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Aula Prática 2:

Decomposição de forças
Força de atrito

28/04/2010 Fernando Antonio Machado


Gabriela Fernanda Silva
Alunos: Gabriela Batista Gomes
João Luiz Botega Nogari
Valéria Maria Fulaneto

Experimento 1 - DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS

 Objetivos
Analisar o efeito da variação de ângulo e massa sobre um sistema e calcular todas as
forças atuantes envolvidas neste.

 Descrição
Nesse experimento, analisamos as forças atuantes sobre um pequeno carrinho de
41,68g de massa, preso a um dinanômetro de 2N e apoiado a um plano inclinado 20°.
Aumentamos o valor da massa do carrinho primeiramente em mais 49,85g e depois
adicionamos 50,30g a esse valor resultante de massa. A seguir, variamos o ângulo para
30° e 55° para cada massa. Medimos a força com o auxílio do dinanômetro e depois
calculamos novamente esta força pela fórmula Fd = m.g.sen(α), então, comparamos os
resultados e determinamos o erro relativo.

 Resultados
Ângulo 20 Fd Medido Fd Calculado Erro Relativo
-3 100. 0,06−0,14
M1 41,68 0,06 41,68 x 10 x 9,8 x sen(20) = 0,14 = 133,3%
0,06
-3 100. 0,25−0,31
M2 91,53 0,25 91,53 x 10 x 9,8 x sen(20) = 0,31 = 24,0%
0,25
-3 100. 0,45−0,48
M3 141,83 0,45 141,83 x 10 x 9,8 x sen(20) = 0,48 = 6,7%
0,45

Ângulo 30 Fd Medido Fd Calculado Erro Relativo


-3 100. 0,22−0,20
M1 41,68 0,22 41,68 x 10 x 9,8 x sen(30) = 0,20 = 9,0%
0,22
-3 100. 0,47−0,45
M2 91,53 0,47 91,53 x 10 x 9,8 x sen(30) = 0,45 = 4,3%
0,47
-3 100. 0,80−0,69
M3 141,83 0,80 141,83 x 10 x 9,8 x sen(30) = 0,69 = 13,8%
0,80

Ângulo 55 Fd Medido Fd Calculado Erro Relativo


-3 100. 0,28−0,33
M1 41,68 0,28 41,68 x 10 x 9,8 x sen(55) = 0,33 = 17,9%
0,28
-3 100. 0,68−0,73
M2 91,53 0,68 91,53 x 10 x 9,8 x sen(55) = 0,73 = 7,4%
0,68
-3 100. 1,80−1,14
M3 141,83 1,80 141,83 x 10 x 9,8 x sen(55) = 1,14 = 36,7%
1,80
Fd-W x = m.a η-W y = m.a W x = Fd
Fd-W x = 0 η-W y = 0 Fd = m.g.sen(α)
Fd = W x η = Wy Wy = η
Fd = m.ax η = m.ax η = m.g.cos(α)
Fd = m.g.sen(α) η = m.g.cos(α) W=P

Experimento 2 - DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO ESTÁTICO

 Objetivos
Determinar o coeficiente de atrito estático entre duas superfícies diferentes e analisar
a relação entre: coeficiente de atrito, tamanho da superfície de contato e massa de um
bloco e a influência destes na força de atrito estático.

 Descrição
Sob uma superfície plana de PVC e com o auxilio de um dinanômetro de 2N,
definimos o valor da força necessária para superar o atrito estático e gerar movimento,
medindo com o dinanômetro o valor da força no momento exato em que o bloco de
318,70g começava a se mover e, logo depois, medimos também o de 253,92g, obtendo
assim os valores para duas superfícies diferentes.

 Resultados

O coeficiente de atrito não mudaria se o bloco fosse colocado com uma menor
superfície em contato, pois 𝑓𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝜂, ou seja, a força de atrito estático é igual ao
produto da força normal aplicada ao bloco pelo coeficiente de atrito estático, variando
com o peso do bloco e o tipo de superfície (valor do coeficiente de atrito), mas não com o
tamanho desta.
Se for colocado mais um bloco sobre o primeiro, a força de atrito aumentará e o
coeficiente de atrito permanecerá o mesmo, pois em 𝑓𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝜂, 𝜇𝑒 (coeficiente de atrito
estático) é constante e η (força normal) é variável.
Tabela 1
Superfície lisa do bloco de 318,70g
Nº 𝑓𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝜂 𝑥𝑖 − 𝑥 2
1 1,40 0,0013
2 1,40 0,0013
3 1,40 0,0013
4 1,42 0,0003
5 1,50 0,0041
6 1,46 0,0006
7 1,42 0,0003
8 1,48 0,0019
9 1,42 0,0003
10 1,46 0,0006
1 𝑁 1 10 2
Fe média (𝑥 ) = 𝑖=1 𝑥𝑖 14,36 = 1,44 𝑖=1 𝑥𝑖 − 𝑥 = 0,0118
𝑁 10

1 𝑁 1
Desvio Padrão (Dx) = 𝑖=1 (𝑥𝑖 − 𝑥 )² 0,0118 = 0,04
𝑁−1 9
𝑥 ± 𝜎𝑥 = 1,44 ± 0,01
𝐷𝑥 0,04
Erro Padrão (𝜎𝑥 ) = = 0,01
𝑁 10

Tabela 2
Superfície emborrachada do bloco de 253,92g
Nº 𝑓𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝜂 𝑥𝑖 − 𝑥 2
1 2,10 0,0001
2 2,10 0,0001
3 2,12 0,0009
4 2,08 0,0001
5 2,06 0,0009
6 2,12 0,0009
7 2,08 0,0001
8 2,10 0,0001
9 2,08 0,0001
10 2,06 0,0009
1 𝑁 1 10 2
Fe média (𝑥 ) = 𝑖=1 𝑥𝑖 20,09 = 2,09 𝑖=1 𝑥𝑖 − 𝑥 = 0,0042
𝑁 10

1 𝑁 1
Desvio Padrão (Dx) = 𝑖=1 (𝑥𝑖 − 𝑥 )² 0,0042 = 0,02
𝑁−1 9
𝑥 ± 𝜎𝑥 = 2,09 ± 0,01
𝐷𝑥 0,02
Erro Padrão (𝜎𝑥 ) = = 0,01
𝑁 10

O coeficiente de atrito estático (𝜇𝑒 ) pode ser obtido em:

𝑓𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝜂
𝑓𝑒
𝜇𝑒 =
𝜂
𝑓𝑒
𝜇𝑒 =
𝑚 .𝑔
1,44 ± 0,01 1,44 ± 0,01
Superfície lisa: 𝜇𝑒 = =
318,70.10 −3 .9,8 3,12326
Havendo uma medida que contenha uma taxa de erro, é necessário um cálculo
específico para evitar a propagação do erro:
𝑥 ±𝜎𝑥 𝑥 𝜎𝑥 2 𝜎𝑦 2
𝑅𝑇 = = 𝑅 ± 𝜎𝑅 , onde 𝑅 = e 𝜎𝑅 = 𝑅 +
𝑦 ±𝜎𝑦 𝑦 𝑥 𝑦
1,44 ± 0,01
𝑅𝑇 =
3,12326
𝑥 1,44
𝑅= = = 0,46
𝑦 3,12326
2 2
𝜎𝑥 2 𝜎𝑦 0,01
𝜎𝑅 = 𝑅 + = 0,46 + 0 = 0,003 = "0"
𝑥 𝑦 1,44
𝑅𝑇 = 𝑅 ± 𝜎𝑅 = 0,46
Logo, 𝝁𝒆 da superfície lisa é 0,46±0.
2,09±0,01 2,09±0,01
Superfície emborrachada: 𝜇𝑒 = =
253,92.10−3 .9,8 2,488416
Havendo uma medida que contenha uma taxa de erro, é necessário um cálculo
específico para evitar a propagação do erro:
𝑥 ±𝜎𝑥 𝑥 𝜎𝑥 2 𝜎𝑦 2
𝑅𝑇 = = 𝑅 ± 𝜎𝑅 , onde 𝑅 = e 𝜎𝑅 = 𝑅 +
𝑦 ±𝜎𝑦 𝑦 𝑥 𝑦
2,09 ± 0,01
𝑅𝑇 =
2,488416
𝑥 2,09
𝑅= = = 0,84
𝑦 2,488416
2 2
𝜎𝑥 2 𝜎𝑦 0,01
𝜎𝑅 = 𝑅 + = 0,84 + 0 = 0,004 = "0"
𝑥 𝑦 2,09
𝑅𝑇 = 𝑅 ± 𝜎𝑅 = 0,84
Logo, 𝛍𝐞 da superfície emborrachada é 0,84±0.

Experimento 3 - DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO ESTÁTICO

 Objetivos
Determinar o ângulo em que a caixa começa a “escorregar”, definir se há alguma
relação entre diversos pesos e respectivos ângulos e determinar o coeficiente de atrito
estático.

 Descrição
Sob uma rampa de plano inclinado, definimos o ângulo em que o bloco de 253,92g de
massa começa a deslizar e aumentamos a massa desse bloco mais 318,70g, resultando
em uma massa de 572,62g, em seguida, tornamos a medir o ângulo em que ocorre o
deslizamento, dessa vez com uma massa diferente e, por fim, calculando o coeficiente
de atrito estático.
 Resultados
Tabela 3
Bloco de 253,92g
Nº ângulo (α) 𝑥𝑖 − 𝑥 2

1 40,0 0,0
2 42,0 4, 0
3 39,0 1,0
4 40,0 0, 0
5 38,0 4,0
6 41,0 1,0
7 40,0 0,0
8 41,0 1,0
9 39,0 1,0
10 40,0 0,0
1 𝑁 1 10 2
Fe média (𝑥 ) = 𝑖=1 𝑥𝑖 400 = 40,0 𝑖=1 𝑥𝑖 − 𝑥 = 12,0
𝑁 10

1 𝑁 1
Desvio Padrão (Dx) = 𝑖=1 (𝑥𝑖 − 𝑥 )² 12,0 = 1,15
𝑁−1 9
𝑥 ± 𝜎𝑥 = 40 ± 0,4
𝐷𝑥 1,15
Erro Padrão (𝜎𝑥 ) = = 0,36 = 0,4
𝑁 10

Tabela 4
Bloco de 572,62g
Nº ângulo (α) 𝑥𝑖 − 𝑥 2

1 45,0 0,01
2 46,0 1,21
3 44,0 0,81
4 45,0 0,01
5 45,0 0,01
6 46,0 1,21
7 44,0 0,81
8 43,0 3,61
9 45,0 0,01
10 46,0 1,21
1 𝑁 1 10 2
Fe média (𝑥 ) = 𝑖=1 𝑥𝑖 449 = 44,9 = 45 𝑖=1 𝑥𝑖 − 𝑥 = 8,9
𝑁 10

1 𝑁 1
Desvio Padrão (Dx) = 𝑖=1 (𝑥𝑖 − 𝑥 )² 8,9 = 0,99
𝑁−1 9
𝑥 ± 𝜎𝑥 = 45 ± 0,3
𝐷𝑥 0,99
Erro Padrão (𝜎𝑥 ) = = 0,31 = 0,3
𝑁 10

Sabemos que não há deslocamento no plano inclinado no momento em que a


força de atrito estático é igual à W x. Então, a partir disso, podemos supor que:
𝑓𝑒 − 𝑊𝑥 = 0
𝑓𝑒 = 𝑊𝑥
𝜇𝑒 . η = m. g. sin α
𝜇𝑒 . 𝑚. 𝑔. cos 𝛼 = m. g. sin α
𝜇𝑒 = tan 𝛼
Assim, o coeficiente de atrito estático é igual à tangente do ângulo.
No caso do bloco de 253,92g, que necessita de um ângulo α = (40±0,4)º para
“deslizar”, há um erro na medida, portanto, é necessário um cálculo específico para evitar
a propagação do erro:
tan 𝛼 ± 𝜎𝛼 = 𝜇𝑒 ± 𝜎𝜇 𝑒 , onde 𝜇𝑒 = tan 𝛼 e 𝜎𝜇 𝑒 = 0,0175 . 𝜎𝛼 . sec 2 𝛼
𝜇𝑒 ± 𝜎𝜇 𝑒 = tan 40 ± 0,4
𝜇𝑒 = tan 40 ≅ 0,84
𝜎𝜇 𝑒 = 0,0175 . 0,4. sec 2 40 ≅ 0,012 = "0"
Portanto, o coeficiente de atrito estático do bloco de 253,92g é igual 0,84±0.
No caso do bloco de 572,62g, que necessita de um ângulo α = (45±0,3)º para
“deslizar”, há também um erro na medida, portanto, é necessário um cálculo específico
para evitar a propagação do erro:
tan 𝛼 ± 𝜎𝛼 = 𝜇𝑒 ± 𝜎𝜇 𝑒 , onde 𝜇𝑒 = tan 𝛼 e 𝜎𝜇 𝑒 = 0,0175 . 𝜎𝛼 . sec 2 𝛼
𝜇𝑒 ± 𝜎𝜇 𝑒 = tan 45 ± 0,3
𝜇𝑒 = tan 45 = 1
𝜎𝜇 𝑒 = 0,0175 . 0,3. sec 2 45 ≅ 0,011 = "0"
Portanto, o coeficiente de atrito estático do bloco de 572,62g é igual 1±0.

Podemos notar que, para que haja deslocamento, é necessária uma inclinação
proporcional à massa do objeto e, à medida que a massa aumenta, aumenta também a
força de atrito estático.
Sabendo-se que 𝑓𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝜂 , pode-se dizer também que,
numa superfície plana, quanto maior o peso do objeto (𝑃 =
𝜂), maior a força de atrito ( 𝑓𝑒 ), no entanto, numa superfície
com uma angulação, há influência do ângulo na intensidade
do atrito, só havendo deslocamento do objeto se:
𝑓𝑒 < 𝑊𝑥
𝜇𝑒 . η < 𝑚. 𝑔. sin α
𝜇𝑒 . 𝑚. 𝑔. cos 𝛼 < m. g. sin α
𝜇𝑒 < tan 𝛼

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