Você está na página 1de 24

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AÇO E CONCRETO

PROTENDIDO NO DIMENSIONAMENTO DA
SUPERESTRUTURA DE UMA PONTE FERROVIÁRIA

Glauco José de Oliveira Rodrigues, D.Sc.

Coordenação de Pós Graduação e Pesquisa / Engenharia Civil – UNISUAM

Av. Paris 72, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Engenharia Civil – FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

Rua Real Grandeza, 219, A502, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

glauco@furnas.com.br

José António Otto Vicente

SF Engenharia

Av. Presidente Vargas 1733, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

jaov74@gmail.com

Resumo: Este Trabalho apresenta um estudo comparativo entre o


dimensionamento da superestrutura de uma ponte ferroviária, cujo o vigamento
foi projetado em concreto protendido, e a alternativa composta por duas vigas
metálicas de alma cheia e seus devidos contraventamentos, mista com a laje
em concreto armado.
O projeto desta ponte ferroviária foi desenvolvido para a Companhia Vale do
Rio Doce, e integra a Estrada de Ferro Vitória Minas, importante ferrovia de
transporte de minério, que interliga os estado de Minas Gerais e Espírito Santo.
No dimensionamento estrutural, foi utilizada a NBR 8800:2008, bem como
todas as verificações nela prescritas, além de software computacional para
análise estrutural. Além do dimensionamento estrutural das longarinas em perfil
“I” soldado, apresenta-se, ao final, uma tabela comparativa de custos entre a
opção adotada (com vigamento principal em concreto protendido), e a
alternativa proposta, em vigamento misto aço x concreto.

Palavras-Chave: Pontes, Dimensionamento Estrutural, Estruturas de Aço.


1 – INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo principal, estabelecer uma comparação
entre duas possibilidades para solução estrutural para elaboração do projeto de
OAE de grande relevância, pois a mesma integra a Estrada de Ferro
Vitória/Minas, importante ferrovia de transporte de minério que liga o estado de
Minas Gerais ao do Espírito Santo.
Conforme o projeto executivo original, a superestrutura da OAE em
questão, foi projetada em concreto protendido. Entretanto, devido ao custo final
apresentado, foi sugerida uma avaliação da solução em aço estrutural,
objetivando-se estabelecer comparação de custos para empreendimentos
futuros.
O conteúdo deste trabalho consiste na apresentação detalhada do
dimensionamento das vigas metálicas de alma cheia, conforme as prescrições
da NBR 8800:2008, e a comparação quantitativa desta solução com a em
concreto protendido, conforme projetado.
Para determinação dos esforços na estrutura utilizou-se o software
FTOOL.

2 – AÇOS UTILIZADOS NAS PONTES FERROVIÁRIAS BRASILEIRAS


As pontes ferroviárias brasileiras são, em sua grande maioria,
construídas com aço carbono do tipo A24 ou ST37, similares ao ASTM A36, os
chamados aços de média resistência, tendo tensão de escoamento da ordem
de 240 MPa, sendo um pequeno número construídas em aço de alta
resistência, como o SAC-50. Além disso, foi amplamente usado, em forma de
chapas, o material conhecido como “ferro pacote”, que trata-se de uma liga
formada a partir da mistura a quente de vários tipos diferentes de aços.

3 – PONTES FERROVIÁRIAS EM ESTRADO


O estrado da ponte é composto pelo vigamento secundário, longarinas e
transversinas, e é responsável por receber diretamente os esforços oriundos da
superestrutura da via permanente, ou seja, trilhos, dormentes e lastro. O
estrado pode ser de dois tipos: estrado aberto, sem lastro e estrado fechado,
com ou sem lastro. No estrado aberto, os dormentes apoiam-se diretamente
sobre o vigamento. No fechado, existe uma laje de concreto ou uma chapa de
aço, sobre a qual é colocado o lastro de pedra ou os dormentes diretamente. A
solução em estrado aberto é mais leve e econômica, sendo usada
correntemente, enquanto que o fechado, com lastro de pedra, torna a ponte
equivalente ao terrapleno, assegurando a uniformidade da via, com vantagens
para sua manutenção.
Conforme sua posição relativa às vigas principais, o estrado ainda pode
ser classificado em superior, médio ou inferior, conforme mostra a Figura 1. O
estrado superior fica colocado sobre as vigas principais (figura 1a), enquanto o
estrado médio ou inferior fica situado entre as mesmas. Neste último caso, a
altura acima da linha pode ser livre ou limitada por contraventamento horizontal
superior. A solução em estrado superior é geralmente mais econômica, pois as
cargas originadas pelo trem transferem-se diretamente às vigas principais.
Entretanto, a solução com estrado médio ou inferior, permite ocupar menor
espaço abaixo da via, uma vez que a altura da viga se desenvolve nos lados da
linha.

Figura 1 – Classificação do estrado quanto à posição relativa às vigas

principais.

(a) estrado superior; (b) estrado médio; (c) estrado inferior

1 – trilho; 2 – dormente; 3 – longarina; 4 – transversinas; 5 –vigas principais; H – altura da

construção

4 – TABULEIROS FERROVIÁRIOS MISTOS


Os tabuleiros das pontes podem ser construídos em concreto
protendido, totalmente em aço ou mistos aço-concreto. A avaliação técnico-
econômica depende de vários fatores, os vãos, o processo construtivo, as
condições geotécnicas, os aspetos econômicos (custos de construção e
manutenção), o prazo de construção, a estética e integração paisagística.
As pontes com tabuleiros mistos aço-concreto procuram uma solução
em que se aperfeiçoam as melhores características de cada um dos materiais,
onde o concreto é um material com grande resistência à compressão e o aço à
tração. A conjugação dos dois materiais conduz a uma solução com uma boa
combinação de resistência, ductilidade e durabilidade.
A experiência tem demonstrado que as pontes com tabuleiros mistos
aço-concreto, em comparação com soluções de concreto protendido
apresentam alguns benefícios. As vantagens das soluções mistas aço-concreto
são:

 Redução das cargas permanentes, ou seja, menor peso próprio


do tabuleiro que traduz menores esforços;
 Redução no custo de pilares, de fundações e de aparelhos de
apoio;
 Redução das ações sísmicas;
Métodos construtivos simples, devido ao peso próprio do tabuleiro
reduzido e ainda pela possibilidade da estrutura metálica ser utilizada como
suporte para a forma da laje de concreto, o que permite reduzir muito, ou
mesmo eliminar, a interferência da área sob o tabuleiro durante a construção.

 Concepção de tabuleiros largos e de pontes inseridas em curvas;


 Redução do prazo de execução, o que pode ser um critério
determinante na escolha de uma dada solução.

Contudo, as soluções de tabuleiros mistos aço-concreto apresentam


também algumas desvantagens relevantes que devem ser levadas em
consideração na decisão de escolha da solução, que são:

 Maior custo inicial devido ao custo do aço estrutural e à


necessidade de mão-de-obra mais qualificada para a sua
montagem;
 Custos de manutenção mais elevados para garantir o bom
funcionamento da proteção do aço exposto;
 Exigência duma maior tecnologia construtiva.

5 – TABULEIROS FERROVIÁRIOS EM VIGA MISTA


Conforme mostrado na figura 2, a solução estrutural de um tabuleiro em
viga mista consiste em:

 Laje de concreto, eventualmente protendida transversalmente;


 Duas vigas de alma cheia, cuja ligação à laje de concreto é feita
através de conectores, reforçadas transversalmente e
longitudinalmente;
 Sistema de contraventamento vertical entre vigas;
 Sistema de contraventamento horizontal ao nível do banzo
inferior.

Figura 2 – Componentes de um tabuleiro misto


7 – DESCRIÇÃO GERAL DO PROJETO
Viaduto Ferroviário composto de vão isostático de 20,0m em estrutura
mista aço - concreto.
Largura: Tabuleiro com largura total de 6,00 metros sendo dois passeios
de 0,65m e uma caixa de brita de 4,70m.
Trem-Tipo de Cálculo: Tipo de Trem TB–360.
Infraestrutura: Fundação indireta, através de estacas escavadas com
diâmetro de 1100 mm.
Meso-estrutura: Encontros E1 e E2 para os apoios extremos, constituído
por paredes em concreto armado. Na transmissão dos esforços verticais,
horizontais, transversais e longitudinais, estão previstos aparelhos de apoio de
elastômero fretado, com transferência para os mesmos dos esforços
horizontais e longitudinais gerais da obra.
Superestrutura: Sistema em viga de aço trabalhando em conjunto com
laje de placas pré-moldadas em concreto armado.

8 – DADOS DE PROJETO
Em perfil – Em rampa com inclinação de 1,175 %.

Em planta – Trecho tangente.

Concreto fck = 30MPa

Aço: Para concreto armado: CA-50; Para aço estrutural: ASTM A588.

Pesos Específicos

Concreto Estrutural: 25,0KN/m³

Lastro (Pedra Britada): 18,0KN/m³

Impermeabilização: 22,0KN/m³

Aço Estrutural: 78,5KN/m³

Coeficientes de Segurança

Majoração: Para Esforços de Carga Permanente = 1,35;


Para Esforços de Carga Móvel = 1,50
.
Minoração:Resistência do Concreto = 1,40; Resistência do Aço = 1,15
9 – VIGAS PRINCIPAIS
Caraterísticas geométricas do perfil – VS 1800X511

d = 1800mm A = 651 cm2

bf = 500mm Ix = 3597089 cm4

tf = 37,5mm Wx = 39968 cm3

tw = 16mm rx = 74,3 cm

h = 1725mm Zx = 44949 cm3


Caraterísticas geométricas da seção mista
C.G. = 900mm Peso = 511 Kg/m
Cálculo e dimensionamento na direção longitudinal

Determinação da largura efetiva

NBR 8800/2008 – Anexo O – Item – O.2.2.1

 bc1 
 
bc1 
1900
 237,5cm b  2 xmenor bc 2 
8 b 
 c3 
280
bc 2   140cm
2
b  2bc 2  2 x140  280cm
bc 3  160cm

Razão modular

NBR-8800/2008 – Anexo O – Item O.1.2.1

Ecs  0,85 x5600 fck e 


Ea
Ec
Ecs  0,85 x5600 30
200.000
Ecs  2071, 6MPa e   7, 67
26071, 6
Determinação da linha neutra:

b  tc 
xtcx   d   AxCG
e 2 
ym  1
 b 
 xtc   A
  e1 

280  25 
x 25 x   180   651x90
ym 
7, 67  2   149,83cm
 280 
 7, 67 x 25   651
 

Adotado  ym  150cm

Linha neutra considerando a fluência do concreto

b  tc 
xtcx   d   AxCG
e 2 
yml  2
 b 
 xtc   A
  e2 

280  25 
x 25 x   180   651x90
yml 
23  2   122, 6cm
 280 
 x 25   651
 23 

Adotado  ym  123cm

Determinação do momento de inércia da seção mista

  tc  
  xtc 3  2
e b b 
I m  I x   Ax  ym  CG    1  xtcx   d  ym  
2

  12   e1  2  
   
   

  280 3  
  7, 67 x 25  280  25 
2

I m  3597089   651x 150  90     x 25 x   180  150  


2

  12  7, 67  2  
   
 

I m  7.636.690, 74cm 4
Momento de inércia considerando a fluência do concreto

  tc  
 xtc3 
  
2
b
 I x   Ax  ym  CG     e2
b
 xtcx   d  ym  
2
Im L
  12   e2 2  
   

  280 3  
  23 x 25  280  25  
2

 3597089   651x 123  90     x 25 x   180  123  


2
Im L
  12  23  2  
   

I mL  5.791.955,54cm 4

Determinação do Módulo resistente elástico

Módulo resistente elástico superior

IM
WSM 
d  ym

7636690, 74
WSM 
180  150

WSM  254.556,36cm3

Módulo resistente elástico inferior

IM
WIM 
ym

7636690, 74
WIM 
150

WIM  50.911, 27cm3


Módulo resistente elástico para seção mista acrescida da razão modular

I M  e1
WM 
d  tc  ym

7636690, 74 x7, 67
WM 
180  25  150

WM  1.064.971, 24cm3

Módulo resistente elástico superior considerando a fluência do concreto

I ML
WSML 
d  yml

5.791.955,54
WSML 
180  123

WSML  101.613, 26cm3

Módulo resistente elástico inferior considerando a fluência do concreto

I ML
WIML 
yml

5.791.955,54
WIML 
123

WIML  47.089, 07cm3

Módulo resistente elástico para seção mista acrescida da razão modular

I M  e2
WSML 
d  tc  ym

5791955,54 x 23
WIML 
180  25  123

WML  1.624.572,90cm3
Flambagem Local da Mesa – FLM

NBR 8800/2008 – Anexo G – Tabela G.1

bf 50
   6, 67
2tf 2 x3, 75

E 200 x103
 p  0,38  0,38  3,18
fy 345

NBR 8800/2008 – Anexo F – alínea “c”

4 4
kc    0,385
h / tw 1725 /16

NBR 8800/2008 – Anexo G – nota 5

 r  0,3 fy
 r  0,3x345
 r  103,5MPa

Conforme Anexo G – nota 6 da NBR 8800/2008

E 200 x103
r  0,95  0,95
 fy   r  345  103,5
kc 0,385

r  16,96

Momento Fletor Resistente de Cálculo

NBR 8800/2008 - Anexo G – Item G.2.2

 Momento de plastificação:
M pl  Z x fy
M pl  44949 x34,5
M pl  1.550.740,50 KNcm
 Momento de início de escoamento:
M r   fy   r  Wx
M r   34,5 x103,5  x39968
M r  965.227, 20 KNcm

 Momento Fletor Resistente – Mrd1


NBR 8800/2008 - Anexo G – Item G.2.2. – alínea “b”

1    p 
M rd 1   M pl   M pl  M r  
 a1  r   p 

1  6, 67  3,18 
M rd 1  1.550.740,50  1.550.740,50  965.227, 20 
1,1  16,96  3,18 

M rd 1  1.274.954, 66 KNcm  12.749,55KNm 

Flambagem Local da Alma – FLA

NBR 8800/2008 – Anexo G – Tabela G.1

h 1725
   107,81
tw 16

E 200 x103
 p  3, 76  3, 76  90,53
fy 345

E 200 x103
r  5, 70  5, 70  137, 24
fy 345

 Momento de início de escoamento:


M r  fyWx
M r  34,5 x39968
M r  1.378.896, 0 KNcm

 Momento Resistente – Mrd2


NBR 880/2008 - Anexo G – Item G.2.2. – alínea “b”
1    p 
M rd 2   M pl   M pl  M r  
 a1  r   p 

1  107,81  90,53 
M rd 2  1.550.740,50  1.550.740,50  1.378.896, 0 
1,1  137, 24  90,53 

M rd 2  1.351.970,88KNcm  13.519, 71KNm 

 Momento Fletor Resistente Limite (Flecha) – Mrd3


fy
M rd 3  1,5Wfyd  fyd 
 a1
34,5
M rd 3  1,5 x39968 x
1,1
M rd 3  1.880.312, 73KNcm  (18.803,13KNm)

 Momento Fletor Resistente de Cálculo - Mrd

 M rd 1 
 
M rd  menor  M rd 2 
M 
 rd 3 

M rd  M rd 1  1.2749,55KNm

 Momento Fletor Solicitante - Msd


ql 2
M sd 
8
1,35 x 24,15 x192
M sd 
8
M sd  1.471, 20 KNm

M sd  M rd  (viga atende a solicitação antes da cura do concreto)

Verificação da Viga Mista

Conforme Anexo O – Item O.2.2.1

NBR 8800/2008 - Item – O.4.2.1.1 do anexo O, temos:


 1 Acs fckEc 
 
2  cs 
Qrd  menor  
 Rg R p Acs fucs 
  cs 
 

Propriedades do Conector tipo pino com cabeça

NBR 8800/2008 – Anexo A – Item A.5.2.

 Aço estrutural = ASTM A108 – Grau 1020


Fy= 345Mpa

Fu=415Mpa

NBR 6118/2003 – Item 8.2.8

Ecs  0,85Eci
Ecs  0,85 x5600 fck
Ecs  0,85 x5600 30
Ecs  26.071, 60MPa

 Determinação da força resistente de um conector ao cisalhamento:


 x 2, 22
3x 2067, 2
1 Acs fckEc 1 4
Qrd 1  
2  cs 2 1, 25

Qrd 1  134, 48KN / conector

 x 2, 22
Rg R p Acs f ucs 1x1x x 41,5
Qrd 2   4
 cs 1, 25

Qrd 2  126, 20 KN / conector

Qrd 2  Qrd 1

Qrd  Qrd 2  126, 20 KN / conector


 Força resistente a compressão da laje de concreto
Rcd  0,85 fcdbtc
3, 0
Rcd  0,85 x x 280 x 25
1, 4
Rcd  12750 KN

 Força resistente a tração do perfil


Rtd  Aa fyd
34,5
Rtd  651x
1,1
Rtd  20417, 73KN

 Força horizontal resistente de cálculo:

R 
Fhrd  menor  cd 
 Rtd 

Rcd  Rtd  Fhrd  12750 KN

 Número de conetores entre a seção de maior momento positivo e a


seção adjacente de momento nulo:
Fhrd 12750
n   101 conectores  (adotado 102 conectores)
Qrd 126, 2

Adotado linhas de 3 conectores a cada 25 cm

Q rd  nQrd

Q rd  102 x126, 2

Q rd  12872, 4 KN  Fhrd (atende)


Momento Fletor resistente de Cálculo da Seção Mista

 Linha neutra plástica na alma do perfil


( A  Af ) fyd  Af fyd  0,85 fcdbtc
34,5
( A  Af ) fyd  (651  187,5) x  14.537, 05KN
1,1
 34,5   3, 0 
Af fyd  0,85 fcdbtc  187,5 x    0,85 x x 280 x 25   18.630, 68KN
 1,1   1, 4 
( A  Af ) fyd  Af fyd  0,85 fcdbtc  (não atende)

Com o resultado acima teremos a linha neutra plástica na mesa superior do


perfil.

1
Cad   Aa fyd   Rcd   Rcd  Fhrd
2
1  34,5  
Cad  x  651x   12750 
2  1,1  
Cad  3.833,86 KN

Cad
yp  tf
Af fyd
yp
3.833,86 yc   1, 23cm
yp  x3, 75  2, 45cm 2
34,5
187,5 x
1,1

Tad
yt  y  Tad  Rcd  Rtd
At fyd
12.750  3.833,86
yt  x87,55
34,5
528,5 x
1,1
yt  87, 6cm

 t 
M rd   vm Cad  d  yt  yc   Ccd  c  h f  d  yt  
 2 
  25 
M rd  1x 3.833,86 x 180  87, 6  1, 23  12750 x   0  180  87, 6  
  2 
M rd  1.687.008, 0 KNcm  16.870, 00 KNm 
 Diagramas dos esforços solicitantes
Cargas Permanentes – CP

Reação na viga devido às cargas permanentes - item 5.1.3 - Rviga = 51,1KN/m

Peso próprio da viga metálica – ppviga = 5,11KN/m

qcp  Rviga  ppviga


KN
qcp  51,1  5,11  56, 21
m

DMF – Momento Fletor – Mcp

Carga Móvel – CM
DMF - Momento Fletor – Mcm

M sd  1,35M cp  1,50M cm
M sd  1,35 x 2536,5   1, 50 x 4967,5 
M sd  10.875,53KNm

M rd  M sd  (atende)

Verificação das Tensões atuantes:

 Tensão de tração na mesa inferior

Msd 1.087.553, 0
 td  
WIM 50.911, 27

KN 34,5 KN
 td  21,36 2
 fyd   31,36 2  (atende)
cm 1,1 cm

 Tração de compressão na laje de concreto

Msd 1.087.553, 0
 cd  
 eWSM  7, 67 x254.556,36

KN 3, 0 KN
 td  0,56 2
 fcd   2,14 2  (atende)
cm 1, 4 cm
10 – CONCLUSÃO

Conforme mostram as tabelas a seguir, pode-se notar que, tradauzidos em


volumes e, considerando-se os custos unitários dos materiais empregados, a solução
em vigamento misto (aço x concreto), é menos custosa que a alternativa por
vigamento em concreto protendido. Além, é claro, de um grande alívio no peso total da
estrutura, que acarretará meso e infra estruturas menos carregadas e,
consequentemente, igualmente menos custosas.

Vale ressaltar que, esta conclusão, refere-se exclusivamente ao caso particular


analisado no prestente trabalho que não possui qualquer pretensão de afirmar ser
possível a extrapolação da mesma, devendo cada caso ser analisado individualmente.

Quantitativos – Estrutura em Concreto Protendido

Volume do tabuleiro

Volume
Quant.
Superestrutura Altura (m) Largura (m) Comp. (m) Área (m²) (m³)

Laje 0,25 6 19,8 1,5 1 29,70

Caixa de passagem - - 19,8 0,115 2 4,55

Pingadeira 0,050 0,4 19,8 0,02 2 0,79

TOTAL - 35,05

Volume das longarinas

Volume
Quant.
Largura (m) Altura (m) Comp. (m) Área (m²) (m³)

V1 = V2 0,80 1,68 19,80 1,34 2 53,22

Volume das
transversinas

Largura Volume
(m) Altura (m) Comp. (m) Área (m²) Quant. (m³)

Transv. dos apoios 0,30 1,35 2,00 0,41 2 1,62

Transv. meio do vão 0,30 1,48 2,00 0,44 1 0,89


Quantidade de aço CA-50

Armadura

Vigas e transversinas 228,0 Kg

Tabuleiro 5.254,0 Kg

TOTAL 5.482,0 Kg

Peso total da Estrutura

Material Peso (Kg)

Concreto 217.872,0

Aço Estrutural 5.482,0

Aço CP-190RB 2.356,0

Total 226.070,0

Quantitativos – Estrutura Mista aço – concreto

Volume do tabuleiro

Volume
Quant.
Superestrutura Altura (m) Largura (m) Comp. (m) Área (m²) (m³)

Laje 0,25 6 19,8 1,5 1 29,70

Caixa de passagem - - 19,8 0,115 2 4,55

Pingadeira 0,050 0,4 19,8 0,02 2 0,79

TOTAL - 35,05

Quantidade de aço das longarinas

VS-1800x511 Altura (m) Comp. (m) Quant. Peso (Kg)

V1 = V2 1,80 19,80 2 20.236,0


Quantidade de aço dos diafragmas

L-4"x4"x5/16" Comp. (m) Quant. Peso Kg

D1 = D2 2,95 8 288

M1 2,68 16 523

TOTAL 811

Peso total da Estrutura

Material Peso (Kg)

Concreto 87.625,0

Aço Estrutural 21.047,0

Total 108.672,0
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003). NBR 7189 - Cargas


móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias: Rio de Janeiro.

MARTHA, L. F. ( 2008). FTOOL – Two Dimensional Frame Analysis Tool.


www.tecgraf.puc-rio.br/ftool.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2008). NBR 8800 - Projeto e


execução de estruturas de aço de edifícios: método dos estados limites. Rio de
Janeiro.

MASON, J.; GHAVAMI, K. (1994). Development in brazilian steel bridge


construction. Journal of Steel Constructional Research, v. 28, p. 81-100.

MASON, J. (1976). Pontes metálicas e mistas em viga reta: projeto e calculo. Rio
de Janeiro, McGraw-Hill.

RFFSA (1979). IVO-04: Manual de Inspeção de Pontes e Viadutos Ferroviários.


Normas e Instruções Gerais de Via Permanente, vol. 1. Rio de Janeiro.

PINHO, F.O. (1998). Projeto de pontes metálicas. Volta Redonda, RJ, Curso de
capacitação - Escola de Engenharia e Informática de Volta Redonda.

CBCA, Centro Brasileiro da Construção em Aço (2005). Rio de Janeiro. Aços


estruturais. Disponível em: <http://www.cbca-ibs.org.br/aços_estruturais.asp>. 2005.
Acesso em 17 nov.

KLINSKY, G.E.R. G. Uma contribuição ao estudo das pontes em vigas mistas.


1999. 184p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) - Universidade de
São Paulo, São Carlos, 1999.
ANEXOS

Você também pode gostar