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RACIOCÍNIO LÓGICO

Estruturas lógicas...................................................................................................................................................................................................... 01
Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. ...................................................................................... 01
Lógica sentencial (ou proposicional). .............................................................................................................................................................. 02
Proposições simples e compostas. ................................................................................................................................................................... 02
Tabelas-verdade. ...................................................................................................................................................................................................... 02
Equivalências. ............................................................................................................................................................................................................ 06
Leis de Morgan. ........................................................................................................................................................................................................ 11
Diagramas lógicos. .................................................................................................................................................................................................. 13
Lógica de primeira ordem. ................................................................................................................................................................................... 13
Princípios de contagem e probabilidade. ...................................................................................................................................................... 16
Operações com conjuntos. .................................................................................................................................................................................. 18
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais............................................................................ 21
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resposta: E.
ESTRUTURAS LÓGICAS. Vamos começar de baixo pra cima.

Ou João é culpado ou Antônio é culpado.


Se Antônio é inocente então Carlos é inocente
Esse conteúdo será tratado no tópico 3 João é culpado se e somente se Pedro é inocente
Ora, Pedro é inocente
(V)
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, Sabendo que Pedro é inocente,
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES. João é culpado se e somente se Pedro é inocente
João é culpado, pois a bicondicional só é verdadeira se
ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.
Argumentos
Um argumento é um conjunto finito de premissas (pro- João é culpado se e somente se Pedro é inocente
posições ), sendo uma delas a consequência das demais. (V) (V)
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou Ora, Pedro é inocente
consequência lógica das demais, é chamada conclusão. Um (V)
argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q
Sabendo que João é culpado, vamos analisar a primeira
OBSERVAÇÃO: A fórmula argumentativa P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ premissa
Pn → Q, também poderá ser representada pela seguinte forma: Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
Então, Antônio é inocente, pois a disjunção exclusiva só
é verdadeira se apenas uma das proposições for.

Se Antônio é inocente então Carlos é inocente


Carlos é inocente, pois sendo a primeira verdadeira, a
condicional só será verdadeira se a segunda proposição
também for.
Argumentos válidos
Um argumento é válido quando a conclusão é verda-
Então, temos:
deira (V), sempre que as premissas forem todas verdadeiras
Pedro é inocente, João é culpado, António é inocente e
(V). Dizemos, também, que um argumento é válido quando
Carlos é inocente.
a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades
de suas premissas.

Argumentos inválidos EXERCÍCIO COMENTADO


Um argumento é dito inválido (ou falácia, ou ilegítimo
ou mal construído), quando as verdades das premissas são
insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. Caso a (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) Con-
conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas sidere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
pelas verdades de suas premissas, tem-se como conclusão • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
uma contradição (F). • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
Métodos para testar a validade dos argumentos • Quando Fernando está estudando, não chove.
(IFBA – Administrador – FUNRIO/2016) Ou João é cul- • Durante a noite, faz frio.
pado ou Antônio é culpado. Se Antônio é inocente então Tendo como referência as proposições apresentadas,
Carlos é inocente. João é culpado se e somente se Pedro é julgue o item subsecutivo.
inocente. Ora, Pedro é inocente. Logo, Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estu-
(A) Pedro e Antônio são inocentes e Carlos e João são dando.
culpados. certo errado
(B) Pedro e Carlos são inocentes e Antônio e João são
culpados. Resposta: Errado
(C) Pedro e João são inocentes e Antônio e Carlos são • Durante a noite, faz frio.
culpados. V
(D) Antônio e Carlos são inocentes e Pedro e João são
culpados. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
(E) Antônio, Carlos e Pedro são inocentes e João é cul- F F
pado.

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• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. Vamos ver alguns princípios da lógica:
V V

• Quando chove, Maria não vai ao cinema. I. Princípio da não Contradição: uma proposição
F F não pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo
tempo.
• Quando Fernando está estudando, não chove. II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
V/F V “ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se
Portanto, Se Maria foi ao cinema, então Fernando es- sempre um desses casos e nunca um terceiro caso.
tava estudando.
Não tem como ser julgado.
Valor Lógico das Proposições
LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL). Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição a
PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se
TABELAS-VERDADE. a proposição é falsa (F).

Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)=V essa é a simbologia para indicar que o valor
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos
lógico de p é verdadeira, ou
que exprimem um pensamento de sentido completo.
V(p)=F
Nossa professora, bela definição!
Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
Não entendi nada! so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que lógico falso.
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas
também no sentido lógico. Classificação
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda- Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
deira ou falsa. posição como parte integrante de si mesma. São geral-
mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
Exemplos: E depois da letra colocamos “:”
(A) A Terra é azul.
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é Exemplo:
uma proposição. p: Marcelo é engenheiro
q: Ricardo é estudante
(B) >2
Proposição composta: combinação de duas ou mais
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
falso. las P, Q, R, S,...

Todas elas exprimem um fato. Exemplo:


P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Agora, vamos pensar em uma outra frase: Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.
O dobro de 1 é 2?
Sim, correto? Se quisermos indicar quais proposições simples fazem
Correto. Mas é uma proposição? parte da proposição composta:
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos P(p,q)
declarar se é falso ou verdadeiro.
Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição
Bruno, vá estudar. composta quando tiver mais de um verbo e proposição
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico.
é proposição.
Conectivos
Passei! Agora que vamos entrar no assunto mais interessante
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos e o que liga as proposições.
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
é uma sentença exclamativa. nectivos vem a parte prática.

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Definição
Palavras que se usam para formar novas proposições, a partir de outras.

Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma coisa?


Sim, vão conectar as proposições, mas cada conetivo terá um nome, vamos ver?

-Negação

Exemplo
p: Lívia é estudante.
~p: Lívia não é estudante.

q: Pedro é loiro.
¬q: É falso que Pedro é loiro.

r: Érica lê muitos livros.


~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros.

s: Cecilia é dentista.
¬s: É mentira que Cecilia é dentista.

-Conjunção

Nossa, são muitas formas de se escrever com a conjunção.


Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: “e”, “mas”, “porém”

Exemplos
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica.

- Disjunção

p: Vitor gosta de estudar.


q: Vitor gosta de trabalhar

p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de trabalhar.

- Disjunção Exclusiva

Extensa: Ou...ou...
Símbolo: ∨

p: Vitor gosta de estudar.


q: Vitor gosta de trabalhar

p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de trabalhar.

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-Condicional Onde:
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne- n=número de proposições
cessária
Símbolo: → p q r
V V V
Exemplos V F V
p→q: Se chove, então faz frio. V V F
p→q: É suficiente que chova para que faça frio. V F F
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio. F V V
p→q: É necessário que faça frio para que chova. F F V
p→q: Fazer frio é condição necessária para chover. F V F
F F F
-Bicondicional
Extenso: se, e somente se, ... A primeira proposição, será metade verdadeira e me-
Símbolo:↔ tade falsa.
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF
p: Lucas vai ao cinema E a terceira VVFFVVFF
q: Danilo vai ao cinema.
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai operadores lógicos?
ao cinema.
-Negação
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate- p ~p
mática – São Paulo: Nobel – 2002. V F
F V
Tabela-verdade
Com a tabela-verdade, conseguimos definir o valor Se estamos negando uma coisa, ela terá valor lógico
lógico de proposições compostas facilmente, analisando oposto, faz sentido, não?
cada coluna.
- Conjunção
Se tivermos uma proposição p, ela pode ter V(p)=V Eu comprei bala e chocolate, só vou me contentar se eu
ou V(p)=F tiver as duas coisas, certo?
Se eu tiver só bala não ficarei feliz, e nem se tiver só
chocolate.
p E muito menos se eu não tiver nenhum dos dois.
V
F
p q p ∧q
Quando temos duas proposições, não basta colocar só V V V
VF, será mais que duas linhas. V F F
F V F
F F F
p q
V V -Disjunção
V F Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o co-
F V nectivo “ou”.
F F Eu comprei bala ou chocolate.
Eu comprei bala e também comprei a chocolate, está
Observe, a primeira proposição ficou VVFF certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
E a segunda intercalou VFVF Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 possi- forma se eu comprei apenas chocolate.
bilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver um Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará certo.
padrão para se tornar mais fácil!
As possibilidades serão 2n, p q p ∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

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-Disjunção Exclusiva
Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
chocolate OU comprei bala. EXERCÍCIO COMENTADO
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo
tempo.
01. (EBSERH - área médica - CESPE/2018) A respeito
p q p ∨q de lógica proposicional, julgue o item que se segue.
V V F Se P, Q e R forem proposições simples e se ~R indicar a
V F V negação da proposição R, então, independentemente dos
F V V valores lógicos V = verdadeiro ou F = falso de P, Q e R, a
F F F proposição P→Q∨(~R) será sempre V.
Certo Errado

-Condicional Resposta: Errado


Se chove, então faz frio. Se P for verdadeiro, Q falso e R falso, a proposição é
falsa.
Se choveu, e fez frio
Estamos dentro da possibilidade.(V)
02. (TRT 7ªREGIÃO – Conhecimentos Básicos – CES-
Choveu e não fez frio PE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P
Não está dentro do que disse. (F) A empresa alegou ter pago suas obrigações previden-
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
Não choveu e fez frio.. mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover, ex-empregado.
certo?(V) A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-
-verdade para representar todas as combinações possíveis
Não choveu, e não fez frio para os valores lógicos das proposições simples que com-
Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V) põem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a
(A) 32.
p q p →q (B) 4.
V V V (C) 8.
V F F (D) 16.
F V V
F F V Resposta: C.
P: A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
-Bicondicional
denciárias
Ficarei em casa, se e somente se, chover.
Q: apresentou os comprovantes de pagamento
Estou em casa e está chovendo. R: o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
A ideia era exatamente essa. (V) ex-empregado
Número de linhas: 2³=8
Estou em casa, mas não está chovendo.
Você não fez certo, era só pra ficar em casa se choves- 03. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciá-
se. (F) ria – CESPE/2017) A partir das proposições simples P:
“Sandra foi passear no centro comercial Bom Preço”, Q:
Eu sai e está chovendo. “As lojas do centro comercial Bom Preço estavam realizan-
Aiaiai não era pra sair se está chovendo (F) do liquidação” e R: “Sandra comprou roupas nas lojas do
Não estou em casa e não está chovendo. Bom Preço” é possível formar a proposição composta S:
Sem chuva, você pode sair, ta?(V)
“Se Sandra foi passear no centro comercial Bom Preço e se
as lojas desse centro estavam realizando liquidação, então
p q p ↔q Sandra comprou roupas nas lojas do Bom Preço ou Sandra
V V V foi passear no centro comercial Bom Preço”. Considerando
V F F todas as possibilidades de as proposições P, Q e R serem
F V F verdadeiras (V) ou falsas (F), é possível construir a tabe-
F F V la-verdade da proposição S, que está iniciada na tabela
Tentei deixar de uma forma mais simples, para entender mostrada a seguir.
a tabela verdade de cada conectivo, pois sei que será difícil
para decorar, mas se você lembrar das frases, talvez fique
mais fácil. Bons estudos! Vamos as questões!

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Regra de Clavius
~p→p⇔p

p ~p ~p→p
V F V
F V F

Regra de Absorção
p→p∧q⇔p→q

p q p∧q p→p∧q p→q


V V V V V
V F F F F
Completando a tabela, se necessário, assinale a opção
F V F V V
que mostra, na ordem em que aparecem, os valores lógicos
F F F V V
na coluna correspondente à proposição S, de cima para baixo.
(A) V / V / F / F / F / F / F / F Condicional
(B) V / V / F / V / V / F / F / V Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são
(C) V / V / F / V / F / F / F / V as mais pedidas nos concursos
(D) V / V / V / V / V / V / V / V
(E) V / V / V / F / V / V / V / F A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
-verdades idênticas
Resposta: D.
A proposição S é composta por: (p∧q)→(r∨p)
p ~p q p∧q p→q ~p∨q
V F V V V V
P Q R p∧q r∨p S(p∧q)→(r∨p)
V F F F F F
V V V V V V
F V V F V V
V V F V V V
F V F F V V
V F V F V V
V F F F V V Exemplo
F V V F V V p: Coelho gosta de cenoura
F V F F F V q: Coelho é herbívoro.
F F V F V V
F F F F F V p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é her-
bívoro.
~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é herbívoro

EQUIVALÊNCIAS. A condicional ~p→~q é equivalente a disjunção p∨~q

p q ~p ~q ~p→~q p∨~q
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS V V F F V V
V F F V V V
Diz-se que uma proposição P(p,q,r..) é logicamente
equivalente ou equivalente a uma proposição Q(p,r,s..) se as F V V F F F
tabelas-verdade dessas duas proposições são IDÊNTICAS. F F V V V V
Para indicar que são equivalentes, usaremos a seguinte
Equivalência fundamentais (Propriedades Funda-
notação:
mentais): a equivalência lógica entre as proposições goza
P(p,q,r..) ⇔ Q(p,r,s..)
das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.
Essa parte de equivalência é um pouco mais chatinha,
1 – Simetria (equivalência por simetria)
mas conforme estudamos, vou falando algumas dicas.
a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
Regra da Dupla negação
~~p⇔p
p q p∧q q∧ p
p ~p ~~p V V V V
V F V V F F F
F V F F V F F
F F F F
São iguais, então ~~p⇔p

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b) p ∨ q ⇔ q ∨ p

p∨ q∨
p q
q p
V V V V
V F V V
F V V V
F F F F

c) p ∨ q ⇔ q p

p∨ q ∨
p q
q p
V V F F
V F V V
F V V V
F F F F

d) p ↔ q ⇔ q ↔ p

p↔ q↔
p q
q p
V V V V
V F F F
F V F F
F F V V

Equivalências notáveis:

1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)

a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)

p q r q∨r p ∧ (q ∨ r) p∧q p∧ r (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F

b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)

p q r q∧r p ∨ (q ∧ r) p∨q p∨r (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)


V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V F V V V V
V F F F V V V V
F V V V V V V V
F V F F F V F F
F F V F F F V F
F F F F F F F F

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2 - Associação (equivalência pela associativa)


a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)

p q r q∧r p ∧ (q ∧ r) p∧ q p∧r (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
V V V V V V V V
V V F F F V F F
V F V F F F V F
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F F F F F F
F F V F F F F F
F F F F F F F F

b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)

p q r q∨r p ∨ (q ∨ r) p∨q p∨r (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)


V V V V V V V V
V V F V V V V V
V F V V V V V V
V F F F V V V V
F V V V V V V V
F V F V V V F V
F F V V V F V V
F F F F F F F F

3 – Idempotência
a) p ⇔ (p ∧ p)
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer duas colunas com p

p p p∧p
V V V
F F F

b) p ⇔ (p ∨ p)

p p p∨p
V V V
F F F

4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e
negando-se as proposições simples que as compõem.

Da mesma forma que vimos na condicional mais acima, temos outros modos de definir a equivalência da condicional
que são de igual importância

1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)

p q ~p ~q p→q ~q → ~p
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

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RACIOCÍNIO LÓGICO

2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)

p q ~p ~p → q ~q ~q → p
V V F V F V
V F F V V V
F V V V F V
F F V F V F

3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)

p q ~q p → ~q ~p q → ~p
V V F F F F
V F V V F V
F V F V V V
F F V V V V

5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição

p q p↔q p→q q→p (p → q) ∧ (q → p)


V V V V V V
V F F F V F
F V F V F F
F F V V V V

b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q)

p q p↔q ~q ~p ~q → ~p ~p → ~q (~q → ~p) ∧ (~p → ~q)


V V V F F V V V
V F F V F F V F
F V F F V V F F
F F V V V V V V

c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)

p q p↔q p∧q ~p ~q ~p ∧ ~q (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)


V V V V F F F V
V F F F F V F F
F V F F V F F F
F F V F V V V V

6 - Pela exportação-importação

[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]

p q r p∧q (p ∧ q) → r q→r p → (q → r)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F V V V
V F F F V V V
F V V F V V V
F V F F V F V
F F V F V V V
F F F F V V V

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)

Chama-se proposições associadas a p → q as três proposições condicionadas que contêm p e q:


– Proposições recíprocas: p → q: q → p
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p

Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:

p q ~p ~q p→q q→p ~p → ~q ~q → ~p
V V F F V V V V
V F F V F V V F
F V V F V F F V
F F V V V V V V

Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO EQUIVA-
LENTES.

EXERCÍCIO COMENTADO

01. (TRF 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário – CESPE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora menos.”,
que corresponde a um ditado popular, julgue o próximo item.
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”.
Certo Errado

Resposta: Certo.
Uma dica é que normalmente quando tem vírgula é condicional, não é regra, mas acontece quando você não acha o
conectivo.

02. (PC/PE- Perito Papiloscopista - CESPE/2016) Assinale a opção que é logicamente equivalente à proposição “Ele
é suspeito também de ter cometido outros dois esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos em que ele suposta-
mente aparece executando os crimes”, presente no texto CG1A06AAA.
A. Se foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, ele é sus-
peito também de ter cometido esses crimes.
B. Ele não é suspeito de outros dois esquartejamentos, já que não foram encontrados vídeos em que ele supostamente
aparece executando os crimes.
C. Se não foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, ele não
é suspeito desses crimes.
D. Como ele é suspeito de ter cometido também dois esquartejamentos, foram encontrados vídeos em que ele supos-
tamente aparece executando os crimes.
E. Foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, pois ele é tam-
bém suspeito de ter cometido esses crimes.

Resposta: A.
A expressão já que=pois
Que se for escrita com a condicional, devemos mudar as proposições de lugar.
Se foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, ele é suspeito
também de ter cometido esses crimes.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

LEIS DE MORGAN.

Negação de uma proposição composta


Definição: Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e equi-
valente à negação de sua primitiva.
Ou seja, muitas vezes para os exercícios teremos que saber qual a equivalência da negação para compor uma frase, por
exemplo.

Negação de uma conjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo conjunção pelo conectivo disjunção.
~(p ∧ q) ⇔ (~p ∨ ~q)

p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p ∨ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo-disjunção pelo conectivo-conjunção.
~(p ∨ q) ⇔ (~p ∧ ~q)

p q ~p ~q p∨q ~(p ∨ q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

Resumindo as negações, quando é conjunção nega as duas e troca por “ou”


Quando for disjunção, nega tudo e troca por “e”.
Negação de uma disjunção exclusiva
~(p ∨ q) ⇔ (p ↔ q)

p q p∨q ~( p∨q) p↔q


V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V

Negação de uma condicional


Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.
~(p → q) ⇔ (p ∧ ~q)

p q p→q ~q ~(p → q) p ∧ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F V
F F V V F F

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Negação de uma bicondicional


~(p ↔ q) = ~[(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

P Q p↔q p→q q→p p → q) ∧ (q → p)] ~[(p → q) ∧ (q → p)] p ∧ ~q q ∧ ~p [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]


V V V V V V F F F F
V F F F V F V V F V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F F F

Dupla negação (Teoria da Involução)

a) De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)

P ~P ~ (~p)
V F V
F V F

b) De uma condicional: Definição: A dupla negação de uma condicional dá-se da seguinte forma: nega-se a 1ª parte da
condicional, troca-se o conectivo-condicional pela disjunção e mantém-se a 2a parte.
Demonstração: Seja a proposição primitiva: p → q nega-se pela 1a vez: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q nega-se pela 2a vez: ~(p
∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q
Conclusão: Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente
à sua proposição primitiva. Logo, p → q ⇔ ~p ∨ q

EXERCÍCIO COMENTADO

01. (TRF 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário – CESPE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora menos.”,
que corresponde a um ditado popular, julgue o próximo item.
A negação da proposição P pode ser expressa por “Quem não pode mais, não chora menos”
Certo Errado

Resposta: Errado.
Negação de uma condicional: mantém a primeira e nega a segunda

02. (PC/PE - Perito Criminal - CESPE/2016) Considere as seguintes proposições para responder a questão.
P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição de criminosos.
P2: Se há punição de criminosos, os níveis de violência não tendem a aumentar.
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a população não faz justiça com as próprias mãos.
Assinale a opção que apresenta uma negação correta da proposição P1.
A. Se não há punição de criminosos, então não há investigação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito.
B. Há punição de criminosos, mas não há investigação nem o suspeito é flagrado cometendo delito.
C. Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, mas não há punição de criminosos.
D. Se não há investigação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito, então não há punição de criminosos.
E. Se não há investigação e o suspeito não é flagrado cometendo delito, então não há punição de criminosos.

Resposta: C.
Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.
Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito e não há punição de criminosos.
No caso, a questão ao invés de “e”utilizou mas

12
RACIOCÍNIO LÓGICO

Negações de proposições quantificadas ou funcionais


DIAGRAMAS LÓGICOS. Seja uma sentença (∀x)(A(x)).
LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM. Negação: (∃x)(~A(x))

Exemplo
(∀x)(2x-1=3)
FIQUE ATENTO! Negação: (∃x)(2x-1≠3)
Esses dois tópicos não foram encontradas
questões recentes da CESPE. Seja uma sentença (∃x)(Q(x)).
Negação: (∀x)(~Q(x)).
Por isso, ao final da teoria, teremos algumas
(∃x)(2x-1=3)
questões de outros concursos comentadas.
Negação: (∀x)(2x-1≠3)

Definição das proposições


Diagramas Lógicos
As questões de Diagramas lógicos envolvem as pro- Todo A é B.
posições categóricas (todo, algum, nenhum), cuja solução
requer que desenhemos figuras, os chamados diagramas. O conjunto A está contido no conjunto B, assim todo
Quantificadores são elementos que, quando associa- elemento de A também é elemento de B.
dos às sentenças abertas, permitem que as mesmas sejam
avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, passam a ser Podemos representar de duas maneiras:
qualificadas como sentenças fechadas.

O quantificador universal
O quantificador universal, usado para transformar sen-
tenças (proposições) abertas em proposições fechadas, é
indicado pelo símbolo “∀”, que se lê: “qualquer que seja”,
“para todo”, “para cada”.

Exemplo:
(∀x)(x + 2 = 6) Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como
Lê-se: “Qualquer que seja x, temos que x + 2 = 6” (falsa). ficam os valores lógicos das outras?
É falso, pois não podemos colocar qualquer x para a
afirmação ser verdadeira. Pensemos nessa frase: Toda criança é linda.

O quantificador existencial Nenhum A é B é necessariamente falsa


O quantificador existencial é indicado pelo símbolo Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
“∃” que se lê: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe que TODA criança é linda? Por isso é falsa.
um”.
Algum A é B é necessariamente verdadeira
Exemplos: Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são lindas
(∃x)(x + 5 = 9)
Lê-se: “Existe um número x, tal que x + 5 = 9” (verda- Algum A não é B necessariamente falsa, pois A está
deira). contido em B.
Alguma criança não é linda, bem como já vimos impos-
Nesse caso, existe um número, ahh tudo bem...claro que sível, pois todas são.
existe algum número que essa afirmação será verdadeira.
Nenhum A é B.
Ok??Sem maiores problemas, certo?
A e B não terão elementos em comum
Representação de uma proposição quantificada

(∀x)(x ∈ N)(x + 3 > 15)


Quantificador: ∀
Condição de existência da variável: x ∈ N .
Predicado: x + 3 > 15.
(∃x)[(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)]
Quantificador: ∃
Condição de existência da variável: não há.
Predicado: “(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)”.

13
RACIOCÍNIO LÓGICO

Quando “nenhum A é B” é verdadeira, vamos ver como c) Todos os elementos de B estão em A


ficam os valores lógicos das outras?

Frase: Nenhum cachorro é gato. (sim, eu sei. Frase ex-


trema, mas assim é bom para entendermos..hehe)

Todo A é B é necessariamente falsa


Todo cachorro é gato, faz sentido? Nenhum, não é?

Algum A é B é necessariamente falsa


Algum cachorro é gato, ainda não faz sentido.

Algum A não é B necessariamente verdadeira.


Algum cachorro não é gato, ah sim espero que todos
não sejam mas, se já está dizendo algum vou concordar.

Algum A é B.
d) O conjunto A é igual ao conjunto B.
Quer dizer que há pelo menos 1 elemento de A em
comum com o conjunto B

Temos 4 representações possíveis

a) os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-


tos em comum

Quando “algum A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras?
Frase: Algum copo é de vidro.

Nenhum A é B é necessariamente falsa


b) Todos os elementos de A estão em B. Nenhum copo é de vidro, com frase fica mais fácil né?
Porque assim, conseguimos ver que é falsa, pois acabei de
falar que algum copo é de vidro, ou seja, tenho pelo menos
1 copo de vidro.

Todo A é B , não conseguimos determinar, podendo ser


verdadeira ou falsa (podemos analisar também os diagra-
mas mostrados nas figuras a e c)
Todo copo é de vidro.
Pode ser que sim, ou não.

Algum A não é B não conseguimos determinar, poden-


do ser verdadeira ou falsa(contradiz com as figuras b e d)
Algum copo não é de vidro, como não sabemos se to-
dos os copos são de vidros, pode ser verdadeira.

Algum A não é B.
O conjunto A tem pelo menos um elemento que não
pertence ao conjunto B.

Aqui teremos 3 modos de representar

14
RACIOCÍNIO LÓGICO

a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-


tos em comum
EXERCÍCIO COMENTADO

01. (PC/RS - Escrivão - FUNDATEC/2018) Supondo a


verdade da sentença aberta: Alguns investigados são ad-
vogados mas nem todos os investigados têm domicílio co-
nhecido. Podemos deduzir a verdade da alternativa:
A. Todos investigados são advogados e têm domicílio
conhecido.
B. Todos investigados são advogados e não têm domi-
cílio conhecido.
C. Alguns investigados são advogados e têm domicílio
conhecido.
b) Todos os elementos de B estão em A. D. Alguns investigados são advogados e alguns inves-
tigados têm domicílio conhecido.
E. Alguns investigados são advogados e alguns inves-
tigados não têm domicílio conhecido.

Resposta: E,
Nem todos os investigados têm domicilio=Existem in-
vestigados que não têm domicilio.

02. (UFES - Assistente em Administração –


UFES/2017) Em um determinado grupo de pessoas,
• todas as pessoas que praticam futebol também pra-
ticam natação,
• algumas pessoas que praticam tênis também prati-
cam futebol,
c) Não há elementos em comum entre os dois conjuntos • algumas pessoas que praticam tênis não praticam
natação.

É CORRETO afirmar que no grupo


(A) todas as pessoas que praticam natação também
praticam tênis.
(B) todas as pessoas que praticam futebol também pra-
ticam tênis.
(C) algumas pessoas que praticam natação não prati-
cam futebol.
(D) algumas pessoas que praticam natação não prati-
cam tênis.
(E) algumas pessoas que praticam tênis não praticam
Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver futebol.
como ficam os valores lógicos das outras?
Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior Resposta: E.
Frase: Algum copo não é de vidro.

Nenhum A é B é indeterminada( contradição com as


figuras a e b)
Nenhum copo é de vidro, algum não é, mas não sei se
todos não são de vidro.
Todo A é B , é necessariamente falsa
Todo copo é de vidro, mas eu disse que algum copo
não era.

Algum A é B é indeterminada
Algum copo é de vidro, não consigo determinar se tem
algum de vidro ou não.

15
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informa- Espaço Amostral


ção e Comunicação - FGV/2017) Considere a afirmação: Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
“Toda pessoa que faz exercícios não tem pressão alta”. resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se
De acordo com essa afirmação é correto concluir que indica por E.
A. se uma pessoa tem pressão alta então não faz exer- No lançamento de um dado, observando a face volta-
cícios. da para cima, tem-se:
B. se uma pessoa não faz exercícios então tem pressão E={1,2,3,4,5,6}
alta. No lançamento de uma moeda, observando a face vol-
C. se uma pessoa não tem pressão alta então faz exer- tada para cima:
cícios. E={Ca,Co}
D. existem pessoas que fazem exercícios e que têm
pressão alta. Evento
E. não existe pessoa que não tenha pressão alta e não É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
faça exercícios. No lançamento de um dado, vimos que
E={1,2,3,4,5,6}
Resposta: A. Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento
Se toda pessoa que faz exercício não tem pressão alta, {5}:Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}.
ora, se a pessoa tem pressão alta, então não faz exercício.
Exemplo
Referências Considere o seguinte experimento: registrar as faces
Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro- voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda.
vas e Concursos, 2010. a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
b) Descreva o espaço amostral.

PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E Solução


PROBABILIDADE. a)O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lança-
mento, há duas possibilidades.
2x2x2=8
Análise Combinatória
A Análise Combinatória é a área da Matemática que b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(-
trata dos problemas de contagem. C,R,R),(R,R,R)}

Princípio Fundamental da Contagem Probabilidade


Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên- Considere um experimento aleatório de espaço amos-
cia de um evento composto de duas ou mais etapas. tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a com n(A) amostras.
decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.

Exemplo
Eventos complementares
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.

O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(cal-


ças). 3(blusas)=6 maneiras

Probabilidade

Experimento Aleatório
Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im- Note que
previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo
Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas coloridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retirada uma
bola vermelha é Calcular a probabilidade de ter sido retirada uma bola que não seja vermelha.

Solução

são complementares.

Adição de probabilidades
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, finito e não vazio. Tem-se:

Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de se obter um número par ou menor que 5, na face superior?
Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
Sejam os eventos
A={2,4,6} n(A)=3
B={1,2,3,4} n(B)=4

Probabilidade Condicional
É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que ocorreu o evento B, definido por:

E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}

Eventos Simultâneos

Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espaço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por:

17
RACIOCÍNIO LÓGICO

OPERAÇÕES COM CONJUNTOS.


EXERCÍCIO COMENTADO

(PM/MA - Soldado do Quadro de Praça Policial - Representação


CESPE/2017) Uma operação policial será realizada com -Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1,
uma equipe de seis agentes, que têm prenomes distintos, 2, 3, 4, 5}
entre eles André, Bruno e Caio. Um agente será o coorde- -Simbolicamente: B={x∈ N|2<x<8}, enumerando esses
nador da operação e outro, o assistente deste; ambos fica- elementos temos:
rão na base móvel de operações nas proximidades do local B={3,4,5,6,7}
de realização da operação. Nessa operação,um agente se - por meio de diagrama:
infiltrará, disfarçado, entre os suspeitos, em reunião por es-
tes marcada em uma casa noturna, e outros três agentes,
também disfarçados, entrarão na casa noturna para prestar
apoio ao infiltrado, caso seja necessário.
A respeito dessa situação hipotética, julgue os itens se-
guintes.

01. A quantidade de maneiras distintas de formar a


equipe, de modo que André, Bruno e Caio sejam os agen-
tes que ocuparão, respectivamente, as vagas de coordena-
dor, assistente e infiltrado, é superior a 5.

Resposta: Errado.
Se são 6 agentes e o coordenador, assistente e infiltra-
Quando um conjunto não possuir elementos chamares
do já estão definidos, então só há uma maneira de formar
de conjunto vazio: S=∅ ou S={ }.
a equipe.
Igualdade
02. A quantidade de maneiras distintas de formar a
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem
equipe, de modo que André, Bruno e Caio sejam os agen- exatamente os mesmos elementos. Em símbolo:
tes que prestarão apoio ao infiltrado, é inferior a 10.

Resposta: certo.
COmo os três que sabemos o nome serão o apoio, en- Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisa-
tão os três restantes serão coordenador, assistente e infil- mos saber apenas quais são os elementos.
trado. Não importa ordem:
__ __ __ A={1,2,3} e B={2,1,3}
3 2 1 =6 Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

Relação de Pertinência
Relacionam um elemento com conjunto. E a indicação
que o elemento pertence (∈) ou não pertence (∉)
Exemplo: Dado o conjunto A={-3, 0, 1, 5}
0∈A
2∉A

Relações de Inclusão
Relacionam um conjunto com outro conjunto.
Simbologia: ⊂(está contido), ⊄(não está contido),
⊃(contém), (não contém)
A Relação de inclusão possui 3 propriedades:
Exemplo:
{1, 3,5}⊂{0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3, 4, 5}⊃{1, 3,5}

Aqui vale a famosa regrinha que o professor ensina,


boca aberta para o maior conjunto

18
RACIOCÍNIO LÓGICO

Subconjunto A\B = {x : x∈A e x∉B}.


O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de
A é também elemento de B.
Exemplo: {2,4} é subconjunto de {x∈N|x é par}

Operações

União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro
formado pelos elementos que pertencem pelo menos um
dos conjuntos a que chamamos conjunto união e represen-
tamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x∈A ou x B} B-A = {x : x∈B e x∉A}.
Exemplo:
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6}

Exemplo:
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Interseção Então os elementos de A – B serão os elementos do
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado conjunto A menos os elementos que pertencerem ao con-
pelos elementos que são ao mesmo tempo de A e de B, e é junto B.
representada por : A∩B. Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.
Simbolicamente: A∩B={x|x∈A e x B}
Complementar
O complementar do conjunto A( ) é o conjunto for-
mado pelos elementos do conjunto universo que não per-
tencem a A.

Exemplo:
A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
A∩B={d,e}

Diferença
Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que Fórmulas da união
a cada par A, B de conjuntos faz corresponder o conjunto n(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
definido por: n(A ∪B∪C)=n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)-
A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o -n(A∩C)-n(B C)
complementar de B em relação a A.
A este conjunto pertencem os elementos de A que não Essas fórmulas muitas vezes nos ajudam, pois ao invés
pertencem a B. de fazer todo o digrama, se colocarmos nessa fórmula, o
resultado é mais rápido, o que na prova de concurso é in-
teressante devido ao tempo.
Mas, faremos exercícios dos dois modos para você en-
tender melhor e perceber que, dependendo do exercício é
melhor fazer de uma forma ou outra.

19
RACIOCÍNIO LÓGICO

(MANAUSPREV – Analista Previdenciário – FCC/2015)


Em um grupo de 32 homens, 18 são altos, 22 são barbados e
16 são carecas. Homens altos e barbados que não são carecas
são seis. Todos homens altos que são carecas, são também
barbados. Sabe-se que existem 5 homens que são altos e não
são barbados nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens
que são barbados e não são altos nem carecas. Sabe-se que
existem 5 homens que são carecas e não são altos e nem bar-
bados. Dentre todos esses homens, o número de barbados
que não são altos, mas são carecas é igual a
(A) 4.
(B) 7.
(C) 13.
(D) 5.
(E) 8.

Primeiro, quando temos 3 diagramas, sempre come-


çamos pela interseção dos 3, depois interseção a cada 2 e Sabemos que 18 são altos
por fim, cada um

Se todo homem careca é barbado, não teremos apenas Quando somarmos 5+x+6=18
homens carecas e altos. X=18-11=7
Homens altos e barbados são 6 Carecas são 16

7+y+5=16
Y=16-12
Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e Y=4
não são altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens Então o número de barbados que não são altos, mas são
que são carecas e não são altos e nem barbados carecas são 4.

20
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resposta: errado
O número de pacientes que apresentaram pelo menos
EXERCÍCIO COMENTADO dois desses sintomas é:
Pois pode ter 2 sintomas ou três.
6+14+26+32=78
01. (ABIN - Agente de Inteligência - CESPE/2018)
Referências
YOUSSEF, Antonio Nicolau (et al.). Matemática: ensino
médio, volume único. – São Paulo: Scipione, 2005.
CARVALHO, S. Raciocínio Lógico Simplificado, volume
1, 2010
As três figuras precedentes, cada uma com diversos
símbolos, foram desenhadas na parede de um suposto
esconderijo inimigo. O serviço de inteligência descobriu
que cada um dos símbolos representa um algarismo do RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO
conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}. PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E
Com referência a essas figuras, julgue o item seguinte. MATRICIAIS.
Se o significado da figura I for “ano do século passa-
do”, existem pelo menos dois anos que podem estar repre-
sentados nessa figura. Números Naturais
( ) Certo ( ) Errado Os números naturais são o modelo matemático neces-
sário para efetuar uma contagem.
Resposta: Errado. Começando por zero e acrescentando sempre uma
Para ser ano do século passado, tem que estar entre unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
1901 e 2000, portanto para ter números iguas(no lugar das
bolas), só pode ser 1909

02. (TRF 1 ª REGIÃO - Analista Judiciário - CES- - Todo número natural dado tem um sucessor
PE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação a) O sucessor de 0 é 1.
de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e b) O sucessor de 1000 é 1001.
5 contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: c) O sucessor de 19 é 20.
“Basta um de nós mudar de ideia e a decisão será total-
mente modificada.” Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Considerando a situação apresentada e a proposição
correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item.
Se A for o conjunto dos presentes que votaram a fa-
vor e B for o conjunto dos presentes que votaram contra, - Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
então o conjunto diferença A\B terá exatamente um ele- antecessor (número que vem antes do número dado).
mento. Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
( ) Certo ( ) Errado de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
Resposta: Errado b) O antecessor de 2 é 1.
A diferença entre conjuntos, não basta diminuir o nú- c) O antecessor de 56 é 55.
mero de elementos, temos que analisar o que há em um d) O antecessor de 10 é 9.
conjunto e não há no outro, nesse caso como são pessoas,
não será apenas 1. Expressões Numéricas

03. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Na zona rural de um município, 50% dos agricultores cul- ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
tivam soja; 30%, arroz; 40%, milho; e 10% não cultivam ne- acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
nhum desses grãos. Os agricultores que produzem milho pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
não cultivam arroz e 15% deles cultivam milho e soja. Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
Considerando essa situação, julgue o item que se se- operações, devemos resolver a multiplicação ou a divi-
gue. são primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e
Em exatamente 30% das propriedades, cultiva-se ape- somente depois a adição e a subtração, também na or-
nas milho. dem em que aparecerem e os parênteses são resolvidos
( ) Certo ( ) Errado primeiro.

21
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo 1 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-


10 + 12 – 6 + 7 gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
22 – 6 + 7 ser número racional
16 + 7 OBS: período da dízima são os números que se repe-
23 tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números
irracionais, que trataremos mais a frente.
Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27

Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

Números Inteiros
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos Representação Fracionária dos Números Decimais
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por: 1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar
Z-{...,-3,-2,-1,0,1,2,3...} com o denominador seguido de zeros.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma
Subconjuntos do conjunto : casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim
1)Z*={...-3,-2,-1, 1, 1, 2, 3...} por diante.
2) Z+={0,1,2,3,...}
3) Z-={...,-3,-2,-1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros quais-
quer, com b≠0

São exemplos de números racionais:


-12/51
-3
-(-3)
-2,333... 2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en-
tão como podemos transformar em fração?
As dízimas periódicas podem ser representadas por
fração, portanto são consideradas números racionais. Exemplo 1
Como representar esses números?
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Representação Decimal das Frações Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-
ma dada de x, ou seja
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em X=0,333...
decimais Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
mero decimal terá um número finito de algarismos após a 10x=3,333...
vírgula.
E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período.

22
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo 2 Representação na reta

Seja a dízima 1,1212...


Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

Números Irracionais INTERVALOS LIMITADOS


Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
Identificação de números irracionais iguais a e menores do que b ou iguais a b.

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra- Intervalo:[a,b]
cionais. Conjunto: {x∈R|a≤x≤b}
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra- Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
cional é sempre um número irracional. nores que b.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.
Intervalo:]a,b[
Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.
Conjunto:{x∈R|a<x<b}
- O quociente de dois números irracionais, pode ser
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores
um número racional.
que a ou iguais a a e menores do que b.
Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


número racional.
Intervalo:{a,b[
Exemplo: . = = 7 é um número racional. Conjunto {x∈R|a≤x<b}

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um nú- Intervalo fechado à direita – números reais maiores que
mero natural, se não inteira, é irracional. a e menores ou iguais a b.

Números Reais

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

INTERVALOS IIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números


reais menores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b}

Fonte: www.estudokids.com.br

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
reais menores que b. par, resulta em um número negativo.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais o sinal para positivo e inverter o número que está na base. 
maiores ou iguais a a.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


maiores que a.
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
valor do expoente, o resultado será igual a zero. 

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}

Potenciação
Multiplicação de fatores iguais Propriedades
2³=2.2.2=8
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
Casos mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1. Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio 2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes-
número. ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94

3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,


resulta em um número positivo. 3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-
tiplica-se os expoentes.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

Raiz quadrada de frações ordinárias


4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- 1 1
mo expoente. 2  2 2 22 2
(4.3)²=4².3² Observe: =  = 1 =
3 3 3
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, 32
podemos elevar separados.
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então:

a na
n =
Radiciação b nb
Radiciação é a operação inversa a potenciação
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.

Raiz quadrada números decimais

Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna- Operações
-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja: 

Operações

Multiplicação

Exemplo

Divisão
64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “ti-


ra-se” um e multiplica.

Exemplo
1 1 1
Observe: 3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2

De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:

Adição e subtração
n
a.b = n a .n b
O radical de índice inteiro e positivo de um produto
indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando. Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO

Caso tenha:

Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.

Racionalização de Denominadores

Normalmente não se apresentam números irracionais com radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação
dos radicais do denominador chama-se racionalização do denominador.

1º Caso:Denominador composto por uma só parcela

2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de quadrados no denominador:

Ângulos

Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem o
nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

26
RACIOCÍNIO LÓGICO

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do Triângulo


que 90º.
Elementos

Mediana

Mediana de um triângulo é um segmento de reta que


liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto: Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-


tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
- É o ângulo cuja medida é 90º; dicular a esse lado.
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares. Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

27
RACIOCÍNIO LÓGICO

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen- Triângulo equilátero: três lados iguais.
dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do


triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

Triângulo retângulo:tem um ângulo reto


Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno:três lados desiguais.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos


Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

28
RACIOCÍNIO LÓGICO

QUADRILÁTEROS
4- Losango: , onde D é a medida da diagonal
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro- maior e d é a medida da diagonal menor.
priedades:
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais. Polígono
- A soma dos ângulos internos Si = 360º Chama-se polígono a união de segmentos que são
- A soma dos ângulos externos Se = 360º chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
mados vértices do polígono.
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-


midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

- Observações:

- No retângulo e no quadrado as diagonais são con- Ângulos Internos


gruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpen- A soma das medidas dos ângulos internos de um polí-
diculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes gono convexo de n lados é (n-2).180
dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio). Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
Áreas medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma
das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.
1- Trapézio: , onde B é a medida da base
maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.

2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da


base e h é a medida da altura.

3- Retângulo: A = b.h

29
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo

Ângulos Externos

Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:

30
RACIOCÍNIO LÓGICO

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado) Temos:


Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhantes.

Fórmulas Trigonométricas

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Dividindo os membros por c²

Como

31
RACIOCÍNIO LÓGICO

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado Retas Coplanares


triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são: a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

-Duas retas concorrentes podem ser:

a: hipotenusa 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.


b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da


hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.
2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-


tenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa. b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são
coincidentes.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas

Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo


plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são deno-
minadas retas reversas.

32
RACIOCÍNIO LÓGICO

Cilindros Cones
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com um ponto V que não pertence ao plano.
os dois. A figura geométrica formada pela reunião de todos os
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
círculo e no outro plano.

Classificação

-Reto:eixo VO perpendicular à base;


Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu-
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
Classificação também chamado de cone de revolução.
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
as geratrizes são perpendiculares às bases. denominado cone equilátero.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.

Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

-Oblíquo: eixo não é perpendicular


Área

Área da base: Sb=πr²

Volume

Área

Área lateral:

Área da base:

Área total:

33
RACIOCÍNIO LÓGICO

Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-


gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos
obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas
faces paralelas.

Área e Volume Classificação

Área lateral: Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares


às bases
Onde n= quantidade de lados Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Classificação pelo polígono da base

-Triangular

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião


de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.

34
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Quadrangular Onde: St=área total


Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
rais.

Volume

Paralelepípedo:V=a.b.c

Cubo:V=a³

Demais:

EXERCÍCIO COMENTADO
E assim por diante...

Paralelepípedos 01. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciária


Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- – CESPE/2017) A figura a seguir mostra o esquema utiliza-
nam-se paralelepípedos. do por um indivíduo na travessia de um rio — de margens
paralelas e com forte correnteza —, saindo do ponto A, na
margem inferior, e indo ao ponto B, na margem superior.

Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces


quadradas.

Ele nadava por 4 m na direção perpendicular às mar-


gens e, enquanto descansava, a correnteza o levava por 4
m rio abaixo na direção paralela às margens. Fez esse es-
quema por três vezes e, na quarta vez que nadou perpendi-
cularmente às margens, ele atingiu a margem superior, no
ponto B. Nessa situação, a distância do ponto A ao ponto
Prisma Regular B é igual a
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu- A 12 m.
lares, o prisma é dito regular. B 16 m.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases C 20 m.
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...) D 28 m.
E 32 m.
Área

Área cubo:

Área paralelepípedo:

A área de um prisma:

35
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resposta: C. Resposta: Errado

AB²=12²+16²
AB²=144+256
AB²=400 X=5,8m
AB=20
5,8+1,70=7,5m
(PM/MA – Soldado – CESPE/2017) Na preparação de
uma ação policial, um agente fez algumas medições em 03. No dia da operação, caso precise evadir-se do esta-
uma casa noturna, mostradas na figura a seguir. O agente, belecimento pela porta de entrada e chegar ao ponto cor-
em pé no ponto A, de frente para a casa noturna, estava a respondente à base móvel, um agente que esteja no ponto
10 m de distância do ponto C, correspondente à porta de C precisará se deslocar por, pelo menos, 26 m.
entrada da casa noturna. Do ponto B, posição dos olhos ( ) Certo ( ) Errado
do agente, ele visualizava uma câmera de segurança no
ponto D, no prédio da casa noturna, segundo um ângulo Resposta: Certo
de visão de 30º com a horizontal. Perpendicularmente a No texto fala que a base fica perpendicular a AC.
AC, e a 24 m de A, ficava localizada uma base móvel para CE²=AC²+AE²
apoio à operação, no ponto E. CE²=10²+24²
CE²=100+576
CE²=676
CE=26

Com referência às informações contidas na situação


hipotética e na figura anteriormente apresentadas, julgue
os próximos itens.

02. Considerando que AB seja igual a 1,70 m, que essa


seja a altura dos olhos do agente e que 0,58 seja o valor
aproximado para tg30°, então a câmera estava a uma altu-
ra inferior a 7 m.
( ) Certo ( ) Errado

36
RACIOCÍNIO LÓGICO

HORA DE PRATICAR!

01. (ABIN – Agente de Inteligência – CESPE/2018) As seguintes proposições lógicas formam um conjunto de pre-
missas de um argumento:
• Se Pedro não é músico, então André é servidor da ABIN.
• Se André é servidor da ABIN, então Carlos não é um espião.
• Carlos é um espião.
A partir dessas premissas, julgue o item a seguir, acerca de lógica de argumentação.
Se a proposição lógica “Pedro é músico.” for a conclusão desse argumento, então, as premissas juntamente com essa
conclusão constituem um argumento válido.
( ) Certo ( ) Errado

02. (TRT 7ª REGIÃO – Analista Judiciário – CESPE/2017) Texto CB1A5BBB – Argumento formado pelas premissas
(ou proposições) P1 e P2 e pela conclusão C
P1: Se eu assino o relatório, sou responsável por todo o seu conteúdo, mesmo que tenha escrito apenas uma parte.
P2: Se sou responsável pelo relatório e surge um problema em seu conteúdo, sou demitido.
C: Logo, escrevo apenas uma parte do relatório, mas sou demitido.
O argumento apresentado no texto CB1A5BBB se tornaria válido do ponto de vista da lógica sentencial, se, além das
premissas P1 e P2, a ele fosse acrescentada a proposição
A. Não sou demitido ou não escrevo uma parte do relatório.
B. Sou responsável apenas pela parte que escrevi do relatório.
C. Eu escrevo apenas uma parte do relatório, assino o relatório e surge um problema em seu conteúdo.
D. Se não escrevo nenhuma parte do relatório, não sou demitido.

03. (TRF 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Texto CB2A6BBB


A maior prova de honestidade que realmente posso dar neste momento é dizer que continuarei sendo o cidadão
desonesto que sempre fui.
Considerando o texto CB2A6BBB, julgue o item seguinte, concernente à argumentação e aos tipos de argumentos.
Verifica-se a ocorrência de falácia no argumento da frase.
( ) Certo ( ) Errado

04. (TRF 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Texto CB2A6BBB


A maior prova de honestidade que realmente posso dar neste momento é dizer que continuarei sendo o cidadão
desonesto que sempre fui.
Considerando o texto CB2A6BBB, julgue o item seguinte, concernente à argumentação e aos tipos de argumentos.
Pode-se inferir da frase que a maior parte dos cidadãos é corrupta e que, portanto, a sociedade é corrupta em sua
totalidade.
( ) Certo ( ) Errado

05. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciária – CESPE/2017) De uma urna que continha 20 bolas idênticas,
identificadas por números de 1 a 20, foi extraída aleatoriamente uma bola. Esse evento define o espaço amostral Ω = {1, 2,
3, ..., 20}. Considere os seguintes eventos: A = {a bola retirada da urna é identificada por um número múltiplo de 4}; B = {a
bola retirada da urna é identificada por um número múltiplo de 5}. A partir das probabilidades P(A), P(B) e P(A∪B) — que
são, respectivamente, as probabilidades de os eventos A, B e A∪B ocorrerem —, considere o argumento formado pelas
premissas P1 e P2 e pela conclusão C, em que

37
RACIOCÍNIO LÓGICO

Com base nessas informações, assinale a opção cor- Considerando a situação apresentada e a proposição
reta. correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item.
A A premissa P1 é uma proposição verdadeira, e a con- A tabela-verdade da referida proposição, construída a
clusão C é uma proposição falsa. partir dos valores lógicos das proposições simples que a
B A premissa P2 e a conclusão C são proposições ver- compõem, tem mais de 8 linhas.
dadeiras. ( ) Certo ( ) Errado
C A conclusão C é falsa, mas o argumento é válido.
D A premissa P1 é falsa e o argumento não é válido. 11. (PC/MA – Escrivão de Polícia – CESPE/2018) Pro-
E A premissa P1 e a conclusão C são proposições ver- posição CG1A5AAA
dadeiras e o argumento é válido. A qualidade da educação dos jovens sobe ou a sensação
de segurança da sociedade diminui.
06. (PC/MA – Escrivão de Polícia – Nível Superior – Assinale a opção que apresenta uma proposição equiva-
CESPE/2018) A qualidade da educação dos jovens sobe ou lente à proposição CG1A5AAA.
a sensação de segurança da sociedade diminui. A. Se a qualidade da educação dos jovens não sobe, en-
Proposição CG1A5AAA tão a sensação de segurança da sociedade diminui.
A qualidade da educação dos jovens sobe ou a sensa- B.Se qualidade da educação dos jovens sobe, então a
ção de segurança da sociedade diminui. sensação de segurança da sociedade diminui.
A quantidade de linhas da tabela-verdade correspon- C. Se a qualidade da educação dos jovens não sobe, en-
dente à proposição CG1A5AAA é igual a tão a sensação de segurança da sociedade não diminui.
A. 2. D. Se a sensação de segurança da sociedade diminui,
B. 4. então a qualidade da educação dos jovens sobe.
C. 8. E. Se a sensação de segurança da sociedade não dimi-
nui, então a qualidade da educação dos jovens não sobe.
D. 16.
E. 32.
12.. (TRF1ª região Analista Judiciário – CESPE/2017)
Em uma reunião de colegiado, após a aprovação de uma
07. (EBSERH – Cargos de nível Superior – CES-
matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 contra,
PE/2018) Se P, Q e R forem proposições simples e se ~R
um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Basta um de
indicar a negação da proposição R, então, independente-
nós mudar de ideia e a decisão será totalmente modificada.”
mente dos valores lógicos V = verdadeiro ou F = falso de P, Considerando a situação apresentada e a proposição
Q e R, a proposição P→Q∨(~R) será sempre V. correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item.
( ) Certo ( ) Errado A proposição é equivalente, sob o ponto de vista da ló-
gica sentencial, à proposição “Desde que um membro mude
08. (ABIN – Oficial Técnico de Inteligência – CES- de ideia, a decisão será totalmente modificada”.
PE/2018) Julgue o item a seguir, a respeito de lógica pro- ( ) Certo ( ) Errado
posicional.
A proposição “Os Poderes Executivo, Legislativo e Judi- 13.. (TRT 7ª Região - Analista Judiciário – CES-
ciário devem estar em constante estado de alerta sobre as PE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P
ações das agências de inteligência.” pode ser corretamente A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciá-
representada pela expressão lógica PΛQΛR, em que P, Q e R rias, mas não apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz
são proposições simples adequadamente escolhidas. julgou, pois, procedente a ação movida pelo ex-empregado.
( ) Certo ( ) Errado Assinale a opção que apresenta uma proposição equiva-
lente, sob o ponto de vista da lógica sentencial, à proposição
09. (ABIN – Oficial Técnico de Inteligência – CES- P do texto CB1A5AAA.
PE/2018) Julgue o item a seguir, a respeito de lógica pro- A. A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
posicional. denciárias, mas não apresentou os comprovantes de pa-
A proposição “A vigilância dos cidadãos exercida pelo gamento, ou o juiz julgou procedente a ação movida pelo
Estado é consequência da radicalização da sociedade civil ex-empregado.
em suas posições políticas.” pode ser corretamente repre- B.Se o juiz julgou procedente a ação movida pelo ex-
sentada pela expressão lógica P→Q, em que P e Q são pro- -empregado, então a empresa alegou ter pago suas obriga-
posições simples escolhidas adequadamente. ções previdenciárias, mas não apresentou os comprovantes
( ) Certo ( ) Errado de pagamento.
C. Se a empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
10. (TRF 1ª REGIÃO – cargos de nível superior – CES- denciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
PE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação mento, então o juiz julgou procedente a ação movida pelo
de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 ex-empregado.
contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Bas- D. A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
ta um de nós mudar de ideia e a decisão será totalmente denciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
modificada.” mento, mas o juiz julgou procedente a ação movida pelo
ex-empregado.

38
RACIOCÍNIO LÓGICO

14. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/AL – Solda- 18. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciária
do Combatente – CESPE/2018) A proposição Se deter- – CESPE/2017) Assinale a opção que corresponde a uma
minado candidato foi aprovado nas provas objetivas do negativa da seguinte proposição: “Se nas cidades medie-
concurso e no curso de formação de praças, ele se tornou vais não havia lugares próprios para o teatro e as apre-
soldado combatente do corpo de bombeiros local. é equi- sentações eram realizadas em igrejas e castelos, então a
valente à seguinte proposição: Se determinado candidato maior parte da população não era excluída dos espetáculos
não se tornou soldado combatente do corpo de bombei- teatrais”.
ros local, então ele foi reprovado nas provas objetivas do A. Nas cidades medievais havia lugares próprios para
concurso e no curso de formação de praças. o teatro ou as apresentações eram realizadas em igrejas
( ) Certo ( ) Errado e castelos e a maior parte da população era excluída dos
espetáculos teatrais.
15. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/AL – Oficial B.Se a maior parte da população das cidades medievais
Combatente – CESPE/2018) A respeito de proposições era excluída dos espetáculos teatrais, então havia lugares
lógicas, julgue os itens a seguir.Considere que P e Q sejam próprios para o teatro e as apresentações eram realizadas
em igrejas e castelos.
as seguintes proposições:
C. Se nas cidades medievais havia lugares próprios
P: Se a humanidade não diminuir a produção de mate-
para o teatro e as apresentações não eram realizadas em
rial plástico ou não encontrar uma solução para o proble-
igrejas e castelos, então a maior parte da população era
ma do lixo desse material, então o acúmulo de plástico no
excluída dos espetáculos teatrais.
meio ambiente irá degradar a vida no planeta. D. Se nas cidades medievais havia lugares próprios para
Q: A humanidade diminui a produção de material plás- o teatro ou as apresentações eram realizadas em igrejas e
tico e encontra uma solução para o problema do lixo desse castelos, então a maior parte da população era excluída
material ou o acúmulo de plástico no meio ambiente de- dos espetáculos teatrais.
gradará a vida no planeta. E. Nas cidades medievais não havia lugares próprios
Nesse caso, é correto afirmar que as proposições P e para o teatro, as apresentações eram realizadas em igrejas
Q são equivalentes. e castelos e a maior parte da população era excluída dos
( ) Certo ( ) Errado espetáculos teatrais.

16. (EBSERH – Cargos de nível Superior – CES- 19. (TRF 1ª REGIÃO – Analista Judiciário – CES-
PE/2018) A respeito de lógica proposicional, julgue o item PE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação
que se segue. de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5
A negação da proposição “Se o fogo for desencadea- contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Bas-
do por curto-circuito no sistema elétrico, será recomen- ta um de nós mudar de ideia e a decisão será totalmente
dável iniciar o combate às chamas com extintor à base de modificada.”
espuma.” é equivalente à proposição “O fogo foi desen- Considerando a situação apresentada e a proposição
cadeado por curto-circuito no sistema elétrico e não será correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item.
recomendável iniciar o combate às chamas com extintor à A negação da proposição pode ser corretamente ex-
base de espuma.” pressa por “Basta um de nós não mudar de ideia ou a deci-
( ) Certo ( ) Errado são não será totalmente modificada”.
Certo errado
17. (PC/MA – Escrivão de Polícia – CESPE/2018)
20. (TRT 7ª REGIÃO – Analista Judiciário – CES-
Proposição CG1A5AAA
PE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P
A qualidade da educação dos jovens sobe ou a sensa-
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden-
ção de segurança da sociedade diminui.
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
Assinale a opção que apresenta uma proposição que
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
constitui uma negação da proposição CG1A5AAA. ex-empregado.
A. A qualidade da educação dos jovens não sobe e a A Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obri-
sensação de segurança da sociedade não diminui. gações previdenciárias, mas não apresentou os compro-
B. A qualidade da educação dos jovens desce ou a vantes de pagamento.
sensação de segurança da sociedade aumenta. A proposição Q, anteriormente apresentada, está pre-
C. A qualidade da educação dos jovens não sobe ou a sente na proposição P do texto CB1A5AAA.
sensação de segurança da sociedade não diminui. A negação da proposição Q pode ser expressa por
D. A qualidade da educação dos jovens sobe e a sen- A. A empresa não alegou ter pago suas obrigações
sação de segurança da sociedade diminui. previdenciárias ou apresentou os comprovantes de paga-
E. A qualidade da educação dos jovens diminui ou a mento.
sensação de segurança da sociedade sobe. B. A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
denciárias ou não apresentou os comprovantes de paga-
mento.

39
RACIOCÍNIO LÓGICO

C. A empresa alegou ter pago suas obrigações previ- 23 Com relação ao composto E, a quantidade de lau-
denciárias e apresentou os comprovantes de pagamento. dos falsos distintos constituídos com dados dos exames
D. A empresa não alegou ter pago suas obrigações de Amanda, Bárbara e Carlos que poderia ser produzida é
previdenciárias nem apresentou os comprovantes de pa- superior a 50
gamento. ( ) Certo ( ) Errado

21. (ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – CES- 24. Caso o laboratório escolhesse aleatoriamente, entre
PE/2018) Como forma de melhorar a convivência, as famí- os dados dos 7 pacientes-fonte, aqueles que seriam usados
lias Turing, Russell e Gödel disputaram, no parque da cida- nas medições referentes ao composto E, a probabilidade
de, em um domingo à tarde, partidas de futebol e de vôlei. de serem usados os dados de Amanda, Bárbara e Carlos
O quadro a seguir mostra os quantitativos de membros de seria inferior a 3%.
cada família presentes no parque, distribuídos por gênero. ( ) Certo ( ) Errado

25. (TRT 7ª REGIÃO – Analista Judiciário – CES-


Família Masculino Feminino PE/2017) Se, na presente prova, em que cada questão tem
Turing 5 7 quatro opções de resposta, um candidato escolher ao aca-
so uma única resposta para cada uma das quatro primeiras
Russel 6 5
questões, então a probabilidade de ele acertar exatamente
Gödel 5 9 duas questões será igual a
A. 1/2 .
A partir dessa tabela, julgue o item subsequente. B. 9/16 .
Considere que, em eventual sorteio de brindes, um C. 27/128 .
nome tenha sido retirado, ao acaso, do interior de uma D. 9/256 .
urna que continha os nomes de todos os familiares pre-
sentes no evento. Nessa situação, sabendo-se que o sor- (EBSERH – Áreas Médicas – CESPE/2018) Uma pes-
teado não é uma mulher da família Gödel, a probabilidade quisa revelou características da população de uma peque-
de ser uma mulher da família Russel será superior a 20%. na comunidade composta apenas por casais e seus filhos.
( ) Certo ( ) Errado Todos os casais dessa comunidade são elementos do con-
junto A∪B∪C, em que
(PM/MA – 1º Tenente PM-Cirurgião Dentista – CES- A = {casais com pelo menos um filho com mais de 20
PE/2017) Determinado laboratório de análises clínicas anos de idade};
B = {casais com pelo menos um filho com menos de 10
está sendo investigado por emitir laudos falsos de um exa-
anos de idade};
me constituído por 7 indicadores, correspondentes à con-
C = {casais com pelo menos 4 filhos}.
centração de 4 compostos na corrente sanguínea, obtidos
da seguinte forma: uma medição da concentração de cada
Considerando que n(P) indique a quantidade de ele-
um dos compostos A, B, C e D, e 3 medições, por 3 diferen- mentos de um conjunto P, suponha que n(A) = 18; n(B) =
tes técnicas, da concentração do composto E. Os laudos 20; n(C) = 25; n(A∩B) = 13; n(A∩C) = 11; n(B∩C) = 12 e
verdadeiros de 7 pacientes (chamados pacientes-fonte), n(A∩B∩C) = 8. O diagrama a seguir mostra essas quantida-
com prenomes distintos, entre eles Amanda, Bárbara, Car- des de elementos.
los e Daniel, eram usados para compor laudos falsos para
os demais pacientes. Para dificultar a ação da autoridade
policial, na montagem de um laudo falso, o laboratório to-
mava o cuidado de, no conjunto de 7 medições que cons-
tituíam cada laudo falsificado, usar apenas uma medição
de cada paciente-fonte, ou seja, de nunca usar 2 ou mais
medições de um mesmo paciente-fonte.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os
itens seguintes.

22. Se fosse adotada a estratégia de falsificar laudos


seguindo-se a ordem sucessiva de medições referentes
aos compostos A, B, C e D e, em seguida, as medições
referentes ao composto E, a quantidade de laudos falsos
distintos que poderiam ser gerados pelo laboratório seria 26. Com base nas informações e no diagrama prece-
superior a 800. dentes, julgue o item a seguir.
( ) Certo ( ) Errado Pelo menos 30 casais dessa comunidade têm 2 ou mais
filhos.
( ) Certo ( ) Errado

40
RACIOCÍNIO LÓGICO

27. .Com base nas informações e no diagrama prece- Respostas


dentes, julgue o item a seguir.
Se um casal dessa comunidade for escolhido ao acaso, 01 Certo
então a probabilidade de ele ter menos de 4 filhos será
superior a 0,3. 02 C
( ) Certo ( ) Errado 03 Errado
04 Errado
28. Com base nas informações e no diagrama prece-
dentes, julgue o item a seguir. 05 C
A referida comunidade é formada por menos de 180 06 B
pessoas.
07 Errado
Certo Errado
08 Errado
29. (EBSERH – Técnico Em Radiologia – CESPE/2018) 09 Errado
Considere as seguintes proposições: P: O paciente receberá
10 Errado
alta; Q: O paciente receberá medicação; R: O paciente re-
ceberá visitas. 11 A
Tendo como referência essas proposições, julgue o 12 Errado
item a seguir, considerando que a notação ~S significa a
negação da proposição S. 13 C
Se, em uma unidade hospitalar, houver os seguintes 14 Errado
conjuntos de pacientes: A = {pacientes que receberão alta}; 15 Certo
B = {pacientes que receberão medicação} e C = {pacientes
que receberão visitas}; se, para os pacientes dessa unidade 16 Certo
hospitalar, a proposição ~P→[Q∨R] for verdadeira; e se Ac 17 A
foro conjunto complementar de A, então Ac⊂B∪C. 18 E
( ) Certo ( ) Errado
19 Errado
30. (TRF 1ª REGIÃO – Analista Judiciário – CES- 20 A
PE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação
21 Errado
de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5
contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Bas- 22 Certo
ta um de nós mudar de ideia e a decisão será totalmente 23 Errado
modificada.”
24 Certo
Considerando a situação apresentada e a proposição
correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item. 25 C
Se A for o conjunto dos presentes que votaram a favor 26 Certo
e B for o conjunto dos presentes que votaram contra, então
o conjunto diferença A\B terá exatamente um elemento. 27 Errado
( ) Certo ( ) Errado 28 Errado
29 Errado
30 Errado

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