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Porto Alegre
2021
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Porto Alegre
2021
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais, Mara e Aquiles, por todo amor e
confiança depositada em mim, mas principalmente ao suporte e incentivo
incondicional, para não desistir neste longo caminho. Essa vitória eu dedico a vocês.
Aos meus amigos, à família que eu escolhi, a vida é muito mais leve com a
presença de vocês.
Ao meu orientador Felipe, pela disposição e tempo dedicado, cada conselho foi
fundamental para conclusão deste trabalho. E aos demais professores que tive ao
longo da graduação, todos os ensinamentos foram de suma importância para a minha
formação profissional.
4
RESUMO
A busca por avanços tecnológicos no setor da construção civil, se mostra cada vez
mais presente no mercado, sobretudo com a alta demanda perante a indústria,
impulsionada pelo constante crescimento populacional. Diante deste cenário,
sistemas que se apresentam mais econômicos e sustentáveis ganharam espaço no
mercado, viabilizando assim construções mais eficientes em diversos aspectos. Em
cima deste contexto, o trabalho visa disseminar conhecimento sobre o método
construtivo LSF (Light Steel Frame), bem como, suas vantagens e técnicas, além de
compará-lo com o sistema tradicional utilizado no Brasil, sistematizando todas as
informações necessárias para um melhor entendimento. Neste estudo foi realizado
um projeto baseado nas moradias populares, para fins de levantamento
orçamentários, por conseguinte uma análise econômica e comparativa dos custos.
Entretanto, diante dos resultados o sistema LSF se apresentou com um valor mais
alto na execução, quando posto em comparação, porém vários fatores devem ser
considerados, pois podem se equivaler ao método convencional praticado, como é o
caso da sustentabilidade e o prazo de execução que o Steel Frame proporciona. No
entanto, conclui-se que embora haja uma diferença econômica, o método LSF
permanece sendo uma excelente alternativa construtiva crescente no mercado, e de
imensa importância para o futuro da construção civil.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Hierarquia dos modos de construção ....................................................... 21
Figura 2 - Estrutura em Light Steel Framing.............................................................. 25
Figura 3 - Instituto Dona Ana Rosa, São Paulo - SP. ... Erro! Indicador não definido.
Figura 4 – Conjunto de interesse social, Avaré/SP ................................................... 29
Figura 5 – Elementos estruturais do método convencional ....................................... 31
Figura 6 – Estrutural de uma moradia via steel frame ............................................... 32
Figura 7 – Revestimentos mínimos para os perfis de aço ......................................... 33
Figura 8 – Montagem através do método stick.......................................................... 34
Figura 9 – Estrutura modular ..................................................................................... 35
Figura 10 – Montagem dos painéis ........................................................................... 36
Figura 11 – Ilustração das etapas executivas via LSF .............................................. 37
Figura 12 - Etapas na execução de fundação radier ................................................. 38
Figura 13 – Esperas para ancoragem dos pilares ..................................................... 39
Figura 14 – Sistema de ancoragem pelo sistema LSF .............................................. 40
Figura 15 – Estrutura de aço ..................................................................................... 41
Figura 16 – Perfis de aço .......................................................................................... 42
Figura 17 – Processo de mistura dos elementos ...................................................... 43
Figura 18 – Estrutura para viga (Ferragem e caixaria) .............................................. 44
Figura 19 – Estrutura para pilar (Ferragem e caixaria) .............................................. 45
Figura 20 – Instalações hidráulicas pelo método convencional ................................ 46
Figura 21 – Instalações hidráulicas pelo sistema LSF .............................................. 47
Figura 22 – Fechamento externo por placas cimentícias .......................................... 48
Figura 23 - Normas .................................................................................................. 51
Figura 24 – Foto ilustrativa com isolamento através de lã de vidro ........................... 52
Figura 25 – Marcação de alvenaria por blocos cerâmicos ........................................ 53
Figura 26 – Imagem ilustrativa de assentamento de blocos ..................................... 54
Figura 27 – Imagem ilustrativa da ligação de alvenaria ............................................ 55
Figura 28 – Ilustração da disposição de vergas e contravergas................................ 56
Figura 29 – Ilustração da fissuração pelo não uso de vergas e contravergas ........... 56
Figura 30 – Encunhamento através da inclinação em 45 graus ................................ 57
Figura 31 – Elementos presentes nas portas ............................................................ 58
Figura 32 – Desenho esquemático de painel não estrutural com abertura ............... 59
Figura 33 – Ilustração da ordem de revestimento ..................................................... 60
Figura 34 – Desenho esquemático referente a revestimento cerâmico .................... 61
Figura 35 – Desenho esquemático das etapas de revestimentos ............................. 62
Figura 36 – Aplicação de placas de gesso acartonado ............................................. 63
Figura 37 – Diversidade de materiais para aplicação em forro ................................. 64
Figura 38 – Aplicação de gesso acartonado em forro ............................................... 64
Figura 39 – Estrutura para telhado ............................................................................ 65
6
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................ 12
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................................ 12
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................ 12
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 15
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................... 15
2.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA........................................................................ 16
2.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS ............................. 16
2.3.1 Definição operacional das variáveis ...................................................... 17
2.4 ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................... 17
3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 19
3.1 CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL.................................................................. 19
3.2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS.......................................................................... 21
3.2.1 LIGHT STEEL FRAME .............................................................................. 23
3.2.1.1 Vantagens do LSF ..................................................................................... 27
3.2.1.2 Desvantagens do LSF ................................................................................ 28
3.2.1.3 Aplicações .................................................................................................. 29
4 ETAPAS CONSTRUTIVAS ................................................................................ 31
4.1Sistemas em comparação ................................................................................. 31
4.1.1Sistema convencional ................................................................................. 31
4.1.2 Light Steel Frame....................................................................................... 32
4.2 Fundação ......................................................................................................... 36
4.2.1 Radier ........................................................................................................ 37
4.2.2 Ancoragem ................................................................................................ 38
4.3 Estrutural .......................................................................................................... 40
4.3.1 Steel Frame ............................................................................................... 40
4.3.2 Sistema Convencional ............................................................................... 42
4.4 Instalações elétricas e hidráulicas.................................................................... 46
9
9 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 90
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 91
11
INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Para Vera et al. (2007, p. 2) “uma utilização não sustentável dos recursos
naturais, como é o caso da exploração exaustiva dos recursos não renováveis, acaba
por afetar o equilíbrio ambiental e condiciona o presente pondo em causa a qualidade
de vida das gerações futuras”.
A International Organization for Standartisation (ISO) estabelece e padroniza
desde a década de 80 normas e diretrizes em prol da garantia de gestão do Sistema
da Qualidade em organizações. Aderida em mais de 40 países, a ISO 9000 se
demonstrou indispensável para a indústria da construção civil. No que diz respeito a
sustentabilidade, a norma estabelecida pelo sistema ISO afirma:
Edificação sustentável é aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima, a tradição, a
23
Desenvolvido nos Estados Unidos, durante o século XIX, o sistema Light Steel
Frame alcançou grande visibilidade no setor construtivo através da necessidade de
sistemas mais rápidos e de baixo custo, devido ao expressivo crescimento
populacional ocasionado pela imigração entre os anos de 1810 e 1860.
Diante disso, o modo de construir passou por adaptações, levando em conta a
disponibilidade dos recursos da região, desenvolvendo o sistema Wood Frame.
Entretanto, o aumento do custo da madeira pela alta demanda, em conjunto do
progresso da indústria siderúrgica por meio da segunda guerra mundial, propiciou um
cenário ideal para a utilização do aço como matéria prima para a construção de
habitações, dando origem ao então conhecido Light Steel Frame. (MARINHO, 2020)
Segundo a visão de Bevilaqua (2019):
Light Steel Framing avança em diversos países e tem se mostrado um
sistema a construção civil atual por se alinhar às necessidades de
modernização da construção civil: prazos mais curtos, eficiência produtiva,
24
Apesar do sistema Ligth Steel Frame ser apropriado para diversas situações, a
sua utilização requer algumas desvantagens, referente ao local a ser implementado.
Segundo Marinho (2020), são elas:
• Falta de Mão de Obra: Por ser um sistema industrializado, não permite erros
e desperdícios havendo necessidade de mão de obra especializada na
elaboração de projetos e na execução;
• Barreira Cultural: Algumas pessoas acreditam que as construções são
frágeis, porém, países com elevados riscos sísmicos empregam os
sistemas à seco devido a elevada resistência dos perfis metálicos que são
reforçados por revestimentos estruturais;
• Limitação de Pavimentos: Seguindo os requisitos da norma, as construções
em LSF não pode ter mais de 6 pavimentos no Brasil devido à distribuição
de carga e pela espessura dos perfis;
• Abertura excessiva de vãos: Uma estrutura em LSF é mais eficiente quanto
maior a área de montantes não interrompidos uma vez que a distribuição
de cargas se dá através do perímetro e/ou por algumas paredes interiores;
• Eficiência térmica: Devido à baixa inércia térmica, a energia a fornecer para
o conforto térmico dissipa-se mais rapidamente havendo a necessidade de
utilização de isolantes térmicos entre as placas de fechamento exterior;
• Instalações Futuras: Necessidade de previsão das futuras instalações
suspensas para que sejam feitos os cálculos dos reforços estruturais das
paredes as quais receberão essas instalações.
29
3.2.1.3 Aplicações
Embora haja barreiras sociais a serem vencidas para sua implementação, o ato
de propagar conhecimento sobre novas alternativas construtivas como o método LSF,
não deve ser deixado de lado, pois nem sempre uma novidade no mercado é aceita
de imediato, podendo vir levar tempo para seu êxito.
Logo, entende-se que embora seja devagar, a construção civil no Brasil está
em constante evolução, e o sistema Ligth Steel Frame é um grande passo para esse
avanço. Contudo, enquanto não há um investimento significativo perante o governo,
fica claro que empresas privadas ocupam esse espaço no mercado, acreditando no
alto potencial em que o método pode proporcionar.
1
Disponível em: < https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2020/07/14/light-steel-frame-a-industrializacao-
da-construcao-civil-no-brasil/
31
4 ETAPAS CONSTRUTIVAS
4.1Sistemas em comparação
4.1.1Sistema convencional
2
Disponível em: < https://www.custodaconstrucao.com/etapas-obra-e-valor/alvenaria/verga/>, acesso
em maio de 2021
32
O sistema estrutural do método Steel Frame, bem como sua montagem, varia
conforme o projeto proposto, entretanto, independentemente do método de
montagem, sua base será predominantemente composta por perfis de aço formados
a frio, conforme ilustra a figura 6.
3
Disponível em: < https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/steel-frame>, acesso
em maio de 2021
33
O método de montagem por Steel Frame pode ser realizado em até três
sistemas distintos, ressaltando sua vantagem em ser um sistema altamente
industrializado. No Brasil o método mais utilizado é por painéis, no qual. Entretanto o
estrutural ainda pode vir a ser por stick e modular.
34
• Método Stick
O Stick é visto como o mais antigo entre os três métodos de montagem do LSF,
especialmente pelos elementos estruturais como colunas e painéis precisarem ser
cortados in loco. Em relação às futuras instalações, tanto hidráulicas quanto elétricas,
os perfis podem dispor das passagens já perfuradas, entretanto vale ressaltar que
este modelo só é adotado quando não há alternativa para o uso de pré-fabricados. Na
figura 8, representa este sistema.
• Modelo Modular
4.2 Fundação
5
Disponível em: < https://centersteel.com.br/obra-rapida-steel-frame/ >, acesso em maio de 2021
37
4.2.1 Radier
6
Disponível em: < https://nelsoschneider.com.br/nbr-6122-2019/>, acesso em maio de 2021.
38
4.2.2 Ancoragem
colunas apresentam como uma das funções, auxiliar no recebimento das cargas
estruturais e consequentemente distribui-las diretamente na fundação.
Na figura 13, as esperas são representadas como arranques, termo popular
conhecido no canteiro de obra.
Fonte: Autor.
4.3 Estrutural
Dito isto, no Brasil, estes perfis seguem as diretrizes impostas pela NBR
15253:2005, de modo a serem padronizadas perante a comercialização do mercado.
Este é o caso, por exemplo, da espessura das chapas fornecidas, na qual podem vir
variar apenas de 0,80 até 3,0mm, estipulado pela norma.
A estrutura deste sistema, de forma sucinta, é construída mediante quatro
seções, sendo elas no formato de: “U” enrijecido (Ue), o “U”, o “Cr” (cartola) e “L”. Os
elementos estruturais, segundo a norma e suas devidas aplicações é descrita na
Figura 16.
42
sobressai como componente vital na maior parte das etapas construtivas. De acordo
com Bastos (2006), o concreto é descrito por um composto homogêneo, constituído
pela mistura de cimento, água, agregado miúdo, agregado graúdo e ar, nos quais
variam as quantidades conforme o traço desejado.
Sobretudo, o concreto ainda pode ser armado, ou seja, além dos elementos
que o constituem, pode ser executado com armadura, das qual é dimensionada
conforme o carregamento estrutural do projeto. Destaca-se, que a ferragem deve ser
espaçada, bem como os estribos, seguindo todas as normas, assim completando a
estrutura. (Yazigi, 2007)
De acordo com o item 3.1.3 da NBR 61188, estruturas de concreto armado “são
aqueles cujo estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais
não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa
aderência”. Na figura 17 ilustra o processo evolutivo da mistura de elementos até o
concreto armado.
8
Disponível em: < https://www.galaxcms.com.br/up_arquivos/1149/NBR61182014-
20190807180913.pdf>, acesso em maio de 2021
9
Disponível em: < https://prefabricar.com.br/page/3/?attachment_id/>, acesso em maio de 2021
44
4.3.2.1 Vigas
Fonte: Autor
45
4.3.2.2 Pilares
Fonte: Autor
46
Fonte: Autor
47
4.4 Fechamentos
10
Disponível em: https://www.angullar.com.br/instalacoeseletricasehidraulicas/>, acesso em maio de
2021
48
• EXTERNO
12
Disponível em: < https://daudt.eng.br/pt/mercado/light-steel-frame//>, acesso em maio de 2021
50
• INTERNO
13
Disponível em: < https://diviplus.com.br/cores-placas-drywall//>, acesso em maio de 2021
51
Figura 23 – Aplicações
14
Disponível em: < https://tecnoframe.com.br//>, acesso em maio de 2021
15Disponível em: < http://www.lpbrasil.com.br/produtos/lp-osb-home-plus-estrutural.html/ >, acesso
em março de 2021
52
• Marcação da Alvenaria
Seguindo as diretrizes impostas pela NBR 8545 (1984), para elevação da
alvenaria é preciso primeiramente realizar a marcação na laje, respeitando o projeto
arquitetônico do empreendimento. Iniciando pelas paredes externas e dando
continuidade pelas internas, este processo deve atentar-se ao alinhamento delas. Na
figura 25 é ilustrado o início da marcação de alvenaria numa laje.
Fonte: Autor
54
17
Disponível em: < https://www.ceramicaroque.com.br/web/produto/bloco-tijolo-acustico-sta-19-
cm/informacoes-tecnicas/>, acesso em maio de 2021
55
• Ligação da Alvenaria
• Vergas e Contravergas
18
Disponível em: < http://www.estruturasebim.com/>, acesso em maio de 2021
56
19
Disponível em: <https://resenhaengenharia.com/o-que-sao-vergas-e-contra-vergas-e-para-que-
servem/ > acesso em maio de 2021
20 Disponível em: < https://neoipsum.com.br/vergas-e-contravergas/>, acesso em maio de 2021
57
• Encunhamento
Fonte: Autor.
58
4.5 Aberturas
21 21
Disponível em: < @maranataportas />, acesso em maio de 2021
59
4.6 Revestimentos
23
Disponível em: < https://construfacilrj.com.br/o-que-e-o-revestimento-ceramico/>, acesso em maio
de 2021
62
24 24
Disponível em: < https://www.buildingscience.com/>, acesso em abril de 2021
63
Vale ressaltar que, quando optam por placas de gesso acartonado descartam
qualquer tipo de medida assertiva posterior, pois já contam com uma superfície
preparada para receber acabamentos, como pinturas e revestimentos cerâmicos.
(VIVIAN, 2011)
A colocação das placas de gesso acartonado é demonstrada na figura 33.
4.7 Forro
26 26
Disponível em: < https://casaeconstrucao.org/materiais/forro/>, acesso em maio de 2021
27 27
Disponível em: < https://memsolucoesconstrutivas.com.br/produtos/forrodegesso/>, acesso em
maio de 2021
65
4.8 Cobertura
5 PROJETO
6 VIABILIDADE ECONÔMICA
Os custos diretos são definidos, ainda, por Mattos (1965, p. 31) como sendo
aqueles diretamente associados aos serviços de campo. Representam o custo orçado
dos serviços levantados.
Todavia, no que diz respeito aos custos diretos, pode se concluir que são
primordiais quando analisados no contexto geral da obra. Apesar disso, destaca-se a
relevância de analisar o sistema construtivo em questão, uma vez que o orçamento
poderá variar segundo a finalidade do projeto.
Os custos indiretos, no entanto, são definidos por Formoso (1986, p. 16), como
sendo:
[...] aqueles que não podem ser relacionados ao processo produtivo de uma
forma intrínseca. [...] Estes custos estão associados a um numeroso conjunto
de insumos, os quais são classificados sob alguns títulos, tais como:
administração do canteiro, taxas, administração do escritório central,
aluguéis, financiamentos, etc.
7 ORÇAMENTOS
Tabela 8 – Composição para execução das paredes internas pelo método Steel Frame
Tabela 9 - Composição para execução das paredes externas pelo método Steel Frame
sistema LSF, método no qual não é abordado pelo SINAPI. Logo, para readequação
e sequência dos orçamentos, houve a necessidade de contar com o auxílio de preços
comerciais, empresa Center Steel, além de usufruir de referências em projetos
similares, neste caso o TCC de Diorges Corrêa.
Na tabela 10 é apresentado o resumo total do levantamento de custos para a
execução das paredes internas e externa pelo método steel frame.
Tabela 10 - Composição total das paredes internas e externa via steel frame
7.2 EMPRESAS
Para executar uma melhor comparação entre os dois sistemas construtivos, foi
realizado um orçamento mais completo, através de métodos acessíveis ao público,
bem como para construção na região.
Nesta segunda análise econômica, será considerado em ambos os sistemas
construtivos, a estrutura das paredes internas e externas, seus respectivos
revestimentos, forro e cobertura.
Para estimar o custo de mão de obra, foi considerado o valor médio por metro
quadrado construído no Brasil no ano de 2021, divulgado pelo IBGE29 para uma
residência unifamiliar padrão. Destaca-se ainda que, no início do ano foi constatado
através do Índice Nacional da Construção Civil, um aumento considerável, chegando
hoje no valor de R$573,28 por metro quadrado.
Para uma estimativa, foi calculado e apresentado na tabela 13 o orçamento
total de mão de obra pelo método convencional.
Tabela 13 – Orçamento total estimado para mão de obra via método convencional
Para obter um parâmetro geral dos custos para execução itens abordados na
execução, a tabela 14 apresenta o resumo total.
29
Disponível em: < ibge.gov.br/estatísticas/econômicas/preços-e-custos>, acesso em maio de 2021
84
Para uma visão geral, na tabela 17 é apresentando o resumo total dos custos
relacionados aos materiais, estrutural e mão de obra.
8 RESULTADOS
Por meio dos valores expressados na tabela 18, constata-se uma diferença
considerável relativa ao custo final entre os dois métodos construtivos, de forma a
analisar os pretextos pelo qual o sistema LSF se sobressai, tanto no contexto de mão
de obra como de material.
Na visão de Domarascki e Fagiani (2009), o sistema LSF requer de diversas
etapas, mas montagem estrutural juntamente com o fechamento externo e interno,
seguido de revestimento, são as mais relevantes demandando maior mão de obra,
por conseguinte mais tempo e recursos financeiros perante a execução.
Logo, conclui-se que neste caso o sistema estrutural em aço demonstrou-se
10% maior que o convencional, sobretudo pelo valor unitário elevado dos itens que o
87
compõe. Um fator colaborante para esse efeito é o grande e fácil acesso dos materiais
do método convencional, no qual acarreta significadamente o custo dos mesmos, pela
grande oferta de mercado.
A diferença alta no custo dos materiais, também se reafirma através de
orçamento por empresas privadas, levando em consideração o estrutural,
revestimentos e telhado de uma moradia popular, conforme a tabela 19.
9 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura. São Paulo: Edgard Blucher,
1997.
AZEVEDO, Hélio Alves de. Edifício e seu Acabamento. São Paulo, Edgard Blücher
Ltda, 2004.
FALCONI, Frederico. et al. FUNDAÇÕES, teoria e prática livro. São Paulo: Oficina
de textos.
FREITAS, Arlete Maria Sarmanho; CRASTO, Renata Cristina Moraes. Steel Framing:
Arquitetura. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2006.
93
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010.
ISO 6241 Performance Standards in building – Principles for their preparation and
factors to be considered (Normalização e Desempenho dos Edifícios. Princípios de
sua preparação e fatores a serem considerados). 1984
MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras. 1965. São Paulo.
Editora PINI.