Dados estatísticos divulgados pelo governo federal comprovam que, em dez anos, a violência contra as mulheres negras aumentou 54%. No Brasil, onde a população negra é a maior fora da África, as mulheres negras estão na base da pirâmide social, condicionadas às piores condições de trabalho, menores salários, ocupando postos de trabalho mais precarizados e vivendo em lugares sem condições básicas de moradia saudável. As estatísticas do IBGE comprovam que 21% das mulheres negras são empregadas domésticas. Todos os estudos comprovam que as mulheres negras estão entre os piores índices sociais e econômicos do país. Até mesmo entre os beneficiados pelos programas sociais do governo esta realidade se expressa. Em cada dez casas que recebem o Bolsa Família, sete são chefiadas por mulheres e, em sua maioria negras. Estas diferenças se materializam ao se constatar que, as mulheres negras recebem menos da metade do salário dos homens brancos e vivem todos os dias em preocupantes condições de vulnerabilidade, em que o risco da violência é constante. A estas mulheres cabe a luta diária contra todos os tipos de discriminação e assédio, seja na sociedade ou expresso e destacado pela mídia. É preciso entender que as mulheres negras estão diante de uma realidade desumana e precisam enfrentar cotidianamente o racismo, o machismo e a pobreza. A conscientização da importância dos negros para a sociedade, por meio da educação, reforça a luta para vencer as desigualdades em nosso país. A história de resistência do povo negro no Brasil e no mundo confirma a luta por valorização, destacando as mulheres negras. Atualmente, estas mulheres tem resgatado sua auto estima e conquistado seu espaço. Entretanto, ainda há muita disputa a ser feita e os movimentos sindicais e sociais estão a cada dia intensificando suas ações neste sentido. Assim, a defesa de políticas públicas que coloquem as mulheres negras trabalhadoras em condições de igualdade é, também, uma tarefa de toda a classe trabalhadora. Obrigada pela atenção!!! Quem gostou bate palma, quem não gostou, paciência!