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Relatorio LLV PDF
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Relatórios
2005/2006
5º Ano – 2º Semestre
DEMEGI – SMA – LEM
Docentes
Beatriz Graça
Jorge Seabra
José D. Rodrigues
Luís A. Ferreira
Ramiro Martins
Elaborado por:
Introdução
A cadeira de Laboratório de Lubrificação e Vibrações, através de trabalhos práticos
realizados em laboratório, pretende introduzir os estudantes a técnicas experimentais de
análise de lubrificantes, avarias de superfície e análise de vibrações.
Este relatório final da disciplina é composto pelos vários relatórios dos trabalhos
práticos executados durante as aulas.
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2005/2006 2005/2006
Trabalhos Práticos
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2005/2006 Lubrificação 2005/2006 Lubrificação
Lubrificação
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2005/2006 L1 – Medição da Viscosidade e da Densidade de um Óleo Lubrificante a Várias Temperaturas 2005/2006 L1 – Medição da Viscosidade e da Densidade de um Óleo Lubrificante a Várias Temperaturas
L1 – Medição da Viscosidade e da
Densidade de um Óleo Lubrificante a Várias
Temperaturas
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F U
τ= =η
A h
Objectivo
A unidade de viscosidade absoluta, também conhecida por viscosidade dinâmica, é
Medição da viscosidade cinemática de um óleo lubrificante, a várias temperaturas, no medida em Pa*s (Pascal.segundo) no Sistema Internacional. Esta unidade também é
2
viscosímetro de ENGLER e determinação das constantes para as expressões de variação da conhecida por N.s/m .
viscosidade cinemática com a temperatura (fórmula ASTM D341 e expressão de Vogel). Quando se utiliza o efeito da gravidade para causar o escoamento do fluído, fala-se da
viscosidade cinemática (ν), que é inversamente proporcional à massa volúmica do fluído (ρ).
Assim, a expressão ν = η/ρ fornece a viscosidade cinemática em m /s, que por razões
2
2
superiores, o mm /s corresponde exactamente a cSt (centiStokes), que é a unidade
Fundamentos teóricos geralmente utilizada.
Viscosidade
F du
τ= =η
A dy
du U
= Fig. 2 - Determinação do Índice de Viscosidade
dy h
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No entanto, é possível produzir óleos mais sensíveis à temperatura do que os que se Viscosímetro de ENGLER
encontram abrangidos pela referência VI=0, ou outros menos sensíveis do que os que figuram
com a referência VI=100, obtendo-se assim valores VI abaixo de zero ou acima de 100, O viscosímetro de ENGLER (ver norma IP 212/92 em anexo), é composto por um
respectivamente. recipiente onde se introduz a amostra de lubrificante a analisar, que tem um orifício na base
que se obstrui ou abre através de um ponteiro de madeira. Para aquecer e manter o lubrificante
A viscosidade de todos os óleos diminui com o aumento da temperatura, mas a dos a uma determinada temperatura este recipiente é englobado por outro que contém um líquido
óleos com um alto índice de viscosidade não varia tanto como a dos que têm um baixo VI, para (água ou óleo) que é aquecido através de uma resistência eléctrica. Estes dois recipientes
idênticas amplitudes de variação. encontram-se apoiados num tripé que permite nivelar o aparelho. Existem dois termómetros
para controlar a temperatura (um para o banho e outro para o lubrificante).
A diminuição da viscosidade de um óleo está normalmente associada à contaminação
por um fluído de menor viscosidade (solvente, combustível, etc.). Por outro lado, um aumento Segundo a norma IP 212/92 (Método de Engler - ver Figura 4), a viscosidade é
de viscosidade poderá ser o resultado da oxidação do próprio lubrificante ou da presença de determinada medindo o tempo em segundos, necessário para um determinado volume de
produtos insolúveis no óleo. lubrificante a uma dada temperatura controlada, fluir através de um orifício e perfazer 200 ml de
um balão graduado. Esse valor é posteriormente convertido em grau Engler e utilizando uma
expressão é depois convertido em unidades de centistokes (cSt).
Os principais produtos insolúveis que se podem encontrar num óleo lubrificante são:
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Para a realização deste trabalho são necessários os seguintes elementos: Log ⋅ Log (ν + c ) = m − n ⋅ Log (T )
• Viscosímetro de ENGLER;
Onde ν é a viscosidade (em cSt) à temperatura T (em graus Kelvin).
• Um recipiente graduado (até 200 ml);
As constantes c, m e n determinam-se normalmente conhecidas as viscosidades
medidas para as temperaturas de 40ºC e 100ºC. Normalmente, para ºEngler > 3, c=0.7.
• Um cronómetro (com resolução mínima de 0.1 s);
• ≈ 250 ml do lubrificante a analisar (Éster – Bio Gear – ISO VG100). Com os dois pares de valores conhecidos de ν e T. E considerando c=0.7, pode-se
calcular n pela seguinte equação:
⎡ Log (υ 0 + c ) ⎤
Log ⎢ ⎥
⎣ Log (υ1 + c ) ⎦ , T em ºK
Etapas do trabalho
n=
A realização do trabalho consta das seguintes etapas: ⎛T ⎞
Log ⎜⎜ 1 ⎟⎟
1º - Cronometrar o tempo de escoamento de 200 ml de água a 20ºC; ⎝ T0 ⎠
Determinação dos graus ENGLER e respectiva conversão para cSt b) Expressão de Vogel:
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⎧ θ1 − θ 2 θ1 Lnυ1 − θ 2 Lnυ 2 a) Tapar o orifício do recipiente e colocar o fluído (cerca de 250 ml) no seu interior
⎪c = Lnυ − Lnυ ⋅ LnK − Lnυ − Lnυ até cobrir os três pontos de referência existentes;
⎪ 1 2 1 2
⎨ b) Ligar a resistência eléctrica para aquecer o fluído para a temperatura de
⎪c = θ − θ θ Ln υ − θ Ln υ3
1 3
⋅ LnK − 1 1 3
análise. A temperatura do banho aquece mais rapidamente que a temperatura
⎩⎪ Lnυ1 − Lnυ 3 Lnυ1 − Lnυ 3 do fluído em análise, que tem alguma inércia térmica. Por isso, deve-se
desligar a resistência quando a temperatura do banho for a temperatura
pretendida para a análise, deixando estabilizar a temperatura do sistema,
E finalmente, o valor de b: embora se possa verificar que a temperatura do fluído em análise seja muito
inferior;
⎧ ⎛ υ1 ⎞
⎪b = (θ1 + c ) ⋅ Ln⎜ ⎟
c) Colocar o recipiente graduado por baixo do orifício, e quando a temperatura
⎝K⎠ estiver estabilizada, abrir o orifício e simultaneamente iniciar a cronometragem;
⎪
⎪⎪ ⎛ υ2 ⎞
⎨b = (θ 2 + c ) ⋅ Ln⎜ ⎟
d) Quando o fluído atingir os 200 ml, parar a cronometragem e em seguida tapar
o orifício.
⎪ ⎝K⎠
⎪ ⎛υ ⎞ As operações de a) a d) repetem-se para cada temperatura de ensaio.
⎪b = (θ 3 + c ) ⋅ Ln⎜ 3 ⎟
⎩⎪ ⎝K⎠ Quando há determinação de viscosidade a várias temperaturas, devem-se fazer os
ensaios por ordem crescente de temperaturas.
Procedimentos de análise
Foi cronometrado o tempo, em segundos, que demorou a verter 200ml de óleo para as
3 temperaturas escolhidas, 40ºC, 70ºC e 100ºC. Como a temperatura final e inicial de cada
ensaio não era igual, variava um pouco, fez-se uma média dessas temperaturas.
Fig. 5 - Viscosímetro de Engler (DIN 51560 / ASTM D 1665) De seguida, foi calculado ºEngler para cada temperatura, tomando como tempo de
escoamento de água 49,3 segundos.
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Posteriormente fez-se a conversão de ºEngler para cSt pelas equações apresentadas Ainda assim, podemos desenhar as duas curvas da variação da viscosidade cinemática
na página 13, tendo em conta se o ºEngler é superior ou inferior a 3. com a temperatura, para fórmula ASTM D341 e pela expressão de Vogel, figura 7.
Com estes dados foi possível calcular a viscosidade para cada temperatura pelas
equações apresentadas na página 14,
Pela fórmula ASTM D341, em que se considerou c=0,7, embora que para 100ºC
ºEngler fosse ligeiramente inferior a 3, calcularam-se as restantes constantes m e n, utilizando Fig. 7 - Variação da viscosidade cinemática com a temperatura - gráfico feito no MatLab a partir do programa
as viscosidades conhecidas para 40ºC e 100ºC. Viscosidade.m disponivel nos conteúdos da página da disciplina de Tribologia 2005/2006
c 0,7 Conclusão
m 7,290066076
n 2,794948947 Podemos concluir que a viscosidade cinemática diminui com o aumento da
Tabela 2 - Constantes da fórmula ASTM D341
temperatura.
Para um uso adequado da expressão de Vogel, uma vez que se trata de uma função
Pela expressão de Vogel, calculamos as constantes K, b e c: exponencial, é necessário efectuar vários ensaios para a mesma temperatura de forma a
refinar os dados que serão utilizados no cálculo das constantes da expressão. Obtendo-se
assim resultados mais satisfatórios do que os apresentados neste relatório. Que apesar de
K 1,83E-08
serem valores dispares dos desejados, as curvas obtidas da viscosidade cinemática em função
b 14980,53 da temperatura são bastante próximas.
c 623,9353
Tabela 3 - Constantes calculadas para a expressão de Vogel
Bibliografia
Estes valores são bastante afastados relativamente aos valores de referência: c=100 e
b=1000. Trabalhos Práticos de Lubrificação – TPL1 – Medição da Viscosidade e da Densidade
de um óleo Lubrificante a Várias Temperaturas, J. Castro e J. Seabra, Porto e FEUP, Janeiro
Note-se porém que apenas se efectuou um ensaio a cada temperatura, o que torna os de 2005
resultados imprecisos uma vez que a expressão de Vogel é exponencial e o aumento ou
diminuição de 1ºC na temperatura altera os valores de forma significativa. Norma IP 212/92 – Determination of viscosity of bitumen emulsions – Engler method
Para se obterem resultados mais precisos teríamos de efectuar um mínimo de 3 Análise de Lubrificantes – Princípios Básicos, Beatriz Graça e Jorge Seabra, Porto e
ensaios a cada temperatura e depois fazer a média dos valores obtidos. Obtendo-se assim um FEUP, Janeiro de 2004
resultado mais conciso.
Apontamentos de Tribologia 2005/2006 – Jorge Seabra
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Objectivo
Fundamentos teóricos
Densidade Fig. 8 - Densimetro Anton Paar (DMA 35N) e Cronómetro – CETRIB – FEUP
141.5 • Densimetro;
Graus A.P.I . = − 131.5
Densidade
• ≈ 2ml do lubrificante a analisar (Éster – Bio Gear – ISO VG100).
Verifica-se portanto que, quando aumentam os graus A.P.I., os valores representativos
da densidade diminuem. Como a densidade se modifica em resultado de variações térmicas,
as suas determinações são normalmente efectuadas a temperaturas controladas, ou então Etapas do trabalho
corrigidas por meio de tabelas, de acordo com a temperatura prescrita para o ensaio utilizado.
Dada a rapidez e prontidão com que podem ser feitas as determinações de densidade, A realização do trabalho consta das seguintes etapas
esta é muito usada como elemento de controlo pelas refinarias. Uma das suas principais
aplicações é o cálculo de peso de um dado volume de óleo expresso em quilos por litro ou 1º - Fazer 3 medidas de densidade do lubrificante. Uma com a amostra à
noutras unidades. temperatura ambiente. A segunda após a realização da 1ª medida de
É também possível obter elementos relativos ao tipo de rama de que provém a fracção viscosidade (40ºC) e finalmente após a realização da 2ª medida de
do óleo lubrificante, desde que se disponha de elementos complementares sobre a destilação viscosidade (70ºC) medir a densidade e a temperatura do fluído. Registar
ou viscosidade dessa fracção. Por exemplo, tratando-se de produtos da mesma viscosidade, sempre a temperatura do lubrificante (que é indicada no visor);
os óleos parafínicos têm um peso específico mais baixo (e um A.P.I. mais elevado) do que os
óleos nafténicos. 2º - Determinar o coeficiente de expansão térmica e verificar a linearidade da
No ensaio de óleos usados, particularmente dos utilizados em motores, as alterações variação da densidade do lubrificante com a temperatura;
na densidade podem ser indicativas de diluição pelo combustível, o que provoca um
abaixamento nesta (elevando os valores A.P.I.), ou da presença de partículas carbonosas ou 3º - Determinar as viscosidades dinâmicas correspondentes às medições
de produtos de oxidação que originem a subida da referida densidade. Evidentemente, será efectuadas de viscosidade cinemática.
necessário obter elementos analíticos adicionais para justificar as alterações na densidade,
visto algumas alterações terem tendência para se compensarem entre si.
ρ 0 = ρ ref [1 − α (Tref − T0 )]
Densímetro
A temperatura da amostra não deve ser superior a 100ºC nem inferior a 0ºC. No ρref – massa específica de referência à temperatura de referência Tref
entanto o aparelho de medida só determina eficazmente a densidade para temperaturas até (normalmente a 15ºC), ou neste caso a medida à temperatura ambiente);
40ºC.
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α – coeficiente de expansão térmica. Viscosidade dinâmica para cada uma das viscosidades cinemáticas calculadas na
primeira parte deste trabalho.
Os resultados obtidos com este dispositivo não são muito precisos, pois a temperatura μ=f(T)
diminuiu durante o ensaio, o que faz com que se altere o valor da massa específica
visualizada, o que torna o valor obtido um pouco impreciso. 1200
1000
0,958
800
μ [cP]
0,956 600
0,954 400
Densidade [g/cm ]
3
200
0,952
0
0,95 0 20 40 60 80 100 120 140 160
T [ºC]
0,948
0,946
Fig. 10 - Viscosidade dinâmica em função da temperatura
0,944
21 26 31 36 41
y = -0,0007x + 0,9734 Temperatura [ºC] d=f(T) Conclusão
R2 = 0,9983 Linear (d=f(T))
Apesar deste ser um método expedito para a determinação da massa específica de um
Fig. 9 - Variação da densidade com a temperatura óleo para uma determinada temperatura, o facto de a temperatura não ser constante durante o
ensaio gera valores pouco rigorosos. Porém, com aproximações bastante razoáveis.
Sendo o declive da linha de tendência o coeficiente de expansão térmica, α= -0,0007.
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Bibliografia
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Os rolamentos de rolos cónicos possuem pistas cónicas nos anéis interno e externo,
entre as quais são dispostos rolos cónicos. As linhas de projecção de todas as superfícies
cónicas convergem num ponto comum no eixo do rolamento. O seu design torna estes
rolamentos especialmente adequados para suportar a combinação de cargas axiais e radiais.
Em geral, os rolamentos de rolos cónicos são separáveis, ou seja, o cone, que consiste
no anel interno com conjunto de gaiola e rolos, pode ser montado separadamente da capa
(anel externo).
Fig. 12 - Máquina de 4 esferas do CETRIB – FEUP Fig. 13 - Pormenor da montagem na máquina de 4 esferas
Note-se que a máquina não admite cargas axiais superirores a 300Kgf para a
velocidade de 20000rpm ou cargas axiais superiores a 800Kgf para a velocidade de 1500rpm.
A carga e a velocidade podem ser alteradas em funcionamento sem necessidade de para o
ensaio, figura 14.
Deve-se ter em conta também as limitações dos rolamentos utilizados no ensaio, quer
em termos de carga axial quer em termos de velocidade de rotação.
Máquina de 4 esferas
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Momento de atrito
Trabalho experimental
O momento de atrito M é a resistência que o rolamento cria contra o seu movimento.
Depende da solicitação, da rotação e da viscosidade do lubrificante. Pode-se diferenciar pela Lista de Material
parcela M0, independente de solicitação e de uma parcela M1, dependente de solicitação. Sob
uma solicitação elevada e uma rotação reduzida pode surgir para M0 e M1, uma considerável • Máquina de 4 esferas • 4 anilhas
parcela de atrito misto. Com uma película de lubrificação o momento de atrito, M, é formado só
por M0 e M1, ou seja: • Rolamento • 2 cavilhas
Sendo:
f 0 – coeficiente que considera o tipo de construção e o tipo construtivo do rolamento Preparação da máquina de 4 esferas
f 0 = 3 – (para rolamentos de rolos cónicos – série 302) 1 - Aquecimento (procedimento a efectuar sempre que a máquina de 4 esferas esteja
inactiva durante algumas horas)
Como o rolamento gira sobre o eixo vertical, devemos multiplicar o valor de f0 por 2, logo:
1.1 - Ligar a alimentação da máquina de 4 esferas utilizando o manípulo que se
f0 = 6 encontra na parte posterior da mesma (para cima);
N – velocidade de rotação, [rpm] 1.5 - Seleccionar no potenciómetro da velocidade MOTOR SPEED um valor inferior
a 50;
A parcela do momento de atrito depende da solicitação M1. É obtido do atrito de 1.6 - Seleccionar no potenciómetro do nível de vibração VIBRATION um valor
rolagem e do atrito de deslizamento nos rebordos e nas áreas de guia da gaiola. inferior a 400;
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1.13 - Após aproximadamente 30 minutos (1800 segundos) pressionar o botão STOP 4 - Introduzir a anilha separadora com o auxílio
para parar a máquina; do “saca rolamentos”. Cuidado para não
danificar o rebordo de vedação do porta
1.14 - O aquecimento da máquina de 4 esferas está completo. rolamentos;
2.4 - Destravar o potenciómetro ZERO e rodar por de forma a que a agulha no 10 - Aparafusar a tampa com os 4 parafusos. Num dos parafusos ligar o termopar para
mostrador do zero não acuse desvio; medição da temperatura;
2.5 - Para obter maior precisão no ajuste pressionando o botão ZERO FINE centrar
novamente o ponteiro para zero; Montagem do conjunto na máquina de 4 esferas
2.6 - Travar o potenciómetro do zero; 1 - Colocar o conjunto na máquina de 4 esferas, tendo especial atenção para que o veio
que transmite movimento ao anel interior seja introduzido correctamente no veio da
árvore da máquina de 4 esferas;
Ajuste do final de escala
2 - Mantendo o conjunto suspenso, colocar o aquecedor por debaixo do mesmo, com
especial atenção para não deslocar o rolamento que se encontra por baixo;
2.7 - Escolher o valor de escala (mV) a utilizar na impressora;
3 - Aplicar a pré-carga de 600 g ao braço;
2.8 - Aplicar um peso de valor conhecido, por exemplo 500 g, sobre o peso de
précarga; 4 - Colocar no braço de carga os pesos correspondentes ao esforço axial pretendido no
rolamento;
2.9 - Destravar o potenciómetro SPAN; 5 - Remover o travão e baixar o braço de carga muito suavemente para não deformar
plasticamente o rolamento;
2.10 - Utilizando o potenciómetro SPAN obrigar a caneta e deslocar-se para o final de
escala do papel; 6 - Verificar se o conjunto roda livremente, se está centrado, se está paralelo a um plano
horizontal e se todas as peças aparentam estar bem montadas;
2.11 - Travar o potenciómetro;
7 - Ligar o termopar;
2.12 - Remover o peso adicional.
Preparação do registador
Montagem do rolamento
1 - Ligar a impressora (MAIN POWER);
1 - Retirar o rolamento do saco com especial cuidado para não o deixar cair; 2 - Escolher a velocidade de translação do papel da impressora e tomar nota do seu valor
(normalmente 10cm/hora);
2 - Lavar todas as peças com solvente (por exemplo hexano): rolamento, caixa, tampa,
anilhas e parafusos, braço porta rolamentos, anilha para suporte da pista interior do 3 - Escolher a escala da magnitude do binário e tomar nota do seu valor;
rolamento;
4 - Ligar a uma ponta da corda de nylon que atravessa o transdutor o pino do braço do
3 - Deixar secar convenientemente. Não passar com qualquer tipo de pano ou papel porta rolamentos e à outra ponta o peso de 600g (ver Fig.2.1);
absorvente;
5 - Accionar o botão POWER ON/OFF que liga o movimento do rolo;
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3 - Finalização
6 - Colocar o interruptor na posição ZERO e acertar o zero do registador. Colocar de novo
o interruptor na posição mV. 3.1 - Concluído o nº de ciclos pretendidos ou o tempo desejado pressionar o botão
STOP;
1.1 - Seleccionar no potenciómetro da velocidade (MOTOR SPEED) um valor 3.4 - Levantar o braço de carregamento do rolamento e colocar o travão;
inferior a 100;
3.5 - Remover o aquecedor;
1.2 - Seleccionar no potenciómetro do nível de vibração (VIBRATION) um valor
inferior a 400. Pressionar o botão reset correspondente; 3.6 - Desligar o termopar;
1.3 - Seleccionar no selector da gama de velocidade a posição X10; 3.7 - Introduzir o parafuso de extracção pela parte superior e apertar o mesmo até
que o veio de transmissão de movimento se solte da máquina de 4 esferas.
1.4 - Baixar a caneta da impressora; Pode ser necessário segurar o veio da árvore da máquina de 4 esferas para
conseguir soltar o rolamento. Segurar o conjunto braço + rolamento para não
1.5 - Pressionar o botão MOTOR ENABLE e pressionar o botão START para que a cair;
contagem do tempo (Timer) e dos ciclos (Tachometer) comece;
1.6 - Rodar o potenciómetro da velocidade, no sentido dos ponteiros do relógio, até Recolha de uma amostra de óleo
o indicador de velocidade (MOTOR SPEED) atingir a velocidade de ensaio
pretendida; No final do ensaio deve proceder-se à recolha do lubrificante.
1.7 - Rodar o potenciómetro das vibrações no sentido dos ponteiros do relógio até a 1 - Ter em atenção as elevadas temperaturas das peças envolventes ao óleo, assim como
luz verde piscar uma ou duas vezes. a temperatura do próprio óleo.
1.8 - Rodar uma volta no sentido contrário para apagar a luz; 2 - Desapertar os 4 parafusos que apertam a tampa com o cuidado para não entornar o
óleo;
1.9 - Pressionar o botão RESET respectivo.
3 - Remover o termopar;
Durante o ensaio, e especialmente durante os primeiros minutos, é necessário um 5 - Remover o conjunto anel interior e veio;
controle atento da velocidade de rotação pretendida, pois esta pode variar ligeiramente.
É também importante verificar se a escala escolhida para o registador é a adequada 6 - Agitar o óleo remanescente e virar rapidamente para um frasco de vidro, para que o
logo no início do ensaio, assim como durante o mesmo para uma possível alteração. máximo de partículas de desgaste passe juntamente com o óleo;
Normalmente diminui-se a escala.
Apesar de normalmente o nível de vibração ajustado no início do ensaio não necessitar 7 - Adicionar um pouco de diluente no porta-rolamento e agitar. Virar rapidamente o
de nenhum reajuste, por vezes pode acontecer que o mesmo aumente e que faça parar o conteúdo para o frasco em que se encontra o lubrificante anteriormente recolhido;
ensaio.
Podem-se efectuar pequenos ajustes 8 - Repetir se necessário o passo anterior;
no mesmo para evitar que tal aconteça. Caso
o nível de vibrações aumente em demasia, 9 - Fechar o frasco e etiquetar devidamente.
então será prudente parar o ensaio! Note-se
que é necessário que a luz se mantenha
acesa apenas durante 2 segundos para que a Desmontagem do rolamento
máquina automaticamente dispare, parando
de imediato. A desmontagem do rolamento deve ser feita logo depois de realizados os ensaios.
O ensaio também poderá ser seguido 1 - Colocar o porta rolamento no extractor de rolamentos virado para baixo;
no computador, que está ligado à máquina,
registando todos os resultados obtidos em 2 - Colocar os três pinos nos orifícios próprios para o efeito;
tempo real, guardando-os para posterior
análise, figura 17, ao lado. 3 - Encaixar o disco com três orifícios nos pinos;
Fig. 17 - Ambiente gráfico onde são visualizados
os resultados do ensaio no PC
33 34
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4 - Com o auxílio de uma chave de bocas 20 rodar o parafuso do extractor, tendo em Viscosidade cinemática do óleo ao longo do tempo
atenção a coincidência entre o ponto existente no disco e a extremidade do parafuso;
A viscosidade tal como a temperatura, uma vez que dela é dependente, varia ao longo
5 - Encaixar o disco extractor de veio no “saca rolamentos”; do tempo. Porém em vez de aumentar, diminui, pois quanto mais elevada a temperatura mais
baixa será a viscosidade cinemática.
6 - Colocar o veio e o anel interior virados para baixo por forma a que os cortes do veio
encaixem correctamente na largura do orifício;
350
7 - Colocar a peça auxíliar própria para o efeito; 300 Ensaio1
Ensaio2
8 - Apertar novamente o parafuso do saca rolamentos até o veio se separar do anel 250 Ensaio3
interior;
200
ν [cSt]
9 - Colocar o rolamento num saco plástico e etiquetar. 150
100
Ensaios a realizarem-se neste trabalho
50
• Ensaio 3 – 300Kgf 10min: 1000rpm; 15min: 1500 rpm; 20min: 2000 rpm.
Fig. 19 - Viscosidade ao longo do tempo, comparação dos 3 ensaios realizados
Temperatura do óleo ao longo do tempo O momento de atrito evolui ao longo do tempo tendo em conta a velocidade do ensaio
e da carga axial aplicada.
Verifica-se na figura seguinte que a temperatura aumenta ao longo do tempo em todos No ensaio 1 podemos observar que o momento de atrito diminui gradualmente ao longo
os ensaios. do tempo. Iniciando-se com um valor de aproximadamente 177 N.mm descendo até um valor
Note-se que a temperaturas iniciais do ensaio i+1 são superiores às de i. Isto sucede- de cerca de 147 ao fim do ensaio de 30 minutos. Ver figura 20.
se porque o rolamento já se encontrava quente e não arrefeceu tempo suficiente entre os
ensaios sucessivos. Obviamente que o aumento da carga e o aumento da velocidade
aumentam significativamente a temperatura ao longo do tempo. Isso verifica-se entre o ensaio 180
1 e 2 para o caso da carga, e para o ensaio 3, em que o aumento da velocidade mantendo a
carga constante aumenta a temperatura de forma repentina, o que se pode verificar na figura 175
seguinte na linha representada a amarelo.
170
M [N.mm]
70 165
160
60
155
50
Temperatura [ºC ]
150
40
145
30
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
20 Ensaio1 tempo [seg]
Ensaio2
10
Ensaio3
0 Fig. 20 - Momento de atrito do Ensaio 1 ao longo do tempo
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo (seg)
O ensaio 2 é bastante semelhante ao ensaio 1, note-se que as curvas são análogas.
Porém, devido ao facto da carga axial aplicada ser superior neste ensaio podemos verificar um
Fig. 18 - Temperatura ao longo do tempo, comparação dos 3 ensaios realizados
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momento de atrito superior ao anterior. O momento de atrito no ensaio 2 varia entre 236 N.mm Como podemos verificar, o gráfico obtido pelo registador da máquina de 4 esferas
descendo até aproximadamente 221 N.mm. Ver figura seguinte. durante o terceiro ensaio, é bastante semelhante ao obtido teoricamente. Ver figura seguinte.
240
238
236
234 tempo
M [N.mm]
232
230
228
226
224
222
220
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
tempo [seg]
160
158
M
156
M [N.mm]
150
148 Conclusão
146 Como se verificou no primeiro e segundo ensaios, quando é iniciado o ensaio, o valor
0 500 1000 1500 2000 2500 do momento de atrito é máximo, uma vez que a viscosidade tem um comportamento
tempo [seg] decrescente com o aumento da temperatura.
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Bibliografia
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Fundamentos teóricos
Rugosidade de superfícies
Rugosímetro / Perfilómetro (HOMMEL TESTER T4000)
Fig. 24 - Engrenagem
Rolamento
Para a medição da rugosidade, esta deve ser separada da ondulação e dos desvios
macro-geométricos. Esta separação é realizada através da filtragem. Um filtro de rugosidade
separa o perfil de rugosidade dos demais desvios de forma.
O comprimento de onda do filtro, chamado de "cut-off", determina o que deve passar e
o que não deve passar. O sinal da rugosidade apresenta altas frequências (pequenos
comprimentos de onda) e as ondulações e demais erros de forma apresentam sinais com
Fig. 25 - Rolamento
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baixas frequências (altos comprimentos de ondas). Os rugosímetros utilizam assim, filtros que Rmax – Altura máxima dos picos
deixam passar os sinais de altas frequência e eliminam os sinais de baixa frequências.
Este parâmetro é igualmente encontrado no perfil de rugosidade filtrado sendo a altura
Os rugosímetros utilizam filtros passa-alta: Somente frequências maiores que um valor máxima entre picos e vales de todo o perfil da amostra. Ou seja é a altura máxima Zi do
pré-determinado são analisadas. Esta frequência pré-determinada é chamada de "cut-off". parâmetro anterior. Ver representação na figura 29.
Este parâmetro é mais sensível aos picos e vales que a rugosidade média, Ra, porém
Parâmetros de Rugosidade Medidos não é muito utilizado, uma vez que mede apenas valores extremos de picos e vales e não a
média das alturas do perfil. É relevante o uso deste parâmetro quando é necessário ver a
Ra – Rugosidade Média superfície como uma função estatística.
O avô de todas as rugosidades. Pode ser definido como o desvio médio do perfil em É determinado pela seguinte equação:
comparação com a linha média, ver figura 28.
y 2 ( x ) ⋅ dx
1
∫
lm
É calculado usando a seguinte equação: Rq =
lm o
∫ y(x ) ⋅ dx
1 lm
Ra =
lm 0
É determinado pela equação: De maneira geral pode-se definir que os picos definidos pelo parâmetro Rpk serão
removidos no amaciamento das peças em contacto. O parâmetro Rk define a rugosidade ao
1 5 longo da vida útil do componente e o parâmetro Rvk define o volume de reservatório de
RZ ( DIN ) = ∑ Zi
5 i =1
lubrificante no contacto entre duas superfícies.
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Etapas do trabalho
Existem muitos outros parâmetros para além dos medidos neste trabalho que estão • Transverse length: 4,80 mm • Cut-off: 0,800 mm
discritos no – Capítulo 3 “Parameters” do manual sobre os parâmetros de rugosidade, de
ondulação, híbridos e estatísticos: “Surface Texture Analysis – The Handbook”, • Filter type: RC + M2 • Standard: DIN-ISO
HOMMELWERKE, Leigh Mummery B. Eng.
Fizeram-se então 3 ensaios para cada uma das áreas em análise, obtendo-se os
seguintes resultados, representados neste relatório:
Trabalho experimental
• perfis de rugosidade filtrados que mostram a superfície medida;
Elementos Necessários à Realização do Trabalho
• curvas de Abbott que relacionam a percentagem de material com a
profundidade, pela interpretação destas curvas ficamos com uma percepção
Para a realização deste trabalho são necessários os seguintes elementos: bastante correcta da realidade;
• Rugosímetro / Perfilómetro (HOMMEL TESTER T4000) • parâmetros de rugosidade medidos:
• Pinhão da engrenagem FZG-A; o Rmax; Rz-D; Ra; Rq; Mr1; Rpk; Rk; Rvk; Mr2; Vo.
• Dois anéis exteriores de rolamentos cónicos, um original e outro usado;
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Engrenagem Nova
Nota-se que esta é uma superfície maquinada, bom acabamento superficial, mas
possui picos e vales de tamanho considerado normal para uma engrenagem deste tipo.
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] M r1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] M r2 [%] Vo [μm ]
1 3,300 2,390 0,340 0,470 5,200 0,180 0,670 0,690 79,900 69,340
2* 2,780 1,870 0,290 0,000 0,160 0,860 0,740 89,700 38,110 0,000
3 2,720 2,420 0,330 0,420 8,500 0,200 0,810 0,610 83,100 51,540
Média 3,010 2,405 0,335 0,445 6,850 0,190 0,740 0,650 81,500 60,440
Desvio Padrão 0,290 0,015 0,005 0,025 1,650 0,010 0,070 0,040 1,600 8,900
Fig. 33 - Perfil da rugosidade filtrado para o ensaio 2 – Engrenagem Nova * - Ensaio excluído da média por apresentar valores incoerentes;
Engrenagem Usada
Neste caso, engrenagem usada, podemos observar uma diminuição do tamanho dos
picos e dos vales face ao caso anterior, isto deve-se ao facto de nos encontrarmos na zona de
funcionamento normal da engrenagem. Os picos frágeis partiram-se devido às forças
tangenciais existentes no contacto aquando a rodagem. Podemos considerar então que esta
Fig. 34 - Perfil da rugosidade filtrado para o ensaio 3 – Engrenagem Nova superfície possui uma melhor qualidade que a da engrenagem nova, uma vez que existe uma
melhor distribuição das forças por toda a superfície.
49 50
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Engrenagem Gripada
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] M r1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] M r2 [%] Vo [μm ]
1 1,470 1,130 0,190 0,250 5,700 0,150 0,490 0,400 86,600 26,800
2 1,900 1,410 0,250 0,320 7,900 0,250 0,740 0,450 87,900 27,220
3 2,690 2,510 0,350 0,460 5,300 0,220 1,070 0,760 85,700 54,340
Fig. 47 - Curva de Abbott para o ensaio 1 – Engrenagem Gripada
Média 2,020 1,683 0,263 0,343 6,300 0,207 0,767 0,537 86,733 36,120
Desvio Padrão 0,505 0,596 0,066 0,087 1,143 0,042 0,238 0,159 0,903 12,885
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2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] M r1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] M r2 [%] Vo [μm ]
1 10,680 9,310 1,590 1,960 8,600 1,580 5,050 1,860 90,100 92,070
2 13,480 10,760 1,730 2,150 8,600 1,040 5,680 2,520 89,400 133,560
3 10,650 8,670 1,280 1,680 13,700 2,520 4,180 1,100 92,600 40,700
Média 11,603 9,580 1,533 1,930 10,300 1,713 4,970 1,827 90,700 88,777 Fig. 54 - Perfil da rugosidade filtrado para o ensaio 3 – Rolamento Novo
Desvio Padrão 1,327 0,874 0,188 0,193 2,404 0,612 0,615 0,580 1,374 37,981
Rolamento Novo
Fig. 55 - Curva de Abbott para o ensaio 3 – Rolamento Novo
A superfície do rolamento é de melhor qualidade do que a da engrenagem, devido às
suas funções. 2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] M r1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] M r2 [%] Vo [μm ]
Apesar de existirem poucos picos mais altos do que a superfície do lubrificante, estes
1 1,180 0,800 0,090 0,120 6,900 0,080 0,310 0,190 88,800 10,640
têm tendência a desaparecer após a rodagem.
2 0,800 0,710 0,090 0,110 7,200 0,090 0,280 0,160 87,300 10,160
3 1,210 0,810 0,090 0,120 7,400 0,080 0,290 0,180 87,900 10,890
Média 1,063 0,773 0,090 0,117 7,167 0,083 0,293 0,177 88,000 10,563
Desvio Padrão 0,187 0,045 0,000 0,005 0,205 0,005 0,012 0,012 0,616 0,303
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e do Anel Externo de um Rolamento Cónico e do Anel Externo de um Rolamento Cónico
Rolamento Usado
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] M r1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] M r2 [%] Vo [μm ]
1 0,990 0,720 0,080 0,100 8,800 0,110 0,270 0,160 87,300 10,160
2 0,980 0,770 0,080 0,110 10,800 0,140 0,280 0,130 90,600 6,110
3 1,230 0,880 0,090 0,120 7,300 0,120 0,300 0,160 88,700 9,040
Média 1,067 0,790 0,083 0,110 8,967 0,123 0,283 0,150 88,867 8,437
Desvio Padrão 0,116 0,067 0,005 0,008 1,434 0,012 0,012 0,014 1,352 1,708
Esta superfície deveria ser a de melhor qualidade de todas as medidas, porém como
podemos verificar na análise do desvio padrão, existem maiores discrepâncias entre os 3
ensaios efectuados.
Conclusão
Fig. 57 - Curva de Abbott para o ensaio 1 – Rolamento Usado
Com este trabalho podemos compreender melhor o que acontece em cada fase de
desgaste de um componente mecânico, bem como a importância da lubrificação no contacto,
uma vez que prolonga a vida do componente.
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Através da curva de tendência (ver Figura 63) resultante da representação gráfica dos
Análise de um Óleo Lubrificante por Ferrografia de Leitura Directa valores obtidos em sucessivas amostras, é possível definir níveis de alerta e níveis de alarme,
estipulando deste modo um período de tempo com uma margem de segurança para as
intervenções preventivas da avaria (mudança do lubrificante, mudança de componentes, etc.).
Objectivo
Fundamentos teóricos
O Ferrógrafo de Leitura Directa (DR III – ver Figura 62), mede quantitativamente o
índice de concentração de partículas ferrosas, que um lubrificante contém.
Trabalho experimental
Dl − Ds
2 2
5 - Produção do respectivo relatório.
ISUC (Severidade do Desgaste)
d2
onde d representa o factor diluição da amostra nos casos de excessiva contaminação.
59 60
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4.1 - introduza uma pipeta limpa no "pipete dispenser"; Nota: É importante registar as leituras DL e DS sempre no mesmo ponto.
4.2 - pressione a mola até ao fim; 12 - Rode o botão (14) lentamente no sentido dos ponteiros do relógio até toda a
mistura ter passado na área de teste. Deste modo, o sistema de bombagem é
4.3 - introduza a pipeta dentro da amostra a testar e lentamente liberte a mola esvaziado no recipiente de resíduos (10);
(até ao líquido estabilizar no interior do tubo);
13 - Retire o tubo de plástico da área de teste, assim como o tubo de ensaio e a
4.4 - coloque a pipeta dentro do tubo de ensaio e pressione novamente a mola pipeta antes de iniciar outro teste.
até á primeira paragem, marcada com o número 1;
5.1 - coloque o tubo de ensaio por baixo do tubo do frasco que contêm o
solvente, e lentamente puxe para cima o "dispenser" até ao máximo;
7 - Coloque o tubo de ensaio num dos suportes existentes no DR III (Figura 64);
61 62
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Amostra 1 (Rodagem):
Amostra 2
A resposta do DR III é considerada linear quando os valores dos índices DL e DS não Conclusão
ultrapassam o valor 100. Por vezes, em óleos bastante contaminados, devido a grandes
quantidades de partículas, isso não acontece.
A partir do acompanhamento periódico dos valores de DL e DS, podem-se traçar
Para esses óleos será necessário fazer uma diluição, procedendo do seguinte modo valores limite, os quais se forem ultrapassados requerem que se efectue uma ferrografia
(ver Figura 66): analítica, ver próximo trabalho prático.
1 - Aquecer aproximadamente a 65° C a O desgaste anormal, indicativo de uma situação iminente de falha gera partículas
amostra a diluir; maiores que 10 μm que não são detectadas pelas técnicas de análise de óleos convencionais.
Para se ultrapassar esta limitação desenvolveu-se a ferrografia.
2 - Agitar bem o frasco contendo a amostra
de modo a haver uma boa Este tipo de ferrografia permite acompanhar as alterações de severidade de desgaste.
homogeneização das partículas no óleo;
Obtém-se assim uma diluição de 1:10. Análise de Lubrificantes – Princípios Básicos, Beatriz Graça e Jorge Seabra, Porto e
FEUP, Janeiro de 2004
Por vezes poderá ser necessário diluir mais a amostra, 1:100.
63 64
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Identificação do tipo de desgaste presente num equipamento através da análise Placa Térmica
detalhada das partículas de desgaste geradas e contidas numa amostra de óleo lubrificante
pelo método da Ferrografia Analítica (FM III).
Após a observação e o registo fotográfico das zonas do ferrograma mais relevantes,
procede-se ao tratamento térmico do mesmo a várias temperaturas. O tratamento térmico do
ferrograma permite a distinção dos vários metais, nomeadamente, das diferentes ligas de aço
Fundamentos teóricos (baixa, média e alta liga).
Ferrógrafo Analítico (FM III)
A Ferrografia Analítica (FM III– ver Figura 67), é utilizada para obter informações
detalhadas das partículas contaminantes do lubrificante. As partículas são depositadas e Trabalho experimental
fixadas segundo o mesmo princípio do ferrógrafo de leitura directa, mas neste caso sobre uma
lâmina de vidro - o ferrograma. As partículas de maiores dimensões depositam-se á entrada do
ferrograma e vão diminuindo progressivamente em tamanho ao longo do mesmo. Embora esta
Elementos Necessários à Realização do Trabalho
técnica seja mais eficiente na detecção de partículas ferrosas, as partículas não
ferromagnéticas, como por exemplo, ligas de cobre, alumínio, etc., também se depositam
devido a adquirirem algum magnetismo como resultado do atrito com o aço, por ficarem presas Para a realização deste trabalho são necessários os seguintes elementos:
entre os filamentos das partículas ferrosas, ou simplesmente por sedimentação.
1 - Forno eléctrico para aquecimento da amostra de lubrificante;
6 - Termómetro de superfície.
Etapas Do Trabalho
Fig. 67 - Ferrografo Analítico (zona da lamela)
A realização do trabalho consta das seguintes etapas:
Preparado o ferrograma, a fase analítica será 2 - Preparação do ferrograma – ver Ferrografia Analítica – FM III;
então realizada utilizando um microscópio bicromático
(com luz transmitida e luz reflectida), onde várias 3 - Análise do ferrograma ao microscópio óptico e registo da informação sobre o
características das partículas são observadas, tais como: tipo de partículas de desgaste observadas;
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A descrição dos procedimentos para a análise de lubrificantes por Ferrografia Analítica 1 - Ligar o FM III pelo menos 5 minutos antes de iniciar o teste;
é elaborada, distinguindo as seguintes fases:
2 - Retire exactamente 1 ml de solvente para um tubo de ensaio limpo;
• Preparação do Ferrograma utilizando o FM III;
3 - Usando uma pipeta, adicione 1 ml da amostra a analisar para o mesmo tubo de
• Análise Microscópica do Ferrograma; ensaio;
Fig. 69 - FM III
Fig. 71 - Exemplo de um Ferrograma - Disposição das Partículas
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Análise microscópica do ferrograma: O tratamento térmico a esta temperatura, permite distinguir partículas ferrosas em três
classes de ligas:
Utilizando o microscópio biocromático, FERROSCOPE IV CH-2, procede-se à análise
do ferrograma. Aço de baixa liga Azul
Após ter ligado o microscópio, coloca-se cuidadosamente o ferrograma sobre a placa Aço de média liga Amarelo – Bronze
de vidro, tendo em atenção que o ponto negro marcado no ferrograma fique situado no canto Aço de alta liga Não há mudança
inferior direito.
Tabela 12- Mudança de cor das partículas ferrosas após tratamento térmico
Partículas metálicas não ferrosas, como o alumínio, crómio, prata e titânio, não sofrem
qualquer alteração a esta temperatura.
Tratamento Térmico
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Apresentação e Discussão dos Resultados Note-se que na zona central da placa as partículas já não se encontram tão agregadas
e o seu tamanho já é bastante menor do que no núcleo.
Para a ferrografia analítica escolheu-se apenas a primeira amostra de óleo,
correspondente à rodagem do rolamento de rolos cónicos, em que lhe foi aplicada uma carga Fotografia 5 Fotografia 6
de 300kgf durante 30 minutos a uma velocidade de 1000rpm. Está prevista a presença de um
elevado numero de partículas, uma vez que se trata da rodagem do rolamento.
Fotografia 1 Fotografia 2
Ampliação: x 500 Luz: Branca / Verde Ampliação: x 800 Luz: Branca / Verde
Ampliação: x 500 Luz: Branca / Verde Ampliação: x 800 Luz: Branca / Verde Como seria de esperar a zona final da lamela as partículas são ainda mais pequenas
do que zona central e as partículas encontram-se muito mais espaçadas dispostas em
Diluição: 0,1 Localização: Núcleo Diluição: 0,1 Localização: Núcleo pequenos agregados de partículas.
Cadeia de partículas ferrosas orientadas Grande partícula ferrosa de desgaste
Observações: segundo as linhas de força do campo Observações: combinado. Fotografia 7 Fotografia 8
magnético. (36x72 μ m)
Fotografia 3 Fotografia 4
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A ferrografia analítica, apesar do seu carácter subjectivo, uma vez que monitoriza
apenas o tamanho, a forma e a concentração das partículas presentes num sistema
lubrificante, permite a análise do desgaste interno de uma máquina por imagens.
Bibliografia
Ampliação: x 800 Luz: Branca / Verde Ampliação: x 800 Luz: Branca / Verde
Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro - TC2000 - Profissionalizante - Manutenção -
Diluição: 0,1 Localização: Centro Diluição: 0,1 Localização: Centro
aula 33 - Análise de lubrificantes por meio da técnica ferrográfica;
Partícula não ferrosa, não se encontra na Partícula não ferrosa, não se encontra na
orientada segundo o campo magnético orientada segundo o campo magnético
Observações:
nem mudou de cor após tratamento
Observações:
nem mudou de cor após tratamento
Instituto de Soldadura e Qualidade – Tecnologia & Qualidade – nº 53 – Julho /
térmico. térmico. Setembro 2005;
Após tratamento térmico observamos que a maioria das partículas ficou azul, o que Análise de Lubrificantes – Princípios Básicos, Beatriz Graça e Jorge Seabra, Porto e
indica que se tratam de partículas de aço de baixa liga. FEUP, Janeiro de 2004
Nas fotografias 9 e 10, observamos partículas não ferrosas que não mudaram de cor Trabalhos Práticos de Lubrificação – TPL5 – Análise de um Óleo por ferrografia
após tratamento térmico e estão dispostas entre as partículas ferrosas alinhadas segundo o analítica, B. Graça e J. Seabra, Porto e FEUP, Janeiro de 2005
campo magnético.
Fotografia 11 Fotografia 12
Ampliação: x 800 Luz: Branca / Verde Ampliação: x 1000 Luz: Branca / Verde
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2005/2006 Termografia 2005/2006 Termografia
Termografia
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Desgaste por Adesão acontece quando duas superfícies são postas em contacto e se
estabelecem forças inter-atómicas e inter-moleculares nas zonas de contacto real. A adesão
Objectivo
dá-se entre essas duas superfícies. Essas forças serão mais fortes nos pontos em que a
interface está isenta de partículas contaminantes e em que as pressões de contacto são mais
O objectivo deste trabalho é a observação de um contacto carregado que é sujeito a elevadas.
um escorregamento puro que por isso passa por uma evolução térmica visível usando uma
câmara termográfica. Serão efectuadas análises separadas para o contacto não lubrificado e As junções estabelecidas por adesão rompem-se se uma das superfícies desliza sobre
para o contacto com massa lubrificante. Se for possível também vamos observar a gripagem a outra. Essa ruptura poderá dar-se na interface e não produzir desgaste, ou num plano
do contacto. próximo da interface, quando a resistência da interface for superior à de qualquer das
superfícies, i.e. contaminantes não existem.
Termografia A gripagem é uma forma severa de desgaste adesivo que tem como consequências
uma degração rápida de uma ou duas superfícies em contacto (destruição). Esse problema
A termografia infravermelha é uma técnica aplicada, entre outras, para evitar fadigas de acontece fundamentalmente devido à quebra de lubrificação. É um fenómeno que ocorre
materiais e assim a prevenção de avaria em rolamentos, actuadores, componentes hidráulicos súbitamente e é caracterizado pela evolução descontrolada de adesão. Existe gripagem a
ou transmissores de movimento no caso da análise de condição de componentes mecânicos quente (alta velocidade) e a frio (baixa velocidade). Gripagem a quente resulta de um
ou em relés, comutadores, alternadores ou transformadores no caso de componentes sobreaquecimento devido à ruptura do filme de lubrificante, com contacto entre as superfícies,
eléctricos. com adesão localizada das superfícies. Assim tem um grande aumento brusco da temperatura,
Detecta-se a radiação infravermelha que cada corpo emite e que é relacionada à um aumento de ruído e das vibrações também como uma libertação de fumos.
temperatura do mesmo com uma câmara especial cujo ecrã mostra o que normalmente é
invisível para a visão humana, e marca zonas de temperaturas diferentes em cores diferentes. As origens da gripagem a quente são altas pressões do contacto, altas velocidades de
Embora a termografia seja um método relativamente caro por causa do hardware é escorregamento. Se aparece gripagem após funcionamento normal dever-se-á a má
bastante útil na sua função. lubrificação acidental ou sobrecarga. Se aparecer no arranque poderá ser provocado por um
mau projecto, má selecção do lubrificante ou má rodagem.
79 80
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1. Sem lubrificação;
Temperatura [ºC]
120
O software da câmara AGEMA gera um relatório com os dados (temperatura, 110
emissividade, distância do objecto, temperatura do ambiente) e as imagens da termografia. 100
90
Será registada em LabView a força de atrito do contacto. 80
70
60
10:18:07 10:18:12 10:18:16 10:18:20 10:18:24 10:18:29 10:18:33 10:18:37 10:18:42 10:18:46
Apresentação e Discussão dos Resultados Hora a que foi realizado o ensaio [H:mm:ss]
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Ensaio com massa Lubrificante Com lubrificante a temperatura aumenta lentamente nunca ultrapassando os 100ºC.
Força de atrito
80
Relativamente à rugosidade pouco se pode concluir uma vez que houve gripagem
Com massa Lubrificante severa em ambos os casos, e deste modo os níveis de rugosidade não são indicadores de
nada.
140 Porém no caso do ensaio com massa lubrificante, os parâmetros de rugosidade são um
pouco superiores, ainda que muito próximos, relativamente ao caso do ensaio sem lubrificação.
120 Tal se poderá explicar pelo facto do ensaio ter sido mais longo.
Temperatura [ºC]
100
Ensaio sem Lubrificante
80
Patim
60
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] Mr1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] Mr2 [%] Vo [μm ]
40
1 48,100 35,700 8,700 10,700 10,200 5,900 17,500 11,600 82,200 1032,400
10:19:12 10:26:24 10:33:36 10:40:48 10:48:00 10:55:12 11:02:24
2 39,800 26,600 7,500 9,300 9,500 8,900 16,200 7,700 83,000 654,500
Hora a que foi realizado o ensaio [H:mm:ss] 3 40,200 27,200 6,600 8,800 10,300 8,600 13,400 11,600 76,400 1368,800
Média 42,700 29,833 7,600 9,600 10,000 7,800 15,700 10,300 80,533 1018,567
Fig. 79 - Temperatura do contacto em função do tempo Tabela 15 - Parâmetros de Rugosidade para o Patim sem Lubrificante
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Disco
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] Mr1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] Mr2 [%] Vo [μm ]
1 61,200 36,700 6,900 9,800 7,400 7,900 20,700 11,100 79,100 1159,900
2 52,400 41,900 8,600 10,500 6,600 6,900 25,300 10,200 83,600 836,400
3 60,200 44,400 9,000 11,200 10,300 8,100 23,200 15,300 81,500 1415,200
Média 57,933 41,000 8,167 10,500 8,100 7,633 23,067 12,200 81,400 1137,167
Patim
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] Mr1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] Mr2 [%] Vo [μm ]
1 48,600 41,800 8,000 10,400 8,700 7,700 26,200 12,700 88,500 730,200
2 50,700 39,800 8,000 10,200 7,600 10,800 33,000 5,000 92,500 187,500
3 51,500 34,000 6,700 8,500 6,800 10,400 24,300 3,700 95,800 77,700
Média 50,267 38,533 7,567 9,700 7,700 9,633 27,833 7,133 92,267 331,800
Disco
2
Ensaio Rmax [μm] Rz-D [μm] Ra [μm] Rq [μm] Mr1 [%] Rpk [μm] Rk [μm] Rvk [μm] Mr2 [%] Vo [μm ]
1 53,300 38,200 6,900 9,400 10,900 12,100 16,500 15,200 82,600 1322,400
2 99,700 55,200 10,600 15,100 11,700 22,900 29,700 17,200 79,800 1737,200
3 63,300 45,800 9,900 12,800 7,900 12,100 34,600 5,300 95,400 121,900
Média 72,100 46,400 9,133 12,433 10,167 15,700 26,933 12,567 85,933 1060,500
Conclusão
O uso de lubrificantes é muito importante para garantir a longa vida das peças. A
temperatura máxima no caso do escorregamento com lubrificante mais baixa do que no caso
escorregamento sem lubrificante. O lubrificante faz com que contacto não gripe, aumentando
assim o tempo de vida das peças.
Conclui-se que esta técnica, a termografia, é muito útil para a análise da evolução
térmica de máquinas, podendo mesmo ser utilizada de forma a prevenir eventuais
sobreaquecimentos não visíveis a olho nu nem com outros meios.
Bibliografia
85 86
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2005/2006 Vibrações 2005/2006 Vibrações
Vibrações
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2005/2006 V1 – Análise Modal de Estruturas 2005/2006 V1 – Análise Modal de Estruturas
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2005/2006 I – Determinação das funções de resposta em frequência e identificação 2005/2006 I – Determinação das funções de resposta em frequência e identificação
modal experimental de um pórtico modal experimental de um pórtico
Objectivo Depois mudou-se o acelerómetro para a segunda massa e por fim para terceira massa
onde se obtiveram as FRF de todos os andares.
Medição da solicitação dinâmica aplicada a um pórtico de três andares e da respectiva A rigidez da estrutura é dada pelas duas colunas laterais, sendo estas caracterizadas
resposta em três pontos, três graus de liberdade, para determinação das funções de resposta pelas propriedades do material e pela sua geometria.
em frequência de tipo acelerância.
A haste sendo flexível não transmite momentos, apenas forças, e quando se faz
A partir das funções de resposta em frequência poder-se-á determinar as frequências referência à massa da estrutura, esta é dada pela soma das massas referentes a cada andar,
naturais, as razões de amortecimento modal, e as respectivas formas naturais de vibração. nesta montagem só existe uma massa.
Recorrendo a um estroboscópio, pretende-se visualizar as formas naturais de vibração.
Trabalho experimental
Montagem
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modal experimental de um pórtico modal experimental de um pórtico
Estroboscópio
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modal experimental de um pórtico modal experimental de um pórtico
1 2 3 Média
F1 9,05 9,13 9,13 9,1033
F2 24,5 24,5 24,5 24,5
F3 35,6 35,6 35,6 35,6
Fig. 87 - FRF21
• f1 = 9.10 Hz
• f2 =24.5 Hz
• f3 = 35.6 Hz
Solução analítica
Modelo espacial
Fig. 88 - FRF31
De forma a conseguir uma boa resolução usou-se uma banda de frequência de análise
de 50Hz.
Sendo necessário aumentar o tempo de aquisição. Pelo método dos deslocamentos unitários e para o caso particular das constantes de
rigidez serem iguais em cada grau de liberdade fica:
Quando na componente real a curva se anula surge na componente imaginária um pico
que corresponde ás frequências naturais de vibração.
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modal experimental de um pórtico modal experimental de um pórtico
⎡2k −k 0 ⎤ ⎧ mω12 ⎧ k
= 0.198 ⎪ω 1 = 0.445
[k ] = ⎢⎢− k 2k − k ⎥⎥
⎧α 1 = 0.198
⎪
⎪ k ⎪ m
⎪ ⎪ mω 2 ⎪
2
⎣⎢0 −k k ⎦⎥
⎨α 2 = 1.555 ⇔ ⎨ = 1.555 ⇔ ⎨ω 2 = 1.247
k
(rad / s )
⎪α = 3.247 ⎪ k2 ⎪ m
A equação do movimento em regime livre exprime-se numa forma matricial do seguinte ⎩ 3 ⎪ mω 3 = 3.247 ⎪ k
modo: ⎪ k ⎪ω 3 = 1.802
⎩ ⎩ m
[m]{&x&(t )} + [k ]{x(t )} = {0}
A rigidez de uma coluna bi-encastrada com a possibilidade de uma das extremidades
E admite soluções do tipo:
12 EI
deslocar-se segundo a direcção horizontal é dada por k = , as massas estão apoiadas
{x(t )} = {u}cos(ωt − φ ) h3
12 EI h 3b
em duas colunas logo a rigidez em cada grau de liberdade é de k i = 2 * 3 , com I = .
Derivando e substituindo na equação do movimento temos: l 12
⎢ 0 −1 1− ⎥
⎣ k ⎦
⎧ 1 ⎫
⎪ ⎪
Fazendo u11 = 1 → {u}1 = ⎨1.8019 ⎬
⎡ mω 2
⎤
⎢2 − −1 0 ⎥ ⎪2.2470⎪
⎩ ⎭
⎢ k ⎥ ⎧u1 ⎫ ⎧0⎫
mω 2
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⇔ ⎢ −1 2− − 1 ⎥ ⎨u 2 ⎬ = ⎨0⎬ Para ω = ω2
⎢ k ⎥⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎢ mω 2 ⎥ ⎩u3 ⎭ ⎩0⎭
⎢ 0 −1 1− ⎥ ⎡ 2 − 1.5550 −1 0 ⎤ ⎧u12 ⎫ ⎧0⎫ ⎧0.4450u12 − u 22 = 0
⎣ k ⎦
⎢ ⎥ ⎪u ⎪ = ⎪0⎪ ⇔ ⎪− u + 0.4450u − u = 0
⎢ − 1 2 − 1 .5550 − 1 ⎨
⎥ 22 ⎬ ⎨ ⎬ ⎨ 12 22 32
A determinação das frequências e formas naturais de vibração faz-se através da ⎢⎣ 0 −1 1 − 1.5550⎥⎦ ⎪⎩u 32 ⎪⎭ ⎪⎩0⎪⎭ ⎪− u − 0.5550u = 0
⎩ 22 32
resolução dos valores e vectores próprios resultantes da equação característica do seguinte
modo:
⎧ 1 ⎫
2 −α ⎪ ⎪
−1 0 fazendo u12 = 1 → {u}2 = ⎨ 0.4450 ⎬
−1 2 −α − 1 = 0 ⇔ −α 3 + 5α 2 − 6α + 1 = 0 ⎪− 0.8019⎪
⎩ ⎭
0 −1 1−α
97 98
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modal experimental de um pórtico modal experimental de um pórtico
⎡α 11 (ω ) α 12 (ω ) α 13 (ω )⎤
[α (ω )] = ⎢⎢α 21 (ω ) α 22 (ω ) α 23 (ω )⎥⎥
⎢⎣α 31 (ω ) α 32 (ω ) α 33 (ω )⎥⎦
[α (ω )]3 x1 = [α 11 α 21 α 31 ]T
Fig. 89 - Formas modais observadas com luz estroboscópica
Cuja expansão do termo genérico αk1(ω) (k=1,2,3) é dada pela expressão [1],
φ kr φ1r
r
3 3 A jk
α k1 (ω ) = ∑ =∑ 2 k = 1,2 ,3
r =1 (ω −
2
r ω 2
) + j ξ ω
r r
2
r =1 (ω r − ω 2
) + jξ rω r2
Onde Ak 1 = φ k φ1 representa as constantes modais.
r r r
Desenvolvendo em série cada uma das funções de receptância αk1(ω) com k=1,2,3 e
procedendo à identificação das formas naturais,
99 100
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modal experimental de um pórtico modal experimental de um pórtico
Comparação de resultados
Frequências naturais
O erro na primeira frequência natural, sendo o mais elevado, era esperado porque as
baixas frequências são mais vulneráveis a erros devidos à escolha de montagem.
Conclusão
Bibliografia
101 102
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2005/2006 II – Determinação das funções de resposta em frequência 2005/2006 II – Determinação das funções de resposta em frequência
e identificação modal experimental de uma viga livre – livre e identificação modal experimental de uma viga livre – livre
Objectivo
• l = 900 mm
103 104
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e identificação modal experimental de uma viga livre – livre e identificação modal experimental de uma viga livre – livre
105 106
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e identificação modal experimental de uma viga livre – livre e identificação modal experimental de uma viga livre – livre
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e identificação modal experimental de uma viga livre – livre e identificação modal experimental de uma viga livre – livre
A determinação das frequências e modos naturais de vibração por via analítica é feita
recorrendo à teoria dos sistemas contínuos, neste caso uma viga em regime livre:
∂ 4 v( x, t ) ∂ 2 v( x, t )
EI + ρA( x ) =0
∂x 4
∂t 2
Sendo a viga livre nas duas extremidades, temos como condições de fronteira naturais:
∂ 2 v( x, t ) ∂ 2 v( x, t )
=0 =0
∂x 2 x =0 ∂x 2 x =l
:
∂ 3 v( x, t ) ∂ 3 v( x, t )
=0 =0
∂x 3 x =0 ∂x 3 x =l
Fig. 102 - FRF117
109 110
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2005/2006 II – Determinação das funções de resposta em frequência 2005/2006 II – Determinação das funções de resposta em frequência
e identificação modal experimental de uma viga livre – livre e identificação modal experimental de uma viga livre – livre
Assim,
ω1 = 0
d 2V ( x ) ω 2 = 22.3729 × 5.4029 = 120.88 rad s = 19.24 Hz
= A1 β 2 − A3 β 2 = 0
dx 2 x =0 ω 3 = 61.6728 × 5.4029 = 333.2 rad s = 53.03 Hz
d 3V ( x ) ω 4 = 120.9032 × 5.4029 = 653.2 rad s = 103.96 Hz
= A2 β 3 − A4 β 3 = 0
dx 3 x =0 ω 5 = 199.8604 × 5.4029 = 1079.84 rad / s = 171.86 Hz
d 2V ( x )
= A1 β 2 cosh β l + A2 β 2 sinh β l − A3 β 2 cos β l − A4 β 2 sin β l = 0 Note-se que a primeira frequência de vibração corresponde a uma translação do corpo
dx 2 x =l rígido. Sendo assim, e para manter os mesmos índices adoptados na medição experimental,
considera-se a troca de índices:
d 3V ( x )
= A1 β 3 sinh β l + A2 β 3 cosh β l + A3 β 3 sin β l − A4 β 3 cos β l = 0
dx 3 x =l ⎧ω1 = 19.24 Hz
⎪ω = 53.03 Hz
⎪ 2
⎨
Resolvendo estas equações obtemos a equação de frequências: ⎪ω 3 = 103.96 Hz
⎪⎩ω 4 = 171.86 Hz
cosh βl ⋅ cos βl = 1
Pretende-se agora desenhar as formas naturais teóricas. Sendo:
cosh β nl − cos β nl
ω = (βl )2
EI com αn = .
ρAl 4 sinh β nl − sin β nl
As formas naturais de ordem par têm uma secção nodal a meio da viga
Substituindo os valores de (βl) :
2
ω1 = 0 1º forma
1.5 2º forma
EI 3º forma
ω 2 = 22.3729 4º forma
ρAl 4 1
EI 0.5
ω 3 = 61.6728 (rad/s)
ρAl 4 0
EI -0.5
ω 4 = 120.9032
ρAl 4 -1
EI
ω 5 = 199.8604 -1.5
ρAl 4
-2
-2.5
As dimensões e características já são conhecidas: 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
b× h 3
0.040 × 0.003 3
I= = = 90 × 10 −12 m 4
12 12
111 112
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2005/2006 II – Determinação das funções de resposta em frequência 2005/2006 II – Determinação das funções de resposta em frequência
e identificação modal experimental de uma viga livre – livre e identificação modal experimental de uma viga livre – livre
J.D. Ewins, Modal Testing: Theory and Pratice, Research Studies Press Ltd, John Wiley
Comparação de resultados & Sons Inc.
Frequências naturais
Mesmo assim, a aproximação entre os dois modelos pode-se considerar razoável para
as frequências naturais.
113 114
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2005/2006 V2 – Análise de velocidades críticas de veios e 2005/2006 I – Determinação Da Velocidade Crítica De Um Sistema Veio – Rotor
Identificação da frequência natural e da razão de amortecimento de um veio sujeito a torção
115 116
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O tratamento das medições permitirá determinar a resposta em frequência do sistema, Definiram-se diferentes velocidades de rotação do sistema para medição da vibração
identificar a velocidade crítica e traçar a trajectória descrita pelo centro geométrico do rotor. lateral.
As velocidades definidas incluem a velocidade crítica do sistema que pode ser pré
calculada através das características do veio e do disco.
Trabalho experimental
A resposta da amplitude de deslocamento do disco foi dada pela média entre 10
Descrição da montagem leituras pré configuradas no analisador.
• m =1 kg
117 118
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Apresentação e tratamento das medições Representação em valor absoluto de deslocamento do veio versus velocidade de
rotação
Valores registados do deslocamento do disco segundo as componentes x, y registado
pelos transdutores.
VARIAÇÂO DA AMPLITUDE TOTAL DO VEIO
4000
Amplitude 3500
n (rpm) x (mm) y (mm) f (Hz)
(mm)
2000
750 264,8 306,7 405,19616 12,5
ZONA
1500
800 370,8 327,5 494,72102 13,33333333
825 414,8 328,2 528,93693 13,75
1000
850 735,7 623,3 964,23928 14,16666667
875 1030,6 929,3 1387,7085 14,58333333 500
900 2075,6 2081,7 2939,6582 15
0
910 2309,1 2843,8 3663,2146 15,16666667 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400
Velocidade de Rotação (n) [rpm]
940 2112,8 2853,2 3550,3062 15,66666667
950 1400,5 1049,6 1750,1601 15,83333333
SOBRECRÍTICA
(910+940)/2)=925 rpm
Fig. 108 - Variação da amplitude vertical do veio Fig. 109 - Variação da amplitude horizontal do veio
119 120
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Cálculo da velocidade critica do sistema Trajectórias do disco para diferentes velocidades de rotação, n (rpm)
30 k
nc = ⋅
π m
Em que:
• K = rigidez do veio.
• m = massa do disco
48 ⋅ E ⋅ I
k=
l3
Em que:
⎛π ⋅d4 ⎞
I = ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ 64 ⎠
30 48 ⋅ E ⋅ π ⋅ d 4
nc = ⋅
π m.64.l 3
nc = 888.4266[rpm]
Fig. 111 - Trajectórias do disco para diferentes velocidades de rotação, de 800 a 1100 rpm
121 122
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Para velocidades baixas da rotação podemos verificar que não se obteve uma orbita A análise da resposta H e V dá-nos a trajectória da massa.
circular como era esperado, isto deve-se ao facto de desalinhamentos que contidos no sistema.
Durante este trabalho verificou-se que a velocidade crítica previamente calculada
Para valores mais elevados estas variáveis tendem a não serem preceptivos na estava correcta (considerando uma pequena margem de erro). No entanto, foi difícil obter um
resposta, a medida que se aumenta a velocidade a força devido à excentricidade do disco valor concreto pois havia uma constante variação (pequena) bem como a regulação desses
aumenta numa razão quadrática. valores tornava-se complicada face ao contacto (choque) do veio com os batentes.
Verifica-se que a amplitude de oscilação do disco sofre um acréscimo muito elevado Para valores próximos da velocidade critica se a velocidade de rotação variasse
para velocidades próximas da velocidade crítica. rapidamente, praticamente não se notava a passagem pela velocidade crítica. Tanto no sentido
crescente como decrescente.
A trajectória do centro geométrico do disco aproxima-se de uma elipse, o que resulta
de diferentes coeficientes de rigidez dos apoios segundo as direcções vertical e horizontal, e Como facilmente se verifica pelos gráficos apresentados, a trajectória descrita pelo
esta inverte a sua orientação na passagem de velocidades sub críticas para velocidades sobre centro geométrico do rotor varia com a velocidade de rotação.
críticas.
Quando a velocidade de rotação é 750 rpm o centro do rotor descreve uma trajectória
Para velocidades inferiores à velocidade critica, o centro de massa do disco roda no (quase) circular. Já a velocidades de rotação superiores a trajectória descrita passa ser
exterior da trajectória do centro geométrico. praticamente elíptica e mais “dispersa”.
Ao ultrapassar a velocidade crítica, o centro de massa troca de posição com o centro A 1200 rpm, os centros de massa e geométrico variam de posição sem estabilizar, tal
geométrico passando a rodar no interior da trajectória do centro geométrico. como em anteriores medições se havia verificado, daí se concluir que existia uma “anomalia”.
A inversão da orientação da elipse na passagem de velocidades sub críticas para Assim, pode-se concluir (por experiência laboratorial e análise dos gráficos) que,
velocidades sobre críticas é consequência do centro de massa do disco passar do exterior para aumentando a velocidade de rotação, aumenta o diâmetro da trajectória e esta tende para uma
o interior da trajectória do seu centro geométrico. elipse.
Para velocidades muito superiores à crítica, o centro de massa tende para o eixo de Quando um veio em rotação com uma massa tem que funcionar a uma velocidade
rotação do disco, registando-se uma diminuição da amplitude de vibração do disco. acima da frequência de ressonância deverá evitar-se que passe por essa zona quer no
arranque quer na desaceleração durante um intervalo de tempo prolongado.
Este fenómeno denomina-se auto - centragem.
Verificou-se que quando se realizam transições lentas da velocidade sub crítica para a O ideal seria no arranque deve-se impor uma aceleração necessária para o veio passar
velocidade sobrem crítica as amplitudes de vibração são elevadas, no entanto se a transição é rapidamente a velocidade critica e na desaceleração um sistema de travagem que reduza
rápida as amplitudes de vibração são imperceptíveis. drasticamente a velocidade para uma velocidade abaixo da velocidade crítica.
Existem outras frequências que são devidas a outros factores tais como frequências da Bibliografia
mesa de apoio.
J. Dias Rodrigues, Apontamentos de Vibrações Mecânicas-Sistema veio-rotor de Laval,
Do próprio edifício e também devidos a defeitos no alinhamento ou perturbações Feup-Demegi, 2002
exteriores.
L. Meirovitch, Elements of vibration analysis, McGraw-Hill International Editions, 1986
123 124
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Trabalho experimental
Características da montagem
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= cos(ω d t1 − φ )
δ
ξ=
(2π )2 + δ 2
Fig. 114 - Resposta natural
2
Para ξ <<1, a expressão anterior pode aproximar-se por,
δ
ξ≅
2π
127 128
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Função de resposta em frequência – Método dos 3dB Resolvendo em ordem à razão de frequência β
β 2 = (1 − 2ξ 2 ) ± 2ξ 1 − ξ 2
A magnitude da função de resposta em frequência é dada pela expressão
H x (w) =
1 1
k (1 − β ) + (2ξβ )
2 2 2
Solução exacta
ξ 4 −ξ 2 +
(1 − ν ) = 0
2 2
8(1 + ν ) 4
Uma vez conhecida a solução aceitável desta equação, determina-se ωn por uma
qualquer das expressões.
Solução aproximada
β A2 = 1 − 2ξ β B2 = 1 + 2ξ
β B2 − β A2 = 4ξ
1 Resolvendo para ξ vem,
A horizontal à ordenada X max intersecta a magnitude nos pontos A e B
2
correspondentes às frequências ωA e ωB (ou βA e βB),
ξ=
1 2
4
(
β B − β A2 )
ω
βA = A
= (β B − β A )(β B + β A )
1
ωn
4
Estas frequências são fixadas pela condição Com a hipótese de que ξ<<1, então também se pode escrever a relação,
1 1 1 1 1
= ωn =
1
(ω B + ω A )
2 k 2ξ 1 − ξ 2 k (1 − β ) + (2ξβ )
2 2 2
2
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ou ainda,
Apresentação dos Resultados
βB + βA = 2
Decremento Logarítmico
Substituindo na equação aproximada da razão de amortecimento tem-se, L = 400 - 4s
Tmed = 0,1795
ξ=
1
(β B − β A )
2 δmed = 0,2796
1 ⎛ω ω ⎞ 1 ⎛ωB −ωA ⎞
ξ = ⎜⎜ B − A ⎟⎟ = ⎜ ⎟
2 ⎝ ωn ωn ⎠ 2 ⎜⎝ ω n ⎟⎠
ω −ωA
= B
ωB + ω A
1 −ν
ξ=
1+ν
L = 400 - 8s
Tmed = 0,1252
δmed = 0,5534
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Método 3Db
L = 250 - 4s
Tmed = 0,1017
δmed = 0,9145
L = 250 - 8s
Tmed = 0,1013
δmed = 0,6108
133 134
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Para o método do decremento logarítmico os cálculos foram realizados no excel depois A comparação dos resultados obtidos através do cálculo via decremento logarítmico e
de medidos os valores dos picos da função resposta recorrendo ao matlab método dos 3Db é efectuado de seguida.
Para o cálculo de coeficiente de amortecimento usa-se a média dos δ
Existindo dois casos de resposta para cada comprimento de veio , uma com 4s e outra Frequências naturais amortecidas, ωn
com 8s.
Os comprimentos de veio utilizados no ensaio foram 250mm e 400mm L=400 mm L=250 mm
Sendo assim, o 1º caso de estudo com um comprimento útil 450mm teve medições de resposta Decremento logarítmico (4s) 35,05 (rad/s) 62,39 (rad/s)
temporal para 1, 2 e 4 segundos, enquanto o segundo caso de estudo teve medições de Decremento logarítmico (8s) 50,38 (rad/s) 62,28 (rad/s)
resposta temporal para 1, 2 e 8 segundos. Método 3Db 46,40 (rad/s) 47,43 (rad/s)
As respostas com tempo de aquisição elevado são responsáveis pela introdução de
erros tanto ao nível da precisão como da exactidão, dificultando a obtenção de resultados Tabela 23 - Frequencias naturais amortecidas
próximos da realidade.
.
Coeficiente de amortecimento, ξ
Cálculo da Inércia do Volante para um comprimento útil de 400 e 250 mm L=400 mm L=250 mm
Decremento logarítmico (4s) 0,04446 0,14404
Para o cálculo da inércia do volante utilizaram-se as equações descritas na página 126. Decremento logarítmico (8s) 0,08774 0,09677
Método 3Db 0,09340 0,06593
l [m] 0,4 0,25 Tabela 24 - Razões de Amortecimento
G [Pa] 2,1E+11 2,1E+11
ρ [kg/m3] 7850 7850
D [m] 0,15 0,15 Razões de amortecimento, ωd
h [m] 0,02 0,02
D [m] 0,005 0,005 L=400 mm L=250 mm
Jo [kg.m2] 0,007803 0,007803 Decremento logarítmico (4s) 35,01 (rad/s) 61,74 (rad/s)
Ip [m4] 6,14E-11 6,14E-11 Decremento logarítmico (8s) 50,18 (rad/s) 61,98 (rad/s)
Método 3Db 46,18 (rad/s) 47,32 (rad/s)
Kt [kg.m2.s-2] 32,2136 51,54175
ωn [rad/s] 64,2521 81,27319 Tabela 25 - Razões de Amortecimento
Os resultados obtidos são a todos os níveis satisfatórios, tanto ao nível das frequências
naturais amortecidas, quer ao nível das razões de amortecimento.
Conclusão
Bibliografia
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FEUP – L.L.V. Relatórios dos Trabalhos Práticos FEUP – L.L.V. Relatórios dos Trabalhos Práticos
2005/2006 2005/2006
Conclusão Final
Com este trabalho podemos concluir que existem diversos métodos para a prevenção
de avarias.
É importante investir neste tipo de métodos de prevenção, uma vez que uma atitude
preventiva, embora com algum custo, irá no futuro poupar alguns euros. Isto é, se uma
máquina avariar vamos diminuir a produção. Uma máquina parada para conserto custa
dinheiro, ao investirmos em métodos de análise e prevenção de avarias, como os estudados no
âmbito desta disciplina, poderemos prevenir essas avarias, diminuindo deste modo os custos
adicionais que acarretariam essa avaria.
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