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Radiação Nuclear
Estas partículas liberadas possuem alta energia cinética, ou seja, alta “energia de
movimento”, pois o núcleo, além de liberar os prótons e nêutrons, também libera energia,
na forma de energia cinética das partículas. No entanto, essas partículas possuem baixo
poder de penetração.
É importante que a atenção seja voltada para o fato do “elétron” (partícula -) ser
emitido pelo núcleo atômico, ou seja, não tem nada a ver com os elétrons da eletrosfera.
Por outro lado, quando o número de nêutrons for insuficiente para estabilizar a
quantidade de prótons presentes no núcleo atômico, poderá ocorrer a transformação de um
próton em um nêutron. Para esta transformação ocorrer, será necessária a liberação de uma
sub-partícula positiva do núcleo atômico. Será emitida uma partícula beta positiva, +,
também, conhecida, como pósitron.
RESUMO - RADIAÇÕES
De uma forma geral, a radiação gama é emitida por um núcleo atômico, quando este
emite outros tipos de radiação, seja ela alfa ou beta. A liberação de radiação gama é uma
forma encontrada pelo núcleo para se “estabilizar” quando ocorre a liberação de alguma
partícula nuclear, pois com esta emissão de partícula ainda resta energia em excesso no
núcleo atômico, que deve ser liberada (transformação de massa em energia, segundo a
equação: E = mc2). A forma encontrada pelo núcleo para liberar esta energia é a partir de
radiação gama, que é uma forma de energia eletromagnética.
A radiação gama, por ser uma onda eletromagnética, da mesma natureza da luz. Ela
viaja com a velocidade da luz, ou seja, a radiação gama, viaja a 300.000 km/s, assim como
a luz.
O poder de ionização desta radiação pode ser inferior ao das partículas beta e alfa.
Isso irá depender do quão energética é a radiação gama. Por sua vez, o dano causado pela
radiação gama pode, muitas vezes, ser bem maior do que os causados pelas radiações de
partículas, pois, como dito, ela pode possui alta energia, o que lhe confere alto poder de
ionização. Isso é devido ao fato das moléculas e átomos possuírem elétrons, os quais podem
ser retirados. No entanto, para serem retirados é necessária uma quantidade de energia tal
(energia quantizada) que possibilite a ionização do composto (átomo ou molécula). E é aí
que a radiação gama pode agir, ou seja, ela irá quebrar a molécula, pois ela retirará os
elétrons da ligação química. Logo, a sua capacidade de provocar danos é maior.
É importante que seja observado que a radiação gama é neutra, mas não tem relação
alguma com os nêutrons, que também são neutros, ou seja, radiação gama não é nêutron.
Mesmo porque, quando um núcleo atômico emite nêutrons, esta radiação (de partículas) é
denominada de feixe de nêutrons.
RESUMO - RADIAÇÕES
Raios X
Produção
O dispositivo que gera Raios X é chamado de tubo de Coolidge. Da mesma forma que uma
válvula termiônica, este componente é um tubo oco e evacuado, ainda possui um catodo
incandescente que gera um fluxo de elétrons de alta energia. Estes são acelerados por uma
grande diferença de potencial e atingem ao ânodo ou placa.
Exposição
A tolerância do organismo humano à exposição aos raios X é de 0,1 röntgen por dia no
máximo em toda a superfície corpórea. A radiação de um röntgen produz em 1,938x10 − 3
gramas de ar, a liberação por ionização, de uma carga elétrica de 3,33x10 − 3C.
No ser humano a exposição demorada aos raios X poderá causar vermelhidão da pele,
ulcerações e empolamento. Em casos mais graves de exposição poderá causar sérias lesões
cancerígenas, morte das células e leucemia.
Detecção
A detecção dos raios X pode ser feita de diversas maneiras, a principal é a impressão
chapas fotográficas que permite o uso medicinal e industrial através das radiografias.
Outras formas de detecção são pelo aquecimento de elementos a base de chumbo, que
geram imagens termográficas, o aquecimento de lâminas de chumbo para medir sua
intensidade, além de elementos que possuem gases em seu interior à exemplo da válvula
Geiger-Müller utilizada para a detecção de radiação ionizante e radiação não ionizante.