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Conteúdo
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Comportamento Eleitoral
Introdução 3
Capítulo 1: Enquadramento Teórico 4
1.1 Teoria do Comportamento Eleitoral 4
1.1.1 Teoria Sociológica 4
1.1.2 Teoria Psicológica e Psicossociológica 5
1.1.3 Teoria da Escolha Racional 6
Capítulo 2: Análise e Interpretação dos Resultados 7
2.1 Análise de dados 7
2.1.1 Caracterização e análise da amostra de eleitores 7
2.1.2 Análise das variáveis 8
Conclusão 9
Bibliografia 10
Anexos 11
Introdução
Nestes últimos anos, é possível observar a mudança de comportamento dos eleitores por meio da
perda de lealdade do eleitor a candidatos e ou partidos políticos.
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Comportamento Eleitoral
Considerando este cenário, surgiu a dúvida que motivou este estudo: quais são os fatores que
afetam o comportamento do eleitor na escolha de um candidato?
Assim, este estudo tem como objetivo identificar os fatores que afetam o comportamento do
eleitor cabo-verdiano na escolha de um candidato.
Para este estudo, fez-se uma abordagem quantitativa, com caráter descritivo e pesquisa
bibliográfica. Na coleta de dados foi aplicado um questionário.
O trabalho está organizado em dois capítulos, contendo além destes, a introdução, a conclusão, a
bibliografia e o anexo.
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Comportamento Eleitoral
O modelo sociológico do comportamento eleitoral é marcada pelas obras The People’s Choice
(1944) e Voting (1954), em que estudiosos da Universidade de Columbia, estabelecem como
perspectiva fundamental para a explicação do comportamento eleitoral a interação social.
Na abordagem sociológica, o eleitor tende a agir de acordo com o grupo social que faz parte:
familiar, religioso, profissional, em suma, grupos que possuem valores semelhantes tendem a
manifestar comportamentos políticos similares. Eleitores em situação social semelhante tendem a
fazer escolhas semelhantes e agir de acordo com as decisões do grupo.
Segundo essa teoria, o eleitor decide o direcionamento do seu voto de acordo com as influências
que ele possui que, por sua vez, são resultantes do seu ambiente social.
O modelo psicológico tem a sua origem nos estudos conduzidos pelo Survey Research Center da
Universidade de Michigan1 durante as eleições presidenciais americanas de 1948.
1 O grupo de pesquisadores do modelo de Michigan foi coordenado por Angus Campbell no final dos anos 50. Uma
das principais obras desta perspectiva encontra-se em: Campbell, A. The American Voter. New York: John Wiley
and Sons, Inc, 1964; Campbell, A. Elections and the Political Order. New York: John Wiley and Sons, Inc, 1967.
Outro fundador do modelo de Michigan é Philipe Converse, onde destacam-se as seguintes obras: Converse, P. “The
Nature of Belief Systems in Mass Publics” In APTER, David (org). Ideology and Discontent. New York. The Free
Press, 1964; Converse, P. “The Problems of Paty Distances in Models of Voting Change”. In Jennings, M. &
Zeigler, I. (eds). The Electoral Process. Englewood Cliffs: Prentice Hallnc, 1966 e Converse, P. “The Concept of a
Normal Vote”, in Campbell, A et al. Elections and Political Order. New York: John Wiley and Sons, Inc, 1967.
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Comportamento Eleitoral
Segundo Figueiredo (1988), para Campbell e seu grupo de pesquisadores e autores da obra The
American Voter (1964), o principal foco de análise nesse modelo recai sobre o indivíduo e as
suas motivações psicológicas, o que significa que, para entender a política é necessário entender
a mente dos indivíduos.
Em suma, o modelo formulado por Campbell, segundo Figueiredo (1988), seria aquele que,
através de um pensamento linear nos daria a possibilidade de prever a direção do voto, uma vez
que é possível identificar os valores que formam a identidade política do indivíduo, já que a
socialização deste, no que diz respeito a política, também é formada pelo meio social e toda sua
vivência influenciaria no seu voto.
A teoria da escolha racional tem como um de seus principais formuladores Anthony Downs. A
teoria downsiana2 do comportamento eleitoral considera que o eleitor é um “ser racional” que
sempre escolhe a alternativa que lhe trará maior utilidade ou atuará em seu próprio benefício.
Essa teoria demonstra que os cidadãos agem racionalmente nas questões políticas, onde cada
cidadão vota no partido em que acredita e que lhe proporcionará mais benefícios do que qualquer
outro.
2 A Teoria Downsiana é uma das denominações da Teoria da Escolha Racional de Anthony Downs. Downs é
considerado o pai da escola da Escolha Racional. Sua principal obra é Downs, A. An Economic Theory of
Democracy. New York. Harper & Row, 1957.
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Comportamento Eleitoral
Para Downs (1957), existem diferentes justificativas para que o eleitor escolha determinado
candidato. A lógica do voto baseia-se na premissa de que os eleitores escolhem a alternativa de
voto que lhe trará maior benefício.
Em suma, o eleitor downsiano decide se vota, ou não, identificando os meios mais eficazes para
que seus fins sejam atingidos.
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Comportamento Eleitoral
Por meio da amostra analisada, conforme dados descritos na tabela 1, foi possível identificar que
dos 10 eleitores inquiridos, houve uma predominância de inquiridos adultos, entre 18 e 25 anos
(60%), e do gênero masculino (70%). Além disso, o maior número de inquiridos possui ensino
secundário (60%), presumindo-se assim, que sejam indivíduos informados, mas com razoável
nível de escolaridade.
Nesta parte, procurou-se analisar a variáveis, com o intuito de identificar os fatores que afetam o
comportamento do eleitor em pesquisa.
Totalmente Totalmente
nt % un N% nt N% nt N% N%
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Comportamento Eleitoral
Apresenta uma política que trará benefício para a 2 20,0% 0 0,0% 3 30,0% 2 20,0% 3 30,0%
minha família
1 10,0% 6 60,0% 2 20,0% 1 10,0% 0 0,0%
Escolho por impulso
Através da amostra analisada, conforme dados descritos na tabela 2, foi possível identificar que a
uma grande parte (80%) escolheria o candidato que apresentasse uma política beneficente a sua
ilha. No mesmo sentido, observa-se que uma grande parte (90%) descartaram a opção de
escolher o candidato pelas influências religiosas, do mesmo modo que todos desconsideraram a
opção de escolher o candidato pelas influências de amigos (100%). Por outro lado, a maioria
(80%) consideraram escolher o candidato se ele pertencesse a sua família e, também, uma grande
parte (60%) escolheriam o candidato que a família preferisse. Da mesma forma, observa-se que a
generalidade (70%) escolheria o candidato que acreditasse ser melhor.
Conclusão
A explicação da escolha do voto é um fator problemático, sendo que cada indivíduo pensa e age
de forma diferente. Contudo, nas últimas décadas houve um grande crescimento de bibliografias
que explica o comportamento eleitoral.
Dentre as principais teorias construídas para explicar o comportamento eleitoral, viu-se neste
trabalho três teorias: a sociológica, a psicossociológica e a teoria da escolha racional.
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Comportamento Eleitoral
Concluiu-se, neste trabalho, que todos os fatores afetam o comportamento do eleitor cabo-
verdiano na escolha de um candidato. Contudo, verificou-se que o fator racional apresenta maior
destaque no que seria o comportamento eleitoral cabo-verdiano.
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Comportamento Eleitoral
Bibliografia
Downs, A. (1957). An economic theory of democracy. 1st Edition. New York. Harper and Row.
Consulta ao site do Portal das Ciências Sociais Brasileiras: (Consult. 10 Jan. 2019)
http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_20/rbcs20_01.htm
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Comportamento Eleitoral
Anexos
Questionário
Este questionário tem como objetivo identificar as variáveis que afetam o comportamento do eleitor na
escolha de um candidato. Responde às questões abaixo assinalando apenas uma resposta com um X.
Dados pessoais:
Idade:
❏ 18 a 25 anos
❏ 26 a 35 anos
❏ Mais de 35 anos
Gênero:
❏ Feminino
❏ Masculino
Escolaridade:
❏ Secundário
❏ Licenciado
❏ Mestrado
❏ Doutorado
❏ Outro ________________________
Marque um “X” no grau de sua discordância ou concordância. Não há resposta certa ou errada, o que
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Comportamento Eleitoral
ESCALA
QUESTÕES
1 2 3 4 5
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