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A GRAMATICA POLÍTICA NO BRASIL: CLIENTELISMO E INSULAMENTO BUROCRÁTICO

PLANEJAMENTO DO TRABALHO CIENTIFICO


ESAB
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

Fichamento:
Nunes, Edson. A gramatica política no Brasil: clientelismo e insulamento burocrático /
Edson Nunes; prefacio Luiz Carlos-Bresser Pereira. – 3 ed- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Brasília, DF: ENAP, 2003.

Obra/ideia: A gramatica politica no Brasil: clientelismo e insulamento


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40 Quando se contrastam corporativismo e clientelismo, fica fácil compreender como
os dois fenômenos coexistem. De acordo com a definição clássica de Schmitter, o
PDF p26 corporativismo e:(...) um sistema de intermediário de interesses em que as
unidades constitutivas estão organizadas em um número limitado de categorias
singulares, compulsórias, não-competitivas, hierarquicamente ordenadas e
funcionalmente diferenciadas, reconhecidas ou permitidas (senão chefiadas) pelo
Estado e que tem a garantia de um deliberado monopólio de representação
dentro de suas categorias respectivas, em troca da observância de certos
controles na seleção de líderes e na articulação de demandas e apoios.

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Edson Nunes; prefacio Luiz Carlos-Bresser Pereira. – 3 ed- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Brasília, DF: ENAP, 2003.

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40 Proponho a seguinte definição de clientelismo que serve para realçar os
contrastes: clientelismo é um sistema de controle do fluxo de recursos materiais e
PDF p26 de intermediação de interesses, no qual não há número fixo ou organizado de
unidades constitutivas. As unidades constitutivas do clientelismo são
agrupamentos, piramides ou redes baseados em relações pessoais que repousam
em troca generalizada. As unidades clientelistas disputam frequentemente o
controle do fluxo de recursos dentro de um determinado território. A participação
em redes clientelistas não está codificada em nenhum tipo de regulamento
formal; os arranjos hierárquicos no interior das redes estão baseados em
consentimento individual e não gozam de respaldo jurídico.

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Edson Nunes; prefacio Luiz Carlos-Bresser Pereira. – 3 ed- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Brasília, DF: ENAP, 2003.

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41 Ao contrário do corporativismo, que e baseado em códigos formais legalizados e
semi-universais, o clientelismo se baseia numa gramatica de relações entre
PDF p27 indivíduos, que e informal, não legalmente compulsória e não-legalizada. Tanto o
corporativismo como o clientelismo podem ser entendidos como mecanismos
cruciais (um formal, o outro informal) para o esvaziamento de conflitos sociais. Q
corporativismo organiza camadas horizontais de categorias profissionais
arrumadas em estruturas formais e hierárquicas. O clientelismo atravessa
fronteiras de classes, de grupo e categorias profissionais.

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42 [...]o corporativismo auxiliou na criação de milhares de empregos públicos, que
foram preenchidos na base de princípios clientelistas. Além disso, muitos líderes
PDF p27 sindicais beneficiaram-se de dispositivos corporativistas para manter longos
mandatos em sindicatos e federações e se tornarem prestadores de favores,
muitas vezes de forma clientelista

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48 A República Velha (1889-1930) caracterizou-se como altamente conservadora,
oligárquica e regionalista. Como bem ilustra esta afirmação de E. S. Pang, "uma
PDF p30 eleição não terminava enquanto a Assembleia Legislativa ou a Câmara dos
Deputados não analisasse e completasse o processo de reconhecimento dos
resultados eleitorais".1 Este processo de reconhecimento exigia que os "coronéis"
locais entrassem em acordo com os governadores e com o presidente da
República, para garantir resultados que agradassem ao sistema dominante.
Favores pessoais e empreguismo de um lado, e repressão de outro, caracterizaram
fortemente as relações politicas neste período de laissez-faire repressive.

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54-55 Corporativismo e insulamento burocrático caminharam lado a lado como processo
de centralização e racionalização do Estado brasileiro. Este processo significou a
PDF p33 transferência para o governo federal de quase todos os recursos para o exercício
do clientelismo. Na verdade, uma das possíveis consequências não antecipadas da
busca da racionalidade, da corporativização, do insulamento burocrático e do
universalismo de procedimentos com centralização, busca esta patrocinada pelo
novo regime, foi um verdadeiro processo de "nacionalização" dos recursos para o
clientelismo, com o governo federal se transformando no único e todo poderoso
patron.

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57 A concentração e a nacionalização dos recursos para o exercício do
clientelismo transformaram o governo federal no principal patron e
PDF p34 permitiram a institucionalização combinada das quatro gramaticas em
âmbito nacional. A partir desse período, o clientelismo não pode mais ser
percebido como uma característica de municípios, caciques e coronéis. As
quatro gramaticas tornaram-se parte do estoque de alternativas políticas
do Executivo federal.(57)/34)

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77 Quando um partido sem recursos para patronagem permanece fora do
poder por um longo período, seu único meio de conseguir apoio passa a
PDF p44 ser o apelo de suas propostas, a promoção da construção institucional do
partido e a crítica aqueles que estão no poder. Nestes casos, as relações
entre as lideranças partidárias e os simpatizantes não podem ser baseadas
na expectativa de ganho privado para os simpatizantes. Assim, o
universalismo de procedimentos acaba sendo o mais poderoso
instrumento daqueles que ficam fora do governo e não tern outros
recursos que nao a opinião política e a força organizacional. Sob essas
condições ,lideres partidários, tanto quanto seguidores, tornam-se
"seguidores do universalismo", em contraste com seguidores de partidos
mobilizados de"dentro" que transformaram-se em "seguidores do
clientelismo."

Nunes, Edson. A gramatica política no Brasil: clientelismo e insulamento burocrático /


Edson Nunes; prefacio Luiz Carlos-Bresser Pereira. – 3 ed- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Brasília, DF: ENAP, 2003.

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