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Guia de

Gerenciamento de
Resíduos Sólidos
maio 2014
Guia de
Gerenciamento de
Resíduos Sólidos
maio 2014
Para a elaboração deste manual, foi fundamental
o apoio do Sebrae, ao reconhecer que o acesso
de seus clientes aos serviços tecnológicos
disponíveis no mercado é condição necessária
ao cumprimento da sua missão institucional de
promoção do desenvolvimento sustentável dos
pequenos negócios.

O acesso a serviços tecnológicos pelos pequenos


negócios depende, essencialmente, da superação
de três desafios: pouca compreensão, por parte
dos empreendedores, acerca da importância
destes serviços; ampliação da rede de prestadores
de serviços tecnológicos, como alternativa à
limitação técnica das pequenas empresas; e alto
custo dos serviços.
1 Introdução.......................................................................... 2

2 A Política Nacional de Resíduos Sólidos


e as empresas..................................................................... 4

3 Resíduos e suas classificações..........................................7

4 Implantação do Plano de Gerenciamento


de Resíduos Sólidos........................................................... 9
4.1 Primeiro passo: planejamento........................... 10
4.2 Segundo passo: implementação
e operação.................................................................... 12
4.3 Terceiro passo: verificação
e ações corretivas........................................................19

5 Considerações finais....................................................... 22

6 Anexos............................................................................... 23
Anexo 1: Classificação dos resíduos sólidos de
acordo com a pnrs e a abnt nbr 10.004........... 23
Anexo 2: Principais métodos de tratamento
e disposição fina......................................................... 24
Anexo 3: Obrigações e sanções legais
relacionadas à geração e ao tratamento
de resíduos sólidos.................................................... 26
Anexo 4: Principais resíduos sólidos gerados
nos processos produtivos......................................... 28
1 Introdução

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos


Rio 2016 assumiu o compromisso de desenvolver uma
transformação sustentável, aplicando critérios de
sustentabilidade em todo o ciclo de gestão dos Jogos, desde
a concepção e planejamento até a implementação, revisão
e o pós-evento.

Este compromisso está calcado nos três princípios de


desenvolvimento sustentável ratificados pela Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento –
Rio 92 e que também servem de base para o Rio 2016. São eles:

Planeta: mitigar o impacto ambiental causado pelos projetos


relacionados aos Jogos Rio 2016, imprimindo uma pegada
ambiental reduzida.

Pessoas: planejamento e execução dos Jogos Rio 2016 de forma


inclusiva, entregando Jogos para todos.

Prosperidade: contribuição para o desenvolvimento


econômico do estado e da cidade do Rio de Janeiro, através do
planejamento, execução e prestação de contas dos Jogos com
responsabilidade e transparência.

Pelas premissas adotadas pelo Rio 2016, é esperado que


fornecedores, patrocinadores e licenciados também
desenvolvam o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS) em seus próprios escritórios e cadeias produtivas. Assim,
este manual visa a informar e auxiliar os potenciais parceiros do
Rio 2016 acerca das melhores formas de gerenciar e destinar os
resíduos gerados em sua área de atuação.

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O Rio 2016 reconhece o potencial dos Jogos para demonstrar
que a gestão adequada dos resíduos, desde o planejamento
até o legado, traz benefícios concretos, não apenas ambientais,
mas também financeiros. Um evento do porte dos Jogos
é uma grande oportunidade para implementar sistemas,
melhorar infraestruturas e estabelecer padrões operacionais
que possibilitem a redução da quantidade de resíduos e
maximização da reutilização e reciclagem.

Outra estratégia é usar atividades educativas, culturais e


oportunidades de comunicação com o público para promover
estilos de vida com baixa produção de resíduos e a adoção de
hábitos de coleta seletiva e reciclagem. Neste sentido, o Rio 2016
se comprometeu a gerenciar da forma correta os seus resíduos,
com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Cabe destacar que a gestão dos resíduos deve ocorrer de forma


integrada entre o Comitê Organizados dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos e os governos federal, estadual e municipal.

Reduzir o impacto dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos


no meio ambiente, desde o seu planejamento
até a implementação, revisão e o pós-evento, é
uma questão prioritária para o desenvolvimento
sustentável, e o gerenciamento os resíduos gerados
é essencial para atingir este objetivo.

De acordo com o Plano de Gestão de Sustentabilidade1


do Rio 2016, os objetivos específicos do gerenciamento
de resíduos são:

• Alinhar e implementar os planos de gestão de


resíduos em todas as construções, garantindo
manejo e tratamento final adequados (Responsáveis:
governos estadual e municipal e Rio 2016).

• Gestão e tratamento responsáveis dos resíduos sólidos


das operações dos Jogos (Responsável: Rio 2016).

• Gestão e tratamento responsáveis de resíduos


sólidos corporativos (Responsável: Rio 2016).
1 O Plano de Gestão de Sustentabilidade está disponível para consulta
no website Rio 2016: www.rio2016.com.

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2 A Política Nacional de
Resíduos Sólidos e as empresas

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei No 12.305,


de 2 de agosto de 2010) define Resíduos Sólidos como:

“material, substância, objeto ou bem descartado


resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja
destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para
isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face
da melhor tecnologia disponível.”

Segundo a PNRS, os geradores de resíduos sólidos são


pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que
geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, inclusive
o consumo.

São obrigados a cumprir a PNRS:

• Fabricantes

• Importadores

• Distribuidores

• Comerciantes

• Consumidores

• Titulares dos serviços públicos de limpeza


urbana e manejo dos resíduos sólidos

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A PNRS prevê a redução na geração de resíduos através
de hábitos de consumo sustentável e de um conjunto de
instrumentos que propiciam tanto a reciclagem e reutilização
dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser
reciclado ou reaproveitado), como a destinação ambientalmente
adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado
ou reutilizado).

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS)

Conjunto de ações exercidas, direta ou


indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequadas dos resíduos sólidos
e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, de acordo com o Plano Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos e/ou com o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, exigidos na
forma da PNRS

No gerenciamento de resíduos sólidos considerado na PNRS,


deve ser observada a seguinte ordem de prioridade:

1. Não geração

2. Redução

3. Reutilização

4. Reciclagem

5. Tratamento dos resíduos sólidos

6. Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos

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Os principais instrumentos estabelecidos pela PNRS
para os fornecedores são:

• Acordo setorial: ato de natureza contratual entre


o poder público e a empresa para a implementação
da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
do produto.

• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida


dos produtos: conjunto de atribuições para a minimização
do volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados e para a
redução dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente
decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

• Logística reversa: instrumento de desenvolvimento


econômico e social caracterizado por um conjunto
de procedimentos destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento ou outra destinação final
ambientalmente adequada.

• Planos de resíduos sólidos: planos a serem elaborados


com participação social, contendo o diagnóstico dos
resíduos sólidos gerados nas diferentes esferas, objetivos
e estratégias acerca do tema. As pessoas jurídicas obrigadas
a elaborar este plano são:

• Geradores de resíduos dos serviços


de saneamento básico

• Geradores de resíduos industriais

• Geradores de resíduos de saúde

• Geradores de resíduos de mineração

• Estabelecimentos comerciais e de serviços que


gerem resíduos perigosos ou que, por sua natureza,
composição ou volume não sejam equiparados a
resíduos domiciliares pela administração municipal

• Empresas de construção civil

• Responsáveis por portos, aeroportos, terminais


alfandegários, rodoviários, ferroviários e passagens
de fronteira

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3 Resíduos e suas classificações

A classificação dos resíduos sólidos gerados em determinada


atividade é o primeiro passo para estruturar um plano de gestão
adequado. A partir da classificação, serão definidas as etapas de
coleta, armazenamento, transporte, manipulação e disposição
final adequada a cada tipo de resíduo.

Existem alguns documentos oficiais que classificam os resíduos


sólidos. Os dois principais e que serão adotados por este
manual são a PNRS e a ABNT NBR 10.004. Algumas formas de
classificação são:

• Natureza física
• Origem
• Grau de periculosidade
• Grau de biodegradabilidade
• Composição química

Ao final deste documento, é apresentada uma tabela


com a classificação dos resíduos de acordo com a PNRS
e a ABNT NBR 10.004.

Neste guia, são consideradas as seguintes definições para


redução, reutilização e reciclagem:

• Redução da geração na fonte: também conhecida como


prevenção de resíduo, é definida pela EPA (Agência de
Proteção Ambiental dos EUA, na sigla em inglês) como
qualquer mudança no projeto, na fabricação, compra ou
uso de materiais que vise à redução de sua quantidade ou
periculosidade, antes de se tornarem resíduos sólidos.

Por questões técnicas, nem todos os materiais descartados


podem ser reciclados e grande parte deles tem como destino
o lixo comum. É importante identificar que materiais são
estes para que sejam substituídos ou para que se estudem
modificações nos processos.

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EXEMPLOS DE MATERIAIS NÃO RECICLÁVEIS
Plástico
Espuma
Bandejas
Embalagem metalizada (café e salgadinho)
Papel
Papel plastificado
Papel laminado
Etiquetas
Guardanapos
Vidros
Espelhos
Louças
Lâmpadas
Ampolas de remédios
Cerâmicas
Tubos de TV e monitores
Vidro temperado plano
Metal
Clipes
Grampos
Esponjas de aço
Latas de tinta, verniz e solventes químicos

• Reutilização de resíduos: quando o resíduo é reaproveitado


sem que haja modificações na sua estrutura. Exemplos:
a utilização dos dois lados de uma folha de papel e a
reutilização de garrafas de vidros e barris.

• Reciclagem de resíduos: quando há um beneficiamento no


resíduo para que ele seja utilizado em outro ou no mesmo
processo. Exemplo: as latinhas de alumínio, que passam por
um beneficiamento para que o alumínio seja reaproveitado
no processo.

• Recuperação de energia: recuperação de energia térmica


gerada pela combustão dos resíduos sólidos urbanos, por
tratamento via oxidação térmica, pirólise e gaseificação,
entre outros.

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4 Implantação do
Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos

Independentemente da legislação, desenvolver e implementar


um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é
fundamental para qualquer fornecedor que pretenda maximizar
as oportunidades e reduzir custos e riscos associados à gestão
de resíduos sólidos.

O PGRS garante que todos os resíduos serão gerenciados de


forma apropriada e segura e envolve as seguintes etapas:

1. Fontes de geração
2. Caracterização (classificação e quantificação)
3. Manuseio
4. Acondicionamento
5. Armazenamento
6. Coleta
7. Transporte
8. Reuso/reciclagem
9. Tratamento
10. Disposição final
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POLÍTICA DE RESÍDUOS

1 Planejamento
2 Implementação
e operação 3 Verificação e
ações corretivas 4 Revisão
da gestão

• Identificação e • Estrutura e • Monitoramento • Avaliações


caracterização responsabilidades e medições periódicas
da política
• Classificação • Treinamento e • Identificação
de resíduos
competências de não
• Requerimentos
conformidades • Reorganização de
legais • Manuseio e
responsabilidades
acondicionamento • Ações corretivas
• Obejtivos e metas
• Pré-tratamento • Ações preventivas
• Disposição final • Auditoria do PGRS
• Controle
operacional

Os mesmos preceitos da implementação de qualquer sistema de


gestão devem ser aplicados no caso de um PGRS. Isto significa
adotar os seguintes passos:

4.1 primeiro passo: PLANEJAMENTO


Durante o planejamento do PGRS, as principais etapas
estão vinculadas à definição dos objetivos e metas, ao
levantamento dos aspectos ambientais e aos requerimentos
legais. Estas três etapas estão detalhadas a seguir.

4.1.1 Objetivos e metas


Como qualquer plano de gestão, o PGRS deve apresentar
objetivos e metas. Os objetivos são direcionamentos gerais
aos quais o PGRS está vinculado, enquanto as metas são
numéricas e temporais.

4.1.2 Aspectos ambientais


No caso da implementação de um PGRS, os aspectos ambientais
são os resíduos gerados. E, para administrar os resíduos, é
preciso conhecê-los. Assim, devem ser determinados (as):

Geração: Quais os processos que geram resíduos?

Para a identificação das fontes de geração de resíduos, é


necessário percorrer os processos da empresa, através, por
exemplo, de entrevistas com os responsáveis. Vale destacar:
todos os processos da empresa podem gerar resíduos.

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Processos típicos de uma empresa e seus respectivos resíduos
Escritórios: papel e papelão usado, cartuchos usados de
impressoras, pilhas e baterias usadas, equipamentos sem
condições de uso

Banheiros e cozinhas: restos de comida, papel higiênico usado

Manutenção: óleo lubrificante usado, latas de óleo, peças sem


condições de uso (contaminadas com óleo ou não)

Boas práticas para o gerenciamento


de óleo lubrificante usado

Óleos lubrificantes usados são classificados como


resíduos perigosos (classe I). Estes resíduos são
inflamáveis e podem estar contaminados com
metais pesados. Um litro de óleo, por exemplo, é
suficiente para contaminar 1.000.000 litros de água.
Os geradores de óleos lubrificantes devem garantir
sua segregação, estabelecer um sistema de
armazenamento apropriado e encaminhar o resíduo
para o sistema de gestão integrado, por meio de
operadores devidamente licenciados. Na entrega,
o produtor deve receber do operador de recolha a
documentação comprovativa.
O local de armazenamento deve ser bem definido,
identificado, coberto, afastado de fontes de calor,
possuir solo impermeável e bacias de retenção
devidamente dimensionadas e ser de fácil acesso.
O responsável pelo manuseio destes resíduos deve
estar equipado com óculos com proteção lateral e
luvas impermeáveis e utilizar materiais adequados
em caso de derrame ou limpeza.
Os revendedores de óleos lubrificantes devem dar
suporte aos geradores, provendo informações sobre
os cuidados necessários ao manuseio.
Após coletado, o óleo lubrificante usado deverá
ser entregue a um novo refinador devidamente
licenciado. O óleo lubrificante usado também pode
ser enviado a coprocessamento.

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Classificação: Quais as classes de cada resíduo gerado?
De acordo com as normas e metodologias, os resíduos
identificados devem ser classificados para a definição de sua
periculosidade.

Quantificação: Quais as quantidades de cada resíduo?


Determinar a quantidade de cada resíduo gerado é fundamental
para a definição das formas de transporte, de armazenamento e
para a análise financeira do tratamento e da disposição final.

4.1.3 Requerimentos legais e outros


Para determinar todas as etapas do PGRS, é fundamental
conhecer detalhadamente os requerimentos legais e outros
(por exemplo, exigências do cliente) aos quais o plano está
subordinado. As principais regulamentações acerca da gestão
de resíduos estão listadas ao final deste documento.

4.2 segundo passo: IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO


Após a etapa de planejamento, têm início a implementação e a
operação do PGRS. Neste 2o passo, talvez o mais longo e difícil,
devem ser considerados os seguintes itens:

4.2.1 Estrutura e responsabilidade


É fundamental que o PGRS contemple toda a estrutura proposta
para a gestão dos resíduos e indique claramente os responsáveis
por cada atividade do plano.

4.2.2 Treinamento, consciência e competência


Durante a implantação do PGRS, deve-se avaliar atentamente
as equipes que estarão envolvidas nos processos de gestão de
resíduos. Os profissionais devem ter a qualificação necessária.
Especialmente aqueles que vierem a lidar com o manuseio
dos resíduos precisam conhecer os aspectos ambientais do
seu trabalho.

O treinamento básico para o pessoal envolvido com o manuseio


dos resíduos deve conter, no mínimo:

• Informações sobre as características e os riscos inerentes


ao trato de cada tipo de resíduo
• Orientação sobre a coleta, o transporte e armazenamento
• Utilização adequada dos equipamentos de proteção
individual (EPI) necessários
• Procedimentos de emergência em caso de contato ou
contaminação individual ou ambiental com o resíduo

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4.2.3 Manuseio e acondicionamento
É importante identificar as formas de manuseio e
acondicionamento dos resíduos. Como orientação geral:

• A separação deve ocorrer no local de origem

• Devem ser separados os resíduos que possam gerar


condições perigosas se combinados

• Devem ser separados os resíduos secos dos úmidos.

• Deve-se evitar a mistura de resíduos semissólidos


com resíduos sólidos

Quando possível, os resíduos devem ser segregados de acordo


com suas características. A fim de facilitar e padronizar esta
segregação, a Resolução CONAMA 275/2001 definiu cores para
identificar cada tipo de resíduo.

Código de cores para coleta seletiva de resíduos, CONAMA 275/2001

Azul Papel/papelão
Vermelho Plástico
Verde Vidro
Amarelo Metal
Preto Madeira
Laranja Resíduos perigosos
Branco Resíduos ambulatórios e de serviço de saúde
Roxo Resíduos radioativos
Marrom Resíduos orgânicos
Cinza Resíduo geral não reciclável ou misturado

Se não for possível segregar os resíduos da forma estabelecida


pela CONAMA 275/2001, eles deverão ser separados entre
resíduos secos (que podem ser reciclados) e úmidos, estes
últimos sendo, ainda, distinguidos entre materiais orgânicos
(como cascas de frutas e legumes, folhas e restos de comida) e
não recicláveis (como material de higiene pessoal, plásticos e
papéis engordurados, vidros planos e embalagens de isopor).

O PGRS deve detalhar as formas de manuseio e armazenamento


temporário para cada tipo de resíduo gerado. As normas
NBR 12.235, NBR 11.174, NBR 7.500 e NBR 14.725 contêm as
especificações necessárias, enquanto a NBR 13.221 determina o
transporte adequado.

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4.2.4 Pré-tratamento
Em muitos casos, os resíduos requerem algum tipo de
tratamento antes de serem encaminhados. Por exemplo, latas
de alumínio para reciclagem precisam ser prensadas antes do
transporte, para a redução de seu volume.

Este pré-tratamento pode ser feito dentro ou fora das


dependências da empresa geradora, mas precisa estar
especificado no PGRS. Caso o pré-tratamento seja conduzido
dentro da empresa, é necessário verificar junto a órgão
ambiental a necessidade de licença para a operação.

Exemplo de pré-tratamento

Em geral, o lodo de estação de tratamento de


efluentes – caracterizado, na maioria dos casos,
como resíduo perigoso – deve ser adensado antes do
envio à destinação final. Muitas vezes, este processo
é conduzido nas dependências da empresa onde
ocorre o tratamento de efluentes.
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4.2.5 Documentação do PGRS
Para que o PGRS obedeça a procedimentos específicos em
cada etapa da gestão dos resíduos, de forma padronizada, é
necessária uma documentação abrangendo todas as atividades
do processo. Essa documentação deve ser conhecida e de fácil
acesso pelos envolvidos no PGRS.

Os documentos básicos de um PGRS são os seguintes:

Objetivos e metas
Os objetivos devem estar de acordo com os conceitos gerais,
enquanto as metas devem apresentar números e prazos a serem
respeitados.

Requerimentos legais e outros


Todos os requerimentos legais e outros aplicáveis devem estar
documentados e atualizados no PGRS.

Procedimentos escritos, detalhando todas as atividades


do PGRS e seus respectivos responsáveis
Todas as atividades envolvidas no PGRS precisam estar
orientadas por procedimentos escritos, cujo nível de
detalhamento é específico para cada empresa e deve ser
estabelecido na etapa de planejamento.

Protocolos de auditorias internas e de terceiros


Devem ser desenvolvidos protocolos específicos e
documentados para auditorias feitas internamente ou
por terceiros (prestadores de serviço para a empresa em
determinadas atividades do PGRS).

Indicadores para acompanhamento do PGRS


Os indicadores do desempenho do PGRS também devem estar
devidamente documentados, possibilitando a comparação de
diferentes planos.

Fichas de resíduos
É recomendável que cada resíduo gerado tenha uma ficha
própria, com a descrição de todas suas características e formas
de gestão. A seguir, um exemplo de ficha de resíduo.

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Modelo de ficha de resíduos - Baterias

Resíduos típicos desta categoria


Baterias e pilhas usadas ou danificadas de equipamentos ou veículos. Incluem baterias de
níquel-cadmio (Ni-Cd), lítio (Li), mercúrio (Hg), alcalinas, zinco-carvão, níquel hidreto metálico
e ácido-chumbo (Pb).
Origem do resíduo
Veículos, motores, sistemas de geração de emergência, instrumentos e equipamentos
pequenos, como celulares, rádios, máquinas fotográficas etc.
Medidas de segurança
Usar luvas ao manusear
Evitar quebrar e danificar as baterias, pois seu conteúdo pode ser perigoso
Evitar contato com olhos e pele
Opções de minimização
Avaliar frequência de troca
Usar baterias recarregáveis, quando aplicável
Usar equipamentos de baixo consumo de energia
Usar energia solar
Usar baterias com componentes menos perigosos
Avaliar outras fontes de corrente elétrica
Usar baterias de longa duração
No caso de pilhas comuns, dar preferência às de zinco-carvão, que não têm resíduos perigosos
Métodos de gerenciamento preferenciais
Depois que as medidas de minimização tiverem sido adotadas onde for apropriado,
a seguinte sequência de disposição deve ser utilizada:
1. Armazenamento temporário
Em containers apropriados para resíduos perigosos, à prova de vazamentos e localizados
em área seca e ventilada.
2. Pré-tratamento
Estabilizar o resíduo de bateria se a mesma estiver quebrada, danificada ou com vazamento.
3. Opções de tratamento e disposição final (em ordem de preferência)
A) Reciclagem (apenas recicladoras autorizadas pelo órgão ambiental competente)
ou devolução ao fabricante.
B) Aterros industriais para resíduos perigosos (classe 1) autorizados pelo órgão
ambiental competente.
OBS.: As pilhas comuns e alcalinas, de níquel metal hidreto, lítio, tipo botão e miniaturas
podem ser dispostas em aterros para resíduos não perigosos.

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Todos os registros relativos a resíduos devem ser arquivados.
Este procedimento, além de atender a exigências legais, facilita
o acompanhamento do PGRS pelos responsáveis por cada etapa
do processo.

Manifesto de resíduos
O Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR)
é um instrumento de controle que, por meio de formulário
próprio, permite identificar as destinações dadas pelo gerador,
transportador e receptor do resíduo. De acordo com a DZ-
1310.R-7, que define o Sistema de Manifesto, o gerador do
resíduo deve produzir quatro vias do manifesto para cada
movimentação de seus resíduos.

Para cada resíduo destinado para fora da unidade, deve-se


providenciar também:

1. Documento de saída do resíduo, informando quantidade,


destino, data, meio de transporte e percurso a ser
percorrido.

2. Documento de chegada do resíduo a seu destino. Pode ser


o documento de saída protocolado junto ao receptor com a
data e hora de chegada ou um documento especifico a ser
assinado pelo receptor do resíduo.

3. Documento emitido pelo receptor do resíduo informando


a data e hora em que o resíduo foi processado, tratado,
incinerado, aterrado etc., e o processo de tratamento ou
disposição utilizado.

Vale destacar que estes documentos devem ser mantidos pela


empresa para resguardá-la em caso de qualquer problema com
um dos receptores dos resíduos.

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Modelo de MTR para a cidade do Rio de Janeiro

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4.2.6 Disposição final
A disposição final escolhida dependerá do tipo de resíduo.
Deverá ser analisado o custo/benefício entre todas as
possibilidades. As variáveis comumente avaliadas para a
definição da disposição final de resíduos são:

• Tipo de resíduo
• Classificação do resíduo
• Quantidade do resíduo
• Métodos de tratamento viável, dos pontos de vista
técnico e ambiental
• Disponibilidade do método de disposição
• Resultados de longo prazo do método de disposição
• Custo do método de tratamento

Ao final deste documento, há uma tabela com as principais


formas de destinação dos resíduos sólidos.

4.3 terceiro passo: VERIFICAÇÃO E AÇÕES CORRETIVAS


Após implementar o PGRS conforme apresentado no 2o passo,
deve-se acompanhá-lo e, se necessário, realizar ações corretivas.

As etapas do 3o passo estão detalhadas a seguir.

4.3.1 Monitoramento e medições


O monitoramento do PGRS deve ser feito através de
indicadores vinculados aos resíduos (quantitativos, qualitativos
e financeiros), fundamentais para a avaliação do desempenho
da empresa, para a mensuração dos ganhos econômicos e
ambientais e para a criação de metas e objetivos futuros
– garantindo, assim, a melhoria contínua da preservação
ambiental. Estes indicadores devem ser criados durante
a implementação do PGRS e reavaliados ao longo de seu
funcionamento, de forma a espelhar, da melhor maneira
possível, a eficácia do gerenciamento de resíduos sólidos
na empresa.

Alguns exemplos de indicadores são:

• Quantidade de pilhas e baterias trocadas (mensal)


• Quantidade de baterias substituídas por recarregáveis
• Custo para envio das baterias para reciclagem

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As medições dos indicadores devem ser arquivadas por um
determinado tempo e comparadas periodicamente.
É importante realizar uma análise crítica das medições, em
função de resultados históricos e/ou esperados para aquele
indicador especifico.

4.3.2 Auditoria do PGRS


Para garantir que o PGRS esteja operando corretamente e
passe por melhorias contínuas, o melhor método são auditorias
internas (realizadas na empresa) e externas (realizadas
por terceiros).

Auditorias internas
As auditorias internas devem ser realizadas periodicamente
em todas as etapas do gerenciamento. O PGRS precisa indicar
a frequência das auditorias internas e o seu protocolo de
realização. O protocolo é especifico para cada empresa e
contém um check list das questões relativas aos resíduos a
serem avaliadas.

Auditorias de terceiros
É fundamental realizar auditorias nas dependências dos
terceiros contratados para atuar em qualquer etapa do
gerenciamento dos resíduos. Vale destacar que o gerador
dos resíduos será, sempre, o responsável legal por eles até que
sejam finalmente destruídos. Cabe também ao PGRS definir
a periodicidade das auditorias externas.

O resultado das auditorias e da análise dos indicadores


informará sobre possíveis desvios do PGRS, chamados de
“não conformidades” – podem ser desvios legais, técnicos
ou relações custo/benefício a serem melhoradas. Depois de
conhecidas as não conformidades, devem ser definidas ações
corretivas e preventivas.

O fluxograma a seguir resume a implementação e operação


do PGRS:

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FLUXOGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Técnicas de minimização
• Modificação no processo
ou mudança no design
dos equipamentos
• Eliminação ou
substituição de materiais
Processo • Controle e gerenciamento
de inventário
• Melhoria da manutenção,
organização e limpeza
• Reutilização no processo
Resíduo • Recliclagem
gerado

Opções de pré-tratamento
NBR 10004 • Centrifugação
NBR 10005 Caracterização • Separação gravitacional
NBR 10006 e classificação • Redução de partículas
NBR 10007
NBR 12235 • Neutralização
NBR 11564 • Inertização
NBR 7500
• Lavagem

sim Armazenamento sim


REQUER PRÉ-
É PERIGOSO? temporário para Pré-tratamento
-TRATAMENTO?
resíduos perigosos

não
não

Armazenamento Disposição final Opções de disposição final


NBR 13221; NBR 7500;
NBR 11174 temporário NBR 7501; NBR 7502; (de acordo com • Tratamento térmico
NBR 7500 para resíduos NBR 7503; NBR 7504; características • Tratamento biológico
não perigosos NBR 10157; NBR 11175; e classe final • Coprocessamento
NBR 12809 de resíduo) • Aterro industrial

Reciclagem/
reutilização
É POSSÍVEL sim interna
RECICLAR OU
REUTILIZAR? Reciclagem/
reutilização
externa
não
Opções de pré-tratamento
• Centrifugação
sim • Separação gravitacional
REQUER PRÉ-
Pré-tratamento • Redução de partículas
-TRATAMENTO?
• Neutralização
• Inertização
• Lavagem
não

Opções de disposição final


NBR 13221 Disposição final • Tratamento térmico
NBR 7500 (de acordo com • Tratamento biológico
NBR 13896 características
• Co-processamento
e classe)
• Aterro industrial

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 21


5 Considerações finais

Os Jogos Rio 2016 têm como um de seus objetivos a


disseminação de boas práticas socioambientais a serem
utilizadas pelo Comitê Organizador, seus fornecedores e
patrocinadores.

Um dos itens relacionados no Plano de Gestão de


Sustentabilidade do Comitê Rio 2016 refere-se explicitamente
à geração de resíduos nas instalações e pelos fornecedores.

Este guia deve servir para auxiliar o fornecedor a desenvolver


um PGRS em suas dependências, disseminando esta prática
também em sua própria cadeia de produção. No caso de
qualquer dúvida que não tenha sido esclarecida neste manual,
entre em contato pelo e-mail sustentabilidade.suprimentos@
rio2016.com.
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Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 22


6 Anexos

ANEXO 1: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE ACORDO COM A PNRS


E A ABNT NBR 10.004

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS)


Quanto à origem
Resíduos domiciliares Originários de atividades domésticas em residências urbanas.
Resíduos de limpeza urbana Originários da varrição, limpeza de logradouros e vias
públicas e outros serviços de limpeza urbana.
Resíduos sólidos urbanos Englobados em resíduos domiciliares e limpeza urbana.
Resíduos de estabelecimentos Resíduos gerados nessas atividades, com exceção de:
comerciais e prestadores resíduos de limpeza urbana; resíduos dos serviços públicos de
de serviços saneamento básico; resíduos de serviços de saúde; resíduos da
construção civil; e resíduos de serviços de transportes.
Resíduos dos serviços públicos Resíduos gerados nessas atividades, com exceção dos
de saneamento básico resíduos sólidos urbanos.
Resíduos industriais Resíduos gerados nos processos produtivos e instalações industriais.
Resíduos de serviços de saúde Resíduos gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento
ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS.
Resíduos da construção civil Resíduos gerados nas construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, inclusive os resultantes
da preparação e escavação de terrenos para obras civis.
Resíduos agrossilvopastoris Resíduos gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,
inclusive os relacionados a insumos utilizados nestas atividades.
Resíduos de serviços Resíduos originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários,
de transportes rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.
Resíduos de mineração Resíduos gerados na atividade de pesquisa, extração
ou beneficiamento de minérios.
ABNT NBR 10.004
Quanto ao grau de periculosidade
Resíduos Classe I – Perigosos Aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas
podem trazer riscos à saúde pública e/ou ao meio ambiente.
Resíduos Classe II A – Apresentam propriedades como biodegradabilidade,
Não perigosos e não inertes combustibilidade ou solubilidade em água.
Resíduos Classe II B – Resíduos que, quando amostrados de forma representativa e submetidos
Não perigosos e inertes a contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, em
temperatura ambiente, não apresentam qualquer um de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade
de água, com exceção de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 23


Exemplos de resíduos de cada classe – NBR 10004

Classe I Classe II – A Classe II – A


Perigosos Não perigosos e não inertes Não perigosos e inertes
Óleo lubrificante usado Lixo comum gerado em Para determinar o
ou contaminado qualquer unidade industrial enquadramento nesta categoria,
(proveniente de restaurantes, o resíduo não deve constar dos
Óleo de corte e usinagem usado
escritórios, banheiros etc.) anexos da NBR 10004, não pode
Equipamentos descartados estar contaminado com qualquer
contaminados com óleo uma das substâncias dos anexos
C, D e E da norma, e deve ser
Efluentes de galvanoplastia testado de acordo com todos os
Lodos gerados no tratamento métodos analíticos indicados.
de efluentes líquidos de
pintura industrial

Efluentes líquidos ou resíduos


originados do processo de
preservação da madeira

Acumuladores elétricos à base


de chumbo (baterias)

Lâmpada com vapor de mercúrio


após o uso (fluorescente)

ANEXO 2: PRINCIPAIS MÉTODOS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL


Na prática, é impossível recuperar ou reciclar rigorosamente todos os resíduos. Da mesma
forma, usinas de compostagem, incineração e técnicas de coleta seletiva geram rejeitos que,
obrigatoriamente, devem ser descartados. Assim, o aterro sanitário se apresenta como uma
solução econômica para a destinação de determinados resíduos sólidos.

Método Descrição Vantagens Desvantagens Tipos de resíduos


Aterro sanitário Técnica de disposição Baixo custo de Não trata os Resíduos do serviço
de resíduos sólidos investimento e de resíduos; é apenas de coleta municipal,
urbanos no solo, operação em relação uma forma de domésticos e
sem danos à a outras formas armazenamento comerciais não
saúde pública de tratamento perigosos
Requer áreas cada
e à segurança, de resíduos
vez maiores
utilizando princípios
Apresenta poucos
de engenharia A operação sofre
rejeitos e refugos a
para confinar o ação de condições
serem tratados em
lixo no menor climáticas
outras instalações
volume possível,
cobrindo-o com uma Apresenta risco
Simplicidade
camada de terra de contaminação
e flexibilidade
ao fim do trabalho, do solo e da água
operacional
diariamente. (NBR subterrânea
8.419/1992).

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 24


Método Descrição Vantagens Desvantagens Tipos de resíduos
Aterro industrial Técnica de disposição Baixo custo Não trata os Baterias de celulares
final de resíduos em relação a resíduos; é apenas e equipamentos
sólidos perigosos ou outras opções uma forma de eletrônicos
não perigosos, que de tratamento armazenamento
Embalagens,
utiliza princípios
Simplicidade Requer áreas cada sacarias,
de engenharia para
e flexibilidade vez maiores bombonas, latas,
seu confinamento
operacional tambores vazios
seguro, sem danos A operação sofre
à saúde pública e à Pode ser utilizado ação de condições Entulho de
segurança e evitando para grande climáticas construção
a contaminação de variedade de
águas superficiais, Lodo do tratamento
resíduos
pluviais e de efluentes
subterrâneas. Apresenta poucos
Materiais com
rejeitos e refugos a
amianto
serem tratados em
outras instalações Pirotécnicos

Plástico e borracha

Resíduos de cimento
e concreto

Refratários

EPIs contaminados

Resíduo de poda
de vegetação

Serragem com óleo

Solo contaminado

Sucata metálica
Aterro de resíduos É o local de Baixo custo Não trata os Resíduos classe I –
da construção civil disposição de em relação a resíduos; é apenas inertes e resíduos
resíduos da outras opções uma forma de reutilizáveis ou
construção civil de tratamento armazenamento recicláveis como
classe A e resíduos agregados, tais
Simplicidade Requer áreas cada
inertes no solo, com como: de construção,
e flexibilidade vez maiores
emprego de técnicas demolição, reformas
operacional
de engenharia A operação sofre e reparos de
para confiná-los Apresenta poucos ação de condições pavimentação e
ao menor volume rejeitos e refugos a climáticas outras obras de
possível, sem danos serem tratados em infraestrutura
à saúde pública e ao Apresenta risco e edificação;
outras instalações
meio ambiente, de de contaminação componentes
forma a possibilitar do solo e da água cerâmicos,
o uso futuro dos subterrânea argamassa e
materiais segregados concreto; resíduos
e/ou utilização do processo de
da própria área fabricação ou
(NBR15.113/2004). demolição de peças
pré-moldadas
em concreto.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 25


Anexo 3: Obrigações e sanções legais relacionadas à geração e ao tratamento
de resíduos sólidos

Regulamentação Resumo Tarefas requeridas


Lei 12.305/2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos Elaborar o Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos
Reúne princípios, objetivos, instrumentos,
diretrizes, metas e ações com vistas à Consumidores: após uso, devem
gestão integrada dos resíduos sólidos devolver aos comerciantes ou
distribuidores os produtos e as
Estabelece o Sistema Nacional de
embalagens especificados na lei
Informações sobre a Gestão dos Resíduos
Sólidos (Sinir); o Cadastro Técnico Federal Comerciantes e distribuidores:
de Atividades Potencialmente Poluidoras devem devolver aos fabricantes
ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; ou importadores os produtos
o Sistema Nacional de Informações em e embalagens reunidos ou
Saneamento Básico (Sinisa), entre outros devolvidos pelos consumidores

Classifica os resíduos quanto à Fabricantes e importadores: devem


origem e à periculosidade dar destinação ambientalmente
adequada aos produtos e
Define o conteúdo mínimo dos planos nacional,
às embalagens recebidos,
estaduais e municipais de resíduos sólidos
assim como ao rejeito
e determina quais estabelecimentos devem
elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, assim como o seu conteúdo mínimo
Resolução CONAMA Introduz o Inventário Nacional de Apresentar ao órgão ambiental
No 313/2002 Resíduos Sólidos Industriais estadual (no Estado do Rio de
Janeiro, o Inea) informações
Estabelece quais resíduos existentes ou
sobre geração, composição,
novos devem ter controle especifico, como
armazenamento, transporte e
parte integrante da licença ambiental
disposição final de resíduos sólidos
Os tipos de indústrias listados devem apresentar
ao órgão ambiental estadual informações
sobre geração, composição, armazenamento,
transporte e disposição final de resíduos sólidos
Lei 4.191/2003 Dispõe sobre a Política Estadual Licenciar todas as etapas
de Resíduos Sólidos do gerenciamento de
resíduos junto ao Inea
Estabelece procedimentos, normas e critérios
referentes a geração, acondicionamento, Afixar, na entrada da empresa, placa
armazenamento, coleta, transporte, indicativa dos resíduos tóxicos,
tratamento e destinação final dos resíduos perigosos e nocivos gerados, assim
sólidos no Estado do Rio de Janeiro como sua forma de gerenciamento

Proíbe o lançamento e a disposição de resíduos a


céu aberto, em mananciais, em corpos hídricos,
infiltração no solo sem licença, queima ao
ar livre ou em instalações não licenciadas
Lei 6.362/2012 Estabelece normas suplementares sobre Atentar para a destinação
o gerenciamento estadual para disposição correta de resíduos em aterros
final ambientalmente adequada de sanitários aptos a recebê-los
resíduos sólidos em aterros sanitários

Classifica os aterros sanitários no


Estado do Rio de Janeiro

Estabelece normas operacionais


para aterros sanitários

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 26


Regulamentação Resumo Tarefas requeridas
Lei 3.007/1998 Dispõe sobre o armazenamento, Licenciar o transporte de
transporte e queima de resíduos resíduos junto ao Inea
tóxicos no Estado do Rio de Janeiro
Afixar, na entrada da empresa, placa
Compete ao gerador e aos manipuladores indicativa dos resíduos tóxicos,
secundários, em qualquer estágio, a perigosos e nocivos gerados, assim
responsabilidade pelos resíduos, de modo como sua forma de gerenciamento
que sejam processados, transportados
e manipulados em condições que não
constituam perigo imediato ou potencial
para a saúde humana, para o equilíbrio
ecológico das espécies, para o bem-
estar público e para o meio ambiente

A terceirização de serviços de coleta,


armazenamento, transporte, tratamento e
destinação final de resíduos não isenta o gerador
nem os entes terceirizados por possíveis danos
Lei 4.969/2008 Estabelece que a responsabilidade pelos Elaborar o PGRS de acordo com os
resíduos sólidos, desde sua geração até a critérios estabelecidos nesta lei
destinação final, cabe aos respectivos geradores
Fornecer informações completas
Fica estabelecida a obrigatoriedade de sobre atividades e controle do
separação e acondicionamento do lixo a manuseio dos resíduos sólidos
que se referem os incisos I e IX do art. 7o
Estabelecer a coleta seletiva
da Lei Municipal 3.273, de 6 de setembro
de 2001, no local de sua produção, em Garantir a segurança e destinação
sacos de cores distintas, determinadas correta dos resíduos gerados
pelo órgão ou entidade municipal
competente, conforme o tipo de resíduo Criar e manter postos de coleta
dos resíduos sólidos reversos sob
Proíbe o lançamento de resíduos in natura sua responsabilidade e receber,
a céu aberto e a queima a céu aberto em acondicionar e armazenar
equipamentos não licenciados para tal finalidade de forma ambientalmente
segura estes resíduos
Estabelece normas para resíduos sólidos
de manuseio diferenciado: pilhas,
baterias, lâmpadas, eletroeletrônicos,
resíduos de serviço de saúde, resíduos
da construção civil, pneumáticos
inservíveis e óleo e gordura vegetais
Diretriz DZ-1310/1985 Estabelece a metodologia do Sistema Preencher, para cada resíduo gerado
de Manifesto de Resíduos Industriais e por descarte, as quatro vias do
para o controle dos resíduos industriais Sistema de Manifesto de Resíduos;
gerados no Estado do Rio de Janeiro, enviar ao Inea, após ser datada e
desde sua origem até a destinação final, assinada pelo transportador, em
como parte integrante do Sistema de até 48 horas a partir da saída de
Licenciamento de Atividades Poluidoras cada resíduo da indústria; arquivar
a 2a via, datada e assinada pelo
Estão sujeitos à vinculação ao Sistema
transportador; entregar as três
de Manifesto de Resíduos toda pessoa
últimas vias ao transportador;
física ou jurídica, de direito público ou
e obedecer rigorosamente à
privado, geradora, transportadora ou
numeração sequencial, enviando ao
receptora de resíduos industriais
Inea inclusive as vias inutilizadas

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 27


Anexo 4: Principais resíduos sólidos gerados
nos processos produtivos
Para auxiliar o fornecedor na identificação dos resíduos
gerados em seu processo produtivo e indicar melhorias em
sua destinação, o Rio 2016 realizou um levantamento no
cronograma de compras, avaliando em quais categorias este
guia de resíduos sólidos seria mais útil.

É importante ressaltar que cada uma dessas categorias tem


requisitos de sustentabilidades específicos, que precisam ser
cumpridos. Estes requisitos serão informados no Portal de
Suprimentos do Rio 2016 (http://portaldesuprimentos.rio2016.com)
e estão inseridos dentro de uma série de práticas adotadas pelo
Comitê Rio 2016 visando a contratações éticas e responsáveis.

A seguir, há duas tabelas: a primeira lista os projetos


atendidos pelo cronograma de compras Rio 2016 e os tipos de
resíduos gerados em sua produção; a segunda traz exemplos
destes resíduos, suas principais características e a destinação
mais adequada.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 28


Projetos atendidos pelo cronograma de compras e tipos de resíduos gerados

PROJETO TIPOS DE RESÍDUOS GERADOS NO PROCESSO PRODUTIVO


Aluguel de cavalos Resíduos orgânicos, corda, ferraduras e óleos lubrificantes usados e
respectivas embalagens.
Aluguel de ônibus corporativo Pneu inservível, peças inservíveis, baterias automotivas e óleos
lubrificantes usados e respectivas embalagens.
Aluguel de ônibus para operações Pneu e peças inservíveis, baterias automotivas, óleos lubrificantes usados e
respectivas embalagens.
Arena temporária Resíduos alimentares (orgânicos), revestimento solo, arquibancada
temporária, plástico, fiação elétrica, geradores, resíduos eletrônicos
(computadores, televisões, tablets, cabos de comunicação, fiação elétrica,
celulares), cola, resina, peças metálicas (parafusos, corrediças, fechaduras),
madeira, compensado e entulho.
Arquibancadas e assentos Deslizadores ou sistemas de rodas (arquibancadas temporárias), cola,
plástico e plástico-bolha, embalagens dos assentos e tire-up (abraçadeira
de nylon para lacre).
Bandeiras Tecido, corda e haste (plástico, alumínio).
Bandeiras Rio 2016 Tecido, corda e haste (plástico e alumínio).
Barreiras e cercas Produtos fora de especificação, resíduo de madeira, arame, tintas e
solventes, solo (caso seja necessário remoção), concreto e argamassa.
Cabeamento de áudio e vídeo Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
para instalações comunicação, fiação elétrica, celulares).
Carpintaria para mesas Resíduos de madeira, cola e peças metálicas (parafusos, corrediças,
de comentaristas fechaduras).
Cobertura temporária de piso Cola, entulho e madeira.
(decks & trackways)
Coleta de resíduos e serviços Luvas descartáveis, EPIs usados e outros resíduos contaminados com
e materiais de limpeza óleos e produtos químicos, embalagens de materiais de limpeza e sacolas
plásticas.
Combustíveis Óleos lubrificantes usados e respectivas embalagens e materiais
(bombonas, tambores ou panos) contaminados com óleo.
Combustíveis Rio 2016 Óleos lubrificantes usados e respectivas embalagens e materiais
(bombonas, tambores ou panos) contaminados com óleo.
Computadores e tablets Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
comunicação, fiação elétrica, celulares).

Comunicação visual Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de


(produção de material) comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), cartuchos e toners usados, latas de
tintas/verniz, lâmpadas fluorescentes.
Comunicação visual – Papel e papelão (caixas em geral).
Aros, Agitos e esculturas
Consultoria agronômica para Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
montagem do campo de jogo comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 29


PROJETO TIPOS DE RESÍDUOS GERADOS NO PROCESSO PRODUTIVO
Consultoria de Look of the Games Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).
Consultoria para assistência no Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
desenvolvimento de guias de comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
planejamento e coordenação – CAW papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).
Consultoria para design e Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
desenvolvimento de produtos comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão, embalagens
licenciados plásticas (embalagens PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta,
tampas, embalagens de produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal
(latinhas de alumínio, embalagens de metal não contaminadas), resíduo
comum não reciclável, cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e
resíduos alimentares (orgânicos).
Consultoria para iluminação Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
cenográfica comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).
Consultoria para projetos especiais Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
e workshops – LOK comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos / sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).
Consultoria para segurança Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
e saúde ocupacional comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 30


PROJETO TIPOS DE RESÍDUOS GERADOS NO PROCESSO PRODUTIVO
Consultoria para workshop de Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
Look of the Games comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).
Consultoria técnica para Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
desenvolvimento das medalhas comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável,
cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes e resíduos alimentares
(orgânicos).
Contratação de motoristas Papel e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho, papel de fax,
e assistentes folhas de caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral – ondulado),
resíduo comum não reciclável, cartuchos e toners usados e resíduos
alimentares (orgânicos).
Decoração com flores Resíduos orgânicos (flores e folhas) e resíduos plásticos.
Desenvolvimento de projeto Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
de sinalização visual (resíduos comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
de escritório) papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), latas de metal (latinhas de alumínio,
embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não reciclável
(cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes) e resíduos alimentares
(orgânicos).
Divisórias esportivas Resíduos de madeira e compensado, peças metálicas (parafusos, pregos,
corrediças) e plástico
EPI e equipamentos de segurança Protetores auriculares, botas, máscaras respiratórias, capacetes,
macacões, cintos de segurança e cinturões, luvas e óculos protetores
não contaminados e materiais (EPIs, bombonas, tambores ou panos)
contaminados com óleo ou produtos químicos e tóxicos.

Equipamento de exibição Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de


comunicação, fiação elétrica, celulares) e lâmpadas fluorescentes.
Equipamento de ginástica artística, Plástico, madeira e entulho.
rítmica e de trampolim
Equipamento de recreação Papel e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho, papel de fax,
folhas de caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral – ondulado),
embalagens plásticas (embalagens PET, canos e tubos de PVC, caneta
sem tinta, tampas, embalagens de produtos de limpeza, sacos/sacolas) e
plástico.
Estruturas de pódios Madeira, peças metálicas (parafusos, corrediças), plástico, fitas adesivas e
tinta.
Fabricação da tocha Metal (alumínio) e madeira.
Geradores & HVAC Fiação elétrica, gases e fluidos refrigerantes, cilindros de gases e fluidos
refrigerantes, resíduos eletrônicos (fiação elétrica, cabos, painéis de
distribuição), pilhas e baterias.
Lixeiras Sacolas plásticas.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 31


PROJETO TIPOS DE RESÍDUOS GERADOS NO PROCESSO PRODUTIVO
Marcenaria para competições Resíduos de madeira e compensado, cola, peças metálicas (parafusos,
esportivas corrediças, fechaduras) e material utilizado para pintura (tintas e solventes).
Medalhas e diplomas Papel e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho, papel de fax,
folhas de caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral – ondulado),
cartuchos e toners usados, solventes utilizados para diluição de tintas e
procedimentos de limpeza, latas de tintas/verniz e metais (alumínio, prata,
bronze e ouro).
Mobiliário Plástico, entulho, etiqueta adesiva, papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), carpete, cola, peças metálicas
(parafusos, corrediças, fechaduras), produtos fora de especificação, adesivo
e madeira.
Obras para acomodações Concreto e argamassa, rochas, blocos cerâmicos, solo e areia, resinas
e colas, metais, vidro, aparas de tubulação e plásticos utilizados para
embalar insumos, fiação elétrica, tintas e solventes, resíduo de madeira
e compensado, plástico, óleos lubrificantes usados no maquinário e
respectivas embalagens, entulho e resíduos alimentares (orgânicos).
Obstáculos hipismo CCE Embalagens (papelão), plástico, madeira, peças metálicas (parafusos,
corrediças, pregos) e material utilizado para pintura (tintas e solventes).
Obstáculos hipismo saltos Embalagens (papelão), plástico, madeira, peças metálicas (parafusos,
corrediças, pregos) e material utilizado para pintura (tintas e solventes).
Operador logístico para cavalos Resíduos alimentares (orgânicos) e óleos lubrificantes usados e respectivas
embalagens.
Piscinas temporárias Tanque, reservatório ou piscina temporária e tubulações, efluente líquido,
arquibancadas temporárias, pedaços de azulejo inservíveis, estruturas
metálicas, embalagens plásticas (embalagens PET, canos e tubos de PVC,
caneta sem tinta, tampas, embalagens de produtos de limpeza, sacos/
sacolas) e resíduo comum não reciclável.
Piso areia Óleos lubrificantes usados para transporte e respectivas embalagens.
Piso gramado Resíduo orgânico (terra, grama), embalagem de fertilizantes e adubos, óleos
lubrificantes usados e respectivas embalagens.

Pisos esportivos Produtos fora de especificação, cola, entulho, grama, areia e borracha.
Pódio para competições esportivas Resíduo de madeira, fita-adesiva, piso de borracha inservível e carpete.
Produção e instalação de Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
Look of the Games comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), lâmpadas fluorescentes, retalho,
tintas, efluentes têxteis e resíduo sólido da ETE.
Projeto de segurança de TI Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
(resíduos de escritório) comunicação, fiação elétrica, celulares), papel e papelão (jornais e revistas,
papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes,
cartolinas, caixas em geral – ondulado), latas de metal (latinhas de
alumínio, embalagens de metal não contaminadas), resíduo comum não
reciclável (cartuchos e toners usados, lâmpadas fluorescentes) e resíduos
alimentares (orgânicos).
Proteção especial de arquibancadas Plástico, nylon e peças metálicas (parafusos, pregos).
Quimonos, DOBOK e outras Retalho.
vestimentas para esportes de
combate

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 32


PROJETO TIPOS DE RESÍDUOS GERADOS NO PROCESSO PRODUTIVO
Reprografia (Games times) Efluentes contendo resíduos de reveladores, fixadores e prata, latas de
tintas/verniz, filmes revelados, papel e papelão (jornais e revistas, papel
sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, envelopes, cartolinas,
caixas em geral – ondulado), solventes utilizados para diluição de tintas e
procedimentos de limpeza, lâmpadas fluorescentes e telas utilizadas para
obtenção de formas.
Retrofit – Vila dos atletas Produtos fora de especificação, plástico, embalagens (papelão), fiação
elétrica, lâmpadas fluorescentes, madeira (mobiliário inservível) e entulho.
Serviço e material de gráfica Resíduos eletrônicos (computadores, televisões, tablets, cabos de
comunicação, fiação elétrica), cartucho usado e toner, efluentes contendo
resíduos de reveladores, fixadores e prata, latas de tintas/verniz, filmes
revelados, papel e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho,
papel de fax, folhas de caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral –
ondulado), solventes utilizados para diluição de tintas e procedimentos de
limpeza, lâmpadas fluorescentes e telas utilizadas para obtenção de formas.
Serviços de alimentação Resíduos alimentares (orgânicos), embalagens plásticas (embalagens
PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas, embalagens de
produtos de limpeza, sacos/sacolas), copos e talheres descartáveis ou
comportáveis, latas de metal (latinhas de alumínio, embalagens de metal
não contaminadas), guardanapos usados, garrafas de vidro, óleo de cozinha
usado, isopor inservível, luvas descartáveis.
Serviços de construção e carpintaria Concreto e argamassa, blocos cerâmicos, solo e areia, rochas, resinas e
colas, metais, vidro, aparas de tubulação e plásticos utilizados para embalar
insumos, fiação elétrica, tinta, resíduo de madeira e compensado, plástico,
óleos lubrificantes usados no maquinário e respectivas embalagens,
entulho e peças metálicas (parafusos, corrediças, fechaduras).
Serviços de segurança Resíduos alimentares (orgânicos), copos e talheres descartáveis,
pilhas e baterias.
Sinalização – materiais diversos Placas em alumínio, placas em adesivo, placas em plástico (PVC/vinil), papel
e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de
caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens
plásticas (embalagens PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas,
embalagens de produtos de limpeza, sacos/sacolas), cones, lona vinílica
(banners), madeira (cavalete) e tintas.

Sinalização Rio 2016 Placas em alumínio, placas em adesivo, placas em plástico (PVC/vinil), papel
e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de
caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral – ondulado), embalagens
plásticas (embalagens PET, canos e tubos de PVC, caneta sem tinta, tampas,
embalagens de produtos de limpeza, sacos/sacolas), cones, banners
madeira (cavalete), tintas, solventes e etiqueta adesiva.
Sinalizações de emergência Artigos pirotécnicos, lâmpadas fluorescentes, sinalizador de neon,
pilhas e baterias.
Sinalizações funcionais Placas, papel e papelão, adesivos, plástico, lâmpadas fluorescentes,
cones, banners, madeira (cavalete), solventes utilizados para diluição
de tintas e procedimentos de limpeza e latas de tintas.
Sistemas de ingressos e call centre Papel e papelão (jornais e revistas, papel sulfite/rascunho, papel de fax,
(software para criação) folhas de caderno, envelopes, cartolinas, caixas em geral – ondulado).
Tendas Tecidos (lona), plástico, estrutura da tenda (bambu, alumínio ou aço),
parafusos, pregos, dobradiças, acrílico e resíduos orgânicos
(resíduos alimentares).
Uniformes Retalho.
Uniformes de repórteres e fotógrafos Retalho.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 33


Exemplos de resíduos, principais características e destinação recomendada

TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO


Acrílico Reutilizável. Desmontar a estrutura e
acondicionar os materiais para
futura reutilização ou devolução ao
fornecedor.

Caso não seja possível reutilizar,


enviar para aterro sanitário.
Aparas de tubulação e plásticos Recicláveis quando não Separar e acondicionar
utilizados para embalar insumos contaminados por resíduos corretamente.
perigosos.
Enviar para cooperativa.
Arame Reciclável. Desmontar a estrutura e
acondicionar os materiais para
futura reutilização ou devolução ao
fornecedor.

Caso não seja possível reutilizar,


enviar os materiais para cooperativa
para reciclagem.
Areia Reutilizável. Segregar corretamente e reutilizar.
Artigos pirotécnicos Resíduos não recicláveis. Devolver ao fabricante.

Destruir os explosivos de forma


controlada.
Baterias automotivas As baterias automotivas são De acordo com a PNRS, os
compostas por placas de chumbo, revendedores e fabricantes
separadores e solução de ácido são responsáveis pela coleta e
sulfúrico, por isso podem apresentar destinação destes resíduos.
características toxicas se forem
Separar e acondicionar
mal gerenciadas. Portanto, são
corretamente.
classificadas como resíduo classe I –
perigoso. Entregar as baterias em locais de
coleta ou pontos de recebimento
instituídos.

As baterias podem ser reprocessadas


e recicladas. Solicitar documento de
comprovação da destinação.
Borracha Resíduo reciclável. Segregar corretamente e reutilizar
ou enviar para reciclagem.
Carpete Resíduo não reciclável. Restaurar e reutilizar quando
possível.

Caso o material esteja inservível,


deve ser enviado para cooperativa ou
destinado em aterro sanitário.
Cartuchos e toners usados Cartuchos e toners de impressão Separar e acondicionar
apresentam componentes de corretamente.
plástico, metal e tinta, e são
Devolver ao fabricante.
fabricados a partir de resinas,
pigmentos e solventes tóxicos. Recarregar / recondicionar.
Cilindros de gases e fluidos Estes cilindros podem ser Acondicionar corretamente os
refrigerantes recarregados ou trocados por cilindros e devolver ao fabricante
cilindros cheios. para recarga.
Cola Resíduo não reciclável Enviar a aterro sanitário.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 34


TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO
Concreto e argamassa Classificado como agregado: Separar e acondicionar
material granular, proveniente de corretamente.
beneficiamento de RCC de natureza
Reutilizar ou reciclar na forma de
mineral, classe A, com características
agregados ou encaminhar a aterros
adequadas para aplicação em obras,
de RCC.
conforme especificações da NBR
15.116/2004.
Cones Cones de sinalização de polietileno. Reutilizar ou devolver ao fornecedor.
Copos e talheres descartáveis ou Recicláveis ou compostáveis. Separar e acondicionar
compostáveis corretamente.

Enviar para cooperativa ou


compostagem.
Corda Reutilizável. Reutilizar ou reciclar.
Deslizadores ou sistemas de rodas Podem ser reutilizados em outras Desmontar corretamente.
(arquibancadas temporárias) estruturas.
Devolver ao fornecedor para
reaproveitamento.
Efluentes contendo resíduos de A prata presente nos banhos Se o efluente estiver dentro
reveladores, fixadores e prata deve ser removida por processos das restrições legais quanto à
físico-químicos, pois, apesar de seu concentração de substâncias e
valor econômico, tem potencial outros parâmetros estabelecidos
contaminante. pela NT-202 R-10 (INEA), ele pode
ser destinado na rede coletora de
esgotos.

Caso o efluente não se enquadre nos


parâmetros estabelecidos, ele deve
passar por tratamento biológico,
físico ou químico em uma estação de
tratamento de efluentes (ETEs).
Embalagens de materiais de limpeza Recicláveis quando limpas e Separar e acondicionar
separadas. corretamente.

Enviar para cooperativa.

Quando sujas, enviar a aterro


sanitário.
Embalagens dos assentos Recicláveis (normalmente papelão). Separar e acondicionar
corretamente.

Enviar para cooperativa.


Embalagens plásticas (embalagens Recicláveis quando limpas e Separar e acondicionar
PET, canos e tubos de PVC, caneta separadas. corretamente.
sem tinta, tampas, embalagens de
Enviar para cooperativa.
produtos de limpeza, sacos/sacolas)
Quando sujas, enviar a aterro
sanitário.
Entulho Resíduos de construção. Separar e acondicionar
corretamente.

Classificar os resíduos conforme


suas características de acordo com a
CONAMA 307 nas classes A, B, C e D.

Enviar para cooperativa os resíduos


recicláveis (classes A e B).

Despejar nas áreas de transbordo e


triagem os resíduos classes C e D.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 35


TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO
Estrutura da tenda Reutilizável. Desmontar a estrutura e
(bambu, alumínio ou aço) acondicionar o alumínio para
futura reutilização ou devolução ao
fornecedor.

Caso não seja possível reutilizar,


enviar o alumínio para cooperativa
para reciclagem.
Etiqueta adesiva Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Ferraduras Reciclável (podem ser feitas de Separar e acondicionar
alumínio, poliuretano ou aço). corretamente.

Enviar para cooperativa conforme


seu material.
Fiação elétrica Classificados como resíduos de Devolver ao fornecedor.
construção civil.
Enviar a aterro de resíduos sólidos da
construção civil.
Filmes revelados Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Fita-adesiva Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Garrafas de vidro Recicláveis. Separar e acondicionar
corretamente.

Reutilizar ou enviar para cooperativa.


Gases e fluidos refrigerantes Os fluidos refrigerantes apresentam Recuperar o fluido e acondicionar
grande potencial de aquecimento corretamente.
global, portanto não podem
Destinar o fluido para central de
ser liberados na atmosfera.
regeneração ou ponto de coleta.
É fundamental que o fluido
refrigerante seja recolhido em
equipamento adequado e destinado
corretamente.
Grama Resíduo compostável. Segregar e enviar para compostagem
ou aterro sanitário.
Guardanapos usados Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Haste (plástico, alumínio) Reciclável. Desmontar a estrutura e
acondicionar os materiais para
futura reutilização ou devolução ao
fornecedor.

Caso não seja possível reutilizar,


enviar para cooperativa para
reciclagem.
Isopor inservível Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Lâmpadas fluorescentes Não oferecem riscos quando Separar e acondicionar corretamente
intactas, mas, se rompidas, o (a lâmpada usada deve ser embalada,
mercúrio presente em seu interior se possível com a embalagem da
pode contaminar o ambiente. nova unidade). De acordo com a
Portanto, não podem ser PNRS, os revendedores e fabricantes
depositadas em lixeiras comuns. são responsáveis pela coleta e
destinação deste resíduo.

As lâmpadas devem ser


descontaminadas e seus resíduos,
reciclados.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 36


TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO
Latas de metal (latinhas de Recicláveis. Separar e acondicionar
alumínio, embalagens de metal não corretamente.
contaminadas)
Enviar para cooperativa
Latas de tintas/verniz Grande parte das tintas usadas Separar e acondicionar
na indústria gráfica apresenta corretamente.
pequenas quantidades de metais
Esgotar sobras em folhas de jornal ou
pesados em sua composição, que
restos de madeira.
podem ser nocivos ao ambiente e
à saúde humana. Portanto, as latas Encaminhar latas de tinta a seco para
não devem ser destinadas à coleta uma área de transbordo e triagem
municipal de lixo. (ATT) ou para reciclagem. Se isto não
for possível, as latas usadas podem
ser enviadas a aterro industrial.
Lona vinílica (banners) Grandes cartazes informativos. Reutilizar (empresas especializadas),
devolver ao fornecedor ou
cooperativas.
Luvas descartáveis Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Luvas descartáveis, EPIs usados e Resíduo contaminado, classificado Separar e acondicionar
outros resíduos contaminados com como perigoso (classe I), corretamente.
óleos e produtos químicos portanto deve ser devidamente
Se possível, encaminhar para
segregado e destinado. Quando
coprocessamento. Se não, para
não contaminados, podem ser
incineração ou aterro industrial.
considerados resíduos comuns.
Quando não contaminados:
higienizar e reutilizar os
equipamentos que estiverem
próprios para uso. Equipamentos
impróprios para uso e não
contaminados: armazenar como
resíduo comum e enviar a aterros
sanitários ou, caso seja possível
reciclar, para cooperativas.
Madeira (cavalete) Cavalete de sinalização de madeira. Reutilizar ou devolver ao fornecedor.
Materiais (bombonas, tambores ou Estes materiais são considerados Separar e acondicionar corretamente
panos) contaminados com óleo resíduos perigosos. em embalagem identificada.

Descontaminar, recondicionar e
reutilizar as bombonas e tambores.

Caso não seja possível, enviar os


resíduos contaminados para aterro
classe I.
Óleo de cozinha usado Se descartado em pias e ralos, pode O resíduo deve ser devidamente
entupir tubulações e causar poluição identificado e armazenado em
hídrica recipiente com tampa, para evitar
vazamento.

Em seguida, deve ser entregue em


ponto de coleta ou cooperativa

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 37


TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO
Óleos lubrificantes usados e O óleo usado de base mineral não Óleos usados: separar e acondicionar
respectivas embalagens é biodegradável e seu manuseio corretamente em tambores sobre
incorreto pode acarretar riscos ao bacia de contenção e local livre de
meio ambiente (contaminação da intempéries.
água) e à saúde humana (irritação
Embalagens: esgotar o óleo
nas vias respiratórias, na pele e
lubrificante residual. Separar e
nos olhos). As embalagens de óleo
acondicionar corretamente.
também são consideradas resíduos
perigosos. De acordo com a PNRS, os
revendedores e fabricantes
são responsáveis pela coleta e
destinação destes resíduos.

Os óleos podem ser enviados a novo


refino, co-processamento ou aterro
classe I.

As embalagens podem ser


descontaminadas, recondicionadas e
reutilizadas.
Papel e papelão (jornais e revistas, Reciclável quando limpo e separado. Separar e acondicionar
papel sulfite/rascunho, papel de corretamente.
fax, folhas de caderno, envelopes,
Enviar para cooperativa.
cartolinas, caixas em geral –
ondulado)
Parafusos, pregos, dobradiças Reutilizável. Desmontar a estrutura e
acondicionar os materiais para
futura reutilização ou devolução ao
fornecedor.

Caso não seja possível reutilizar,


enviar para cooperativa para
reciclagem.
Peças inservíveis Exemplos: rodas de ferro, borrachas Separar e acondicionar corretamente
diversas, tambores, fiscos de freio, as peças de acordo com suas
plástico etc. características.

Enviar peças recicláveis a


cooperativas (rodas de ferro,
embalagens plásticas, borrachas).

Enviar resíduos não recicláveis a


aterro sanitário ou, caso estejam
contaminados com óleo, a aterro
industrial.
Pedaços de azulejo inservíveis Resíduo não reciclável. Enviar para aterro sanitário.
Piso de borracha inservível Reciclável. Separar e acondicionar
corretamente.

Placas em adesivo Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.

Placas em alumínio Reciclável. Separar e acondicionar


corretamente.

Reutilizar ou enviar para cooperativa.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 38


TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO
Placas em plástico (PVC - vinil) Reciclável. Separar e acondicionar
corretamente.

Reutilizar ou enviar para cooperativa.


Plástico e plástico-bolha Recicláveis. Separar e acondicionar
corretamente.

Enviar para cooperativa.


Pneu inservível Resíduo com potencial de causar Segregar e acondicionar
danos ao meio ambiente e à saúde corretamente em local coberto e
pública, pois a borracha vulcanizada seco e distante de derivados de
(principal matéria prima) é de difícil petróleo.
degradação.
De acordo com a PNRS, os
revendedores e fabricantes
são responsáveis pela coleta e
destinação deste resíduo.

Os pneus podem ser incorporados


na massa asfáltica de pavimentos;
pirolisados com xisto betuminoso;
coprocessados em forno de
cimenteiras; ou desvulcanizados
(borracha).
Produtos fora de especificação Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
Resíduo comum não reciclável Resíduos não recicláveis. Aterro sanitário ou industrial.
Resíduo de madeira Reciclável quando não contaminado. Segregar conforme tipo e dimensão.

Reutilizar quando possível.

Enviar as partes não reutilizáveis


para cooperativas de reciclagem ou
utilizar no abastecimento de caldeira
e nas usinas de biomassa, para
aproveitamento de energia.
Resíduos alimentares (orgânicos) Resíduos biodegradáveis. Deve ser enviado preferencialmente
para compostagem e, quando
isto não for possível, para aterro
sanitário.
Resíduos eletrônicos (computadores, Quando descartado junto ao lixo De acordo com a PNRS, os
televisões, tablets, cabos de comum, o resíduo eletrônico pode revendedores e fabricantes
comunicação, fiação elétrica, ser indevidamente incinerado para são responsáveis pela coleta e
celulares) obtenção de materiais como ouro e destinação deste resíduo.
cobre, o que prejudicaria o ambiente
Os resíduos eletrônicos devem seguir
devido à liberação de gases tóxicos.
a seguinte hierarquia de destinação:
reutilização, reciclagem ou aterro
industrial.
Sacolas plásticas Recicláveis quando limpas e Separar e acondicionar
separadas. corretamente.

Enviar para cooperativa.


Sinalizador de neon Não oferecem riscos quando Separar e acondicionar corretamente
intactos, mas, se rompidos, o gás (dentro de sacolas plásticas
em seu interior pode ser prejudicial fechadas).
ao meio ambiente. Portanto, estes
Os sinalizadores devem ser
resíduos não devem ser depositados
descontaminados e seus resíduos,
em lixeiras comuns.
reciclados.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 39


TIPOS DE RESÍDUOS PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS PROPOSTA DE GESTÃO
Solventes utilizados para diluição de Geralmente, estes solventes são Guardar sobras de solventes em
tintas e procedimentos de limpeza derivados do petróleo e, se forem recipientes bem fechados, para
indevidamente destinados, podem reutilização, ou enviá-los para
gerar danos à saúde humana e ao empresas especializadas em
meio ambiente. recuperação ou incineração.
Tanque, reservatório ou piscina Reutilizáveis. Desmontar estruturas e devolver
temporária e tubulações ao fornecedor.
Telas utilizadas para obtenção Resíduo não reciclável. Enviar a aterro sanitário.
de formas
Tintas Apresentam componentes Acondicionar corretamente.
tóxicos em sua composição, como
Reutilizar quando possível.
pigmentos e solventes, portanto são
consideradas resíduos perigosos e Retornar ao fornecedor quando
devem ser devidamente destinadas. possível.

Enviar a aterro classe I.


Tire-up (abraçadeira de nylon Nylon é uma fibra sintética obtida Enviar a aterro sanitário.
para lacre) através de combinações químicas.
Vidro rojetos atendidos pelo Recicláveis quando limpos e Separar e acondicionar
cronograma de compras e tipos de segregados. corretamente.
resíduos gerados
Vidros não recicláveis: espelhos e Enviar para cooperativa.
vidros temperados planos.
Enviar os vidros não recicláveis para
aterro sanitário.

Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos — maio 2014 40


imagem da capa: © Getty Images
5.2014

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Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016

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