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DOCUMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - 2004

1.MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE

O ano de 2004 encerrou-se com um desempenho bastante favorável da economia


brasileira. O Produto Interno Bruto estimado para 2004 foi de US$ 599 bilhões, com
crescimento de 5%, o maior desde 1994. A indústria cresceu em torno de 8,3%, recorde dos
últimos 18 anos, tendo como principal indutor o forte crescimento das exportações,
contribuindo para o aumento do nível de emprego, da expansão da renda e,
conseqüentemente, do mercado interno. Os destaques desse crescimento foram os setores
de bens de capital e de consumo duráveis. A balança comercial apresentou um superávit
recorde, da ordem de US$ 33,7 bilhões, superior em 36% ao ano anterior, com importações
de US$ 62,8 bilhões e exportações de US$ 96,5 bilhões. O risco do País ficou por volta de
400 pontos, o menor desde 1997.

O Estado de Mato Grosso do Sul tem a sua economia fortemente voltada para o
agronegócios, com desempenho bastante favorável em 2004, apresentando uma forte
expansão das exportações e preços agrícolas favoráveis no mercado internacional. No
complexo soja, as exportações sul-mato-grossenses bateram um recorde histórico, somando
US$ 498,1 milhões, superando em 5% o recorde de 2001, quando totalizaram US$ 473,6
milhões.

Em 16 de março de 2004, foram publicadas as Leis nºs 10.847 e 10.848, estabelecendo


o Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro.

Nesse Novo Modelo, a comercialização de energia elétrica entre os agentes do setor


elétrico será feita em dois ambientes de contratação: Ambiente de Contratação Regulada –
ACR, em que as Distribuidoras irão contratar 100% das suas necessidades previstas para
atendimento aos consumidores cativos, e Ambiente de Contratação Livre – ACL, onde os
Consumidores Livres, Comercializadores e Geradores irão contratar energia a preços
livremente negociados entre as partes. As Distribuidoras poderão ainda contratar energia
através de leilões de ajuste, com prazo de suprimento de até dois anos, promovidos pelo
Órgão Regulador.

O Novo Modelo elimina o Self-dealing (auto-contratação), estabelece que as


Distribuidoras somente poderão vender energia para os consumidores cativos e determina a
desverticalização da Empresa, separando as atividades de Distribuição das de Geração e
Transmissão, no prazo de 18 meses a contar da data de publicação da Lei nº 10.848. Este
prazo poderá ser prorrogado pela ANEEL, uma única vez e por igual período, se efetivamente
comprovada a impossibilidade, por fatores alheios à vontade da Concessionária, de
cumprimento das disposições legais.

Em 07/12/2004, conforme previsto no Novo Modelo do Setor Elétrico, foi realizado o


Leilão de Energia Elétrica de Empreendimentos Existentes, tendo por objetivo a venda de
energia elétrica, proveniente desses empreendimentos, para atendimento às necessidades
de mercado das Distribuidoras a partir de janeiro/2005, janeiro/2006 e janeiro/2007, sendo
todos os contratos com duração de 8 anos.

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A ENERSUL participou no referido Leilão como compradora de energia elétrica para
atendimento aos consumidores cativos de sua área de concessão.

Os indicadores operacionais são medidos pelo DEC – Duração Equivalente de


Interrupção por Consumidor, que teve uma evolução positiva, passando de 11,02 horas para
9,47 horas em 2004 e pelo FEC – Freqüência Equivalente de Interrupção por Consumidor,
que teve também uma evolução favorável, passando de 9,49 para 8,03 interrupções por
cliente em 2004. O TMA – Tempo Médio de Atendimento registrou uma ligeira elevação
passando de 79 para 86 minutos, ficando, no entanto, dentro das metas da Companhia. Este
ligeiro acréscimo ficou a dever-se, basicamente, ao incremento da rede rural, por
incorporação de redes particulares e à implementação do programa de universalização, Luz
para Todos.

Em 2004 tornaram-se clientes livres a Mineração Urucum e a Cimento Portland Itaú.


Estas empresas passaram a ser clientes da ENERSUL no uso da rede de distribuição,
gerando a remuneração correspondente.

A energia distribuída em 2004 teve um bom desempenho e foi 5,93% superior à de 2003
e comportou-se da seguinte forma:

- o fornecimento de energia elétrica ao mercado cativo teve crescimento de 1,9%.


Retirando-se os consumos dos clientes que se tornaram livres, o mercado de
clientes cativos teria um crescimento bastante expressivo de 6,3%;

- o suprimento teve uma redução de 60,3%, devido a saída da CRE - Cooperativa de


Eletrificação Rural, na Bolívia;

- o total de energia vendida, formado pelo mercado cativo e o suprimento, teve um


crescimento de 1,2%. Se retirados os clientes que se tornaram livres, a energia
vendida cresceria 5,6%;

- o transporte de energia para os clientes livres, que se tornaram clientes da


ENERSUL no uso do sistema de distribuição, teve um expressivo crescimento de
320,7%.

O número de clientes cresceu 4,2%, tendo alcançado 639.760 ao final de 2004,


contra 613.837 em 2003.

Os investimentos da ENERSUL totalizaram no ano R$ 93,74 milhões. Foram


investidos R$ 45,75 milhões na atividade preponderante que é a distribuição de energia
elétrica (ampliação, melhoria e modernização do sistema de distribuição, subestações,
recapacitação de linha, projetos associados à rede básica, frota de veículos, informática e
telecomunicações associados ao negócio) e R$ 36,3 milhões em Universalização. A
ENERSUL recebeu a título de doação e incorporou no seu ativo R$ 11,7 milhões,
proveniente de rede particulares de Média Tensão.

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As perdas de energia tiveram aumento em 2004 em relação ao ano anterior,
passando de 15,73% para 16,03%. A redução das perdas comerciais tem sido um grande
desafio para as distribuidoras brasileiras. A ENERSUL teve seu foco centrado em 2004, em
esforços contínuos no seu plano de combate às perdas de energia, inserindo novos
processos e ferramentas tecnológicas, com a visão voltada para a redução dos índices.

O Real apresentou uma apreciação de 8,1%, em relação ao dólar, favorecendo o


resultado financeiro, em face da redução de encargos e do saldo da dívida em dólar da
Empresa.

A ENERSUL apresentou um lucro líquido de R$ 93.783 mil no exercício de 2004,


superior em 575% ao ano anterior. Este excepcional desempenho econômico-financeiro tem
a conjugação dos seguintes fatores principais:

-crescimento de 24,4% da receita operacional líquida em relação ao ano anterior,


devido a revisão tarifária ocorrida em abril de 2003, ajustando a tarifa da ENERSUL para
níveis mais adequados aos seus custos e investimentos, ao crescimento da energia
distribuída em 5,93%, em relação a 2003, ao reajuste tarifário de abril de 2004 e ao
reconhecimento pela ANEEL da majoração do PIS/COFINS para a constituição de um ativo
regulatório, levando a uma receita operacional líquida de R$ 701.128 mil, contra R$ 563.585
mil;

-crescimento das despesas operacionais em 15,7%, inferior ao crescimento da


receita operacional líquida;

-o resultado do serviço cresceu, como conseqüência, 68,2% e o LAJIDA (EBITDA)


43,3%;

-o resultado financeiro, apesar de superior ao de 2003, foi beneficiado pela


apreciação de 8,1% do Real em relação ao dólar americano, reduzindo os encargos e o
saldo da dívida em moeda estrangeira;

-redução de R$ 27.578 mil, de imposto de renda e de contribuição social sobre o


lucro, devido à realização de um prejuízo de R$ 81.113 mil até 2004, apurado com a venda
da turbina que seria destinada à usina térmica de Campo Grande.

Dentro da diretriz de inserção social, a ENERSUL deu continuidade ao seu


programa de responsabilidade social, merecendo destaque: o Projeto Incluir que
congrega duas grandes ações para o exercício da cidadania. A primeira, objetiva treinar,
qualificar e empregar Pessoas com Necessidades Especiais (PNE). A ENERSUL possui
um quadro com 37 colaboradores entre contratados e readaptados a novas funções,
perfazendo 4,2% do quadro de colaboradores da ENERSUL em dez/2004. A segunda,
objetiva habilitar profissionalmente adolescentes entre 16 e 18 anos de idade oriundos de
classes menos favorecidas. Ao final de 2004, a ENERSUL tinha 30 adolescentes, como
menores aprendizes.

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Inúmeras outras ações de responsabilidade social, de importante alcance para a
sociedade, desenvolveram-se na área do meio ambiente, conservação de energia,
segurança e relações com a comunidade, destacando-se:
-construção de instalações elétricas com o uso de materiais e equipamentos que
ajudam na preservação do meio ambiente, implantação de bacias de captação e caixas
separadoras água/óleo em subestações, educação ambiental para alunos de ensino
fundamental, capacitação em técnicas de poda de árvores, arborização urbana com plantio
de 9.532 mudas de árvores;
-implementação de ações de eficientização energética em entidades de serviços
públicos de água, social e educacional, sistema de iluminação pública e realização de
eventos;
-diversos apoios, contribuições e patrocínios.
Foi assinado o Acordo Coletivo de Trabalho 2004/2005, com a concessão de reajuste
salarial, manutenção do programa de benefícios, com ajustes em valores de benefícios,
pagamento de participação nos resultados, entre outros itens.
Objetivando a melhoria da qualidade dos serviços e a motivação dos colaboradores e
parceiros, foram realizadas 64.912 horas de treinamento aos colaboradores, em 256
eventos, com um total de 3.983 participações, ou seja, 72,3 horas de treinamento por
colaborador. Foram realizadas 4.334 horas de treinamento aos colaboradores de
prestadores de serviços da ENERSUL, envolvendo 429 colaboradores em
desenvolvimento técnico, operacional, comercial, informática, administrativo, comportamental
e qualidade do serviço.

Em 2004 foram iniciadas ações para que a ENERSUL se adeque às exigências da Lei
Sarbanes-Oxley, promulgada nos Estados Unidos da América em 2002, que vigorarão a partir
de 2005, destacando-se, entre outras, a certificação por auditores independentes da
efetividade dos controles internos que deverá ser atestada pela administração da empresa. A
adequação da ENERSUL a essa lei deve-se ao fato de suas controladoras, a ESCELSA e a
EDP - Energias de Portugal S.A terem títulos lançados no mercado americano e à
materialidade das operações da ENERSUL nos resultados das controladoras.

Coroando a atuação da Empresa, tanto na prestação do serviço público de energia


elétrica como uma empresa que contribui e atua com responsabilidade social, a ENERSUL
obteve o reconhecimento externo de diversas entidades:

- alcançou, pelo 6º ano consecutivo, o prêmio de Melhor Empresa da Região Centro-


Oeste, conferido pela revista Eletricidade Moderna, publicação líder do setor de
energia no Brasil;
- Ganhou o prêmio “Medalha do Mérito Ambiental”, concedido pela Sociedade
Brasileira de Heráldica, instituto certificado pelo governo do Estado de São Paulo, a
empresas que demonstram disciplina perante a legislação e normas dos órgãos
ambientais, e mantêm investimentos em programas voltados para a comunidade para
conscientizar a população sobre a importância dos recursos naturais para a vida;

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- Recebeu o Prêmio de Qualidade no Trabalho do SESI, na categoria de empresa de
grande porte, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do
Sul, abrangendo as políticas de pessoal, saúde, segurança do trabalho, meio
ambiente, educação e desenvolvimento, clima organizacional, lazer, cultura e as
ações de responsabilidade social promovidas pela empresa e sua equipe;
- Foi certificada como Empresa Amiga da Criança, pela Fundação ABRINQ, no
Programa Empresa Amiga da Criança, em face de suas ações de responsabilidade
social com crianças e adolescentes.
-
São otimistas as previsões para o ano de 2005. Espera-se um cenário de crescimento
econômico, compatível com a meta de inflação estimada pelo Governo.

Nesse ambiente, torna-se fundamental que o setor elétrico possa atender aos requisitos
atuais e futuros do desenvolvimento brasileiro. O alinhamento do marco regulatório com
estes objetivos deve ser perseguido, criando-se assim a segurança e confiança necessárias
aos investimentos de longo prazo que irão garantir infra-estruturas compatíveis com a
retomada do crescimento econômico.

A ENERSUL conta com este cenário e se prepara para contribuir para o crescimento do
Estado de Mato Grosso do Sul e reforçar o grau de satisfação de seus clientes.

ANTÓNIO EDUARDO DA SILVA OLIVA


DIRETOR-PRESIDENTE

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2.OS NÚMEROS DA ENERSUL

2004 2003 2002 2001 2000

DADOS ECONÔMICO-FINANCEIROS

Receita operacional bruta (R$ mil) 927.938 748.491 561.042 593.239 444.776
Receita operacional líquida (R$ mil) 701.128 563.585 424.565 483.682 342.866
Resultado do serviço (R$ mil) 157.181 93.469 24.210 120.889 38.758
Lucro (prejuízo) do exercício (R$ mil) 93.783 13.893 -94.111 46.970 11.742
LAJIDA (R$ mil) (1) 212.144 148.075 77.780 167.183 81.456
Ativo total (R$ mil) 1.349.108 1.270.863 1.198.577 1.099.405 920.198
Patrimônio líquido (R$ mil) 519.744 442.992 427.449 519.927 481.898
Número de ações (mil) 53.137.012 53.137.012 53.137.012 53.137.012 53.137.012
Valor patrimonial por ação (R$) 9,78 8,34 8,04 9,78 9,07
Cotação unitária da ação - ON (R$ por lote de mil) (2) 10,00 10,50 10,97 15,00 9,00
Cotação unitária da ação – PNA (R$ por lote de mil) (2) 6,00 7,13 7,13 8,01 8,01
Cotação unitária da ação – PNB (R$ por lote de mil) (2) 9,00 10,49 11,99 15,50 9,00
Valor de mercado da empresa (R$ mil) 497.961 556.465 614.280 810.684 477.894

INDICADORES

Margem operacional (%) 22,42 16,58 5,7 24,99 11,3


LAJIDA margem (%) 30,26 26,27 18,32 34,56 23,76
Despesa de pessoal + serviços de terceiros/receita oper.líquida(%) 14,25 14,78 17,82 13,8 19,97
Perdas de energia (%) 16,03 15,73 15,77 12,73 15,84
DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor (horas) 9,47 11,02 14,03 10,65 12,87
FEC - Freqüência Equivalente de Interrupção por Consumidor (nº) 8,03 9,49 11,43 10,41 13,69
TMA - Tempo Médio de Atendimento (minutos) 86 79 62 64 61
Número de clientes por colaborador 712 653 643 585 529

MERCADO

Demanda máxima do sistema - MWh/h 593,6 571,7 541,2 578,5 573,3


Energia Vendida - MWh 2.850.122 2.816.061 2.754.233 2.672.363 2.836.417
Energia Distribuida - MWh 3.027.814 2.858.295 0 0 0
Número de clientes (com livres e geradores acessantes) 639.760 613.837 596.569 572.323 541.093
Consumo médio residencial (KWh/ano) 1.735 1.732 1.763 1.849 2.177

RECURSOS HUMANOS

Número de colaboradores 898 940 928 978 1.022


Número de estagiários 28 16 52 26 28
Despesa de pessoal (R$ mil) 60.807 53.428 48.201 44.648 44.954
Despesa de pessoal + serviços de terceiros (R$ mil) 99.939 83.270 75.640 66.772 68.477

(1) LAJIDA= Resultado do serviço + depreciação e amortização


(2) Cotação: última de cada ano

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3.PERFIL CORPORATIVO

A Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A. - ENERSUL, é uma Companhia


Aberta e de Capital Autorizado regida pela Lei das Sociedades por Ações, concessionária de
serviço público de energia elétrica, com sede na cidade de Campo Grande, Estado de Mato
Grosso do Sul, criada em 11 de junho de 1979, logo após a cisão do Estado do Mato Grosso
em dois Estados: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Tem como principais atividades a
distribuição, a comercialização e a geração de energia elétrica na quase totalidade do
Estado de Mato Grosso do Sul.
A área de concessão da ENERSUL contempla 72 Municípios do Estado de Mato Grosso
do Sul, equivalente a 328 mil km², o que representa aproximadamente 92% da área total do
Estado.
A ENERSUL detém a concessão para geração e distribuição de energia elétrica, até 03
de dezembro de 2027, podendo ser renovada por mais 30 anos, conforme Decreto Executivo
de 04 de dezembro de 1997, outorgada pela União Federal.
Em leilão de 19 de novembro de 1997, a Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. -
ESCELSA, através de sua controlada MAGISTRA Participações S.A. adquiriu o controle
acionário da ENERSUL.
A partir de novembro de 2002, a gestão da Empresa passou a ser exercida pela EDP –
Energias de Portugal – S.A., uma das maiores operadoras do setor elétrico europeu, com a
indicação da Diretoria Executiva.
O Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro, implantando pela Lei nº 10.848, publicada
em 16/03/2004, prevê a desverticalização da Empresa, separando as atividades de
distribuição daquelas de geração e transmissão, com prazo de 18 meses para ocorrer a
contar da data de publicação da lei, prorrogáveis por igual período, a critério da ANEEL, se
comprovada a impossibilidade por fatores alheios à vontade da Concessionária, do
cumprimento das disposições legais.

VISÃO
A ENERSUL quer ser reconhecida pela excelência de seus
serviços e desempenho empresarial.

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4.SISTEMA DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA AO ESTADO
GERAÇÃO PRÓPRIA

A capacidade total instalada das usinas hidráulicas e térmicas da ENERSUL é de 44,5


MW. Em 2004 as usinas produziram 202.102 MWh.
As principais usinas e suas capacidades instaladas são:

Usina Potência Nominal MW Energia Assegurada MW - Médio


Hidrelétricas 31,15 22,30
Mimoso 29,50 20,90
Coxim-Vitor A. Brito 0,40 0,30
São João I 0,66 0,60
São João II 0,59 0,50

Termelétricas 13,35 3,85


Corumbá 6,00 2,35
Coxim 3,60 1,50
Porto Murtinho 3,75 0
TOTAL 44,50 26,15

Estão conectadas ao Sistema de Distribuição da ENERSUL outras três usinas, de


propriedade de outras empresas, que totalizam em capacidade instalada 226,4 MW, a saber:
UTE Willian Arjona – 188,8 MW;
Tractebel Energia S.A

PCH Paraíso – 21,6 MW;


Castelo Energética S.A. – CESA, subsidiária integral da Magistra Participações S.A

PCH Costa Rica – 16,0 MW;


Costa Rica Energética Ltda– controlada da ENERSUL

SISTEMA ELÉTRICO
O sistema elétrico da ENERSUL pode ser dividido em três subsistemas: o Sistema
Interligado (principal), e dois pequenos sistemas isolados, o primeiro com base em geração
termoelétrica e o outro composto por dois pontos de suprimento.
! O Sistema Interligado Principal é suprido pela energia da Tractebel, Enertrade e
Itaipu e pela geração própria de UHE Mimoso e pelas gerações de Costa Rica e
Paraíso, de propriedade de produtores independentes.
! O sistema isolado de base térmica atende à região de Porto Murtinho.
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! Os municípios de Sonora e Bataguassú são supridos através de interligações
com os sistemas da Cemat e Caiuá, respectivamente.
Em sintonia com o nível tecnológico predominante nas maiores concessionárias
brasileiras, a ENERSUL controla todo o seu sistema elétrico a partir do seu Sistema de
Supervisão e Controle.
O Centro de Operação do Sistema, localizado na capital do Estado, é responsável
pela operação de todas as subestações de 138 kV, 69 kV e 34,5 kV.
A operação da rede de distribuição, é feita através de dois Centros de Operação da
Distribuição (COD) localizados em Campo Grande e Dourados e conta já com significativa
quantidade de equipamentos de rede automatizados.

O Sistema de Supervisão e Controle, (SSC), que abrange as Subestações, Usinas e


equipamentos das Redes de Distribuição, permite a obtenção de informações vitais para a
operação do sistema elétrico em tempo real, bem como a efetivação de telecomandos à
distância em equipamentos da rede. A operação do sistema elétrico utilizando o SSC permite
obter ganhos na qualidade dos serviços (DEC e FEC), no melhor atendimento aos clientes e
na otimização dos custos de operação e manutenção. Informações on-line e bancos de
dados com históricos de todo o sistema garantem segurança e confiabilidade na realização
de atividades de otimização dos fluxos de cargas, minimização das perdas e outros estudos
e análises do sistema elétrico.Como suporte da operação, há três sistemas de comunicação
da própria Empresa, cobrindo todo o Estado: rede de microondas em configuração dual, fibra
ótica e carrier, além dos recursos da rede telefônica pública no Estado.

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Esquema de funcionamento da operação do Sistema ENERSUL
Subestações

e
ONS Usinas

COS
COS
Empresas
Clientes com tensão em 69 kV
com e 138 kV
Interligação

COD
Atendimento de reclamações Atendimento de reclamações
C.Grande Dourados
Região C. Grande, Oeste, Região Sul do MS
Norte e Leste do MS

Religadores de Rede
Região C. Grande, Oeste, Religadores de Rede
Norte e Leste do MS Região Sul do MS

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PRINCIPAIS DADOS TÉCNICOS

2004 2003

Número de Subestações (*) 87 86

Potência Instalada de Transformação


(MVA) 1.545 1.513

Linhas de Transmissão (km) – 34,5 kV a


230 kV 5.102 5.183

Redes de Distribuição - Total (km) 39.142 34.917

Transformadores de Distribuição Próprios


(Número) 23.627 21.109

Transformadores de Distribuição de
Terceiros (Número) 30.377 29.485

Total de kVA's instalados na distribuição


Própria (MVA) 878 812
Total de kVA's instalados na distribuição
Terceiros (MVA) 1.237 1.177

Postes em Redes de Distribuição (Número) 482.692 459.160

(*) Contempla duas subestações móveis


Em 2004 foram reclassificadas três linhas de transmissão de 34,5 kV, que passaram a ser
redes de distribuição, em atendimento à filosofia do aspecto tarifário.

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5.MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA E DISTRIBUIÇÃO
DESEMPENHO DA ECONOMIA
O bom desempenho econômico do Estado de Mato Grosso do Sul tem como
fundamento o crescimento da economia brasileira, com uma forte expansão das exportações
e preços agrícolas favoráveis no mercado internacional. No complexo soja, as exportações
sul-mato-grossenses bateram recorde histórico, somando US$ 498,1 milhões, superando em
5% o recorde de 2001, quando totalizaram US$ 473,6 milhões. Comparativamente a 2002,
as exportações tiveram um aumento de 30%.

Acompanhando esse crescimento econômico, com recuperação da produção e da


renda interna, o consumo de energia elétrica, na área de concessão da ENERSUL, teve forte
crescimento, conforme abaixo relatado.

ENERGIA REQUERIDA DO SISTEMA


A energia requerida (carga própria + energia de clientes livre) foi de 3.605.918 MWh,
representando um acréscimo de 6,32% em relação a 2003.

A demanda máxima do sistema, em 2004 foi de 593,6 MWh/h, contra 571,7 MWh/h no
ano anterior, representando um acréscimo de 3,83 %.

Geração Própria MWh


5,6%
202.102 Suprimento
0,3%
11.975
Recebida de TRACTEBEL
34,4%
1.238.544 ENERGIA REQUERIDA Fornecimento
78,7%
2.838.147
Recebida de ITAIPU
20,3%
731.690 3.605.918 Perdas e Diferenças
16,0%
578.104
Recebida de OUTRAS
34,8%
Energia para Clientes
1.255.890
Livres 4,9%
177.692
Energia para Clientes Livres
4,9%
177.692

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ENERGIA DISTRIBUIDA - MWh
Variação
2004 2003 2002 2001 2000 %
2004/2003

FORNECIMENTO
Residencial 911.937 872.138 862.477 868.799 977.160 4,6
Industrial 579.615 654.157 671.221 617.742 592.886 -11,4
Comercial 584.535 547.150 527.376 522.771 557.514 6,8
Rural 307.741 290.949 276.248 250.648 265.840 5,8
Outras 454.319 421.493 391.178 387.564 417.628 7,8

MERCADO CATIVO 2.838.147 2.785.887 2.728.500 2.647.524 2.811.028 1,9

SUPRIMENTO A
CONCESSIONÁRIAS 11.975 30.174 25.733 24.839 25.389 -60,3

ENERGIA VENDIDA 2.850.122 2.816.061 2.754.233 2.672.363 2.836.417 1,2


CLIENTES LIVRES-
TRANSPORTE DE ENERGIA 177.692 42.234 320,7
ENERGIA DISTRIBUÍDA 3.027.814 2.858.295 2.754.233 2.672.363 2.836.417 5,93

O total de energia vendida em 2004 foi de 2.850.122 MWh, representando um


aumento de 1,2% em relação ao ano anterior, conforme segue:

- na classe residencial teve aumento de 4,6%, refletindo o aumento do nº de clientes


em 4,4% e leve melhoria na média de consumo;

- na classe industrial destaca-se pela redução no volume de vendas de 11,4% cuja


participação reduziu de 23,0 %, em 2003, para 20,3% do total de energia vendida. O
decréscimo está associado à migração de clientes cativos para o mercado livre. No
ano de 2004, os clientes Mineração Urucum S/A e a Companhia de Cimento Portland
Itaú, ambos de montantes expressivos no nível de tensão A2 (138 kV), optaram pela
condição de clientes livres, tornando-se clientes de uso do sistema de distribuição.
Não fosse essa migração as vendas de energia na classe industrial teriam
crescimento de 7,8%;

- na classe comercial reflete o desempenho econômico verificado no ano e ao


aumento do nº de clientes em 2,5%.

Se subtraíssemos de 2003, os consumos registrados nos consumidores tornados


livres, a energia vendida de 2004 teria sido superior em 5,6%.

O transporte de energia aos clientes livres, teve acréscimo de 320,7% em relação


ao ano anterior, devido à opção de dois clientes que anteriormente eram cativos e passaram
a ser clientes de Uso do Sistema de Distribuição da ENERSUL, gerando a remuneração
correspondente.

14
ENERGIA VENDIDA POR REGIÃO - MWh

REGIÕES
CENTRO NORTE SUL TOTAL
Residencial 424.471 218.072 269.394 911.937
Industrial 187.053 102.217 290.345 579.615
Comercial 315.033 121.296 148.206 584.535
Rural 57.302 102.012 148.427 307.741
Outras 235.957 94.051 124.311 454.319
Fornecimento 1.219.816 637.648 980.683 2.838.147
Suprimento 11.949 26 11.975
Total 1.219.816 649.597 980.709 2.850.122

CONSUMO INDUSTRIAL POR GÊNERO DE INDÚSTRIA – MWh

GÊNERO DE INDÚSTRIA 2004 2003


INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO 509.290 599.212
Produtos Alimentares 290.690 298.684
Minerais Não Metálicos 14.461 43.983
Metalúrgica 8.851 94.912
Madeira 111.908 84.862
Couros e Peles 13.124 13.480
Outras Indústrias de Transformação 70.256 63.291
EXTRAÇÃO DE PRODUTOS MINERAIS 12.640 15.482
CONSTRUÇÃO CIVIL 6.875 6.763
OUTRAS INDÚSTRIAS 50.810 32.700
TOTAL GERAL 579.615 654.157

15
CLIENTES
Ao final de 2004 o número de clientes era de 639.760, representando um acréscimo
de 4,2% em relação ao ano anterior.

2004/2003
2004 2003 2002 2001 2000
(%)

FORNECIMENTO
Residencial 525.497 503.544 489.211 469.893 448.862 4,4
Industrial 4.430 4.451 4.686 4.731 4.775 (0,5)
Comercial 54.620 53.279 52.354 51.653 47.366 2,5
Rural 48.165 45.839 43.882 39.969 34.036 5,1
Outras 7.039 6.716 6.433 6.074 6.051 45
639.751 613.829 596.566 572.320 541.090 4,2
SUPRIMENTO 2 3 3 3 3 (33,3)
ACESSO À REDE 7 5 40,0
TOTAL 639.760 613.837 596.569 572.323 541.093 4,2

PARTICIPAÇÃO DO CONSUMO E RECEITA POR CLASSE

CONTROLADORA
2004 2003
(%)
Participação nas Participação na Participação nas Participação na
Vendas - % Receita - % Vendas -% Receita - %
Fornecimento Faturado:
Residencial 32,1 39,6 31,0 39,6
Industrial 20,4 16,0 23,3 17,3
Comercial 20,6 23,9 19,5 23,4
Rural 10,8 7,9 10,4 7,7
Outros 15,7 12,3 14,7 11,1
99,6 99,7 98,9 99,1
Suprimento 0,4 0,3 1,1 0,9
Total 100,0 100,0 100,0 99,9

16
CONSUMO MÉDIO RESIDENCIAL
Em 2004 o consumo médio subiu para 1.735 kWh ano. Este pequeno acréscimo de
0,2%, em detrimento ao crescimento mais acentuado no número de clientes residenciais, de
4,4%, está relacionado com a incorporação de novos hábitos de consumo com a utilização
de equipamentos elétricos mais eficientes.
2.177 2.177
2400 1.849 1.763 1.732 1.735

1600

800

0
1999 2000 2001 2002 2003 2004

6.TARIFAS

A partir de 8 de abril de 2004, em decorrência do resultado do Processo de Reajuste


Tarifário Anual, concedido pela ANEEL, as tarifas de energia elétrica da ENERSUL tiveram
um reajuste médio de 17,02%. Este índice de 17,02% corresponde a:

! 6,28% do reajuste anual contratual da variação de custos de abril de 2003 a março de


2004, dos quais;

a) 4,60% referem-se aos custos não gerenciáveis pela Concessionária (compra de


energia, encargos setoriais e encargos de transmissão), e;

b) 1,68% de custos gerenciados pela Concessionária;

! 10,74% referentes aos custos pendentes de outros períodos a seguir discriminados:

a) 4,94% referentes ao parcelamento da revisão tarifária de 08 de abril de 2003 não


repassada integralmente naquela data;

b) 5,62% referentes à Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da


Parcela A (CVA), que inclui a variação de custos associados à taxa de câmbio de
compra de ITAIPU e encargos de serviços do sistema do Mercado Atacadista de
Energia, do período de 09/03/02 a 08/03/04, ainda não repassados às tarifas, porém já
desembolsados pela concessionária;

c) 0,18% referentes a custos decorrentes do racionamento de energia elétrica ainda


não repassados às tarifas, porém já desembolsados pela concessionária.

No índice de 17,02% já foi deduzido de 1,35%, relativo ao Fator X.


17
O Fator X de 1,35%, foi calculado em função dos componentes Xe = 0,98% (ganho de
produtividade esperado derivado da mudança na escala do negócio por incremento do
consumo de energia elétrica), Xc = 0,577% (avaliação da Concessionária pelos
consumidores na pesquisa do IASC – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor) e Xa = -
0,2887% (Diferença entre a variação do IGPM, índice que reajusta a tarifa , e do IPCA, índice
de referência que corrige os custos de mão de obra da Distribuidora).

18
7.RELACIONAMENTO COM CLIENTES
O ano de 2004 foi marcado pela expansão do atendimento aos clientes. Com a
otimização da Rede ENERSUL Fácil, os serviços comerciais mais procurados associaram-se
à tecnologia de automação utilizada nos serviços de arrecadação, visando agregar as duas
atividades. Das 388 lojas afiliadas à Rede e distribuídas em todos os Municípios da área de
concessão, 371 tornaram-se aptas a realizar os serviços de consulta de débitos, emissão de
segunda via de fatura e pedido de religação, além do pagamento da fatura de energia
elétrica. Dessa forma, a ENERSUL consolida-se como a concessionária de maior rede de
atendimento comercial em todo o território nacional.

O atendimento personalizado feito nas Agências, Escritórios e Central de


Atendimento, recebeu mais de 692 mil pessoas em 2004, em 32 pontos de atendimento
próprios da ENERSUL e 4 pontos terceirizados, na Capital e no Interior do Estado. Das
quatro lojas terceirizadas de atendimento comercial, três foram inauguradas no ano de 2004
em macro-centrais de serviços comunitários e essenciais da Capital do Estado, onde há
apoio infra-estrutural e logístico, grande fluxo de clientes e maior demanda de solicitações.

Pelo Teleatendimento ENERSUL 24 horas, a ligação é gratuita de qualquer parte do


Brasil, a qualquer hora do dia ou da noite, através do número 0800 647 3196. Com
indicadores de qualidade cada vez mais exigentes, o Call Center busca oferecer rapidez na
solução dos problemas, empregando alta tecnologia e atendentes capacitados. Em 2004, o
tempo médio de atendimento foi de 2 minutos e 37 segundos, quase a metade em relação ao
ano anterior.

No monitoramento da qualidade dos serviços prestados no Call Center, no ano de


2004, o número de chamadas atendidas em até 30 segundos superou o índice do ano de
2003, passando de 82% para 89%.

No início de 2004, entrou em operação o Atendimento Itinerante realizado em um


microônibus com toda a infra-estrutura necessária ao atendimento comercial. Foram
efetuados atendimentos em 12 bairros da Capital e em 5 Ações Populares na Capital e no
Interior do Estado de Mato Grosso do Sul.

O Atendimento Comunitário foi mais uma inovação no ano de 2004. Modalidade de


cunho informativo, social e educativo, dirigida a comunidade em geral, abordou temas como
“Uso Adequado da Energia Elétrica”, “Segurança na Comunidade”, “Direitos e Deveres dos
Consumidores de Energia Elétrica”, entre outros. Foram realizadas reuniões em 2 bairros da
Capital, em 7 Assentamentos Rurais e em 4 Regionais da FUNAI, distribuídos em
localidades diversas da área de concessão.

Os principais serviços comerciais estão também disponíveis na página da ENERSUL


na Internet, www.enersul.com.br. Em 2004 foram realizadas melhorias técnicas e de acesso
na Agência de Atendimento Virtual, tornando-a mais ágil e amigável. Foram efetuados
12.673 serviços comerciais e o número de acessos ao site cresceu no patamar de 23%, em
relação a 2003. Os serviços mais requisitados foram auto-leitura, pedido de religação,
opções de faturamento e histórico de consumo.
19
Em 2004, a ENERSUL atendeu a 1.880.162 solicitações de serviços comerciais,
somados os totais de 3 canais de acesso colocados à disposição dos clientes: Call Center,
Agências de Atendimento e Internet, assim distribuídos:

Canal Quantidade %
Call Center 1.056.740 36,33
Agências de Atendimento 683.085 56,21
Internet 140.337 7,46
Total 1.880.162 100
Para simplificar o pagamento da conta da energia, em locais de fácil acesso, a
ENERSUL colocou à disposição de seus clientes 388 pontos de arrecadação da Rede
ENERSUL Fácil, formada por lojas, padarias, mercearias, farmácias e outros tipos de
comércio. Com isto, ganha o cliente, que tem a possibilidade de atendimento próximo de sua
casa ou de outro ponto de referência.

Na área rural, destacou-se, em 2004, a Telemedição, um novo projeto de leitura rural


que utiliza o sistema “Turtle”, operando com base em tecnologia “Power Line Carrier” e
transmitindo os dados de medição através da própria rede elétrica. Além de propiciar
redução do custo de leitura, a telemedição rural demonstrou vantagens no fornecimento de
dados para o desenvolvimento de novos serviços ao cliente, ampliando assim a melhoria nos
serviços prestados a esta classe de consumo. Em 2004, foram instaladas 905 telemedições
rurais que serão ampliadas em 2005, devido ao sucesso já alcançado.

20
8.INDICADORES DE PERFORMANCE

Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor - DEC

17,91 17,89 18,98


14,03
9,47 11,02
O DEC teve uma evolução favorável, apresentando
um desempenho melhor que no ano anterior,
passando de 11,02 horas para 9,47 horas por
cliente em 2004. O DEC é um indicador destinado a
2004 2004 2003 2003 2002 2002
medir o tempo médio, em horas, em que o cliente Limite Limite Limite
permanece sem o fornecimento de energia elétrica. Aneel Aneel Aneel

Freqüência Equivalente de Interrupção por Consumidor - FEC

O FEC teve também uma evolução favorável, 16,39


15,37 15,35
apresentando um desempenho melhor que no ano
anterior, passando de 9,49 interrupções por cliente 11,43
em 2003 para 8,03 em 2004. O FEC é um 9,49
8,03
indicador destinado a medir o número médio de
interrupção que o cliente permanece sem o
fornecimento de energia elétrica.

2004 2004 Limite 2003 2003 Limite 2002 2002 Limite


Aneel Aneel Aneel

Tempo Médio de Atendimento - TMA


86 79
62 64
O TMA aumentou 8,8%, passando de 79 em 2003
para 86 minutos em 2004, ficando dentro das metas
da companhia. O TMA é um indicador que
representa o valor médio, em minutos, do intervalo
2004 2003 2002 2001
entre a recepção de uma reclamação de
interrupção e o seu restabelecimento.

Perdas
16,03 15,73 15,77
As perdas de energia apresentaram um aumento 12,73
em relação ao ano anterior e passaram de 15,73%
para 16,03%.

2004 2003 2002 2001

21
Eficácia da Arrecadação

O índice de 98,23% da Eficácia da Arrecadação


deve-se a atuação nos cortes, negociação da
dívida do Poder Público Municipal e da 98,23 98,47 99,25
cobrança de débitos de unidades consumidoras 94,01
desligadas. Inclui o faturamento adicional de R$
12.769 mil decorrentes do combate à fraude dos
quais R$ 10.831 mil se encontram em processo
de cobrança administrativa.
Desconsiderando o faturamento adicional
acima, o índice da Eficácia da Arrecadação
seria de 99,45%, versus 98,47 no ano de 2003. 2004 2003 2002 2001
O conceito de eficácia da arrecadação é o valor
de contas arrecadadas em relação ao valor
faturado, acumulado de 12 meses.

22
9.SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

Em 2004, a ENERSUL passou a adotar o ISQP – Índice de Satisfação com a


Qualidade Percebida, apurado pela ABRADEE – Associação Brasileira de
Distribuidores de Energia Elétrica, como seu índice oficial de controle e
acompanhamento da qualidade dos serviços prestados e da opinião de seus
clientes. Este índice é composto pelas seguintes áreas da Qualidade Percebida:
. Fornecimento de Energia;
. Informação e Comunicação com o Cliente;
. Conta de Luz;
. Atendimento ao Cliente;
. Imagem.
A pesquisa, que vem sendo feita de forma sistematizada desde 1999, foi
realizada pelo Instituto Vox Populi. Seu objetivo é conhecer o grau de satisfação dos
clientes com a qualidade dos produtos e dos serviços prestados e gerar índices que
viabilizem a comparação desses resultados entre todas as 40 distribuidoras do País,
também submetidas à pesquisa.

A pesquisa foi realizada em março e abril de 2004 e seus resultados


permitiram que a ENERSUL, nos meses subseqüentes, planejasse e executasse
metas desafiadoras de melhoria e estratégias para elevar a satisfação de seus
clientes, descritas na seqüência.

ISQP - Índice de Satisfação com a Qualidade


Percebida

80,6%
72,0% 70,2% 72,7%
65,6%
60,1%

1999 2000 2001 2002 2003 2004

1
% clientes com avaliação “satisfeitos” e “muito satisfeitos”

23
10.RECURSOS HUMANOS

QUADRO DE COLABORADOR
O quadro de colaborador da ENERSUL , no encerramento de 2004, foi de 898
colaboradores, 4,47% inferior ao de 2003. A relação clientes por colaborador evoluiu
9,04%, de 653 clientes em 2003 para 712 em 2004. Na tabela a seguir, a evolução
do quadro de colaborador e da relação clientes por colaborador.
2000 2001 2002 2003 2004

Nº Colaboradores 1.022 978 928 940 898

Evolução % (2,67) (4,31) (5,11) 1,29 (4,47)

Clientes/Colaborador 529 585 643 653 712

Evolução % 7,30 10,59 9,91 1,58 9,04

A escolaridade do quadro de colaboradores da ENERSUL é a seguinte:


Até o ensino fundamental 143
Ensino médio 445
Graduação de 3º grau 264
Pós-graduação e mestrado 46

O quadro de colaborador está assim distribuída geograficamente:

Região Norte 172


Região Centro 547
Região Sul 179

REMUNERAÇÃO
Pelo sétimo ano consecutivo, a ENERSUL adotou, como importante
instrumento de sua política salarial, o pagamento de Remuneração Variável, cujo

24
sistema está estruturado de forma a permitir o alinhamento entre as diretrizes da
Administração e as metas contratadas com os colaboradores.
A participação dos colaboradores nos resultados é apurada de acordo com o
cumprimento de metas pré-estabelecidas da Empresa, de cada gerência da
organização e do próprio colaborador.
Esse sistema incentiva o comprometimento maior com a produtividade, na
medida que promove uma interdependência entre os objetivos da Empresa, da
gerência e do colaborador.

PROGRAMA DE BENEFÍCIOS
A empresa dispõe de um amplo programa de benefícios aos seus colaboradores e
dependentes. Os benefícios abaixo encontram-se mais detalhados no caderno
Relatório de Responsabilidade Social Empresarial editado com os programas das
empresas do Grupo EDP Brasil:
- Previdência Privada, através da Fundação ENERSUL de Seguridade
Social;
- Odontológica, com a participação da empresa em 75% dos gastos;
- Assistência Médica, com 2.991 pessoas beneficiadas;
- Auxílio Alimentação, com o fornecimento de tíquetes alimentação ou
refeição;
- Seguro de Vida em Grupo, com participação de 100% do prêmio, limitado
ao valor segurado de R$ 29.500,00;
- Auxílio Creche às colaboradoras ou aos colaboradores que mantém a
guarda dos filhos, com idade inferior a 6 anos;
- Auxílio Transporte, a ENERSUL proporciona transporte gratuito aos seus
colaboradores, lotados em Campo Grande e Dourados;
- Auxílio Dependente Especial para colaboradores com dependentes
portadores de deficiência física e/ou mental;
- Incentivo à Educação, com a participação financeira de 50% da
mensalidade de curso de ensino superior realizado por colaboradores;
- Complementação Auxílio Doença/Acidente, a ENERSUL complementa
a diferença entre o valor pago pelo INSS e a remuneração do empregado;
- Material Escolar, financiado a colaboradores e dependentes, parcelado
em até 4 vezes.

25
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO – T&D
Atuando como suporte às atividades das áreas e visando possibilitar aos
colaboradores melhor desempenho em suas ocupações, foram realizados 256
eventos de T&D. Os programas foram estruturados com base nas diretrizes da
Empresa, nas necessidades de desenvolvimento de competências nas habilidades
básicas, específicas e de gestão, considerando diagnóstico feito pelas lideranças,
avaliação de desempenho e indicadores de Recursos Humanos, contribuindo para o
crescimento das pessoas. Do total de eventos realizados 80 tiveram origem em
fontes externas e 176 internas, através da atuação de colaboradores como
instrutores. Os eventos totalizaram 3.983 participações com duração de 64.912
horas ou 72,3 horas de treinamento por colaborador.
A manutenção do Incentivo à Educação Formal em 2004 atendeu a 17
colaboradores através do reembolso de 50% do valor da mensalidade escolar para
cursos de graduação de ensino superior que sejam correlatos com a atividade da
Empresa.
Foram treinadas 429 pessoas em eventos, que somaram 4.334 horas de
treinamento para colaboradores de Prestadoras de Serviços, nas áreas
operacional, administrativa, qualidade, segurança do trabalho, informática e
comercial.

Os programas abaixo, além de serem de desenvolvimento, têm um forte cunho


social e estão detalhados no caderno Relatório de Responsabilidade Social
Empresarial editado com os programas das empresas do Grupo EDP Brasil:
- Programa Menor Aprendiz, tem o objetivo de estimular o desenvolvimento
pessoal dos menores aprendizes, elevar a auto-estima e fortalecer a auto-
confiança, como forma de alcançar a motivação necessária ao aprendizado
profissional;
- Pessoas com Necessidades Especiais, com treinamento e qualificação
para o mercado de trabalho de pessoas com necessidades especiais;
- Programa do Estagiário, com o oferecimento de oportunidades de atuação a
estudantes de ensino técnico e superior, em diversos setores da Empresa.

26
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Em 2004, foram implementadas diversas ações visando a segurança no
trabalho. A intensificação de verificações in loco das atividades desenvolvidas e as
reuniões de segurança contribuíram, decisivamente, para eliminar as ocorrências de
acidentes com choque elétrico.
A principal demonstração do compromisso e patrocínio da alta direção com a
segurança do trabalho, foi uma carta redigida pelo Diretor-Presidente e enviada a
cada um dos colaboradores. Todos foram estimulados a participarem de ações
voltadas à prevenção e autorizados a recusarem o trabalho em atividades com
potencialidade de gerar acidentes, quando estiverem sem equipamentos adequados
ou sem treinamento para sua conclusão com sucesso.
Todas as ações, inclusive a revisão dos procedimentos operacionais,
refletiram na redução da taxa de freqüência de 7,50 para 3,81, o menor índice
desde 1999 e abaixo da média do setor (4,85 em 2003). A taxa de gravidade
também apresentou sensível melhora, reduzindo de 526 para 259, também
abaixo da média do setor (639 em 2003). Além disso, a ENERSUL completou
quatro anos sem ocorrência de acidente fatal entre os seus colaboradores.

Taxa de Freqüência

3
ENERSUL
2
MÉDIA DO SETOR ELÉTRICO
Linha de tendência
1

0
1999 2000 2001 2002 2003 2004
ENERSUL 5,31 5,30 4,53 5,29 7,50 3,81
MÉDIA DO SETOR ELÉTRICO 6,25 5,81 5,41 5,29 4,85

1)Taxa de freqüência: É o nº de acidentes (com ou sem lesão) por milhão de Horas Homem
Trabalhadas - HHT de exposição ao risco, em determinado período.
2) Em 2004: Não há dados de fechamento do setor elétrico em 2004 para comparação..

Taxa de Gravidade

27
ENERSUL
MEDIA DO SETOR ELÉTRICO
7000 Linha de Tendência

6000

5000

4000

3000

2000

1000

-1000

-2000
1999 2000 2001 2002 2003 2004
ENERSUL 6607 588 341 713 526 259
MEDIA DO SETOR ELÉTRICO 903 686 763 905 639

1)Taxa de gravidade: É o tempo computado por milhão de Horas Homem Trabalhadas - HHT de
exposição ao risco.
2) Em 2004: Não há dados de fechamento do setor elétrico em 2004 para comparação.

Número de Acidentes com Comunidade

Número de Acidentes
com Comunidade
35
Linha de Tendência
30
25
20
15
10
5
0
2000 2001 2002 2003 2004
Número de Acidentes 25 29 26 13 6
com Comunidade

COMPROMETIMENTO COMUNITÁRIO

A ENERSUL está fortemente engajada com a sociedade sul-mato-grossense,


estimula colaboradores ao voluntariado bem como toma ações, participa e promove
eventos que demonstram o seu comprometimento com a comunidade, como se

28
pode verificar com os programas abaixo, que se encontram detalhados no caderno
Relatório de Responsabilidade Social Empresarial editado com os programas das
empresas do Grupo EDP Brasil:
- Programa de Voluntariado, em que a Empresa estimula os colaboradores a
realizarem projetos de natureza assistencial e filantrópica no ambiente social
em que estão inseridos, sendo reconhecido como meta de seu acordo com a
empresa, para fins de cálculo da respectiva remuneração variável;
- Educação em Prevenção de Acidentes na Comunidade, com palestras
sobre prevenções de acidentes com a energia elétrica;
- Dia da Criança Feliz, tem o objetivo de estimular a participação de
colaboradores voluntários, para proporcionar atividades recreativas, no dia da
criança, para menores de comunidades carentes;
- Empresa Amiga da Criança, título concedido em 2004, pela Fundação
ABRINQ, para empresas que atuam pela causa da criança e do adolescente,
no combate ao trabalho infantil, educação, saúde, direitos civis e investimento
social na criança e no adolescente;
- Procel nas Escolas, com treinamento de 587 professores, de 68 escolas da
rede de ensino fundamental, para orientar crianças e adolescentes na melhor
forma de utilização da energia elétrica.
- Campanha MC Dia Feliz, participou pela terceira vez consecutiva desta
campanha, quando os colaboradores adquiriram 995 camisetas promocionais
em benefício da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer – AACC.
- Programa Natal Feliz, para a época das festividades de final de ano, a
ENERSUL criou o conceito do programa Natal Feliz. São ações ligadas ao
programa de responsabilidade social: Natal Sem Fome, Criança Feliz e
Serenata da Solidariedade. Durante o Natal Sem Fome arrecadamos, entre
os colaboradores, 5,9 toneladas de alimentos, entregues diretamente para
reconhecidas entidades de atendimento a crianças, jovens e idosos carentes
da comunidade local. A ação Criança Feliz, patrocinada por colaboradores
voluntários, presenteou 120 crianças carentes, entre 2 e 12 anos de idade,
com uma visita às dependências da ENERSUL e com brinquedos típicos da
época. A Serenata da Solidariedade levou a instituições que abrigam
pessoas carentes e hospitais na cidade de Campo Grande, apresentações do
Coral da Empresa durante o mês de dezembro.

29
PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA
Através de programas específicos, os colaboradores e seus dependentes são
estimulados a empreender ações que resultem na melhoria constante da qualidade
de vida. Em 2004, foram incluídas ações com objetivo de comprometer todo o núcleo
familiar, com o ideal de promover a saúde física, mental, emocional do colaborador e
incentivar a mudança de hábitos para um estilo de vida mais saudável. Os
programas abaixo encontram-se mais detalhados no caderno Relatório de
Responsabilidade Social Empresarial editado com os programas das empresas do
Grupo EDP Brasil:
- Programa Colônia de Férias, realizado pelo 5º ano consecutivo, na época
das férias, a Empresa promoveu uma programação especial de lazer e
integração aos 355 filhos dos colaboradores, entre 6 e 17 anos de idade.
- Vacinação Contra a Gripe, imunizou contra o vírus da gripe 752
colaboradores, 33 adolescentes e 11 estagiários. Além disso, a empresa
financiou a aquisição de 874 doses da vacina para os dependentes.
- Programa Estilo de Vida e Exercícios Físicos, 185 colaboradores
participaram de exercícios físicos nas suas áreas de trabalho, aplicados por
profissionais de educação física, contribuindo para a redução do estresse,
correção de vícios de postura e para estimular a prática de exercícios físicos,
com reflexos positivos na qualidade de vida e no relacionamento interpessoal.
- Coral de Colaboradores, como melhoria da integração e da auto-estima do
colaborador.
- Programa Nutricional, associado ao programa de medicina preventiva, em
que nutricionista credenciada pela Empresa indica dieta alimentar e faz o
acompanhamento.

30
11.INVESTIMENTOS

Os investimentos da ENERSUL totalizaram no ano R$ 93,74 milhões. Foram


investidos R$ 45,75 milhões na atividade preponderante que é a distribuição de
energia elétrica (ampliação, melhoria e modernização do sistema de distribuição,
subestações, recapacitação de linhas, projetos associados à rede básica, frota de
veículos, informática e telecomunicações associados ao negócio) e R$ 36,3 milhões
em Universalização. A ENERSUL recebeu a título de doação e incorporou no seu
ativo R$ 11,69 milhões, proveniente de redes particulares de Média Tensão
R$ mil
Investimentos 2004 2003
Geração 318 644
Distribuição 83.275 43.447
Expansão da Rede 16.410 17.973
Melhoramentos na rede 14.838 13.607
Modernização 2.640 3.576
P&D 1.398 1.371
Doações de Rede 11.693 6.920
Universalização 36.296 0
Instalações em Geral 2.844 2.315
Rede Básica 257 2.390
Telecomunicações 1.748 1.693
Informática 5.292 5.493
TOTAL 93.735 55.982

Na sua rede de distribuição a Enersul vem efetuando importantes investimentos


destacando na região centro a ampliação da Subestação de Distribuição – SD de
Sidrolândia (aumento da potência instalada para 25 MVA), para atendimento ao
crescimento de mercado.

Na região Sul destaca-se o início do empreendimento de substituição da Usina


Térmica de Porto Murtinho através de sua interligação ao Sistema Interligado
Nacional com a ampliação da Subestação de Distribuição Jardim, implantação da
Subestação de Distribuição Porto Murtinho em 138/13,8 kV - 12,5 MVA e construção
da Linha de Distribuição Jardim – Porto Murtinho com extensão de 205 km, com a
utilização parcial dos recursos da sub-rogação da Conta de Consumo de
Combustíve - CCC, Resolução 784/2002-ANEEL.

31
12.TECNOLOGIA DE INFORMAÇÕES - TI

As principais realizações ocorridas em 2004, nos projetos de investimento de


suporte aos processos de tecnologia da informação, foram:
- Os projetos dos ambientes Risc e Rede promoveram a modernização da rede
de dados com a expansão dos recursos de infra-estrutura necessários para a
implantação de novas aplicações e crescimento no uso dos atuais sistemas;
- Implantação da segunda etapa do projeto “Impressão Setorial”, promovendo
reduções nos custos de impressão e da manutenção do parque, agilidade na
impressão e centralização do controle. Foram adquiridas e instaladas nesta
etapa, 10 impressoras laser HP2300 e 2 HP5100;
- Implantação da fase final do projeto “Adequação do Parque de
Microinformática via Software”, utilizando a tecnologia metaframe, onde o uso
e processamento dos programas passam a não depender da performance da
estação, ficando a cargo do servidor.

Para os projetos de investimento de soluções TI para suporte aos processos da


Empresa, as principais realizações ocorridas foram:
- Implantação do piloto “Projeto Conta Rápida”, no qual a conta de energia
elétrica é calculada e impressa imediatamente após a obtenção da leitura, e
então, entregue ao consumidor;
- Implantação do piloto “Projeto Baixa Online”, por meio do qual o pagamento
da conta de energia elétrica, realizado nos parceiros que atuam como agentes
arrecadadores, é imediatamente baixado da base de dados de contas a
receber;
- Implantação do projeto “SIGA - Sistema da Interface Gráfica do Atendimento”,
que viabiliza o acesso a todo o processo do atendimento comercial por meio
de um browser Web;
- Implantação do projeto “POS”, por meio do qual equipamentos “P.O.S.” (point
of sale) passam a acessar, através do firewall, a base de dados de contas a
receber, viabilizando a emissão de 2a. via de conta de energia elétrica e
registrando o pedido de religação, assim que os débitos devidos são
liquidados;
- Implantação do projeto que centraliza a localização do histórico de
intervenções (manutenções, inspeções e ensaios) nos ativos da rede elétrica
(linhas de distribuição, transmissão, equipamentos de usinas e subestações),
ampliando o conhecimento sobre a resposta do ativo à ação do meio
ambiente próximo, levando – no médio prazo - à redução de custos
operacionais;
- Implantação do Manual de Competências, com a devida adequação do
sistema SAP R/3 aos fluxos de aprovação e limites de valores definidos pela
empresa, tendo-se adquirido novas licenças SAP para uso individualizado
pelos cargos gerenciais;

32
- Implantação da ferramenta SAP de Controle de Disponibilidade de
Investimentos, garantindo a limitação da realização dos projetos de
investimento aos valores orçados;

- Implementação da automatização do processo de medições de serviços


técnicos/ comerciais, promovendo redução significativa da quantidade de hh
envolvido no processo, maior precisão do trabalho e eliminação de riscos de
erros humanos no pagamento dos serviços das empreiteiras;
- Implantação da rotina de Banco de Preços de Materiais, tendo sido
disponibilizado link entre as empresas do grupo, possibilitando assim, o
acesso compartilhado e padronizado destas informações para as três
empresas ESCELSA, ENERSUL e BANDEIRANTE;
Implementação do sistema Web, com integração ao SAP R/3, que permite
agilizar a obtenção de informações em tempo real sobre pagamentos aos
fornecedores da Empresa, reduzindo o fluxo de telefonemas dos mesmos para a
área financeira;- Sedimentado o uso do Sistema de Gestão Documental – SGD,
para a documentação administrativa e do Sistema de Gestão Eletrônica de
Documentos, para a documentação técnica, com a efetiva realização de
treinamentos e início de utilização em 2004. Quanto à modernização e ampliação
do sistema de telecomunicações, que dá suporte à operação do sistema elétrico
e provê comunicação corporativa para as principais unidades da Empresa, as
principais realizações de 2004 foram:
- interligação de 29 estações repetidoras VHF remotas aos COD´s de Campo
Grande e Dourados, atendendo à nova filosofia de concentração da operação
da distribuição. Dentro deste processo, também foi realizada a instalação de 9
repetidoras para ampliar a cobertura do sistema na área de concessão da
Empresa;
- realizada, conforme previsto no Plano Diretor de Telecomunicações, a
primeira etapa de substituição de rádios 1,5 GHz do backbone do Sistema
Interligado de Telecomunicações que não atendem às normas da ANATEL.
Os 5 enlaces implantados utilizam equipamentos com tecnologia digital de
última geração e capacidade para atender às necessidades da Empresa nos
próximos dez anos;
- fechamento, com enlaces ópticos e rádio, de anel SDH em Campo Grande,
permitindo aumento substancial da confiabilidade da comunicação com todas
as subestações e demais unidades da empresa na região metropolitana;
Adequação do hardware e software da central de tele-atendimento de Campo
Grande para atender às novas exigências da Resolução ANEEL nº 057, com a
ampliação do sistema para 40 posições de atendimento, novo sistema de gravação
das ligações, implantação de facilidades adicionais na árvore de voz e
aprimoramento do controle estatístico da qualidade do atendimento prestado aos
clientes.

33
13.OS RISCOS DO NEGÓCIO

A ENERSUL, tal como qualquer outra Concessionária de Distribuição de


Energia Elétrica, está exposta a diversos fatores de risco que podem afetar seus
resultados, destacando-se os riscos regulatórios, financeiros, operacionais e de
créditos.

RISCO REGULATÓRIO

Em 16 de março de 2004, foram publicadas as Leis nºs 10.847 e 10.848,


estabelecendo o Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro.
A Lei 10.847 autoriza o Poder Executivo a criar a Empresa de Pesquisa
Energética – EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que tem a finalidade
de prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o
planejamento do setor energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e
seus derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência
energética, dentre outras
Nesse Novo Modelo, a comercialização de energia elétrica entre os agentes do
setor elétrico será feita em dois ambientes de contratação: Ambiente de Contratação
Regulada – ACR, em que as Distribuidoras irão contratar 100% das suas
necessidades previstas para atendimento aos consumidores cativos, e Ambiente de
Contratação Livre – ACL, onde os Consumidores Livres, Comercializadores e
Geradores irão contratar energia a preços livremente negociados entre as partes. As
Distribuidoras poderão ainda contratar energia através de leilões de ajuste, com
prazo de suprimento de até dois anos, promovidos pelo Órgão Regulador.

O Novo Modelo elimina o Self-dealing (auto-contratação), estabelece que as


Distribuidoras somente poderão vender energia para os consumidores cativos, e
determina a desverticalização da empresa, separando as atividades de Distribuição
das de Geração e Transmissão, no prazo de 18 meses a contar da data de
publicação da Lei nº 10.848. Este prazo poderá ser prorrogado pela ANEEL, uma
única vez e por igual período, se efetivamente comprovada a impossibilidade, por
fatores alheios à vontade da Concessionária, de cumprimento das disposições
legais.

O Decreto nº 5.163, de 30/07/2004, regulamenta a comercialização de energia


elétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de
energia elétrica, e dá outras providências, dentro do Novo Modelo do Setor Elétrico
Brasileiro criado pela Lei nº 10.848, de 15/03/2004.

As normas que regulamentam os contratos de concessão de serviço público de


energia elétrica estabelecem que as tarifas a serem cobradas pelas empresas de
energia elétrica sejam reajustadas anualmente e revisadas, no caso da ENERSUL,
de 5 em 5 anos, com aprovação da ANEEL. Regras específicas estabelecem
critérios para a apuração da base de remuneração e limitam os repasses dos custos
aos clientes e, ao seu final, podem não cobrir os aumentos reais destes custos ou a
base de remuneração ficar aquém do valor efetivamente investido. A Empresa tem
estabelecido um rígido controle, de forma que os custos se mantenham dentro dos
limites estabelecidos.

34
Em abril de 2003, a ENERSUL passou pela 1ª revisão tarifária, que fixou o
reposicionamento tarifário, cuja remuneração do investimento foi estabelecida sobre
uma base de remuneração provisória, que deveria se tornar definitiva no reajuste de
abril de 2004, que acabou não ocorrendo. A previsão é que no reajuste de abril de
2005, a base de remuneração deverá se tornar definitiva.

RISCOS FINANCEIROS
Como resultado de sua dívida em dólar, a Empresa está exposta a mudanças
na taxa de câmbio entre o dólar e o real.

A exposição da empresa à moeda estrangeira aumenta o risco associado do


mercado aos movimentos da taxa de câmbio contra o dólar. A dívida em moeda
estrangeira em 31 de dezembro de 2004 era US$ 64.151 mil, equivalentes a R$
170.284 mil, ou 31% da dívida total. Desse total US$ 41.269 mil vencem em 2005,
sendo o restante operações de longo prazo.

Por outro lado a ENERSUL possui operações com derivativos, representadas


por contratos de obrigações recíprocas (SWAP), com troca de índices e cauções em
dólar, compreendendo o montante de US$ 34.731 mil.

Antes das operações com derivativos e cauções a dívida da ENERSUL está


assim composta:
- 31,0% é em moeda estrangeira;
- 13,2% tem como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, que
iniciou 2004 em 10% a.a e fechou em 9,75% a.a
- 39,7% tem como referência o CDI e a Selic;
- 12,1% juros fixos;
- 0,71% IGPM e
- 3,3% o INPC.

RISCOS OPERACIONAIS
A empresa mantém um acompanhamento sistemático dos riscos operacionais
aos quais está exposta, de forma a minimizá-los. Na construção de suas instalações
de produção, transmissão e distribuição são utilizados equipamentos que procuram
minimizar estes riscos, utilizando pessoal ou empresas especializadas, devidamente
treinadas e com equipamentos de proteção adequados. Além disso, mantém os
seguros que são de praxe no Brasil e adequados para o negócio em que está
envolvida.

RISCO DE CRÉDITO
Quanto ao risco de crédito, surge a possibilidade de a Companhia vir a incorrer
em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus
clientes. Para reduzir esse tipo de risco, a Companhia tem o direito de interromper o
fornecimento de energia, caso o cliente deixe de realizar seus pagamentos, dentro
de parâmetros e prazos definidos pela legislação e regulamentação específicas. A
provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida em montante julgado
suficiente, pela Administração da Companhia, para cobrir possíveis riscos de
realização das contas a receber. Parte das perdas com o não recebimento de
contas faturadas são reconhecidos como custo e integram a tarifa.

35
36
14.MERCADO DE CAPITAIS

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA

Em 31 de dezembro de 2004 o capital social da ENERSUL era de R$ 463.415


mil, representado por 20.754.648 mil ações ordinárias, 342.126 mil ações
preferenciais “A” e 32.040.238 mil ações preferenciais “B”, com a seguinte
composição acionária:

Em mil ações
Acionista Quantidade de ações % de
participação
ON PNA PNB TOTAL
Magistra Participações
18.235.394 261.354 16.147.717 34.644.465 65,20
S.A.
Wisteria Holdings LLC 985.336 9.996 10.173.621 11.168.953 21,02
EMP Electrica Pilmaiquen
932.139 - 2.722.377 3.654.516 6,88
S.A
Outros 601.779 70.776 2.996.523 3.669.078 6,90
Total
20.754.648 342.126 32.040.238 53.137.012 100,00

COMPORTAMENTO DOS TÍTULOS NO MERCADO


Em 2004 as ações mais negociadas, as preferenciais “B”, – ENER6 – estiveram
presentes em 23 pregões da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, tendo
sido realizado 64 negócios com um volume de negociação de 85.200 mil ações,
equivalente a R$ 802 mil.
As ações PNB fecharam o ano cotadas a R$ 9,00 o lote de mil ações, enquanto
que no ano anterior a ultima cotação tinha sido de R$ 10,49
1999 base 100
Cotação da ação PNB – ENER6 no último dia de cada ano

140
120
100
80
60
40
20
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ibovespa Ação ENERSUL-PNB

RELAÇÕES COM INVESTIDORES


A política de relações com investidores da ENERSUL é de um aperfeiçoamento
constante das informações a eles prestadas, assegurando a sua disponibilização
com periodicidade desejada, formatação adequada, com correção e maior
transparência possível. O objetivo é estabelecer um relacionamento mais estreito
com os analistas e investidores nacionais e internacionais. Para facilitar a
comunicação, a página na Internet – www.enersul.com.br - é mantida

37
permanentemente atualizada, disponibilizando com maior rapidez os últimos dados
sobre a Empresa.

38
15.ESTRATÉGIAS

Conforme previsto no art. 25 do Decreto nº 5.163, de 30/07/2004 e na


Resolução Normativa ANEEL nº 110, de 03/11/2004, foi realizado em 07/12/2004 o
Leilão de Energia Elétrica de Empreendimentos Existentes, tendo por objetivo a
venda de energia elétrica proveniente de empreendimentos existentes para
atendimento às necessidades de mercado das Distribuidoras a partir de
Janeiro/2005, Janeiro/2006 e Janeiro/2007, sendo todos os contratos com duração
de 8 anos. A ENERSUL comprou energia, com contratos de 122 MWmédios
(98,98% da necessidade declarada) a partir de Janeiro/2005 ao preço de R$
57,51/MWh, 139 MWmédios (91,79% da necessidade declarada) a partir de
Janeiro/2006 ao preço de R$ 67,33/MWh e 21 MWmédios (100% da necessidade
declarada) a partir de Janeiro/2007 ao preço de R$ 75,46/MWh.

Em 2003 iniciou-se um processo com o objetivo de capturar sinergias entre as


empresas de distribuição do Grupo EDP Brasil, com a identificação das melhores
práticas existentes entre elas e a seleção de iniciativas possíveis para reduções de
custos e melhorias de processos. O projeto foi denominado Programa Eficiência,
tendo a ENERSUL alcançado uma economia acumulada de R$ 5,5 milhões em
2004.

No âmbito interno a ENERSUL tem como seu objetivo permanente a melhoria


de seus processos para prestar serviços, com qualidade e menores custos, aos seus
clientes.

Os índices de qualidade DEC e FEC são permanentemente monitorados e uma


criteriosa utilização de recursos para investimentos e manutenção estão previstos
em 2005, de forma que estes indicadores continuem apresentando desempenho
satisfatório.

As perdas comerciais têm aumentado não só na ENERSUL como em outras


concessionárias. Para reduzi-las, a ENERSUL prevê dar continuidade a um
vigoroso programa, com o objetivo de reduzir os atuais índices, quer por maior
intensidade na inspeção de unidades consumidoras quer pelo emprego de novos
processos e tecnologias.

Ações para redução de inadimplência têm sido revigoradas e com resultados


positivos em 2004, além da suspensão do fornecimento foram implementadas: a
cobrança administrativa de débitos de unidades consumidoras desligadas, cobrança
por ações judiciais e emissão de faturas/duplicatas com o correspondente protesto
de títulos de clientes em débitos.

São otimistas as previsões para 2005, prevendo-se a continuidade de


crescimento do País, mesmo que em taxas inferiores a 2004, que deverá aumentar o
consumo de energia. Para enfrentar o aumento de demanda previsto, a ENERSUL
está preparada para proceder aos necessários correspondentes investimentos.

39
16.GOVERNANÇA CORPORATIVA

A ENERSUL é administrada por um Conselho de Administração, órgão


colegiado com funções deliberativas, composto por sete membros, e por uma
Diretoria Executiva assim constituída: Diretor-Presidente, Diretor Comercial, Diretor
Técnico e Diretor Administrativo, Financeiro e de Relações com Investidores.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Atualmente, o Conselho de Administração é composto por cinco membros
indicados pelo Acionista Controlador, um membro escolhido, em lista tríplice, por
Acionistas titulares de Ações Preferenciais, e um membro representante dos
empregados da ENERSUL, eleitos na Assembléia Geral Ordinária de 2003, com
mandatos até 2006, conforme segue: Presidente: Antônio Fernando Melo Martins da
Costa. Membros: Adir Pereira Keddi, António Eduardo da Silva Oliva, Antônio José
Sellare, Francisco Carlos Coutinho Pitella, Joaquim Armando Ferreira da Silva Filipe
e Raul Toscano de Brito Neto.

As reuniões do Conselho são realizadas, ordinariamente, a cada dois meses,


para deliberar sobre as matérias previstas no Estatuto Social ou,
extraordinariamente, quando os assuntos da Companhia assim exigem.

DIRETORIA EXECUTIVA
À Diretoria Executiva, dentro da orientação geral fixada pelo Conselho de
Administração, compete assegurar o funcionamento regular da ENERSUL, cabendo
ao Diretor-Presidente representar a Companhia em todas as suas relações de
natureza administrativa e judicial.

A composição da Diretoria Executiva é a seguinte: Diretor Presidente: António


Eduardo da Silva Oliva; Diretor Administrativo, Financeiro e de Relações com
Investidores: Sérgio Pereira Pires; Diretor Comercial: Jorge Manuel Moreira Martins;
e Diretor Técnico: Manuel Fernando das Neves Bento.

CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal é permanente e constituído por cinco membros, sendo um
deles eleito por Acionistas titulares de Ações Preferenciais, conforme disposição
estatutária. São conselheiros efetivos: Carlos Roberto Veroneze, Alcir Augustinho
Calliari, Edison Rodrígues, Eduardo Soares e Pedro Wagner Pereira Coelho.

O Conselho Fiscal tem poderes e atribuições previstos na Lei nº 6.404/76 e


suas deliberações são tomadas por maioria de votos.

40
17.RESPONSABILIDADE SOCIAL
No cenário sul-mato-grossense há 26 anos, a ENERSUL, ao longo desse
período, consciente de seu papel de empresa de serviço público, sempre se
preocupou em prestar serviços com qualidade aos seus clientes.
Devido a sua natureza e abrangência a ENERSUL está em toda parte da vida
da sociedade e do cidadão sul-mato-grossense e, ao satisfazer as necessidades dos
clientes com o fornecimento ou o transporte da energia elétrica, propicia conforto,
lazer, gera empregos e renda contribuindo para o progresso econômico e social.
No aspecto social a ENERSUL e seus colaboradores participam e realizam
projetos de grande importância, tanto interna quanto externamente, tais como: ações
de voluntariado, palestras em escolas e comunidades sobre uso correto e seguro da
energia elétrica, proporciona treinamento, desenvolvimento e emprego para menores
aprendizes e para portadores de necessidades especiais, programa de estágio para
estudantes, ações de preservação do meio ambiente, marcando a presença da
Empresa no dia-a-dia do cidadão e da sociedade.
Projetos de conservação de Energia Elétrica, ações de preservação de meio-
ambiente, participação em feiras, programas de comprometimento comunitário são
outras ações desenvolvidas. Por trás de cada ação está um conjunto de pessoas
que, unidas, trabalham construindo uma empresa socialmente responsável.
A ENERSUL orgulha-se de ser uma organização que investe no bem-estar
da população, vendo em cada cliente não apenas um consumidor de energia
elétrica, mas um cidadão.
A ENERSUL foi reconhecida por diversas entidades através de premiações
na área ambiental, na área de qualidade no trabalho e como melhor distribuidora de
energia elétrica da região centro-oeste, pelo 6º ano consecutivo, e pela certificação
de Empresa Amiga da Criança, concedida pela Fundação ABRINQ. Este título é um
reconhecimento pelas atividades que a Empresa desenvolve em prol da infância e
adolescência.
Neste ano está sendo editado um caderno, denominado Relatório de
Responsabilidade Social Empresarial, com os programas das empresas do Grupo
EDP Brasil, onde se encontram mais detalhados os programas desenvolvidos e os
eventos nos quais a ENERSUL e seus colaboradores participam e contribuem.

41
17.1 Demonstração do Balanço Social
(Valores expressos em milhares de reais)

2004 2003
1) Base de Cálculo
Receita Líquida (RL) 701.128 563.585
Lucro (Prejuízo) Operacional (LO) 119.071 57.997
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 56.968 51.688
2) Indicadores Sociais Internos Valor % Sobre FPB % Sobre RL Valor % Sobre FPB % Sobre RL
Alimentação 3.115 5,47 0,44 2.561 4,95 0,45
Encargos sociais compulsórios 12.685 22,27 1,81 11.726 22,69 2,08
Previdência privada 1.755 3,08 0,25 1.442 2,79 0,26
Saúde 1.684 2,96 0,24 1.807 3,50 0,32
Segurança e medicina no trabalho 357 0,63 0,05 253 0,49 0,04
Educação 149 0,26 0,02 368 0,71 0,07
Cultura 50 0,09 0,01 47 0,09 0,01
Capacitação e desenvolvimento profissional 437 0,77 0,06 261 0,50 0,05
Creches ou auxílio-creche 58 0,10 0,01 47 0,09 0,01
Participação nos resultados 4.668 8,19 0,67 3.899 7,54 0,69
Outros 1.329 2,33 0,19 1.039 2,01 0,18
Total - Indicadores Sociais Internos 26.287 46,14 3,75 23.450 45,37 4,16
3) Indicadores Sociais Externos Valor % Sobre LO % Sobre RL Valor % Sobre LO % Sobre RL
Educação 133 0,11 0,02 2 0,00 0,00
Cultura 221 0,19 0,03 8 0,01 0,00
Saúde e saneamento - - - - - -
Esporte 21 0,02 0,00 39 0,07 0,01
Combate à fome e segurança alimentar - - - 1 0,00 0,00
Total das Contribuições para a Sociedade 375 0,31 0,05 50 0,09 0,01
Tributos (excluídos encargos sociais) 203.718 171,09 29,06 186.990 322,41 33,18
Total – Indicadores Sociais Externos 204.093 171,40 29,11 187.040 322,50 33,19
4) Indicadores Ambientais Valor % Sobre LO % Sobre RL Valor % Sobre LO % Sobre RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa 3.263 2,74 0,47 1.076 1,86 0,19
Investimentos em programas e/ou projetos externos (eficientização energética) (*) 962 0,81 0,14 1.162 2,00 0,21

Total dos investimentos em meio ambiente 4.225 3,55 0,60 2.238 3,86 0,40
- - -
Quanto ao estabelecimento de "metas anuais" para minimizar resíduos, o consumo ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%
em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos ( ) cumpre de 0 a 50% (X) cumpre de 76 a 100% ( ) cumpre de 0 a 50% (X) cumpre de 76 a 100%
naturais, a - - -
5) Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados ao final do período 898 940
Nº de adimissões durante o período 19 48
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 1.441 1.332
Nº de estagiários(as) 28 16
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 381 310
Nº de mulheres que trabalham na empresa 179 180
% de cargo de chefia ocupados por mulheres 18,75% 15,15%
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 23 23
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 0,00% 0,00%
Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 37 37
6) Informações Relevantes quanto ao Exercício da Cidadania Empresarial
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 30,85 32,61
Número total de acidentes de trabalho 7 14
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: ( ) direção (X) direção e ( ) todos os ( ) direção (X) direção e ( ) todos os
gerências empregados gerências empregados
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: (X) direção e ( ) todos(as) ( ) todos + (X) direção e ( ) todos(as) ( ) todos +
gerência empregados(as) Cipa gerência empregados(as) Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna ( ) não se (X) segue as normas ( ) incentiva e ( ) não se (X) segue as ( ) incentiva e
dos(as) trabalhadores(as), a empresa: envolve da OIT segue a OIT envolve normas da OIT segue a OIT
A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e
(X) todos(as) ( ) direção ( ) direção e (X) todos os
gerênciasempregados(as gerências empregados
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ( ) não são ( ) são sugeridos
(X) são ( ) não são ( ) são sugeridos (X) são exigidos
ambiental adotados pela empresa: considerados exigidos considerados
Quanto à participação dos empregados em programas de trabalho voluntário, a ( ) não se ( ) apóia (X) organiza e ( ) não se ( ) apóia (X) organiza e
empresa: envolve incentiva envolve incentiva
Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa no Procon na Justiça na empresa no Procon na Justiça
128.059 643 270 125.166 816 512
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa no Procon na Justiça na empresa no Procon na Justiça
99,7% 100% 100% 99% 100% 100%
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2004 364.579 Em 2003 364.579
Dirtribuição do Valor Adicionado (DVA): 50% governo 13% 17% terceiros 55% governo 15% 26% terceiros
4% acionista colaboradores(as) 16% retidos 0% acionista colaboradores(as) 4% retidos

7) Outras Informações

A Empresa incentiva os empregados a realizarem ações de voluntárias voltadas à comunidade, constituindo fator de peso no Plano de Gestão de Desempenho, pois uma das metas pactuadas
entre avaliado e avaliador pode ser qualquer ação junto à comunidade , se de interesse do empregado.

(*) Projetos para atender Resolução 492/ANEEL

42
17.2 Demonstração do valor Adicionado – DVA

EMPRESAENERGÉTICADE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL


DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de reais)

2004 % 2003 %

1 - RECEITAS
Vendas de mercadorias, produtos e serviços 927.938 748.491
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (7.986) (3.614)
Não operacionais (10.600) (24.845)
909.352 720.032
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Custo da energia comprada e transporte de energia elétrica (316.950) (266.528)
Serviços de terceiros (39.132) (29.842)
Materiais (9.838) (7.920)
Combustível p/produção de energia elétrica (4.034) (3.741)
Outros custos operacionais (55.240) (55.336)
(425.194) (363.367)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 484.158 356.665
4 - DEPRECIAÇÃO/ AMORTIZAÇÃO/ EXAUSTÃO (54.963) (54.606)
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO(3-4) 429.195 302.059
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial 2.690 2.190
Receitas financeiras 39.919 60.330
42.609 62.520
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL ADISTRIBUIR(5+6) 471.804 364.579
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Pessoal, encargos e benefícios 60.956 13% 53.796 15%
Impostos, taxas e contribuições 235.180 50% 202.250 55%
Juros e aluguéis 81.885 17% 94.640 26%
Dividendos 17.031 4% - 0%
Lucros retidos 76.752 16% 13.893 4%
471.804 100% 364.579 100%

43
18.RESULTADOS ECONÔMICO-FINANCEIROS

RESULTADO DO SERVIÇO
O resultado do serviço de energia elétrica teve um aumento significativo e
alcançou R$ 157.181 mil, enquanto que no ano anterior foi de R$ 93.469 mil. Este
resultado foi superior em 68,2%, comparado ao ano anterior, proporcionando um
LAJIDA (EBITDA) de R$ 212.144 mil, apresentando significativo aumento de 43,3%,
equivalente a uma margem de 30,3%.

CONTROLADORA
R$ Mil Variação
2004 2003 %
Receita Operacional Bruta 927.938 748.491 24,0

Deduções a receita operacional (226.810) (184.906) 22,7


Receita operacional líquida 701.128 563.585 24,4
Despesas operacionais (543.947) (470.116) 15,7
Resultado do serviço 157.181 93.469 68,2
Margem operacional - % 22,4 16,6 35,2
LAJIDA (EBTIDA) 212.144 148.075 43,3
Margem LAJIDA (EBTIDA) - % 30,3 26,3 15,2

Os principais componentes do resultado do serviço foram:

RECEITA OPERACIONAL
A receita operacional bruta do exercício de 2004 foi de R$ 927.938 mil, superior
em 24% à obtida no ano anterior que foi de R$ 748.491. Contribuíram para este
resultado o crescimento de 4,2% no número de clientes, de 5,9% no total de energia
distribuída e na repercussão integral da revisão tarifária de abril de 2003 e o reajuste
de abril de 2004.
A receita operacional líquida de 2004 teve um crescimento de 24,4%
alcançando o montante de R$ 701.128 mil. A classe de consumo residencial, com
maior participação na receita, teve crescimento no ano de 23,6%; a comercial,
segunda maior participação, o crescimento foi de 24,6%; e a industrial teve
crescimento menor, de 12,9% devido à saída de 2 clientes que se tornaram livres,
mas que se tornaram clientes do sistema de uso da rede de distribuição, cuja receita
está classificada em Disponibilização do Sistema de Distribuição, justificando o
crescimento de 380,6% nessa conta. A Empresa, por autorização da ANEEL,
constituiu ativo regulatório do aumento de alíquotas do PIS (dez/2002) e COFINS
(fev/2004), ainda não reconhecida na tarifa. Relativamente a exercícios anteriores,
2002 e 2003, a Enersul reverteu na conta de despesa do PIS, a importância de R$
2.360 mil, favorecendo a receita operacional líquida.

44
CONTROLADORA
R$ mil Variação
2004 2003 %
Fornecimento:
Residencial 327.819 265.152 23,6
Industrial 128.401 113.775 12,9
Comercial 191.840 153.923 24,6
Rural 62.782 49.452 27,0
Outros 99.370 73.502 35,2
Fornecimento não Faturado 62.251 56.220 10,7
872.463 712.024 22,5
Suprimento:
Convencional 2.159 4.750 (54,5)
Curto prazo - (513)

2.159 4.237 (49,0)


Fornecimento e suprimento 874.622 716.261 22,1
Encargo de Capacidade Emergencial e de Aquisição 28.966 21.106 37,2
Disponibilização do Sistema de Distribuição 12.255 2.550 380,6
Outras receitas operacionais 12.095 8.574 41,1
Receita operacional bruta 927.938 748.491 24,0
(-) Deduções à receita operacional (226.810) (184.906) 22,7
Receita operacional líquida 701.128 563.585 24,4

CUSTOS OPERACIONAIS
Os custos operacionais foram de R$ 543.947 mil em 2004, superior em 15,7%
ao ano anterior, mas abaixo do crescimento da receita operacional líquida.

Os custos operacionais não gerenciáveis, tais como energia comprada,


transporte de potência elétrica, compensação financeira pela utilização de recursos
hídricos, conta de consumo de combustível e conta de desenvolvimento energético
aumentaram de R$ 299.451 mil para R$ 360.183 mil, equivalentes a 20,3%. A
participação dos custos não gerenciáveis passou a ser de 66,2% no total dos custos
operacionais, contra 63,7% no ano anterior.

O aumento nos custos não gerenciáveis foram decorrentes dos acréscimos


em:

-a energia comprada e os encargos de serviços de sistemas aumentaram


18,9%;

-Conta de Desenvolvimento Energético – CDE aumentou 111,9%, passando


para R$ 17.624 mil em 2004, contra R$ 8.319 mil no ano anterior. A cobrança
da CDE teve início em abril de 2003;

Os custos operacionais gerenciáveis pela empresa, compreendendo pessoal,


material, serviços de terceiros e outras despesas aumentaram de R$ 170.665 mil

45
para R$ 183.764 mil, equivalentes a 7,7%. Os custos gerenciáveis tiveram
participação reduzida no total dos custos operacionais passando para 33,8% em
2004, contra 36,3% em 2003. As principais variações foram:

-o custo de pessoal, de maior participação, teve um aumento de 13,8%,


devido ao reflexo integral em 2004 dos reajustes concedidos em 2003, ao
reajuste de 2004 e ao aumento dos custos com rescisão de contrato de
trabalho, onde ocorreu 61 rescisões contra 36 em 2003, gerando uma
redução de 42 colaboradores contra um acréscimo de 12 no ano anterior;

-o custo com serviços de terceiros, o segundo em importância dos custos


gerenciáveis, teve aumento de 31,1% e os principais foram serviços para
manutenção linhas e redes de distribuição, subestações, corte e religação de
fornecimento, inspeção de unidades consumidoras e entrega de contas;

-outras despesas teve redução de 10,6%, devido a reversão de provisão para


contingência fiscal, de ICMS sobre baixa renda, no valor de R$ 3.319 mil e da
COFINS referente à exclusão do ICMS na base de cálculo no valor de R$
2.333 mil, aumento de custos com aluguel de software, campanhas na mídia
e provisão para devedores duvidosos.

CONTROLADORA
2004 2003
R$ mil Partic. % R$ mil Partic.% Variação%
Custos Gerenciáveis:
Pessoal 60.807 11,2 53.428 11,4 13,8
Material 9.838 1,8 7.920 1,7 24,2
Combustível 4.034 0,7 3.741 0,8 7,8
Serviço de terceiro 39.132 7,2 29.842 6,3 31,1
Provisão para contingências 2.038 0,4 6.633 1,4 (69,3)
Outros 12.952 2,4 14.495 3,1 (10,6)
128.801 23,7 116.059 24,7 11,0
Depreciação 54.963 10,1 54.606 11,6 0,7
TOTAL DOS CUSTOS GERENCIÁVEIS 183.764 33,8 170.665 36,3 7,7
Custos Não Gerenciáveis:
Energia comprada 308.195 56,7 266.528 56,7 15,6
Encargos dos serviços de sistema 8.755 1,6 - - -
Cota de consumo de combustível - CCC 21.947 4,0 21.407 4,6 2,5
Compensação financeira 651 0,1 316 0,1 106,0
Taxa de fiscalização da ANEEL 1.431 0,3 1.008 0,2 42,0
Programa de Racionamento de Energia 1.580 0,3 1.873 0,4 -
Conta de Desenvolvimento Energético 17.624 3,2 8.319 1,8 111,9
TOTAL DOS CUSTOS NÃO GERENCIÁVEIS 360.183 66,2 299.451 63,7 20,3
TOTAL 543.947 100,0 470.116 100,0 15,7

RESULTADO FINANCEIRO
O resultado financeiro em 2004 foi superior ao de 2003 em 8,3% ficando em
R$ 40.800 mil, enquanto que no ano anterior foi negativo de R$ 37.662 mil.

RESULTADO NÃO OPERACIONAL


O resultado não operacional reduziu-se em 57,3% em relação a 2003 e
apresentou uma despesa líquida de R$ 10.600 mil, dos quais R$ 9.345 mil se devem

46
a perda, no ano, do valor da turbina da Usina de Campo Grande, apurada entre o
seu preço de venda e o valor registrado do bem.

RESULTADO DOS IMPOSTOS


O resultado dos impostos está reduzido dos benefícios da realização de
prejuízos de anos anteriores e do próprio ano, ocasionado pela venda da turbina, no
montante de R$ 81.113 mil, gerando uma redução na base de cálculo do imposto de
renda e da contribuição social sobre o lucro de R$ 27.578 mil.

LUCRO DO EXERCÍCIO
O excepcional resultado do serviço e do resultado operacional, beneficiado
pela redução dos tributos conforme acima mencionado são os fatores que
contribuíram para o lucro do exercício de R$ 93.783 mil.

47
19.FLUXO DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO


(Valores expressos em milhares de reais)
CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003
Das Operações -
Lucro líquido do exercício............................................................................ 93.783 13.893 93.783 13.893
Ajustes para reconciliação do lucro líquido às atividades oriundas de:
Atividades operacionais -
Variação monetária, cambial e encargos de longo prazo.................... 17.496 16.927 17.496 16.927
Selic ativo regulatório.......................................................................... (17.736) (23.848) (17.736) (23.848)
Depreciação e amortização................................................................. 54.963 54.606 55.698 55.311
Reposicionamento tarifário.................................................................. (41.341) (35.219) (41.341) (35.219)
Bens baixados..................................................................................... 2.949 5.948 2.949 5.948
Provisão para perdas - UTE Campo Grande....................................... 9.345 22.802 9.345 22.802
Provisão para perdas - estudos e projetos de Usinas.......................... 1.394 - 1.394 -
Reversão da provisão ICMS consumidor de baixa renda.................... (4.590) - (4.590) -
Participações societárias............................................................... (2.690) (2.190) - -
Contingências..................................................................................... 4.490 11.711 4.490 11.711
Participação minoritária no resultado.................................................. - - 2.585 2.104
Imposto de renda e contribuição social diferidos........................... 2.338 7.509 2.338 7.509
120.401 72.139 126.411 77.138
Variações em ativos e passivos circulantes -
Consumidores e concessionárias ....................................................... (23.895) (21.023) (24.090) (21.288)
Outros créditos - UTE Campo Grande................................................. 39.771 (46.027) 39.771 (46.027)
Devedores diversos............................................................................. (17.445) 4.165 (17.445) 4.165
Estoque............................................................................................... (321) 640 (324) 642
Outros créditos.................................................................................... (6.541) (3.431) (6.541) (3.431)
Despesas antecipadas........................................................................ (8.159) (10.469) (8.159) (10.469)
Fornecedores...................................................................................... 13.169 11.726 13.158 11.770
Folha de pagamento .......................................................................... (101) (371) (101) (371)
Tributos e contribuições sociais.......................................................... 8.000 18.863 8.014 18.897
Obrigações estimadas......................................................................... 210 60 221 78
Taxas regulamentares......................................................................... 1.037 (620) 1.037 (620)
Outros................................................................................................. 5.087 7.017 5.087 6.872
10.812 (39.470) 10.628 (39.782)
Variações em ativos e passivos não circulantes -
Cauções e depósitos vinculados......................................................... (12.114) (9.272) (12.114) (9.272)
Consumidores e concessionárias........................................................ 25.774 34.513 25.774 34.513
Tributos e contribuições sociais.......................................................... 12.402 (2.124) 12.402 (2.124)
Regime especial de tarifação.............................................................. (5) 3.901 (5) 3.901
Despesas antecipadas........................................................................ (11.055) (14.474) (11.055) (14.474)
Outros créditos - baixa renda.............................................................. - 5.684 - 5.684
Outros................................................................................................. (7.490) (5.552) (7.490) (6.217)
7.512 12.676 7.512 12.011
Disponibilidades oriundas de atividades operacionais 138.725 45.345 144.551 49.367

Atividades de investimento -
Adições ao imobilizado........................................................................ (93.735) (55.982) (93.735) (56.656)
Realização de investimento................................................................. 2.805 1.864 - -
Obrigações vinculadas a concessão............................................. 22.809 11.052 22.809 11.052
Disponibilidades aplicadas em atividades de investimento (68.121) (43.066) (70.926) (45.604)

Atividades de financiamento -
Emprestimos e financiamentos........................................................... 29.148 (43.220) 28.883 (43.570)
Encargos de dívida.............................................................................. (3.748) (1.746) (3.821) (1.745)
Coligadas, controladas e controladoras............................................... (88.751) 47.271 (88.751) 47.271
Dividendos.......................................................................................... - (7.207) (2.695) (8.319)
Disponibilidades oriundas de atividades de financiamento (63.351) (4.902) (66.384) (6.363)

Redução líquida nas disponibilidades 7.253 (2.623) 7.241 (2.600)

Disponibilidades no início do período 8.546 11.169 8.594 11.194


Disponibilidades no fim do período 15.799 8.546 15.835 8.594
7.253 (2.623) 7.241 (2.600)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

48
20.AUDITORIA INDEPENDENTE
Em atendimento à Instrução CVM nº 381,de 14 de janeiro de 2003, sobre a
necessidade de divulgação pelas Entidades Auditadas, de informações sobre a
prestação de outros serviços, pelo auditor independente, que não sejam auditoria
externa, a Enersul informa que os únicos serviços prestados, no exercício de 2004,
pelos auditores independentes, foram os relacionados com os exames de auditoria
independente das demonstrações contábeis.

49
21.ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
António Fernando Melo Martins da Costa – Presidente

CONSELHEIROS
Adir Pereira Keddi
António Eduardo da Silva Oliva
Antônio José Sellare
Francisco Carlos Coutinho Pitella
Joaquim Armando Ferreira da Silva Filipe
Raul Toscano de Brito Neto

DIRETORIA EXECUTIVA
António Eduardo da Silva Oliva
Diretor-Presidente
Jorge Manuel Moreira Martins
Diretor Comercial
Manuel Fernando das Neves Bento
Diretor Técnico
Sérgio Pereira Pires
Diretor Administrativo, Financeiro
e de Relações com Investidores

CONSELHO FISCAL
Carlos Roberto Veroneze
Alcir Augustinho Calliari
Eduardo Soares
Edison Rodrigues
Pedro Wagner Pereira Coelho

50
22.INFORMAÇÕES CORPORATIVAS

Relacionamento com Investidores


Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A. - ENERSUL
Escritório
Av. Gury Marques, 8.000 – Santa Felicidade– Cep: 79072-900 – Campo Grande
MS – Brasil
Homepage: www.enersul.com.br

Diretor de Relações com Investidores


Sérgio Pereira Pires
Tel: 0xx-67-398-4890
Fax: 0xx-67-398-4354
e-mail: sergiop@enersul.com.br

Gerente de Relações com Investidores


Marcelo Codeço Baptista
Tel: 0xx-67-398-4892
Fax: 0xx-27-398-4362
e-mail: mcodeco@enersul.com.br

Banco Custodiante
Banco Itaú S.A.
Rua Boa Vista, 185 – 6º andar
São Paulo – SP-01014-913 - Brasil

Auditores Independentes
PricewaterhouseCoopers

Jornais de Divulgação de Informações


Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul
Correio do Estado (Campo Grande)
Valor Econômico (Edição Nacional)

51
23.GLOSSÁRIO
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica.Órgão regulador do setor de energia
elétrica.

Cliente Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente


representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia
elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas
demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim
vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de
adesão, conforme cada caso.

Cliente Cativo Pessoa Física ou Jurídica que, pela regulamentação vigente, não pode optar
pelo fornecedor de energia elétrica ou não exerceu a opção.

Cliente Livre Pessoa Jurídica que, pela regulamentação vigente, optou pelo fornecedor de
energia elétrica.

DEC Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor


Tempo médio em horas, que uma unidade consumidora permanece sem o
fornecimento de energia elétrica.

Demanda Máxima Máxima demanda integralizada no intervalo de 1 (uma) hora.


Medida no Sistema Expressa MWh/h.

Distribuidor Agente detentor de contrato de concessão ou permissão para distribuir


energia elétrica.

Energia Medida Montante de energia elétrica verificada por medição no período


compreendido entre duas leituras (aproximadamente 30 dias).
Expresso em KWh.

Energia Assegurada Quantidade média mensal de energia elétrica esperada de produção em


uma usina e garantida pelo Sistema Elétrico Interligado.
Expresso em MW Médio.

Energia Distribuída Somatório da energia faturada aos clientes cativos, energia entregue aos
distribuidores e energia em trânsito para clientes livres.
Expresso em MWh.

Energia Requerida Somatório da energia faturada a clientes cativos, energia entregue aos
do Sistema distribuidores, energia em trânsito para clientes livre e energia de perdas e
diferenças.
Expresso em MWh.

Energia Vendida Somatório de energia faturada a clientes cativos e energia faturada a


distribuidores

52
Expresso em MWh.

FEC Freqüência Equivalente de Interrupções por Consumidor


Número de interrupção do fornecimento de energia elétrica a uma unidade
consumidora, num intervalo de tempo.

Potência Instalada Somatório das potências nominais dos geradores de uma usina.
Expresso em MW.

PCH Pequena Central Hidroelétrica


Unidade de geração hidráulica com potência instalada ≤ à 30MW.

Número de Clientes Somatório dos clientes:


Cativos;
Livres (Uso);
Distribuidores(Uso)
Geradores (Uso);
Distribuidores Nacionais e Internacionais (Energia).

MAE/CCEE Mercado Atacadista de Energia (MAE) que foi sucedido pela Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Receita de Projeção da receita a faturar com a estimativa do consumo entre a data da


Fornecimento leitura do medidor e o último dia do mês, para as diversas classes de
de Energia Elétrica consumo, tendo como base o último faturamento de cada cliente.
Não
Faturada

Sistema Interligado Conjunto de linhas de transmissão de energia elétrica em tensão ≥ à 230 kV


Nacional - SIN operadas de maneira centralizada pelo Operador Nacional de Sistema -
ONS.

TMA Tempo Médio de Atendimento


Intervalo de tempo médio entre uma reclamação de interrupção do
fornecimento de energia elétrica e o seu restabelecimento.
Expresso em minutos.

Tarifa de Fornecimento Multiplicador aplicado nas contas de energia elétrica dos clientes cativos
definido pela ANEEL.

Tarifa de Suprimento Tarifas reguladas pela ANEEL para faturamento da energia e demanda,
definidas nos contratos com os Distribuidores.

Tarifa de Uso do Parcela componente da Tarifa de Fornecimento dos clientes cativos e


Sistema de Distribuição utilizada no faturamento dos clientes livres, geradores (uso) e distribuidores
TUSD (uso).

53
PARECER DO CONSELHO FISCAL

De acordo com as disposições legais e estatutárias os infra-assinados, membros do


Conselho Fiscal da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A - ENERSUL,
examinaram as Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de
2004, tendo apreciado, ainda, o Relatório da Administração e o Parecer dos Auditores
Independentes, são de opinião que os referidos documentos estão em condições de
serem submetidos à apreciação e deliberação dos Senhores Acionistas, em
Assembléia-Geral.

Campo Grande - MS, 23 de fevereiro de 2005.

CARLOS ROBERTO VERONEZE

ALCIR AUGUSTINHO CALLIARI EDUARDO SOARES

EDISON RODRIGUES PEDRO WAGNER PEREIRA COELHO


EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de reais)

CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003
ATIVO

CIRCULANTE

Numerário disponível 5.411 5.972 5.414 5.978


Títulos e valores mobiliários 10.388 2.574 10.421 2.615
Consumidores e concessionárias 264.340 214.282 264.257 214.251
Provisão p/créditos de liquidação duvidosa (23.469) (17.983) (23.469) (17.983)
Devedores diversos 1.740 2.466 1.740 2.466
Tributos a compensar 25.230 7.059 25.230 7.059
Estoque 2.031 1.710 2.235 1.912
Outros créditos - UTE Campo Grande - 49.116 - 49.116
Imposto de renda e contribuição social diferidos 12.581 7.608 12.581 7.608
Outros créditos 15.417 8.876 15.417 8.876
Despesas pagas antecipadamente 32.365 24.206 32.370 24.212
346.034 305.886 346.196 306.110

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Consumidores e concessionárias 87.716 94.596 87.716 94.596


Tributos a compensar - 3.933 - 3.933
Cauções e depósitos vinculados 48.637 37.435 48.637 37.435
Imposto de renda e contribuição social diferidos 124.166 131.477 124.166 131.477
Outros créditos 17.126 7.255 17.126 7.255
Despesas pagas antecipadamente 83.054 60.805 83.054 60.805
360.699 335.501 360.699 335.501

PERMANENTE

Investimentos 9.524 9.639 - -


Imobilizado 632.851 619.837 655.096 642.815
642.375 629.476 655.096 642.815
TOTAL DO ATIVO 1.349.108 1.270.863 1.361.991 1.284.426

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

1
EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de reais)

CONTROLADORA CONSOLIDADO
PASSIVO 2004 2003 2004 2003

CIRCULANTE

Fornecedores 72.273 59.104 71.418 58.508


Folha de pagamento 240 341 240 341
Empréstimos e financiamentos 223.336 131.044 223.860 131.486
Encargos de dívidas 4.165 7.869 4.233 8.010
Taxas regulamentares 6.154 5.117 6.154 5.117
Tributos e contribuições sociais correntes 28.475 15.721 28.628 15.847
Tributos e contribuições sociais diferidos 24.040 33.384 24.040 33.384
Dividendos 17.043 12 17.043 12
Obrigações estimadas 12.407 11.238 12.407 11.238
Outras contas a pagar 16.344 10.822 16.344 10.822
404.477 274.652 404.367 274.765

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Fornecedores 16.926 25.510 16.926 25.510


Empréstimos e financiamentos 255.069 320.298 258.911 324.487
Encargos de dívidas 36 80 36 80
Imposto de renda e contribuição social diferidos 27.206 14.804 27.206 14.804
Provisão para contingências 55.401 50.911 55.401 50.911
Coligadas, controladas e controladoras 68.236 139.553 68.236 139.553
Outras contas a pagar 2.013 2.063 2.013 2.063
424.887 553.219 428.729 557.408
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA - - 9.151 9.261

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 463.415 463.415 463.415 463.415


Reservas de capital 1.650 1.650 1.650 1.650
Reservas de lucros 54.679 - 54.679 -
Prejuízos acumulados - (22.073) - (22.073)
519.744 442.992 519.744 442.992
TOTAL DO PASSIVO 1.349.108 1.270.863 1.361.991 1.284.426

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

2
EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A - ENERSUL
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado)

CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003
RECEITA OPERACIONAL
Fornecimento de energia elétrica 872.463 712.024 872.463 712.024
Encargo de capacidade emergencial e de aquisição 28.966 21.106 28.966 21.106
Suprimento de energia elétrica 2.159 4.237 2.159 4.237
Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição 12.255 2.550 11.691 2.550
Outras receitas operacionais 12.095 8.574 11.507 8.339
927.938 748.491 926.786 748.256
Deduções a receita operacional
I.C.M.S. (154.258) (121.010) (154.258) (121.010)
PIS (3.827) (6.621) (3.883) (6.668)
COFINS (25.349) (23.393) (25.606) (23.610)
Quota para RGR (14.356) (12.770) (14.356) (12.770)
Encargo de capacidade emergencial e de aquisição (28.966) (21.106) (28.966) (21.106)
ISSQN (54) (6) (54) (6)
(226.810) (184.906) (227.123) (185.170)
Receita operacional líquida 701.128 563.585 699.663 563.086
CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA
Com energia elétrica
Energia elétrica comprada para revenda (254.761) (222.349) (246.196) (215.126)
Encargo de uso do sist.de transmissão e distribuição (62.189) (44.179) (62.189) (44.179)
(316.950) (266.528) (308.385) (259.305)
De operação
Pessoal e administradores (40.125) (37.028) (40.125) (37.028)
Entidade de previdência privada (1.246) (1.039) (1.246) (1.039)
Material (5.468) (4.051) (5.497) (4.053)
Materia-prima e insumos para produção de energia elétrica (4.034) (3.741) (4.034) (3.741)
Conta de consumo de combustível - CCC (21.947) (21.407) (21.947) (21.407)
Conta de desenvolvimento energético - CDE (17.624) (8.319) (17.624) (8.319)
Serviços de terceiros (30.934) (22.896) (31.222) (23.897)
Depreciação e amortização (45.064) (44.326) (45.799) (45.031)
Provisões (7.986) (3.614) (7.986) (3.614)
Outras (1.515) (6.878) (1.568) (6.918)
(175.943) (153.299) (177.048) (155.047)
CUSTO DO SERVIÇO PRESTADO A TERCEIROS (802) (1.054) (802) (1.054)
(493.695) (420.881) (486.235) (415.406)
Lucro operacional bruto 207.433 142.704 213.428 147.680
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas (146) (80) (146) (80)
Despesas gerais e administrativas (47.895) (47.656) (47.895) (47.656)
Outras despesas operacionais (2.211) (1.499) (2.211) (1.499)
(50.252) (49.235) (50.252) (49.235)
RESULTADO DO SERVIÇO 157.181 93.469 163.176 98.445
RESULTADO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 2.690 2.190 - -
RECEITAS FINANCEIRAS
Renda de aplicações financeiras (659) 503 (618) 545
Variação monetária e acréscimo moratório-energia vendida 14.645 13.830 14.645 13.830
SELIC Ativo Regulatório 23.926 44.650 23.926 44.650
Outras 2.007 1.347 2.007 1.346
39.919 60.330 39.960 60.371
DESPESAS FINANCEIRAS
Variação monetária e acréscimo moratório-energia comprada - (314) - (314)
Variação monetária e cambial de empréstimos e financiamentos 1.856 10.009 1.751 9.926
Encargos de dívidas (75.446) (91.085) (75.821) (91.491)
Outras (7.129) (16.602) (7.156) (16.623)
(80.719) (97.992) (81.226) (98.502)
RESULTADO FINANCEIRO (40.800) (37.662) (41.266) (38.131)
RESULTADO OPERACIONAL 119.071 57.997 121.910 60.314
RECEITA NÃO OPERACIONAL 2.615 2.205 2.615 2.205
DESPESA NÃO OPERACIONAL (13.215) (27.050) (13.215) (27.050)
RESULTADO NÃO OPERACIONAL (10.600) (24.845) (10.600) (24.845)
LUCRO ANTES DA CONT.SOCIAL E DO I. DE RENDA 108.471 33.152 111.310 35.469
Imposto de renda (11.451) (14.689) (11.609) (14.820)
Contribuição social (3.237) (4.570) (3.333) (4.652)
93.783 13.893 96.368 15.997
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NO RESULTADO - - (2.585) (2.104)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 93.783 13.893 93.783 13.893
Ações em circulação (milhares) 53.137.012 53.137.012 - -
Lucro líquido por lote de mil ações - R$ 1,76 0,26 - -
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

3
EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado)

RESERVA RESERVAS LUCROS


CAPITAL DE DE (PREJUÍZOS)
SOCIAL CAPITAL LUCROS ACUMULADOS TOTAL
SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2003 463.415 - - (35.966) 427.449

Remuneração das Imobilizações em Curso - 1.650 - - 1.650

Lucro do exercício - - - 13.893 13.893

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 463.415 1.650 - (22.073) 442.992

Lucro do exercício - - - 93.783 93.783

Destinação do lucro: -

Reserva Legal - - 3.586 (3.586) -

Reserva de retenção de lucros - - 51.093 (51.093) -

Dividendos propostos (*) - - - (17.031) (17.031)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 463.415 1.650 54.679 - 519.744

(*) Equivalentes a: ON-R$ 0,29880, PNA-R$ 0,87211 e PNB-R$ 0,32868, por lote de mil ações, conforme descrita na nota explicativa
nº 21 - Capital Social e Reservas

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

4
EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de reais)
CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003
Composição dos recursos originados das operações
Lucro líquido do exercício 93.783 13.893 93.783 13.893
Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante
Variação monetária, cambial e encargos de longo prazo 17.496 16.927 17.496 16.927
Selic ativo regulatório líquida (17.736) (23.848) (17.736) (23.848)
Depreciação e amortização 54.963 54.606 55.697 55.311
Reposicionamento tarifário (20.664) - (20.664) -
PIS majoração de alíquota (2.360) - (2.360) -
Bens baixados 2.949 5.948 2.949 5.948
Provisão para perdas - UTE Campo Grande - 22.802 - 22.802
Imposto de renda e contribuição social diferidos 19.713 11.787 19.713 11.787
Participações societárias (2.690) (2.190) - -
Participação minoritária no resultado - - 2.585 2.104
Provisão para contingências 4.490 11.711 4.490 11.711
Recursos originados das operações 149.944 111.636 155.953 116.635
Origens de recursos
De acionistas e das partes relacionadas
Dividendos de controladas 2.805 1.864 - -
Coligadas, controladas e controladoras - 47.271 - 47.271
2.805 49.135 - 47.271
De Terceiros
Ingresssos de recursos no exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos 44.310 87.633 43.962 87.277
Contribuição do consumidor e doações 22.809 11.052 22.809 11.052
Regime especial de tarifação - 3.901 - 3.901
Realizável a longo prazo transferido para circulante 34.086 5.684 34.086 5.684
Outros - 10.348 - 9.683
101.205 118.618 100.857 117.597
Total dos recursos obtidos 253.954 279.389 256.810 281.503
Aplicações de recursos
No realizável a longo prazo
Despesas pagas antecipadamente 8.695 14.474 8.695 14.474
Depósitos judiciais 12.114 9.271 12.114 9.271
Outros realizáveis 5.938 4.786 5.938 4.786
No ativo permanente
Imobilizado 93.735 55.982 93.735 56.656
No exigível a longo prazo
Por transferência de financiamentos do exigível a longo prazo
para o passvio circulante 107.498 110.279 107.498 110.279
Amortização de dívida com controladora 89.986 - 89.986 -
Outros exigíveis 8.634 - 8.634 -
Dividendos propostos 17.031 - 19.726 1.112
Total dos recursos aplicados 343.631 194.792 346.326 196.578
Redução (Aumento) do Capital Circulante (89.677) 84.597 (89.516) 84.925

Variações do Capital Circulante


Ativo Circulante
No início do exercício 305.886 215.669 306.110 215.902
No fim do exercício 346.034 305.886 346.196 306.110
40.148 90.217 40.086 90.208
Passivo Circulante
No início do exercício 274.652 269.032 274.765 269.482
No fim do exercício 404.477 274.652 404.367 274.765
129.825 5.620 129.602 5.283
Redução (Aumento) do Capital Circulante (89.677) 84.597 (89.516) 84.925

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

5
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL é uma sociedade anônima,
de capital aberto, que atua na geração, distribuição e comercialização de energia elétrica no Estado de
Mato Grosso do Sul, atendendo a 72 dos 77 municípios dentro dos 328.315 km2 da área de concessão,
o que representa cerca de 92% da área total do Estado.

Participa, ainda, como quotista majoritário da empresa Costa Rica Energética Ltda., empresa
responsável pela construção e operação da UHE Costa Rica, com 16 MW de potência.

A ENERSUL tem como acionista majoritário a MAGISTRA Participações S.A., empresa controlada pela
Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. – ESCELSA.

2. CONCESSÕES

A concessionária detém, junto à ANEEL, as seguintes concessões de geração em operação:

CAPACIDADE ENERGIA DATA


INSTALADA ASSEGURADA
USINAS HIDRELÉTRICAS RIO (MW) (*) (MW médio) (*) CONCESSÃO VENCIMENTO
Em operação:
Assis Chateaubriand (Mimoso) Pardo 29,50 20,90 04/12/1997 03/12/2027
Vitor A. de Brito (Coxim) Córrego do veado 0,40 0,30 04/12/1997 03/12/2027
São João II São João 0,59 0,50 04/12/1997 03/12/2027
São João I São João 0,66 0,60 04/12/1997 03/12/2027

USINAS TERMELÉTRICAS
Corumbá 6,00 2,35 04/12/1997 03/12/2027
Coxim 3,60 1,50 04/12/1997 03/12/2027
Porto Murtinho 3,75 - 04/12/1997 03/12/2027
44,50 26,15

A concessionária possui, também, concessões, válidas até dezembro de 2027, para a usina hidrelétrica de
Cassilândia que se encontra fora de operação e para distribuição de energia elétrica para os 72 municípios
acima referidos.

(*) não auditado

3. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, conjugadas com a legislação
específica emanada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e nas normas estabelecidas pela
Comissão de Valores Mobiliários – CVM, além das instruções contidas no Oficio Circular n.º 2.306/2004-
SFF/ANEEL, de 24 de dezembro de 2004.

6
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

4. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

4.1. Demonstrações contábeis da controladora

a) Títulos e valores mobiliários

Estão registrados ao custo acrescido das respectivas remunerações contratadas, auferidas


proporcionalmente até a data do balanço, sendo reconhecida provisão para desvalorização ao valor
de mercado, quando aplicável.

b) Consumidores e concessionárias

Engloba o fornecimento de energia elétrica faturado e não faturado até 31 de dezembro de 2004,
contabilizado com base no regime contábil de competência, incluindo, também, contas a receber
referentes à Recomposição Tarifária Extraordinária – RTE (Perdas e Energia Livre).

c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

Os valores foram apropriados conforme Instrução Contábil 6.3.2, do Manual de Contabilidade do


Serviço Público de Energia Elétrica, refletindo, portanto, posição bastante conservadora, se
comparada com a média histórica das perdas da concessionária.

d) Estoques

Os materiais em estoque, de operação e manutenção, classificados no ativo circulante e aqueles


destinados a projetos classificados no imobilizado, estão registrados ao custo médio de aquisição.

e) Investimentos

A participação societária em controlada está avaliada pelo método de equivalência patrimonial. Os


demais investimentos estão avaliados ao custo de aquisição corrigido monetariamente até 31 de
dezembro de 1995.

f) Imobilizado

Registrado ao custo de aquisição e/ou construção, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de


1995, deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear, tomando-se por base os
saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro – UC, conforme determina a
Portaria DNAEE n.º 815, de 30 de novembro de 1994, às taxas constantes da tabela anexa às
Resoluções ANEEL n.º 02, de 24 de dezembro de 1997 e 44, de 17 de março de 1999.

Em função dos dispostos nas Instruções Contábeis, do Manual de Contabilidade do Serviço Público
de Energia Elétrica, os juros e demais encargos financeiros e efeitos inflacionários, relativamente aos
financiamentos obtidos de terceiros, efetivamente aplicados no imobilizado em curso, estão
registrados neste subgrupo como custo.

O mesmo procedimento foi adotado para os juros sobre o capital próprio (quando aplicável) que
financiou as obras em andamento conforme previsto na legislação específica do Serviço Público de
Energia Elétrica.

g) Atualizações monetárias de direitos e obrigações

Os direitos e obrigações sujeitos a reajustes em função de variação monetária e cambial, por força
contratual ou dispositivo legal, estão atualizados até a data do balanço.

7
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

Os passivos em moeda estrangeira são convertidos para reais em função da taxa de câmbio
reportada pelo Banco Central do Brasil (US$ 1= R$ 2,6544 em 31 de dezembro de 2004 e US$ 1=
R$ 2,8892, em 31 de dezembro de 2003).

h) Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda registrado no resultado é calculado com base nos resultados tributáveis (lucro
ajustado), às alíquotas aplicáveis segundo a legislação vigente – 15%, acrescida de 10% sobre o
resultado tributável que exceder R$ 240.

A contribuição social registrada no resultado é calculada com base nos resultados tributáveis antes
do imposto de renda, através da aplicação da alíquota de 9%.

O imposto de renda e contribuição social diferidos ativos foram registrados na rubrica de Imposto de
renda e contribuição social diferidos, a partir dos prejuízos fiscais, base negativa de contribuição
social e diferenças temporárias, considerando as alíquotas vigentes de imposto de renda diferido e
contribuição social diferida.

Conforme divulgado na Nota 12, estão considerados os efeitos das regras impostas pela Instrução
CVM n.º 371, de 27 de junho de 2002.

Face a decisão da Administração de optar pelo regime caixa na tributação de variações cambiais a
Companhia vem registrando os efeitos líquidos da aplicação desse regime nas rubricas do passivo
circulante e exigível a longo prazo. Estão registrados também débitos fiscais a partir do
reposicionamento tarifário e a RTE – recuperação de perdas do racionamento e energia livre nos
termos do Parecer SRF COSIT 26/2002 – Nota 12.

i) Fundos de pensão

A Companhia é patrocinadora da Fundação Enersul, que administra o fundo de pensão para seus
empregados. Os custos, as contribuições e o passivo atuarial são determinados na data do balanço,
por atuários independentes.

A partir de 31 de dezembro de 2001, esses valores são apurados de acordo com a deliberação CVM
n.º 371, de 13 de dezembro de 2000.

j) Lucro líquido por ação

Calculado com base no número de ações em circulação na data do encerramento do balanço.

k) Apuração do resultado

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime contábil de competência. O faturamento de


energia elétrica para todos os consumidores é efetuado mensalmente de acordo com o calendário de
leitura.

A receita não faturada, correspondente ao período decorrido entre a data da última leitura e o
encerramento do mês, é estimada e reconhecida como receita no mês em que a energia foi
consumida.

l) Estimativas

A preparação de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,


com base nos dispositivos contidos na Lei das Sociedades por Ações, requer que a

8
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

Administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que


afetam os ativos e passivos, receitas e despesas da ENERSUL e sua controlada, bem como a
divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações contábeis.

Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos
subseqüentes, podem diferir dessas estimativas.

As principais estimativas relacionadas às demonstrações contábeis referem-se ao registro dos


efeitos decorrentes:

• Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa;


• Transações realizadas no âmbito do Mercado Atacadista de Energia – MAE;
• Recuperação do Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos, sobre prejuízos fiscais e
bases negativas;
• Provisão para Contingências; e
• Planos de Aposentadoria e Pensão.

m) Tributação de operações no Mercado Atacadista de Energia

Em decorrência dos termos do artigo 32 da Medida Provisória n.º 66, de 29 de agosto de 2002,
convertida na Lei n.º 10.637, de 30 de dezembro de 2002 e da Instrução Normativa n.º 199, de 12 de
setembro de 2002, a concessionária, como agente integrante do Mercado Atacadista de Energia
Elétrica – MAE, exerceu a opção pelo regime especial de tributação do PIS, sobre receitas auferidas
em operações realizadas no âmbito daquela Instituição.

Os principais efeitos referem-se à base de cálculo baseada nos resultados positivos líquidos e na
continuidade da aplicação da alíquota de 0,65%.

4.2 Informações contábeis consolidadas

As informações contábeis consolidadas compreendem os balanços patrimoniais, as demonstrações


do resultado e das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos em 31 de dezembro de
2004 e 2003 da ENERSUL e de sua controlada Costa Rica Energética Ltda.

As principais práticas adotadas de consolidação foram as seguintes:

a) eliminação do investimento da controladora na empresa controlada;

b) eliminação dos saldos das contas patrimoniais entre a controladora e a empresa controlada incluída
na consolidação; e

c) destaque da participação dos acionistas minoritários no balanço patrimonial e na demonstração do


resultado.

Em face da inexistência de resultados não realizados nas operações intercompanhias, o lucro e o


patrimônio líquido no consolidado são iguais aos da controladora.

5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

A composição da carteira é a seguinte:

CONTROLADORA CONSOLIDADO
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA TIPO 2004 2003 2004 2003
Citibank S.A Fundos de investimentos 6.345 1.228 6.345 1.228
Banco do Brasil S.A CDB 2.408 106 2.408 106
BRADESCO CDB 1.631 1.233 1.631 1.233
Outros Diversos 4 7 37 48
10.388 2.574 10.421 2.615

9
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

6. CONSUMIDORES E CONCESSIONÁRIAS

CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003
CONSUMIDORES
Faturados 222.083 163.618 222.083 163.618
Não Faturados 128.050 143.208 128.050 143.208
350.133 306.826 350.133 306.826
CONCESSIONÁRIAS 734 1.534 689 1.503
USO SISTEMA TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO 1.189 518 1.151 518
352.056 308.878 351.973 308.847

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
Saldos Vencidos até Vencidos há Total
CIRCULANTE Vincendos 90 dias mais de 90 dias 2004 2003
CONSUMIDORES
Residencial 30.539 16.532 4.880 51.951 43.442
Industrial 10.951 2.804 1.652 15.407 13.256
Comércio, Serviços e Outras Atividades 18.230 8.116 8.562 34.908 26.347
Rural 4.892 3.304 918 9.114 5.828
Poder Público:
Federal 906 929 462 2.297 2.406
Estadual 2.772 2.979 - 5.751 2.204
Municipal 2.641 624 453 3.718 4.297
Iluminação Pública 4.579 870 1.854 7.303 9.220
Serviço Público 2.581 968 803 4.352 2.370
Ativo regulatório:
Perda de receita 24.011 - - 24.011 22.248
Energia livre 10.434 - - 10.434 8.359
Parcelamento de débitos 18.889 559 3.515 22.963 26.487
Reposicionamento tarifário 55.896 - - 55.896 35.219
Outros créditos 12.540 1.451 321 14.312 10.547
199.861 39.136 23.420 262.417 212.230
CONCESSIONÁRIAS
Suprimento - Convencional 260 - - 260 421
Suprimento - Curto prazo 367 - - 367 1.082
Outros 107 - - 107 31
734 - - 734 1.534
USO SIST.TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO 1.189 - - 1.189 518
1.189 - - 1.189 518
TOTAL - CONTROLADORA 201.784 39.136 23.420 264.340 214.282
TOTAL - CONSOLIDADO 201.701 39.136 23.420 264.257 214.251

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO


CONSUMIDORES
Ativo regulatório:
Perda de receita 39.147 - - 39.147 58.379
Energia livre 16.926 - - 16.926 25.510
Reposicionamento tarifário 20.664 - - 20.664 -
Suprimento - Curto prazo 3.068 - - 3.068 3.068
Outros créditos 7.911 - - 7.911 7.639
87.716 - - 87.716 94.596

10
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

6.1. Mercado Atacadista de Energia – MAE

A Companhia tem registrado no ativo o montante de R$ 3.435 e no passivo circulante o total de R$ 1.198,
relativos às transações de venda, compra de energia e encargo de serviço de sistema, realizados no âmbito
do Mercado Atacadista de Energia – MAE. Parte desses valores está sujeita a modificação dependendo de
decisão de processos judiciais em andamento, movidos por empresas do setor, relativos a interpretação de
regras do mercado em vigor:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
ATIVO PASSIVO
ENCARGO DE
VENDA COMPRA SERVIÇO DE
SISTEMA
Saldo em 31 de dezembro de 2003 4.150 245 328
Acréscimos - 2.321 1.619
Liquidações (715) (1.690) (1.625)
Saldo em 31 de dezembro de 2004 3.435 876 322

6.2. Revisão e reajuste tarifário

Em decorrência da primeira revisão tarifária periódica prevista no contrato de concessão de distribuição de


energia elétrica da ENERSUL, em 8 de abril de 2003, a ANEEL fixou, em caráter provisório, o
reposicionamento tarifário da Companhia resultando em aumento de 42,26 %, dos quais 32,59 % foram
aplicados sobre as tarifas de fornecimento de energia elétrica a partir de 8 de abril de 2003, ficando a
diferença para ser recuperada em quatro parcelas de R$ 55.253, nos anos de 2004 a 2007.

Em 8 de abril de 2004, a ANEEL alterou esse percentual, ainda em caráter provisório, para 43,59 % e
redistribuiu o parcelamento da diferença em quatro parcelas cumulativas no valor de R$ 28.389 cada, a serem
adicionadas à receita nos reajustes tarifários dos anos de 2004 a 2007.

Essa alteração resultou no aumento da receita do exercício findo em 31 de dezembro de 2004 no montante de
R$ 7.624. O montante relativo ao citado parcelamento está sendo registrado ano a ano no ativo circulante e
será realizado pela inclusão nas contas de energia elétrica no período iniciado em 8 de abril de 2004 e findo
em 8 de abril de 2008. O reposicionamento tarifário relativo à primeira revisão tarifária periódica da ENERSUL
continua em processo de validação e homologação definitiva pela ANEEL. As demonstrações contábeis, de
31 de dezembro de 2004, não contemplam outros ajustes que poderão resultar do reposicionamento tarifário
definitivo.

Ainda em 8 de abril de 2004, em decorrência do reajuste tarifário previsto no contrato de concessão de


distribuição de energia elétrica da ENERSUL, a ANEEL fixou o reajuste tarifário da Companhia resultando em
aumento de 17,02 %, composto de 6,28 % de IRT, 4,94 % de parcelamento da diferença da primeira revisão
tarifária, 5,62 % de CVA e 0,18 % de PERCEE, aplicado sobre as tarifas de fornecimento de energia elétrica a
partir de 8 de abril de 2004.

Considerando a diferença entre o índice de reposicionamento tarifário e o reajuste concedido, a ENERSUL


provisionou até este exercício, a receita e tributos decorrentes, o montante de R$ 63.539 e iniciou em abril de
2004 a cobrança via tarifa, recuperando no exercício o montante de R$ 22.198, estando os saldos destes
ativos apresentados na linha “reposicionamento tarifário”, cuja movimentação no período foi a seguinte:

11
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
CIRCULANTE LONGO PRAZO
Saldo em 31 de dezembro de 2003 35.219 -
Recuperação via tarifa (22.198) -
Transferências 42.875 (42.875)
Constituição - 63.539
Saldo em 31 de dezembro de 2004 55.896 20.664

7. ACORDO GERAL DO SETOR ELÉTRICO

O Acordo Geral do Setor Elétrico ao qual a Companhia aderiu em 20 de dezembro de 2001, estabeleceu
condições para solução de controvérsias contratuais e administrativas e eliminando a possibilidade de
ocorrência de litígios judiciais ou extrajudiciais sobre questões relativas ao período de racionamento. Os
principais pontos do Acordo são listados a seguir:

• Declaração de Desistência/Renúncia;
• Acordo de Compra de Sobras Líquidas Contratuais;
• Acordo de Reembolso de Energia Livre ;
• Termos Aditivos aos Contratos Iniciais;e
• Conta de Desenvolvimento Energético – CDE.

Com base na Medida Provisória n.º 14, de 21 de dezembro de 2001, convertida na Lei n.º 10.438, de 26 de
abril de 2002 e demais regras legais aderentes, a Companhia efetuou levantamento do montante de
recomposição tarifária extraordinária aplicável a todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica,
com o objetivo de neutralizar os efeitos de perda de margem decorrentes do Programa Emergencial de
Redução do Consumo de Energia Elétrica – PERCEE, que vigiu no período compreendido entre junho de
2001 e fevereiro de 2002.

Paralelamente, na mesma linha das demais distribuidoras de energia elétrica, apurou as variações mensais
de custos, adicionais, não gerenciáveis pelas empresas (Parcela “A”) , relacionando, ainda, as parcelas de
custo adicional com a compra de energia no âmbito do Mercado Atacadista de Energia – MAE, (“Energia
livre”) a serem repassadas para as geradoras.

Através das Resoluções ANEEL n.ºs 480 e 481 (relativas à perda de margem), 482 (relativa à Parcela “A”) e
483 (relativa à Energia livre), todas de 29 de agosto de 2002, foram aprovados os valores relativos à
recomposição de receita, cujas tarifas extraordinárias foram as seguintes:

• 2,9% para clientes residenciais, rurais (exceto baixa renda) e iluminação pública;
• 7,9% para os demais clientes.

A Resolução Normativa ANEEL nº 1, de 12 de janeiro de 2004, fixou novos prazos de permanência da


Recomposição Tarifária Extraordinária – RTE (perda de margem e energia livre) alterando o prazo de
recuperação de 82 para 73 meses, contados a partir de dezembro de 2001

De acordo com estudos elaborados pela Administração, a Companhia projeta a plena recuperação desses
ativos no prazo máximo estabelecido, razão pela qual não foram constituídas provisões para perdas.

12
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

7.1 – COMPOSIÇÃO DA RTE HOMOLOGADA PELA ANEEL, REPRESENTATIVA DA PERDA DE


RECEITA E ENERGIA LIVRE

A composição da RTE é a seguinte:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
NÚMERO DO 31 DE DEZEMBRO DE 2004
VALOR
ITENS INSTRUMENTO DE REMUNERAÇÃO VALOR SALDO A
HOMOLOGADO
HOMOLOGAÇÃO ACUMULADA AMORTIZADO AMORTIZAR

Perda de receita Resoluções nsº


480/02, 481/02 e
01/04 86.761 43.491 (67.094) 63.158
Energia Livre Resoluções nsº
01/04 e 45/04 35.073 9.917 (17.630) 27.360
121.834 53.408 (84.724) 90.518
Ativo circulante (34.445)
Realizável a longo prazo 56.073

Os valores relativos à perda de receita, foram registrados na rubrica “Consumidores e concessionárias”, do


ativo circulante e realizável a longo prazo.

Os valores referentes à energia livre, correspondem à energia elétrica gerada e não vinculada a contratos
iniciais ou equivalentes.

Por força do Acordo de Reembolso de Energia Livre, os geradores, amparados pelo art. 2º da Lei n.º 10.438,
efetuaram durante o período do PERCEE o pagamento integral da energia livre a eles alocada pelo MAE, a
preços de mercado (preços MAE), conforme as regras pré-estabelecidas.
As distribuidoras, alcançadas pela recomposição tarifária extraordinária, reembolsarão os geradores pela
diferença entre o Preço MAE e o valor de R$ 49,26 por MWh.

Os valores relativos a este reembolso foram apurados por meio de contabilização no MAE e rateados entre os
distribuidores de forma proporcional ao consumo individual verificado no âmbito do Sistema Elétrico
Interligado Nacional, inerente ao mercado de energia elétrica.

O montante dessa energia livre está sendo objeto de ressarcimento aos geradores, de acordo com a
Resolução 45, de 3 de março de 2004 e está sendo cobrada em conjunto com a Recomposição Tarifaria
Extraordinária - RTE no prazo de 73 meses, a partir de dezembro de 2001, com a seguinte composição:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
VALOR HOMOLOGADO 31 DE DEZEMBRO DE 2004
ITEM RESOLUÇÕES Nºs REMUNERAÇÃO TOTAL VALOR SALDO A
001/04 e 045/04 ACUMULADA ACUMULADO AMORTIZADO REPASSAR
Repasse de Energia Livre 35.073 9.917 44.990 (17.386) 27.604
35.073 9.917 44.990 (17.386) 27.604

A energia livre foi registrada, também, na rubrica “Consumidores e concessionárias”, do ativo circulante e
realizável a longo prazo, com contrapartida na conta de ”Receita Não Faturada.”

Para o mesmo montante foi registrada uma obrigação no passivo circulante e exigível a longo prazo na conta
de “Fornecedores de energia elétrica”, com o conseqüente débito à conta de resultado “Energia comprada
para revenda-curto prazo”.

13
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

Conforme citado na nota 6.1, os valores de energia livre podem estar sujeitos a modificação dependendo de
decisão dos processos judiciais em andamento, movidos por determinadas empresas do setor, relativas à
interpretação das regras do mercado.

7.2 – VARIAÇÃO DE ITENS DA PARCELA “A”

Os contratos de concessão de distribuição de energia elétrica estabelecem, na composição das tarifas


praticadas pelas Concessionárias, valores para cada item de custos exógenos, imputáveis à despesa
operacional, integrantes da variável denominada de Parcela “A”, da fórmula do “Índice de Reajuste Tarifário –
IRT”, demonstrados a seguir:

• Tarifa de repasse de potência proveniente de Itaipu Binacional;


• Tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu Binacional;
• Quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC;
• Tarifa de uso das instalações de transmissão, integrantes da rede básica;
• Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos;
• Encargos de Serviços de Sistema – ESS;
• Energia comprada estabelecida nos contratos iniciais;
• Quota de Reserva Global de Reversão – RGR;
• Taxa de Fiscalização de serviço de energia elétrica;
• Encargos de conexão; e
• Conta de Desenvolvimento Energético - CDE

Com o advento das Medidas Provisórias n.º 2.227 e n.º 14, (convertida na Lei n.º 10.438, de 26 de abril de
2002) de 4 de setembro de 2001 e 21 de dezembro de 2001, respectivamente e da Resolução ANEEL n.º 90,
de 18 de fevereiro de 2002, foi instituída uma conta gráfica, para registro da compensação de diferenças,
positivas ou negativas, entre o valor de cada item, desde a data do último reajuste tarifário e a de seu efetivo
pagamento.

Os registros foram realizados nas rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo tituladas como
“Despesas pagas antecipadamente”, que tiveram contrapartidas as contas de “Gastos operacionais”, por
natureza respectiva.

7.2.1 – COMPOSIÇÃO DA VARIAÇÃO DE ITENS DA “PARCELA A” HOMOLOGADO PELA ANEEL

Os valores da Parcela “A”, que serão recuperados após o final da RTE (perda e energia livre), apurados no
período de 1.º de janeiro a 25 de outubro de 2001 e computados na recomposição tarifária extraordinária
apresentam os seguintes saldos:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
VALOR HOMOLOGADO 31 DE DEZEMBRO DE 2004
ITEM RESOLUÇÕES Nºs REMUNERAÇÃO TOTAL VALOR SALDO A
482/02 e 001/04 ACUMULADA ACUMULADO AMORTIZADO AMORTIZAR

Parcela "A" 25.202 19.193 44.395 - 44.395


25.202 19.193 44.395 - 44.395

A Resolução ANEEL 1, de 12 de janeiro de 2004, introduziu alteração no procedimento relativo à recuperação


da Parcela ” A”, tendo conferido a extensão do período de vigência da RTE, pelo prazo necessário para atingir
o montante homologado, com a utilização do mesmo mecanismo, ou seja, aplicação de tarifário extraordinário

7.2.2 – CVA

Os valores registrados como variações dos itens da Parcela “A” – CVA, apurados a partir de 26 de outubro de
2001, estão compostos da seguinte forma:

14
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)
CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003
ATIVO CIRCULANTE
Despesas pagas antecipadamente
CVA 42.951 38.059 42.951 38.059
(-) CVA passiva (10.586) (13.853) (10.586) (13.853)
32.365 24.206 32.365 24.206
Outros - - 5 6
32.365 24.206 32.370 24.212
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Despesas pagas antecipadamente
CVA 11.174 21.613 11.174 21.613
Outros PIS/COFINS majoração de alíquota (*) 30.242 - 30.242 -
(-) CVA passiva (2.757) (1.412) (2.757) (1.412)
38.659 20.201 38.659 20.201
Parcela "A" 44.395 40.604 44.395 40.604
83.054 60.805 83.054 60.805

(*) A partir de dezembro de 2002 houve a majoração da alíquota do PIS que passou de 0,65% para 1,65%
e, a partir de fevereiro de 2004, da COFINS, passando de 3% para 7,6%. Essa majoração veio
acompanhada do princípio de não cumulatividade desses tributos. A ANEEL não reconheceu a majoração
das alíquotas desses tributos na tarifa de energia elétrica, cujos sobrecustos a Companhia vinha
contabilizando como despesa do PIS/COFINS. Com base no Oficio n.º 1482/ 2004 – SFF/SRE/ANEEL de
6 de setembro de 2004 a Companhia constituiu ativo regulatório do valor apurado entre as alíquotas e
sistemática anteriores com as atuais alíquotas e o princípio da não cumulatividade, desde as datas de
suas majorações.

De acordo com as disposições da Portaria Interministerial nº 116, de 4 de abril de 2003, o saldo da CVA será
incorporado nas tarifas de fornecimento de energia elétrica nos 24 meses subseqüentes ao reajuste tarifário
anual que ocorrer entre 8 de abril de 2004 e 7 de abril de 2005. A postergação abrange, na ENERSUL, ao
período de abril de 2002 a março de 2003, acrescido do montante a ser apurado nos 12 meses subseqüentes
aos reajustes de abril de 2003.

O demonstrativo da CVA homologada e em formação é como segue:

CONTROLADORA E
CVA CONSOLIDADO
2004
Homologada 30.353
Em formação 40.671
71.024

7.3. Encargo de Capacidade Emergencial

Instituído pela Medida Provisória nº 14 de 21 de dezembro de 2001, convertida na Lei n.º 10.438, de 26 de
abril de 2002, tem por objetivo a cobertura dos custos de necessários à contratação de capacidade de
geração ou potencia de energia elétrica, pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE. As
concessionárias distribuidoras de energia elétrica são responsáveis pelo faturamento desse encargo tarifário
que atinge a todas as classes consumidoras, exceto residencial classificada como baixa renda, tomando por
base o consumo individual verificado. A cobrança do encargo, na base de R$ 0,0067/kWh é integralmente
repassado à CBEE, de acordo com o valor arrecadado, líquido dos tributos gerados.

15
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

7.4 – REMUNERAÇÃO SELIC

De acordo com a legislação em vigor, os saldos de RTE e CVA são remunerados com base na taxa de juros
SELIC, tendo sido reconhecida nos resultados, os montantes de R$ 23.926 em 2004 (R$ 44.650 em 2003) na
controladora e no consolidado.

8 - CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA

A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002 estabeleceu as diretrizes para enquadramento na subclasse


residencial baixa renda, da unidade consumidora com consumo mensal inferior a 80kWh, tendo o Decreto n.º
4.336, de 15 de agosto de 2002, ampliado a regulamentação de enquadramento, para unidades consumidoras
com consumo mensal entre 80 e 220 kWh.

Em decorrência da nova classificação, a concessionária procedeu ao levantamento das perdas de receita,


tendo sido apurado e realizado o montante de R$ 12.090 em 31 de dezembro de 2004 (R$ 9.459 em 31 de
dezembro de 2003), excluído o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.

Em decorrência de pronunciamentos dos Fiscos estaduais, a exemplo do Parecer Normativo nº 03/2003,


publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo - ES, de 24 de novembro de 2003, emitido pela
Secretaria de Estado da Fazenda do ES, que declara tributável, pelo ICMS, a parcela subvencionada pelo
Governo Federal, excedente ao consumo residencial isento pela legislação estadual do ICMS (de 50
KWh/mês), a Administração, por prudência, constituiu provisão do provável passivo tributário de R$ 5.029 (R$
3.489 em 2003) com tributos e encargos.

Com a edição do Convênio ICMS n.º 78/04, publicado no Diário Oficial da União de 30 de setembro de 2004,
os Estados do Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, dentre outros, ficaram autorizados a dispensarem o ICMS
devido, relativo às parcelas de subvenção que relaciona com as operações de fornecimento de energia
elétrica a consumidores enquadrados na subclasse residencial baixa renda, para o período de 1.º de maio de
2002 a 29 de fevereiro de 2004. Dessa forma, a Administração promoveu a reversão da provisão atualizada
do passivo tributário de R$ 4.590. Pelo Decreto Nº 11.695, de 5 de outubro de 2004, o Governo do Estado de
Mato Grosso do Sul, ratificou os termos do Convênio ICMS n.º 78/04.

9. TRIBUTOS A COMPENSAR

A composição dos créditos a recuperar é a seguinte:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
TRIBUTOS A COMPENSAR 2004 2003
Imp.de Renda retido na fonte 2.880 1.323
IRPJ a recuperar 6.330 -
Contribuição Social s/Lucro Líquido 3.024 347
I.C.M.S. a recuperar 9.361 1.930
PIS a recuperar 758 798
Imp.de Renda remessa para o exterior 2.453 2.453
Outros 424 208
25.230 7.059

10. OUTROS CRÉDITOS - UTE CAMPO GRANDE

Durante o exercício de 2002, a Administração da Companhia decidiu pela alienação dos ativos integrantes do
projeto de construção da UTE – Campo Grande, tendo sido promovidos os levantamentos de todos os custos
incorridos, incluindo-se a própria Usina Termelétrica, Subestações e Linhas de Distribuição a ela associadas.

16
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

Apurados todos os custos, foi constituída provisão para redução ao valor de mercado do bem representativo –
a turbina geradora da UTE - passível de realização, ajustes que atingiram R$ 71.768, sendo R$ 49.829 em
2002 e R$ 21.939 em 2003.

Damos a seguir a movimentação ocorrida em 2004:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003
Saldo em 1.º de janeiro 49.116 25.891
Pagamentos 2.525 45.164
Comissão sobre venda 1.079 -
Ajuste ao valor de mercado (9.345) (21.939)
Valor da venda (43.375) -
Saldo em 31 de dezembro - 49.116

Em 22 de setembro de 2004, foi realizada a alienação do ativo representativo desse crédito, fato que propiciou
o reconhecimento fiscal do montante das provisões para redução ao valor de mercado realizadas.

De acordo com a legislação tributária em vigor, por ocasião dos registros das provisões de perdas, por
representarem adições temporárias, foram adicionadas à base de cálculo do lucro real.

Com a efetivação dessas perdas, decorrente do resultado da venda, processou-se a exclusão integral de seus
efeitos na base de cálculo citada (vide nota explicativa 24), cujo reflexo positivo no resultado, está
demonstrado a seguir:

Perdas registradas até 2003 (71.768)


Perdas registradas até 2004 (9.345)
Base para deduções (81.113)
Créditos fiscais
Imposto de renda 20.278
Contribuição social 7.300
Efeito no Resultado 27.578

Portanto, no exercício findo em 31 de dezembro de 2004, o efeito líquido no resultado foi de R$ 18.233.

11. CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOS

A composição desses ativos é a seguinte:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003
Realizável a longo prazo
Depósitos judiciais (vide nota explicativa 20) 43.246 31.132
Secretaria do Tesouro Nacional - Títulos Caucionados 5.391 6.303
48.637 37.435

17
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

12. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS

Os créditos fiscais incidentes sobre o prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e outros valores que
constituem diferenças temporárias para redução de carga tributária futura, foram reconhecidos tomando por
base projeções de rentabilidade futura da empresa, tendo como expectativa de realização no prazo máximo
de 10 anos.

Em decorrência das regras impostas pela instrução CVM n.º 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia
deixou de realizar o registro de novos créditos no montante de R$ 19.498.

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
ATIVO 2004 2003
Prejuízo fiscal 400.887 408.562
Adições temporárias
Cíveis 21.122 21.122
Trabalhistas 5.252 5.252
Fiscais 16.071 16.071
42.445 42.445
443.332 451.007
Alíquota 25% 25%
Imposto de renda 110.833 112.752

Base negativa de contribuição social 297.545 302.788


Adições temporárias
Cíveis 21.122 21.122
Trabalhistas 5.252 5.252
26.374 26.374
323.919 329.162
Alíquota 8% 8%
Contribuição social 25.914 26.333
Imposto de renda e Contribuição social 136.747 139.085
Ativo circulante (12.581) (7.608)
Realizável a longo prazo 124.166 131.477

Créditos contabilizados
CONTROLADORA E CONSOLIDADO
EXPECTATIVA TOTAL TOTAL
DE CIRCULANTE LONGO
REALIZAÇÃO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 PRAZO
Imposto de
Renda 9.251 12.499 16.259 15.522 15.429 17.482 19.905 4.486 101.582
Contribuição
Social 3.330 4.504 5.856 5.590 5.557 1.077 - 22.584
12.581 17.003 22.115 21.112 20.986 18.559 19.905 4.486 124.166

18
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)
Créditos não contabilizados

CONTROLADORA E
EXPECTATIVA DE REALIZAÇÃO CONSOLIDADO
ATÉ 2011
Imposto de Renda 14.957
Contribuição Social 4.541
19.498

A Companhia, com base no Parecer SRF COSIT n.º 26, de setembro de 2002 e decisões das 1ª, 2ª e 6ª
Superintendências Regionais da Receita Federal - SRF, defendeu, administrativamente, o direito de diferir os
tributos sobre a RTE (recuperação de perdas do racionamento e energia livre) bem como da energia de curto
prazo – MAE.

Através das intimações n.ºs 05, 24, 26 e 28 / 2004, a Companhia foi cientificada dos Acórdãos n.ºs 03.103 e
03.104 / 2003 e 03.136 e 03.137 / 2004, da Delegacia da Receita Federal de Julgamento, em Campo Grande
– MS, acatando o pedido de diferimento das receitas supra citadas para os tributos federais concernentes.

Diante deste fato, foram reconstituídos os créditos tributários, baixados em 2001, sendo reconhecidas as
seguintes dívidas tributárias diferidas:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
PASSIVO 2004 2003
Imposto de Renda 29.125 28.153
Contribuição Social 10.485 10.134
PIS 2.075 2.053
COFINS 9.561 7.848
51.246 48.188
Passivo circulante (24.040) (33.384)
Exigível a longo prazo 27.206 14.804

13. COLIGADAS, CONTROLADAS E CONTROLADORAS

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
ATIVO PASSIVO PASSIVO RESULTADO
OUTROS CRÉDITOS OUTROS DÉBITOS EMPRÉSTIMOS E ENERGIA COMPRADA
PARTE FINANCIAMENTOS PARA REVENDA
RELACIONADA 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003

ESCELSA 191 93 2.025 3.408 - - - -


MAGISTRA - - - - 66.063 136.145 - -
ENERTRADE - - - - - - 63.471 32.533
ESCELSAPAR - - 148 - - - - -
CESA 15 571 - - - - 12.953 121
COSTA RICA - - - - - - 8.565 7.223
206 664 2.173 3.408 66.063 136.145 84.989 39.877

19
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

13.1 - Outros débitos

As transações sob este título, referem-se, basicamente, a repasse de custos para a Controladora,
relativamente a atividades de cooperação administrativa, técnica e científica.

13.2 - Empréstimos e Financiamentos

O saldo das operações com a MAGISTRA, referem-se a contratos de mútuo celebrados com base em taxas
usuais de mercado para operações semelhantes. Os encargos financeiros no montante de R$ 18.670, estão
apresentados como despesas financeiras – encargos de dívidas.

13.3 ENERTRADE

Em 23 de dezembro de 2002, a ENERSUL assinou com a ENERTRADE – Comercializadora de Energia S.A.,


contrato de compra e venda de energia elétrica, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2003 a 31 de
dezembro de 2012, contemplando 35 MW médio, ao preço de R$ 80,21/MWh, aditado em 20 de março de
2003, ao preço de R$ 79,77/MWh base abril de 2002.

Os preços avençados, na base abril de 2002, foram estabelecidos de acordo com as regras sobre o Valor
Normativo – VN, constantes da Resolução ANEEL n.º 248, de 6 de maio de 2002, aplicável aos contratos à
época em que foram celebrados e submetidos a registro na ANEEL.

No processo da 1.ª Revisão Tarifária Periódica, em abril de 2003 a ENERSUL apresentou o contrato com a
ENERTRADE com o preço atualizado para março de 2003, ou seja, R$ 104,74/MWh, definido com base na
legislação vigente, pleiteando seu repasse para as tarifas de fornecimento. Entretanto, a ANEEL reconheceu
como preço limite de repasse o valor de R$ 84,33/MWh, na base março de 2003, equivalente à média de
preços para a Região Sudeste, em contratos de 6 (seis) anos, verificada no leilão das geradoras federais
ocorrido em 2002.

Em 25 de abril de 2003, interpôs recurso administrativo onde defendeu a aplicação integral dos valores
contratados, para fins de reconhecimento na tarifa, utilizando-se dos seguintes argumentos:

(i) ausência de base normativa para o reconhecimento de apenas R$ 84,33/MWh;

(ii) o custo de compra de energia elétrica limitado pela metodologia do VN deve ser repassado as
tarifas de energia elétrica conforme determinam a 5ª e 6ª sub-cláusula da cláusula 7ª do
Contrato de Concessão.

Através do Ofício n.º 1769/2003-SFF/ANEEL, de 29 de outubro de 2003, a ANEEL não aprovou o contrato,
reconhecendo do valor de R$ 79,48/MWh – preços de março de 2003.

A diferença de preços em questão, até 31 de dezembro de 2004, atingiu um montante de R$ 7.910, refletida
nas despesas operacionais.

Aguardam-se decisões administrativas dos recursos interpostos, cabendo, em caso de indeferimentos, a


busca de soluções judiciais.

13.4 COSTA RICA

A ENERSUL possui contrato de compra e venda de energia elétrica com vigência a partir de 1.º de março de
1999, contemplando, 10,33 MW médios, aditado em 6 de dezembro de 2004, com o preço de R$ 96,62 /
MWh.

20
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

14. INVESTIMENTOS

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003
Participações societárias:
Avaliadas por equivalência patrimonial:
COSTA RICA ENERGÉTICA LTDA 9.524 9.639

Informações adicionais sobre o investimento avaliado por equivalência patrimonial:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003

Espécie de participação quotas quotas


Quantidade total 14.318.185 14.318.185
Quantidade da Enersul 7.302.274 7.302.274
Valor do capital social 14.318 14.318
Valor do patrimônio líquido 18.675 18.900
Percentual de participação 51% 51%
Valor do investimento 9.524 9.639
Lucro líquido do exercício 5.275 4294
Percentual de participação 51% 51%
Resultado da equivalência patrimonial 2.690 2.190

21
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

15. IMOBILIZADO

CONTROLADORA CONSOLIDADO
Taxas anuais médias
2004 2003 de depreciação % 2004 2003
EM SERVIÇO:
Geração 70.309 59.555 2,99% 96.835 86.080
Distribuição 1.000.285 960.168 4,36% 1.000.285 960.168
Comercialização 3.678 3.276 9,92% 3.678 3.276
Administração 128.009 116.724 8,03% 128.009 116.724
Outros 1.868 1.868 3,80% 1.868 1.868
1.204.149 1.141.591 4,69% 1.230.675 1.168.116
(-) Depreciação
Geração (49.743) (39.231) (54.024) (42.778)
Distribuição (409.958) (378.672) (409.958) (378.672)
Comercialização (1.133) (789) (1.133) (789)
Administração (63.004) (54.185) (63.004) (54.185)
Outros (1.172) (1.101) (1.172) (1.101)
(525.010) (473.978) (529.291) (477.525)
679.139 667.613 701.384 690.591

EM CURSO:
Geração 437 1.659 437 1.659
Distribuição 67.604 42.147 67.604 42.147
Comercialização - 438 - 438
Administração 11.674 11.174 11.674 11.174
79.715 55.418 79.715 55.418
758.854 723.031 781.099 746.009

Obrigações vinculadas à
concessão (126.003) (103.194) (126.003) (103.194)
632.851 619.837 655.096 642.815

A composição das obrigações vinculada à concessão é como segue:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003

Contribuição do consumidor 34.491 29.402


Doações e subvenções 56.110 47.415
Participação do Estado 24.885 24.228
Participação da União 10.517 2.149
126.003 103.194

São obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e representam,


fundamentalmente, valores da União, doações não condicionadas a qualquer retorno em favor do doador e as
subvenções e contribuições recebidas de consumidores destinadas a investimentos no serviço público de
energia elétrica na atividade de distribuição.

22
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

O prazo de vencimento dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador, cuja quitação
ocorrerá ao final da concessão.

As principais taxas de depreciação por macroatividade, de acordo com a Resolução ANEEL n.º 044, de 17 de
março de 1999, são as seguintes:

Taxas anuais de
PRODUÇÃO depreciação (%)
Equipamento geral 10,0
Equipamento da tomada d'água 3,7
Estrutura da tomada d'água 4,0
Reservatórios, barragens e adutoras 2,0
Turbina hidráulica 2,5
TRANSMISSÃO
Condutor do sistema 2,5
Equipamento geral 10,0
Estrutura do sistema 2,5
Religadores 4,3
DISTRIBUIÇÃO
Barra de capacitores 6,7
Chave de distribuição 6,7
Condutor do sistema 5,0
Estrutura do sistema 5,0
Regulador de tensão 4,8
Transformador 5,0
COMERCIALIZAÇÃO 4,0
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
Máquinas e equipamentos 10,0
Edificações obras civis e benfeitorias 4,0
Veículos 20,0

De acordo com a Instrução Contábil 6.3.10, item 4, do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia
Elétrica e a Instrução CVM n.º 193, de 11 de julho de 1996, foram transferidos para o ativo imobilizado em
curso os seguintes valores:

CONTROLADORA
2004 2003
Distribuição Distribuição
Encargos financeiros contabilizados no resultado 77.878 92.690
(-) transferência para o imobilizado em curso (2.432) (1.605)
Efeito líquido no resultado 75.446 91.085

Efeitos inflacionários contabilizados no resultado (1.454) (9.690)


(-) transferência para o imobilizado em curso (402) (319)
Efeito líquido no resultado (1.856) (10.009)

23
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

CONSOLIDADO
2004 2003
Produção Distribuição Total Produção Distribuição Total
Encargos financeiros contabilizados no resultado 375 77.878 78.253 406 92.690 93.096
(-) transferência para imobilizado em curso - (2.432) (2.432) - (1.605) (1.605)
Efeito líquido no resultado 375 75.446 75.821 406 91.085 91.491

Efeito inflacionário contabilizado no resultado 105 (1.454) (1.349) 83 (9.690) (9.607)


(-) transferência para imobilizado em curso - (402) (402) - (319) (319)
Efeito líquido no resultado 105 (1.856) (1.751) 83 (10.009) (9.926)

Dos bens vinculados à concessão

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n.º 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na
produção, transmissão, distribuição, inclusive comercialização, são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados,
alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador.

A Resolução ANEEL n.º 20/99, regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia
Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à
alienação, determinando, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na
concessão.

A concessão foi outorgada através de Decreto de 3 de dezembro de 1997, publicado no Diário Oficial da União de 4 de
dezembro de 1997, com prazo até 4 de dezembro de 2027, podendo ser prorrogado na forma da lei.

16. FORNECEDORES

A composição dos créditos é a seguinte:

CONTROLADORA CONSOLIDADO
CIRCULANTE 2004 2003 2004 2003
Fornecimento de Energia Elétrica:
ENERTRADE 10.049 3.883 10.049 3.883
TRACTEBEL 8.423 12.816 8.423 12.816
ITAIPU 10.092 10.762 10.092 10.762
Uso da linha de transmissão, MAE e ASMAE 8.111 3.977 8.111 3.977
Energia livre 10.678 9.998 10.678 9.998
Outras (Cesp,Cemat,Caiuá,Costa Rica,Cesa) 7.734 6.823 6.865 6.227
55.087 48.259 54.218 47.663
Fornecedores de materiais e serviços 17.186 10.845 17.200 10.845
72.273 59.104 71.418 58.508

LONGO PRAZO
Fornecimento de Energia Elétrica:
Energia livre 16.926 25.510 16.926 25.510
16.926 25.510 16.926 25.510

24
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

17. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CORRENTES


CONTROLADORA CONSOLIDADO
TRIBUTOS 2004 2003 2004 2003
Imposto de renda - 1.358 53 1.405
Contribuição social - 442 36 472
ICMS 21.104 19.329 21.104 19.329
PIS 981 708 991 717
COFINS 4.519 2.309 4.567 2.349
INSS, FGTS, ISSQN e outros 1.871 (8.425) 1.877 (8.425)
28.475 15.721 28.628 15.847

18. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

CONTROLADORA
AMORTIZAÇÃO 2004 2003
TAXA MÉDIA DE
FINANCIADOR
ENCARGOS TIPO PERÍODO
Encargos Circulante Longo Prazo Encargos Circulante Longo Prazo
Moeda Nacional:
ELETROBRAS 6,0% a 12,0% M 12/97 até 05/22 100 7.191 32.812 107 13.010 34.266
BNDES TJLP + 3.85% M 09/01 até 02/08 189 14.220 30.808 240 13.717 43.437
BNDES TJLP + 4.00% M 02/00 até 04/04 - - - 1 327 -
BNDES-Acordo setor SELIC+1,0% M 02/02 até 12/08 382 13.644 67.557 475 11.383 75.555
BCO BRASIL - FCO 11,20% M 11/04 até 11/13 277 3.333 26.389 572 278 29.722
BNDES TJLP + 4.00% M 10/04 até 09/07 114 9.786 17.125 83 1.609 17.703
CONTA GARANTIDA 110,0% A 116,0%CDI M 10/02 até 05/05 50 29.228 - 39 20.000 -
SAFRA 112,0% CDI M 05/04 até 06/05 23 19.828 - - - -
FUNDAÇÃO ENERSUL 10% M 07/98 até 06/08 202 3.999 13.960 116 2.957 16.707
BNDES CVA SELIC+1,0% M 05/04 até 04/06 180 15.212 5.713 0 6.681 15.955
1.517 116.441 194.364 1.633 69.962 233.345
Moeda Estrangeira:
BRADESCO (*) 6,50% a 6,90% M 11/02 até 11/04 - - - 587 19.839 -
UNIBANCO (*) 10,85% a 11,40% U 03/04 - - - 4.557 16.322 -
UNIBANCO (*) 2,4% a 5,0% M 04/04 até 03/06 166 7.933 1.986 - - -
EUROPEAN INV BANK LIBOR tri+4,0% a 5,0% S 12/02 até 03/09 126 7.818 20.125 152 8.510 30.416
STN-DMLP LIBOR sem+4,5% a 8,2% S 10/96 até 04/24 336 2.956 30.791 400 3.218 36.732
BBA FMO (*) 8,90% S 03/02 até 09/07 194 5.567 3.807 331 5.383 8.124
ITAÚ (*) 3,0% a 4,0% U 03/05 950 44.608 - - - -
B.B.V (*) - BRADESCO 11,55% M 12/03 até 11/05 805 7.502 - 88 7.529 6.902
BNDES 4,00% M 11/04 até 10/07 30 2.180 3.996 121 281 4.779
SANTANDER (*) 2,40% a 4,05% U 12/05 41 28.331 - - - -
2.648 106.895 60.705 6.236 61.082 86.953
4.165 223.336 255.069 7.869 131.044 320.298
Encargos a longo prazo
B.B.V (*) - BRADESCO - - - 80 - -
UNIBANCO (*) 36 - - - - -
36 - - 80 - -
4.201 223.336 255.069 7.949 131.044 320.298

25
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

CONSOLIDADO
AMORTIZAÇÃO 2004 2003
TAXA MÉDIA DE
FINANCIADOR
ENCARGOS TIPO PERÍODO
Encargos Circulante Longo Prazo Encargos Circulante Longo Prazo

Moeda Nacional:
ELETROBRAS 6,0% a 12,0% M 12/97 até 05/22 168 7.715 36.654 248 13.452 38.455
BNDES TJLP + 3.85% M 09/01 até 02/08 189 14.220 30.808 240 13.717 43.437
BNDES TJLP + 4.00% M 02/00 até 04/04 - - - 1 327 -
BNDES-Acordo setor SELIC+1,0% M 02/02 até 12/08 382 13.644 67.557 475 11.383 75.555
BCO BRASIL - FCO 11,20% M 11/04 até 11/13 277 3.333 26.389 572 278 29.722
BNDES TJLP + 4.00% M 10/04 até 09/07 114 9.786 17.125 83 1.609 17.703
CONTA GARANTIDA 110,0% A 116,0%CDI M 10/02 até 05/05 50 29.228 - 39 20.000 -
SAFRA 112,0% CDI M 05/04 até 06/05 23 19.828 - - - -
FUNDAÇÃO ENERSUL 10% M 07/98 até 06/08 202 3.999 13.960 116 2.957 16.707
BNDES CVA SELIC+1,0% M 05/04 até 04/06 180 15.212 5.713 0 6.681 15.955
1.585 116.965 198.206 1.774 70.404 237.534

Moeda Estrangeira:
BRADESCO (*) 6,50% a 6,90% M 11/02 até 11/04 - - - 587 19.839 -
UNIBANCO (*) 10,85% a 11,40% U 03/04 - - - 4.557 16.322 -
UNIBANCO (*) 2,4% a 5,0% M 04/04 até 03/06 166 7.933 1.986 - - -
EUROPEAN INV BANK LIBOR tri+4,0% a 5,0% S 12/02 até 03/09 126 7.818 20.125 152 8.510 30.416
STN-DMLP LIBOR sem+4,5% a 8,2% S 10/96 até 04/24 336 2.956 30.791 400 3.218 36.732
BBA FMO (*) 8,90% S 03/02 até 09/07 194 5.567 3.807 331 5.383 8.124
ITAÚ (*) 3,0% a 4,0% U 03/05 950 44.608 - - - -
B.B.V (*) - BRADESCO 11,55% M 12/03 até 11/05 805 7.502 - 88 7.529 6.902
BNDES 4,00% M 11/04 até 10/07 30 2.180 3.996 121 281 4.779
SANTANDER (*) 2,40% a 4,05% U 12/05 41 28.331 -
2.648 106.895 60.705 6.236 61.082 86.953

4.233 223.860 258.911 8.010 131.486 324.487


Encargos a longo prazo
B.B.V (*) - BRADESCO - - - 80 - -
UNIBANCO (*) 36 - - - - -
36 - - 80 - -
4.269 223.860 258.911 8.090 131.486 324.487

(*) Empréstimos com proteção por Contratos de Obrigações Recíprocas decorrentes de variações de
índices/taxas (SWAP), contra eventuais oscilações de taxas de câmbio.
Os empréstimos com a ELETROBRÁS, BNDES, UNIBANCO e Banco do Brasil - FCO, estão garantidos com
contas vinculadas de seus recebíveis. Os empréstimos da ENERSUL com a Secretaria do Tesouro Nacional -
STN estão garantidos por débito em conta, por recebíveis, pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e
parte em caução em dinheiro. Os demais estão garantidos por notas promissórias

a) Composição do principal dos empréstimos e financiamentos por moeda:

CONTROLADORA CONSOLIDADO
2004 2003 2004 2003

Moeda Nacional 310.805 303.307 315.171 307.938


Moeda Estrangeira 167.600 148.035 167.600 148.035
478.405 451.342 482.771 455.973

26
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

b) Os principais indicadores utilizados para a atualização de empréstimos tiveram as seguintes variações


percentuais:

Moedas / Indicadores 2004 2003


US$ x R$ -8,13% -18,23%
TJLP 9,75% 11,00%
SELIC 16,24% 23,38%
CDI 16,17% 23,25%

c) O vencimento das parcelas a curto e longo prazos, pode ser demonstrado como segue:

Vencimento CONTROLADORA CONSOLIDADO


Tipo de moeda
Circulante Nacional Estrangeira Total Nacional Estrangeira Total
2005 116.441 106.895 223.336 116.965 106.895 223.860
Longo prazo
2006 57.277 16.549 73.826 57.732 16.549 74.281
2007 55.541 13.627 69.168 55.996 13.627 69.623
2008 43.698 6.381 50.079 44.153 6.381 50.534
2009 7.210 2.232 9.442 7.665 2.232 9.897
2010 7.210 1.704 8.914 7.665 1.704 9.369
2011 7.210 1.704 8.914 7.665 1.704 9.369
2012 6.152 1.254 7.406 6.607 1.254 7.861
2013 4.396 804 5.200 4.851 804 5.655
2014 1.340 399 1.739 1.542 399 1.941
Após 2014 4.330 16.053 20.383 4.330 16.053 20.383
194.364 60.705 255.069 198.206 60.705 258.911
310.805 167.600 478.405 315.171 167.600 482.771

19. TAXAS REGULAMENTARES

As obrigações a recolher, derivadas de encargos do consumidor estabelecidos pela legislação do setor


elétrico, são as seguintes:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
ENCARGO 2004 2003

Quota de Reserva Global de Reversão-RGR 1.970 3.544


Quota da Conta de Consumo de Combustível-CCC 2.703 536
Quota de desenvolvimento energético - CDE 1.352 949
Taxa de Fiscalização - ANEEL 129 88
6.154 5.117

27
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

20. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003
Contingência Valor da Provisão Depósito Valor da Provisão Depósito
No período Acumulada Judicial (*) No período Acumulada Judicial (*)
Longo prazo:
Trabalhista 1.719 10.818 5.212 4.119 9.099 3.351
Cíveis 1.039 7.928 870 (450) 6.889 189
Fiscais 1.732 36.655 37.164 8.552 34.923 27.592
4.490 55.401 43.246 12.221 50.911 31.132

A administração entende que todas as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas
com os processos em andamento. Com base na opinião de nossos consultores legais foram provisionados
todos os processos judiciais, cuja probabilidade de êxito foi estimada como remota para a companhia.

Adicionalmente, existem processos de naturezas trabalhistas, cíveis e fiscais em andamento em um montante


total de R$ 6.713 (R$ 2.152 em 2003), cuja probabilidade de êxito foi estimada como possível e nenhuma
provisão foi registrada nas demonstrações contábeis.

Contingências Trabalhistas

Referem-se a diversas ações trabalhistas que questionam, entre outros, pagamento de horas extras,
adicionais de periculosidade e reintegração;
Contingências Cíveis
As contingências cíveis englobam processos nos quais a Companhia é ré, sendo grande parte associada a
pleitos de danos morais e materiais, além de questionamento dos valores pagos por consumidores,
provenientes da majoração de tarifas de energia elétrica, com base nas portarias do DNAEE n.ºs 38 e 45 de
27 de janeiro e 4 de março de 1986, respectivamente, durante a vigência do Plano Cruzado.

Contingências Fiscais

O saldo da provisão refere-se, basicamente, a depósitos em juízo contra a União Federal arguindo a
inconstitucionalidade da cobrança do PIS sobre o faturamento, tendo em vista o disposto no parágrafo 3º do
artigo 155 da Constituição Federal. A Companhia deposita e provisiona também, valor questionado sobre as
ações por alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS.

21. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

O capital social em 31 de dezembro de 2004 é de R$ 463.415. Estatutariamente a Companhia está autorizada


a operar com um capital de até 25.000.000 mil de ações ordinárias nominativas, sem valor nominal e com
direito a voto e até 50.000.000 mil de ações preferenciais “A” ou “B”, ambas nominativas, sem valor nominal
e sem direito a voto.

Deste total estão subscritas e integralizadas 53.137.012 mil de ações, sendo 20.754.648 mil ordinárias,
342.126 mil preferenciais “A” e 32.040.238 mil preferenciais “B”, com a seguinte composição acionária:

28
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

ON - % PNA - % PNB - % Total - %

Magistra Participações S.A. 87,86 76,39 50,40 65,20


Wisteria Holdings LLC 4,76 2,92 31,98 21,16
Empresa Electrica Pilmaiquen S.A 4,49 - 8,50 6,88
Fundação ENERSUL 1,76 - 1,14 1,37
Outros 1,13 20,69 7,98 5,39
100,00 100,00 100,00 100,00

O Estatuto da Companhia assegura dividendos mínimos 25% do lucro líquido ajustado na forma da Lei, para
distribuição entre todos os acionistas.

As ações preferenciais Classe "A" terão prioridade no reembolso de capital, sem prêmio e na distribuição de
dividendos mínimos de 10% ao ano, sobre o capital integralizado representado por essa classe de ações.

As ações preferenciais Classe "B" farão jus a dividendos 10% maiores do que os que forem atribuídos às
ações ordinárias e terão prioridade no reembolso de capital, sem prêmio, em caso de dissolução, após
integralmente reembolsadas as ações preferenciais Classe "A".

As ações preferenciais Classe "A" poderão ser convertidas em ações preferenciais Classe “B", vedada a
conversão destas ações naquelas e a conversão de quaisquer ações preferenciais em Ações Ordinárias ou
vice-versa.

Composição das reservas:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
2004 2003
RESERVA DE CAPITAL
Juros de obras em andamento 1.650 1.650
1.650 1.650
RESERVAS DE LUCROS
Legal 3.586 -
Retenção de lucros 51.093 -
54.679 -

De acordo com o Estatuto da Companhia, são assegurados dividendos mínimos de 25% do lucro líquido
ajustado, para distribuição entre todos os acionistas.

Em 2004 a Companhia propôs distribuição de dividendos, no montante de R$ 17.031, eqüivalentes a R$


0,29880, para as ações ordinárias, R$ 0,87211 para as ações preferenciais “A” e R$ 0,32868 para as ações
preferenciais “B”, por lote de mil ações, calculado como a seguir demonstrado:

29
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

2004
Lucro líquido do exercício 93.783
Prejuízos acumulados (22.073)
Reserva legal (3.586)
Lucro base para cálculo dos dividendos 68.124
Dividendos propostos (17.031)
Constituição de reserva de retenção de lucros 51.093

A retenção de lucros foi feita em conformidade com o art. 196, da Lei nº 6.404/76 e corresponde a parcela a
ser aplicada no programa de investimentos da Companhia, integrante do orçamento a ser aprovado pela
assembléia geral ordinária que deliberar sobre as demonstrações financeiras

22. FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

CONTROLADORA E CONSOLIDADO
Nº de Consumidores(*) MWh(*) R$ mil
Fornecimento: 2004 2003 2004 2003 2004 2003
Residencial 525.497 503.544 911.937 872.138 327.819 265.152
Industrial 4.430 4.451 579.615 654.157 128.401 113.775
Comércio, Serviços e Outras Atividades 54.620 53.279 584.535 547.150 191.840 153.923
Rural 48.165 45.839 307.741 290.949 62.782 49.452
Poder Público 6.045 5.790 141.978 133.618 48.928 38.186
Iluminação Pública 143 103 158.681 138.999 26.047 15.030
Serviço Público 674 639 147.267 142.527 24.395 20.286
Consumo Próprio 177 184 6.393 6.349 - -
Fornecimento não Faturado - - - - 8.820 7.166
Fornecimento não Faturado - baixa renda - - - - 12.090 9.459
Reposicionamento tarifário - - - - 41.341 35.219
Ativo regulatório - - - - - 4.376
639.751 613.829 2.838.147 2.785.887 872.463 712.024
Suprimento:
Convencional 2 3 11.975 30.174 2.159 4.750
Curto prazo - - - - - (513)
2 3 11.975 30.174 2.159 4.237
639.753 613.832 2.850.122 2.816.061 874.622 716.261
ICMS - - - - (154.258) (121.010)
TOTAL 639.753 613.832 2.850.122 2.816.061 720.364 595.251

(*) Não auditado

30
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

23. GASTOS OPERACIONAIS

Os custos e despesas operacionais especificados na Demonstração do Resultado do Exercício, possuem a


seguinte composição por natureza de gastos:

CONTROLADORA
CUSTO DO SERVIÇO DESPESAS OPERACIONAIS TOTAL

COM
DE PRESTADO A COM GERAIS E
NATUREZA DO GASTO ENERGIA OUTRAS 2004 2003
OPERAÇÃO TERCEIRO VENDAS ADMINIST.
ELÉTRICA

Energia elétrica comprada para revenda 254.761 - - - - - 254.761 222.349

Encargo de uso sist.de transm.e distr. 62.189 - - - - - 62.189 44.179

Pessoal e administradores - 40.125 - - 18.926 - 59.051 51.986

Entidade de previdência privada - 1.246 - - 510 - 1.756 1.442

Material - 5.468 - - 4.370 - 9.838 7.920


Matéria-prima e insumos p/produção energia
elétrica - 4.034 - - - - 4.034 3.741
Serviços de terceiro - 30.934 - - 8.198 - 39.132 29.842

Depreciação e amortização - 45.064 - - 9.828 71 54.963 54.606

Provisões - 7.986 - - - - 7.986 3.614

Quota de CCC - - - - - 21.947 21.947 21.407

Quota de CDE - - - - - 17.624 17.624 8.319

Outras - 1.515 802 146 6.063 2.140 10.666 20.711

TOTAL 316.950 136.372 802 146 47.895 41.782 543.947 470.116

CONSOLIDADO

CUSTO DO SERVIÇO DESPESAS OPERACIONAIS TOTAL

COM
PRESTADO A COM GERAIS E
NATUREZA DO GASTO ENERGIA DE OPERAÇÃO OUTRAS 2004 2003
TERCEIRO VENDAS ADMINIST.
ELÉTRICA

Energia elétrica comprada para revenda 246.196 - - - - - 246.196 215.126

Encargo de uso sist.de transm.e distr. 62.189 - - 62.189 44.179

Pessoal e administradores - 40.125 - - 18.926 - 59.051 51.986

Entidade de previdência privada - 1.246 - - 510 - 1.756 1.442

Material - 5.497 - - 4.370 - 9.867 7.922


Matéria-prima e insumos p/produção energia
elétrica - 4.034 - - - - 4.034 3.741
Serviços de terceiro - 31.222 - - 8.198 - 39.420 30.843

Depreciação e amortização - 45.799 - - 9.828 71 55.698 55.311

Provisões - 7.986 - - - - 7.986 3.614

Quota de CCC - - - - - 21.947 21.947 21.407

Quota de CDE - - - - - 17.624 17.624 8.319

Outras - 1.568 802 146 6.063 2.140 10.719 20.751

TOTAL 308.385 137.477 802 146 47.895 41.782 536.487 464.641

31
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

24. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

CONTROLADORA
2004 2003
IR CS IR CS
Lucro antes do Imposto de renda e
da contribuição social 108.471 108.471 33.152 33.152
Alíquota tributária 25% 9% 25% 9%
27.118 9.762 8.288 2.984
ADIÇÕES (EXCLUSÕES)
Equivalência Patrimonial (2.690) (2.690) (2.190) (2.190)
Outras adições 21.135 11.296 - -
Exclusão perdas UTE Campo Grande (81.113) (81.113) 27.795 19.812
(62.668) (72.507) 25.605 17.622

Alíquota tributária 25% 9% 25% 9%


(15.667) (6.526) 6.401 1.586
Efeito no resultado 11.451 3.237 14.689 4.570

25. PLANO DE APOSENTADORIA

A Companhia é patrocinadora da FUNDAÇÃO ENERSUL, sociedade civil sem fins lucrativos que tem por
finalidade principal a complementação dos benefícios concedidos pela previdência social aos empregados da
Companhia, através de dois planos de benefícios: o Plano Inicial operando desde 1989 na modalidade de
“benefício definido” e o Plano de Benefícios II que iniciou suas atividades em maio de 2002 e está estruturado
na modalidade Benefício Definido para os Benefícios de Risco, que contemplam a Aposentadoria por
Invalidez e a Pensão por Morte de Participante Ativo, e na modalidade Contribuição Definida para os
Benefícios Programados, englobando as Aposentadorias Normal e Antecipada.

Apresenta-se, a seguir, a demonstração do número de participantes por tipo de Plano:

PLANO I PLANO II TOTAL


Participantes Ativos 2 900 902
Participantes assistidos:
Aposentados 253 7 260
Pensionistas 72 3 75
325 10 335
327 910 1.237

A quantidade de participantes ativos do plano II é composta de 585 participantes que migraram do plano I, e
de 315 novos participantes.

Na qualidade de patrocinadora, a ENERSUL contribui com uma parcela mensal proporcional a contribuição
realizada pelos participantes da FUNDAÇÃO ENERSUL de acordo com o estabelecido em cada plano de
benefícios, sendo o percentual máximo de contribuição da Companhia, considerando os dois planos, limitado
7% da folha de pagamento. No exercício de 2004 a ENERSUL contribuiu com R$ 1.755 (R$ 1.442 em 2003).

32
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

Apresentamos, a seguir, a demonstração comparativa das Reservas:

2004 2003
RESERVAS TÉCNICAS
Reservas Matemáticas:
Benefícios concedidos 63.646 60.816
Benefícios a conceder 68.549 59.176
132.195 119.992
SUPERÁVIT TÉCNICO
Reserva de contingência 7.935 3.368
Fundos previdenciários 42.752 38.936
50.687 42.304
182.882 162.296

Conforme estabelecido pela Deliberação CVM n.º 371/2000, de 13 de dezembro de 2000, a partir de 1.º de
janeiro de 2002, as companhias abertas estão obrigadas a contabilizar passivos oriundos de benefícios pós-
emprego, com base nas regras estabelecidas no Pronunciamento NPC n.º 26, do IBRACON.

Para atendimento à essa exigência a ENERSUL contratou atuários independentes, para realização de
avaliação atuarial desses benefícios, segundo o Método da Unidade de Crédito Projetado.

Como decorrência dessa avaliação foram identificados os seguintes planos de benefícios:

• Plano de Previdência Complementar dos Empregados da ENERSUL


• Plano de Benefícios II

As principais premissas utilizadas na avaliação atuarial dos benefícios foram as seguintes:

2004 2003
ECONÔMICAS TAXAS NOMINAIS
Taxa de desconto 10,76% a a 10,76% a a
Taxa de retorno esperado dos ativos 12,81% a a 11,96% a a
Crescimentos salariais futuros 6,08% a a 6,08% a a
Crescimento dos benefícios da previdência social 4,00% a a 4,00% a a
Inflação 4,00% a a 4,00% a a
Fator de capacidade - salários 100% 100%
Fator de capacidade - benefícios 98% 98%
DEMOGRÁFICAS
Tábua de mortalidade AT-2000 GAM-71 Modificada
Tábua de mortalidade inválidos MI8 5M RRB 1944
Tábua de entrada em invalidez TASA-1927 RRB 1944
Tábua de rotatividade Não utilizada Experiência do atuários

A avaliação atuarial mostrou que, no plano previdenciário, o valor justo dos ativos supera o valor presente das
obrigações atuariais, conforme demostrado a seguir:

33
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

2004 2003
Valor presente das obrigações atuariais
total ou parcialmente cobertas (57.252) (53.412)
Valor justo dos ativos 98.941 85.885
SUB-TOTAL 41.689 32.473
Valor líquido dos ganhos atuariais (22.242) (16.428)
19.447 16.045

A administração da companhia, nos termos da legislação e normativos em vigor, não registrou esse superávit

O valor justo dos ativos utilizado para fins de cálculo do resultado da avaliação atuarial não inclui os valores a
receber da ENERSUL, decorrentes de confissão de dívida, no montante de R$ 18.161. Considerando este
direito da Fundação no referido cálculo, o superávit no balanço aumentaria para R$ 37.608.

A movimentação dos ganhos, no exercício de 2004 está resumida a seguir:

2004 2003
Ativo no início do exercício 16.045 15.972
Receitas para o período 4.769 1.449
Contribuições reais da empresa no período 19 20
Transferência do Fundo Patronal para o Plano II (1.386) (1.396)
Ativo no final do exercício 19.447 16.045

26. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES

Na rubrica de pessoal encontra-se incluído o valor de R$ 3.038 (R$ 2.445 em 2003), referente a remuneração
dos administradores.

27. SEGUROS ( Não auditado)

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está demonstrada a seguir:

IMPORTÂNCIA VALOR DO
RISCOS VIGÊNCIA
SEGURADA PRÊMIO
Equipamento nomeados 24/06/2004 a 23/06/2005 106.236 99
Responsabilidade civil 24/06/2004 a 23/06/2006 4.770 76

Equipamentos nomeados

Na apólice contratada foram destacadas as subestações e usinas, nomeando os principais equipamentos com
seus respectivos valores segurados e seus limites máximos de indenização. Possui cobertura securitária
básica tais como incêndio, queda de raios e explosão de qualquer natureza, vendaval, furacão, pequenas
obras de engenharia, cobertura adicional contra possíveis danos elétricos, riscos para equipamentos
eletrônicos e informática.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

Responsabilidade civil

Cobertura às reparações por danos involuntários, pessoais e/ou materiais causados a terceiros, em
conseqüência das operações comerciais e/ou industriais da Companhia.

28. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os negócios da Companhia compreendem a geração e distribuição de energia para os consumidores de sua


área de concessão, o Estado do Mato Grosso do Sul, portanto, os instrumentos financeiros significativos estão
relacionados às seguintes transações:

• Os saldos de contas a receber e a pagar a longo prazo estão relacionados à recomposição tarifária
extraordinária e, portanto, não estão sujeitos a ajuste a valor de mercado .

• A participação societária refere-se a investimentos na Costa Rica Energética Ltda, não cotada no
mercado.

• A Companhia adota a prática de celebrar contratos de "swap" junto a instituições financeiras, a fim de
reduzir os riscos de taxa de câmbio e de taxa de juros, conforme comentado a seguir.

28. 1 - Risco de taxa de câmbio e taxa de juros

A Companhia possuía, em 31 de dezembro de 2004, operações com derivativos, representados por contratos
de obrigações recíprocas (SWAP) com troca de índices, conforme mencionados na nota explicativa 18. Estes
índices são o CDI mais juros de 0,95% a.a. à 3,00% a.a. que resultou em perda financeira de R$ 15.124,
registrada na rubrica de variações monetárias, em função da valorização do Real.

SALDO ANTES SALDO APÓS


DO SWAP O SWAP RESULTADO
Empréstimos e financiamentos 86.802 101.926 15.124

Demais ativos e passivos financeiros estão representados no balanço patrimonial pelos valores de custo e
respectivas apropriações de receitas e despesas, os quais se aproximam dos valores de mercado.

Para o restante dos contratos, estima-se que os seus valores de realização ou de mercado, sejam iguais ou
próximos aos dos registros contábeis, face às características peculiares dessas captações e da
impossibilidade de determinar o valor de mercado para esse tipo de instrumento financeiro.

Para determinação dessa estimativa, a Administração das Companhias considerou as evidências dos riscos
inerentes aos negócios sociais, a estratégia e as medidas de gestão visando gerir o serviço da dívida.

28.2. – Risco de Crédito

Quanto ao risco de crédito, surge a possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da
dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Para reduzir esse tipo de risco, a Companhia
tem o direito de interromper o fornecimento de energia caso o cliente deixe de realizar seus pagamentos,
dentro de parâmetros e prazos definidos pela legislação e regulamentação específicas. A provisão para
créditos de liquidação duvidosa é estabelecida em montante julgado suficiente, pela Administração da
Companhia, para cobrir possíveis riscos de realização das contas a receber.

35
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

29. PROGRAMA NACIONAL DE UNIVERSALIZAÇÃO

Através da Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, o Governo Federal instituiu o Programa Nacional de
Universalização, visando proporcionar o acesso ao serviço público de energia elétrica a toda a população,
com carga até 50 kW sem ônus, até 2013, como meta da ENERSUL

Na área urbana foram realizados atendimentos em todos os municípios da área de Concessão, de acordo
com a Resolução 223/ANEEL, de 29 de abril de 2003, com investimentos de R$ 6.873, para atendimento a
23.778 domicílios.

Como forma de antecipar o atendimento a parcela da população de menor renda da área rural o Governo
Federal instituiu através do Decreto nº 4.873, de 11de novembro de 2003, o Programa – “Luz para Todos”,
visando proporcionar o acesso ao serviço público de energia elétrica até 2008.

A Companhia está definida como agente executora do Programa, ou seja, é compulsoriamente responsável
pela sua execução.
Dentro do regulamento instituído pelo Governo Federal, através do Ministério das Minas e Energia - MME, foi
assinado em 21 de maio de 2004, Termo de Compromisso entre o Ministério de Minas e Energia, Governo do
Estado e ENERSUL, com a interveniência da ELETROBRÁs e ANEEL, para implementação do atendimento
de 19.326 consumidores na área rural da concessão da Companhia, no período de julho de 2004 a dezembro
de 2006, e terá financiamento de 35% do valor aplicável (RGR), 40% Recursos de Subvenção Econômica
(CDE), 15% Agente Executor e 10% Governo do Estado.
Para a sua execução foram assinados os seguintes instrumentos:

• Em 21 de maio de 2004, foi firmado contrato de financiamento com a ELETROBRÁS ECF-0024/04, no


valor global de R$ 44.231, sendo R$ 17.545 de recursos da RGR (financiamento), R$ 20.051 de recursos
da CDE (fundo perdido) e R$ 6.635 (Agente Executor), para atendimento a 6.810 domicílios.

• Em 14 de junho de 2004, foram firmados os primeiros contratos com a ELETROBRÁS UPP`s


0025/0026/0027 e 0028/04, relativos aos Projetos Pioneiros, no valor total de R$ 1.368 sendo R$ 1.163
de recursos da CDE (Fundo Perdido) e R$ 205 (Agente Executor), para atendimento a 292 domicílios.

• Em 22 de julho de 2004, foi firmado Convênio Nº 002/04 com o Governo do Estado do Mato Grosso do
Sul, no valor de R$ 5.898 sendo R$ 5.452 de recursos do Estado (Fundo Perdido) e R$ 445 (Agente
Executor), para atendimento a 926 domicílios.

Nesta primeira etapa, da aplicação prevista de R$ 51.497, para atendimento a 8.028 domicilios da área rural,
foram realizados R$ 29.423 correspondente a 4.014 domicílios.

Desta forma, a Companhia investiu no ano de 2004 R$ 36.296 para atendimento a 29.349 novos clientes,
sendo 23.778 domicílios na área urbana e 5.571 domicílios na área rural.

30. NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO

Ao final do exercício de 2003, a expectativa no setor de energia elétrica, era com a regulamentação geral e a
implantação do novo modelo do setor estabelecido pelas Medidas Provisórias, nºs 144 e 145 que, em 15 de
março de 2004, foram transformadas nas Leis n.ºs 10.847 e 10.848, respectivamente, publicadas em 16 de
março de 2004, estabelecendo assim o Novo Modelo do Setor de Energia.

Nesse Novo Modelo a comercialização de energia elétrica entre os agentes do setor será feita em dois
ambientes de contratação: (i) Ambiente de Contratação Regulada – ACR, onde as concessionárias
distribuidoras irão contratar 100% das suas necessidades previstas para atendimento aos consumidores
cativos, através de leilão público de venda de energia por um pool de Geradores; e (ii) Ambiente de
Contratação Livre – ACL, no qual os Consumidores Livres, Comercializadores e Geradores irão contratar
energia a preços livremente negociados entre as partes.

36
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

As Distribuidoras poderão ainda contratar energia para ajustes de desvios das suas necessidades através de
leilões regulados promovidos por elas mesmas.

O Novo Modelo elimina o Self-dealing (auto contratação), as Distribuidoras somente poderão vender energia
para os consumidores cativos, ficando estabelecida a necessidade de desverticalização da empresa,
separando, as atividades de Distribuição daquelas de Geração e Transmissão, no prazo de 18 meses a contar
da data de publicação da Lei n.º 10.848. Entretanto, este prazo poderá ser prorrogado pela ANEEL, uma única
vez, por igual período, se efetivamente comprovada a impossibilidade de cumprimento das disposições, por
decorrencia de fatores alheios à vontade das concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços
públicos.
Em 7 de dezembro de 2004, conforme previsto no Novo Modelo do Setor Elétrico, foi realizado o Leilão de
Energia Elétrica de Empreendimentos Existentes, tendo por objetivo a venda de energia elétrica proveniente
de empreendimentos existentes para atendimento às necessidades de mercado das Distribuidoras a partir de
Janeiro/2005, Janeiro/2006 e Janeiro/2007, sendo todos os contratos com duração de 8 anos.

A ENERSUL, para atender às suas necessidades de distribuição adquiriu energia elétrica de 11 geradoras
para os contratos 2005/2012, de 12 geradoras para os contratos de 2006/2013 e de 9 geradoras para os
contratos de 2007/2014, de acordo com o quadro a seguir:

% DA NECESSIDADE PREÇO MÉDIO (*)


PERÍODO DE SUPRIMENTO MWh DECLARADA R$/MWh
2005 a 2012 8.561.121 101,84 57,51
2006 a 2013 9.766.380 101,06 67,33
2007 a 2014 1.461.156 102,37 75,46

(*) Preços de janeiro de 2005 em unidades de reais

31. REESTRUTURAÇÃO SOCIETÁRIA


Em 19 de abril de 2004, a ESCELSA e a controlada ENERSUL promoveram a divulgação de Fato Relevante,
versando sobre pedido de anuência prévia à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para, nos termos
da legislação em vigor, promover reestruturação societária.
A citada divulgação possui o seguinte teor:

FATO RELEVANTE

As administrações de EDP BRASIL S.A. ("EDP Brasil"), BANDEIRANTE ENERGIA S.A. ("Bandeirante"),
IVEN S.A. ("Iven"), ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. – ESCELSA ("Escelsa") e EMPRESA
ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. – ENERSUL ("Enersul") (EDP Brasil, Bandeirante, Iven,
Escelsa e Enersul são designadas conjuntamente como as “Companhias”), nos termos e para os fins da
o
Instrução CVM n. 358, de 03.01.2002, vêm a público informar que protocolizaram, nesta data, perante a
Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), pedido de autorização prévia para realização de
reorganização societária (a “Reorganização”), que objetivará, notadamente, simplificar a estrutura societária
das Companhias, capturar sinergias e consolidar exclusivamente na EDP Brasil a liquidez e a dispersão dos
valores mobiliários de emissão das Companhias. A EDP Brasil pretende, oportunamente, aderir ao segmento
do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo. A Reorganização integra-se no processo em curso que
visa ao crescimento auto-sustentado das empresas EDP no Brasil. A Reorganização não acarreta alteração
indireta do controle das Companhias, atualmente detido pelo Grupo EDP.

A Reorganização englobará as etapas descritas a seguir, as quais, sujeito à autorização prévia da ANEEL,
pretende-se que ocorram na mesma data, mas sucessivamente e na seguinte ordem:
(i) incorporação pela Enersul do investimento e ágio registrado na sua controladora direta;
(ii) incorporação da Iven pela Escelsa;
(iii) incorporação, pela Escelsa, das ações da Enersul não detidas pela incorporadora; e
(iv) incorporação, pela EDP Brasil, das ações da Escelsa e da Bandeirante não detidas pela
incorporadora.

37
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

A EDP Brasil já iniciou a preparação dos documentos necessários ao seu registro como companhia aberta e à
admissão da negociação de suas ações no segmento do Novo Mercado. Na forma da legislação aplicável,
serão contratadas empresas especializadas para apurar os valores econômicos das Companhias, que
servirão de base para determinação das relações de substituição das ações dos acionistas não controladores,
bem como para elaborar os laudos de avaliação dos patrimônios líquidos contábeis e dos patrimônios líquidos
a preços de mercado das Companhias.
Sujeito à obtenção de anuência prévia da ANEEL, pretende-se implementar e concluir a Reorganização no
segundo semestre de 2004, quando será então publicado fato relevante para os fins da Instrução CVM n.o
319, de 03.12.1999.

Nessa mesma linha, as Empresas divulgaram em 22 de dezembro de 2004, novo Fato Relevante:

FATO RELEVANTE

As administrações de EDP BRASIL S.A. ("EDP Brasil"), BANDEIRANTE ENERGIA S.A. ("Bandeirante"),
IVEN S.A. ("Iven"), ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. – ESCELSA ("Escelsa") e EMPRESA
ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. – ENERSUL ("Enersul") (EDP Brasil, Bandeirante, Iven,
Escelsa e Enersul são designadas conjuntamente como as “Companhias”), nos termos e para os fins da
o
Instrução CVM n. 358, de 03.01.2002, divulgaram em 19 de abril de 2004 Fato Relevante informando sobre a
apresentação, à Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), de pedido de autorização prévia para a
implementação de uma reorganização societária envolvendo as Companhias (“Reorganização”).

Em complementação ao Fato Relevante divulgado em 19 de abril de 2004, as Companhias vêm a público


informar que a Reorganização permanece em fase de estudos e análises e, sujeito à obtenção de anuência

prévia da ANEEL, deverá vir a ser implementada em 2005, quando será então publicado fato relevante para
os fins da Instrução CVM n.o 319, de 03.12.1999.

Até o fim do exercício aguardava-se manifestação daquela Agência Reguladora sobre o assunto.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
DIRETORIA
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ANTÓNIO EDUARDO DA SILVA OLIVA JORGE MANUEL MOREIRA MARTINS


DIRETOR-PRESIDENTE DIRETOR COMERCIAL

MANUEL FERNANDO DAS NEVES BENTO SÉRGIO PEREIRA PIRES


DIRETOR TÉCNICO DIRETOR ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO
E DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ANTONIO CARLOS FERREIRA SOUZA DIOMEDES HIROCHI YASUNAKA


SUPERINTENDENTE DE CONTROLADORIA CONTADOR CRC-MS N.º 003106/O-6
CONTADOR CRC-ES Nº 004740/O2 C.P.F. – MF N.º 105.460.221-20

38
EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. - ENERSUL
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR ATIVIDADE DOS EXERCÍCIOS AN
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de reais)
ATIV. NÃO VINCUL.
PRODUÇÃO (*) DISTRIBUIÇÃO (*) CONCESSÃO(*) TOTAL
2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003
RECEITA OPERACIONAL
Fornecimento de energia elétrica........................................................ 22.259 22.942 879.170 710.188 901.429 733.130
Suprimento de energia elétrica........................................................... - - 2.159 4.237 2.159 4.237
Disponibilização do sistema de distribuição........................................ - - 12.255 2.550 12.255 2.550
Outras receitas................................................................................... 4.505 3.512 7.590 5.062 12.095 8.574
26.764 26.454 901.174 722.037 - - 927.938 748.491
Deduções a receita operacional
PIS/COFINS....................................................................................... - - (29.176) (30.014) (29.176) (30.014)
ICMS sobre energia elétrica................................................................ - - (154.258) (121.010) (154.258) (121.010)
ISSQN e outras.................................................................................. - - (29.020) (21.112) (29.020) (21.112)
Quota para Reserva Global de Reversão - RGR................................ (668) (688) (13.688) (12.082) (14.356) (12.770)
(668) (688) (226.142) (184.218) - - (226.810) (184.906)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 26.096 25.766 675.032 537.819 - - 701.128 563.585
CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA
Custo com energia elétrica
Energia elétrica comprada para revenda............................................ - - (254.761) (222.349) (254.761) (222.349)
Encargo de uso do sistema de transmissão e distribuição.................. - - (62.189) (44.179) (62.189) (44.179)
- - (316.950) (266.528) - - (316.950) (266.528)
Custo de operação
Pessoal e administradores.................................................................. (1.451) (1.136) (38.674) (35.892) (40.125) (37.028)
Entidade de previdência privada......................................................... (67) (51) (1.179) (988) (1.246) (1.039)
Material............................................................................................... (281) (218) (5.187) (3.833) (5.468) (4.051)
Materia-prima e insumos para produção de energia elétrica............... (4.034) (3.741) - - (4.034) (3.741)
Conta de consumo de combustível - CCC.......................................... - - (21.947) (21.407) (21.947) (21.407)
Conta de desenvolvimento energético - CDE...................................... - - (17.624) (8.319) (17.624) (8.319)
Serviços de terceiros.......................................................................... (1.085) (977) (29.849) (21.919) (30.934) (22.896)
Depreciação e amortização................................................................ (1.940) (1.789) (43.124) (42.537) (45.064) (44.326)
Provisões............................................................................................ - - (7.986) (3.614) (7.986) (3.614)
Outras despesas................................................................................ (23) (20) (1.492) (6.858) (1.515) (6.878)
(8.881) (7.932) (167.062) (145.367) - - (175.943) (153.299)
Custo do serviço prestado a terceiros.............................................. - - (802) (1.054) (802) (1.054)
(8.881) (7.932) (484.814) (412.949) - - (493.695) (420.881)
Lucro operacional bruto.............................................................. 17.215 17.834 190.218 124.870 - - 207.433 142.704
Despesas operacionais
Despesas com vendas....................................................................... - - (146) (80) (146) (80)
Despesas gerais e administrativas..................................................... (1.714) (1.660) (46.110) (45.925) (71) (71) (47.895) (47.656)
Outras despesas operacionais........................................................... (651) (316) (1.560) (1.183) (2.211) (1.499)
(2.365) (1.976) (47.816) (47.188) (71) (71) (50.252) (49.235)
RESULTADO DO SERVIÇO 14.850 15.858 142.402 77.682 (71) (71) 157.181 93.469
RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS - - - - 2.690 2.190 2.690 2.190
RECEITAS FINANCEIRAS
Renda de aplicações financeiras........................................................ (24) 17 (635) 486 (659) 503
Variação monetária e acréscimo moratório-energia vendida............... - - 14.645 13.830 14.645 13.830
SELIC Ativo regulatório...................................................................... - - 23.926 44.650 23.926 44.650
Outras................................................................................................ 60 62 1.947 1.285 2.007 1.347
36 79 39.883 60.251 - - 39.919 60.330
DESPESAS FINANCEIRAS
Variação monetária e acréscimo moratório-energia comprada........... - - - (314) - (314)
Variação monetária de empréstimos e financiamentos....................... 74 294 1.782 9.715 1.856 10.009
Encargos de dívidas........................................................................... (2.777) (3.180) (72.669) (87.905) (75.446) (91.085)
SELIC Ativo regulatório...................................................................... - - (6.147) (9.263) (6.147) (9.263)
Outras................................................................................................ (116) (298) (866) (7.041) (982) (7.339)
(2.819) (3.184) (77.900) (94.808) - - (80.719) (97.992)
RESULTADO FINANCEIRO (2.783) (3.105) (38.017) (34.557) - - (40.800) (37.662)
RESULTADO OPERACIONAL 12.067 12.753 104.385 43.125 2.619 2.119 119.071 57.997
Receita não operacional..................................................................... 92 176 2.523 2.029 2.615 2.205
Despesa não operacional................................................................... (1.562) (1.304) (2.308) (2.944) (9.345) (22.802) (13.215) (27.050)
RESULTADO NÃO OPERACIONAL (1.470) (1.128) 215 (915) (9.345) (22.802) (10.600) (24.845)
LUCRO(PREJUÍZO) ANTES DA CONT. SOCIAL E I. RENDA 10.597 11.625 104.600 42.210 (6.726) (20.683) 108.471 33.152
Contribuição social.............................................................................. (316) (1.603) (3.122) (5.818) 201 2.851 (3.237) (4.570)
Imposto de renda................................................................................ (1.119) (5.151) (11.042) (18.702) 710 9.164 (11.451) (14.689)
LUCRO LÍQUIDO(PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 9.162 4.871 90.436 17.690 (5.815) (8.668) 93.783 13.893
LUCRO(PREJUÍZO) POR MIL AÇÕES - R$ 0,17 0,09 1,70 0,33 (0,11) (0,16) 1,76 0,26
(*) Não auditado

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