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Aula 01

Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP p/ MPU (Todos os Cargos - Analista) - Com


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Professor: Renan Araujo

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo

AULA 01: LEI COMPLEMENTAR 75/93


(PARTE I)

SUMÁRIO

1 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................... 2


1.1 Da definição, dos princípios e das funções institucionais ............................... 2
1.1.1 Princípio da Unidade ....................................................................................... 4
1.1.2 Princípio da Indivisibilidade ............................................................................. 5
1.1.3 Princípio da independência funcional ................................................................. 6
1.1.4 Das funções institucionais e mecanismos de atuação .......................................... 7
1.1.5 Da defesa dos direitos constitucionais ............................................................. 12
1.1.6 Das garantias e das prerrogativas dos membros do MPU ................................... 14
1.1.7 Das prerrogativas dos membros do MPU ......................................................... 18
1.2 Da autonomia do MPU e sua estrutura ......................................................... 20
1.2.1 Do Procurador-Geral da República .................................................................. 21
1.2.2 Do Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União ............. 22
1.2.3 Das carreiras e dos serviços auxiliares ............................................................ 23
2 RESUMO .............................................................................................................. 23
3 EXERCÍCIOS DA AULA ......................................................................................... 28
4 EXERCÍCIOS COMENTADOS ................................................................................. 34
5 GABARITO .......................................................................................................... 50

Olá, meus amigos!

Na aula de hoje vamos iniciar o estudo da Lei Orgânica Nacional do


MPU. Vamos analisar, aqui, as disposições gerais da LCE 75/93. A alguns temas
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se dá maior atenção, a outros, menor atenção. Isso se deve ao fato de que


uns são mais cobrados na prova que outros, e como nosso tempo é escasso,
devemos nos ater àquilo que realmente interessa.

Bons estudos!
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1! DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


1.1!Da definição, dos princípios e das funções institucionais
O Ministério Público, como nós já estudamos, não integra nenhum dos
Poderes da República, sendo Instituição autônoma. A LC 75/93 traça o perfil do
Ministério Público da União, que é um dos ramos do Ministério Público (ao lado
dos Ministérios Públicos dos Estados).
Vejamos o que diz o art. 1º da LC 75/93:
Art. 1º O Ministério Público da União, organizado por esta lei Complementar, é
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos
interesses individuais indisponíveis.

Assim, podemos perceber que não há muitas novidades no art. 1º, pois esta
definição é decorrência lógica do que dispõe a própria Constituição em seu art.
127.
O art. 2º também não é novidade, já que meramente reproduz o que diz
o art. 129, II da Constituição, ou seja, o MP deve se valer de todos os
mecanismos possíveis para garantir que o Poder Público e os serviços de
relevância pública respeitem os direitos e garantias assegurados pela
Constituição.
No art. 3º da LC 75/93 nós já começamos a verificar alguma coisa nova na
área. Este artigo regulamenta o art. 129, VII da Constituição, traçando os
objetivos que se pretende alcançar com o exercício deste controle
externo pelo MPU. Vejamos a redação do art. 3º:
Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial
tendo em vista:
a) o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de Direito, aos objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil, aos princípios informadores das
relações internacionais, bem como aos direitos assegurados na Constituição Federal e
na lei;
b) a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio
público; 03924247382

c) a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de poder;


d) a indisponibilidade da persecução penal;
e) a competência dos órgãos incumbidos da segurança pública.

É bom que se deixe clara uma coisa: O MP NÃO É O CHEFE DA


POLÍCIA! O MP apenas tem a atribuição para FISCALIZAR o exercício da
atividade policial. Através desta fiscalização, caso seja constatada alguma
irregularidade, o MP pode adotar as medidas judiciais ou extrajudiciais cabíveis
para resolver o problema (seja ajuizando ação penal contra os infratores, seja
requisitando a abertura de inquérito para apurar os fatos, etc.).

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Mal comparando, o MP atua mais ou menos como o Congresso Nacional, que
fiscaliza os atos do Poder Executivo, sem ser, contudo, seu chefe.
Um dos objetivos mais evidentes deste controle externo realizado pelo MPU
é a preservação da indisponibilidade da persecução penal. O que é isso? A
persecução penal nada mais é que o exercício do poder-dever conferido ao Estado
para que investigue os fatos a fim de que, lá na frente, se possa punir eventuais
culpados. A este procedimento de busca pelos fatos preliminares (investigação)
e processo e condenação dos culpados (processo penal) se dá o nome de
persecução penal.
Mas o que significa a “indisponibilidade da persecução penal”?
Significa a ausência de discricionariedade na persecução penal. A persecução
penal não é disponível, ou seja, não pode o responsável por ela simplesmente
“abrir mão”, deixar de realiza-la, seja qual for o motivo. Assim, quando se busca
garantir a indisponibilidade da ação penal, ao fim e ao cabo o que se
pretende é evitar que fatores externos (principalmente $$$) influenciem
negativamente na condução da persecução penal, que numa fase preliminar
é conduzida pela Polícia, através da investigação criminal, e é nesta fase que a
persecução é mais vulnerável.
Nós acabamos de ver quais são os objetivos do controle externo da atividade
policial. O art. 9º, todavia, nos traz alguns (sim, pois este rol NÃO É TAXATIVO)
mecanismos de que dispõe o MPU para exercer este controle externo.
Vejamos:
Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial
por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo:
I - ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou prisionais;
II - ter acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial;
III - representar à autoridade competente pela adoção de providências para sanar a
omissão indevida, ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder;
IV - requisitar à autoridade competente para instauração de inquérito policial sobre a
omissão ou fato ilícito ocorrido no exercício da atividade policial;
V - promover a ação penal por abuso de poder.

Vejam que estas são ferramentas que contribuem para o bom exercício
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dessa função de fiscalização que é atribuída ao MPU.


É importante notar que o inciso II fala em “acesso a documentos relativos à
atividade-fim policial”. Isso significa que o MPU tem acesso livre a quaisquer
documentos relativos à atividade de investigação da polícia (no caso da Polícia
Civil, Federal, etc., que são as chamadas “polícias judiciárias”, pois lhes incumbe
obter elementos de convicção para apresentação perante o Poder Judiciário) ou
à sua atividade de prevenção ostensiva (No caso da Polícia Militar, Rodoviária
Federal, etc., que são as chamadas “polícias administrativas”, cuja função é
basicamente preservar a ordem pública, prevenindo a ocorrência de infrações).
Assim, o MPU não terá acesso, por exemplo, ao documento referente a um pedido
de férias de um Delegado, pois isso não guarda qualquer relação com a atividade-
fim da polícia (A menos que haja indícios de que esse pedido de férias, por

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exemplo, tenha se dado com a finalidade de furtar-se a uma investigação, no que
estará se relacionando com a atividade-fim).
Um dos objetivos principais, além de garantir a indisponibilidade da
persecução penal, é garantir o respeito aos direitos da pessoa, zelando pela
não ocorrência de abuso de poder e promovendo medidas contra aqueles que
eventualmente o pratiquem. Para tanto, o art. 10 nos traz a necessidade de
comunicação ao MP competente (MPF, MPT, MPDFT ou MPM) quando da
realização de prisão de qualquer pessoa por parte de autoridade federal
ou do DF, devendo se indicar o local onde se encontra o preso e cópia dos
documentos acerca da legalidade da prisão. Vejamos:
Art. 10. A prisão de qualquer pessoa, por parte de autoridade federal ou do Distrito
Federal e Territórios, deverá ser comunicada imediatamente ao Ministério Público
competente, com indicação do lugar onde se encontra o preso e cópia dos documentos
comprobatórios da legalidade da prisão.

CUIDADO! O MPU exerce o controle EXTERNO da atividade policial, pois o MPU


NÃO INTEGRA a mesma estrutura da polícia. Quem exerce o controle
INTERNO da atividade policial é a CORREGEDORIA da polícia respectiva.
Ultrapassado o estudo do controle externo da atividade policial, vamos aos
princípios institucionais do MPU.
O art. 4º traz a seguinte redação:
Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da União a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.

Trata-se de mais um artigo que repete a Constituição Federal, com a mera


alteração de “Ministério Público” para “Ministério Público da União”. Segundo a
Constituição Federal, em seu art. 127, os princípios institucionais do MP são os
seguintes:
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.

Vamos estudá-los individualmente. 03924247382

1.1.1!Princípio da Unidade
Por princípio da unidade entende-se que o MP é apenas um, sob a direção
do seu chefe (PGR, PGJ...). Sendo assim, a manifestação de um membro do MP
em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP enquanto instituição.
Não se pode dizer que, num dado processo, o Procurador fulano pediu a
condenação do réu. Quem pediu a condenação não foi o Procurador, foi o
Ministério Público, pois ele age em nome do MP. Ou melhor, o promotor, no
exercício das suas atribuições, É o MP.

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O princípio da Unidade possui duas vertentes:


!! Administrativa – Cada MP compõe uma Unidade administrativa própria.
Assim, sob este prisma, a Unidade deve ser entendida dentro de cada MP!
Não podemos falar em Unidade (no plano administrativo) entre MPs
diferentes! Não existe Unidade (administrativa), por exemplo, entre o MPU
e um MP estadual.
!! Funcional – A atuação funcional (atividade-fim) do MP é uma só, embora
existam vários ramos do MP. Assim, existe Unidade funcional entre MPs
diferentes. Ex.: Atuação eleitoral. Na primeira instância quem atua são os
Promotores de Justiça, membros dos MPEs. Na segunda instância quem atua
é o MPF. Percebam que, aqui, não temos “dois MPs” atuando. Do ponto de
vista administrativo sim (duas Unidades administrativas diferentes), mas do
ponto de vista FUNCIONAL não. Quem atuou, desde o início, foi o “Ministério
Público”.

1.1.2!Princípio da Indivisibilidade
Pelo princípio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo ramo)
podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na verdade,
esse princípio deriva do princípio da unidade, pois tira seu fundamento daquele.
Vejamos:
Por que os membros do MP podem se substituir uns aos outros?
Porque quem atua no processo não é o promotor (ou Procurador da República,
Procurador do Trabalho, etc.), é o MP. O membro do MP é apenas o meio
utilizado para a materialização da vontade do MP. Assim, se um membro
do MP que atua num caso “X” sair de férias, não há necessidade de se aguardar
seu retorno. O processo tramitará normalmente e, caso haja necessidade da
prática de algum ato pelo MP, o MP será intimado e o membro que estiver
designado como substituto atuará. 03924247382

Percebam que eu disse que o MP será intimado, e não o membro fulano ou


beltrano, e é exatamente isso. Como já disse a vocês, quem atua no caso é o MP.
Quando o MP ajuíza a ação penal pública, quem ajuíza a ação não é o membro
tal, é o MP. O membro (Procurador da República, Procurador do Trabalho, etc.)
apenas subscreve (assina) a petição, que representa a vontade daquele Ministério
Público.
Assim, quando houver necessidade de atuação do MP para a prática de
algum ato processual, quem será intimado não será o membro que assinou a
petição inicial da ação, mas o MP.
Isto não ocorre com a advocacia, por exemplo. Quando um advogado
representa uma pessoa em juízo, ele está vinculado ao processo. Ele,
pessoalmente, não o seu escritório, nem a OAB, enquanto instituição. Assim, no

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caso de haver uma audiência, por exemplo, quem deverá comparecer é o
advogado que consta nos autos do processo, ou, caso não possa, deverá fazer
um substabelecimento para outro advogado, a fim de que ele pratique o ato.
No caso do MP isso não acontece. O membro do MP não está vinculado
pessoalmente ao processo e, por isso, não tem que substabelecer a outro
membro do MP para que pratique o ato num processo perante o qual
atua. Porque a possibilidade de atuar num processo e falar pelo MP decorre da
posse no cargo de promotor (ou procurador da república, etc.).
CUIDADO! Vocês verão que uma das prerrogativas dos membros do MP é a de
receber intimação pessoal nos autos do processo em que atuarem. Contudo, o
termo “intimação pessoal” não quer dizer que a intimação deva ser realizada na
pessoa de algum membro do MP, especificamente. O que este termo significa é
que a intimação do MP só se formaliza quando o seu membro toma ciência
pessoal da intimação, nos autos, ou seja, não há intimação por publicação no
DO. É necessário que um membro do MP (qualquer membro, não
necessariamente o que ajuizou a ação) seja pessoalmente intimado
para que a intimação se formalize!

1.1.3!Princípio da independência funcional


O princípio da independência funcional é de assimilação mais fácil que os
dois primeiros. Este princípio garante que os membros do Ministério Púbico, no
exercício de suas funções, não se submetem à nenhuma hierarquia de
ordem ideológico-jurídica. O membro do MP tem liberdade total para atuar
conforme suas ideias jurídicas.
EXEMPLO: Imaginem que em determinado estado da Federação, um Procurador-
Geral de Justiça elabore uma portaria, determinando que, a partir daquela data,
seria vedado aos membros daquele MP arquivar inquéritos policiais e pedir a
absolvição em processos criminais. Essa portaria seria flagrantemente
inconstitucional, pois violaria o princípio da independência funcional, já que
cada membro do MP tem a prerrogativa de agir conforme sua convicção.
Se o membro acha que não há elementos que indiquem que o investigado
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cometeu o crime, ele tem total liberdade para mandar arquivar o


inquérito ou pedir a absolvição, no caso de já ter sido ajuizada a ação.
Mas professor, você disse que no caso do arquivamento do inquérito
policial, o PGJ pode rever a decisão do promotor. Isso não viola o
princípio da Independência funcional? Não! Embora o CPP preveja que, se
o Juiz não concordar, remeterá ao chefe do MP, se este discordar do
arquivamento, NÃO PODE MANDAR O PROMOTOR AJUIZAR A AÇÃO. O que
ele pode fazer é ele próprio ajuizar, ou designar outro membro do MP para que
ajuíze a ação.

⇒! Mas, e como fica a independência funcional deste outro membro do


MP que receberá a ordem do PGJ para ajuizar a ação? A Doutrina e a

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jurisprudência (embora haja certa polêmica doutrinária) entendem que não há
violação ao princípio da independência funcional, posto que nesse caso, o
membro designado age em nome do Chefe, como longa manus deste.
Embora não concorde com esta corrente, por entender que esta parte do
CPP não foi recepcionada pela Constituição, já que, a meu ver, fere sim a
independência funcional do membro do MP, o que vocês têm que saber é isso,
que nesse caso não há violação. Como a prova é objetiva, isso basta. Numa prova
discursiva seria interessante citar a divergência, para somar mais uns pontinhos!

CUIDADO! A independência funcional diz respeito apenas à atividade jurídica


do membro do MP. No que se refere à organização administrativa do
órgão, HÁ SIM HIERARQUIA. Por exemplo: Se o PGR baixa uma portaria
dizendo que a partir daquela data é obrigatório aos Promotores de Justiça o
uso de terno e gravata todos os dias em que haja expediente, essa portaria
não fere a independência funcional do membro do MP, pois não interfere em
sua consciência jurídica acerca de que decisão deve ou não ser tomada.
Entretanto, embora não viole o princípio da independência funcional, nada
impede que essa portaria viole algum outro direito dos membros do MP,
previstos em legislação própria. O QUE VOCÊS TÊM QUE SABER É QUE A
INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL SÓ SE REFERE À ATIVIDADE-FIM DO
MEMBRO DO MP, não às questões meramente administrativas, de
organização da Instituição.

1.1.4!Das funções institucionais e mecanismos de atuação


Agora que nós já vimos os princípios institucionais do MPU, podemos analisar
suas funções institucionais.
O art. 5º assim delibera:
Art. 5º São funções institucionais do Ministério Público da União:
I - a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos
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interesses individuais indisponíveis, considerados, dentre outros, os seguintes


fundamentos e princípios:
a) a soberania e a representatividade popular;
b) os direitos políticos;
c) os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil;
d) a indissolubilidade da União;
e) a independência e a harmonia dos Poderes da União;
f) a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
g) as vedações impostas à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
h) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a publicidade, relativas à
administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da
União;

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II - zelar pela observância dos princípios constitucionais relativos:
a) ao sistema tributário, às limitações do poder de tributar, à repartição do poder
impositivo e das receitas tributárias e aos direitos do contribuinte;
b) às finanças públicas;
c) à atividade econômica, à política urbana, agrícola, fundiária e de reforma agrária e
ao sistema financeiro nacional;
d) à seguridade social, à educação, à cultura e ao desporto, à ciência e à tecnologia,
à comunicação social e ao meio ambiente;
e) à segurança pública;
III - a defesa dos seguintes bens e interesses:
a) o patrimônio nacional;
b) o patrimônio público e social;
c) o patrimônio cultural brasileiro;
d) o meio ambiente;
e) os direitos e interesses coletivos, especialmente das comunidades indígenas, da
família, da criança, do adolescente e do idoso;
IV - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União, dos serviços de
relevância pública e dos meios de comunicação social aos princípios, garantias,
condições, direitos, deveres e vedações previstos na Constituição Federal e na lei,
relativos à comunicação social;
V - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e dos serviços de
relevância pública quanto:
a) aos direitos assegurados na Constituição Federal relativos às ações e aos serviços
de saúde e à educação;
b) aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade;
VI - exercer outras funções previstas na Constituição Federal e na lei.
§ 1º Os órgãos do Ministério Público da União devem zelar pela observância dos
princípios e competências da Instituição, bem como pelo livre exercício de suas
funções.
§ 2º Somente a lei poderá especificar as funções atribuídas pela Constituição Federal
e por esta Lei Complementar ao Ministério Público da União, observados os princípios
e normas nelas estabelecidos.

Como se pode perceber, a Lei estabelece uma série de funções como sendo
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de atribuição do MPU. O que se deve ter em mente é que todas elas se


referem a direitos de índole coletiva (meio ambiente, patrimônio
cultural, educação, etc.), ou seja, afetam a toda a coletividade ou a algum
grupo específico, mas nunca apenas em relação a um particular,
isoladamente considerado.
Toda esta regulamentação também retira sua validade da própria
Constituição, que estabelece as funções institucionais do MP, em seu art. 129.
Não há uma relação de conflito entre o rol de funções institucionais previsto
na LC 75/93 e o rol de funções institucionais previsto na Constituição. Ambos
coexistem de forma harmoniosa, até porque o rol do art. 129 se refere ao MP em
geral, sem fazer distinção quanto ao ramo de atuação. Já a LC 75/93 se refere
exclusivamente ao MPU.

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Na aula passada nós já estudamos a respeito das funções institucionais
previstas na Constituição.
É importante lembrar que o rol de funções institucionais NÃO É
TAXATIVO, ou seja, é possível que sejam atribuídas outras funções
institucionais, através de Lei, e desde que sejam compatíveis com a natureza da
Instituição.
Mas como o MPU irá desenvolver todas estas funções que lhe são
atribuídas? Os arts. 6º, 7º e 8º nos trazem os mecanismos (ou instrumentos,
ferramentas) de que dispõe o MPU para conseguir alcançar sua finalidade, que é
dar cabo de todas as suas funções institucionais. Vejamos:
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
I - promover a ação direta de inconstitucionalidade e o respectivo pedido de medida
cautelar;
II - promover a ação direta de inconstitucionalidade por omissão;
III - promover a argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da
Constituição Federal;
IV - promover a representação para intervenção federal nos Estados e no Distrito
Federal;
V - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
VI - impetrar habeas corpus e mandado de segurança;
VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para:
a) a proteção dos direitos constitucionais;
b) a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, dos bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos, relativos às
comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às minorias
étnicas e ao consumidor;
d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e
coletivos;
VIII - promover outras ações, nelas incluído o mandado de injunção sempre que a
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania, quando difusos os interesses a serem protegidos;
IX - promover ação visando ao cancelamento de naturalização, em virtude de atividade
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nociva ao interesse nacional;


X - promover a responsabilidade dos executores ou agentes do estado de defesa ou
do estado de sítio, pelos ilícitos cometidos no período de sua duração;
XI - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas, incluídos
os relativos às terras por elas tradicionalmente habitadas, propondo as ações cabíveis;
XII - propor ação civil coletiva para defesa de interesses individuais homogêneos;
XIII - propor ações de responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços;
XIV - promover outras ações necessárias ao exercício de suas funções institucionais,
em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, especialmente quanto:
a) ao Estado de Direito e às instituições democráticas;
b) à ordem econômica e financeira;

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c) à ordem social;
d) ao patrimônio cultural brasileiro;
e) à manifestação de pensamento, de criação, de expressão ou de informação;
f) à probidade administrativa;
g) ao meio ambiente;
XV - manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo solicitação do juiz ou
por sua iniciativa, quando entender existente interesse em causa que justifique a
intervenção;
XVI - (Vetado);
XVII - propor as ações cabíveis para:
a) perda ou suspensão de direitos políticos, nos casos previstos na Constituição
Federal;
b) declaração de nulidade de atos ou contratos geradores do endividamento externo
da União, de suas autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder
Público Federal, ou com repercussão direta ou indireta em suas finanças;
c) dissolução compulsória de associações, inclusive de partidos políticos, nos casos
previstos na Constituição Federal;
d) cancelamento de concessão ou de permissão, nos casos previstos na Constituição
Federal;
e) declaração de nulidade de cláusula contratual que contrarie direito do consumidor;
XVIII - representar;
a) ao órgão judicial competente para quebra de sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, bem como manifestar-se sobre
representação a ele dirigida para os mesmos fins;
b) ao Congresso Nacional, visando ao exercício das competências deste ou de qualquer
de suas Casas ou comissões;
c) ao Tribunal de Contas da União, visando ao exercício das competências deste;
d) ao órgão judicial competente, visando à aplicação de penalidade por infrações
cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, sem prejuízo da
promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível;
XIX - promover a responsabilidade:
a) da autoridade competente, pelo não exercício das incumbências, constitucional e
legalmente impostas ao Poder Público da União, em defesa do meio ambiente, de sua
preservação e de sua recuperação; 03924247382

b) de pessoas físicas ou jurídicas, em razão da prática de atividade lesiva ao meio


ambiente, tendo em vista a aplicação de sanções penais e a reparação dos danos
causados;
XX - expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância
pública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe
promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis.
§ 1º Será assegurada a participação do Ministério Público da União, como instituição
observadora, na forma e nas condições estabelecidas em ato do Procurador-Geral da
República, em qualquer órgão da administração pública direta, indireta ou fundacional
da União, que tenha atribuições correlatas às funções da Instituição.
§ 2º A lei assegurará a participação do Ministério Público da União nos órgãos
colegiados estatais, federais ou do Distrito Federal, constituídos para defesa de direitos
e interesses relacionados com as funções da Instituição.

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Art. 7º Incumbe ao Ministério Público da União, sempre que necessário ao exercício
de suas funções institucionais:
I - instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos correlatos;
II - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial e de
inquérito policial militar, podendo acompanhá-los e apresentar provas;
III - requisitar à autoridade competente a instauração de procedimentos
administrativos, ressalvados os de natureza disciplinar, podendo acompanhá-los e
produzir provas.
Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos
procedimentos de sua competência:
I - notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no caso de ausência
injustificada;
II - requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades da
Administração Pública direta ou indireta;
III - requisitar da Administração Pública serviços temporários de seus servidores e
meios materiais necessários para a realização de atividades específicas;
IV - requisitar informações e documentos a entidades privadas;
V - realizar inspeções e diligências investigatórias;
VI - ter livre acesso a qualquer local público ou privado, respeitadas as normas
constitucionais pertinentes à inviolabilidade do domicílio;
VII - expedir notificações e intimações necessárias aos procedimentos e inquéritos que
instaurar;
VIII - ter acesso incondicional a qualquer banco de dados de caráter público ou relativo
a serviço de relevância pública;
IX - requisitar o auxílio de força policial.
§ 1º O membro do Ministério Público será civil e criminalmente responsável pelo uso
indevido das informações e documentos que requisitar; a ação penal, na hipótese,
poderá ser proposta também pelo ofendido, subsidiariamente, na forma da lei
processual penal.
§ 2º Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério Público, sob qualquer pretexto, a
exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência do caráter sigiloso da informação, do
registro, do dado ou do documento que lhe seja fornecido.
§ 3º A falta injustificada e o retardamento indevido do cumprimento das requisições
do Ministério Público implicarão a responsabilidade de quem lhe der causa.
§ 4º As correspondências, notificações, requisições e intimações do Ministério Público
quando tiverem como destinatário o Presidente da República, o Vice-Presidente da
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República, membro do Congresso Nacional, Ministro do Supremo Tribunal Federal,


Ministro de Estado, Ministro de Tribunal Superior, Ministro do Tribunal de Contas da
União ou chefe de missão diplomática de caráter permanente serão encaminhadas e
levadas a efeito pelo Procurador-Geral da República ou outro órgão do Ministério
Público a quem essa atribuição seja delegada, cabendo às autoridades mencionadas
fixar data, hora e local em que puderem ser ouvidas, se for o caso.
§ 5º As requisições do Ministério Público serão feitas fixando-se prazo razoável de até
dez dias úteis para atendimento, prorrogável mediante solicitação justificada.

É muita coisa. Sim, eu sei. Mas vocês NÃO PRECISAM DECORAR TUDO
ISSO. Não é com decoreba que nós vamos alcançar o objetivo que é passar no
concurso.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
O que vocês têm que entender é basicamente:
⇒! O MPU promove as ações abstratas (ADI, ADPF, ADI por omissão
etc.);
⇒! O MPU promove PRIVATIVAMENTE a ação penal pública (nos
casos de sua competência, ressalvada a competências dos MPEs);
⇒! O MPU promove ações de cunho coletivo (ação civil pública), com
a finalidade de proteger bens de valor coletivo (direitos coletivos e
difusos, individuais homogêneos, etc.), podendo instaurar ICP
(Inquérito Civil Público, uma espécie de inquérito para matérias
cíveis) para melhor conduzir os trabalhos;
⇒! O MPU se manifesta nos processos, em qualquer fase, por
solicitação do Juiz ou iniciativa própria, SEMPRE QUE
ENTENDER EXISTENTE INTERESSE QUE JUSTIFIQUE A
ATUAÇÃO DO MPU;
⇒! O MPU não pode decretar a quebra de sigilo das informações
telefônicas, das correspondências e telegráficas, mas pode e
deve REPRESENTAR À AUTORIDADE JUDICIÁRIA
COMPETENTE requerendo a quebra destes sigilos, quando
necessário é possível, de acordo com a lei;
⇒! O MPU NÃO INSTAURA INQUÉRITO POLICIAL, mas pode
requisitar sua instauração;
⇒! O MPU pode expedir notificações para oitiva de testemunhas,
e no caso de não comparecimento injustificado, pode REQUISITAR
sua condução coercitiva. Pode, ainda, requisitar informações,
documentos, exames e perícias de entidades da administração
pública, bem como serviços temporários de seus servidores.
De entidades privadas pode requisitar, apenas, informações e
documentos.
⇒! Ter acesso livre a qualquer local público ou privado,
RESSALVADA a inviolabilidade do domicílio (ou seja, para entrar
no domicílio de alguém somente com autorização judicial);
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Acredito que assim se pode resumir os mecanismos de atuação do MPU, de


forma a condensar na mente de vocês aqueles que realmente são mais
importantes, já que o tempo é curto e a matéria é longa.

1.1.5!Da defesa dos direitos constitucionais


Trata-se de uma forma de atuação do MPU cuja finalidade é especificamente
a defesa dos direitos constitucionais do cidadão em face do Poder Público ou
prestadores de serviço de relevância pública.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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Nós já vimos que esta é uma das funções institucionais do MPU. Contudo, os
arts. 11 a 16 esmiúçam a forma de atuação do MPU em casos deste tipo.
Vejamos:
Art. 11. A defesa dos direitos constitucionais do cidadão visa à garantia do seu efetivo
respeito pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de serviços de relevância pública.
Art. 12. O Procurador dos Direitos do Cidadão agirá de ofício ou mediante
representação, notificando a autoridade questionada para que preste informação, no
prazo que assinar.
Art. 13. Recebidas ou não as informações e instruído o caso, se o Procurador dos
Direitos do Cidadão concluir que direitos constitucionais foram ou estão sendo
desrespeitados, deverá notificar o responsável para que tome as providências
necessárias a prevenir a repetição ou que determine a cessação do desrespeito
verificado.
Art. 14. Não atendida, no prazo devido, a notificação prevista no artigo anterior, a
Procuradoria dos Direitos do Cidadão representará ao poder ou autoridade competente
para promover a responsabilidade pela ação ou omissão inconstitucionais.
Art. 15. É vedado aos órgãos de defesa dos direitos constitucionais do cidadão
promover em juízo a defesa de direitos individuais lesados.
§ 1º Quando a legitimidade para a ação decorrente da inobservância da Constituição
Federal, verificada pela Procuradoria, couber a outro órgão do Ministério Público, os
elementos de informação ser-lhe-ão remetidos.
§ 2º Sempre que o titular do direito lesado não puder constituir advogado e a ação
cabível não incumbir ao Ministério Público, o caso, com os elementos colhidos, será
encaminhado à Defensoria Pública competente.
Art. 16. A lei regulará os procedimentos da atuação do Ministério Público na defesa
dos direitos constitucionais do cidadão.

Assim, o Procurador dos Direitos do Cidadão atuará de ofício (sem


provocação de ninguém) ou mediante representação, notificando a autoridade
para prestar informações sobre a possível violação aos direitos do cidadão. Se o
Procurador verificar que estão sendo desrespeitados os direitos do cidadão,
notificará o responsável para que tome as providências necessárias para fazer
cessar a violação. Não atendida a notificação no prazo assinalado a Procuradoria
representará ao Poder ou Autoridade para que promova a responsabilidade pela
ação ou omissão.
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É VEDADO AOS ÓRGÃOS DE DEFESA DOS DIREITOS


CONSTITUCIONAIS DO CIDADÃO AJUIZAR DEMANDAS COM A
FINALIDADE DE PROMOVER A DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS
LESADOS.
No caso acima, caso o particular não possa pagar por advogado, os
elementos de convicção (os documentos até então produzidos) serão enviados à
Defensoria Pública competente, que irá avaliar se é o caso de sua atuação.
Se, durante o decorrer do procedimento de apuração, se verificar que a
atribuição para ajuizar a ação decorrente da violação a estes direitos pertencer a
outro órgão do MP, os elementos de informação (os documentos até então
reunidos) deverão ser encaminhados a este.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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1.1.6!Das garantias e das prerrogativas dos membros do MPU
As garantias e prerrogativas dos membros do MPU estão elencadas no art.
17 e seguintes da LC 75/93. Vamos começar pelas garantias.
Nos termos do art. 17:
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício, não podendo perder o cargo
senão por sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do
Conselho Superior, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla
defesa;
III - (Vetado)

O inciso III se referia à irredutibilidade de vencimentos, mas foi vetado.


Quer dizer então que os membros do MPU podem ter seus vencimentos
reduzidos? NÃO! A irredutibilidade de vencimentos continua prevista, só que
apenas na Constituição, em seu art. 128, §5º, I.
Assim, vamos trabalhar com três garantias: Vitaliciedade,
inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
A Constituição Federal estabelece que:
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
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Assim:
GARANTIAS DOS MEMBROS DO MPU
VITALICIEDADE Após DOIS ANOS de efetivo exercício
INAMOVIBILIDADE Pode ser afastada por motivo de
interesse público, pelo voto da maioria
absoluta dos membros do Conselho
Superior.
IRREDUTIBILIDADE DE Irredutibilidade apenas nominal, não
SUBSÍDIOS garante aumento de subsídio para repor
perda inflacionária.

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1.1.6.1! Vitaliciedade
A vitaliciedade é a garantia de que dispõem os membros do Ministério
Público da União de só perderem o cargo em razão de sentença judicial transitada
em julgado. Ou seja, não basta mero Procedimento Administrativo Disciplinar
para que o membro do MPU seja punido com demissão do cargo. Essa decisão
tem que acontecer dentro de um processo judicial, com decisão em face
da qual não caiba mais recurso (trânsito em julgado).
Essa representa uma das maiores garantias conferidas aos membros do
MPU, pois confere aos membros do MPU uma maior segurança e liberdade no
exercício de suas funções, já que condiciona sua demissão à decisão judicial
transitada em julgado.
Mas isso não seria um privilégio aos membros do MP, ferindo a
isonomia com os demais servidores públicos? Não, pois a natureza das
funções do MP (atribuição de investigar e acusar, muitas vezes, pessoas
influentes na sociedade e na política) requer que seja a eles conferida essa
segurança, já que muitas vezes a atuação destes profissionais incomodará
pessoas que possuem grande influência e poderiam se mobilizar para “derrubar”
o membro do MP.

1.1.6.2! Inamovibilidade
Esta garantia impede que o membro do MP seja removido compulsoriamente
do seu local de atuação para outro, salvo por decisão da maioria absoluta dos
membros do colegiado competente (No caso do MPU, o Conselho Superior do
MPU), ainda assim, desde que haja interesse público devidamente
justificado e seja assegurada ao membro do MP a ampla defesa.
Desta forma, não basta que aos membros do MP seja garantida a
impossibilidade de demissão por procedimento administrativo, deve ser
garantido, ainda, que não sejam compulsoriamente removidos, para evitar
situações como a do exemplo.
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Como eu disse a vocês, o membro do MP não pode


ser removido por interesse público SALVO NO
CASO DE DECISÃO DO ÓRGÃO COLEGIADO DO
MP, por decisão da maioria absoluta, comprovado
o interesse público da medida. Ou seja, a garantia
não impede a remoção ex officio do promotor,
apenas exige que ela se dê de uma forma mais
burocrática e transparente, para evitar que seja
eventualmente utilizada de maneira irregular. O
aluno deve atentar, ainda, para o fato de que o art.
17, II da LC 75/93 exige que a decisão se dê pelo

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voto de 2/3 dos membros do Conselho Superior,
mas entende-se que prevalece o comando
Constitucional que exige apenas maioria
absoluta.

1.1.6.3! Irredutibilidade de subsídios


Segundo a Constituição:
Art. 128
(...)
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
(...)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

Esta é uma garantia financeira conferida aos membros do MP.


Semelhantemente ao que acontece com os magistrados, os membros do MP não
podem ter seus subsídios reduzidos. Alguns pontos devem ser analisados.
Primeiramente, vocês têm que saber que essa irredutibilidade não é
real, mas apenas nominal. O que quer dizer isto? Quer dizer que essa
garantia não assegura a correção anual do subsídio pelo índice da inflação, para
evitar a perda de poder aquisitivo. Garante apenas que o valor nominal pago
ao membro do MP não sofrerá redução. Ou seja, não garante reajuste
periódico. Este é o entendimento do STF!
EXEMPLO: Imaginemos que Pedro é Procurador da República, e recebe subsídio
de R$ 20.000,00. Considerando que a inflação no ano anterior foi de 10%,
segundo os índices oficiais, não pode Pedro, nem qualquer membro do MPU,
pleitear judicialmente o reajuste de 10%, para preservar o valor real do
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subsídio, pois a garantia se refere, tão-somente, à manutenção do valor que já


é pago.

Em segundo lugar, como consta da própria redação do dispositivo


constitucional, há exceção. A mais relevante delas, e a única que é cobrada em
provas de concurso é:
•! Teto do subsídio dos Ministros do STF
Nos termos do art. 37, XI da CRFB/88:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de

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legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
(...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-
bunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros
do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

Pelo que está escrito no artigo, podemos perceber que, caso um membro
do MP (seja ele qual for) estiver recebendo subsídio em valor superior ao subsídio
fixado para os Ministros do STF, este poderá ser reduzido até aquele teto
(Subsídio dos Ministros do STF) sem que haja violação à garantia da
irredutibilidade de subsídios, pois se trata de exceção prevista na própria
Constituição.
Porém, não é toda e qualquer parcela que entra nesse limite. Valores
recebidos a título de INDENIZAÇÃO não se submetem ao teto do serviço
público (Como dito, o subsídio dos Ministros do STF). Mas o que são
parcelas indenizatórias? São parcelas, valores, que são pagos ao membro do
MP não como remuneração pelo seu serviço prestado, pelo exercício de suas
funções, mas em razão de despesas por ele efetuadas para o desempenho de sua
função.
EXEMPLO: Se um membro do MPU é designado para atuar provisoriamente
numa outra comarca, ele irá ter gastos com locomoção, hospedagem,
alimentação... Esses gastos são ressarcidos pelo MP como diárias. Essas
diárias são verbas de natureza indenizatória, pois se entende que o
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membro do MP não está “lucrando” com isso, mas apenas utilizando a


verba recebida para custear suas despesas realizadas em razão do
trabalho.

As demais exceções referem-se à possibilidade de tributação do subsídio


(art. 150, II; 153, III; 153, §2°) e possibilidade de desconto direto no subsídio
para ressarcimento ao erário no caso de prática de ato de improbidade (art. 39,
§4°). O que vocês não podem se esquecer para esse concurso é que EXISTEM
EXCEÇÕES!

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1.1.7!Das prerrogativas dos membros do MPU
No que tange às prerrogativas dos membros do MPU, elas estão previstas
no art. 18 da LC 75/93, e podem ser dividas em institucionais e processuais.
As primeiras se referem a prerrogativas necessárias ao bom exercício das
funções. As segundas estão relacionadas à sua atuação processual.
Vejamos o rol das prerrogativas:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
I - institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou
presidentes dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado,
no território nacional, quando em serviço de caráter urgente;
e) o porte de arma, independentemente de autorização;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-
Geral da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas
constantes do inciso I, alíneas c, d e e do inciso II, alíneas d, e e f, deste artigo;
II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns,
pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser
processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior
Tribunal de Justiça;
c) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão
de flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata
comunicação àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de
responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito a
privacidade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito
a prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que
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tiver de ser cumprida a pena;


f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único
deste artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de
jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de
infração penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil
ou militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que
designará membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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A prerrogativa do inciso II, h do art. 18 é considerada “processual” pela Lei,
mas eu tendo a considerá-la como uma prerrogativa institucional, eis que está
vinculada à atuação funcional do membro do MPU, ainda que se refira ao
processo. Porém, está na Lei, então, paciência.
Dentre as prerrogativas não relacionadas diretamente com a atuação
institucional, a que mais merece destaque é a chamada “prerrogativa de foro”,
ou, como conhecida vulgarmente, “foro privilegiado”.
Os membros do MPU são processados e julgados (criminalmente)
perante o Órgão Judiciário imediatamente superior àqueles em que
oficiem, com exceção do PGR, que é julgado pelo STF nos crimes comuns e pelo
Senado Federal nos crimes de responsabilidade. Cuidado com isso!
Outras prerrogativas que chamam a atenção e que vocês devem estar
atentos são a prerrogativa de ser ouvido como testemunha em dia e hora
previamente agendados e a prerrogativa de não ser preso salvo por decisão
judicial do Tribunal competente ou em flagrante de crime inafiançável.
Assim, não pode um membro do MP ser intimado para ser ouvido
como testemunha em um determinado dia e horário que não tenha sido
previamente marcado. Caso o membro do MP receba uma intimação assim,
não estará obrigado a comparecer.
Também não pode o membro MP ser preso em flagrante por prática
de crime afiançável. Assim, verificando a autoridade policial que houve a
prática de crime afiançável pelo membro do MP, não poderá decretar sua prisão
em flagrante, devendo o mesmo ser liberado e responder ao processo em
liberdade.
O membro do MPU também não pode ser indiciado! O indiciamento é o
ato pelo qual a autoridade policial individualiza e aponta alguém como
especificamente investigado. Nesse caso, verificando que há possibilidade de
prática de infração penal por membro do MPU, deve ser seguido o disposto no §
único do art. 18, remetendo-se os autos ao PGR, que designará membro do MP
para dar seguimento à apuração do fato.
O membro do MPU pode ingressar e transitar livremente em qualquer
recinto público ou fechado, em razão do serviço, ressalvada a
inviolabilidade do domicílio.
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Assim, não pode o membro do MPU, valendo-se de sua prerrogativa


funcional, pretender adentrar ao domicílio de qualquer pessoa, sob pena de estar
cometendo crime de invasão de domicílio.
CUIDADO! O STF já decidiu que o escritório
do advogado, bem como de qualquer
profissional liberal É CONSIDERADO
DOMICÍLIO (HC 82788/RJ). Assim, o
membro do MPU não pode ingressar no
consultório ou escritório de profissional liberal

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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sem que haja mandado judicial, pois este é
equiparado a casa (domicílio) pelo STF1.

Os arts. 19, 20 ainda nos trazem outras prerrogativas, referentes ao


tratamento que deve ser dispensado aos membros do MPU (art. 19) e ao direito
de voz e presença nas sessões de julgamento do Poder Judiciário perante o qual
oficiem (art. 20). Vejamos:
Art. 19. O Procurador-Geral da República terá as mesmas honras e tratamento dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal; e os demais membros da instituição, as que
forem reservadas aos magistrados perante os quais oficiem.
Art. 20. Os órgãos do Ministério Público da União terão presença e palavra asseguradas
em todas as sessões dos colegiados em que oficiem.

O art. 21 descreve a natureza das prerrogativas e ainda estabelece em seu


§1º que a Lei pode conferir outras prerrogativas além das previstas na LC 75/93:
Art. 21. As garantias e prerrogativas dos membros do Ministério Público da União são
inerentes ao exercício de suas funções e irrenunciáveis.
Parágrafo único. As garantias e prerrogativas previstas nesta Lei Complementar não
excluem as que sejam estabelecidas em outras leis.

1.2!Da autonomia do MPU e sua estrutura


Como já vimos, o MPU compreende quatro “diferentes MPs”:
•! Ministério Público Federal
•! Ministério Público do Trabalho
•! Ministério Público Militar
•! Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

A autonomia do MPU abrange:


•! Autonomia funcional
•! Autonomia administrativa
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•! Autonomia financeira

Para dar efetividade a esta autonomia, o art. 22 da LC 75/93 estabelece uma


série de competências conferidas ao MPU. Vejamos:

1
O conceito de “domicílio”, segundo o STF, é BASTANTE AMPLO, englobando qualquer
compartimento habitado não aberto ao público, ainda que esteja desocupado no
momento. Com relação a Hotel e Motel, o STF entende que os quartos destes locais
podem ser considerados domicílio se estiverem ocupados (ainda que o hóspede tenha
saído no momento).

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Art. 22. Ao Ministério Público da União é assegurada autonomia funcional,
administrativa e financeira, cabendo-lhe:
I - propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;
II - prover os cargos de suas carreiras e dos serviços auxiliares;
III - organizar os serviços auxiliares;
IV - praticar atos próprios de gestão.

A autonomia financeira dá ao MPU o direito de elaborar sua proposta


orçamentária, respeitando-se sempre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias),
nos termos do art. 23. A autonomia não impede, contudo, o exercício de
fiscalização orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e
contábil, a ser exercida pelo Congresso Nacional (Controle externo), com o
auxílio do TCU. Também há fiscalização exercida mediante controle interno, por
sistema próprio (art. 23, §2º).

1.2.1!Do Procurador-Geral da República


Sobre a forma de nomeação e exoneração do PGR nós já estudamos na aula
sobre o MP na Constituição, motivo pelo qual não se faz necessária a menção ao
art. 25 e § único da LC 75/93.
O art. 26 traz as atribuições do PGR, assim elencadas:
Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da República, como Chefe do Ministério
Público da União:
I - representar a instituição;
II - propor ao Poder Legislativo os projetos de lei sobre o Ministério Público da União;
III - apresentar a proposta de orçamento do Ministério Público da União,
compatibilizando os anteprojetos dos diferentes ramos da Instituição, na forma da lei
de diretrizes orçamentárias;
IV - nomear e dar posse ao Vice-Procurador-Geral da República, ao Procurador-Geral
do Trabalho, ao Procurador-Geral da Justiça Militar, bem como dar posse ao
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios;
V - encaminhar ao Presidente da República a lista tríplice para nomeação do
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Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios;


VI - encaminhar aos respectivos Presidentes as listas sêxtuplas para composição dos
Tribunais Regionais Federais, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,
do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e dos Tribunais
Regionais do Trabalho;
VII - dirimir conflitos de atribuição entre integrantes de ramos diferentes do Ministério
Público da União;
VIII - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;
IX - prover e desprover os cargos das carreiras do Ministério Público da União e de
seus serviços auxiliares;
X - arbitrar o valor das vantagens devidas aos membros do Ministério Público da União,
nos casos previstos nesta Lei Complementar;
XI - fixar o valor das bolsas devidas aos estagiários;

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
XII - exercer outras atribuições previstas em lei;
XIII - exercer o poder regulamentar, no âmbito do Ministério Público da União,
ressalvadas as competências estabelecidas nesta Lei Complementar para outros
órgãos nela instituídos.
§ 1º O Procurador-Geral da República poderá delegar aos Procuradores-Gerais as
atribuições previstas nos incisos VII e VIII deste artigo.
§ 2º A delegação também poderá ser feita ao Diretor-Geral da Secretaria do Ministério
Público da União para a prática de atos de gestão administrativa, financeira e de
pessoal, estes apenas em relação aos servidores e serviços auxiliares.

As funções do PGR são basicamente as de qualquer chefe de Instituição, ou


seja, representar a Instituição, propor os projetos de Lei, etc.
Além disso, devemos fazer algumas observações importantes quanto às
atribuições do PGR:
•! O PGR nomeia e dá posse ao Vice-PGR, ao PGT e PGJM, e
apenas dá posse ao PGJDFT. O PGR NÃO nomeia o PGJDFT, essa
tarefa cabe ao Presidente da República (O PGR apenas encaminha lista
tríplice).
•! O PGR resolve eventuais conflitos de atribuição entre membros
de diferentes ramos do MPU.
•! O PGR pode exercer outras atribuições não previstas na LC
75/93, desde que previstas em Lei, pois não se trata de um rol
taxativo, mas meramente exemplificativo.

O PGR deve nomear um Vice-PGR, dentre os integrantes da carreira2,


maiores de 35 anos, que o substitui em seus impedimentos. No caso de
vacância do cargo de PGR (renúncia, morte, etc.), o Vice-PGR NÃO
ASSUME. Quem exercerá o cargo, neste caso, é o Vice-Presidente do Conselho
Superior do MPF, até que seja definitivamente provido o cargo (art. 27 da Lei).

1.2.2!Do Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da


União 03924247382

O CASMPU é um órgão colegiado, presidido pelo PGR, integrado


também pelo Vice-PGR, pelo PGT, pelo PGJM e pelo PGJDFT.
A função do CASMPU é OPINAR sobre matérias de interesse geral da
Instituição, nos termos do art. 30 da Lei:
Art. 30. O Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União deverá
opinar sobre as matérias de interesse geral da Instituição, e em especial sobre:
I - projetos de lei de interesse comum do Ministério Público da União, neles incluídos:

2
CUIDADO! Como veremos mais à frente, o Vice-PGR deverá ser, necessariamente, um
Subprocurador-Geral da República, que é o membro da classe mais elevada da carreira
do MPF, nos termos do art. 67, I da LC 75/93.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
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a) os que visem a alterar normas gerais da Lei Orgânica do Ministério Público da União;
b) a proposta de orçamento do Ministério Público da União;
c) os que proponham a fixação dos vencimentos nas carreiras e nos serviços
auxiliares;
II - a organização e o funcionamento da Diretoria-Geral e dos Serviços da Secretaria
do Ministério Público da União.

As reuniões do CASMPU serão CONVOCADAS pelo PGR, e qualquer


dos demais membros poderá SOLICITAR a sua realização (art. 29 da Lei).

1.2.3!Das carreiras e dos serviços auxiliares


Quando a Lei se refere a carreiras, está se referindo exclusivamente
aos MEMBROS do MPU, não abarcando os analistas e técnicos, que fazem parte
dos “serviços auxiliares”.
As carreiras dos diferentes ramos do MPU são independentes entre si, e as
funções do MPU somente podem ser exercidas por seus membros respectivos,
que devem residir no local em que atuem (arts. 32 e 33 da Lei).
No que tange aos serviços auxiliares, o art. 36 estabelece que sua
organização se dará necessariamente em quadro próprio de carreira (não “da
carreira”, pois “a carreira” é só a dos membros do MPU), sob regime estatutário,
para apoio técnico-administrativo às atividades da Instituição.

2! RESUMO
Definição - O Ministério Público não integra nenhum dos Poderes da República,
sendo Instituição autônoma. “Instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis. ”
Controle externo da atividade policial - O MP tem a atribuição para
FISCALIZAR o exercício da atividade policial. Através desta fiscalização, caso seja
constatada alguma irregularidade, o MP pode adotar as medidas judiciais ou
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extrajudiciais cabíveis para resolver o problema.


OBS.: O MPU exerce o controle EXTERNO da atividade policial, pois o MPU NÃO
INTEGRA a mesma estrutura da polícia. Quem exerce o controle INTERNO
da atividade policial é a CORREGEDORIA da polícia respectiva.

Princípios institucionais do MP – Os princípios institucionais do MP são a


Unidade, a indivisibilidade e a independência funcional:
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MP
PRINCÍPIO SIGNIFICADO OBSERVAÇÕES
RELEVANTES

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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UNIDADE O MP é apenas um, O princípio da Unidade


embora cada deve ser entendido como
membro seja o Unidade dentro de cada
“próprio MP”. Todos MP (Unidade
os membros do MP administrativa).
formam um só Funcionalmente o MP é
corpo. uma Instituição única, de
forma que nada impede
que nada impede que MPs
diferentes atuem num
mesmo processo, em
fases diferentes.
INDIVISIBILIDADE Os membros do MP Quem atua no processo
(do mesmo ramo) não é o promotor, é o MP.
podem se substituir O membro do MP é apenas
uns aos outros, o meio utilizado para a
sem qualquer materialização da vontade
impedimento. Esse do MP.
princípio deriva do
princípio da
unidade, pois tira
seu fundamento
daquele.
INDEPENDÊNCIA Este princípio Em relação à atividade
FUNCIONAL garante que os administrativa, há
membros do hierarquia. A
Ministério Púbico, independência se aplica
no exercício de apenas à atividade
suas funções, não funcional.
se submetem à
nenhuma
hierarquia de
ordem 03924247382

ideológico-
jurídica. O
membro do MP tem
liberdade total para
atuar conforme
suas ideias
jurídicas.

Funções institucionais do MPU - Não há uma relação de conflito entre o rol de


funções institucionais previsto na LC 75/93 e o rol de funções institucionais
previsto na Constituição. Ambos coexistem de forma harmoniosa. O rol do art.

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129 se refere ao MP em geral, sem fazer distinção quanto ao ramo de atuação.
Já a LC 75/93 se refere exclusivamente ao MPU.
OBS.: O rol de funções institucionais NÃO É TAXATIVO, ou seja, é possível
que sejam atribuídas outras funções institucionais, através de Lei, e desde que
sejam compatíveis com a natureza da Instituição.

Instrumentos disponíveis para o desempenho das funções institucionais


⇒! O MPU promove as ações abstratas (ADI, ADPF, ADI por omissão etc.);
⇒! O MPU promove PRIVATIVAMENTE a ação penal pública (nos casos de
sua competência, ressalvada a competências dos MPEs);
⇒! O MPU promove ações de cunho coletivo (ação civil pública), com a
finalidade de proteger bens de valor coletivo (direitos coletivos e difusos,
individuais homogêneos, etc.), podendo instaurar ICP (Inquérito Civil
Público, uma espécie de inquérito para matérias cíveis) para melhor conduzir
os trabalhos;
⇒! O MPU se manifesta nos processos, em qualquer fase, por solicitação
do Juiz ou iniciativa própria, SEMPRE QUE ENTENDER EXISTENTE
INTERESSE QUE JUSTIFIQUE A ATUAÇÃO DO MPU;
⇒! O MPU não pode decretar a quebra de sigilo das informações
telefônicas, das correspondências e telegráficas, mas pode e deve
REPRESENTAR À AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE requerendo
a quebra destes sigilos, quando necessário é possível, de acordo com a
lei;
⇒! O MPU NÃO INSTAURA INQUÉRITO POLICIAL, mas pode requisitar sua
instauração;
⇒! O MPU pode expedir notificações para oitiva de testemunhas, e no caso
de não comparecimento injustificado, pode REQUISITAR sua condução
coercitiva. Pode, ainda, requisitar informações, documentos, exames e
perícias de entidades da administração pública, bem como serviços
temporários de seus servidores. De entidades privadas pode
requisitar, apenas, informações e documentos.
⇒! Ter acesso livre a qualquer local público ou privado, RESSALVADA a
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inviolabilidade do domicílio (ou seja, para entrar no domicílio de alguém


somente com autorização judicial);

Defesa dos direitos constitucionais do cidadão - Trata-se de uma forma de


atuação do MPU cuja finalidade é especificamente a defesa dos direitos
constitucionais do cidadão em face do Poder Público ou prestadores de serviço de
relevância pública.
Procurador dos Direitos do Cidadão - Atuará de ofício (sem provocação de
ninguém) ou mediante representação, notificando a autoridade para prestar
informações sobre a possível violação aos direitos do cidadão.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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Garantias e prerrogativas dos membros do MP -
GARANTIAS DOS MEMBROS DO MPU
VITALICIEDADE Após DOIS ANOS de efetivo exercício
INAMOVIBILIDADE Pode ser afastada por motivo de interesse
público, pelo voto da maioria absoluta dos
membros do Conselho Superior.
IRREDUTIBILIDADE Irredutibilidade apenas nominal, não
DE SUBSÍDIOS garante aumento de subsídio para repor perda
inflacionária.

Vitaliciedade - A vitaliciedade é a garantia de que dispõem os membros do


Ministério Público da União de só perderem o cargo em razão de sentença judicial
transitada em julgado.
Inamovibilidade - Esta garantia impede que o membro do MP seja removido
compulsoriamente do seu local de atuação para outro, salvo por decisão da
maioria absoluta dos membros do colegiado competente (No caso do MPU,
o Conselho Superior do MPU), ainda assim, desde que haja interesse público
devidamente justificado e seja assegurada ao membro do MP a ampla
defesa.
Irredutibilidade de subsídios - Esta é uma garantia financeira conferida aos
membros do MP. Semelhantemente ao que acontece com os magistrados, os
membros do MP não podem ter seus subsídios reduzidos.
EXCEÇÃO: Pode ser reduzido o subsídio que estiver ultrapassando o teto do
funcionalismo público (desconsideradas as parcelas de natureza indenizatória).

Prerrogativas dos membros do MPU


Podem ser dividas em institucionais e processuais.
Prerrogativas Institucionais - Necessárias ao bom exercício das funções, pelo
simples fato de serem membros do MP, ainda que não estejam em efetivo
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exercício (Ex.: porte de arma).


Prerrogativas processuais - Estão relacionadas à sua atuação processual
(Ex.: receber intimação pessoal).

Foro por prerrogativa de função - Os membros do MPU são processados


e julgados (criminalmente) perante o Órgão Judiciário imediatamente
superior àqueles em que oficiem, com exceção do PGR, que é julgado pelo
STF nos crimes comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

Estrutura do MPU
•! Ministério Público Federal

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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•! Ministério Público do Trabalho
•! Ministério Público Militar
•! Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

Autonomia do MPU
•! Autonomia funcional
•! Autonomia administrativa
•! Autonomia financeira
OBS.: A autonomia não impede, contudo, o exercício de fiscalização
orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e contábil, a ser
exercida pelo Congresso Nacional (Controle externo), com o auxílio do TCU.
Também há fiscalização exercida mediante controle interno, por sistema próprio
(art. 23, §2º).

PGR
Funções - As funções do PGR são basicamente as de qualquer chefe de
Instituição, ou seja, representar a Instituição, propor os projetos de Lei, etc.
Observações importantes quanto às atribuições do PGR
⇒! O PGR nomeia e dá posse ao Vice-PGR, ao PGT e PGJM, e apenas dá posse
ao PGJDFT. O PGR NÃO nomeia o PGJDFT, essa tarefa cabe ao Presidente
da República (O PGR apenas encaminha lista tríplice).
⇒! O PGR resolve eventuais conflitos de atribuição entre membros de diferentes
ramos do MPU.
⇒! O PGR pode exercer outras atribuições não previstas na LC 75/93, desde que
previstas em Lei, pois não se trata de um rol taxativo, mas meramente
exemplificativo.

OBS.: O PGR deve nomear um Vice-PGR, dentre os integrantes da carreira,


maiores de 35 anos, que o substitui em seus impedimentos. No caso de
vacância do cargo de PGR (renúncia, morte, etc.), o Vice-PGR NÃO
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ASSUME. Quem exercerá o cargo, neste caso, é o Vice-Presidente do Conselho


Superior do MPF, até que seja definitivamente provido o cargo.

Conselho de Assessoramento Superior do MPU


Natureza - O CASMPU é um órgão colegiado, presidido pelo PGR, integrado
também pelo Vice-PGR, pelo PGT, pelo PGJM e pelo PGJDFT.
Função - A função do CASMPU é OPINAR sobre matérias de interesse geral
da Instituição.
Reuniões - As reuniões do CASMPU serão CONVOCADAS pelo PGR, e
qualquer dos demais membros poderá SOLICITAR a sua realização.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo

Carreiras e serviços auxiliares


Carreira (apenas membros) - As carreiras dos diferentes ramos do MPU são
independentes entre si, e as funções do MPU somente podem ser exercidas por
seus membros respectivos, que devem residir no local em que atuem.
Serviços auxiliares – Sua organização se dará necessariamente em quadro
próprio de carreira (não “da carreira”, pois “a carreira” é só a dos membros do
MPU), sob regime estatutário, para apoio técnico-administrativo às atividades da
Instituição.
___________
Bons estudos!
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3! EXERCÍCIOS DA AULA

01.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


Os instrumentos de atuação do MPU na defesa da ordem jurídica incluem o
ajuizamento, pelo procurador-geral da República, de ADC de lei ou ato normativo
federal e de ADPF decorrente da CF.

02.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


Se, em sede de investigação criminal ou instrução processual penal conduzida
pelo MPU, fizer-se necessária a quebra do sigilo de comunicação telefônica e fiscal
de indivíduo investigado ou processado, o parquet deverá requerê-la ao órgão
judicial competente, já que não tem competência para determiná-la
unilateralmente. 03924247382

03.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


De acordo com a CF, são princípios institucionais do MP a independência
funcional, a indivisibilidade e a unidade.

04.! (CESPE – 2014 – MPE-AC – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


Considere que um promotor de justiça de determinado estado da Federação tenha
requisitado a instauração de inquérito policial e que, no curso da investigação, o
delegado constate indício de que membro do MPU tenha cometido infração penal.
Nessa situação, com base na Lei Complementar n.º 75/1993,

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
a) os autos deverão ser remetidos ao procurador-geral da República para as
providências pertinentes.
b) o membro do MPU deverá ser indiciado, e o delegado continuará a
investigação.
c) o promotor de justiça deverá continuar a investigação.
d) o procurador de justiça do estado deverá dar continuidade à investigação.
e) o procurador regional da República deverá dar continuidade à investigação

05.! (FCC – 2013 – MPE-CE – ANALISTA MINISTERIAL)


De acordo com a Lei Complementar Federal no 75/93, é prerrogativa processual
do Procurador-Geral da República ser processado e julgado, nos crimes comuns
a) pelo Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo
Congresso Nacional.
b) e nos crimes de responsabilidade pelo Supremo Tribunal Federal.
c) pelo Superior Tribunal de Justiça e nos crimes de responsabilidade pelo
Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo Senado
Federal.
e) e nos crimes de responsabilidade pelo Senado Federal.

06.! (MPE-SC – 2013 – MPE-SC – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


Segundo a Lei Complementar n. 75/93, o Ministério Público da União exercerá o
controle externo da atividade policial por meio de medidas judiciais e
extrajudiciais podendo, entre outras medidas, ter livre ingresso em
estabelecimentos policiais ou prisionais e ter acesso a quaisquer documentos
relativos à atividade-meio policial.

07.! (MPE-SC – 2013 – MPE-SC – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


O membro do Ministério Público da União detém prerrogativa de não ser indiciado
em inquérito policial.
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08.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)


Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida
de uma assertiva a ser julgada com relação ao Ministério Público e suas funções.
Um procurador da República está atuando em determinado processo criminal
sobre tráfico ilícito de drogas. Nessa situação, conforme o princípio da
indivisibilidade, poderá haver substituição do procurador.

09.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Com relação ao MPU e aos Ministérios Públicos dos entes federados, julgue os
próximos itens.
O procurador-geral da República é a maior autoridade na hierarquia do MPU, e
sua nomeação, pelo presidente da República, está condicionada à aprovação de
seu nome pela maioria simples do Congresso Nacional.

10.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)


Com relação ao MPU e aos Ministérios Públicos dos entes federados, julgue os
próximos itens.
Cabe ao procurador-geral da República apresentar a proposta de orçamento do
MPU, que é feita com base na compatibilização dos anteprojetos originários dos
diferentes ramos da instituição, e é objeto de avaliação obrigatória do Conselho
de Assessoramento Superior do MPU.

11.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)


No que diz respeito aos procuradores-gerais de justiça e aos membros do MPU,
julgue os itens seguintes.
Caso o procurador-geral da República cometa homicídio qualificado, ele deverá
ser processado e julgado por esse crime perante o Senado Federal.

12.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


Com relação à Lei Orgânica do MPU, bem como às funções, aos princípios
institucionais e à autonomia funcional e administrativa do Ministério Público (MP),
julgue os itens a seguir.
Se um membro do MP, no exercício do controle externo da atividade policial,
comparecer a determinado estabelecimento policial, a ele deverá ser dado acesso
a todo documento que esteja na instituição.

13.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


Com relação à Lei Orgânica do MPU, bem como às funções, aos princípios
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institucionais e à autonomia funcional e administrativa do Ministério Público (MP),


julgue os itens a seguir.
É função institucional do MP promover o inquérito civil e a ação civil pública para
proteger patrimônio público e social que sofra ameaça de lesão.

14.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


No que se refere aos vários MPs, ao procurador-geral da República e aos demais
procuradores-gerais, julgue os próximos itens.
O procurador-geral da República pode ser exonerado por iniciativa do presidente
da República depois de autorização da maioria absoluta dos membros do Senado
Federal, em votação secreta.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo

15.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


No que se refere aos vários MPs, ao procurador-geral da República e aos demais
procuradores-gerais, julgue os próximos itens.
Com carreiras independentes entre si e com organizações próprias, o MP junto
ao TCU e o MPF integram o MPU.

16.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


No que diz respeito aos membros do MPU e às funções exclusivas e concorrentes
do MP, julgue os itens subsequentes.
Se, em investigação realizada pela Polícia Federal, forem constatados indícios da
prática de infração penal por membro do MPU, e se a infração for da competência
da justiça federal, a autoridade responsável poderá indiciar o referido membro,
mas deverá informar o andamento das investigações ao procurador-geral da
República e ao corregedor-geral do MPF.

17.! (CESPE – 2006 - MPE-AM – ADMINISTRATIVO – AGENTE TÉCNICO


JURÍDICO)
A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios
institucionais do Ministério Público.

18.! (NUCEPE – 2008 - MPE-PI – 2008 – ANALISTA PROCESSUAL)


Quanto aos princípios relativos ao Ministério Público, assinale a alternativa
correta.
A) A indivisibilidade significa que os integrantes da carreira podem ser
substituídos, uns pelos outros, desde que da mesma carreira, segundo
prescrições legais.
B) O princípio da independência funcional se refere aos aspectos administrativos
do desempenho funcional do membro do Ministério Público, porém não está
relacionado com questões jurídicas referentes à sua atividade funcional.
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C) O princípio da unidade significa, basicamente, que os membros do Ministério


Público integram um só órgão, sob a direção do Conselho Nacional do Ministério
Público.
D) A partir do princípio da unidade, foi deduzida a doutrina do promotor natural.
E) O princípio da independência funcional pode ser suprimido em virtude de
decisões do Procurador Geral.

19.! (NUCEPE – 2008 - MPE-PI – 2008 – ANALISTA PROCESSUAL)


São princípios institucionais do Ministério Público:
A) a moralidade, a legalidade e a impessoalidade.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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B) a moralidade, a legalidade e a publicidade.
C) a eficiência, a moralidade e a impessoalidade.
D) a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
E) a divisibilidade, a legalidade e a independência funcional.

20.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA)


O MPU é instituição permanente, essencial ao exercício de todas as funções do
Estado Democrático de Direito.

21.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA)


A proposta orçamentária é matéria que exige a demarcação de diretrizes. Para
tanto, é necessária a compatibilização dos diferentes ramos do MPU, na forma da
lei de diretrizes orçamentárias.

22.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA)


A preservação da ordem pública, a independência funcional e a indisponibilidade
da persecução penal são princípios institucionais do MPU.

23.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


A estrutura completa do MPU é constituída por: Ministério Público Federal e
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

24.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Na defesa dos direitos constitucionais do cidadão, o procurador-geral da
República representa ao poder competente para a promoção da responsabilidade
nos casos comprovados de omissões inconstitucionais.

25.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


No exercício de sua autonomia funcional, administrativa e financeira, cabe ao
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MPU propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, assim


como a fixação dos vencimentos dos seus membros e servidores.

26.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


É prerrogativa processual do procurador-geral da República ser processado e
julgado, nos crimes comuns, pelo Supremo Tribunal Federal.

27.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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Para exercer o controle externo da atividade policial, o MPU emprega meios
estritamente judiciais e só pode representar à autoridade competente requerendo
a instauração de inquérito.

28.! (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA DE INFORMÁTICA - BANCO DE


DADOS)
As funções institucionais do MPU definidas pela Constituição Federal são
enumeradas de modo taxativo.

29.! (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA DE INFORMÁTICA - BANCO DE


DADOS)
Pelo princípio da indivisibilidade, há possibilidade de um procurador substituir
outro no exercício de suas funções.

30.! (ESAF - 2004 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Os membros do Ministério Público da União que oficiem perante juízos de
primeira instância são processados e julgados, nos crimes comuns e de
responsabilidade
A) pelos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes de sua competência.
B) pelo Superior Tribunal de Justiça, quando integrantes de órgão superior da
Instituição.
C) pelos Tribunais Regionais Federais, qualquer que seja a natureza do delito.
D) pelos Juízes Federais de primeira instância, exceto se procuradores regionais
da República.
E) pelo Supremo Tribunal Federal.

31.! (ESAF - 2004 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Aos membros do Ministério Público da União a lei confere as seguintes
prerrogativas de caráter irrenunciável, exceto
A) ser intimado pessoalmente, com a remessa dos autos.
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B) não ser indiciado em inquérito policial.


C) ser ouvido, como testemunha, em dia e local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente.
D) não ser preso em razão de flagrante de crime inafiançável.
E) ter ingresso e trânsito livres, em razão do serviço, em qualquer recinto público
ou privado.

32.! (ESAF - 2004 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


A proteção dos direitos constitucionais do cidadão, conferida ao procurador dos
Direitos do Cidadão, não compreende o poder de

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
A) notificar a autoridade questionada para que preste informações.
B) promover em juízo a defesa de direitos individuais lesados.
C) notificar o responsável para que determine a cessação do desrespeito
verificado.
D) representar à autoridade competente para que promova a responsabilidade
pela ação ou omissão inconstitucionais.
E) agir de ofício.

33.! (CESPE – 2013 – MPU – TÉCNICO)


Aos membros do MP é garantida constitucionalmente a vitaliciedade após dois
anos de exercício no cargo, ressalvada a perda do cargo por sentença judicial
transitada em julgado.

34.! (CESPE – 2013 – MPU – TÉCNICO)


Uma das garantias estabelecidas pela CF aos membros do MP é a inamovibilidade
absoluta.

35.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


O MPU possui competência para ajuizar, em defesa do meio ambiente, ação civil
pública cujo pedido principal seja a declaração de inconstitucionalidade de
determinada lei federal.

4! EXERCÍCIOS COMENTADOS

01.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


Os instrumentos de atuação do MPU na defesa da ordem jurídica incluem
o ajuizamento, pelo procurador-geral da República, de ADC de lei ou ato
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normativo federal e de ADPF decorrente da CF.


COMENTÁRIOS: O item está correto, pois o MPU possui legitimidade para,
através do PGR, ajuizar a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) e
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Vejamos:
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
I - promover a ação direta de inconstitucionalidade e o respectivo pedido de medida
cautelar;
(...)
III - promover a argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da
Constituição Federal;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
02.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)
Se, em sede de investigação criminal ou instrução processual penal
conduzida pelo MPU, fizer-se necessária a quebra do sigilo de
comunicação telefônica e fiscal de indivíduo investigado ou processado,
o parquet deverá requerê-la ao órgão judicial competente, já que não
tem competência para determiná-la unilateralmente.
COMENTÁRIOS: De fato, o MPU não possui o poder de determinar a quebra do
sigilo das comunicações telefônicas nem a quebra do sigilo fiscal de qualquer
pessoa, devendo requerer ao Poder Judiciário tal providência.
Vejamos:
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
XVIII - representar;
a) ao órgão judicial competente para quebra de sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, bem como manifestar-se sobre
representação a ele dirigida para os mesmos fins;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

03.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


De acordo com a CF, são princípios institucionais do MP a independência
funcional, a indivisibilidade e a unidade.
COMENTÁRIOS: De fato, estes são os princípios institucionais do MPU, previstos
no art. 127, §1º da CRFB/88:
Art. 127 (...)
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.
O art. 4º da LC 75/93 traz a seguinte redação:
Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da União a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

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04.! (CESPE – 2014 – MPE-AC – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


Considere que um promotor de justiça de determinado estado da
Federação tenha requisitado a instauração de inquérito policial e que, no
curso da investigação, o delegado constate indício de que membro do
MPU tenha cometido infração penal. Nessa situação, com base na Lei
Complementar n.º 75/1993,
a) os autos deverão ser remetidos ao procurador-geral da República para
as providências pertinentes.
b) o membro do MPU deverá ser indiciado, e o delegado continuará a
investigação.
c) o promotor de justiça deverá continuar a investigação.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
d) o procurador de justiça do estado deverá dar continuidade à
investigação.
e) o procurador regional da República deverá dar continuidade à
investigação
COMENTÁRIOS: Neste caso os autos do IP deverão ser remetidos ao PGR, que
determinará as providências cabíveis (indicação de membro do MP para
prosseguir na apuração do fato). Vejamos:
Art. 18 (...)
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de
infração penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil
ou militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que
designará membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

05.! (FCC – 2013 – MPE-CE – ANALISTA MINISTERIAL)


De acordo com a Lei Complementar Federal no 75/93, é prerrogativa
processual do Procurador-Geral da República ser processado e julgado,
nos crimes comuns
a) pelo Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo
Congresso Nacional.
b) e nos crimes de responsabilidade pelo Supremo Tribunal Federal.
c) pelo Superior Tribunal de Justiça e nos crimes de responsabilidade
pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo
Senado Federal.
e) e nos crimes de responsabilidade pelo Senado Federal.
COMENTÁRIOS: O PGR tem a prerrogativa processual de ser processado e
julgado, nos crimes comuns, pelo STF, e nos crimes de responsabilidade pelo
Senado Federal, nos termos do art. 18, II da LC 75/93:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
(...) 03924247382

II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns,
pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

06.! (MPE-SC – 2013 – MPE-SC – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


Segundo a Lei Complementar n. 75/93, o Ministério Público da União
exercerá o controle externo da atividade policial por meio de medidas
judiciais e extrajudiciais podendo, entre outras medidas, ter livre
ingresso em estabelecimentos policiais ou prisionais e ter acesso a
quaisquer documentos relativos à atividade-meio policial.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
COMENTÁRIOS: Cuidado! O item está errado pois fala em “atividade-meio”
policial, pois a atuação do MP, nesta seara, se dá em relação à atividade-fim da
polícia. Vejamos:
Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial
por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo:
(...)
II - ter acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial;
Com relação aos documentos referentes à atividade-meio da Polícia, ela será
considerada como mais um órgão qualquer da administração pública.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

07.! (MPE-SC – 2013 – MPE-SC – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


O membro do Ministério Público da União detém prerrogativa de não ser
indiciado em inquérito policial.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois esta é a previsão do art. 18, II, f da LC
75/93:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
(...)
II - processuais:
(...)
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único
deste artigo;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

08.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)


Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com relação ao Ministério Público
e suas funções.
Um procurador da República está atuando em determinado processo
criminal sobre tráfico ilícito de drogas. Nessa situação, conforme o
princípio da indivisibilidade, poderá haver substituição do procurador.
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COMENTÁRIOS: Item correto. Pelo princípio da indivisibilidade, os membros do


MP (do mesmo ramo) podem se substituir uns aos outros, sem qualquer
impedimento. Na verdade, esse princípio deriva do princípio da unidade, pois tira
seu fundamento daquele.
Lembrando que esta substituição pode ocorrer se fundamentada em regras gerais
e abstratas de fixação de atribuições e substituição dos membros. Não pode o
PGR, por exemplo, substituir um membro do MP por outro, ao seu bel prazer,
pois isso violaria o princípio do Promotor Natural.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

09.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Com relação ao MPU e aos Ministérios Públicos dos entes federados,
julgue os próximos itens.
O procurador-geral da República é a maior autoridade na hierarquia do
MPU, e sua nomeação, pelo presidente da República, está condicionada
à aprovação de seu nome pela maioria simples do Congresso Nacional.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois é necessária a aprovação do nome do futuro
PGR pela maioria ABSOLUTA do Senado Federal (SENADO, não Congresso).
Vejamos:
Art. 128 (...)
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de
trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

10.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)


Com relação ao MPU e aos Ministérios Públicos dos entes federados,
julgue os próximos itens.
Cabe ao procurador-geral da República apresentar a proposta de
orçamento do MPU, que é feita com base na compatibilização dos
anteprojetos originários dos diferentes ramos da instituição, e é objeto
de avaliação obrigatória do Conselho de Assessoramento Superior do
MPU.
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois, de fato, cabe ao PGR unificar os
anteprojetos para fins de consolidação da proposta orçamentária do MPU,
submetendo à avaliação prévia do Conselho de Assessoramento Superior do MPU,
nos termos dos arts. 26, III e 30, I b da LC 75/93:
Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da República, como Chefe do Ministério
Público da União:
(...)
III - apresentar a proposta de orçamento do Ministério Público da União,
compatibilizando os anteprojetos dos diferentes ramos da Instituição, na forma da lei
de diretrizes orçamentárias;
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[...]
Art. 30. O Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União deverá
opinar sobre as matérias de interesse geral da Instituição, e em especial sobre:
I - projetos de lei de interesse comum do Ministério Público da União, neles incluídos:
(...)
b) a proposta de orçamento do Ministério Público da União;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

11.! (CESPE - 2015 - MPU - ANALISTA)

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
No que diz respeito aos procuradores-gerais de justiça e aos membros
do MPU, julgue os itens seguintes.
Caso o procurador-geral da República cometa homicídio qualificado, ele
deverá ser processado e julgado por esse crime perante o Senado
Federal.
COMENTÁRIOS: Item errado. No caso de prática de crime COMUM pelo PGR ele
deverá ser processado e julgado perante o STF. Vejamos o art. 102, I, b da
Constituição:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os
membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;
Além disso, existe norma no mesmo sentido, na LC 75/93, em seu art. 18, II, a:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
(...)
II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns,
pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

12.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


Com relação à Lei Orgânica do MPU, bem como às funções, aos princípios
institucionais e à autonomia funcional e administrativa do Ministério
Público (MP), julgue os itens a seguir.
Se um membro do MP, no exercício do controle externo da atividade
policial, comparecer a determinado estabelecimento policial, a ele
deverá ser dado acesso a todo documento que esteja na instituição.
COMENTÁRIOS: Item errado!! Cuidado! O exercício do controle externo permite
ao membro do MP o acesso irrestrito aos documentos relativos à atividade-fim da
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Polícia, e não a qualquer documento. Vejamos o art. 9º, II da LC 75/93:


Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial
por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo:
(...)
II - ter acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

13.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


Com relação à Lei Orgânica do MPU, bem como às funções, aos princípios
institucionais e à autonomia funcional e administrativa do Ministério
Público (MP), julgue os itens a seguir.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
É função institucional do MP promover o inquérito civil e a ação civil
pública para proteger patrimônio público e social que sofra ameaça de
lesão.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois esta é uma das funções do MP, nos termos
do art. 6º, VII, b da LC 75/93:
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
(...)
VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para:
(...)
b) a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, dos bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

14.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


No que se refere aos vários MPs, ao procurador-geral da República e aos
demais procuradores-gerais, julgue os próximos itens.
O procurador-geral da República pode ser exonerado por iniciativa do
presidente da República depois de autorização da maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, em votação secreta.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois esta é a previsão contida no art. 25, § único
da LC 75/93:
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do Ministério Público da União,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de
trinta e cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão do Senado
Federal.
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República, por
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Senado Federal, em votação secreta.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

15.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


No que se refere aos vários MPs, ao procurador-geral da República e aos
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demais procuradores-gerais, julgue os próximos itens.


Com carreiras independentes entre si e com organizações próprias, o MP
junto ao TCU e o MPF integram o MPU.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois o MP junto ao TCU não integra o MPU, que é
integrado apenas pelo MPF, MPT, MPM e MPDFT. Vejamos:
Art. 24. O Ministério Público da União compreende:
I - O Ministério Público Federal;
II - o Ministério Público do Trabalho;
III - o Ministério Público Militar;
IV - o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Parágrafo único. A estrutura básica do Ministério Público da União será organizada por
regulamento, nos termos da lei.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

16.! (CESPE - 2015 - MPU - TÉCNICO)


No que diz respeito aos membros do MPU e às funções exclusivas e
concorrentes do MP, julgue os itens subsequentes.
Se, em investigação realizada pela Polícia Federal, forem constatados
indícios da prática de infração penal por membro do MPU, e se a infração
for da competência da justiça federal, a autoridade responsável poderá
indiciar o referido membro, mas deverá informar o andamento das
investigações ao procurador-geral da República e ao corregedor-geral do
MPF.
COMENTÁRIOS: Item errado. Neste caso, o membro não será indiciado,
devendo os autos serem remetidos ao PGR, que designará membro do MPU para
dar seguimento às investigações. Vejamos:
Art. 18 (...)
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de
infração penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil
ou militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que
designará membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

17.! (CESPE – 2006 - MPE-AM – ADMINISTRATIVO – AGENTE TÉCNICO


JURÍDICO)
A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios
institucionais do Ministério Público.
COMENTÁRIOS: Essa afirmativa é “mamão com açúcar”! Transcreve
exatamente o que está disposto no art. 127, §1° da Constituição. Vejamos:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.
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§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e


a independência funcional.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

18.! (NUCEPE – 2008 - MPE-PI – 2008 – ANALISTA PROCESSUAL)


Quanto aos princípios relativos ao Ministério Público, assinale a
alternativa correta.
A) A indivisibilidade significa que os integrantes da carreira podem ser
substituídos, uns pelos outros, desde que da mesma carreira, segundo
prescrições legais.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
B) O princípio da independência funcional se refere aos aspectos
administrativos do desempenho funcional do membro do Ministério
Público, porém não está relacionado com questões jurídicas referentes à
sua atividade funcional.
C) O princípio da unidade significa, basicamente, que os membros do
Ministério Público integram um só órgão, sob a direção do Conselho
Nacional do Ministério Público.
D) A partir do princípio da unidade, foi deduzida a doutrina do promotor
natural.
E) O princípio da independência funcional pode ser suprimido em virtude
de decisões do Procurador Geral.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Como estudamos na parte teórica, a indivisibilidade do MP é um
princípio que deriva do princípio da unidade do MP, e permite que os membros
do MP, integrantes da mesma carreira, se substituam uns pelos outros, sem que
haja prejuízo à atuação do MP, exatamente pelo fato, lembrem-se, de que a
vontade externada não é a vontade do promotor, mas a vontade do MP, enquanto
instituição.
B) ERRADA: A afirmativa inverte (maldosamente!) os conceitos, pois a
independência funcional se refere exatamente aos aspectos jurídicos relativos à
atividade funcional do membro do MP, não às questões administrativas, onde não
essa independência, mas sim hierarquia.
C) ERRADA: A afirmativa até que começa bem, afirmando que os membros do
MP integram um só órgão, mas erra ao afirmar que estão sob a direção do
Conselho Nacional do MP. O Conselho Nacional do MP é órgão administrativo do
MP, e de caráter nacional, ou seja, supervisiona (como uma corregedoria) a
atuação dos membros de todos os MP’s.
D) ERRADA: Não vamos tratar aqui da teoria do promotor natural, porque fugiria
ao nosso escopo, mas podemos adiantar que a questão está incorreta, pois o
princípio do promotor natural não está relacionado diretamente a nenhum dos
três grandes princípios institucionais do MP, embora haja quem relacione tal
princípio ao da independência funcional (Pois ele serve para garantir tal princípio).
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E) ERRADA: Como vimos, o princípio da independência funcional possui índole


constitucional, não podendo o PGJ, ou qualquer outro chefe de MP, reduzi-lo ou
suprimi-lo, pois isto seria flagrantemente inconstitucional.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

19.! (NUCEPE – 2008 - MPE-PI – 2008 – ANALISTA PROCESSUAL)


São princípios institucionais do Ministério Público:
A) a moralidade, a legalidade e a impessoalidade.
B) a moralidade, a legalidade e a publicidade.
C) a eficiência, a moralidade e a impessoalidade.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
D) a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
E) a divisibilidade, a legalidade e a independência funcional.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Os princípios da moralidade, legalidade e impessoalidade são
princípios que se aplicam à administração pública, de um modo geral, nos termos
do art. 37 da Constituição. Entretanto, isto não quer dizer que não se apliquem
ao MP. Aplicam, pois o MP também é administração pública Porém, o que não se
pode dizer é que sejam princípios vinculados à Instituição do MP, pois estão são
aqueles três que estudamos no art. 127, §1° da CRFB/88.
B) ERRADA: Assim como a afirmativa anterior, estes são princípios que se aplicam
à administração pública em geral.
C) ERRADA: Ver comentários às afirmativas “A” e “B”.
D) CORRETA: Agora sim! Esses são os três princípios institucionais do MP,
previstos na Constituição, nos termos do art. 127, §1º da Carta Magna. Vejamos:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.
E) ERRADA: A questão até cita um dos princípios institucionais do MP
(Independência funcional), mas diz que a ”divisibilidade” é um princípio do MP.
Como vimos, o MP é indivisível (Considerando cada MP).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

20.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA)


O MPU é instituição permanente, essencial ao exercício de todas as
funções do Estado Democrático de Direito.
COMENTÁRIOS: Embora o MPU seja, de fato, Instituição permanente, não é
essencial a todas as funções do Estado, mas apenas à função jurisdicional do
Estado. Vejamos:
Art. 1º O Ministério Público da União, organizado por esta lei Complementar, é
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instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a


defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos
interesses individuais indisponíveis.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

21.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA)


A proposta orçamentária é matéria que exige a demarcação de diretrizes.
Para tanto, é necessária a compatibilização dos diferentes ramos do
MPU, na forma da lei de diretrizes orçamentárias.
COMENTÁRIOS: A afirmativa está correta, pois traz à lume a questão relativa à
necessária compatibilização dos orçamentos dos diferentes ramos do MPU.
Vejamos o que diz o art. 26, III da LC 75/93:

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da República, como Chefe do Ministério
Público da União:
(...)
III - apresentar a proposta de orçamento do Ministério Público da União,
compatibilizando os anteprojetos dos diferentes ramos da Instituição, na forma da lei
de diretrizes orçamentárias;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

22.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA)


A preservação da ordem pública, a independência funcional e a
indisponibilidade da persecução penal são princípios institucionais do
MPU.
COMENTÁRIOS: O item está errado, pois os princípios institucionais do MPU são
a unidade, indivisibilidade e independência funcional, nos termos do art. 4º da LC
75/93:
Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da União a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

23.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


A estrutura completa do MPU é constituída por: Ministério Público
Federal e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
COMENTÁRIOS: O item está errado, eis que o MPU compreende quatro
“diferentes MPs”:
•! Ministério Público Federal;
•! Ministério Público do Trabalho;
•! Ministério Público Militar;
•! Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
Isto está previsto no art. 24 da LC 75/93:
Art. 24. O Ministério Público da União compreende:
I - O Ministério Público Federal;
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II - o Ministério Público do Trabalho;


III - o Ministério Público Militar;
IV - o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

24.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Na defesa dos direitos constitucionais do cidadão, o procurador-geral da
República representa ao poder competente para a promoção da
responsabilidade nos casos comprovados de omissões inconstitucionais.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
COMENTÁRIOS: O item está errado, uma vez que quem tem atribuição para
esta função é o PROCURADOR DOS DIREITOS DO CIDADÃO, nos termos do art.
14 da LC 75/93:
Art. 14. Não atendida, no prazo devido, a notificação prevista no artigo anterior, a
Procuradoria dos Direitos do Cidadão representará ao poder ou autoridade competente
para promover a responsabilidade pela ação ou omissão inconstitucionais.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

25.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


No exercício de sua autonomia funcional, administrativa e financeira,
cabe ao MPU propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus
cargos, assim como a fixação dos vencimentos dos seus membros e
servidores.
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois encontra respaldo quase que literal
no disposto no art. 22, I da LC 75/93:
Art. 22. Ao Ministério Público da União é assegurada autonomia funcional,
administrativa e financeira, cabendo-lhe:
I - propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

26.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


É prerrogativa processual do procurador-geral da República ser
processado e julgado, nos crimes comuns, pelo Supremo Tribunal
Federal.
COMENTÁRIOS: De fato, esta é uma das prerrogativas processuais conferidas
ao PGR, nos termos do art. 18, II, a da LC 75/93. Vejamos:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
(...)
II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns,
pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

27.! (CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Para exercer o controle externo da atividade policial, o MPU emprega
meios estritamente judiciais e só pode representar à autoridade
competente requerendo a instauração de inquérito.
COMENTÁRIOS: O item está errado, pois o MPU, no controle externo da
atividade policial, poderá empregar meios judiciais e extrajudiciais, bem como
pode não só representar pela instauração de inquérito, como também pode
promover ação penal por abuso de poder, ter acesso a quaisquer documentos
relativos à atividade-fim policial, etc., nos termos do art. 9º da LC 75/93:

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial
por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo:
I - ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou prisionais;
II - ter acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial;
III - representar à autoridade competente pela adoção de providências para sanar a
omissão indevida, ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder;
IV - requisitar à autoridade competente para instauração de inquérito policial sobre a
omissão ou fato ilícito ocorrido no exercício da atividade policial;
V - promover a ação penal por abuso de poder.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

28.! (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA DE INFORMÁTICA - BANCO DE


DADOS)
As funções institucionais do MPU definidas pela Constituição Federal são
enumeradas de modo taxativo.
COMENTÁRIOS: O item está errado, eis que as funções institucionais do MPU
previstas na Constituição não são enumeradas de forma taxativa (a impedir a
existência de outras), mas meramente exemplificativa, tanto o é que o próprio
art. 5º da LC 75/93 estabelece outras não previstas na CRFB/88.
Além disso, o próprio art. 129 da CRFB/88 prevê a possibilidade de existência de
outras funções institucionais, desde que previstas em lei, conforme se extrai de
seu inciso IX.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

29.! (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA DE INFORMÁTICA - BANCO DE


DADOS)
Pelo princípio da indivisibilidade, há possibilidade de um procurador
substituir outro no exercício de suas funções.
COMENTÁRIOS: O item está CERTO. O princípio da indivisibilidade significa
que seus membros podem ser substituídos uns pelos outros, não
arbitrariamente, mas segundo a forma estabelecida na lei, para que não haja
violação ao princípio do Promotor Natural (que nem todos defendem existir,
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mas a maioria sinaliza pela sua existência).


Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

30.! (ESAF - 2004 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Os membros do Ministério Público da União que oficiem perante juízos
de primeira instância são processados e julgados, nos crimes comuns e
de responsabilidade
A) pelos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes de sua competência.
B) pelo Superior Tribunal de Justiça, quando integrantes de órgão
superior da Instituição.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
C) pelos Tribunais Regionais Federais, qualquer que seja a natureza do
delito.
D) pelos Juízes Federais de primeira instância, exceto se procuradores
regionais da República.
E) pelo Supremo Tribunal Federal.
COMENTÁRIOS: Os membros do MPU que oficiem perante os Juízos de primeira
instância possuem prerrogativa de foro, sendo processados e julgados, nos
crimes comuns e de responsabilidade, pelo Tribunal Regional Federal, em regra,
ou seja, nem sempre isso ocorrerá. A exceção fica por conta dos crimes eleitorais,
nos quais a competência é da Justiça Eleitoral, mais especificamente, do Tribunal
Regional Eleitoral.
Vejamos o art. 18, II, c da LC 75/93:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
(...)
II - processuais:
(...)
c) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

31.! (ESAF - 2004 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Aos membros do Ministério Público da União a lei confere as seguintes
prerrogativas de caráter irrenunciável, exceto
A) ser intimado pessoalmente, com a remessa dos autos.
B) não ser indiciado em inquérito policial.
C) ser ouvido, como testemunha, em dia e local previamente ajustados
com o magistrado ou a autoridade competente.
D) não ser preso em razão de flagrante de crime inafiançável.
E) ter ingresso e trânsito livres, em razão do serviço, em qualquer recinto
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COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas trazidas pela questão, a única que não


se constitui numa prerrogativa dos membros do MPU é a prevista na letra D, pois
os membros do MPU PODEM ser presos em razão de flagrante de crime
inafiançável, conforme ressalva contida no art. 18, II, d da LC 75/93:
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
(...)
II - processuais:
(...)
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão
de flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata
comunicação àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de
responsabilidade;

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

32.! (ESAF - 2004 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


A proteção dos direitos constitucionais do cidadão, conferida ao
procurador dos Direitos do Cidadão, não compreende o poder de
A) notificar a autoridade questionada para que preste informações.
B) promover em juízo a defesa de direitos individuais lesados.
C) notificar o responsável para que determine a cessação do desrespeito
verificado.
D) representar à autoridade competente para que promova a
responsabilidade pela ação ou omissão inconstitucionais.
E) agir de ofício.
COMENTÁRIOS: Os poderes conferidos ao Procurador dos Direitos do Cidadão
estão previstos no art. 11 a 14 da LC 75/93. Não se inclui entre eles, contudo, a
promoção em Juízo da defesa dos direitos individuais lesados, nos termos do art.
15 da LC 75/93:
Art. 15. É vedado aos órgãos de defesa dos direitos constitucionais do cidadão
promover em juízo a defesa de direitos individuais lesados.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

33.! (CESPE – 2013 – MPU – TÉCNICO)


Aos membros do MP é garantida constitucionalmente a vitaliciedade
após dois anos de exercício no cargo, ressalvada a perda do cargo por
sentença judicial transitada em julgado.
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois os membros do MPU adquirem
vitaliciedade (e não estabilidade!) após dois anos de efetivo exercício no cargo,
só podendo perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
Vejamos:
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício, não podendo perder o cargo
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senão por sentença judicial transitada em julgado;


Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

34.! (CESPE – 2013 – MPU – TÉCNICO)


Uma das garantias estabelecidas pela CF aos membros do MP é a
inamovibilidade absoluta.
COMENTÁRIOS: Embora os membros do MP sejam inamovíveis, esta
inamovibilidade não é absoluta, mas relativa, pois pode ser afastada pelo voto da
maioria absoluta dos membros do Conselho Superior. Vejamos:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
(...)

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
(...)
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
A LC 75/93 também traz tal previsão:
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das seguintes garantias:
(...)
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do
Conselho Superior, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla
defesa;
Podemos perceber que a LC 75/93 estabelece quórum de votação de 2/3, e não
de maioria absoluta, como prevê a Constituição.
Contudo, prevalece o comando constitucional (maioria absoluta), por dois
motivos: Por ser de hierarquia superior e por ser posterior (redação dada pela EC
45/04).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

35.! (CESPE – 2013 – MPU – ANALISTA)


O MPU possui competência para ajuizar, em defesa do meio ambiente,
ação civil pública cujo pedido principal seja a declaração de
inconstitucionalidade de determinada lei federal.
COMENTÁRIOS: O item está errado. O MPU, de fato, possui competência para
o ajuizamento de ação civil pública, inclusive em defesa do meio ambiente.
Vejamos:
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
(...)
VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para:
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a) a proteção dos direitos constitucionais;


b) a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, dos bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos, relativos às
comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às minorias
étnicas e ao consumidor;
d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e
coletivos;!!
Contudo, na ação civil pública o pedido principal não pode ser a declaração de
inconstitucionalidade de lei federal, pois isso só é possível na ação direta de
inconstitucionalidade. A declaração de inconstitucionalidade, neste caso, somente
poderia ocorrer de maneira incidental, ou seja, como meio para a preservação do
meio ambiente, e não como pedido principal.

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
Aula 01 – Prof. Renan Araujo
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

5! GABARITO

1.! CORRETA
2.! CORRETA
3.! CORRETA
4.! ALTERNATIVA A
5.! ALTERNATIVA D
6.! ERRADA
7.! CORRETA
8.! CORRETA
9.! ERRADA
10.! CORRETA
11.! ERRADA
12.! ERRADA
13.! CORRETA
14.! CORRETA
15.! ERRADA
16.! ERRADA
17.! CORRETA
18.! ALTERNATIVA A
19.! ALTERNATIVA D
20.! ERRADA 03924247382

21.! CORRETA
22.! ERRADA
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! CORRETA
26.! CORRETA
27.! ERRADA
28.! ERRADA
29.! CORRETA

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LEGISLAÇÃO DO MP – MPU (2017) – ANALISTA
Teoria e questões
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30.! ALTERNATIVA A
31.! ALTERNATIVA D
32.! ALTERNATIVA B
33.! CORRETA
34.! ERRADA
35.! ERRADA

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