avisa” quando está chegando perto da ruína por meio de fissurações,
o que não acontece nos outros domínios já que, nos domínios 1 e 2 a peça está sofrendo
tração e o concreto já está fissurado muito antes da ruptura e, nos domínios 4 e 5,
quando a peça rompe por compressão, não há aviso.
Domínio 4:
É quando a compressão da peça é maior que a tração, ou seja, a linha neutra está
localizada abaixo de 62,8% de d (onde x=0,628*d). Quando a linha neutra está
localizada entre a armadura positiva e a borda inferior da peça, dizemos que a peça está
no Domínio 4a.
Essa situação, assim como o Domínio 5 são aplicáveis apenas à pilares, justamente
devido à limitação de 45% de d que a NBR 6118/2014 impõe.
Detalhe: 45% de d para concretos com fck menor ou igual a 50 MPa e 35% de d para
concretos com fck entre 50 MPa e 90 MPa.
Domínio 5:
É quando a peça está totalmente comprimida, mas a força de compressão não está
distribuída de forma equilibrada, onde a borda superior sofre mais compressão que a
borda inferior. Teoricamente a linha neutra fica abaixo da borda inferior da viga.
Retas A e B:
O gráfico apresenta ainda a reta vertical “a”, localizada na extrema esquerda do gráfico.
Essa reta representa as situações onde a peça sofrerá tração equilibrada, não havendo
linha neutra.
Na extrema direita, o gráfico apresenta a reta vertical “b”, que representa as situações
onde a peça sofrerá compressão equilibrada, também não havendo linha neutra.
Linha neutra:
Podemos achar a altura da linha neutra da nossa viga através da mesma tabela de K6 e
K3 do artigo Laje Maciça, utilizando a fórmula do K6:
Onde:
M é o momento máximo
Exemplo:
Para uma viga de seção 15×40 cm, com uma altura útil de 37 cm, um concreto de 25
MPa e um momento máximo de 35 KNm:
Sabemos então que a nossa viga está no Domínio 2 e temos que:
Os domínios do concreto se encontram dentro dos estádios do concreto, mais
especificamente dentro do estádio 3, indicando como uma peça irá se romper. Para a
viga do nosso exemplo, podemos concluir que, para o momento de 35 KNm poderíamos
utilizar uma viga menor, economizando em material e peso da estrutura.
Uma peça de concreto armado submetida a um momento fletor crescente apresenta três
níveis de deformação até a sua ruptura, que são denominados de estádios de
deformação.
Estádio I
Em uma peça submetida à flexão, parte da seção estará solicitada a tração e a posição
oposta à compressão. Diante desse fato, uma vez que a viga não está submetida à tração
uniforme, é utilizado o coeficiente α para correlacionar a resistência a tração na flexão
com a tração direta. O mesmo vale 1,2 para seções T ou duplo T, 1,3 para seções I ou T
invertido e 1,5 para seções retangulares.
fct é resistência à tração direta do concreto e, conforme presente pela ABNT/NBR: 6118
(2014), iremos utilizar porções estatísticas diferentes para cada estado limite verificado.
Estádio II
No estádio II a resistência a tração do concreto foi atingida, de modo que a peça
apresenta fissuras visíveis e a contribuição da parte tracionada do concreto passa a ser
desprezada. Nesse momento a distribuição de tensões de compressão no concreto ainda
é linear.
Estádio III
Existe uma relação direta entre os estádios de deformação e os estados limites: normalmente
as verificações em serviço são realizadas com seções nos estádios I e II, atuando as ações
reais, enquanto as verificações últimas de situações extremas são correspondem a seções no
estádio III.
Estádi
os de deformação de uma seção de concreto.
4.1 CONCLUSÃO