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Aula 14

Direito Constitucional p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale

04534548443 - Bruno Caio Alves


Direito Constitucional p/ AFRFB - 2016
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale
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AULA 14: DIREITO CONSTITUCIONAL

Sumário:
Finanças Públicas .......................................................................................... 1
1- Normas Gerais de Finanças Públicas:...................................................... 1
2- Orçamento Público: ................................................................................ 3
Questões Comentadas ................................................................................. 24
Lista de Questões ........................................................................................ 31
Gabarito ...................................................................................................... 34

Finanças Públicas
1- Normas Gerais de Finanças Públicas:

A Constituição Federal de 1988 reservou um Capítulo inteiro (Capítulo II do


Título VI) para tratar das “finanças públicas”. Na concepção constitucional, as
finanças públicas dizem respeito às matérias relacionadas à despesa, à
receita e ao crédito público. As normas gerais de finanças públicas estão
previstas no art. 163 e art. 164, da CF/88.

O art. 163 relaciona uma série de matérias relativas às finanças públicas que
deverão ser objeto de lei complementar. Vejamos:

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:


I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
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IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;


V - fiscalização financeira da administração pública direta e
indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de
crédito da União, resguardadas as características e condições
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

Uma dúvida que surge, a partir da leitura do art. 163, é se todas as matérias
nele relacionadas devem ser objeto de uma única lei complementar ou se,
alternativamente, é possível que várias leis complementares tratem desses
temas.

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O STF, chamado a apreciar o tema, considerou que as matérias constantes
do art. 163 podem ser reguladas por lei complementar de maneira
fragmentada. Não há necessidade de que a referida lei complementar
discipline o teor do art. 163 por inteiro (STF,ADI 2.238-MC, DJ de 06.10.2000).

O termo “finanças públicas”, ao qual se faz menção no inciso I, é bastante


abrangente. Nesse sentido, todos os demais incisos podem ser considerados
abrangidos por esse termo. Atualmente, a Lei nº 4.320/64 é que estatui
normas gerais sobre finanças públicas. Apesar de ser uma lei ordinária,
reconhece-se que ela foi recepcionada pela CF/88 com o status de lei
complementar.

O art. 164, por sua vez, trata do Banco Central. Para entender melhor esse
dispositivo, vale mencionar que é competência exclusiva da União emitir
moeda (art. 21, VII). Essa competência é exercida exclusivamente pelo Banco
Central.

Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida


exclusivamente pelo banco central.
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer
órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão
do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda
ou a taxa de juros.
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no
banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os
casos previstos em lei.

O § 1º determina que é vedado ao banco central conceder, direta ou


indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira. Antes da CF/88, o banco
central podia fazer empréstimos ao Tesouro Nacional, o que trazia fortes
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pressões inflacionários.1 Destaque-se que, ao vedar a concessão de


empréstimos ao Tesouro Nacional, a CF/88 reforçou o papel do banco central
enquanto autoridade monetária.

O § 2º estabelece que o banco central poderá comprar e vender títulos de


emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda
ou a taxa de juros (art. 163, § 2º, CF). Ao comprar títulos do Tesouro
Nacional, o banco central coloca mais dinheiro em circulação e, em
consequência, aumenta a oferta de moeda, desvalorizando-a.


!!A possibilidade de concessão de empréstimos ao Tesouro Nacional poderia fazer com
que o BACEN emitisse mais moeda quando lhe fosse solicitado. Com o aumento de
moeda em circulação no mercado, esta acaba se desvalorizando e a inflação aumenta.
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O § 3º, por sua vez, determina que as disponibilidades de caixa da União
serão depositadas no banco central. Por outro lado, as disponibilidades de
caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. O
valor subjacente a essa norma (cláusula de depósito compulsório nas
instituições financeiras oficiais) é, segundo o STF, a moralidade administrativa
(STF ADI. 2661-MC, DJ de 23.08.2002).

As disponibilidades de caixa dos Estados, DF, Municípios e


dos órgãos ou entidades públicas são depositadas em
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos
previstos em lei.

Essa ressalva abre, nesses casos, a possibilidade de que as


disponibilidades de caixa sejam depositadas em instituições
financeiras não oficiais, desde que haja previsão em lei.

Segundo o STF, esta deverá ser uma lei ordinária editada


pela União, de caráter nacional. Por isso, considera o STF
que não podem as Constituições ou as leis estaduais dispor
sobre a matéria2.

(Advogado UFC – 2014) É permitido ao banco central


conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja
instituição financeira.

Comentários:

Segundo o art. 164, § 1º, CF/88, “é vedado ao banco


central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja
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instituição financeira”. Questão errada.

2- Orçamento Público:

2.1- Os instrumentos de planejamento e orçamento na Constituição


Federal de 1988:

A Constituição Federal prevê 3 (três) importantes instrumentos de


planejamento e orçamento: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes

!STF.
ADI 2.600-MC, DJ de 25.10.2002; ADI 2.661, DJ de 23.08.2002; ADI

3.075-MC, DJ de 18.06.2004.!
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Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Trata-se das
chamadas “leis orçamentárias”, que regulam o planejamento e o orçamento
dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

O art. 165, § 9º, prevê que deverá ser editada lei complementar acerca
desses instrumentos de planejamento e orçamento. Até hoje, essa lei não foi
editada, motivo pelo qual ainda hoje é utilizada a Lei nº 4.320/64, que,
todavia, não é mais suficiente para atender às necessidades do orçamento e
planejamento governamental.

§ 9º - Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto
no § 11 do art. 166.

O Plano Plurianual (PPA) se destina ao planejamento de médio prazo do


Governo Federal. Essa lei, de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF/88)
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art.
165, § 1º, CF/88). A elaboração regionalizada do PPA busca promover o
desenvolvimento equilibrado das diversas regiões do Brasil, tendo como
fundamento, em última análise, a isonomia.

Lembre-se: o PPA está relacionado às diretrizes, objetivos e metas. As iniciais


dessas palavras formam a sigla “DOM”, que você deve memorizar!
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Destaca-se que, segundo o art. 167, § 1o, CF/88, nenhum investimento
cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade. Tem-se aqui o princípio da
plurianualidade das despesas de investimento.

A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidindo com o mandato


presidencial. É que, segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I), o início da vigência do
PPA é no segundo exercício financeiro do mandato do Chefe do Poder
Executivo; o término da vigência, por sua vez, será no fim do primeiro
exercício financeiro do mandato subsequente. Assim, o primeiro ano do
mandato presidencial tem como base o PPA elaborado por seu antecessor.

Segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I) o PPA deverá ser encaminhado pelo
Poder Executivo ao Congresso Nacional até 4 (quatro) meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o Poder Executivo deverá
encaminhar o PPA ao Congresso até 31 de agosto do primeiro exercício
financeiro. Sendo o PPA aprovado, o início de sua vigência começará no
segundo exercício financeiro do mandato presidencial.

O art. 165, § 4º, da Constituição, determina ainda que os planos e


programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados
pelo Congresso Nacional. Isso porque o PPA estabelece, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o elo entre o planejamento


estratégico (representado pelo PPA) e o operacional (representado pela
LOA). Com isso, possibilita que as diretrizes e os objetivos delimitados pelo
PPA sejam respeitados no orçamento.

De acordo com a Constituição (art. 165, § 2º), a LDO compreenderá:


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a) as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo


as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;

b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual;

c) disporá sobre as alterações na legislação tributária e;

d) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras


oficiais de fomento.

Guarde a informação: a LDO compreende as metas e prioridades da


Administração Pública. Muitas questões tentarão confundir você, trocando as
competências da LDO e do PPA.
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COMPREENDERÁ AS METAS E PRIORIDADES DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

FIXARÁ AS DESPESAS DE CAPITAL PARA O


EXERCÍCIO FINANCEIRO SUBSEQUENTE
LDO

ORIENTARÁ A ELABORAÇÃO DA LOA

DISPORÁ SOBRE AS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO


TRIBUTÁRIA

ESTABELECERÁ A POLÍTICA DE APLICAÇÃO DAS


AGÊNCIAS FINANCEIRAS OFICIAIS DE FOMENTO

A LDO tem como função, ainda, autorizar:

a) a concessão de vantagens ou aumentos de remuneração;

b) a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de


estrutura de carreiras;

c) a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos


órgãos e entidades da administração direta ou indireta.

Isso é o que se depreende a partir da leitura do art. 169, § 1º, CF/88:

Art. 169 (...) 04534548443

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de


remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades
da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela
decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades
de economia mista.

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A Lei Orçamentária Anual (LOA), por seu vez, é o orçamento
propriamente dito. Consiste em instrumento pelo qual o Poder Público realiza
a previsão de receitas e a fixação de despesas para o exercício seguinte.
Tem como objetivo dar concretude aos objetivos e metas estabelecidos no
PPA, em conformidade com o que foi estabelecido na LDO.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei apenas em sentido “meramente


formal”, pois apenas autoriza gastos, não obrigando o administrador público a
executá-los. Falta-lhe os requisitos de generalidade e abstração. Em razão
disso, é considerada uma lei de efeitos concretos. Apesar disso, o
entendimento atual do STF é de que é possível o controle abstrato de
constitucionalidade de leis orçamentárias.

Segundo a Corte Suprema, “o STF deve exercer sua função precípua de


fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando
houver um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato,
independente do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu
objeto”. 3

De acordo com a Constituição (art. 165, § 5º), a LOA conterá o orçamento


fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento
das empresas estatais:

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
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Segundo o art. 165, § 7º, CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos


das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. Cuidado! O examinador tentará confundir você, dizendo que o
orçamento da seguridade social tem essa função!

(TJ / PB – 2015) A lei de iniciativa do presidente que


instituir o plano plurianual estabelecerá, entre outros temas,
as metas da administração federal, incluindo-se as despesas
de capital para o exercício seguinte e as orientações para a
elaboração da lei orçamentária anual.

3
ADI 4.048-MC. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 14.05.2008
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Comentários:

É a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que irá


contemplar as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente Questão errada.

(TCM-RJ – 2015) O Plano Plurianual compreenderá as metas


e prioridades da Administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

Comentários:

Essas são as funções da Lei de Diretrizes Orçamentárias


(LDO), e não do PPA. Questão errada.

(TRT 8a Região – 2015) Caberá à lei ordinária dispor sobre


o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual.

Comentários:

Segundo o art. 165, § 9º, cabe à lei complementar dispor


sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. Questão
errada.

(TRT 24a Região – 2014) Cabe à lei que instituir o plano


plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes e
metas da Administração pública federal para as despesas de
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capital e outras delas decorrentes, bem como estabelecer a


política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

Comentários:

O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os


objetivos e as metas da Administração Pública Federal para
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada (art. 165, §
1º, CF/88). No entanto, o estabelecimento da política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é
matéria prevista na LDO. Questão errada.

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2.2 – Conceito de Orçamento e Princípios Orçamentários:

A Constituição Federal, com o objetivo de disciplinar as finanças públicas, criou


o instituto jurídico do orçamento. Trata-se de lei que contempla a previsão
das receitas e a fixação das despesas para um determinado período, com o
objetivo de permitir o adequado funcionamento do Estado.

O Brasil adotou o orçamento-programa na organização do sistema-


orçamentário. Trata-se de espécie de orçamento que tem como objetivo
programar e planejar a ação governamental e a atividade econômica. São
estabelecidos objetivos e metas, bem como os custos necessários à sua
realização. Integra-se, assim, planejamento e orçamento.

A Carta Magna prevê vários princípios referentes ao orçamento. São os


chamados princípios orçamentários, de que trataremos a seguir:

a) Princípio da legalidade:

O princípio da legalidade determina que todas as leis orçamentárias devem


ser aprovadas pelo Poder Legislativo. Veja o que a Carta Magna dispõe a
respeito:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
(...)
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.04534548443

b) Princípio da Universalidade ou Globalização:

O princípio da universalidade ou da globalização impõe que o orçamento deve


conter todas as receitas e todas as despesas referentes à Administração
Direta e à Indireta. Esse princípio não se aplica ao Plano Plurianual, pois
essa norma não contempla todas as receitas e despesas.

O princípio da universalidade se revela no art. 165, § 5º, CF/88, que mostra


que a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de
investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social:

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§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.

c) Princípio da Anualidade:

O princípio da anualidade determina que o orçamento deve se referir ao


período de um ano. Segundo o art. 167, §1º, “nenhum investimento cuja
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.” Em outras palavras, os investimentos cuja
execução ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no
plano plurianual.

A previsão do Plano Plurianual, com duração de quatro anos, não é uma


exceção ao princípio da anualidade. O Plano Plurianual (PPA) tem objetivo
estratégico, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua
operacionalização.

As bancas examinadoras, tentando confundir os candidatos,


adoram dizer que a anterioridade é um princípio
orçamentário. Isso está ERRADO! A anterioridade é um
princípio tributário.

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d) Princípio da Unidade:

Pelo princípio da unidade, o orçamento deve ser uno; em outras palavras,


cada ente federativo deverá ter um único orçamento. Uma pergunta
importante de se fazer é a seguinte: será que a existência do orçamento fiscal,
do orçamento de investimentos e do orçamento da seguridade social viola o
princípio da unidade?

A resposta é negativa. Não há violação ao princípio da unidade. Para José


Afonso da Silva, o princípio da unidade orçamentária não se preocupa com a
unidade documental. O que é relevante é que esses documentos estejam
subordinados a uma unidade de orientação política.

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e) Princípio da Exclusividade:

O princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária também tem previsão


constitucional. Esse princípio determina que o orçamento não poderá conter
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Há,
contudo, duas importantes exceções: (art. 165, § 8º)

- a autorização para abertura de créditos suplementares e;

- autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por


antecipação de receita, nos termos da lei.

No sistema orçamentário brasileiro, há 3 (três) tipos de


créditos adicionais.

1) Créditos suplementares: consistem em um reforço de


dotação orçamentária. Suponha que uma determinada Ação
Orçamentária tenha uma dotação orçamentária de R$
30.000.000,00. Caso esse valor seja insuficiente, podem ser
solicitados os créditos suplementares. A dotação orçamentária
será reforçada, por exemplo, para R$ 32.000.000,00.

2) Créditos especiais: são créditos que se destinam a


despesas que não possuem uma dotação orçamentária
específica. Suponha que o Ministério da Fazenda queira, ao
longo do exercício financeiro, criar uma nova Ação
Orçamentária, para a qual não havia dotação prevista na LOA.
Isso poderá ocorrer mediante os créditos especiais.

3) Créditos extraordinários: são os créditos destinados a


despesas urgentes e imprevisíveis, como no caso de guerra,
comoção interna ou calamidade pública. São abertos por
medida provisória.

É importante destacar que somente


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os créditos
suplementares, por determinação da Constituição, podem
ter sua abertura autorizada pelo orçamento (a lei
orçamentária anual). Só eles é que são exceção ao princípio
da exclusividade. Os especiais e os extraordinários não!

Para melhor entendimento das exceções ao princípio da exclusividade, cabe


elucidarmos o conceito de operações de crédito. Trata-se de operações
semelhantes a empréstimos, podendo ser contraídas pelo Poder Público
com o objetivo de cobrir suas despesas. No caso de operações de crédito por
antecipação de receita, esses empréstimos são, em regra, saldados no mesmo
exercício financeiro.

Por meio do princípio da exclusividade, busca-se impedir a inclusão, no


orçamento, de dispositivos sem qualquer relação com a matéria
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orçamentária, como por exemplo, previsões referentes a direito penal ou
civil.
EXCLUSIVIDADE
PRINCÍPIO DA

O ORÇAMENTO DEVE CONTER APENAS PREVISÃO DE


RECEITAS E FIXAÇÃO DE DESPESAS

AUTORIZAÇÃO PARA OPERAÇÕES DE


CRÉDITO, MESMO QUE POR
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA
EXCEÇÕES
ABERTURA DE CRÉDITOS
SUPLEMENTARES

f) Princípio da Quantificação dos créditos orçamentários:

Outro importante princípio orçamentário é o da quantificação dos créditos


orçamentários. Por esse princípio, veda-se a concessão ou a utilização de
créditos ilimitados. Veja como se dá sua previsão pela Carta Magna:

Art. 167. São vedados: (...)

VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.

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g) Princípio da proibição do estorno:

O princípio da proibição do estorno, também previsto pela Constituição,


determina que o Poder Público não pode transpor, remanejar ou transferir
recursos sem autorização. Havendo falta de recursos, deve-se recorrer à
abertura de crédito adicional ou solicitar ao Legislativo a transposição,
remanejamento ou transferência de recursos.

Busca-se, com isso, evitar a deformação do orçamento pelo Executivo, ou seja,


a modificação de tudo aquilo que foi determinado pelo legislador. Veja como a
Constituição trata dessa matéria:

Art. 167. São vedados:

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(...)
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.

Os conceitos de transposição, remanejamento e transferência de recursos


deveriam ser disciplinados, conforme a doutrina, por lei complementar. Tal lei
ainda não foi editada. Com base no texto da Constituição, percebe-se que eles
constituem formas de destinação de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro.

Com a EC nº 85/2015, foi inserido o § 5º no art. 167, estabelecendo que a


transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, mediante ato do Poder
Executivo. Assim, não haverá necessidade de autorização legislativa
para a transferência de recursos no âmbito dessas atividades.

h) Princípio da não-vinculação de receitas ou da não-afetação:

O princípio da não vinculação de receitas ou da não afetação determina que


nenhuma receita de impostos poderá ser reservada para atender a um
gasto específico, salvo aquelas com destinação prevista pela Constituição.
Esse princípio é previsto pela Constituição no art. 167, IV:

Art. 167. São vedados:


(...)
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado,
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respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a


prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º
deste artigo.

Busca-se, com isso, conferir flexibilidade ao planejamento, evitando-se


que determinadas despesas se tornem obrigatórias. Assim, os recursos
estatais podem ser usados de maneira mais livre pelo legislador, conforme as
necessidades verificadas naquele momento. Destaca-se que, respeitadas suas
peculiaridades, os demais entes federativos poderão estabelecer as mesmas
vinculações previstas para a União na CF/1988.

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i) Princípio da Programação:

Pelo princípio da programação, o orçamento deverá evidenciar os


programas nacionais, regionais e setoriais; associa-se, assim, o
orçamento ao atingimento da finalidade do plano plurianual. Em outras
palavras, o orçamento deverá apresentar os objetivos da ação governamental.

(Procurador de Curitiba – 2015) Nenhuma despesa cuja


execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciada sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei
que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.

Comentários:

Os investimentos cuja execução ultrapassem um exercício


financeiro deverão ser incluídos no plano plurianual. Questão
errada.

(TJDFT – 2015) Segundo o STF, é inconstitucional a


abertura de crédito extraordinário por meio de medida
provisória, ainda que em virtude de calamidade pública, por
ofender o princípio da legalidade, que rege a organização do
orçamento público.

Comentários:

Os créditos extraordinários serão abertos por medida


provisória. Questão errada.

(TCM-SP – 2015) A Lei Orçamentária Anual não pode conter


autorização para contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita.

Comentários: 04534548443

Pelo princípio da exclusividade, a LOA não poderá conter


matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das
despesas. Entretanto, há duas exceções: a) a autorização
para abertura de créditos suplementares e; b) a autorização
para contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

Assim, a LOA poderá conter autorização para contratação


de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita. Questão errada.

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2.3- Vedações Orçamentárias:

A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 167, diversas vedações


relacionadas à matéria orçamentária. Sobre algumas delas, nós já
comentamos anteriormente, pois são verdadeiros princípios orçamentárias.
Outras, porém, serão novidade em seu estudo.

Art. 167. São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

O Plano Plurianual (PPA), como sabemos, tem a vigência de 4 anos; logo, os


programas e projetos nele previstos devem ser executados ao longo desse
período. Assim, é plenamente possível que um programa ou projeto previsto
no PPA não seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA).

No entanto, um programa ou projeto que não seja incluído na LOA não


poderá ser iniciado. Para seu início, ele deve constar da LOA.

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que


excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

Esse dispositivo está relacionado à necessidade de manutenção do equilíbrio


orçamentário. Por esse princípio, as despesas autorizadas não poderão ser
superiores à previsão de receitas.

III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das


despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta;

Essa é a “regra de ouro” das finanças públicas. Segundo esse dispositivo, o


endividamento (mediante a realização de operações de crédito) somente
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poderá ser admitido para a realização de investimentos (despesas de


capital). Em outras palavras, não se admite o endividamento para que se
possa arcar com despesas correntes.

A CF/88 estabelece, todavia, uma exceção a essa regra: é possível a realização


de operações de crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria
absoluta) créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa.

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,

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respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

Esse é o princípio da não-afetação. Em regra, não pode haver vinculação da


receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. As exceções a esse princípio
são as seguintes:

a) Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos


(art. 158 e art. 159).

b) Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde;

c) Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do


ensino

d) Destinação de recursos para a realização de atividades da


administração tributária;

e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de


receita.

f) Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de


débitos para com esta (art. 167, § 4º).

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização


legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei. Dada a


autorização legislativa, eles serão abertos mediante decreto do Poder
Executivo.

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma


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categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia


autorização legislativa;

Esse é o princípio da proibição do estorno, sobre o qual já comentamos


anteriormente.

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Esse é o princípio da quantificação dos créditos orçamentários. Também


já falamos sobre ele anteriormente.

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos


orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
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déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art.
165, § 5º;

O orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social somente poderão


ser utilizados para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos mediante autorização legislativa específica.

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização


legislativa;

A criação de fundos de qualquer natureza será feita mediante lei.

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,


inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Esse dispositivo estabelece que é vedada a entrega voluntária de recursos


ou a concessão de empréstimos por um ente da federação a outro para
pagamento de despesas de pessoal (ativo, inativo e pensionista).

XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que


trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do
pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
art. 201.

As contribuições sociais previstas no art. 195, I e II, estão vinculadas às


despesas com pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS).

(Procurador Autárquico / Manausprev - 2015) A


Constituição da República, em matéria orçamentária, veda a
realização de quaisquer operações de créditos que excedam o
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montante das despesas de capital.

Comentários:

O art. 167, III, CF/88, estabelece que é vedada “a realização


de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Assim, nota-se que é possível a realização de operações


de crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria
absoluta) créditos suplementares ou especiais com

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finalidade precisa. Questão errada.

(TJ-PB – 2015) É vedada a concessão de empréstimos pelas


instituições financeiras públicas para pagamento de despesas
com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos
municípios.

Comentários:

É isso mesmo! O art. 167, X, CF/88, veda a concessão de


empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Questão correta.

2.4 – Processo Legislativo Orçamentário:

O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165,
CF), devendo ser apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, nos
parâmetros do regimento comum (art. 166, CF). Seu processo legislativo
apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir.

O art. 165, § 9º, da Constituição Federal de 1988 determina que:

Art. 165, § 9.º Cabe à lei complementar:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a


elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual;

II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da


administração direta e indireta bem como condições para a
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instituição e funcionamento de fundos.

III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de


procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto
no § 11 do art. 166.

Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei 4.320/64, recepcionada como lei
complementar, que prevê as normas gerais de direito financeiro para os
entes federados.

O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As


leis orçamentárias são, conforme o art. 165 da Constituição Federal, de
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iniciativa do Poder Executivo. Na esfera federal, essa iniciativa é de
competência privativa do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). Trata-se
de iniciativa vinculada, uma vez que deve ser exercida obrigatoriamente
pelo seu titular em determinado período, por disposição constitucional e legal.
Nesse sentido, o art. 85 da Constituição Federal determina que são crime de
responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei
orçamentária.

Destaca-se que a Constituição Federal assegurou a autonomia


administrativa e financeira tanto ao Poder Judiciário quanto ao
Ministério Público (art. 99 c/c art. 127, CF). Tanto os tribunais (art. 99, §
1º, CF) quanto o Ministério Público (art. 127, § 3º, CF) elaborarão suas
propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO.

Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados


pelo art. 35, § 2º, I a III, do ADCT:

Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que


se refere o art. 165, § 9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes
normas:

I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do


primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente,
será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;

II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado


até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;

III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até


quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
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Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis
orçamentárias: um para encaminhamento da proposta e outro para
devolução. O primeiro consiste na data limite para o Executivo enviar ao
Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde à data
limite para que o Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe
do Executivo. Esquematizando:

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• ENCAMINHAMENTO: ATÉ 4 MESES ANTES DO


ENCERRAMENTO DO 1.° EXERCÍCIO
PPA FINANCEIRO (31.08).
• DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DA
SESSÃO LEGISLATIVA (22.12).

• ENCAMINHAMENTO: ATÉ 8 MESES E MEIO


ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
FINANCEIRO (15.04).
LDO • DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DO
PRIMEIRO PERÍODO DA SESSÃO LEGISLATIVA
(17.07).

• ENCAMINHAMENTO : ATÉ 4 MESES ANTES DO


ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO
LOA (31.08).
• DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DA
SESSÃO LEGISLATIVA (22.12).

Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios


constam das respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas.

A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas


(emendamento), voto do relator, redação final e proposição em Plenário. Nela,
os parlamentares debatem sobre a proposta legislativa. A apreciação dos
projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas Casas
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF).

No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as


emendas aos projetos de leis orçamentárias serão apresentadas na
Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Essa
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comissão, como o nome nos faz imaginar, é composta de deputados e


senadores (art. 166, § 2º, CF/88).

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88):

a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de


diretrizes orçamentárias;

b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os


provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre
dotações para pessoal e seus encargos ou serviço da dívida, ou,
ainda, sobre transferências tributárias constitucionais para Estados,
Municípios e Distrito Federal;
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c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou
com os dispositivos do texto do projeto de lei.

A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também


é objeto de limitações pela Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, §
4º) que as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que


embora a iniciativa dos projetos de leis orçamentárias seja de competência
reservada do Chefe do Poder Executivo, podem os membros do Legislativo
oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de emendar projetos
de lei é prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da
atividade legislativa (ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004). Também é importante
ressaltar que o STF entende que o plano plurianual não pode ser
modificado para aumentar as despesas (ADI 2.810, DJ de 25.04.2003 e
ADI 1.254-MC, DJ de 18.08.1995).

No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis


orçamentárias. Nesse sentido, dispõe a Constituição que a sessão
legislativa não deverá ser interrompida sem a aprovação do projeto de lei
de diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma exceção à
regra. É possível a rejeição do projeto de LOA, o que se infere a partir do art.
166, § 8º:

Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda


ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.

No processo legislativo orçamentário, a mensagem presidencial é o


instrumento usado na comunicação entre o Presidente da República e o
Congresso Nacional. A mensagem serve para encaminhar os projetos do
PPA, da LDO e da LOA e também pode ser enviada para propor
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modificação nesses projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão


mista, da parte cuja alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF).

(TRT 21a Região – 2015) Os projetos de lei relativos ao


plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Comentários:

A apreciação dos projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e


LOA) é feita pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum (art. 166, CF). Questão correta.

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(TCM-RJ – 2015) O Presidente da República poderá enviar
mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação
nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é
proposta.

Comentários:

A mensagem presidencial pode ser enviada ao Congresso


Nacional com o objetivo de propor modificação nos
projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a
votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é
proposta. Questão correta.

2.5 – Emenda Constitucional nº 86/2015 – A PEC do Orçamento


Impositivo:

Antes de mais nada, é importante entendermos o porquê de a Emenda


Constitucional nº 86/2015 ter ficado conhecida como “PEC do Orçamento
Impositivo”.

É bem comum que alguns recursos que estão no orçamento não sejam
executados. Por exemplo, suponha que a LOA destine R$ 5 bilhões para a
Segurança Pública. Desse valor, nem tudo é gasto, ou seja, nem tudo é
executado.

Quando se fala em “orçamento impositivo”, a referência que se faz é à


obrigatoriedade de que ocorra a execução das despesas previstas na LOA.
Em outras palavras, os gestores públicos deverão efetivamente gastar aquilo
que está previsto no orçamento. É diferente da ideia de “orçamento
autorizativo”, segundo a qual a LOA apenas autoriza despesas, sem
impor ao gestor público que lhes execute.

Mas o que isso tudo tem a ver com a Emenda Constitucional nº 86?
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Na verdade, a EC nº 86/2015 poderia ser chamada de “PEC das Emendas


Parlamentares Impositivas” (e não PEC do Orçamento Impositivo!).
Explico....

As despesas previstas na LOA continuam sendo uma mera autorização


para o gasto pelos gestores públicos. Todavia, estabeleceu-se que as
emendas parlamentares (aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente
líquida) serão obrigatoriamente executadas.

Esse é um dos pontos centrais dessa Emenda Constitucional nº 86/2015. Mas


não é só isso...

Com a EC nº 86/2015, os parlamentares (considerando-se o universo total


de Deputados e Senadores!) terão direito a apresentar emendas à LOA em
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um montante total de 1,2% da receita líquida prevista no projeto de lei
orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo. Algumas observações
relevantes:

a) As emendas parlamentares são alterações da Lei Orçamentária Anual.


Até a EC nº 86/2015, não se sabia exatamente o valor dos recursos a
serem destinados às emendas parlamentares. Com a nova Emenda
Constitucional, o valor das emendas parlamentares individuais passa a
ser um valor certo, definido em 1,2% da Receita Corrente Líquida.

b) Do total previsto para as emendas parlamentares individuais, metade


(50%) será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

c) As programações orçamentárias efetuadas com base nas “emendas


parlamentares impositivas” somente não serão de execução
obrigatória nos casos de impedimentos de ordem técnica.

A EC nº 86/2015 definiu também um percentual mínimo para os gastos da


União com ações e serviços públicos de saúde. Agora, segundo o art. 198,
§2º, I, a União deverá aplicar, pelo menos, 15% da sua Receita Corrente
Líquida em ações e serviços públicos de saúde.

(TRT 21a Região – 2015) As emendas individuais ao projeto


de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2,4% (dois
inteiros e quatro décimos por cento) da receita corrente
líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo,
sendo que a metade deste percentual será destinada a ações
e serviços públicos de saúde.

Comentários:

As emendas individuais aos projeto de lei orçamentárias serão


aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. Desse
valor, metade deste percentual será destinada a ações e
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serviços públicos de saúde. Questão errada.

(Procurador de Curitiba – 2015) As emendas


parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas
no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo
Poder Executivo, sendo o total desse montante destinado a
ações e serviços públicos de saúde.

Comentários:

Metade do total previsto para as emendas parlamentares


individuais deverá ser destinado para ações e serviços
públicos de saúde. Questão errada.
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Questões Comentadas

1. (ESAF / SUSEP - 2010) Não é só o Banco Central do Brasil que


tem a atribuição de exercer a competência constitucional de emitir
moeda.

Comentários:

De acordo com o “caput” do art. 164 da Carta Magna, a competência da União


para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. Questão
incorreta.

2. (ESAF / ATA-MF - 2009) Os projetos de lei relativos ao plano


plurianual serão apreciados pelo Senado Federal.

Comentários:

Dispõe o 166 da Carta Magna que os projetos de lei relativos ao plano


plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum. Questão incorreta.

3. (ESAF / ATA-MF - 2009) O Princípio da universalidade da matéria


orçamentária estabelece que somente deve constar no orçamento
matéria pertinente à fixação da despesa e à previsão da receita.

Comentários:

O princípio da universalidade ou da globalização dispõe que o orçamento deve


conter todas as receitas e todas as despesas referentes à Administração
Direta e à Indireta. O conceito previsto no enunciado se refere ao princípio da
exclusividade. Questão incorreta.

4. (ESAF / ATA-MF – 2009) O Princípio da não-afetação da receita


preconiza que não pode haver transferência, transposição ou
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remanejamento de recursos de uma categoria de programação para


outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa.

Comentários:

O princípio da não vinculação de receitas ou da não afetação determina que


nenhuma receita de impostos poderá ser reservada para atender a um gasto
específico, salvo aquelas com destinação prevista pela Constituição. O conceito
previsto no enunciado se refere ao princípio da proibição do estorno.
Questão incorreta.

5. (ESAF / ATA - 2009) O Princípio da Programação preconiza a


vinculação necessária à ação governamental, assegurando-se a
finalidade do plano plurianual.
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Comentários:

Segundo o princípio da programação, o orçamento deve estar vinculado à ação


governamental. Ele passa, assim, a estar vinculado à finalidade do plano
plurianual. Questão correta.

6. (ESAF / ENAP - 2006) A Constituição Federal, em seu artigo 167,


ao vedar a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou
despesas, consagra o princípio orçamentário da “não-afetação das
receitas”.

Comentários:

De fato, é esse o conceito do princípio da não-afetação. Questão correta.

7. (ESAF / ANA - 2009) A lei orçamentária anual não conterá


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
incluída na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.

Comentários:

Reza a Constituição (art. 165, § 8º, CF) que a lei orçamentária anual não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não
se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei. Note que a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito não
se inclui na proibição, diferentemente do que diz o enunciado. Questão
incorreta.

8. (ESAF / CGU - 2008) A lei orçamentária anual não conterá


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, nem
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
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operações de crédito por antecipação de receita.

Comentários:

A LOA poderá, sim, autorizar a abertura de créditos suplementares e a


contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
conforme o art. 165, § 8º, da Constituição Federal. Questão incorreta.

9. (ESAF / ATA-MF - 2009) A lei que instituir o plano plurianual


compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente.

Comentários:
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De acordo com o art. 165, § 1º, da Constituição Federal, a lei que instituir o
plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada. O enunciado traz a redação do art. 165, § 2º, da Carta
Magna, referente à lei de diretrizes orçamentárias. Cuidado com a
“pegadinha”! Questão incorreta.

10. (ESAF / CGU - 2012) A Lei de Diretrizes Orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública
Federal, exceto as despesas de capital, orientará a elaboração da Lei
Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

Comentários:

Determina a Constituição (art. 165, § 2º, CF) que a lei de diretrizes


orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento. A LOA também compreende as
despesas de capital. Questão incorreta.

11. (ESAF / CGU - 2008) O plano plurianual estabelecerá as metas e


prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

Comentários:

Novamente, o examinador atribui ao PPA o conteúdo da LDO. Segundo com o


04534548443

art. 165, § 1º, da Constituição Federal, a lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Questão
incorreta.

12. (ESAF / SEFAZ-SP - 2009) É característica da lei de diretrizes


orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 1988, definir as
metas e prioridades da administração pública federal.

Comentários:

É o que determina o art. 165, § 2º, da Constituição. Questão correta.

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13. (ESAF / SEFAZ-SP - 2009) A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Comentários:

É o que determina o art. 165, § 2º, da Constituição. Questão correta.

14. (ESAF / SEFAZ-SP - 2009) Segundo disposição da Constituição


Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para
as despesas de capital, são definidas na lei ordinária de ordenamento
da administração pública.

Comentários:

As diretrizes e metas da administração pública são previstos na lei que institui


o PPA (art. 165, § 1º, CF). Questão incorreta.

15. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) Com base na Constituição Federal do


Brasil, identifique a opção correta no tocante à Lei de iniciativa do
Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política
governamental que envolve programas de duração prolongada.

a) Diretrizes orçamentárias.

b) Orçamento anual.

c) Plano plurianual.

d) Orçamento de investimentos.

e) Orçamento social. 04534548443

Comentários:

É o PPA o instrumento de planejamento de médio prazo do governo federal,


estabelecendo metas de política governamental que envolvem programas de
duração prolongada. A letra C é o gabarito da questão.

16. (ESAF / ATA-MF - 2009) A lei orçamentária anual compreenderá o


orçamento de investimento das empresas, fundos e fundações
mantidas pelo Poder Público.

Comentários:

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A LOA compreende: i) orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; ii) orçamento de
investimentos das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto e; iii) orçamento
da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Como é possível verificar o orçamento de investimentos não compreende os


fundos e fundações mantidos pelo Poder Público. Questão incorreta.

17. (ESAF / CGU - 2008) A lei orçamentária anual compreende o


orçamento fiscal referente aos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, excetuado o orçamento de investimento das empresas em que
a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto.

Comentários:

A primeira parte da questão está correta. De fato, a lei orçamentária anual


compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta
e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. O erro
da questão está na exceção, que não é prevista pela Constituição. A LOA
também compreende o orçamento de investimento e o orçamento da
seguridade social. Questão incorreta.

18. (ESAF / ATA-MF - 2009) Os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
04534548443

Comentários:

É o que determina o art. 165, § 4º, da Constituição Federal. Os planos e


programas nacionais, regionais e setoriais devem ser compatíveis com o PPA.
Questão correta.

19. (ESAF / CGU - 2008) O orçamento da seguridade social,


abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo poder público, compatibilizado com o plano
plurianual, também terá entre suas funções a de reduzir desigualdades
inter-regionais, segundo critério populacional.

Comentários:
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De acordo com o § 7º do art. 165 da Constituição, apenas os orçamentos
fiscal e de investimento têm como uma de suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Questão
incorreta.

20. (ESAF / TCE-GO - 2007) Sobre o orçamento anual, é correto


afirmar que o respectivo projeto de lei é de iniciativa privativa de cada
um dos Poderes, relativamente ao seu próprio orçamento.

Comentários:

A LOA é de iniciativa privativa do Poder Executivo, de acordo com o art. 165,


III, da Carta Magna. Questão incorreta.

21. (ESAF / CGU - 2012) As emendas aos projetos de lei do Plano


Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária
Anual serão apresentadas na Comissão mista e serão apreciadas pelo
Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

Comentários:

É o que determina o art. 166, § 2º, da Constituição. Questão correta.

22. (ESAF / ATA-MF - 2009) O Presidente da República poderá enviar


mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto
de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação,
na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Comentários:

Reza a Carta Magna (art. 166, § 5º, CF) que o Presidente da República poderá
enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos
de PPA, LDO e LOA enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista,
da parte cuja alteração é proposta. Note que a data limite é o início da
votação, não o término desta. Questão incorreta. 04534548443

23. (ESAF / TCE-GO - 2007) Sobre o orçamento anual, é correto


afirmar que no caso da União, as emendas ao respectivo projeto de lei
somente podem ser aprovadas caso, ademais de compatíveis com o
plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias, indiquem os
recursos necessários, excluídos aqueles provenientes de anulação de
despesa.

Comentários:

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88):

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a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;

b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os


provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam
sobre dotações para pessoal e seus encargos ou serviço da dívida, ou,
ainda, sobre transferências tributárias constitucionais para Estados,
Municípios e Distrito Federal;

c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os


dispositivos do texto do projeto de lei.

Note que, ao contrário do que diz o enunciado, só são admitidos os


recursos provenientes de anulação de despesa, no caso de emendas ao
projeto de LOA ou daqueles que o modifiquem. O examinador tentou confundir
você, ao dizer que era vedada a utilização desses recursos. Questão incorreta.

24. (ESAF / ANA - 2009) A instituição de fundos de qualquer


natureza sem prévia autorização legislativa é autorizada pela
Constituição Federal.

Comentários:

A Constituição veda a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia


autorização legislativa (art. 167, IX, CF). Questão incorreta.

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Lista de Questões

1. (ESAF / SUSEP - 2010) Não é só o Banco Central do Brasil que


tem a atribuição de exercer a competência constitucional de emitir
moeda.

2. (ESAF / ATA-MF - 2009) Os projetos de lei relativos ao plano


plurianual serão apreciados pelo Senado Federal.

3. (ESAF / ATA-MF - 2009) O Princípio da universalidade da matéria


orçamentária estabelece que somente deve constar no orçamento
matéria pertinente à fixação da despesa e à previsão da receita.

4. (ESAF / ATA-MF – 2009) O Princípio da não-afetação da receita


preconiza que não pode haver transferência, transposição ou
remanejamento de recursos de uma categoria de programação para
outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa.

5. (ESAF / ATA - 2009) O Princípio da Programação preconiza a


vinculação necessária à ação governamental, assegurando-se a
finalidade do plano plurianual.

6. (ESAF / ENAP - 2006) A Constituição Federal, em seu artigo 167,


ao vedar a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou
despesas, consagra o princípio orçamentário da “não-afetação das
receitas”.

7. (ESAF / ANA - 2009) A lei orçamentária anual não conterá


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
incluída na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.

8. (ESAF / CGU - 2008) A lei orçamentária anual não conterá


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, nem
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
04534548443

operações de crédito por antecipação de receita.

9. (ESAF / ATA-MF - 2009) A lei que instituir o plano plurianual


compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente.

10. (ESAF / CGU - 2012) A Lei de Diretrizes Orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública
Federal, exceto as despesas de capital, orientará a elaboração da Lei
Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

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11. (ESAF / CGU - 2008) O plano plurianual estabelecerá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

12. (ESAF / SEFAZ-SP - 2009) É característica da lei de diretrizes


orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 1988, definir as
metas e prioridades da administração pública federal.

13. (ESAF / SEFAZ-SP - 2009) A lei de diretrizes orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

14. (ESAF / SEFAZ-SP - 2009) Segundo disposição da Constituição


Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para
as despesas de capital, são definidas na lei ordinária de ordenamento
da administração pública.

15. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) Com base na Constituição Federal do


Brasil, identifique a opção correta no tocante à Lei de iniciativa do
Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política
governamental que envolve programas de duração prolongada.

a) Diretrizes orçamentárias.

b) Orçamento anual.

c) Plano plurianual.

d) Orçamento de investimentos.
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e) Orçamento social.

16. (ESAF / ATA-MF - 2009) A lei orçamentária anual compreenderá o


orçamento de investimento das empresas, fundos e fundações
mantidas pelo Poder Público.

17. (ESAF / CGU - 2008) A lei orçamentária anual compreende o


orçamento fiscal referente aos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, excetuado o orçamento de investimento das empresas em que
a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto.

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18. (ESAF / ATA-MF - 2009) Os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.

19. (ESAF / CGU - 2008) O orçamento da seguridade social,


abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo poder público, compatibilizado com o plano
plurianual, também terá entre suas funções a de reduzir desigualdades
inter-regionais, segundo critério populacional.

20. (ESAF / TCE-GO - 2007) Sobre o orçamento anual, é correto


afirmar que o respectivo projeto de lei é de iniciativa privativa de cada
um dos Poderes, relativamente ao seu próprio orçamento.

21. (ESAF / CGU - 2012) As emendas aos projetos de lei do Plano


Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária
Anual serão apresentadas na Comissão mista e serão apreciadas pelo
Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

22. (ESAF / ATA-MF - 2009) O Presidente da República poderá enviar


mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto
de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação,
na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

23. (ESAF / TCE-GO - 2007) Sobre o orçamento anual, é correto


afirmar que no caso da União, as emendas ao respectivo projeto de lei
somente podem ser aprovadas caso, ademais de compatíveis com o
plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias, indiquem os
recursos necessários, excluídos aqueles provenientes de anulação de
despesa.

24. (ESAF / ANA - 2009) A instituição de fundos de qualquer


natureza sem prévia autorização legislativa é autorizada pela
Constituição Federal. 04534548443

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Gabarito

1. ! INCORRETA!
2. ! INCORRETA!
3. ! INCORRETA!
4. ! INCORRETA!
5. ! CORRETA!
6. ! CORRETA!
7. ! INCORRETA!
8. ! INCORRETA!
9. ! INCORRETA!
10. ! INCORRETA!
11. ! INCORRETA!
12. ! CORRETA!
13. ! CORRETA!
14. ! INCORRETA!
15. ! Letra C!
16. ! INCORRETA!
17. ! INCORRETA!
18. ! CORRETA!
19. ! INCORRETA!
20. ! INCORRETA!
21. ! CORRETA!
22. ! INCORRETA!
23. ! INCORRETA!
24. ! INCORRETA!

! !

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