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HOC TEMPORE
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TERENTIUS.
i OBSEQUIUM AMICOS, VERITAS ODIUM PARIT
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MACAO.
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os, que acceleraraô a glorioza façanha succe- dade, e á boa ordein, com que se condusio o
os maiores ellogios.
Liberdade, e derrocarão o horrendo collosso
ce
que consolidou os direitos e os deveres do Ci- I ssidade que havia de hum Novo Governo,
dadaÕ, instalando-se, entre as salvas de hum *lue obstasse, e servisse de barreira á torren*%
c
degria, hum Governo Provisorio, segundo a *°> 'lum Novo Governo, que impedisse hum a
Utade geral de todos os Moradores, o qual no j inevitável e próxima Anarchia; pois que tudo
pouco timpo da sua instalaçao, tem dado so- I lhe augurava hum futuro assas desagradável,
bejas pr»vas do seu patriotismo, do seu zcllo, e | e das mais funestas consequências, huma vez
A Energia oorem deste povo, sempre leal I que athé ali continuado haviaõ: isto he; con-
ao Seu Ama?ló Soberano, e amigo da boa or- j servando-se no lugar huma das Authoridades;
l * 1
dem, manifestou nesta occasiaò com a mavor ! cuja exclusão exigiaó, como fonte e origem don-
evidencia, qué nad hé somente ao som de Lelli- ! de brotava todo o mal ao commercio, e por con-
cos instrumentos entre o fragor das armas, em- ! ' cquencia a C idade inteira. | 1
J uíga^tíos inútil e ocioso referir, que a agri- brantio-se sempre, que jà mais prostituiremos a
o commercio a única base, em que está cimentada dos ignorantes, ou daquelles que inconsiderada-:
dência pela ingerência, que a ditta Authoridade energia do povo Macaense em sacudir o jugo da
no
no e
e prejuízo
prejuízo da
da Fasenda
Fasenda Nacional,
Nacional, e dos
edos Ne
Ne j *cus direitos j apontar finalmente os melhoriB
gociantes da Praça, que se achavaó com o seu j de que he suceptivel esta Cidade, f tá
todo
negocio estagnado, ao mesrac tempo que os Ex- ° «osso empenho. Naõ deixaremos tod -a
a
samos continuar nossa tarefa athe que p<
Ora se notarmos o desagrado, com que foraó buquerque huma carta, que lhe dirigio o Cone
jcebidas as primeiras noticias attinentes á nossa lheiro Manoel Pereira dattada de 8 do corrent!\
pionagem que houve sobre os papeis públicos municado, que havia Sua Alteza Real a Priri-
ce
vindos de Lisboa ; se observar-mbs as minato- sa Nossa Senhora Dado à Luz hum Príncipe
no
rias reprehençoens, e continuas ameaças, com ^*a ® (
^e e
9lle Sua Magestade con-
que foraó vexados alguns dos verdadeiros pa- descendendo com os vottos Nacionaes, se havia
triotas ; se disser-mos, que o adherir á Causa declarado em favor das disposiçoens, que a bei
9e refleccionar-mos finalmente em tudo o acon- Portugal para onde pertendia partir em todo >
tecido; sem duvida se concluirá, que a afFectada ^ez de Abril, oque levava ao conhecimento de9-
adhssaõj que por fim mostrou à causa publica, to Leal Senado pela ideia em que estava, do
foi filha das circunstancias, e naõ de huci ver- quanto lhe seria gratta esta noticia por s
dadeiro patriotismo.
dobrado objecto ; E por que este Leal Sen
Naõ entraremos por agora no exame crytico se tem sempre anticipado a fazer publicco ser
de todos os factos, que precederão a installaçaõ do regosijo nas differentes occasioens, ei* que por
actual Goveriiu; basta somente o transcrever- I motivos taõ justos he chamado a demonstraçoens
um momento arriscar: resolve, apegar de ser mais que suíhciente, o que tem ditto sobre amaneira por que
s votos da Naèa» para o que possa fazer a sua publicas com hum Te-Deum no fim delle, encarregado o Pro-
ílicidade: Guiada, disse, por taO assignalados curador das dispoziçoens do estillo,, e de hir tratar com S.
Coimbra.
ÍDISS7 O Illuissimo Conselheiro Miguel de Arriaga anno passado, Dando à Sua Chegada todas as es-
um da Silveira,, que havendo chegado no dia de hoje, o peradas Provas da Sua Voluntária, e espontânea
cia da chegada de S. Magestade e Sua real Família ao a felecidade da Nação, e do Estado; logo se con-
| to :,»q os títulos deve ser recebida com geral aplauzo, houvesse jà hum Triduo de luminárias nas Esta-
m
qunnto por este Leal Senado, cuja convocação foi desta Cidade as 4 horas da tarde; para cujo
derijaò lodos OS Moradores, a quem fica sendo f Coloniae de S. Majestade pelo involvimento de outra N,
,cndo
as repartiçoens publicas, de provarem a sua de- "9eja fc,tom,>D
íaú"a Vereaça» de 5 de Janeiro do as,
todos se afixou este na Porta deste Leal Senado. monstracocns, por onde, se mostrava sermos conformes CO
M
na Ordem de Christo, Alferes Mor Escrivão da " ha\ ia de faser logo que chegarem as ordens, que de ce
VIr;,
Camara, e Fazenda que a tiz escrever, e sob- « da Capital; naõ tendo duvida também lembrar, que no
ao de (
screvi.
P
ANTONIO JOZE GONCALVES PEREIRA. °r meio dcr<
'Pr<'sentacoens. ou por qual quer Deputado c
ANTONIO GULARTE DA SILVEIRA. Francisco Antonio Pereira de Silveira; disse, que se refferi
tra
FELIS VICENTE COIMBRA. 1ue 0 ,riduo das
'"minarias, eo Te-Deum forao mand
8 ESSA O 30 de Janeiro de 1822. Constituição que o Mesmo Soberano J urou, dictada pela
(Continuar-se-ha.)
NOTICIAS MARÍTIMAS. *1
que elta tem por timbre, e que certamente nen huma outra ca-
ENTRADAS.
mara Portugueza lhé teria avantajado, se alonginqua distancia
ticias. Avista do que disse o Procurador Felis Vicente Coim- I Francisco Baptista.
Ludivino da Encarn&çaó.
tando por tudo quanto fisessem as Cortes, cujas ordens julga vi-
seguir, aqui nesta ia, visto esta ser dizigual as das mais Fernandes da Silva.
'3
AVIZO.
Todos os Senhores que quiserem sobscrever neste periódico, faser alguns avisos, e inserir su*§ memorias o poderi
faser em carta fechada ao Redactor, dirigindo-se ao Laboratório Constitucional em casa do Senhor Joaquim José dos Santf
** J ancila» verdes, aonde se achará owestno periódico de venda pelo preço de 100 Reis.
NA IYPOGRAPHIA PO GOVERNO.
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frustrou do modo mais sahio e energico suas
Quando esta ( idade se achava disfructando I depravadas intençoens; merecendo especial men-
Mico hia progredindo à proporção, que os dia?r da Silva Barboza, que immediatamente passou
desviavaó daquelle, em que o Novo Governo a avizar o Governador da Barra, que posesse
tinha sido instalado; quando a justiça, por tanto | a sua gente em armas, visto ser desta Fortalesa
tempo exulada dteste paiz, se via de novo resur- j que os revoltosos pertendiaò extrahir as munis-
gir, dando-se as partes o que por direito lhes soens, afim de se fortificarem na de S. Paulo do
competia ; quando intoleráveis abusos na admi- Monte e de realisarem seus dopravados intentos.
nistraçaõ nacional se hiaò pouco apouco extir- | o Juiz Paulo Vicente Bello, e o Veriador Do-
pando; quando finalmente a nova Governança | mingos José Gomes, os quaes todos se dirigirão ao
se achava empenhada em faser sentir aó povo j Quartel General, aonde o Illustrissimo Gover-
desta Cidade os benévolos effeitos da Constitni. n.dor da. Ar, fes instantaneamente expedir
res entre si, lasendo-lhes esquecer o passado, e | Cidade, e seus Moradores das funestas
conse-
censpiraçaô.
1
J «"te!-!, que denunciou apreineditada cons-
ptraçuô
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overnó porem tomando, como convinha, as
ca, este severo tribunal, principia a exercer seus
6
versal de seus indivíduos, verdadeiros Consti- governo deixa de ser susceptível de erro; po
Como porem a justiça, a união, a tranquilida- Quando levardes porem a sua presença algu-
de, e a boa prdem, bases em que se cimenta á ma representação, deve ser com o respeito devi-
a homens inquietos e perturbadores, por isso nab sultos, como tem feito alguns inimigos da Or-
he para admirar que houvessem algumas pes- dem social. Amai a Ordem, a paz, ea tranquili-
soas que se disgostassem da saudavel reforma, dade ; por que só deste modo podereis gosar doa
que nesta Cidade tinha havido. Mas que deli- deliciosos fructos da Santa Constituiçaô.
- %
sos; sendo vos mesmos que adheristes à cauza Geral Jozé Ozorio de Castro Cabral e Albu-
Nacional, escolhendo entre vos os membros que querque, que tendo-se em Sessào do Leal Sena-
gundo as bases de huma Constituiçaô, que vos conveniente adiar as declaraçoens ulteriores,
livrou de hum profundo pélago de desgraças e relativas ao systema actual, consistindo esta
de misérias, que vivendo á sombra deste sagrado sem duvida, no precízo acto de Juramento as
juramento, procurassem ainda semear de novo dens, que necessarimente devem vir da capital,
Ah ! naô vos deixeis illudir, naó profaneis o como huma semilhante demora toda via inde-
nome sagrado da Patria, sede verdadeiros Por- terminada, naó esteja de accordo com os seos
tugueses ; o ter nascido neste, ou naquelle He- sentimentos, nem dos mais vogaes, como está
misfério he hum accidente, fugi, fugi de seu hy- certo, quaes saõ os da mais firme uniaó aos
cia das Leis; he aquelle que naô pode deixar quência determinado, que prestemos agora
de estimar a sua felicidade, e que deseja a boa mesmo aquelle Juramento, e que o mesmo
Ordem; he finalmente aquelle que foge da con. façaõ prestar as demais authoridades, e corpo-
fusaó e da Anarchia ; e todo aquelle que obser- raçoens, fazendo-as comparecer na Secretaria
vardes descontente com a nova Ordem de coizas do Governo, ou como for mais comforme, fi-
1
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ferida Sessaó deste Leal Senado, na qual se- accommodada ao Local, possa° ser ácccrdados
e em vista aligitimidade dos actos, ou acto | por este Leal Senado, a bem do Publico que
l{i requerido, entendendo-se por isso entaô reprezenta, tendo elle refferente em carta official de 6
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jqcia, e jà mais pelos demorar, por outro algum j Ç°ens: ser,a
Por tanl
° (íe
opiniaò, que o refferido Jura-
«fubnr para singularidade de ideyas, alias Leal Senado tem sempre praticado os .eus reconhecimento*
nies a todos os bons Cidadaons, lizongeando de qual quer motivo publico, seja nesta salla da Camera, seja
onde
sorvar os dezejos com que todos qual primei- entenderem conforme, precedendo o competente Ban-
0 í>e presentou nas competentes demonstraÇo- do, ou Editaes, otija por este accordo, ou ouvindo para
el,e os
n j tudo justifica aboa disposiçaO em que deve | Cidadaons que se entenda conveniente, cujo chama-
a. A ^ —
mento
onsiderar os demais vogaes averificaçao agora Conselho pleno, como está determinado por cazo.
exlraord,narios
gtno de hum acto taó eonforme aos vottos 'teria d
e ensinuar como mais acertado, se
enhor D. Joaõ VI, ao Soberano Congresso, e vizos ser por Bando na forra a ordinária, ou em corpo de
Lea
bnstituiçaô por elle legalmente organisada. | l Senado: Terceiro, em que lugar deve praticar-se este
Nacional, mostraó OS papeis públicos, haver das : Quinto, se devem anteceder, ou ser subsequente ai-
• <r\ 1 • • a « •«.
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rey prestado na Sua chegada a Capital do "m acto Relc
?ioso- qm.l, quando, c aonde , Sexto, se de-
IDecreto de 24 de Fevereiro do anno passa- para a solemnidade, decoro, c publicidade tal como óò
Entretanto como em vista do ponderado proprio deste acto pelos seus fins, e effeitos de esperada
«rece justificada a demora athé agora havida, prosperidade, e já mais por qual quer voluntária demora
jjtie parecia apoiada» no mesmo silencio guar- nem mesmo por se duvidar da Geral adhezao de todos os*
cidadaons e
Ido pelo actual ministério, quando na partida » unicamente para que entrando como partes
d n,esm C
» Brigue Temerário de Lisboa em 24 de Julho, I ° ° °rp°' nem fiquera desconhecendo 38
conformes
ÍntenÇoens de todaesla
»daofficiou separadamente para este estabeíe- Governança, nem ignorem o moti-
rias
° systema para que mostraó os Diários haver da Governança para serem consultados, sobre o raetho
ver|
xcellentissimo Ministro da repartição da Ma- ^o ficar esta
solemnidade, e entaò se rezolvera
08 quezitos acima
Jha pedido os respectivos papeis ministeriaes, Ponderados-
ndo (Assignados)
porem mui justo que na sahida do Navio
4% ■
Ozorio. Arriaga.
Pereira.
diz de\ e regressar para o mesmo Porto de
Vasconcellos. Silveira.
Gularte,
Lemos. Coimbra.
começo apresente com a leitura do anterior termo : pondo-se Depoiz desta Leitura, propôs o morador loaõ Iozé da Sil-
em consulta os artigos ali expendidos, se tomou a seguinte rezo- Souza, em nome dos mais Cidadaons aqui j untos, que visto
ali tomada, como único testemunho o da prestaçaõ do juramen- njia a neceS9j[dade da Elleiçaó de huma Commiçaó como cc
to, mais accommodado aos seus próprios sentimentos, e adhe- consultivo, ou Iunta preparator;a, para que examinado o
zaó a cauza nascional: tendo por necessário hum adiamento quivo da Contadoria desta Camara, se arranje huma repre.
compativel com os meios descentes, que devem preceder avenfi- taçaõ com relaçaõ as circunstancias peculiares deste Estab
, açaó do acto, esua publicaçaó; opinando naò deve ser em dias mento, seja levada ao Soberano Congresso, por huma Dej
r? Quanto ao 3, que .e verifique aquelle acto naa Cazas da Car- de entre todos seis Elleytores, para escolherem os dittos
mento,
H&VllLVS) pelo que lhe disem respeito,
* e recommendallos aos , _ .
* X
prosperas vantagens; continuando o mesmo Conselheiro
B —
como da repartiçaó da Fazenda: esta a opinião do Illustrisimo
hum discurso a tal respeito, que ficou para ser copia dt^
n i i ua
da ni\-oníu
mesma uuiuiuv
opinião v
o Conselheiror Manoel— ' e
Pereira, «
p or lai
em geral aj untamento, prestar o ditto acto, athe para mais o Lemos, Coimbra, Manoel Perei
solemnizar sendo deste parecer os seguintes. Joaõ de Deos de Castro, Antonio Vicente Roza,
Vicente Roza, Miguel de Araujo Roza, Joaõ Joze da Silva Joaquim Antonio da Si
Francisco JoZé da Paiva,
Antonio Pereira,
Domingos Pio Marques,
e Souza, Antonio Pereira, Rafael Bottado de Almeida, Joa-
logo depois do Juramento, que em hora própria, e combinada Sahio o Brigue Letícia para Bombay a 18, Capitaifl
com o ditto Prelado deve preceder a"este acto. todio Rozario de Araujo, cora hum Passageiro Mr. fl
AVIZO. Todos os Senhores que quiserem sobscrever neste periódico, faser alguns, avisos, e insirir suas memorias o p
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faser em carta fechada ao Redactor, dirigindo-se ao Laboratório Costitucional em casa do Senhor Joaqui
Janella» verdes, aonde se achará o w smo periódico de venda pelo preço de 100 Reis.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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OBSEQUIUM AMICOS, VERITAS ODIUM PARIT."——TERENTIUS.
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entp a morte do Cidadatf Hippolito de Sou- I ^ao Frincipe Regente, comniandado pelo Ma
por causa da brevidade do tempo, referir a idea. I ' a i o cadavci athó o ( ollegio de S. Paulo
(
que ha anno9 tínhamos formado do caracter e * 'at'° a se
Pultura, dando-se tres les-
tl eza
wj ii li • i aulo do Monte com huma salv*
aiv<
He verdade, que elle nao possuía conhecimen- *
1 I Cie onze firno lei-
de onze tiros de canhaõ.
h
| alma bem formada. Sentimentos de Religião e ^ ^ °UVe Cidade nt
m
piedade, amor da patria, e huma verdadeira fi- Pre fausto, e gloriozo dia 19 de Agosto, ec
)ntras
lantropia, o distinguirão sempre entre seus con- <armo> com o dia 19 do corrente, em que
a fal
SM (,UVÍda COncluiremos
membros d'Actual Governança, hé huma prova. ' 9ue
seus
seus T11 nQtr
íilustras i
colegas -x» x
manifestaraõ a esta i
Cida- brevivem, e que reconheciao seus dotes pes
*
j i a |, ^ soaes.
ae peia talta, que sentiaó deste respeitável mem-
Pro
zendo-lhe as honras fúnebres, que em semelhan- Posta (l
° Cidadaõ JoaÕJoze da Silva eSouz;
Pro
Patria, que terminaõ a carreira de seus dias no Poz Joa
° Jozé da
Silva e SouZa, que antes de determinai
SC <1C jurament0
serviço delia, saò também huma prova naõ equi- ° ** 'para lue este naô
Passe dl
iprotfd caracter, e elle nos annuncia, tornando-se anossa alegria por duplicados mo
ade deste benemérito Cidadaó. tivos mais completa, huma por vermosjà adhiridos, e vinculado:
10 A ABELHA DA CHINA.
ao Systema Nascional, com que a nossa naçaó vai a regenerar o saô as verdadeiras intençoens dos Cidadaons, saô muitas vezes
seo antigo esplendor, outra por sentirmos em nos mesmos os objectos de indireito peso aos Povos, ainda quando espontânea
Trata-se da prestaçaô do juramento á Constituição da Mo- finalmente despesas improductivas, unicamente a bem dos Chi-
u * a n„A»Domno ..no nas, e por isso só naó bastaõ para se considerar a felicidade
1
narchia Portuguesa, que as Cortes fizerem, todos nos somos una-
*" I _ — _ _ a •• • * « •
proveitosa.
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vezes liaste
nasce UU
do CCUUU
centro 11IV.OIIIU
mesmo dos mais bem formados dezig-
pios nos tem sido tirados: por tanto para que no-los seiao conce- .. ,
toda a sua marcha, naõ foi perturbada, nem por hum momento,
• « «• . yi A 211 _ ^
ja de repreZentar, disputar, e remover nas Cortes aquillo que
seu cargo a tratar lhe naò fica tempo, para cuidar com a energia
cido. athè formar-se o devido pacto social, em que vae reali-
preciza da reprezentaçaõ que deverá fazer este reprezentante; „ extença» dos Direitos, e dos deveres, * extirpação
compriria elleger-se huma junta de commissaõ composta de 9 dos actos arbitrários, aque os homens sempre tendem, quando
Membros, seguindo-se para esta Elleiçaõ o modo com que se no- saô retidos pelo poder de huma Constituição; fiscalisada em
meaõ os Senhores Senadores, ou aquelle que accordarmos con- gua 0j,servancia por todos os Cidadaons, por que dáhi depende
formes, os quaes teraô nesta CaZa da Camara, hum lugar de- a fejecidade de todos. Insinuar o espirito publico, estas ide
terminado, para em separado faZer as suas Sessoens, aquein se ^ (j a sua prosperidade, e desviar todas as suggestoens, quj
franquearaó os arquivos, todos que julgarem precizos para se I gga^ perturbar, e quietar a terra, abalando-se antigos eixos,
estabelecer os artigos, que devem ser discutidos pelo nosso re- atem mantido em taó grande Gloria Nacional, a pezar
presentante, e o Leal Senado por hum acordaõ em sessão que ^ sabidas, e arriscadas coacçoens, que mais de huma vez «q
deve ser transmitida em copia com todos os assignados a ditta a rcgenta a historia dos nossos últimos tempos. Exa-qui o mej
tiver deliberado; ficando a cargo da mesma junta para de acor- benevolência quiz entre vos mesmo. E hè em tal qualid^
Deputado, ou Representante, que mais apropriado julgar ao em todas as circunstancias do estado de tranquilidade public.
mento prestar por mais esta commissaõ hum Juramento de cidadaô hé igual; cuidando cada hum em seos trabalhos, es
cumprir com os seus deveres com toda a imparcialidade a cou- occupaçoens ordinárias, sem soçobro, nem perturl
confiamos, e transmittimos o nosso direito de pro< urarinos «i I ^ ^ v0gs08 dezejos, tal a constante pratica de Morador
s ■ •| M I lllVO DWV V
nossa regeneração, e felicidade. — Joaó Joze da .1 va e ..uza. egtabelecidog; 8Ím cu offendcria as vossas consideraçoens,
>*♦*<
me persuadisse por hum momento, de que outra hè vossa n,
DISCURSO DO
cha. O verdadeiro espirito Constituicional, vos esta bem
Illustrissimo Concelheiro Miguel de Arriaga, nhecido, que naõ consiste, nemno mater.al lamaço,
• • .1 «rin^lPAfi T
refferido na mesma Sessaó antecedente. nem na adopçaó dos meios, que mais inculquem vindicos l
ao cnene
chefie ua
da Naçaõ em - a bem
nome, e de hum ^
Publico, que tem Augusto Congresso, esta a ,
cou Naçaó que nos ama como
ahonra
ailUUItt. de
U« representar: Actos festivos,
7 epomposos
r posto que I contitlicion „al, pt o e c ; '
ftlhllsi
justificados, em quanto patenteiaõ o regosijo proprio de espe- mais do que hum Pa. «, seos
prestado da milhor vontade todas as artes, que seguraraó aos e Paulo Vicente Bello, que daraó por escripto o seu parecer,
Povo» a sua regeneração, e.comellasos vinculos que mutua- os quaes todos depois se explicarão milhor declarando a sua
mente "ligaó Superiores, e súbditos. Nisto nada tenho a duvi- convicção à medida hontem tomada para a publicação do
dar; mas hum dever se naõ taõ valente, como aquelle, que acto do Juramento a Constituição, e sua vereficaçao, acor-
contrahi para ter a ditta de aparecer entre vos com caracter dando todos unanimamente (sendo perguntados cada hum
publico, vinculo reiterado por mais de huma ves, permita-se Je per ) qUe se vereficasse o ditto acto, com a solemni-
que o repita se nao taó valente, ao menos de grande pezo hè, dade, e Pompa accordada, chamando o Clero, Nobreza,
o que agora me faria fallar no meyo deste ajuntamento, se por e povo> na formado Edital aprezentado, e minutado a
ventura eu podesse separar a pessoa de presentaçaô. Mas conlento de t<)dog ()g pregeilU.8> ficando a cste Senado 0 expe.
deixai Senhores, que vos recorde a minha particular situaçaó, .... ... • j j
privasse deste direito. Ella com tudo naõ pode destruir os I ulterior, a bem do Paiz, por ser própria convicça» dos a baixo
meus dezejos, de entrar com vosco, como de huma mesma fami- assignados, ser acto illegitimo todo aquelle que asim naó for
ia, no exame do que pode tomar-se util a vossa estabelidade, regulado ; por isso, que havendo sido expontania a declara-
este taô invejado estabelecimento. Naò valhaò as provas que ça5 de toda esta Governança, e a sua adhezaò ao systema
pencavater dado para lhe chamar huma mayor renomeaçaó, Constituicional, naò se dá mo tivo para alterara Lei estabe-
para a fazer gozar das vantagens para que o seu Local o con- lecidn, a qual o Soberano Congresso mandou seguir athè a
vide: a cauza da regeneração se admitte sacreficios individu- Publicação de Constituiçaô, que ainda naó está publicada,
jaes; naó deixará de admettir esquecimento a erros passados, como se entendeu pelo Projecto do mesma Constituição»
que possaò ter vindo da falta de entendimento, ou da frageli- para se discutir ; tendo a penas as Bazes sido mandadas
dade humana. Hum perpetuo silencio ponha termo a todas as cumprir por Decreto da Regencia de 10 de Março de 1821,
dezavenças—Busque-se o que hé mais util, rompa-se o veo da depois Juradas por Sua Magestade a sua chegada a Lisboa,
adulaçaõ; subsiste obem geral de hum Paiz a quem tenho obriga- | £m quanto a commissaõ foraõ nomeadas com 27 votog
çaó de ser gratto— revolvõa-se os arquivos, suscitem-se os an- a Joaò Jozé da Silva e Souza, a Jozè Baptista de Miranda
tigos previlegios, e nada escape avigilancia de bem entenciona- e Lima com 20, a Miguel d* Araujo Roza com 16, a Joaõ de
quero nada mais desejo, que obem das familias, de que faço par-
(Assignados)
viços que em occazioens arriscadas vo9 fiz, por que estáo bem
Sendo lida a Sessaõ anterior, se houve como rateíicada, Opinião do Cidadaô Francisco Jozé de Payva
cora excepção de Francisco Joze de Pay va, que deo por refferida na sessaõ antecedente.
tudo hoje estou de outro accordo, e digo, que a elleiçaõ alguma? a Naçaõ toda pelo seu Illustres Deputados, tem
de Deputados me parece he nulla feita antes da elleiçaó do jurado manter a nossa liberdade j em fim tornarmos homès:
novo Governo dà Camara Administrativa, a qual se deve e como duvidamos hum só momento unir anossa cauza'
proceder antes de tudo, e por todo o Cidadaõ, na forma do a couza da liberdade! Eia Cidadaons se entre nos hà al-
Capitulo 22 da Constituição, e de pois se seguirá, o que gum(oque duvido) que naõ dezeje ser livre, separe do
se pertende; por tanto sou de o piniaó, que se siga neste nosso seio do seio da Illustre Naçaõ a quem temos a honra
importante assumpto por ser a mesma formalidade, que se de pertencer* eu naõ duvido, que a opinião publica seja
tem observado na nossa Corte, e em todas as mais Colonias a adhezaõ a cauza da liberdade, mas quem nos constitue
Portuguezas, que a clamaraõ a Constituisaõ nacional, e naõ árbitros dessa opinião? por ventura so nos somos Cidada-
se fasendo desta maneira, entaõ se esperem as ordens de Sua ous? naõ gozaõ geralmente todos agora desse preciozo
Magestadeieste hé o meu votto, e naõ direi mais nada sobre direito? por que naõ saõ ouvidos? e ainda que nos cons-
Francisco Jozè de Payva. tituem árbitros de sua opiniaõ, como, e de que modo de-
o assumpto de que se trata.
_ . . t „ i ir- x t>~ii~ bres Cidades do Porto e Lisboa, que taõ felismente deraõ
1
princípios anossa regeneração politica, o Governo antigo,
Cidadaõ
v IlldUClV Constituicional
v viljtl vil iviviiut Paulo
m. ■ w Vicente
- . Bello,
— #que
£ a nova
os Juramentos.
receio algum, e francamente os seus sentimentos, e por ^ ap(jro pacicncla. ,nas vind(> aqui a fim de paten.
tal elle agora os manifesta, sendo estes que tendo elle lido ^ opinia5> eu d;g(() que [)aõ ,lè ()ulra) quc ou
1 1 s
' ejurea Constituição, e sejamos Governados por leis Cons-
J r n
' _ * . I seos e nossos destinos, jâ mais se esquecéraó da quelles, que
1
mui amados Concidadaons com uidiíterença, logo para que
NECROLOGIA.
que tratasse segundo vejo de opinar, se se deve ou naõ jurar Malabar, na idade de 34 annos.
AVIZO. Todos os Senhores que quiserem sobscrever neste periódico, faser alguns, avisos, e insirir suas memorias o poderaò
faser em carta fechada ao Redactor, dirigindo-se ao Laboratório Costitucional em caza de Joaquim Jose dos Santos as Janellas
verdes, aonde se achará o mesmo periódico de venda pelo preço de 100 Reis.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO
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LISBOA.
MACAO.
com
^íuito mal servida nos lugares de cônsules
, . Tl . • I Foi
- w. lida huma reprezentaçaò
iv /iv^lliuyv de
Ui, Joaô
WOUO Nepomocc
A v wpwuiovi
lidades aponta, devendo entre ellas terem a re- guid0) na pu51icaça5 do Systema ConstituÇion«l. daodo-a
conhecida adhezao ao sjsteuia Constitucional. por na^ conforme, pelas cauzaes ali expendidas epor que
2a. Sendo certo, e indubitável, que ha Portu- alem de atacantes acada hum dos vogaes desta Administra,
puezes taò degenerados, e perversos, que pro- Ça8, involvem circunstancias naó verificadas igualmente co-
curaô por discursos, e conversaçoens, tanto mo o naó sa5 os exemplos apontados, pois que em nenhuma
publica como particularmente transtornar, e parte foi tida por anti-Constituiçional aquella Governança
9
perturbar a nova Ordem das couzas, dissemi- I
lazer, e piopoi ao Soberano Congresso, para qUe Da §ua chegada a Lisboa assumio o poder executi-
ser descutido, hum projecto de Ley criminal, vo, por onde tudo deve emmanar. Se assentou, que a
cjue puna como crime de Leza Naçaò, tendo em refferida reprezentaça» depois de registada, fosse levada
ao s
vista a Ordenaça do Reino no que he respec- I °^erano Congresso com explicaçaò relativa aos pon-
tos
tivo a este objecto, todos aquelles que por este Coiistituicioiíac», ou naò Constituicionaes já verifi-
publica. Aprovados.
vogaes desta Governança, salvo a cada hum o que lhe
cáo o per.go, a que se expõem todos aqelles, que arlig0 u da ^ Primeira> 0 direilo de Peliça8) na_
{■ movem tumultos, ou alvorotos; por que o da bà que possa justificar o contrario procedimento, raz.
14 AABELHADACHINA.
iorrncnte era hura assumpto em que esta Governança dando çaò da Constituição, e reclamar a respectiva responsabili-
o devido cumprimento ao Decreto dè 24 de Fevereiro, e 7 dade dos infractores. Elie por tanto considera ser do seo
de Março do anno passado dattado do Rio de Janeiro, nada dever expor a Vossa Senhoria o seguinte.
mais enteudeo fazer,que insinuar a necessidade de esperar Que havendo nos mezes de Março, Abril, e Mayo do
pelas reformas de melhoramentos, que as Cortes estáõ fazen- anno proximo passado de 1821. apparecido nesta Cidade
do, nem outra foi a recommendaçaô de Sua Magestadè, na por Gazelas Extrangeiras os primeiros annuncios da nossa
Sua Sahida do Rio de Janeiro, como se vé da sua falia dirigi- feliz regeneração, foi geralmente observado o desmayo,
da aos Habitantes do Brazil, na datta de 23 de Abril do anno que esta noticia cauzou aos que eraõ afferrados pelos seus
vincnlos por que tem de reger-se, nada mais lhe resta para
suadir ao Povo, que esta nova mudança hé firmada em
Lemos, Coimbra.
Que foi notorio, qne alguns dos honrados, e afflictos Ci-
v
' * '
verdadeiro Portuguez offereceo todo o dinheiro que fosie I cados no referido dia 6 do Corrente o chamar-sc os Almo-
□eccssarioj offerta que naõ quizeraõ receber; mas convenci- taceis, foraõ estes chamados no mesmo dia, menos o Re-
dos lavraraS hum termo em VereaçaS para se festejar a No- presentante cujo «ome naô estava na Lista (o único tal-
va Constituiçaõ no dia 8 de Dezembro do anno proximo pas- | ves excluído dos naò empregados;) para se acharem no
sado de 1821, oque com tudo naõ sô naô sceffectuou, se naõ Conselho do dia seguinte 7 do Corrente, e sò neste dia, em
que houveras nesse mesmo dia passos tanto em contrario, horas impróprias para as suas circunstancias hé que foi cba-
Que hé também sabido, que vários annuncios vindos em Que neste segundo ajuntamento havendo vários Cida-
papcis públicos dera 5 toda a certeza de ter Sua Magestade I daons intrépidos, e honrados qne duvidarão jurara Cons-
chegado aos seos Estados Europcos, e Jurado a Constituiçaõ, tituiçaõ nas maons de hum Governo naõ Constituicional
mas nadadefestevidade. I esta oppiniaõ foi recebida com escândalo; c toda a As-
Quefinalmente chegando no dia 5 de Janeiro do prezente I setublea se alterou! Que confuzaõ! Quesatisfaçoens se naõ,
anno o Brigue Temerário, que sahio de Lisboa aos 24 de Ju- I deraõ! Que protestação de Patriotismo! Alguém dimit-
I •
lho, soube-se pelos papeis públicos tudo o que até a essa epo- tio eifectivameute de si o Governo? Nenhum. Pelo con-
ca se havia passado na Corte, já entaõ naô poderaô apagar trario se disse que o Governo naõ podia ser mudado sem
tantas luses, que fiseraô ? Festejou-se a Constituiçaõ e a | ordem expressa, que o Povo naÕ estava authõrizado para
Nossa Felis Regencraçaõ ? Naô. Festejou-se unicamente a nomear os seos Governantes. Que o Governo actual íoi
clleito
Felis chegada de Sua Magestade à Europa. Pel° Povo
- Que aiiu,a naò
tínhamos Leys ConsG-
Quem hé que espalhou tanto terror, e tanta averçaõ ã tucionaes para por ellas sermos governados. Apegar de
tui
Nossa Felis Regencraçaõ, como demostraô os factos reíiri. *° Ç110111 sus
tcntava, era omesmo que também
dos? Hé hum, e outro, as duas Authoridadcs mais abaliza- confessava ao mesmo tempo o mào Governo, que fez
conselho, quanto naõ trabalhou a intriga para que somente ■< serem insultados pelo Povo. Esta plena confissão mostra
fossem chamados unicamente os Senadores sidos, e exclui- a pouca satisfaçaõ, que o Governo actnal tem do mesmo
Que junto o Conselho no dia 6 do corrente, composto dos contra a vontade do Povo que nas actuaes circunstancias se
referidos Senadores sidos, nada mais se discutio, se naõ so- consideraõ com direito de elleger os seus Governantes,
bre a forma de Juramento, o citio cm que deve ser dado, Que neste seguinte Conselho haTcndo vários votos
quem o deve receber, ea Solemnidade, que se deve faser para para se convocar o Povo naõ foraõ attendidos, e que tudo
a publicaçaõ da Constituiçaõ. Nada mais se discutio, nem quanto athe aqui se disse ter passado de nada se lavrou
se attendeo apesar de que naõ faltaraõ, nessa occasiaõ Cida- assento para se conhecer a pluralidade dos votos, e que
daons Patrióticos, que francamente expuseraõ seos sentimen- Q unjCo assento que se tomou, foi a da nomeaçaõ de vari-
l# •
tos; estas suas exposiçoens naõ foraõ attendidas, e sô serviraõ os Cidadaons, proposta feita por hum dos mesmos, e naõ
para magoar os Coraçoens dos afferradosào Systema anti- pelo Senado, para rever os archivos.
go, que explicaraõ seos seníimcntos já com palavras, e jà Que pelos factos referidos se mostra que até aqui naõ
com lagrimas. Quam diff<t<tuc be c>»a scena, quando se bà nada analogo, e conforme ás bazes da Nossa Santa
compara com o que se passou no* Domínios Portugue- Constituiçaõ por faltar aquella liberdade regulada pela Ley.
zes na Europa, e America! Que os argumentos feitos pelo Conselheiro Ouvidor fi-
Que sendo conforme aos pareceres de aiguns dos convo- caõ destruídos pelas mesmas bazes da Constituiçaõ, por
/
16 A A RE LHA DA CHINA.
• i » 9
do Egypto podem escurecer estas verdades.
Hum Povo que tanto tem soffrido, este Povo que ad-
%
nal, naô está inabilitado para o governar, e reger: e por
« . I ^ ^ ^ »
gocio da Nossa Feliz RegeneraçaÔ para que naô se profane o
devem ser reelleitos pelo mesmo Povo para então ser este
duvidar.
O REDACTOR.
tantos males tem soffrido, os quaes já teriaô sido remedia-
AVIZO. O Concelheiro Manoel Pereira faz saber ao publico, que elle pertende vender alguma das suas proprie-
lades de Cazas, menos a da Armaçaò, ou ainda Mobílias de bom gosto. Toda e qual quer pessoa, que as quizer comprar, pode
lirigir-se ao mesmo Conselheiro, que fará a venda por preços modicos. Igualmente f~z saber, que o seo Navio Io. Rey do
teino Unido, fará viagem para a Europa até 15 de Janeiro, seguinte com escallapelo Cabo de Boa Esperança, ou Santa Elena,
tio de Janeiro, Bahia e Ilhas dos Açores; toda e qualquer pessoa que quizer carregar nelie alguns effeitos á fretes, que os fará
la lesma forma que o Negociante Jozè Nun« da Silveira, tem feito nos seus Brigues.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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MACAO.
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Juizes, Vereadores, e Procurador do Leal Senado da Ca-
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datta, pelo que tendo-se em vista o Decreto de Ea-rey
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da nossa ligaçaò ao Systema Constituicional, que nos segura
com outra salva. A quietaçaò, boa Ordem, e regularidade,
tuintes da monarchia Portugueza, e suas bazes já decreta- vontade ora repetimos, Viva a Religião, Vivaô as Corti
f
18 A ABELHA DA CHINA.
IS de Fevereiro de 1822.
EU CARLOS JOZE PEREIRA, Cavalleiro Professo I Agostinho de Sã, Joaõ Virente Ferreira Gordo, Joa5
na Ordem de Christo, Alferes Mor Escrivão da Jozé dos Santos, Paulo Vicente Bello, Antonio Joaquim
Camara, e Fazenda que a fiz escrever e sob- Alves Pereira, Joaõ Jozè Vieira, Christovaõ Jozè de Mo-
Foi lida huma representação em nome de diversos Morado- I Justiniano Vieira Ribeiro, Ludivino da Encarnaçaõ, Joa-
res, e mais pessoas ali assignadas, a cerca da Opinião anteri- 1uim Justiniano de Sà Pereira Vasconcello», Luiz Manoel
-0m '«> .*i» i •
ormentc dada por Joaò Nepomoceno Mahcr, e se houve de Cordeiro, Ignacio d' Almeida, Antonio Guedes, Bartholo-
lhes dar em papel subscripto por mim a resposta, que depois .meo Tavares, Joaquim Maria Vidigal d' Almeida, Marciliuo
DESPACHO.
Lizo,t
de 12 do Corrente a respeito da rcffcrida Opinião de Joaò Nepo- I S?ea"d°-sc esta Governança em acolher todas as
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CO Antonio Pereira da Silveira, que foi de parecer seguinte. I °r Se
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'j,,s' P«».ni*na, e indivi,
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Seja registada, e remetida ao Soberano Congresso com a repre- I "c,mlrase a e,la
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ja P"»sivet o ..
marcha seguida por este Leal Senado, onde deverão ser exa- P»»» Jasrelaçocns de hum Paiz, em que qual quer alleraçaò
con,
minados em conformidade do antigo 14 das Bazes da Constitui- ^ Prometler a sua
conservação abem da Naçaõ,
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Çaó, que por hora servem provisoriamente de Constituiçaò. ® " °° ° "' ^ °SSe' |,C
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^ulari
Asoentou-se, que a forma do Juramento fosse da maneira dadedasuamarcha.no exacto cumprimento de actos, naò
.eguinte- Juro aos Santos Evangelhos, obediência a Santa Re- | PurameDt* ^'"^ativos da Soberania Nacional, mas da,
9
mento, que acordou da remessa ás Cortes na forma das
mesmas Cortes, que também juro.
Silveira. Gularte. tancia, se naõ entendesse, que dada ella, como fizeraõ outros
Lemos.
*»
Coimbra. Moradores, naõ se pertendia mais qne sogeitalla à maioria dos
* . v
votos livres, e expontâneos, que deraõ lugar a deliberação
Reprezentaçaõ acuzada na Sessaõ anteedente. I lomada> unicaiueilte par, ratificar com o solemne juramen.
a cauZa
abaixo assignados, que elles himentaõ a falta de Provi- Nacioual, ficando os actos ulteriores dependentes de.
»
dencia, que tem merecido a justa reprezentaçaõ de Joaõ I ^uPe|"i°res Ordeus; e era quanto assim se conduziu rjsta
Nepomoceno Maher, e a falta de contemplaçaõ de Vossa Covernança deliberando aprestaçaô do reflferido jurarae-nto,
Senhoria para com o Povo desta Cidade, em cuja classe naõ fez mais que regular-se pelo Decreto (a) de Sua M-iges-
entraõ homens de consideraçaõ, e condecorados, que naõ ! tade dattado de 24 de Fevereiro de 1821. E em c^uralo
devem ficar de serem ouvidos no Negocio actual da Nossa convocou os Cidadaons mais esperiraentados para o > ouvir
I *1
Feliz Phegeneraçaõ, e por tanto supplicaraos a Vossa Senho- sobre a escolha do dia, pompa, e decoro,com que perten-
ria, e pedimos em Nome do Soberano Congresso Nacional j dia fazer aquelle acto, naõ pezando sobre o Paiz c*oin despe-
nos queira diferir com a benignidade, que esperamos, e taõ J zas improductivas, que naõ decidem da verdadeira intenção
fins da publica regeneras uS, cederaõ «,s meyos, que naõ po- I o acto que vai dar começo à dezejada reSeneraça8, em que
dt-m alterar.se, era quanto com o devido reconhecimento toma toda parte, acto que verificado no altar da liberdade
deo attençaõ à taes dispoziçoens foi depois que vio na Ses- Civil deve sepultar todas os pessoaes vendictos, para naõ ar-
saõ (f) do Congresso de 28 de Abril do anno passado a geral rastar o Publico à sacrifício abem de particulares, quando
t.
satisfação, que ali cauzou a noticia da adhezaõ de Sua Ma- por elle saò os destes exigíveis, naõ duvida de pois, ouvir
gestade, à quem se quiz logo dar o nome de Pay da Patria? devidamente a cada Cidadaõ que o deseja, para ulteriores, i
reconhecendo os Illustres Deputados na Carta (g) de 9 de competentes Deliberaçoens; chamando para isso àcommissaô
Mayo do mesmo anno, que dirigiraõ logo a Real Prezençaj | jà nomeada, afim de calcular com ella o melhor modo de in-
carta que naó menos prova consideração pela Sagrada Pes- I acolher pelos meyos seguidos em toda aparte Nascional, des
soa de ELRFY CONSII 1UICIONAL, que odecoro da Na- de o feliz dia 24 de Agosto de 1820, sempre remarcavel pe-
çaõ, e seos reprezentantes; em quanto assentiu que houves- los seos felizes effeitos, apoiados na Proclamaçaò (i) da mes-
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se huma commissaõ, como corpo consultivo, para encami- ma datta. No que provando este Leal Senado a suacondes-
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I ;
nhar futuras reprezentaçoens, naõ deo outrà prova, que a cendencia á pertençaõ dos reprezentantes, tem o direito de
* ■' Cl
(f) Correyo Brazilence N. 156 pg. 588.
(b) Correyo Brazilence N. 151 pagina 647
(c) Diário Numero 126 Mayo 1S2I. (g) Diário N. 75 de Mayo 1821 pg.843.
v J
(d) Diário N. 130 Junh de 1821. (h) Diário Numero 126 Mayo de 1821.
(e) Diário N. 156 Julho de 1821. (i) oPregoueiro Luzitano parte Primeira pg. 16.
20 A ABELHA DA CHINA.
Fevereiro de 1822. ,
Ozorio, A Silveira,
Constante Admirador.
DF.CLAR ACAO
Coronel Antonio Ferreira de Arriaga, o segundo Tenente a por na respeitável Prezença de Vossa Senhoria a copia
hnni espirito seddicioso, e calumniante como cúmplices Dezejo infinitamente, que fique sem effeito este mco
competente.
Senhor Redactor.
por muitos annos. De Vossa Senhoria
Como vejo inserida» na Abelha da China varias Sessoens O mais Attento Venerador e Criado
da Leal Senado, c outros Papeis Púbicos; persuadido de que Fevereiro 11 de 1822. Joaõ Nepomoceno Maher.
NOTICIA.
Matheos Vanoemberg, Cidadaô casado, e morador nesta Cidade, na Freguesia de Sam Lourenco, assistente na rua
do Basarinho, tendo a distincla honra, e felicidade de obter do Illustrissimo e Leal Senado a Liceaca para estabelecer
huma casa de Leilão particular, fas saber ao Publico, que ellevai dar principio no dia Sabbado 12 do corrente nas casas
da aposentadoria do Senhor Fclis Vicente Coimbra, confrontadas com as do Senhor Francisco José de Payva na mesma
Freguesia: por tanto qual quer pessoa que quiser pôi as suas fasendas, trastes &c. pode derigir-se ao sobredicto, ficando
na entelivencia de que concluída avenda, se dedusiraõ para despesas cinco por cento. E para que chegue anoticia de
N. B. a Relaça# detudo quanto se achar para vender será apresentado no dia do Leila#, que começará no dia Sabbado,
AVIZOS. Sexta feira 11 do corrente, pelas 9 horas da manhã nas Cazas do Manoel Jozé dos Remédios na rua FormoZa, a on-
de morava o Major Cavalcanti, haverá Leilaõ de differentes trastes, livros, instrumentos Mathematicos de uzo do mesmo Major.
Segunda feira 14 do corrente pelas 9 horas de manhã em CaZa de Joaquim Jozé dos Santos, se hà-de proceder á Leilaò publico
do» moveis pertencentes a JoaÓ Antonio Morin, Capitaô do Brigue Temerário, falecido aos 7 de Setembro proximo passado.
Pelo JuiZo da Ouvidoria Geral se há-de vender a Ilha verde, havendo a pregoaçoens nos dias quarta feira, sabbado, e
quarta feira, 9, 12, e 16 do corrente, para ser arrematada no ultimo dos dias referidos, a quem maia der.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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55
OBSEQUIUM A MI COSj VERITAS ODIUM PARIT. TERENTIUS.
MACAO.
Acto do Juramento.
el Pereira, Januario Agostinho da Silva, Antonio Pereira,
No Anno do Nacimento de N. Senhor Jesus Christo de Carlos José Pereira, Francisco de Mello da Gama e Araujo,
1822, aos 16 dias do mez de Fevereiro do ditto Anno, Brigadeiro e Commandante do Batalhaò de Príncipe Regen-
D. Fr. Francisco de N. Senhora da Luz Chacim, o lllustris- mais de 163 assignaturas. E mais declaro, que depois da
^ simo Governador e Capitaó Geral Joze Ozono de Castro quelle acto descendo o ajuntamento para á Portadas Cazas
Cabral e Albuquerque, o Illustrisimo Conselheiro Miguel çamara> a|, jeo 0 Ulustrissimo Governador os seguintes
de Arriaga Brum da Silveira, os Juizes, Vereadores, Pio- vivas, Viva a Religiaò, Viva Elrey, Viva as Cortes, viva a
curador, e Thezuoreiro, que actualmente servem, a Illustris- Constituição, o que repetirão todos os que se achavaò pre-
sima Corporaçaõ do Cabido, Prelados das Religioens, o sentes juntos com a Tropa, que commandada pelo refferido
Ulustrissimo Conselheiro Manoel Pereira, o lllustrissimo Ulustrissimo Brigadeiro ; salvara5 as Fortalesas, e.repicara#
Brigadeiro e Commandante de Batalhaõ do Príncipe Re- | os Sinos continuando todos os concurrentes a pè para a Igre
e Editaes afixados na tarde de 13 do corrente mez, para o I es^e publjco receheo o novo svstema Constitucional, ha-
I •
e fiei to ali declarado, qual hé, o de prestar solemnemente | vendo a mayor quietação, decoro, e possível pompa.
vangelhos (em que foi pondo cada hum a roa 8 direita) pelo «te jnramento o Sol apenas despontou no Orizonte, im-
theor, e forma seguinte» Juro aos Santos, Evangelhos, Obe- mediatamente dezapareceo por naõ querer servir de tes-
decrettadas, que também juro. Oque tendo-se verificado as mudanças, que haver deviaõ na Governança, como opi-
com o uiayor euthuziasmo, prazer e alegria, se finalisou este nado tinhaõ vários ( idadaons, sendo esta a vontade geral do
acto. Eu Carlos José Pereira, Cavallciro Professo na Ordem po\o. A atomosicra se condensou de modos que as noites
de Chrito, Alferes Mòr Escrivão da Camara e Fazeuda o es- dezignadas para a illuminaçaõ da Cidade foraõ cubertas de
crevi e assignei com os ditios Senhores. bum nevoeiro taõ esposso, que mal se podia ver as lumi-
Carlos José Pereira, Fr. Francisco Bispo de Macáo, José narias, ainda era piquena distancia; hum morno silencio se
Ozorio de Castro Cabral de Albuquerque, Miguel de Ar- observava entre seus habitadores, os quaes traziaô estam-
riaga Brum da Silveira, Francisco Pereira da Silveira, An- pado no rosto o desprazer, que tinhaõ sentido pela marcha
A ABELHA DA CHINA.
2?
irregular daquella Governança; prezagio certo do que havia i veira, conjunto com o Escrivão da Camara, para o ditto
de accontecer, ainda depois de se jurar a Constituiçaõ Po- effeito, e para formar a Carta de felicitação,
titica da Naçaõ Portugueza. As absolutas continuarão do Aprezentou o Vereador acima referido Francisco Antonio
mesmo modo; a administração da caixa Nacional era igu- Pereira da Silveira, huma indicaçaõ por escripto, propondo
almente arbitraria, e os verdadeiros Constitucionaes era a ^iaç^ de hum Collegio de educaçaõ de Meninas, para
• I
considerados reos na prezença da Governança. As seguin- cuja despeza offerecia cinco por cento da Legitima, que
tes Sessoens provaraõ com evidencia a nossa asserçaó, e a havia recebido no Inventario, feito pela morte de seo Pay.
anahze, que depois havemos de fazer sobre elias, conlundi- | o que sendo ouvido com geral aggrado, como em objecto
rà aquelles, que pertendem justificar a Governança antiga^ de reconhecida necessidade, se houve de tomar em conci-
Disse o Vereador Francisco Antonio Pereira da Silveira | 8eos sentimentos, aindicaçaõ declara, que elle desde já se
que havendo assentado esta Governança dar parte ao So- subscrevia contribuente, se as suas circunstancias naõ pag-
berano Congresso de tudo quanto tem havido nesta (a- \ sass>m de simples Militar. E continuando o lllustrissimo
inara atinente à nova ordem de cousas, principiada a tratar ; çonselheiro, disse que pela justa persuazaõ, que naõ menos
uaõ só alegitimidade das decizoens, mas a publica da preeminência do instituto, que entregue ao cuidado de
tranquilidade, de hum Estabelecimento com relaçoens taes, hum corpo Moral, naõ hé suceptivel das falências próprias
que alteradas podem comprometer a sua existência poli- de cazas particulares a quem sem taes vinculo* Religiozos
tica : se entendeo necessário nomear, e encarregar alguns tal vez mais liguem ideias mercenárias unicamente tenden-
citado relatório, nos termos refferidos, e por isso por una- niências acordadas, com os Pays de familias, ou com o
nimidade de pareceres foi nomeado o mesmo referente, o Governo, sem fazer mayor cazo do adiantamento dos edu-
mencionado Vereador Francisco Antonio Pereira da Sil- candos : parece justificada a sua ideia em apoio da indica-
A ABELHA DA CHINA. $3
mos princípios havia derigido a Real Prezença de SuaMagi*^- mil patacas; vejo que a Constituição tem em vista úteis escol-
Ozorio. Arriaga. Vasconcellos. onde deveraó ser educados os novos alumnos da Naçaó, de-
Pereira. Silveira. Coimbra. baixo da inspecção das Camaras; ex-aqui o que com ancia
Março de IS22.
ma educaçaó na escripta, e na falia, e ainda na Religião, quan_
desta Cidade, prementemente jurada a Constituição Politica o Sexo femenino, só vejo huma total ignorância em tudo que
da Monarchin ; e tendo eu, por minha feliz sorte, sido neste respeita á instrucçaô das letras, que naò há mais que lamen-
anno hum dos Membros deste Respeitável Corpo pela primeira tar, naó a sua indolência, mas sim a falta de mestras que as
ves; começando desde a primeira Sessão desta Camara com ensinem. Sendo ellas nossas Espozas, ou filhas, sendo ellas,
a alegre noticia de ser jurada por Sua Magf.stadf, a Consti- como nós, Portuguezas na Constituiçaò, haô de ainda ignorar
para as despezas publicas, que por que naõ foraõ obrigados, Senhor Redactor. Induza achara a copia do requeri-
foraõ donativos gratuitos; à imitaçaò também do meu proprio mento assignado por vários Cidadaons, o qual devera ser
24 A ABELHA DA CHINA.
énxeriodo na Gazeta da Semana próxima conforme a landa Cavalcanti, prezo na Fortaleza da Barra ;e Joaquim
Deos Guarde a sua pessoa muitos annos, Cidade, todos comprehendidos na Denuncia, e implicados
Macào 12 d* Outubro d' 1822. Seu Attento Venerador, na Conspiraçaò formada contra o actual Governo: cora
Antonio Vicente do Rozario Aggersborg. declaraçaò porem, que os dous primeiros Reos se constitui-
COPIA.
testemunhas da Devassa, o terceiro ainda, que nega o facto,
PRONUNCIA.
tiniano de Vasconcellos, como a sua confissaò naò hé bas-
Obrigaò estes autos de Denuncia, e Devassa a prizaõ, e tante para a sua condemnaçaò, e naò ha na Devassa
livramento aos Reos Jozè Caetano Malho prezo na Cadea ; testemunha, que o acuze, assignará termo na Cadea para
ao Tenente Coronel Emilio Manoel Moreira, prezo na For- se transportar daqui para fora no primeiro Navio, que
taleza de Guia; ao CapitaÒ Alexandre Joaquim Grand-Pré, seguir viagem ; visto ser também este Reo cazado, e esta-
prezo na Fortaleza de Saò Francisco ; ao Alferes Francisco belecido em Bengala. O Escrivaõ passe as notificaçoens
BELLO.
parto j ao Sargento Mor Antonio Francisco de Paula Hol- Macao 2 de Outubro de 1822.
NOTICIA. O Illustrissimo Leal Senado; em Sessaõ de 28 de Fevereiro d' este presente anno, houve por bem diferir ao
equerimento, que lhe fisera Thomas Beale, declarando, que este continuaria a gosár, sem algum embaraço, da protecção e
>erdade de commerciar n' esta Cidade, segundo os Reaes Avisos expedidos à favor do mesmo, pelos quaes lhe era concedido
AVIZO. O Cidadaò Filippe Jozf. de Freitas fas saber ao publico, que elle pertende vender a sua Feitoria sita na praja de
anduco . Toda, e qualquer pessoa, que quizer compra-la pode dirigir-se as casas do Vendedor.
O Cidadaõ Antonio Jose de Vasconcellos pertende igualmente vender as casas da sua assistência na rua do Hospital.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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N A
1822.
QUINTA FEIRA, 24 de Outubro.
N°. VII
5)
4
vontade a ta5 prospero systema, fazendo à este Senado mais
que tanto se tem feito dignada consideração do mesmo Abril de 1822. Eu Carlos Jozè Pereira, Cavlleiro Professo
Augusto Senhor. A Illustrissima e Excellentissiraa Pessoa "a Ordem de Christo, Alferes Mor, Escrivão da Camara, e
Fazenda
de V. Excellencia Guarde Deos muitos annos. Macàoem ' 1ue a fiz escrever
' esobcrevi
- Francisco Autonio
Meza de VereaçaO, 28 de Junho de 1822. Eu Carlos Joze Poeirada Silveira, Antonio Jozè de Vasconcellos, Antonio
Pereira, Cavalleiro Professo na Ordem de Christo, Alferes Jozé Gonçalves Pereira, Antonio Gularte de Silveira, Ber-
Mór, EscrivaS da Camara, e Fazenda, que afiz escrever, nado Gomes de Lemos, Felix Vicente Coimbra,
esobscrevi. Francisco Antonio Pereira da Silveira, Auto- O ditto Relatório naS ficou registado na Secretaria do
nio Jozé Gonçalves Pereira, Antouio Jozé de Vasconcellos, ' ^'ca' Senado.
é i
na Sessão de hoje, o relatório do modo com que se recebeo laçaõ, e progressivo empenho pelo bem Nacional, dando ao
nesta Cidade, e sua Governança a Fausta noticia da nova mesmo tempo conta da maneira satisfactoria, comque nesta
ordem das coizas, e regeneração Politica da Naçaõ Portu_ Cidade se houve de solemnizar, e receber o oovo systema
♦ r.
gueza; este Senado tem a satisfaçaõ de incluitlo no presente Constitucional -t e naõ havendo já esperanças de partida do
26 A ABELHA DA CHINA
Navio Triunfo, que se teve entaõ em vista: tomei delibe- raens e Freitas. Tendo este Leal Senado a certeza, (como
raçaõ de enviar aquelle official por via de Inglaterra, bus- lhe acaba de communicar o Illustrissimo Senhor Governa-
cando-lhe huma passagem ábordo do Navio Scaleby Castle, dor) de que Vossa Senhoria se quiz encarregar de filicitar
Capitaõ Newall, que deve passar pela franquia deste Porto ! a Sua Magestade constitucional, e ao Soberano Congres-
nestes dias. so pela nova Ordem das couzas, por parte deste mesmo Se-
II
0 que participo a V. Senhoria para o que tiver por con- I nado tem a honra de enviar a nomeaçaõ pela qual, o autho-
forme, na certeza de que ater, que fazer ao Ministério riza para aquella felicitação, esperando de mais aquelles bons
quaes quer antecipadas communicaçoens, emquanto naô officios, que os conhecimentos, que saõ proprios de Vossa
verifica da maneira que tem acordado, encarreguei a sua Senhoria^ e dos que tem adquerido pela residência de tantos
entrega ao sobredito Coronel nomeado, á quem V. Senho- | annos nesta Cidade lhe possaò ministrar para bem deste pu-
ria mandará abonar aquella passagem segundo a conta, que | blico. Deos Guarde a Vossa Senhoria muitos annos. Ma-
dero Morador Antonio Pereira, adiantando igualmente os j eáo em Sessaõ de 10 de Abril de 1822. Eu Carlos Jozé Pe-
soldos da sua Patente effectiva, de hum anno somente, com . reira, Cavalleiro Professo na Ordem de Christo, Alferes
a Guia competente, vista a escalla que terá de fazer a meo Mor, Escrivã# da Camara, e Fazenda, que a fiz escrever,
ver, sem prejuízo da Caixa, pelo que mais teria de pagar e sobscrivi. Antonio Jozè Gonçalves Pereira, Francisco
a chegada da nova Patente, e suas annexas daquelle Official Antonio Pereira da Silveira, Bernardo Gomes de Lemos,
Senhores Juizes, Vereadores, e Procurador do Leal Senado Lettra pela qual authoriza ao Coronel Jozé de
Resposta do Leal Senado a Carta acima. mara desta Cidade do Nome de Deos de Macào na China
Illustrissimo Senhor.
Guarde &a.
7
de 10 de Abril de 1822.
momento, que eu deixava de annuir a nova coininissaõ mente tomadas, para o havido juramento da Constituição,
Leal Senado; à cujas Benéficas Disposiçoens, jade mais Silveira, Lemos, Coimbra.
agradecimentos pelo haver habilitado para por em pratica Documentos que acompanhas o ditto Officio.
para a sua conservação abem da Naçaò, e da mesma Religião, j equivoco, quando taõ legal, e moderado tem sido o manejo
se guiados os seus Vogaes pela mais estudada moderação, e cri- neste, e outros negocios a seu Cargo, em que tem dado mais
zolada Lealdade ao novo Systema, naò buscassem desvaneçer provas do seu patriotismo, e generoZidade promíscua, e indivi-
mal fadadas ideas, com que se pertendeo sobre a Sagrada Egide dualmcnte fallando, do que esses homens, que se fallaò somente,
da opinião publica, que naõ hè, nem pode ser a de hum Curro e que nada tem feito a bem da Cauza Publica; o que tudo
de ociosos, como milhor o explica o Diário da Regençia,N# 135, deve ceder: ficando para occaziaô directa a remessa dos tra-
c anterior, à onde se tivessem bem lido o caracter desta Rainha balhos da Commissaõ, quando esta, que será para isso instada
I
do mundo, sepàrariaò de supor-se com atribuiçoens sõ próprias ainda naõ tiver, que prezentar digno de remessa. Ozorio,
da universalidade dos Cidadaons, de que se compoem a Naçaõ, Arriaga, Vasconcellos, Pereira, Lemos, Coimbra,
na qual hé, que está Decretado rezt dir a Soberania, e naó em | (Continuar-se-a.)
CORRESPONDÊNCIA.
U 1- „ - cpm Ihps finiiem de- Senhor Redactor. Foi erro da minha lembrança, quando naò
renuncia recebe a sua mesma direcção, sem que mes nquem uc- * ? ^ /
se
. , a n ja d° amanuense, que escrevêo a Reprezentaçaô, aue fiz
servindo aCarta mesiva de instruççaó para a marcha, que deve No 20 do corrente, o Governador, como Fu-yuen interino, en-
segqlr este Encarregado, a qual consiste em que no caso de lhe trou na universidade, onde os graduados no Gráo de Tsiu-tsay
constar como naó deixa aqui de ouvirse, que chegaó ao Minis- saõ examinados, para aquelle de Kiu-jin. Sua Excellencia con-
tério diversas papeladas, forjadas pelo génio mao, que naó forme o estilo, deve residir na mesma athé o dia 30 do corrente,
por isso que naó sabem responder aos argumentos, que esse
recear-se de qualquer passo menos conforme da parte do sábio pedem-se á 30. Depois do qual os Discursos dos Competidores,
Governo, que hoje dirige a Naçaò. Naó querendo manchar que ficaõ approvados, saõ impressos, e se mandaò publicar os
Conducta Pubfica, aqual naó convém deixar hum momento em conspiração contra o Governo da noite do dia 13 de Setembro»
CORRIGINDA. Achando-se innumeraveis erros naò só de typografia, mas athé mesmo de Grammatica nas nossas
folhas antecedentes, manifestamos ao publico, que huns procedem do typografo, e outros do amanuense do Governo, que
por ignorarem a lingoa Portugueza escrevem, como fallaó. O nosso Numero antecedente naõ foi todo corrigido, e esta a
razaõ porque teve muitos erros consideráveis. Advertimos porem que na noticia, em que se diz que O Illustrissimo e
e Leal Senado, em sessão de 28 de Fevereiro deste prezente anno houvera por bem diíferir ao Requerimento, que lhe fizera
O LEILÃO do deffunto Morim se ha-de continuar no dia Sesta feira 25 do corrente pelas 8 horas da manhaá.
Pela repartição do Juizo da Ouvidoria Geral se ultimará no dia Sabado 26 do corrente a vendado BrigueS. Pedro e
da Ilha verde; esta sobre 5000 patacas, e aquelle sobre 3000 patacas.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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A
A
DA
N A
C6
HOC TEMPORE
se os car
]VIACAO ccesse, quem se escuda na verdade; sentindo apenas*
Aprezentou o Vereador Francisco Antonio Pereira da I mentos com railhor dos seus Cpncidadaons era se dar assim
Silveira, á annalise mencionada na Sessaõ antecedente, a por satisfeita; e a final a sua própria condescendência, no
#
qual lida, e aprovada, se rezolveo dar-lhe o séquito ali meio de privaçoens naõ piquenas, em continuar huma com-
acordado j authonzando o mesmo Vereador para a remessa I missão, que á seo pedido, podia ser terminado há 14 annos»
i I
em união com a carta deste Senado, ao Coronel Joze de I encontre agora demonstraçoens, que posto que de taes
Aquino Guimaracns e Preitas, auzente ao otlicial maior da I partes, sempre desdourao, em quanto a verdade ns5 aparece
Secretaria do Ultramar, tudo nos termos accordados. E com as cores, que lhe saõ próprias, encadeando na aclaraçaõ
feita a carta se achou por conforme, e se assignou, assim o Poder, que o Nomeou, a municipalidade, que o pedio, e o
como o officio dirigido a mesma Secretaria, que tem de mesmo Nomeado, que condéscendeo, e executou, cuidando
acompanhar a Sessaõ anterior. Disse porem o Concelheiro fazer hum serviço, que mais se lhé levasse em conta como
Miguel de Arriaga Brum de Silveira, que posto se lizou- |he foi promettido de Ordem Regia, sem lhe ficar escrúpulo
geia pelas boas intençoens demonstradas na analise lida, na de motivar ta8 execrandas declamaçoens, como saõ os
parte, que lhe diz respeito, naõ vendo na fraze ali seguida golpes, que huma alma impia descarrega contra a sua repu-
mais, que huma constante cohereucia da linguagem, que taçaõ, único bera, que lhé restava de suas laboriozas fadigas,
tem sempre fallado os vogaes deste Senado em seu abono, e desses imraensos sacrifícios, que o publico sensato naõ
como provaõ os testemunhos indeleveis, que conserva em pode deixar de reconhecer, sacrifícios, que unicamente
si, e que preza como consoladoura retribuiçaõ de huma sente> como tem dito maig de huraa Tez por nad poder
vintena de annos.de penivel luta, reconhecida por todos, ser mais amplo a bera da Naçaõ, e do Estado, de que lhe
excepto aquelle, que athé desta mesma, naõ uzual demora, .parece haver dado so|)ejaj proTas. E nesta occaziaò mai,
quando se trata de empregados em lugares temporários, do que nunca 0 experimentaria este publico, se podendo
entendeu fazer a desprezivel moffa, que se deviza era sua separar-se da Commissaõ publica, que o liga neste lugar,
especioza opinião ; com todo lamenta elle refferente, que podesse „a qualidade de Cidadaõ entrar com os de mais, e
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huma semilhante opinião, arrastando-o de mistura com esta
«
Governança o torne suspeito para nem»poder mais ajudar
viços, a qualquer distancia, e sacrifício. Taes os senti-
%
^0 A ABELHA DA CHINA.
12 mil patacas de que veio a receber 13, 687 taeis 2,58 cai-
para que o Vereador encarregado da Analise naõ deixç de 1
xas, que daõ patacas 19,019, posto que no fim dos 5 annost
vèr mais provas, das que terá tomado por guia de suas
asserçoens, visto que, como mais moderno, ainda naõ Em lugar, que o refferente (aqui nesta Meza hà vogaes,
Leal Senado; perniitta-se-lhe unicamente, que elle decla- Publica teve que tomar generos, principalmente Anfiaõ,
rante chame em apoio de sua justificaçaS algumas recorda- a preço de 1,200 patacas por caixa para realizar a mil, per-
çoens, que tem origem nesses mesmos assentos, aonde dendo 200 patacas por caixa, que na maior parte das men-
podem ser lidas, e copiadas: Mas para naõ se fazer fasti- cionadas 300 mil patacas, prova quaes, foraõ os seus sacri-
diozo pela extençaõ própria de taò dilatado período, que , fícios, que Sua Magestade chama inumeráveis na já citada
carece ser tratado chronologicamente, tomará por norte Carla Regia, alem da falta da exacta contabilidade de ju-
de sua expoziçaõ a marcha, que lhe parece vae levar hum ros. Isto athè aquella época, mas tal vez, contas exarai-
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dos tre» opinantes, o Morador Francisco Jozé de Payva,
nadas, naõ se passasse huma invernada, que naõ tivesse,
que lhe fizeraS crer, havia contra elle por parte desta
* nho de 1810, cujo cumprimento nos termos da Carta Offi-
formada, pelo author da opiniaõ de 11 Fevereiro deste al Aprovaçaò, na forma da partecipaçaô do mesmo Minis-
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caracter lhe ouviraõ antes dizer haver sido sorprendido na
também a favor do milhoramento da quella decadente Co-
Certidoens passadas de Ordem desta Governança para pro- de que resultarão as soluçoens annuaes para ali; e gasteis
var, com humas, que tem feito, naõ so empréstimo ao da expedição do anno de 1820 com a de 1821, que foraõ
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Tbezouro Publico, com juros, ou sem elles, mas donativos, satisfeitos com a despesa da arribada da Fragatta Temivel,
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anteriormente praticada.
0 que pagou este Senado finalmente. E neste mesmo anno,
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os Sacrifícios delle refferente, quando vio, que a 349,807 do seo sogro por 10 mil patacas, e pela de China Te-Iíua
Carta Regia de 23 de Julho de 1814, e officio da mesma sua agencia no manejo deste Donativo, que chegou a perto
doens, que possue o mesmo Payva, provaõ entrar, na men- Ministro da Fazenda Luis Vasconcellos de Sousa, que chama
cionada abonaçaõ, hum pagamento por 6,906 taeis 3,22 con- em abono da verdade. Quanto ao pagamento dos Direitos
dorioi, com que se concluio o seo tracto da venda a este Se* da qnelle morador, como Proprietário, e Agente, posto que
ABELHA DA CHINA.
31
ioria da receita Nacional por mais de hum titulo, em que que outra hora tanto floreceraô; e para o commercio Nacio*
também deve entrar diminuiçaò de huma raayor, màs nal ao titulo de frettes em Navios de Macào, arazaõ de 16
forçosa despesa t em primeiro lugar, começando pelo titulo patacas, sobre 5, 304 picos. 84,864; e em Navios de outras
de Direitos, hà que apontar por parte delle refferente o Praças sobre 1177 picos a quantia de 18,832 patacas aqui
acréscimo das avaliaçoens, que manejou a geral contento unidos o titulo de commissoens a 25 patacas, que dâ 129,620
em Conselho constante da Sessaô de 26 de Mayo de 1804, eao de fretes de hida em 19 Navios huns por outros a 6000
aprovada a nova Pauta pelo Concelho de ultramar de 27 patacas, haveria 114 mil, tudo 377,216 patacas, que com a
para 80 mil taeis, que comparada essa época com a anterior, promovido transido deixem ao Estado eao Commercio a boâ
como fez ver a Secretaria d* Estado era seos Officios N*- sorama de perto de 6000 mil patacas sem constar cora as
43, e 44, de 1813, accusados em Officios da mesma Secreta- ganancias, que tem aproveitado os Indianos Estrangeiros
ria de 20 de Junho, e 25 de Agosto de 1S14, e da Capitaj bem a pezar do refferente, lamentando vêr fugir para o Es-
do Estado em Officio de 2 de Abril do mesmo anno, expe" trangeiro o mais ulil de hum canal por elle obtido, como
dido pelo V. Rei Conde de Sarsedas, e ratificado pelo Con- se raostra Jqj seus araontuados Projectos, cuja leiturarecla-
de do Rio-Pardo em Carta Official de 24 de Abril de 1817 ma^ cert0 de que se fossem attendidos, mayores seriaõ
por novas contas documentadas incluídas em Cartas delle aquellas vantagens, ou ao menos maior o proveito do Esta-
refferente de 24 de Novembro de 1816, assim como àseo do, para reanimar tao maravilhozos estabelecimentes, cuja
Antecessor em 23 de Novembro dc 1813, que tudo chama situaçaó geográfica naò mandou.
(C ontinuar-se-a)
em prova; se poderá concluir, que 6endo a receita calcula-
Extracto do Bomba
Pauta, e a dedução pela nova, ou reformada na aproximada y Courier de Sabado 3 de AS08t0 de
nao baixa de 680 mil taeis. nho, no qual eu era considerado, como hum dos animadores das
Passando agora a novos meyos para fazer, que tenha desordens de Goa, julgo necessário entregar-vos o Manifesto
havido esta mesma receita começo pela renovação do tra. jncluso, publicado finalmente aos 17 de Julho, a respeito do
fico de Maleva, que todos sabem lhe deve começo, e im qUal vòs observareis desafiar eu àqualquer individuo para que
pulso desde 1812, como reprezentou para Goa quando vio verifique huma taò injurioza assersaõ.
que em lugar de alguma consideração da parte do Governo Vosso muito obediente Servidor,
Marechal do de Goa.
teressa na concurrencia ao leilaô de Anfiaõ à Patnà, e Ba-
VERSÃO.
nares, a que houve, foi entrarem os Navios de Macào na
generalidade dos na5 Nacionaes para adeduçaS de mayores Joaquim Manoel Correa havendo publicado aos 17 de Ju-
em 1805, sem attençab a reclamaçaõ, que o refferente man- de muitas especies de erros, particularmente nas falsas asser-
_ _
soens dos acontecimentos; a onde o Caracter do Marechal hé
Picos, que ali tem dado entrada desde aquella época; pela
foraó seduzidos e surprendidos naõ advertindo o que assigna-
de Damaõ 46,330; e pela de Goa 8,780; tudo importando vaò, nen o ferrete com que elles ficavaó marcados, attestan-
32
A ABELHA DA CHINA.
do com suas próprias assignaturas paradoxos, e falsidades d' do território Luzitano dos Funcionários públicos das primeiras
huma tal especie! Jerarquia de Goa, e as mais respeitáveis por seus officios, e
Oprimciro ponto do sophisma, em que relativamente he men- conhecimentos ; o manifesto despreso das leis da Monarquia
cionado o Marechal Correa, se volta para a revolução de 16 de e das bazes da sua Constituiçaõ; e finalmente que elles reflictaõ
Setembro. Nesta revolução -elle se jacta muito d* haver con- por hum momento em tudo, que se passou aos 14, e nos se-
corrido, e ainda de ter sido hum dos principais authores, por guintes dias de Mayo, em que nao havia nem sombra de obe-
que ella foi a primogénita origem da regeneração politica de diência, nem subordinação alguma nas tropas; Reinando huma
Goa, e da uniaõ desta província a Portugal. Chamar aeste I annarquia militar, na qual as Classes inferiores julgaraô, e
acto usurpação he contradizer novamente todos os princípios arrastaraõ hum General, e aboliraõ tribunaes, e leis; actos
constUucionaes, que a inteira naçaõ Portugueza adoptara eju- estes de huma natureza taó horrível, que preciza julgar-se, que
a
rara; he naó ser hum Cidadão Constitucional elivre, mas ver- Naçaõ perderia antes a província, do que elles existirem.
C e,n
sò Official, habitante dessa terra que arrisque a asseverar ^° I)rt5a^os n e
"e* pelos Mandarins Presidentes, os
_ , . , . \ .... j 10 «ir pelo crescido numero dos infelises, e ja por se naó atalharem
J 1
concertarão e conduzirão a insurreição militar de 16 Mayo,
as mo sí
os quaes naò tenhaó cessado de dessiminar intrigas e calum- J ^ ^as em seu
principio.
fazer, que elle nunca cooperou em ordem a reassumir o batalha, foraó derrotados, e fugiraó para as montanhas neva-
das da Tart
Governo de Goa, por ter sido depojado delle por huma cri- »"a- A
mortandade dos vagamundos foi grand.
e
minai conspiração de 3 de Dezembro ; nem cooperaria jà mais aterniinaçaô da campanha breve. '
bro do anno passado, ou alguma outra expecialmente deter- tinhaó pago huma porçaó de dinheiro ao Canteiro, para alcan-
de
A narrativa dos Crimes cnmmettidos em Goa em 16 de Mayo | distinção, foi degradado, e os outros condemnados á morte,
Marechal, e seus companheiros; hè esta huma relaçaó bem I vermelho, e occupando hum emprego hereditário, recebêo a
desnecessária para elle, e seria querer consumir ainda mais | Religião Christaã, dos seus Pays, e A vós, por ter huma adhe-
do Exercito de Goa : Somente elle exhorta aos seus camaradas mandado em degredo á Y-li na Tartaria de O. para lá ser
em armas, com quem viveu em perfeita harmonia por 30 annos, constrangido à hum trabalho penozo. O período do seo degredo,
e
tenhaõ maior cautela, e menor levesa em subscrever infamias, | trabalhos havia de ser interminável; porem elle foi persua-
e calumnias semelhantes à aquellas, que se encontrão no tal dido à renunciar a religião dos seus pays á desdizer-se, e em
Manifesto; Que elles naõ reputaò certamente o Governo de prova da sua senceridade, pizou aos pés o crucificio, guardan-
Goa o mais desprezível, e ridículo obrigando-os (se naverdade do-o de dos seus pês, em acçaõ de desprezo. S. M. 1.
AVIZO. Matheus Vandenberg faz saber ao publico, que em todas as Segundas feiras (naó havendo dia Santo) continuará
o leilaò de varias fazendas, trastes, &a. ficando para as terças feiras, no caso se haver impedimento nas Segundas.
Pela repartição do Juizo da Ouvidoria geral, se hade vender em Leilão no dia Segunda feira 4 de Novembro, Tabaco Amos-
trinha em vidros, Chá Siuxom, e Sequim, e mais trem de meza, e cozinha pertencente ao Navio Triumpho, cujo Leilaò se
hade fazer em as Cazas de Francisco Antonio Pereira Thovar, citas na travessa de Santo Agostinho.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
A
l.j i
\ E
DA
N A
MACAO.
Se pois hc serviço Publico pagar Direitos, que se tiraò alguma mais deve merecer pelas vantagens publicas d'ahi
da fazenda negociada, promovellos sem pezo dos contiibu- I rczultantes, como se lê no Oflicio da Secretaria d' Estado
inles, e chamando a proveito Nacional o trafico Extrangc- j j jun|10 |8i4) alem dos outros particulares a
iro, parece naò sera tido em menor linha de conta. ja| respoito. E passando das aquiziçoens, à diminuição
E ovala que a experiência dello refle»ente feita, quanto a de despezas forçozas, poderia lembrar, que se a expediçnò
Direitos em Sessão deste Senado de 8 dc Novembro de 1817, (jos p,ratas naò tivesse tido prospero rezultado, naò baixa-
iMnciiiuaa
rrmettida à vapi
Capital em oflici© dc 23 dc Dezembro do ria
. a despeza
, do
, armamento dos
, Navios,
_r para a defençao
, r ,
face as despesas ordiuarias» c eventuaes da Cidade, c sobras g cn^a^ poupar esta quantia também foi vantagem naò
rom que ajudara Ma\ Patria, tirando a l raça as vantagens píquená, c mayor, quando se ponha cm consideração, que
de transportes, e outras, que tem apontado, a bem desta devendo o augmento dos Direitos só ter lugar em quanto
Cidade, que naò mereceria menos, que a Ilha de Madeira, durasse o refFerido armamento, nem por isso deixou de
para utilizar parle das sobras como para ali tem permittido | continuar, apezar da extineçaò dos Piratas, porque clle
çoens voluntárias, poderia recordara convenção celebrada cessado os seus effeitos, quaes as dividas contrahidas, c depois
por elle refferente como Governo Chinês em 23 dc NoVem- pagas, o que calcular-se como aja indicada, com que se tem
bro do anno de 1809, cm (pie este se obrigou acontribuir adquirido de sobejo para qualquer defccit, em que ficasse
com 80 mil tacis, porque ainda que esta quantia, em a caixa por cauza da quella Expedição, na qual tanto se
totalidade naò foi paga por dolo dos Mandarins Subal- buscou dar entre os Chinas huma ideia de nosso Poder, c
ternos, sempre entrou na caixa a cima de 60 mil tacis Valor, como havia recommendado o Excellentissimo Viscon-
cedeudo cm favor do Senado o Navio Mercúrio, vendido ao de d'Anadia de Ordem Regia ao Conde Vice-Rei de Goa
Morador Bernardo Gomes dc Lemos por esta Administra- em data de 9 d' Junho de 1807, incluída na Provizaò do Con-
çaô, do qual havia o Suiitò de Cantaõ feito oíferta a elle selho Ultramarino datado de 27 do mesmo mez, e anno. *
refferente, como prova a correspondência Chineza, que con- Quanto porem ao manejo do Negocio da morte dc China,
serva, c de que deo parte á Corte uessa eptTca. Entretanto, elle refferente aproveita as mesmas Sessocns deste Senado,
continuando o titulo dc aquiziçoens, passa a fallar das ac- que o morador Payva passou por certidaÒ, pois que alise
Çoens com que entrou o Morador Payva na caza de seguros, conhece quem n^quclle assumpto teve a maior parte, em
e recorda o refferente a vantagem, que já tirou este Leal cuja prova de mais offerecc a Leitura dos ofíicios assim da
Senado na primeira sociedade, que pença ser demais de 7 Secretaria d* Estado do Excellentissimo Visconde d Anadia
a 8 mil patacas, e por consequência se o ser Accionista | expedido da Mafra em data dc 13 de Março dc1S07,como
do Governador da índia, o Tenente General Francicso Anto- do refferente, que julga ser hum dos mayores, que tem feito
manejo de hum só negocio fosse de attender, quanto mais antigos mais versados nos assumptos da Governança, e os
o será a expoziçaõ dos que o refferente poderá apontar, mesmos Extrangeiros, que tanto sofrerão em Cantaô por
assim com respeito á relaçaõ para com os Chinas, como cazos iguaes. Aqui hà nesta Meza quem testimunhou a
para com outros Extrangeiros nau só em ncgocios separa- maneira por que este negocio foi tratado, o qual desde as
que naõ deixaraõ de aparecer em papeis públicos teriaõ nou, sem haver no Publico qualquer perturbaçaõ, nem a
tudo provado, mas permitta-se que ajunte ao menos a uzual de qualquer barulho popular, e sem ser o facto
Informação * da Secretaria d' Estado de Ultramar, e da oculto aos Mandarins, nem aos mesmos parentes, antes os
Guerra nas datas de 8 de Junho de 1814, communicada em Meyrinhos nisto entraraõ por ordem de seus Superiores, e
a
officio de 4 de Agosto do mesmo anno, por occaziaõ de exi- qucllc recebendo o corpo lhe dera enterro cm Campo l'u-
gencias Extrangeiras neste Local, cheio de rcstricçoens; pois blico, como vio o Concelheiro Manoel Pereira, e o Juiz Or-
que ahi se conhecera quem soltou dificuldade, quem salvou dinario Antonio Gularte da Silveira: E quem dirá, que
Macào: Este Senado, o Publico inteiro o ficou bem sabendo, disto mesmo se (az carga a refferente, como lhe accabaõ de
E naõ menor foi o anterior acontecimento do Navio Ame- contar. Mas isso naõ admira huma ves, que se vio, que so
ricano vindo do Japaõ Monte Verinon, que o CapitaÕ Boss para fazer mal ao reffirido morador se quiz espalhar vozes
no Discovery quiz aprezar, bastando ler os officios de Con- falças, como se qualquer, que fosse o rezultado naò pade-
de d* Anadia a este Senado, e a elle refferente datados de 1? cesse a terra inteira. Ab uno disee omnes.
d'Abril de 1809. E quanto aos Chinas lhe bastaria apontar Nem há só os Negocies de morte de Chinas, que recol-
oque El-Rey da em motivos no Decreto da primeira re- dar, há outros muitos de geral perturbaçaõ em que sem-
conducçaõ do refferente, e toda a correspondência de 1810, pre o refferente buscou conservar no seo manejo, o Decoro
pelo Excellentissimo Conde das Galveas assim ao Senado, Nacional, e a tranquilidade Publica— e a pontaria alem do»
como a elle refferente, que chama em prova, t Continuando factos já indicados, o da prizaõ do Padre Rodrigo no dia
a mesma lingoagem nos annos seguintes os differentes Minis- 5 de Janeiro de 1809, cujas Cartas Originaes ainda con-
tros, que se haviaõ succedendo athé a sahida de Sua Maoes- serva; o da pertençaò dos Mandarins do Destricto para a
nio, e Conde dos Arcos, e bem assim os officios da Capital dores; o da pertençaõ do Mandarim da ( aza Branca em
da índia de tres Generaes, Francisco Antonio da Veiga Ca- querer vizitar os Navios a sua chegada em 1816 para ob-
star a
bral, Conde de Sarzedas, e Conde do Rio Pardo. Sendo entrada do Anfiaõ, o do anno passado por igual mo-
ta! a confiança nelle posta, que ainda conserva a carta tivo deste contrabando; que todos assustados buscavaõ
assignada por El-Rey na data de 22 de Mayo de 1813, pôr-se em segurança com a sua propriedade athé querendo
remettida a Sei lo volante em officio da Secretaria, do Io. reembarcalla. As noutes perdidas em conferencias com
de Junho do mesmo anno, cujo contexto pode athé certo os Mandarins; e o manejo havido para ganhar quictaçaõ
ponto ter-se como se fosse o de huma carta branca, n' publica sem de huma vez parâr o giro, em tempo de reali-
aquelle assumpto, ou commissaõ. Mas ainda hà dois cazos zaçoens para novas viagens, e pagamentos por estes Me-
de igual natureza, mui recentes, posto quede classedezastro- radores, digaõ-no elles, os mais imparciaes, e diga a Cidadaó
hia montando o criado de Jozé Maria de Siqueira a Pata muitos factos, de que há provas, mas que ora lhe naõ lem-
sobre hum China na rua de Santo Antonio, o qual apenas se brais; merecendo todavia expoziçaõ o da prezado Navio
entregou aos seos por persuazaõ delle refferente, logo fal- Inglez Arrabelles tomado pelo Corsário Americano, pelas
leceo, e nada da'hi rezultou em prejuizo da tranquilidade diversas partes, que entraraõ na disputa, a saber, o Agente,
publica. Outro foi mais sabido da morte accidental de hum e Officiaes de Marinha dos Estados Unidos, o Commandante
China no dia da Procissão de Senhora dos Remedios á Porta da Fragatta Ingleza Dóris, e os Mandarins Militares do Dis-
do morador Domingos Pio Marques, que naõ faltaraõ espí- tricto: hè prova o que se collige de Officio da Secretaria
ritos protervos quizessem recontar diverso modo só para d' Estado a tal respeito, e differentes Assentos deste Senado.
assim encommodar este morador, e negarem os serviços E naõ menos recordaçaõ merece quanto a negocios Extran-
* Memnozine Luzitano. f Gazeta do Rio de Janeiro No. 2 de 25 de Fevereiro de 1811, Meninozine Luzitano.
A ABELHA D A C H I N A. 35
restituiçaõ do valor do Navio Santo Antonio com parte de dios, e valor de Navios, eo mesmo diráb a muitos outros
que ouvir mais aos Vogaes desta Meza, a penas dezeja elle
mais valor, que o de 10, 20, 30 mil patacas, nem a sua car-
didas no tempo delle refferente em Leilão Publico abaixo annual para fazer huma despeza, que nab baixa de 100 mil
preço, valendo apenas de 6, 8, 10 mil patacas, hoje contem- patacas por anno, coin alguma sobra, que existiria se naõ
se as que existem de novo edeficadas, entrando tres feitas fosse para fora, ou hum rendimento de 40 a 50 mil como
cm seo tempo pelo Morador Payva, do valor de 12, e 20 dantes tinha para fazer alguma maior despeza!
mil patacas, e assim outras muitas todas mobiliadas, como Agora examine-se aqui se perdeo era Navios naufragados,
se vê com tal differença de tempo anterior, como do dia e aprezados, e o que se tem dado em soccorro da Corte,
à noute.—Se tres a quatro iaõ à Beugalla, em seus Navios da Capital da índia, e das Ilhas de Timor.-As percas mos-
fazer ali o Commercio, hoje a vista dos Manifestos de en- tra a Certidaõ do Escrivaõ desta Meza, dada ao Illustrissi-
trada se verá quantos vaõ, ou ao menos quanto dinheiro mo Governo, que anda por Taeis 120,659, e despeza fora
desta Cidade anda neste importante giro, que vale milho- de Macáo desde 1314, por 117,674 Taeis: Ora se naõ aquel-
ens: e entaô deixarab taes circunstancias em duvida de la, ao menos esta quantia, naõ fosse despendida, naò teria
que o estado hé de prosperidade progressiva? Sirva de hoje a Caixa pelo seo uzual giro asima de 200,000 Taeis ?
prova a certidaõ, que tirou o Morador Payva dos Direitos Isto, sem fallar nas despezas da Primeira Deputaçaõ com
por elle pagos à Alfandega, e a hi se encontrará, que pagan- o Navio Ullisses à Corte do Rio de Janeiro levado asima
do no começo do seu estabelecimento Commercial aqui, de 27 contos de Reys, a que unido à despeza annual de 100
apenas da primeira vez 600 taeis, foi progredindo athé pa- mil patacas faz asombrar, como se possa ter verificado, sem
gar de 4 a 6 contos de Rs. pela módica a valiacaõ, em que qualquer tributo, antes com alivio das cizas, que se man-
está o AnfiaÕ, e o mesmo progresso, que foi tendo no pa- davaõ pagar, e de que o refferente alcançou isençaõ (Carta
gamento de Direitos como Proprietário, e como Agente, Regia de 22 de Julho, e OflBcio de 25 de 1814) nem outro
36 A ABELHA I)A CHINA.
imposto que o dos Direitos na Alfandega, e estes só para valor, e o desinteresse dos Iinmortaes Cabreiras, Sepuivcdas,
S
os que fazem o Commcrcio exterior, e ainda hécom de- ' Luiz, Silveiras &a. nos restitui», se erigirão aleivosamente
ducçaõ sobre tad módicaavaliaçaS, que, pela em que está em nossos Tutores? Quem os authorisou para substituir os
posto o AnfiaS, devendo pagar.se 6 por cento do Regimen- | seusClubs aos Concelhos, que por Ordens Regias, ainda em
do egoísmo, e da cabala.
Governo.
Este hé, e será o meu voto. Entre tanto, rogo, que elle
Senhor Redactor.
tençaó de que hé susceptível, pelas maravilhozas circuns- I ou 0 rejfefente se informou mal, ou hé a leivozia deile mesmo
tancias do seo Local, c apoiar as ncgociaçoens de oulras rcfTcrente (o que naó custará a crer); " na reprezentaçaô à
Praças, que aqui teriaó accahado, em geral prejuiso: se cerca, da qual, testemunhas de caracter lhe ouviraò antesdizer,
a serie dc taô consideráveis prestaçoens, posto que volunta- haver sido sorprendido na quella primeira assignatura, que
rias da parte dos interessados, naó fosse conhecida dc todos, assustado tem repetido. r
Cabo, nab deixando de interessar às Praças, que alem ficai), endeviduos dc rcco„hccida probidade.
como para a Ilha dc Corpo Santo ; a papoula para o Aníiaô assignar o contrario, custaria menos a crer : á annos passados
(Officios do primeiro dc Junho dc 1813, de 18 dc Junho hum anciaõ morador, apaniguado do referente, mendigando
de 1811, ede 28, e 29 de Fevereiro de 1816.) como para assignaturas para a recondução deste, naô deixou dc impor-
o Brazil a de Chá, e mais de 300 Chinas trabalhadores tunar a alguns sugeitos, que assignaraõ, naó, por assi.no en-
a sua própria custa, entre os quaes foraó carpinteiros tenderem; mas por que conhecendo a venalidade da antiga
para o Arcenal. (Officios de 3, e de 18 de Junho de 1811) | Oortc, sabiaô que semelhantes requiziçoens naô passavaò de
Estremecerá o mundo; saltará fóra dos seus eixos, e abis- Rogo pois ao Senhor Redactor que naó só queira admittir
mar-ae-há outra vez no inconccptivcl nada d' onde sahio. esta na sua primeira Abelha; mas que emende qualquer erro
A palavra de Dcos liade verificar-se à risca. Niiiil oper- que encontrar aqui, pois o pouco conhecimento que tenho da
tum quoo non scietur.= Que diraó agora os aocioens, os Lingua Portuguez» mos naó deixai) conhecer: no entanto
te a cmancipaçaó politica, a que o patriotismo heroico, o Macáo 2 de Novembro de 1822. Hum dos Reprezentantes.
AVIZO. Sábbado 9 de Corrente se concluirá a venda do Brigue S. Pedro de 2500 picos de Lote, cujo casco hé feito de
NA TYPOUKAEHIA DO GOVERNO.
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em diversas circunstancias, Madame, tout est perdu, hors
lucta igual na arrecadaçaõ da faze da) a pezar, que os hà
Fereira. Esc algum hà, que separado daquella Adminis- [ melhoramento desta Cidade; em Commercio, buscando-lhe
raçaô Ordinária se cuide naõ satisfeito adoptando os meyos novas, e mais extrnças relaçoens Nacionaes, e Estrangeiras*
evaes. será attendido, e se provará, que tem recebido e com favorecimento, c izençoens sò próprias de taô Pater*
quantias correspondentes aparte, que be cabeate, e liqui- nal Soberano (Perdaõ total dos direitos sobre a carga, o Na-
jada, naõ sendo de exl ranhar, antes de louvar, que na vio S. Miguel no Rio de Janeiro; á do Ullisses na Babia; a
sutrega de bens, e principalmente em Macao, a onde tudo da Maria, Luz, Luconia, e outra vez Ullisses, por meios
bé precário, e consistente em bens moveis, ou dinheiros, direitos, a fora o Navio Rei, posto que, nas anteriores
que se somraem, como hà em exemplos em grandes Cazas circunstancias da Carta Regia declaratória de 2 de Junho
ia antiguidade, cujos descendentes apenas hoje saS conhe- de 1810); era navegaçaõ, promovendo-lhe assim a extençaõ
de
eidos; se haja o Juizo cora a preciza attençaS, o que naS | ™8ens a0
» Votio
* do Brazil
' e da Euro
Pa> e Az,a
hé faltar, hé, e sim querer, que a subsistência das famílias te- saciou*., c h > H r
verdade era dua. Irmãs, das quaes huraa que cazou, e data de 6 de Agosto de J820, naõ teria ali o Pai de fara,lias,
recebeu seo marido a legitima, ficou logo sem nada; e outra que comprar aos de lá, v. gr. hum arraiei de Chà de 6 a 8
a quem pela qualidade de marido, na5 ponde ser feita a tosloens, podendo comprallo aos de cápor 4,e 5, poupando-
entrega, tem recebido por 5 mil, 11 mil patacas, e ainda lhe se a Naçaõ o maior costeio dos Vazos, e o mais alto preço
restai as 5 mil. E quanto mais exemplos se poderia© I das fazendas, consequência da sua appariçaõ aqui, a onde
apontar, mas far-se-ha sendo necessário. só aproveita» os Chinas, em prejuízo estes accrescimos,
38 A ABELHA DA CHINA.
da realizaçaõ posterior em Portugal, ou em Portos Extran- mos colher de graças taõ generozas, e verdadeiramente
geiros, aonde tem a concorrer com especuladores de menor Reaes, sejab sim sinceros os opinantes, e confessem, que l é
costeio, como tantas vezes tem o referente exposto athé menos por eífeito de remedios promptos, e efficazes, que
para diminuir, ou na® fazer ta® sensível a sahida de nume- por omissa®, e por egoísmo, ou negligencia própria. Bonum
rário, buscando á grande auge, contra os interesses do gyro mihi, quia humiliasti me, ut discam justificationes tua*.
interno, mais proveitar j mas cuidando nos me)os de fazer Psalm, cxviíi. 71.
melhores Pilotos, vendo-se ainda que, dous somente (hum E mais accrescentou o dito Conselheiro Miguel de
O
arrastado na assignatura da reprezentaça® de 11 de Feve- Arriaga, que elle deixa de fallar da forma por que tem
reiro deste anno) com exames, e approvaçaõ na Academia administrado Justiça, durante a sua longa rezidencia aqui;
de Lisboa; e em civilizaça®, dantes nab havida, promo- por na® ser para aqui, alem de -sabido quanto ao Civil,
Alumnos na universidade de Coimbra, a fora os que se nuação de demandas só busca, por officios da hospitalidade
mente repete o referente, que se quanto tem recontado, raros tem sido os provimentos contra seu julgado; e quanto
por hum publico, a bera do qual, confirma da melhor von- nesta vintena de annos; e quanto a sua inspecça® nas Ad-
tade quanto já disse neste Leal Senado, quando segurou ministraçoens dos Corpos de maô morta, diga® os confrade*,
Paiz, se fazia necessário a sua separaça®, nada se hesitasse; ingerência nas distribuiçoens, e despezas a seu cargo, que
por que o que somente dezeja hé evitar conflictos sempre as recommendaçoens ordenadas no primeiro cazo ; e no
0
para chamallos a proveito de mezadas mensaes em favor
eixos com a mesma facilidade com que delia sahe; pedindo
ou haja de apparecer por hum momento em equivoco a me mostrou o quanto elle era meo inimigo declarado (como
unanimidade de seus sentimentos, e acrisolada fidelidade ao hé publico nesta Cidade) quando devia ser meo amigo: pois
novo System a Constitucional, de que tanto se espera; dese- se se lembràsse de que eu nunca o incommodei, e sempre o
saò, que este Leal Senado lhé encarrega, e era que espera
Francisco Antonio Pereira da Silveira, Antonio Joze Gon- este epitheto ?. . . Certamente naò. Logo hé falso odiser-se,
çalves Pereira, Antonio Joze de Vasconcellos, Antonio Gu- que eu me arrependi, e que assustado o tenho repetido.
larte da Silveira, Bernardo Gomes de Lemos, Felix Vicente Continua o mesmo Conselheiro, „ Quanto a Donativos, se o
seos teres naò seja mais, que seis centos taeis, ou a terceira
Letra, A Sessaõ de 9 de Março
Dita de 25 de Junho de 1822. parte do ordenado, que deo o referente para animar esse
Dita de 26 de Junho
mesmo Donativo."
Repartição de Ultramar.
Almeida Carvalho e Silva, e Joaó Nepomoceno patacas; ora pode isto comparar-se com a Somma de tres a
CORRESPONDÊNCIA.
Arriaga disse; por que naó houve coacçaò, nem haverá. As-
na'quella primeira assignatura, que assustado tem repetido." FRANCISCO JOZE DE PAYVA.
por me capacitar, que a Governança desta Cidade fizesse a me- Os seus correspondentes naõ contentes de omittir seu nome,
nor accu7açaô contra mim, por que naò tinha causas, nem mo- escrevem de tal modo que naô podem bem entender-se. Naõ
tivos para isso; mas sim por que a experiençia de hua vin- seria melhor que o Senhor Imparcial ou declara-se logo quem
tena de annos, que o Senhor referente esteve no Governo, | hé o Deputado em que fala ou recluzo no seo claustro rezasse
40 á ABELHA DA CHINA
no seu breviário o officio (o que melhor seria) e que cumprindo querermos pas
só a de Numero VII, da alguma idea de ser o Coronel Jo2e de | roB cotlj0 periodista de boa boca, «que encaixa na Abelha m
Aquino; mas este foi nomeado pelo Senhor Governador para I troxo, e moxo quanto rabiscaò pennas plagiarias, e mal apara-
ir a Corte felicitar a Sua Magestade e ao Soberano Congresso; I das, e para que os mesmos tirando a esta Cidade o nome de Ma-
c nat) 0
ora o Senhor Governador podia mandar hum Deputado à Corte I ^° de Pedantopoli. Para que chama De-
a custa da caixa Nacional, ainda quando ella naó estivesse Putado ° ScDhor Im
Parcia* a
hum portador de cartas do Sena-
como dizem, taõ alcançada? Omesmo Senado poderia confirmar do, ou de quem quer que seja. que lhas entregou Ignora
cas0 í
esta nomeaçaó sem preceder huma ElleiçaÕ mesmo quando ; llie es
*a C^ade naó está na í athegoria de mm dar
Macao estivesse nas circunstancias de Deputar? Diga-met I Deputado às Cortes (que hè de que se trata) per naó ter o
numero de aJma9
Senhor Redactor, estas deliberaçoens saõ Constitucionaes ? ' 1ue'8e fa
" mister ?
Chamàra-lhe pois Pro-
curador
Que juízo faraó os curiozos, que tiverem lidoas suas Abelhas ' Sollicitador, PorUdor, e o mais que acabar emir;
ma9
naõ as vendo analyzadas? Apare, Senhor, apare a sua penna »aô Ihe dera 0
honorifico epitheto de deputado. O failar
Satisfaça ao que prometteo na sua primeira Abelha, instrua, com propriedade he huma virtude. Outro deffeito mui essen-
este povo pois o preciza mais que nenhum: 6e elle se portou ciai, que achamos na sua carta, he a falta de união entre as
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com a energia, que vossa merce diz naõ estando inda instruído uas partes, o que Horácio tanto reprehende, bem como a da
acerca dos deveres, e dos seos direitos, que fará este mesmo relaçaõ entre as ideas, que amontoou. Principia o Senhor
povo quando os naô ignore ? Senhor Redactor, acabamos de Imparcial por hum cabeçalho estrondoso, e brilhante de mun-
fastidiozas Sessoens, tenha a curiozidade de consultar Beale, I hum Descartes, ou outro Newton, e nos fez estremecer quando
que naõ he bom tornar pelo vêso. Se quer navegar o seu en-
Ratinho nascera, que faça rir.
q jaes quer 300 patacas, com que sôlva a custagem da prensa; descubrio agora em comprimento do oráculo divino, o que todo
porque assim fás muita gente boa, e assim lho ordena aquelle, j o mundo sabia jà antes delle partir : naõ attentou pelo que or-
Geral, que nos inculca na sua Rapsódia ? Dirá outra ves, que
inconceptivel nada—de que lançou maõ.
muito ocioso, ou ama a divisaõzinha ou entaó quer faser quem se queixava hum grande génio do tempo de Augusto,
alardo de 6eus discursos affiuentes; sobcarregados de palavras por diserem em pontos de censura=Cur ego amicum oflendam
campanudas, como aquellas, com que amofina os nossos ouvi- in nilgis ? O Redactor.
ADVERTÊNCIA. Hoje mesmo acabamos de receber, noticias circunstanciadas do grande incêndio havido em Quang-
tong, que hum sábio, e curioso amigo nos communicou ; as quaes copiaremos na nossa Abelha seguinte, por que a brevidade
AV1ZO. O Vigário nomeado para a Igreja Parrochial de Malaca faz saber ao Publico ,que elle pertende (com Licença do
■eo Prelado) vender vários moveis, trastes, Livros, &a. Toda e qualquer pessoa, que os quizer comprar, pode dirigir-se ao Con-
Brevemente sahirá a Luz, o poema intitulado O Despotismo Ecclesiastico-Civil, ou o Carcundismo Exaltado, em ciuco
cantos. Por hum Auoaixuo* Quem quizer assignar dirija-se ao Laboratório Constitucional às Janellas Verdes; por 800 Reis
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Sendo chegada a occaziaS de expor a Sua Magestade, peridade e segurança desta Cidade,- podendo entretanto todo
e os melhoramentos, de que hé susceptível; e naô o querendo outras, que julgar dignas de serem descutedas no menciona-
fazer este Leal Senado sem ouvir os pareceres daquellas do Conselho. Macao Secretariado Leal Senado 13 de No-
pessoas, que esta5 em circunstancias de dar a sua opinião vembro de 1822. CARLOS JOZE PEREIRA, Secretario.
a cuja decizaS serái* submetidas as seguintes questoens. Outra Carta do Leal feenado ao Coronel Aquino
de seos trabalhos.
affirmativa.
seja composta de Sepais, e de que numero delles, no caso roga em carta desta data, na qual se-lhe deo parte desta
d' affirmativa. nova commissaõ, com cuja acceitaçaò Vossa Senhoria con-
5. Se he ou naô indespensavel nesta Cidade o estabele- tinuará a obrigar este Leal Senado. Deos Guarde a
cimento da Escolla Real de Pilotos, e com que melhora- Vossa Senhoria muitos annos. Macáo em Meza de Verea-
mentos, no cazo de affirmativa. çaô 4 de Julho de 1822. Eu Carlos Jozè Pereira, Cavalleiro
6. Se he ou naò conveniente, que se conservem todos Professo na Ordem de Christo, Alferes Mor, Escrivão da
administração.
cisco Antonio Pereira da Silveira, Antonio Jozè de Vascon-
Eu Cados Jozè Pereira, Cavalleiro Professo na Ordem anteriores prerogativas. Nem quanto ao terceiro, em tanto
de Christo, Alferes Mor, Escrivão da Camara, e Fazcnda> quanto possa entender-se, que sô busca a economia, dei-
da Silveira, Antonio Jozè Gonçalves Pereira, Antonio Jose sas Providencias ora comparadas, e sem guarda decoroza
de Vasconcellos, Antonio Gularte da Silveira, Bernardo j ao Pavilhaô, sem o qual naô teriaô entrada nos Porto#
Gomes de Lemos, Fel is Vicente Coimbra. estranhos os Navios do commercio da Praça; e sim, e taò
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les fins. Nem quanto ao quarto em quanto se possa enten-
Sessaò de 4 de Julho de 1822. der, que se buscaõ diflerenças odiosas, as quaes jà naô
Foi lida huma reprezentaçaò em nome deste Leal i tinhaõ lugar por Ordem Regia; nem as podiaô ter hoje
^Senado; mas feita, e assignada pela Junta Consultiva | pela igualdade ante a Ley e proprio mérito para a esco-
nesta data; e por ella remettida em carta fechada, que lha dos Empregados como Segurao as Bases da Constitui-
■ também foi lida; contendo a referida reprezentaçaò os çaó; e sim unicamente por que saó os estabelecidos o»
primeiros trabalhos, a que se deo aquella Junta em vir- |I que soflfreni os incommodos dos do Paiz; parecendo finalmen-
tude da authorizaçaò constante de 7 de Fevereiro, para te todo o referido, mui analago para mostrar as circung.
-ser levada ao Supremo .Governo de Lisboa, para onde tancias deste Estabelecimento, e por ellas a necessidade de
no dia de amanhâa vai partir o Brigue Temerário da huma repartição Administractiva, também singular, e ade-
quella Praça. E por que os objectos ali comprehendidos quada. Se assentou faser remessa da mesma representa-
careçaó pela sua importância de discuçaò corresponden ção ao Coronel José d'Aquino Guiraaraens e Freitas para
te, para depois delia, formar este Senado as reflexoens ser apresentada ao Excellentissimo Ministro de Estado do
A ABELHA DA CHINA.
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para o bem publico, ou para formar-se qualquer repre- da Companhia ficou totalmente anniquilado. Tres quartos
zentaçaò a elles attinentes, e que se julgue implicada cora se conservaras na feitoria velha, e quatro na nova. A perda
as suas intelligencias nesta Administração, abstendo-se por da Companhia estiraa-se a 4 milhões de patacas. Os Hongs
isso de votar no que possa diser respeito, ao quché da Chinas de Goqua, Chouqua, Mauqua, Ponkequa forao
• ■
Temos o desprazer de manifestar ao publico huma cala- que corria em maça para salvar sua propriedade; outros
mitoza conflagraçaô acontecida em Quang-tong no primeiro foraõ assassinados por bandidos em a sua sede de roubar »
deste mez. Ella começou com grande impetuozidade, e alguns destes fendiaõ os cascos à aquelles, que agarravaõ
dorou tempo considerável, como se pode ver pela carta, sua propriedade, ou fazenda (era esta occaziaS todo o por-
QUANG-TONG 7 de Novembro.
que as tivessem.
ancioza anticipaçaô no terrado de Mr. U-n d'onde se via ®u ^,lldUC» wzenuo preces ao uo
nian
se apoderou dos quartos de Mr. Pearson, na feitoria nova, bãa,\cio pelo Rio acima ver as ruinas das feitorias,
CUja mela,,colica
e os de Sir Wm. Fraser, e Mr. Robarts na feitoria velha. aparência, o fez derramar lagrimas-
c
podiaS achar embarcaçoens, mesmo pelos preços os mais '1'nas °lbaô para isto como hum castigo Divino
r
Pelas 9 horas (2 de Novembro) A. M. do Sabbado che- J 'ca> e
commerciante. Pensando assim elles reconhecem
incêndio, e demolir as Cazas, porem em vaõ. O vento ^éo, hé a doutrina da razaõ, e da Escriptura. Porem í ...
soprava com violência. Fomos impedidos pelo fogo, e demasiadas vezes o coxaçao eudurecido do homem, hé
fumo das feitorias abrazadas, para as ruas, e margem do igualmente insencivel, tanto a os juizos, como á misericor-
Rio. Pelo meio dia, o fogo tinha progredido até ao prin- dia do todo o Poderozo. Huma devota referencia a elles hé
cipio de Hog-laney e algumas das feitorias. A salla do algumas vezes ridicularizada como supersticioza, ou des-
jantar da Companhia cabio ás duas, e a capella se abrazou prezada como pueril, e geralmente inattendidas.
nova cahirab. China-street estava em brazas. As cham- Justiça de hum Deos, que mais cedo, ou mais tarde pune
os
mas se extenderaõ para Oèste ao longo do Rio, taõ peccados dos homens, que o ultrajab, e que oífendem,
se e
distante, quanto a vista podia divisar. As habitaçoens das "es tivessem em vista o disprezo, com que esse infeliz
se perdeu toda a esperança. O Mr. U., e alguns outros fôraS contra a Divindade do Deos dos Portuguezes, daquelle mes-
para Whampoa. Eu fiquei no Rio de fronte das feitorias, mo Deos, que elles reconhecem pelas luzes da razab, e que
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com terríveis dores de cabeça, occazionadas pela fadiga, e com effeito tem sidotaô ultrajado naquelle rincão do mundo1
. . i-t _ «virta Hà Inn- todas as partes da Monarchia Luzitana : naõ dar o menor
reflexoens me parecem igualmente solidas, e exacta, lia Loa- * T . ,
de
,0 tempo, que eu estudo os homens: e sempre observei, approvaçaS da Cauza Nac.onal, e, acabar por
que aonde ha ostentação, naò ha sinceridade. D'aqui hè sem Arramar lagrimas de arrependimento das suas indiscretas,
duvida consequência a extraordinária reconciliaçaS, em que e illegaes anticipaçoens ; esta conducta lie taS redicula, que
V ... me falia com o picante sal da ironia: facto tanto mais apenas sepode acreditar. Eu naS a afianço; mas he certo
Se a minha fortUDa dependesse de hum homem sem pro- Assim como li a pérfida insinuação, que se fez aos Chinas
bidade, sem honra, e sem moral, eu seria toda a vida de que os Portuguezes Constitucionaes naò tinhao Rey:
desgraçado, mas naô me prostituiria nunca ao ponto de calurania, e atrocidade, que fará hum dia derramar aos
implorar o favor, e a protecção de hum semelhante indevi- seus authores, lagrimas de hum arrependimento, mais sin-
duo. D^qui concluirá V .... o conceito, que eu formo cero do que o que mostraõ os Senadores (se hé verdade o
caetera desiderantur.
cipios de honra e independência, taô altamente professa-
do o mundo, e confessar, que estes exemplos nao sendo ra- entre as Syrtes desse palmo de terra, e naò se exponha a
ros em Macao, devem fazer ahi menos impressa», e esque- malevolencia dos Scellerados, que detesta», e dezejao ver
d
deve estar já informado da chegada de Soa Magestade ] * * suas ordens. Deos Guarde a V. .. por muitos anno.
. . . 28 de Abril de 1822.
e Paraty; dos Viscondes de Villa nova da Rainha, e de Magé, I conteu(jos nesta carta, por nos parecer, que a decência
do Barab do Rio Seco, do Ministro de Estado Thomas An- | ^ q e ia p<)r ^ devemo, merecer a descui1)a
diçnò porem de naó residirem a menos de vinte Legoas da Anunciamos ao publico, que temos recebido a resposta ou
Corte, e de dez da costa do mar. E que dizem a isto pretensa impugnação das observaçoens por nos feitas em nosso
zir ao cadafalço aquelles, que a fallaõ por interesse, e naò taõ extensa, e fastidioza como a legoa da Povoa, e por esta
por falta de persuazaò. razaõ, e por que os seos tiros se encaminhaõ directa, e unica-
a alguns Senadores do voto, que ennunciaraò para que ahi as paginas do nosso periódico, e offenderiamos o decoro publico
se fizessem asdemonstraçoens publicas de regozijo, que o sc fosse inserida na nossa Abelha, assim como o Senhor Impar-
fausto, e sempre memorável saccesso da regeneração Na- ciai oífende o da nossa pessoa. Saibao porem todos quantot
Eu nunca fis grande conceito da energia desse Leal Sena- publica satisfaçaõ.
N. B. No Officio vindo de Lisboa, e já impresso nesta Cidade, aonde se lé correspondência official desse Governo, se
acha escripto na primeira via correspondência official dessa Província com o mesmo Senhor. &a. &a. &a.
NA TYP0GRAPH1A DO GOVERNO.
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t x i r i * V, \
Tada se
Disse o lllustrissimo Conselheiro Miguel d' Arriaga Brum | ' Proceder â remessa
- °*orio' Arria
S a» Pereira
»
.<§>
Ca
1,982 caixas, que tem dado entrada nesta monçaõ, tendo Pital de
Goa, no dia 9 para 10 deste mez , c nao estando
lal vez
sahidos, e pagos direitos 491, ficaS 1491, que dad de ao facto, do que se tem tratado neste Leal Senado}
direitos acima de 23,000 taeis; quantia de que tendo a se assentou de encarregarão Escrivaô da Camara de mo-
despezas, restaraS a cobrar como 18 mil taeis, somma e adhezad a Portugal, ouvindo, os Cidadaons em Conselho
sufficiente quando devidamente paga para satisfazer a quan- de 6, e 7 de fevereiro, e esperamos as ordens, segundo o
cionados bilhetes, fora da referida soluçai*, a conta da qual Jozé Monteiro Torres, ao lllustrissimo Governador desta
já foraô pagos quatro mil, e tantos taeis; e por consequen- Cidade. Declarando os vogaes todos desta Governança,
cia intencionára fazer avizo aos importadores, que inda naS terem empenho de estar na mesma; antes dczejaiS o
na5 tem pago, guardando proporção entre todos, ao tempo mais sedo possível conformar-se com a vontade geral .<?*
de vencimento, para que sem lezaS própria dos mesmos querendo sò alegalidade dos actos, a qual conhecem naò
importadores, como sempre se tem praticado na Alfandega, poder haver sem ordem superior, quando aliás compromet-
nem do credito deste Senado vcnhaS a ser pagos, os já cita- teria este complicado estabelecimento, na forma de tudo
-»
dos bilhetes. O que ouvido, rezolvido em conformidade, ponderado em Conselho de 7 de Fevereiro de este anno,
Arriaga, Vasconcellos, Pereira, Silveira, Lemos, Coimbra. ficando a mesma carta no arquivo deste Senado.
Foi lida huma Chapa do Mandarim da Caza Branca, com aos Mandarins do Destricto, passou escreverão Morador
a data de 8 do corrente, bem como outra do de Soi-my JoaÕ JoZè da Silva e Souza Interprete, remettendo-lhe o
da mesma data, sobre os rumores, que diíem ter chegado a assumpto sobre que devia ser formada a Chapa, o qual res-
noticia sobre o estado de Macào. E por que hé este hum pondeo, que naõ se achava cora capacidade de responder sò,
assumpto da mayor importância, pelo que involve:seas | do seo arbítrio, attendendo ao melindrozo assumpto da mes-
A ABELHA DA C H I tf A.
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am Chapa, e sua consequência, o que sim traduziria qualquer | tal cazo esta Cidade ter seguido os exemplos da Capital,
outra noçab feita por este Leal Senado. E sendo este cazo de Damab, Dio, e Mossambique, nas quaes Cidades governab
progressos dos poucos Constitucionaes existentes nesta Cida- Emilio Manoel Moreira de Figueiredo, Tenente Coronel de
da Cidade de Macào.
eraô apoiados pelo Governo sò para ter o dito Commandan-
que certos indeviduos offcreceraó os seo sepais, e escravos Moreira, da data de hoje, pedindo resposta ao seo Ofii-
ao dito Governo, que por outro lado fazia persuadir ao» cio delido corrente, como constada Vereaçaò antece-
Chinas de que os Portuguezes naò tinhaó já obediência à dente, na qual se tinha resolvido mostrar-se-lhe os ter-
Sua Magestade, o que foi bastante motivo para dezani- mos decoridos à tal respeito; e por até agora lhe naò
marera os Constitucionaes da sua perlençaó, destas mesmas tinha sido prezentes, se assentou de novo remetter-se-lhe
cautelas se achaõ elles convencidos á vista dos seos officios, por copia os referidos Termos, o que terá lugar por
■B
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pois em hum diziao que a promulgar.se nesta Cidade a Carta, que lhe dirigirá o Escrivão da Camara era nome
sessão, e por isso tomaraô as cautellas necessárias, que os Foi lida huma Representação de diversos Cidadaoni
perturbadores eraÒ fulano, e fulano nomeando os Constitu- de Macâo, com 83 assignados, em que segundo o seo
cionaes, e denegrindo-os com aquelles epítetos já tao tri- contexto, está visto; formarem sobre queixas concebi-
referilos a Vossa Senhoria: Em outro ofiicio tractaraò a Sua Authoridade do Paiz, dando-a por authora da interven-
Magestade por coactoao juramento das Bazes da Consti- ção do Governo China, para se manter no lugar, que
tuiçaô (crime de Leza NaçaÔ.) Hé por todos estes crimes exerça. 0 que observado pelo Illustrissimo Conselheiro
do-os no Governo, e sem companheiros isto me faz conhe- geava de poder ainda pela ultima vez expender em Livro»
chegado ao conhecimento de Vossa Senhoria deveria em a essa Authoridade, a quem a rnesraa accusaçaó sederigi;
A ABELHA J A C H I N A. 47
servindo-lhe ao menos de consolação assim os termos accrescentando naõ ter este Senado qualquer motivo da sua
•• • . • i - •
»» •
Chinas, para com osquaesjá elle declarante havia OfFe- Hoje porem que naõ tem chegado qualquer Ordem Supe-
mudanças de uzos, e estillos recéaraõ; elle e os de mais Reino Unido; declarando haver-se dimettido de qualquer
peraraó pela sua parte, para que qualquer que seja a nova
depois daquelles acordaons, e juramento Constitucional,
cabentes sacrifícios.
às circunstancias do Paiz, e nova Ordem das cousas, a que
48 A ABELHA DA CHINA.
me divertirão, nem seus discursos me encantaraõ; e se por Chinica aquelle animal de bom faro) e athé para maior
elles alguma utilidade recebia naquelles momentos, era o individuação, e miudeza parece, que descreveras os fios
de conciliar o sono. Vejo porem que, nas Sessoens do Leal doscabellos das barbas de cada hum d' aquelles primeiros,
e antigos moradores.
Senado, elle se mostra qual outro Pitt no Parlamento de
Senhor Redactor.
deixar de quererem aquillo mesmo, que hum delles quer luva sempre promptas, podia em quanto V. M. prepara a sua
que tem nas raaons hum Livro, no qual estaõ escriptas o meu dever, e a gloria a que devo aspirar.
estas palavrase=>PAZ, E JUSTIÇA COM RECTIDÃO; = Queira por tanto o Senhor Redactor certificar o=publico,=
do19 a
(aridade, e a urbanidade Christaà, que desde já
aqui fora, e por esta razaõ os outros todos com elle
do8 devere
feitos huns papalvos, contemplaraò-na primeiramente com s, que nos impõem . . ., em quanto a mim, o silen-
admiraçaõ, e depois se chegaraõ para ella abraçaraõ-na, cio, e o esquecimento dos insultos, que me fez, hé a obrigação,
à risca.
ceras, que por ella lhes viuha mais segurança, e sucego.
celebre analyze, em que se suppoera teria elle repartido tencionávamos inserir na nossa Abelha a carta, que
c
as carapuças conforme a sua vontade, e naõ com as cabeças °peamos, visto que o Senhor Imparcial tinha dado parte de
e enviou para as Soberanas Cortes, pela qual tantas con- MORTO; constando-nos porem agora que elle ainda grasna, e
VÍaja
Jane^o^a^^ír^príme^ro^^e^Dezemlmrr^^oartas^BerÃõ^ entregue"** athé o^dia" "te ^ ° RÍ
° de
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
DA
H N A
M •/ J
HOC TEMPORE
MACAO.
proclamação.
0
qual fizemos menção no nosso N. 2, seos principaes mo-
de Agosto naõ satisfez as nossas espectativas, como era de
fomentar a intriga, e a desunião em alguns indivíduos, iunovando as Leys existentes, e pondo em abatimento o cor-
das prosperidades. Pensando pois estar chegada a época abuzo chegou ao ponto de fazer a divizaõ de pagas entre
que por tantos annos haviaò visto tremolar nesta Cidade attentado, que naó podia deixar de indispor os ânimos dos
Commerciante.
Çidadaons pacíficos em tornar odiozo o nome Militar, se taõ
nos seos Clubs, que este benemerito official fosse prezo, gurança publica, scrvindo-se de hum Assessor fora do direi-
H f i i,
Nepomoceno Maher, só afim de que a Tropa podesse dalo de huma Profissão taõ respeitável, chegou ao ponto
■ •
mais a seo salvo, fazer o que lhe tinha sido insinuado pelos de querer depor o lllustrissimo Governador das Armas Jozé
? C)f
querque, o qual posto à sua frente se encaminhou ao centes á grande família Portngueza; carecem de prompto
largo do Penado, aonde foi intimada ao Governo a seguinte, remedio ; e era quanto ficaó seguros aquelles trci Perturba
A ABELHA DA CHINA.
50
hum Governo, que mais se amolde ao novo systema seja gestade Fidellissima, e igualmente da Naçaô Portngueza;
•que faltando esta naõ subsiste aquella. Camaradas, á todos aquelles passos, que provem livres de todos os equívo-
Tropa cumpre obedecer, mas também lhe cumpre naõ dei- cos, que cordialmente, e sem ambiçaò tenderem a segurança
xar, que os direitos dos Cidadaons, que Leys, e Ordens da própria Cidade. E por tanto julgando os actuaes Mera-
existentes sejaõ perturbadas, nem oírendidas. Guardemos bros da Governança ser indispensavelmente necessária acon-
*]uietaçao, e tudo esperemos dos Cidadaons sensatos, que á vocaçaõ d1 aquelle mesmo Povo do dia 19, tem determina-
vós Cidadaons, sensatos anciaons, cuidai jà nesta grande sobre o interessante objecto de que trata a mesma reprezen-
obra em nome d> EL-REY, e do Soberauo Congresso, que taçaò Militar, e deste modo acabarem todas as intrigas e
iavocamos em auxilio -de ta# boas intençoens. Acaba-se cabalas, com que ó espirito do partido, costuma sempre*
o Despotismo, subsista a liberdade Civil. Pensai sem op- • deslumbrar os espiritos venaes, e inexpertos; pois que
pressaõ, escutando a vontade Geral, e deixai a nosso cargo o fira, e alvo desta Governança he sempre identiíicar-se
novo Governo, hum Governo Constitucional naõ for dado da Grande Família Portugueza, de quem a actual Gover-
da grande Naçaõ Portugueza, felizmente regenerada. Ca- delia. Remedios, Gomes, Basto, Payva.
o actual Governo, e que á vista das circunstancias expostas com a brevidade requerida: enviou por seo Deputado ao
na reprezentaçao Militar, houvessem de decidir sobre o Illustrissimo Brigadeiro Francisco de Mello da Gama
que ella contem em abono dos súbditos, e sempre fidellis- Araujo, asseverando à este Senado, que elle tomava toda
timos súbditos de Sua Macestade, tudo quanto for a a responsabelidade, respectivamente a coacçaò do Corpo
bem, e segurança Publica desta Cidade, que há perto de tres Militar, que se deveria manter em socego, para o que o Se-
A ABELHA DA CHINA.
51
nado tomasse a deliheraçaò de convocar hum Conselho Geral I publica, tivestes a animosidade, e o arrôyo de pegar em
para t> dia de amanhãa dezassete do corrente; e ficou açor- arma» contra hum Governo Legitimo, feito à vontade
dado de officiar ao mesmo Senhor Governador, para man- Geral do Povo, contra Cidadaons pacíficos,contra Portu-
dar correr o Bando do costume. O IllustrisMmo Brigadeiro gue4C8i pertendendo derramar o Sangue de vossos Irmaons,
Mello assegurou ao Corpo do Senado, que se podia retirar | e deriigrir a G|oria Nacional> scmpre iem!,rado com
.-■E fr *\ » • i 0
O actual Governador das Armas o Illustrissimo Briga-
plendor das Armas Nacionaes. A vossa futura conducta
■e distinguia sobre maneira nesta mesma noite, fadando com 1 deixai de sef Soldado, sêde verdadeiros Constitucionaes,
energia aquelles mesmos Soldados, que havia pouco tempo ou mudai 0 n0me. que t»nto vos. ennobrcce.
reconhecido o patriotismo deste novo Chefe. | ^ heroismo do vossos Irmaóns, e Camaradas do Antigo, e
§ m
No dia seguinte convocou-se com effeito o Conselho Geral. curar o vosso bem. Os
Soldos seràó igualados pela
Porem a opinião publica sempre firme, e constante na nova tarifa, e os vossos fardamentos seràS pagos. Eia ca-
expansaõ de seos patrióticos sentimentos, tirou neste dia maradas, tenha o Reino-Unido huma so bandeira, huma so
a mascara á impostura, e manifestou com toda a evidencia, divisa«= AMOR, LEALDADE, E PATRIOTISMO ■=» seja
I
que a Liberdade Civil aborrece as armas, quando estas a notta, que nos distinga. Esta Cidade confia de nos a
sa5 empunhadas pelo Despotismo, e pelo interesse parti- tranquilidade publica. Desenpenhai pois vossos deveres,
cular de seos Chefes. Os authore9 pois da infame cons- amai a boa Ordem, e merecereis o nome de Porugueze»
forjado no meio de seos Clubs huma Proclamaçaô caviloza, Quartel General deS. Paulo aos $8 de Novembro de 1822
e cheia de palavras scductoras, foraõ desmentidos à face FRANCISCO DE MELLO DA GAMA ARAUJO,
de huma Cidade inteira por aquelles mesmos Cidadaons, Governador da9 Armas.
Chefe. Aquelle que pelo espaço de seis annos vos condusio firmar a sua conservação em princípios falços, e em Decre-
sempre pelos caminhos da Honra, que tanto se gloriou de tos, que elle mesmo conhece naò podem ter execução por
estar à frente de huma Corporação Subordinada, e de coope- sua conhecida nullidade: que o Publico olha com horror &
rar com ella para o socego, e tranquilidade publica, ainda esta mesma Authoridade,e está convencido quer justa, quer
está com-vosco, hé elle mesmo que vos falia hoje. injustamente, que ella está de maons dadas com os Man-
Camaradas! 0 funesto, e execravel dia de 16 do cor- darins do Destricto para de toda a forma senhorear-se das
rente, em que iliudidos por algumas Cabeças esquentadas, redeas do Governo, ou ter nelle influencia contra a vontade
e homens peversos, inimigos da boa Ordem e tranquilidade de todos os moradores: que estas persuasoens, e lembranças
A ABELHA DA CHINA.
52
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(Continuar-se-ha.)
nantemente tem decedido no 6. o seguinte.
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CORRESPONDÊNCIA.
ferimento, que tab justa Reprezentaçaõ merece, no que= Deos de Castro, Joaquim de Souza, Antonio Lourenço
valho e Silva, Antonio Sebastiaó Barradas de Azevedo e Leal Senado, assim como o foi nas duas primeiras Cazas. Eu
Liger, Joaò Jozé Vieira, Cypriano Antonio Pacheco, tenho a satisfaçaõ de me subscrever de V. M. Muito Attento
• it
Macao 4 de Desembro de 1822. Secretario da refierida Casa.
Narcizo Ozorio, Jozè Antonio Barradas de Azevedo,
4
tino Vicente Lopes, Antonio Francisco lavares, Barna- I quatro Officiaes da conspiração do dial6do mez passado.
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AV IZO. Todos os moradores, que naõ comparecerão no Censelho Geral do dia 2 do corrente para darem verbalmente
;
a sua opinião, poderáô mandala por escripto ao Leal Senado, como fizeraó n*iitos outros. '
Domingos Polycarpo da Roza aviza aos negociantes desta Praça, que elle hé hum dos Pilotos habilitado para
poder embarcar nos seos Navios; a sua moradia hé no matto da Penha na Calçada, que vai para a fonte. Todo, c
qualquer Senhorio, que o quizer para esse emprego, poderá mandar chamalo.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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. HOC TEMPORE
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99
OBSEQUIUM A MI COS, VERITAS ODIUM PARIT TERENTIUS*
Tendo fatigado oS nossos leitores, bem contra nossa von- I deve gostar com preferencia o favo, que esta laborar, ser
tade, pelo espaço de tres meses, appresentando-lhes o melan- «lustrado comas matérias luminozas, que ajuntar, assim
colico quadro das fastidiosa Sessoens da antiga governança , | como soffrer a mordedura da sua tromba aguda naquillo
«• •*
ria, que nos inviou hum literato, a qual merecerá sem iluvi
da a sua attençaS, e nós cumpriremos deste modo o que apenas hum ponto insensível na grande area do vasto ter.i-
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torio Portuguez nos quatro partes do globo: e neste senti-
promettemos no prospecto
Havendo-me chegado ás maons as primeiras folhas do seu gueza, que possue hum território feliz na Europa, outro
neoperiodico, concebi fundadas esperanças de que melhora- iramenso na America, grandes Províncias na Africa, e ainda
homens sensatos hum preceptor nacional, que dá liçoens, mente, e possuio toda inteira, o que naó conseguirão Alc-
sabias, c proveitozas segundo a necessidade de seus leitores xandre, nem Trajano. (b) Mas observada por outras lentes
ou daquelles para quem primariamente hè redegidú. Por isso acha se logo ser ella hum padraó imortal da nossa antiga
todos os bons penodistas procuraô graduar seus impres- grandeza, e do renome, e bons feitos(c) de nossos avoengos, e
sos pelo capto; precizaS, e luzes daquelles, cuja utilidade antepassados. Descobre-se que havendo sido em épocas ma-
valerozos Portuguezes.
restauraçaõ de Portugal quando saocudimos o jugo Hespa-
A ABELHA DA CHINA.
53
do seu comercio, aluda que delia hoje a este respeito se pode- francamente produsir em publico as suas opinioens politicas,
tura toda afelicidade, que nos agoura, e affiança naô se ex- à sua Patria, se com a penna na maS a cada hum aplicai
tirpando a cega ignorância, os prejuízos e absurdos popu- o remedio opportuno, seja este o oleo, seja o ferro, 011 o
lares; assim como os resaibos, e males provenientes do calelerio doloroso. Se na cauza, publica, diz o provérbio,
maquina politica nos entraves de semelhante natureza? diz hoje, como autigamente Horácio a seu escravo: age li-
Eixaqui por que o iliustrado e actual governo logo depois bertate Decembri, &a. ralha, grita, troveja contra a cega
da Sua installaçaò cuidou eflfectivãmente em estabelecer hu- ignorância, que tamanhas calamidades tem cauzado. Re-
naô pode haver governo livre sem prensa também livre, por
Monstrum horreudum, informe, ingens,cui lúmen adem-
meio da qual pudesse vulgarizar as suas deliberaçoens, e des- ptum, que fabulou o Poeta. Dize ao mundo, que me acho
com esta, bem como para que cada hum podesse livre, e desa, e prosperidade publica, e tal vez a única egida for-
por cento, e a proporção deveria ser o que fasiaõ os Ma. em que éramos os únicos Fenícios, e Carthagineses. Os Hol-
cahistas como resto da Asia. Oh têmpora! . . Desta ina- landeses diariamente augmentavaó o seu poder com os nossos
(e) Jam Cinis est, et de tam magno restai Achille conquistarão, e as dellenderaô com valor, que faria inveja aos
(f) Quem ignora, que o valor imprudente de Elrey D. Sebas- cm hum combate. A politica da Corte d' Hespanha via com
tião, e o amor inconsiderado da gloria foraó a cauza do seu indillerença, ou ainda com satisfaçaò estas perdas incalcu-
fim trágico, e da ruina de Portugal. Asugeiçaò politica á láveis por ser o modo seguro de escravisar-nos, aniquilando,
. tendo hum captiveiro rigoroso na extensão do termo, alem de se. O descobrimento d' America foi também concausa da
A ABELHA DA CHINA. 54
midavel, capaz de deffender a nossa Santa Constituição. responsável por qualquer tumulto, fica porem Vossas Se-
Item dirás em tom alto e dogmático, que a liberdade poli- | nhorias responsável por elle, delias por diante, por faltar
« • •
tica he planta inaclimave! em qualquer Paiz de trevas: que | ao que se lhe tem pedido por tantas vezes, fazendo-se
so o claráõ das sciencias pode ensinar aos homens os deveres Vossas Senhorias surdos aos rogos deste povo taõ perse-
reciprocos entre mim, e elles, assim como as obrigaçoens guido, este será o ultimo papel, que eu dirija a Vossas
mutuas de huns para com outros, e quaes em fim sejaõ Senhorias, e Deos lhe ponha a virtude, e mostre a Vossas
na sociedade seus foros, e direitos para os reclamar, sendo- Senhorias os meyos de que se devem servir menos o da
lhes injustamente infringidos ou roubados. Que o velho j dUaçao. Deos Guarde a Vossas Senhorias por muitos
despotismo bem, que corrido, e esconjurado, nao está annos. Macào 17 de Agosto de 1822. Illustrissimos Se-
morto, nem desfeito; mas que semilhante às aves noctur- nhores Juizes Vereadores, e Procurador da Camara de
nas, ou às feras ronbadoras, que espreitaõ as trevas para Macào. De Vossas Senhorias muito obediente Servidor.
de infinitos empregados, ou indivíduos depositários deste Se o bem publico exige sacrifícios particulares, quem hà
mesmo poder. Que todos os Portuguezes saõ meus filhos, que o recuzarà faser? Eu jà mais ti vi empenho de estar
• I
que a todos trato com amor, e igualdade, que naõ faço | neste lugar, nem aqui vim por minha vontade; estou prom-
a excepçaô odioza da localidade, ou da epiderme, e por 1 pto a dezistir, se isto convém para a paz e tranquilidade do
isso que todos podem aspirar a servir nos empregos, e Paiz; mas, consentir em aniquilar o Senado obra de SOO
cargos públicos; porem que estes requerem de necessidade annos remediar em hum dia erros de Séculos, excedem as
absoluta virtudes e saber. Que o homem immoral, e ir- forças da capacidade humana, diz o Diário do Governo
religioso he homem péssimo, assim como o Cidadaò que N.Al. Portanto jà mais o Senado pode demettir-se ainda
naõ respeita, nem obedece a Lei, he membro corrupto, e fíue Possa fazer algum vogal, quando o bem publico o
maò Cidadaõ. Que os Portuguezes devem ser íntegros, exija. O Publico accordou esperar as Ordens, o Ministério
justos, benfasejos, amantes da tranquillidade, e do bem o manda, o Governo Provizorio sendo sò em lugar do
publico, e se estas prendas estimáveis requero no simples Governo de Macào, que ht* Militar naõ lhe poderá competir
a
Cidadaõ, com quanta mais justiça as demandarei naquelles, parte Civil, económica, Administrativa, e de Policia
a quem se confia o mando, e a authoridade da Naçaõ ? Que como deve ter os Governos Provizorios decretados para o
em virtude disto ficaõ inhabilitados para servir-me o in- Brazil em 1' de Outubro de 1821. (D. da Bahia N. 97.)
cendiario, o perturbador, o faccioso, o esbulhador da pro- para que os Governos Militares de Macào já mais lhe com
priedade alheia por qualquer titulo, que o termo lhe qua- petiráõ estes predicados. Logo se em Macào se installar
dre, o oppressor da liberdade, e segurança publica, e indi- hum tal Governo, eniplicará com este Senado quem tem
vidual; o inimigo do socego commum, e da uniaõ reciproca por singularidade todos aquelles predicados naõ so pela
que deve reinar entre todos os filhos da minha grande parte civil, económica, Administrativa, e de Policia, mas
família. Outro sim dirás, e em letras maiúsculas, que té pelas relaçoens intimas, com os Chinas com as Naçoens
os cegos soletrar possaõ. Que tenho concedido, e outro- estranhas, quando os nossos Navios vaõ as suas terras,levan-
gado a qualquer Cidadaõ a liberdade de diser, e publicar do o passaporte do Senado. Se o Governo Provizorio
seus sentimentos, e de opinar francamente em matérias serve para livrar a terra de Despotismo, arbitrariedade em
Illustrissimos Senhores, lendo feito a A ossas Senhorias ^ mezes, eu julgo, que só seria conveniente, se ellejaõ nova
por Officio meu datado de 11 de Agosto deste anno, a re- Camara a vontade de todo Povo, em o quem possaõ os pre-
quiziçaò para se proceder ao nomeamento dos Membros zentes vogaes transmittir os seos lugares, para elles gover-
de Governo, naõ se dignaraò \ ossas Senhorias de me dar narem pelas Leys existententes sem as poderem alterar
soluçaõ alguma à tal respeito, e como me acho compromet- nem revogar, fazendo existir assim omesmo Senado, mas
tido a dar os meus companheiros a sua decizaõ, naõ poden* a contento do Povo, demittindo somente os actuaes vogaes,
do passar das cinco horas da tarde, athé cujas horas eu sou que nunca se enpenharaõ em Governar Macáo, e sò detejaõ
A abelha da china.
55
. ^ 4 ( ii I *
Ta, que elle havia convocado este Senado para o dia de hoje, Digaó os Reverendíssimos Padres do Real Collegio. Mas
«m consequência de lhe ter sido requerido por huma De- naô precisa ; eu tenho as suas attestaçoens, para inim bem
putaçntf, que receberas hontem de noute, por parte dos honrosas; e poderia appresenta-las ao Publico, se o na5 jul-
«4 fé
dia prezente nesta Meza. E achandò-se com effeito prom- capaz de apresentar as suas como devia, para poder entrar
C t —f * | , . / V ^
pto este Senado, comparecera differentes Senhores, e com em contenda literária com iguaes armas, e igual sciencia.
diversas qualificaçoens abaixo assignados, como Deputados I Logo, se nos estudos das Artes, e sciencias tive progresso;
dos referidos representantes; e disserao, que elles reque- se tenho feito actos; se me julgaraò habilitado para fre-
ria5 por parte dos mesmos, huma ConvocaçaÔ geral do quentar as sciencias exactas, e naturaes na Athenas Portu-
Povo, que estivesse nas circunstancias de votar na Elei. gueza; qual será a rasaõ por que nas insignificantes refe-
vesse? de se faserem os avizos do estillo aquellas pessoas, I virtudes, que o Senhor Macaense poem em duvida co-
que estacS em costume assistirem à semilhantes actos, es. mo procedidas de mim, emquem suppoem piquenas luses?
crevendo-se ao mesmo Governador para que esta tarde se Attribnindo antes a magia das Cadeiras Senatorias, em tem-
publique o Bando, cujo Edital será concebido nos termos P° 1™ ningoem cre em taes coisas; do que à InstrucçaS
Coronel e Ajudante da Ordem, JoaS dc Deos de Castro, deve illustrar aos Povos coma sua penna, haja de inserir
Hypolíto de Souza, Paulino da Silva Barboza, Bento Jozé esta na sua folha; naò como resposta ao Senhor Macaense,
Gonsalves Serva, Paulo Vicente Bello, Jozé Felis dos Ite- com quem naò quero correspondências, por naò ser do
médios, Jozé de Almeida Carvalho e Silva, Domingos Jozé meu agrado entrar em disputas literárias com armas, e tac-
CORRESPONDÊNCIA.
instrucçaõ literária, como necessária para ser bem radicado
Senhor Redactor.
o systema Constitucional. Entretanto tenho a honra de
S. C. 9 de Desembro de 1822.
NECROLOGIA.
deu na sua folha No. XI; sou a diser, que seria huma inju-
aos 27 de Novembro do presente anno, tendo 64 annos de idade
ria a mira mesmo, e aos Mestres com quem estudei, se naó e sendo actual Membro da Governança.
AVIZO. Manoel Francisco Marques, Proprietário da Galera Margarida Roza, fas saber ao Publico, até 25 deste corrente
mes de Desembro, pertende partir para Bengala; por tanto quem quiser carregar na dita Galera patacas, ou fasendas; sendo
patacas, para virem empregadas, e carregadas de Calcutta para Macào na dita Galera, naó pagará fretes.
Francisco José de Payva fas saber ao publico, que toda a pessoa, que tiver contas com a casado seo defunto Pay, deve
na typographia do governo.
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propriedade, dando a cada coiza o nome, que lhe compete*
IflCi
Conducta, e os principios dos homens públicos, ou de aquel-
ticularcs do odio, da vingança &a. Jà os Ciceros, e Catoens mines tamen=(i) a ignorância, o erro, a illus i5 sao o triste
Portugueses, outrora emudecidos pelo temor da morte, apanagio de todos os individuos: e quando mesmo o ho*
queinspiravaõas covas do Limoeiro, os dezertos incultos risonte dos seos conhecimentos fôra mais amplo, e dilatado,
íaAffrica ardente; e outros hospícios semelhantes podem o impeto das suas paixoens os arrsatra para o mal com tal
»foulamente soltar as linguas encadeadas, e lançar mao das força, que em si experimentai) hum combate perpetuo
pennns eloquentes, que paralizàra o velho despotismo. A | entre o appetite sensitivo, e a sua (i) Com tudo esta
#
J'appelle un chat un chat, et Rolet un frepon.
Despreaux,
A abelha da china.
56
liberdade de indicar os desvairos do Governo, e de censurar lho, e por vontade geral do Povo, foi deposto d^quelle
impunemente os seos desacertos, injustiças, ou despotismo lugar, e seus annexos. O que para constar-se lavrou este
4 face da Constituição, bem longe de enervar a sua lorça ^erm0 em qUe todos se assignaraS comigo Carlos JozèPerei-
moral, a augmenta, e arreiga, ou antes he ella o espirito ra EscrivaS da Camara, e Fasenda que o escrivi, Carlos
rjue sostenta, e anima o Governo •. As naçoens livres quer jQZ^ pere*,rai Osorio, Pereira, Silveira, Vascoucellos, Gularte
que tem à lerta outras tantas Sentinellas, que espreita5 Acta de Conselho Geral do dia 19 do corrente
\
dús unicamente pela linha do dever, e da justiça conquista ^ junto og Minis,rog( e Qfficiaes, que no dito anno scr-
pois como axioma da maior evidencia, que a liberdade de também prezentes o Excellentissimo Senhor Diecesano D
sensivel para o homem publico, e o único freio, que pode Brigadeiro e Commandante do Batalhaõ Francisco de Mello
_ 0 4
Theor do Bando publicado na tarde do dito dia
lados, das Religioens, Officiaes tanto Militares, como da
Camara, desta Cidade do Nome de Deos de Macáo na I deliberar a Eleiçaõ da n0¥a Camara> na forma do asse"nto da
• 0
Tendo-se concluído a nomcaçaS da Camara, como da
Constitccsona,,. e Sua Real Família, viva, a nova Camara, zidcnte) g(ja ExcelIeDCÍa ReverendisSiraa, os Senadores, que
e viva Macào. Ozorio, Pereira, Silveira, Vasconcelios, acabaraii> assim como os quc de novo 8abiraó> para servi.
Gularte, Lemos, Coimbra. rem athe o fim do anno, e mais Senhores, que se achavaõ
No mesmo dia, mez, e anno acima referido, e sendo presentes, Comigo Carlos Jozè Pereira, Cavalleiro Professo
prezentes os Ministros, e Officiaes deste Senado nelle con- „a Ordem de Christo, Alferes Mór, Escrivão da Camara,
stantes, se houve de declarar, que o Conselheiro Ouvidor e Fazenda que o escrevi. Carlos Jozè Pereira, Fr. Fran-
Geral Miguel d' Arriaga Brum da Silveira em pleno Conse- cisco Bispo de Macâo, Jozè Ozorio de Castro Cabral e AI-
A ABELHA DA CHINA. 57
buquerque, Antonio Jo2è Gonsalves Pereira, Antonio Portaria ao Ex-Governador5 e Capitaõ Geral
Jozé de Vasconcellos, Francisco Antonio Pereira da Sil- Jozé Ozorio de Castro Cabral e Albuquerque.
veira, Antonio Gularte da Silveira, Bernardo Gomes de O Leal Senado confiado na honra de Vossa Senhoria,
Lemos, Felix Vicente Coimbra,Paulino da Silva Barboza, determina que V. Senhoria fique encarregado interinamente
Hypolito de Souza, Domingos Jozé Gomes, Paulo Vicente do commando do Batalhaõ, e Fortalezas desta Cidade $
Senhor Ozorio.
Jozè da Silva.
•. Agosto de 1822.
fique encarregado interinamente do commando do Batalha#
ê 9 •/1 J * #1
Em consequência da Acta da Sessaõ d hontem 19 do e Fortalezas desta Cidade ; o mesmo Senado tem a honra
*
corrente, se houve de assignar a Portaria, pela qual encar- de participar a V. Senhora para a sua intelligencia. Macáo
• » * • ) 1 I J i v { ) 1 ' : ' i % f ' I • •
e Albuquerque, interinamente do cominando do Batalha#, Joze Pereira, Cavalleiro Professo na Ordem de Christo,
e Fortalezas desta Cidade, participando esta mesma deter- Alferes Mór, e Escrivão da Camara, e Fazenda, que a fiz
minação ao Brigadeiro Francisco de Mello da Gama e escrever, e sobscrevi. Hipolito de Souza, Paulino da
Araujo, que até agora se achavaencarregado do cominan- Silva Barboza, Domingos Joze Gomes, Paulo Vicente Bello,
do do mesmo Batalhaõ. Joze Baptista de Miranda e Lima, Francisco Joze de Pay va*
nário Paulo Vicbnte Bello, e para Orfaons, Defunctos, e Carta do Conselheiro Arriaga ao Leal Senado*
Auzentes ao Juiz Ordinário Joze Baptista de Miranda e Illustrissimo e Leal Senado. Os deveres de Cidada#, que
Lima.
f i »• Mi 4 I - » 1 )f » t I t 1 U * ' ' sobre mira tanto imperaõ, insta#, que com V. Senhoria me
mo Estado.
criticas, em que me lisongeio ter podido ser de algum modo
de Arriaga Brum da Silveira, a que nesta mesma data Senhoria hé constante. Dcos Guarde a V. Senhoria mui-
se deo resposta, a que tudo constará do Sco original, e tos annos. Macao 20 de Agosto de 1822.
Cortes em contrario. Souza, Barboza, Gomes, Bello, A confiança que V. Senhoria tem posto em minha honra,
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em anoite do dia 19 do corrente ; servirá de novo garante, da força Militar, mandar entregar pelo Almoxarife, a Pól-
deveres, procurarei era nada desmentir oquella mesma Escreveo se outra carta ao mesmo illustrissimo Com*
confiança posta na minha pessoa. Deos Guarde a V. Senho- mandante convidando-o para assistir ao Te-Deum no dia
ria muito9annos. Macno21 de Agosto de 1822. 24 do corrente, assim como para mandar esta tarde dou*
do Conselheiro Arriaga.
Copia do Bando referido na Sessão supra.
tos, que tanto imperaS no seo caracter. Muito se lisongeia, Fazemos saber a todos 09 habitantes desta Cidade, que
de receber de novo mais esta prova da sua adhcsao, á causa aos 24 do corrente, dia anniversario de hum dos mais ce-
publica o que muito reconhece, eobriga a maior gratidaò. lebres factos da historia Portugueza, se haò de render as
Macao em Mesa da Vereação 20 de Agosto de 1822. Eu Graças ao Omnipotente com hum solemne Te-Deum na Ca-
Carlos Joze Pereira, Cavalleiro Professo na Ordem de thedral pela especial protecção Divina sobre Macào, manifes-
Christo, Alferes Mor, e Escrivaô da Camara, e Fazenda, que tada no dia 19 do corrente, em que em pleno Conselho fomos
a fiz escrever e eobscrevi. Hipolito de Souza, Paulino da eleitos, e se installou e9te Leal Senado com todas as attribui-
Silva Barbosa, Domingos Joze Gomes, Paulo Vicente Bello, çoens, que tinha antes do anno de 1784. Pelo que esperamos
Jozé Baptista de Miranda e Lima. que todos os habitantes desta Cidade assistaõ ao referido
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a fiz escrever e sobscrevi. Hipolito de Souza, Paulino da
de que todo este publico, se está occupado.
0 - * * â * 0* ^ f y » v» - m 0 *a A t •
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Payva. (Continuar-se-ha.)
naçaò da Cidade nas noutes de 24, 25, e 26 do corrente.
NOTICIAS MARÍTIMAS. _
Estradas. KB de Desembro o Brigue Hespanhol Dolores vindo de Manila Capitam D. Domingos de La Mar.
, v * . #r "•^r a .. . •«.« i
16 de Dito o Brigue Hespanhol Primeiro de Março Capitam Joaô de Villas vindo de Manila.
Sahidas. À 15 de Dito o Brigue Português Viajante para o Rio de Janeiro Capitam Francisco Candido de Carvalho.
NA TYPOGttAPHIA GOVERNO
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SUPPLEMEN 1 O
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Foi-nos remettida, pouco depois que viraS a sem embargo apezar de estarmos persuadidos,
luz publica os primeiros números da nossa Abe- que com esta conducta pueril, e contradictoria
lha, huma C arta anonyma, cujo author encober- pertenderia arguir a nossa ignorância, e falta
desejava a inserção delia em o nosso periódico, matéria de politica, ou, o que seria peior, de
Julgamos entaó, e ainda hoje estamos pela mes- rivalidade odiosa, que sepultava ao mesmo tem-
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ma, que naó convinha publicà-la pelos motivos, po no esquecimento as producçoens de mérito,
e a
que a seu tempo, e em seu lugar faremos paten- gloria, que por ellas competia a seus autho-
tes, e quando, outros nau houvesse, bastariaò res; julgamos, que por então era do nosso de-
os sarcasmos, com que o Senhor Filantropo es- ver remetter-nos ao silencio. Se naó quando,
s
quecendo-se de si, e desta regra aurea, que cm que ninguém o chamasse, de novo tornou
a
prescreve o direito natural^nod tibi non vis alieri scena mui prasenteiro o Senhor Filantropo
com
*e/aciV7í=:invectivava sem tom, nem som os ta- outro C artáz anonymo=o Imparcial=que
* '' *'
lentos poéticos de certo Vate, cujo nome ainda também teve a caute la de mostrar a quem quiz
que naò fosse especificado pelos adjunctos, todos | como parto engenhoso digno de applausos. De
Naõ apparecendo pois na Abelha a Carta de I Abelha N°. 9 para que naò continuasse em seus
I %
que falíamos, o Senhor Filantropo, que, quanto j queixumes. Porem julgando que aquelle era
pela sua conducta se pode julgar, esperava com j o lugar competente de mostrar-lhe o valor real
ancia hum piaudite do publico, como juros devi- dos seus escriptos, fizemos passar pela fieira do
dos à sua composição, vendo que lhe tardava, exame o seu=Imparcial=com as reflexoens,
tomou o arbítrio de tirar a modesta mascara do que deixamos estampadas na Abelha N°. 10
sãmente como author, fazendo, e mostrando co- joco-serio ; porem grave, e innocente=iWf? irce.«=■
pias, a quem talves naò podia ser juiz na mate- Foi ás nuvens, e tornou a vir. Berrou, gntou
ria, e disendo com, emphase satyrico aos que | contra nós, consultou os letrados, falloua alguns
Hflkf JÉI
encontrava=eis-aqui a Carta, que naò mereceo Membros do Governo para dar-nos huma injúria
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» attençaò do Redactormira poemata pango= emjuizo, de que só ficamos livres por naõ ter-
Fomos informados destas pavonadas, e iactan- mos violado as leis da imprensa, e como estas
ciosa fanfarrice taò oppostas a quem por humil- o naò favorecjaò, desafogou o seu enojo brindan-
2 SUPPLEMENTO.
do-nos com hum cartaz concebido nòs termos | pare bem no que nos fez. Lembre-se que em
e lingoagem das regateiras de Lisboa, em que justa retorsaõ pelas chocarrices, frazeologia
parece estar menos-mal instruído, e de que ti- mordaz, e estilo burlesco que a dopta na sua
Yalentaõ, allusoens grosseiras, e sórdidas reti- o caso da raposa, que nos conta a fabula=Diz
cencias, que supprem o defeito das razoens, na- ella, que dando Júpiter á tal comadre rapfisa
A A ~ »
íii mais fica; porem ainda assim andou menchg- a fórma humana; esta casou depois com hum
Puem porém de relance acaso apanha costume, em que estava antes no tempo de ra-
mos a seu respeito na Abelha N». 11 nos favo- Isto serve pelo que toca à almofàça, luva, lustrar o pello,
receo em recompensa com a urbaníssima des- carepa, &a. Pois quem com tal se diverte agora depoii
, ' . I - • i. . r •
de Paternidade, ou aquelle, que de jure lhe temos feito, e faremos cada vez de tanto maior vontade,
nidade Christa a seu respeito? Onde está o insulto, e in- Lista dos Senhores, que concorrera# para
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juria, que lhê fizertios ? * A nossa bulha foi hum certame o frelameuto do Brigue Assumpção para a condução
ou outra qualquer arma defesa usamos, nem usar deviamos O Illuslrissimò Sr. Barao de Srti. Jozé de P. Alegre, 250
n M : Cf ' T
contra o Senhor Fi'antropo, apezar de que qnatenus Se- O Illuslrissimò Sr. Conselheiro Manoel Pereira. 250
■ h / íê0$ TM W ? Mí J 'I i!
nhor Filantropo, que he com quem brigamos, está inno- O Sr. Francisco Jozè de Paiva 200 '
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galinha, a qrial, logo que põem o ovo, começa com o seu O Cabido de Macáo 60
•v 9*. v$ • • • >11 D ,
kakaràka. (Tuardàía segíedo, o creia nisto que lhe digo, O Sr. Antonio Joaquim da Costa Basto 50
se o seu ovo Fc>sse bom Ja lhe iriaô ter a casa os seus dez- 50
O Collegio de Sm. Jozé
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reizitos de louvor. Lo^o naÔ ha motivo nara as Jeremià- OSr. Antonio Gularte da Silveira 60
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das, que entoou contra nós, e pira o raaís, que nos fez, e O Sr. Bento Joze Gonsaives Serva 50
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dirá que naõ queria, que nao gosta, &a. &a. Entaô para 50
O Sr. Joaquim de Souza
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que entregou a cabeça ao barbeiro, se uaó queria ser rapa- O Sr. Joaquim Joze dos Santos 40
do ? Para que coiumcLteo as suas producçoens à bigorna O Sr. Joze Francisco de Oliveira 35
Senhor Imparcial sò pode ser o Redactor, se no plural ficaõ O Sr. Raimundo Nicolao Vieira 20
ridade com caridade, e por caridade admoestamos este nosso O Sr. Floriano Antonio Rangel . . .16
• t • f • tollent equite$f peditet que cachinum, O gr. Caetano Vicepte Joze da Silva . ,10
I SUPPLEMENTO.
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O Sr. Pedro Candido dos 5antos Vital - 5
O Sr. Joze Rodrigues da Costa
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Patacas 5,000 00
O Sr. Antonio Joze Ferras
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NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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OBSEQUIUM AMICOS, VERITAS ODIUM PARIT. TERENTIUS
regras para encaminhar hum Navio por entre os perigos, e capitulaõ os males, que afligem a especie humana ; tam-
e borrascas do Occeano immenso a hum ponto dado no bém só os homens iilustrados he que estaõ ao alcance dos
Emisferio opposto ? Pois o mesmo acconteceria se algum que padece o corpo politico. Elles distinguem os abuzos,
sem luze9, e conhecimentos políticos quizesse influir no Go- conhecem as violências, e as arbitrariedades; naõ ignoraõ
verno. e direcçaò da náo melindroza da sociedade. Quem as reformas, e os melhoramentos indispensáveis, ou úteis
ignora a composiçaõ, c structura do corpo politico naõ está á Naçaõ: a elles por tanto toca mui principalmente o sa-
inanteràõ a segurança externa perzervando-me a mim, e he necessário. Deos guarde a V. Ex. muitos annos. Lisboa
cobiça, ou por orgulho attentar contra a minha índepen- mm. e Exm. Sr. Joaõ Baptista Felgueiras.
comprehendidos de baixo do nome de Artes uteis, Cons- Para Jozé da Silva Carvalho-
que vivificaò, e roboraõ os membros da sociedade. Alas As Cortes ete. Tomando em consideração o Officio do
(piem conservará no centro da minha numcroza faiuilia Governo, expedido pela Secretaria de Estado dos Negocio»
em as quatro partes do orbe a bóa Ordem, a propriedade, justiça, em data de hoje, requerendo huma extraordina
a segurança publica, e individual, naò havendo quem dê rja concessão de aulhoridade para se conduzir sem formali-
vigoras leis? * E como poderaô estas ter observância Jades legaes, segundo os simptomas queja apparecem, e
certa, e exacta se me fenecerem filhos em quem a fora de ^ue p0jem coníi. ear a apparecer, ameaçando atranquilli-
hum coraçaõ virtuozo, e acezo no amor da Patriq, e de Jade publica, pela qual o Governo he responsável, eonao
seus Co-irinaons naõ houver conhecimento perfeito destas pode ser sem ineios extraordinários de se conduzir em cir-
mcsmas leis, talento, capaz de distinguir o justo do injusto, cunstancias extraordinárias. Rezolvcm que o Governo
génio, e espirito formado pelos conhecimentos adquiridos fique authorizado por tempo de hum mez para remover de
ASTRO DA LUSITÂNIA.
ARTIGOS D* OFFICIO.
Sendo huma das ohrigaçoens, e a mais essencial do Minis- dnquelles, que naõ forem ulteriormente processados, pois
terioda Justiça, vigiar que se naõ perturbe a segurança que tendem unicamente a previnir males, que se se verifi-
isso de levar ao couhecimeuto do Soberano Congresso que, se o Governo naõ puder no referido praso conseguir o fim
• ■ *
nesta Capital principalmente, e cm algumas partes do Reino, proposto, poderá novamente consultar as Corles para se
há indivíduos que se tornaõ summamente perigozos. Naò tomar a deliberaçaô conveniente- O que V. Ex. levara no
no rigor das Leis, hà com tudo, além da publica notorieda- Cortes, em 29 de Abril d* 1822.
para que a sua responsabilidade, que jàraais se poderá Relaçatí dos indivíduos mandados sahir de Lisboa em virtude
tornar eftectiva, huma vez que se naõ proporcionem os das ordens do Governo atè ao dia 2 segundo nos informaÕ.
requerer.
0 P. Domingos de N. S. Mexia.— O ex-Brigadeiro Jordaõ
* A liberdade (politica) consiste na faculdade, que compette a cada hum de fazer, o que a Lei naô prohibe. A conservaçu
desta depende da exacta observância das Leis. Bazes da Constituiçaè primeira SessaÔ . . 2. .
A ABELHA DA CHINA.
6f
Sahindo a nossa folha No. XV. com innumeravcis erros, delia, junto os Minisiros, e Officiaes, que no dito anno
e faltas consideráveis, julgamos conveniente o transcre- servem, Presedindo o Illustrissimo Governador e Capita#
vc-las de novo neste N*. a fim de que os nossos leitores Geral Jozè Ozorio de Castro Cabral e Albuquerque, sendo*
fiquem na intelligencia, que semelhantes deffeitos uno também prezentes o Excellentissimo Senhor Diecesano D.
procederão nem do Redactor, né:n dos C<>m: ozitores; ir is Fr. Francisco de N. Senhora da Luz Chacim, o Illustrissimo
sim do amanuense, que supprimio, e inverteo as palavras. Brigadeiro e Commandante do Batalhao Francisco de Mello
O
Theor do Bando publicado na tarde do dito dia pre|ados daj „elÍRÍoeM> 0fficiaeS tanto Militares, como
do Corrente, em consequência da Sessaõ supra. da Fazendaj e Pess0as, que gosaS justamente do titulo de
Juizes, Vereadores, e Procurador do Leal Senado da cidadad, as quaes foraS convocadas à esta Caza da Camara
China, por Sua Magestade Constitucional, que Deos do ag8ento da de h()ntem ^ fo. pQr mim Escrlvai,
(luarde &a. Iodas as pessoas, que gozarem justamente da çaraara lida na presença de todos, tomou-se a delibera-
Fazenda, que a fiz escrever, e subscrevi, Antonio Jozé h<)ra9 da noule, sah-|raa ^ Juizes=Paulo vicente
^ A A m A ~ A
Sessão de 19 de Agosto de 1822. gos Jozè Gomes com 62 votos=para Procurador Francisco
Tendo-se concluído a nomeaçaõ da Camara, como da Jozè de Pa) v a com 87 votos, Substitutos dos Vereadores
de Nome de Deos de Macao na China, nas Cazas da Camara de Almeida Carvalho e Silva, Bento José Gonsalves Serva,
A ABELHA DA CHINA.
Barrosj Joaquim Antonio da Silva, Antonio Vicente Rosa, em que se-lhe participa anova nomeaçaò do Senhor Ozorio.
Clemente de Noronha, Joaò Machado de Mendonça, Joaõ Jo- O Leal Senado tendo determinado, que o Ex-Gnvernador, Jo-
sé Vieira, Januário Agostiohoda Silva, Francisco CicilioBra- ze Osorio de Castro Cabral r Albuquerque, fique encar-
ga, José Felix dos Remédios, Joaquim Pedro José da Silv.% regado interinamente do commando do Batalhaò e Fortalezas
Primeira Sessão da nova Camara de 20 de para a sua intelligencia. Macào em Mesa da Vereaçaó 20 de
Ex-Governador Joze Ozorio de Castro Cabral e Albu- I Paulino da Silva Barbosa, Domingos José Gomes, Paulo Vicen-
querque, interinamente do commando do Batalhaò, e Forta- te Bello, José Baptista de Miranda e Lima, Francisco José de
Batalhaò.
Lima.
em beneficio da fasenda publica, cedem qualquer paga, e pro- Estamos authorisados para declarar que o Conselheiro
pinas a que tem direito pelos seos empregos. aga naõ se acha preso, mas sim com huma guarda na casa da sua
< faser-lhe; pois que assim foi determinado pelo Leal Senado, e
que continha 11 ofiicios sobre diversos assumptos, bem como
Portaria ao Ex-Governador, e Capitaõ Geral Aos 20 do dito, o Navio Santo Antonio, Capitaõ José Fran-
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cisco de Oliveira, para Bombay.
Jose Osorio de Castro Cabral e Albuquerque.
Eugénio Gonsalves.
D. Ignacia Vicencia dé Payva, Viuva do falecido Francisco JoZé de Payva, faz saber ao publico, que tem celebrado
Escripftura de Sociedade mercantil.com seu filho Francisco Jozé de Payva, e seu Genro Joaquim Jozé Ferreira Veiga, por effei-
to da qual, ficando,o monte do seus bei^s na mesma uniaó, istabelidade, em que lhos deixou seu defunto marido continuarão de hoje
emdiante todas as transacÇoens Commerciaes da sua Caza de baixo da firma=Viuva Payva e FiLHOs=com a qual assignará o
dito seu filho todos os a< tos necessários ao manejo dos negocios da mesma Sociedade, e em consequência todas as pessoas, que
tiverem conta de qualquer naturesa que seja com a sua Casa, se derigiráò aos ditos seus Socios.
NA TYP0GRAPHIA DO GOVERNO.
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HOC TEMPORE
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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor: —Havendo che- o que deo lugar à bem fundada desconfiança de que, se
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gado ao conhecimento do Governo, naõ só pelas participa- I° naõ era manobra da facçaõ, pelo menos tentava aprovei-
• * * •
çoens da Policia, mas também por informaçoens extraju- tar esta occasiaõ para levar aeffeito seus damnados intentos.
diciaes, a existência de huma facçaõ anarchica, e desorga- O Governo, pelas medidas eneígicas, e opportunas, que
nisadora, que conspirava contra a ordem publica, e systema empregou, pode sim restabelecer a ordem, e restituir os
Constitucional; empregando para isso os meios infames de expulsos ao exercicio de seus lugares, e fazer prender, e
corromper, e desencaminhar a opinião com pasquins, pro- processar os tumultuarios; mas nem por isso ficou tran-
clamacoens, e outros papeis incendiários, que apparecêraõ quillo: porque o mesmo espirito, que aqui apparecia, se
affixados nas esquinas desta Capital, e delia foraõ manda- manifestava no Porto, e em mais algumas terras do Reino,
dos a differentes, e notáveis tetras do Reino ; de espalhar bem que menos exaltado.
noticias falsas, e idéas, que atterravaõ os incautos, e pa- Constituído em circunstancias taõ extraordinárias, por
1
(» \ f t ! . J | ) f - li ' ► f 11 I * * ^ ' § • ' * '
cificos Cidadaons; e de desacreditar as decisoens do Con- isso que naõ havia provas jurídicas para se raetter em
gresso, e actos do Governo, soltando continuamente contra processo aquelles indivíduos, sobre quem recahia a des-
Deputados, Ministros, e Empregados públicos huma infini- confiança publica, e que ella designava como origem de
dade de invectivas e calumnias atrozes, e vendo o Gover- tantas desordens, julgou o Governo de absoluta necessidade
no as funestas consequências, que de seo mal naõ atalhar pedir ao Congresso huma authorizaçaõ extraordinária para
de prompto ein sua origem, se poderiaõ seguir, resolveo os remover daqui, e das outras partes do Reino: medida,
empregar todo o cuidado, e vigilância para descubrir os que produzio hum admirável effeito; porque apenas se
authores de taõ horrível trama. poz em pratica, começou a acalmar-se aagitaçaõ em que
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Em consequência das averiguaçoens a que procedeo, se achava o espirito publico, e a opinião a marchar incon-
veio a saber, que todos os dias à mesma hora, em diversos trastada em favor do Systema Constitucional.
sítios públicos, certos indivíduos, conhecidos por sua no- Tanta foi â generosidade, e iIlimitada confiança, com que
toria desaffeiçaõ ao systema Constitucional, formavaõ con- o Soberano Congresso concedeo taõ extraordinário poder,
venticulos, e procuravaõ ganhar novos socios, com que quanta a pfudencia c circunspecção, com que delle se usou ;
engrossar seu partido. pois que a medida naõ recahio em individuo algum, que
Fazendo-os observar de perto, foi instruído de ser naõ fosse bem notado pela opiniaõ publica, e nas listas traos-
o seu entretenimento desacreditar o systema, e meditar mittidas pelo Intendente Geral, e Coronel da Policia,
os meios de subverter a ordem publica. NTfm só estas pro- quanto aos de Lisboa, e procedendo informes das compe-
vas colheo o Governo da existência da mencionada facçaõ: tentes authoridades quanto aos das outras terras do Reino,
porque, acontecendo nos princípios de Abril alguns tumul- Huns e outros constaò das relaçoens inclusas,
tos desordenados, causados por homens, que, introduzrndo- Os inimigos da causa, e da Patria naõ abandonàraõ com
se violentamente nas companhias, sob pretexto de pt*ocurar tudo o seu proposito, porque pouco depois teve o Governo
todo o Reino para o porem em alarma contra as Cortes, e Carta do Conselheiro Arriaga ao Leal Senado.
Governo que os conspiradores pertcndiao dissolver assaci* illustrissimo e Leal Senado. Os deveres de Cidadaõ, que
nando alguns Deputados, e Ministros, no meio da desordem sobre mim tanto imperaõ, inslaõ, que com V. Senhoria me
porqne tencionavas dar principio a taò horrível, e sanguiná- congratule por ver, que esse corpo, reconhecido desde sé-
rio attentado: e procedendo com todo o segredo às necessá- culos, haja reassumido as suas anteriores attribuiçoens, co-
rias indagaçoens, pode descubrir que na realidade havia hum mo aquellas, e sua forma as mais analagos, nab menos ao
projecto, que naò obstante naò estar plenamente conbinado, systema do dia, que as relaçoens em que V. Senhoria está
se tratava comtudo de principiar jà a desenvolver, e por para com os Chinas, a respeilo dos quaes, ou para qualquer
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do Conselheiro Arriaga.
cia pelo tempo, que for necessário para o pleno apuro, e Õ ' ; )
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conhecimento da verdade: mas, se para isto he precisa Reposta do Senhor Governador das Armas
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até se concluir o processo; pois que só deste modo poderá em anoite do dia 19 do corrente ; servirá de novo garante,
cabalmente responder pela segurança, e tranquilidade pu- para assegurar a V. Senhoria, que no desempenho dos meos
em que fica cada hum dos removidos. O que V. Excellencia fiança posta na minha pessoa. Deos Guarde a V. Senhoria
se servirá levar ao conhecimento do Soberano Congresso muitos annos. Macao 21 de Agosto de 1822.
para lhe dar a attençab, que julgar conveniente. Illustrissimo Senhores Juizes, Vereadores, e Procurador
Mandou-se a parte respectiva à authorizaçaô a Commis- Houve de se escrever huma carta ao Excellentissimo
saõ de Constituição, e a que pertence a medidas Legislativas, e Reverendíssimo Senhor Diecezano, pedindo-se-lhe que
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♦
à de Justiça Criminal: 2. do Ministro da Marinha com a quizesse no dia 24 do corrente entoar o Hymno do Te-
isso se naò oppozesse a vontade de S. Excellencia Reveren- Bispo Diecezano entoou o Hymno Te-Deum -Laudamus.
díssima, e que igualmente quizesse passar as ordens precizas que foi cantado pelos melhores muzicos do paiz, sendo a
para que os repiques dos sinos acompanhassem a satisfacçaõ musica de excellente composição.
_ •
publica daquelle dia. Houve de se assignar o Bando para O Senado se retirou da mesma forma, em que tinha vindo,
se fazer publico a toque da Caixa, o Te-Deum acima refe- e o Governador das Armas deo-os seguintes vitas à Reli-
V :
ODDn ' . 'J • # t * ri *' ' ' J*) * i indisivel enthnziasmo pelo immenso povo,quealli se achava.
Houve de se assignar huma carta para o Commandante
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A* noite a Cid de illuminou-se toda, appresentando à vistà
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Companhia Ingleza se ornaraò de luzes forverdadeiramèntè
dante convidando-o para assistir ao Te-Deum no dia 24 do
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admirável; por que continha# muitos milhares-de luminá-
corrente, assim como para mandar esta tarde dous Tambo-
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do primeiro Sobrecarga da Honoravel, e Selecta Corrrpa^
Posto que este Senado na Vereação passada determinou,
determina, que os Juizes naò peçaò carta alguma. entre huma illuminaçaò linda, se liaõ em gratlcles letras, for-
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Lima, que quanto ao Te-Deum, e tudo quanto he relativo, A Varanda do Boticário Joaquim Jose dos Santos se illu-
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he o seo parecer seja conforme a forma do Bando, que elle minou também de hum modo, que nada deixava a desejar.
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apresentou. Souza, Barboza, Gomes, Bello, Lima, Payva. Ella estava cheia de apropriados emblemas, e de elegantes
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ARTIGO COMMUNICADO.
em que se viaõ muitas luses em castiçaès, hum painel, onde
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LABORATÓRIO CONSTITUCIONAL.
a aurora do dia 24 de Agosto, anniversario de aquelle, em
sahio apé das Cazas, em que faz as suas Sessoeus pelas 9 as publicas demonstraçoens de regosijo nacional taõ justamê-
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horas da manhàa, e indo acompanhado de grande numero te devidas ao Anniversario de taõ feliz dia. Na ultima das
G. de A. Religioso da Ordem dos Pregadores, o qual se dentro a figura da Patria na attiiude de abraçar seos filhosj
tinha offerecido gratuitamente para pregar nesta festividade, representados em dois meninos, a quem o Génio vinha cdroar
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delebit oblivio. . . scripseruntque ut omni studio dies, lÍa=Viva Constituição, Viva El-rey Constitucional,
Sessaò de 28 de Agosto de 1822. prego, que Sua Mage9ta<ie me tinha conferido; mas vejo
Sendo indispensável à este Senado nas actuaes circunstan- que esse Leal Senado antes de eu lhe ofRciar a este respeito,
cias a proceder a hum rigoroso exame sobre o estado em me intimou a ordem com a data de 20 para eu entregar o
que se acha a Fasenda Nacional incumbida k sua admini- Commando do Batalhaõ Príncipe Regente interinamente ao
nado declare se esta ordem foi passada por erro de officio, que
Cidade; tem resolvido formar para ambos este9 fins huma
comraisaõ composta de 6 negociantes desta Praça os mais eu commettesse, ou por a nova ordem de couzas, e minha
inteligentes, aqual deverá principiara exercer as suas fun- próxima viagem, como era constante a todos eu estava re-
0
bum dos membros da mesma Commissaò. As Pessoas no- Commando do Bat&.iiaõ do Príncipe Regente passasse
meadas saò as seguintes»»Antonio Pereira^Antonio Joa- ^e ^ossa Senhoria para o actual Governador das Armas
quim da Costa Basto«=Beuto Jo9é Gonsalves Serva=Anto- Jozè Ozoriode Castro Cabral e Alburquerque, Vossa Se-
nio dos Remédios*» Joaquim de Souza=e Feliciano Narciso nhoria ficasse na duvida dos motivos desta mudança quando
Ozorio, os quaes o Secretario deste Tribunal, lhe fará as com- a nova ordem das couzas assim o exigia, parece por tanto
petentes participaçoens, por cartas circulares.«=Houve de desnecessário, que Vossa Senhoria pedisse declaraçoens a
se assignar huma Proclaraaçaò, que se mandou publicar por tal respeito por salvar a sua honra, e pôla ao abrigo da sua
exemplar conducta.
Editaes, cujo contexto constará do seu Registo.
Poracordaô desta acta, foi deliberado, que todos os casos, Este Senado segura a Vossa Senhoria a mais firme consi-
que se aprezentem pertencentes a Marinha, ficaraò pertencen- | deraçaò, para tudo quanto possa contribuir mais a acredita-
do ao conhecimento do Juiz Ordinário Paulo Vicente Bello. lo no conceito publico, com os protestos da mais alta estima
por mandado do mesmo Procurador declarou, o seguinte, Meza de Vereaçaò 4 de Setembro de 1822, Eu Carlos Jozè
queelle 9abia por via da gente do Mandarim, que o China Pereira Cavalleiro Professo na Ordem de Christo, Secretario
pon-kua, (ou pay Avô), havia denunciado ao Mandarim de do Leal Senado, que a Sobscrevi. Paulino da Silva Barboza,
soy-my, que os Portuguezes estavaõ levantados, e que- Domingos Jozè Gomes, Antonio Joaquim da Costa Basto,
ria5 faser muitas desordens, que por tanto elle fisesse Paulo Vicente Bello, Jozé Baptista de Miranda e Lima,
aviso aos Mandarins Superiores para que viessem com Tro- Francisco Jozé de Payva
na manhla do dia 6.
1 Ilustríssimo e Leal Senado. Tendo remetticLo a esse Leal
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NOTICIAS MARÍTIMAS. = ENTRADAS.
Senado hum officio datado de hontem 22 do corrente,
antes da nova Governança cora a data de 14, no qual lhe zendo as vias das Cortes, vindas pela Carolina.
rf-V -
AVIZO. Matheus Vendemberg participa ao publico desta Cidade, que nas caZas da sua moradia, sitas na rua do
Vasarinho, se continuará o leilão em todas as Segundas feiras, desde o dia 13 do corrente em diante, exceptuando os dias
Santos de preceito; igualmente participa, que nas mesmas casas se acha huma loja aberta, na qual se vendem varias
rasendas de Europa.
NA TYPOGRAPH1A DO GOVERNO.
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OBSEQUIUM A MICOS, VERITAS ODiUM PARIT. TERENTIUS.
lançou sobre ella hum véo, sem com tudo perdèla de vista.
r doze Acções. ,
Geral se dissolverá.
saber a todos os meus Súbditos que as Cortes Decretarão
As Cortes Geraes, Extaordinarias, e Constituintes da Na- coenta principaes Acçionistris, se congregara todos os annos
ção Portugeza, tendo em consideração a publica vantagem, no mez de Janeiro para proceder à eleiça# do Presidente,
que rezulta do estabelecimento de hum Banco de Emprésti- e Directores; para conhecer e julgar as contas do anno
mo, Deposito, e Desconto, que, desterrando a usura, e pro- antecedente ; para reformar os abusos, que se tenha# intro-
86 A A B E L H D A CHINA.
duzido naadministraça#; e para requerer as Cortes os me- mento das Cortes, nem o mesmo Governo terá nelle inge-
derá também ser convocada extraordinariamente antes defin- 17. Para cffeituar o seu gyro poderá o Banco emittir
temente authorizados.
da vista, para commodidade dos viajantes. E esta emissão
8. O Banco poderá descontar, e negocear Letras de 18. As notas do Banco seraò recebidas, e consideradas
Cambio, e todos os papeis de credito, que se usab no Com- em todas as Repartiçoens de Fazenda Publica como dinbei-
• • / •
mercio, sendo afiiançados pelo numero, e qualidade de ro de inetal; mas os Credores do Estado na# será# obriga-
assignaturas determinadas no seu Regulamento; ficando dos a receber estas notas em pagamentos de seus créditos.
os bens dos Acceitantes, e Fiadores, tacita, e especialmente 19. Os que falsificarem poT qualquer forma papeis per-
hypothecados ao pagamento. Esta hypotheca porém naõ tencentes ao Banco, será# processados; e julgados como
determinada.
tribuiça# alguma.
<# • . ■» • •-
A abelha da china.
69
27. Em virtude deste imprestimo o Thesouro Nacional, culares, seja ao mesmo tempo applicavel à amortização
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sem alterar a forma da sua receita, pagará durante hum do Papel Moeda, com existência por tempo de vinte annos
anno em papel moeda somente a quarta parte de todas as compostojdo Capital de dez mil Acções do vallor de quinhen-
soramas, quê era costumado a pagar na fòrma da Lei. tos mil reis cada huma, na forma da Lei; cuja Subscripçaô
23. Logo que o Thesouro publico comece a pagar se abrirá no primeiro de Janeiro do anno futuro de mil
somente a quarta parte em papel, descontar-se-haS tres por oitocentos vinte e dois, tudo na fòrma acima declarada.
ceuto em metal na totalidade de cada pagamento, em que Para Vossa Magestade vêr.
costuma entrar papel moeda, feito nas ditferentes Reparti- Antonio Mazziotti a fez.
ções, que recebem dinheiro do tiiesmo Thesouro. Naquel- A foi. 67 do Livro I. do Registo das Cartas, e Alvarás,
29. As quantias resultantes dos tres, e dois por Cento, Foi publicada esta Carta de Lei na Chancellaria Mor da
descontados na formado Artigo precedente, scraS recolhi- Corte e Reino. Lisboa 31 de Dezembro de 1821.
Caixa destinada à amortizaçaS da divida do Banco. das Leis a foi. 38 vers. Lisboa 31 de Dezembro de 1821.
a NaçaS coDtrahe com o Banco, na forma do Artigo vigesi- | Copia da Carta que se escreveo aos nomeados
do Banco, conforme o credito que tiver o papel moeda, e Por assento desta data tem nomeado a Vossa Merce
Para
0 eslado era
deliberarão se será conveniente abrir qualquer outroempre- 1ue se acha a Fasenda Nacional infumbida
a sua
«imo, concebido em novos termos, para continuar a amor- Administração, devendo principiar os seus trabalhos
Na mesma conformidade,
* se escreveo # I aos
• I » • outros no-
para a formaçaS de hum novo papel moeda, que deve sub-
Jozé Ignacio da Costa. interesse particular cora o publico, isto he, aquella que faz
Carta de Lei, pela qual Vossa Magestade Manda executar com que cada Cidadaò, promovendo a sua felicidade par-
o Decreto das Cortes Geraes, Extraordinárias e Constitu- ticular, promove ao mesmo tempo a geral. Por esta mes-
H
A ABELHA DA CHINA.
ma causa, debalde quererá qualquer Governo prohibir } moral, sabendo os interesses que fariaò, obrando despótica-
por cx.: fazendas estrangeiras, se na8 ajuda as artes com mente, naò saó também affectos ao mesmo regimen Cons-
as sciencias, e se na5 proporciona os direitos, de maneira titucional. E porque se naó faz a necessária reforma nos
que as nacionaes tenhaò vantagens sobre as estrangeiras» I regulares, dando a desida sustentação aos que existem, e
Em quanto o nao fizer, verà sempre o povo ocioso, as fa- providenciando para o futuro ? Porque se faz huma igual
bricas fechadas, e o sen numerário desappareccndo insen- «forma em os vínculos, que só servem de acostumarem os
Em hum Governo despótico, cada qual para fazer fortu- estas e outras similhantes reformas, mil annos que existaS
na, naò procura, se. nao ter a seu favor, ou ao menos ser governos liberaes, sempre serà8 mal vistos por taes indivi-
visto indifferentemente pelo tyranno, que desenfreadamente | d""*, P""l"e a sua consciência os accuza de que o bem geral
auxilio cada particular na5 vendo em o universo mais que Na5 dar estas e outras similhantes providencias em hum
a si proprio, e as suas paixoens, calca a todo o momento, Governo, cujo poder legislativo cstà na verdadeira repre
que lhe apraz, os mais justos, e sagrados deveres; e a socie- zentaçao nacional, he querer conservar a naçaò em contra-
dade nab oflferece entnò, se naò hum horroroso quadro, d»Çaõ comsigo mesmo, sendo os factos, que se praticai,
onde a prepoiencia, a intriga, ea venalidade, disseminai) | contrários ao espirito e opinião publica; he querer conser-
e que hum povo, inda mesmo instruído, nao pode sem risco,
Em hum Governo porem, onde ha verdadeira representa-
( ♦ I i# J •) f i t { ^
cios públicos, que naò tendem à felicidade geral, cedo, ou ao da liberdade: mas conheço também que estar comple-
tarde saõ cohibidos; e por isso os indivíduos que os exer- tando dons annos de Regeneração liberal, e a reforma
cem, e que estimaS mais a sua felicidade, do que a pu- ecclesinsti.ra apenas em projecto, e a de instrucçaõ publica
sab amigos de taes governos. Assim todo ohomem que antes conservar as cousas, trocando-lhe o nome. Seitam-
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publico he prejudicado, ou que he muito ignorante, como numero dos quaes vem entrar muitos descontentes, e evita
i3 - \ fV ** «« . ■ ■ •%*!
necessidade de ouvir com alguma satisfaçaS a noticia da I *eiro» Capitaò de Infantaria do Batalhao Princepe Regente
res
morte de algum freguez por causa da espórtula. sendo-Ihes |)(>'lderemos com a brevidade posShel, e será inseri-
a
aliàs taò divida huma decente sustentação pelo seu trabalho) '0f,° ^llC ^<ira ,SS
° '10incr occaziaò opportuna.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO
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Scndo prezente a Sua Magestade os excessos de Júris- I ^e alheias do Ministério Pastoral fundado na Caridade,
Oriente, se tem intromettido nas missoens dos Religiozos ^os ^eS0C10S de Justiça, ao Reverendo Arcebispo Primàz do
O
Dominicanos nas Ilhas de Solor, e Timor Bispado de Ma- fbiente se abstenha de semelhantes excessos, e violências,
e na se mtrome
laca; e nas dos Religiozos Agostinhos em Bengalla, Bispado ^ Ma directa, ou indirectamente com as Mis-
110
que crearaS pelo seu zôlo, e conservai pelas suas fadigas, Governo dos Religiozos de Cbimbel sobre os quaes nao
e aceitaçaò dos Povos, aonde fundàraô Conventos, ou Hos- lem mais direito que o de vizitar, e prezidir às eleiçoens,
t m „ . i í t. ■ 1 . 1 , I
como
picios para irem accudir às necessidades espirituaes da determinaõ os seus Estatutos approvados por Sua
a
Christandade, sem despeza do Estado,e somente pelas reli- t,cstade, e pela Se Apostólica: que deve garantir, e
giozas oblaçoens dos Fieis, mostrando com estes procedi- °^8crvar • Outro sim Manda . ua Magestade, que o mesmo
mentos huma reprehensivel ambiçaõ de dominar todos os Reverendo Arcebispo, pelo seu direito Metropolitico no-
111
Bispados do Oriente sobre os quaes, além de conhecer das I l)ara 08
Bispados vagos seus sufrageneos Vigários
crevOfc * I
cauzas por Appellaçaõ, só tem direito de nomear Vigário Capitulares, e nunca Governadores, por ser isto privativo do
7
**■ a
Capitular, quando vagar a Cathedral aonde naó houver Prelado Diocesano, quando está auzente da sua Igreja em
í
Cabido, na forma do Concilio Tridentino sem reserva da Iue *em Jurisdicçaõ, a qual nunca se pode considerar no
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Jurisdicçaõ, porque a sua he limitada a demarcaçoens do Metropolitano, cuja Jurisdicçaõ Ordinária hé restricta a
sua
seu Bispado, o que faz duvidosa aquella que confere a Sacer- Diocese; Espera Sua Magestade, que o Reverendo
\Jài j* UlCJJ/Jc 9Tè :» • * i ( • nl % 4 | ; t 'j I
dotes, que vau Missionar a Dioceses alheias; chegando ao Arcebispo Primàz Ordene quanto antes os Regulares, que
se
extranho procedimento de na5 querer Ordenar os Reliffio- '"es apresentarem habilitados pelos seu9 respectivos Pre*
zos, que habilitados pelos seus Prelados na forma de direito lados: e quando recuze cumprir estas Reaes Determinações
1
* ' ' : j n : t> i . j ; ^ ' t,- > 1, o.n
parte interessante à Igreja e aos Fieis que experimentas a temporalidades contra o mesmo Reverendo Arcebispo Pri-
. * ' . ' . . I . -L .
maior falta de Ministros pelas sinistras intencoens do mes- máz do Oriente. Palacio de Queluz em 16 de Abril Je 1822.
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■.aoT, 'ioq obiííjr ' t jot i ii •? , > .» . . , , . 0 ..
mido.e vexado o» Religiozos do Carmo deChimbel, decla- de Justiça remetter à Junta Provisória do Governo do.
rando-os excommungados de participantes em todo o Estados da índia, a Copia da Tortaria dirigida ao Reveren.
9
f . * ' ' ' « • * - . ^ O
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o couhecimento e decisão sobre esta matéria lie da exclu
dando conta por esta Secretaria do« procedimentos em co,n-
Manda EL-REY, pela Secretaria de Estado dos Negocios 20 do corrente mez que fique revogada a citada ordem, e
de Justiça, ?i Junla Provisória do Governo dos Estados da que os ligitigantes sejaõ restituidos ao mesmo estado, em
mX_+ n — .~ ^ r g
çaõ Jurisdicçaò alguma nas suas respectivas Deocezes em I de 1822. JOZE DA SILYA CARVALHO.
Palacio de Queluz em 16 de Abril de 1822. Joze da Silva Parecer da Commissaõ de Constituiçaõ em Lisboa.
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Abelha o extracto supra, naõ tanto por estarmos convenci- r
# t\ • jm i'' ff tf ^ • passado naõ deve ter, por ora, execução nas mesmas Pro-
%do hoje tao al temi idos, como seriaõ 110 Governo passado J 7 'itt i9í% Jài t VI/IIDI â À * ÉÊ •
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do Ultramár.
Manda El-Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios de Marechaes, e hum delles seja a patente mais superior, e mai
Justiça, participar á Junta do Governo da Província da antiga d'aquelles Estados: que o Presidente seja o Conse
Bahia para sua inteiligencia e devida execução, que as Cor- lheiro Chinceller da rclaçaS, e dois Desembargadores ben
tes Geraes, e Extraordinárias da Naçaõ Portugueza, toman- acreditados, Membros da mesma junta : que esta governançj
do era consideração o que lhes foi representado por Joa- civil, e militarmente, s m collisaõ com outra patente mili
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quim Ferreira Dias, natura! d'aquella Cidade, o qual expõe, tar, nem com outra aufhoridade civil.
e prova, que a Junta Provizoria do Governo da mesma Nestas circunstancias, pensa a commissaõ, que se devi
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Província por ordem expedida em 22 de Novembro de 1821 conservar a mesma junta em seu exercício, e suspender i
ao Juiz de Fora das Villas de Sam Francisco, e Santo Amaro, nomeaçaS de Governadores, até chegarem os respectivoi
raandára esbulhar o Supplicante da posse do engenho deno- Deputados, paira com a informaçaS delles se ajustarei!
minado Macaco que lhe fora conferida «m virtude de hum meIhor as disposiçoens legislativas ás circunstancias, em que
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A ABELHA DA CHINA.
73
•e achaS aquelles povos. Sala das Cortes 4 de Maio de 1S22. seria o mesmo, que confundir em hum Curral os Lobos
••
Antonio de Faria Carvalho; Bento Pereira do Carmo ; Joaô Em que Historia leriaò estes Senhores, ou em que Via-
Maria Soares de Castello Branco; Antonio Carlos Ribeiro jante achariaô descripta huma Sociedade, onde fosse per-
graçido. Entaô na falta de todo o soccorro humano, ira- tolerado em huma Sociedade civilizada, aquillo, que nem
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rito desorgani«adqr. Chamàraô revolta à reforma dos queriaô, que a Naçaò o« defendesse: isto he; rompêraò
6
^ .
Abusos, à cobrança de Direitos, à declaraçaõ dos Devêres; do seu lado o P acto Social, e queriaò, que a Naçaõ o manti-
chamàraô Código illuzorio à Constituição, que consagrava vesse: quebrarão os seus votos, e queriao que a Naçaò fosse
;
• • j ^ • - i .i i 'J i. I f • ol %) * ? ^ ^
estes Princípios; e Libertinos os indivíduos, que a Naçaò obrigada a sustentar os delia: queriao em fim, que a Nacaô
escolheu, pira a representarem. Intrigarão nas Naçoens cedesse á vontade delles, e naò elles á vontade da Naçaõ !
estran geirass caluraniaraò entre os seus próprios Concida- Nunca se víq huma inépcia concebida com menos razaõ,
:
daons: prostituirão a Tribuna da Igreja a escandalozas nem sustentada com menos arte! Nunca algum castigo foi
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declam ç »e is; publicarão Brochuras, e Periódicos'; e nos mais bem merecido; por que nunca o Crime foi mais pa-
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desde o moJerado recuso de os espalhar por diversas Terras o das Cortes: contra as quaes, e contra o Systema Constitu-
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de b úxo d i vigTiticit d is Authoridades, até ao de os privar cional, declamavaó em publico, e em particular. Naõ o
onn IA ÍJti JiÍJ . • fiiiiír iif : mi» rf» rr: ri.' * ',ir ' • • •• a »f '
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da exi Te.icia, e prover assim à salvaçao do todo com a de EL-REY ; que he o mesino que o das Cortes; principal-
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perda de liqma p irte. ' mente depois qne ratificou perante ellas o Juramento ás
Mas logo que o Governo poz em pratica 0 mais mode- Bases da Constituição. Logo, eraõ elles inimigos das Cor-
■. ;n . •. tiuiiUrul
rado dos meios, para cohibir os mais avultados dos excessos, tes, e de EL-REY; e por consequência inimigos da Naçaô
eis-aqui estes Detractores da Constituiçaõ invocando ós Entaõ tinha, ou naô, o Governo naõ sò o direito, mas a obri-
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Princípios, que ella proclamou, e que elles escarnecêraò gação de repellir os inimigos da Naçaô, e até cousiderallos
do tempo da sua prosperidade! Ei-los argumentando com como Aggressorcs contraa Naçaó, e contra EL-REY, seu
;s P 1» V* t g t. 1 g-\ L
V
a Liberdade individual; e naò vendo, ou naõ querendo ver, primeiro Magistrado? Isto he pelo que toca ao Direitor
que a Liberdade he para o Cidadaò, que cumpre a Lei, e vejamos agora pelo que pertence aos meios de lacto.
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naô para o que a infringe abertamente: que Liberdade naô Era que se fiava esta dúzia de mizeraveisj para levar ao
I • .§ • -ym A ®
he devida, a quem delia se naò serve, se naô para privar fim o seu projecto de Revolução ? Onde está o Chefe, que
delia oa seus Concidadaons, arrastando-os à Escravidaô dirigisse a Empreza? Onde a força armada para auxiliar
I V 1 I
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pôr meio da Anarchia; e que deixarem Liberdade taes huma mudança desta ordem ? Onde o dinheiro para as granj
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indivíduos, iguabrado-os em Direitos a Cidadaoos pacíficos, dós des pez as, inseparáveis de taes acoátecirtiento6? Assim
A ABELHA DA CHINA.
74 ,
se muda a face de hum Estado? Assim se cumprime a 2. Que a educaçaô publica deveria ser o objecto de huma
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Publica Opioiaò ? Quando a maioria da Naçaô be Constitu- CommissaS, por huraa maioria de 21 votos.
! 31 ' t if ..
cional j quando o saò os Representantes delia, e o seu Go- 3. Que a guarniçaô da Cidade deveria ser composta de
verno ; quando o bravo Exercito jurou defender o mesmo 2(K| homens com os seus competentes Officiaes, por huraa
Systema, que proclamou; entaô he, que huma dúzia de maioria de 20 votos.
Etpalhqfoios tentava faser frente a huraa tal massa de 4 Que era necessária huma Guarda de Policia, eompos-
resistência, e abalar o rochedo Constitucional? E inda se ta de Sipaes, por huma maioria de 14 votos,
dará, que o Diabo naô tenta as Creaturas, para as deitar a Que convinha conservar a Escolla R. de Pilotos por
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perder ? Naô se costuma por ventura diser, que o Peccador» huma maioria de 24 votos,
igualmente diser-se, que os turbulentos, que se obstinavaõ lente3. huma maioria de 3| Totoj
em inquietar a Naçaô, e despresar o Governo, tentavaô este 7. Que 0 novo regulamento para o Commercio ;deveria
mesmo Governo a dar com o supplicio delles hum grande ser objecto de huma Commissao, por huma maioria de 53
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dem : . quce preparavit in tempus hostis, in diem pugna, Senhor Redactor da Abelha de Macao na China.
. •» • $ • * t * • * r **) • •• v •
et bellif
Rogo a . . . queira fazer-me o obzequio de merespon-
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como. eraõ no mesmo tempo eminentemente indignos da
2. Se fazendo os Habitantes de Macao parte da família
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3 n v t>MrN • I . r 9
* ^ . . - • *
elle promove. Assim o entendemos, e assim esperamos, taria, parece deveria recahir em ou pela razaô de huma
a felicidade de todos.
1? «•-«« ! f IP çaõ da Patria, e ultimamente com a própria vida, único
Janeiro de 1823.
to obrigado. O seu muito attento venerador e criado
I 41 flf
Tendo-se examinado ast. opinioens, dadas em Concelho Macao 13 de Janeiro de 1823. CONSTANTINO GUELFi;
CiJ 0{|f| j J r#«ri ' ' ffí ft #i M"i* k ,f#
lha N. XI, acharaõ-se os seguintes resultados. Afalta de lugar nos privou de responder nesta folha à car~
*• I - • «A J • |
1. Que naô devia haver mudança alguma na forma actu- ta do Senhor Constantino Guelfit a qual, ficando jà na im-
ê*t hirji, .., , 17: 7JJ77 u JffV "4 p !•«.••• / ' | .. , r • . f •
al do Governo, a the novas ordens do Soberano Congresso, ' prensa, sahirú no primeiro numero da nossa Abelha.
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NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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só o que se deveria exigir neste cazo era homens que tives-
Sessão do dia 19.
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sem luzes, para saberem o que lhes convinha e produzirem
tal lugar.
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caçaó, porem que para uso nada mais era necessário do
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Jornaleiros. „
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lembrando a delicadeza adoptada pelos Athenienses, e Ro-
taõ nos reduziriaõ a huma Constituição aristocrática: que
...
ao exercício dos direitos politicos o que naõ tivesse pro-
lecer a idade de 25 annos em excluir os que nao souberem
Industria.
este modo e excluindo ainda os trabalhadores e officiaes
; )■. : '\f r:
i . *
opinia5, accresentou, que esta indicaçaó deveria ser rejeita-
que se lançassem os olhos para a França que adoptou este
• • •
J '!
rejeitados por este Congresso, também a indicaçaó o devia
que assim olhando à presistencia, e segurança do nosso
1i rt V \ A /»»■*,
edeficio constitucional j elle votava contra a indicaçaó. ser; foi seguido pelos Srs. M. A- de Carvalho e Ferraô o
Para evidenciar o que acabamos de dizer no nosso nu- effeito o termo, pelo qual fora# addictos novissimamente ao
mero antecedente, inserimos o seguinte Acorda#, o qual serviço de Cathedral 09 Clérigos extravagantes; sem vi^or
mostra coiu clareza os excessos da authoridade Ecclesi- de obrigar a carta notificatoria, folhas, violento, e incano-
• g ri f T* ] T /* 'l * 'r ^ %
t 2 rr* - - -t .x
astica nas terras ultramarinas. nico o procedimento havido com Appellante, em se lhe
í
Que mal julgado foi pelo Juiz a quo, e que todo o proce- tício, escândalo, e dezobediencia, ainda que se na# ne°-a
* b ^
dral, naõ podia elle Appellante ser obrigado a hir assistir extravagantes na# podem ser obrigados pelo Ordinário a
• • *
texto da suposta concordata, em que o principal motivo al- vir immediatamentc o Prelado, e só saõ obrigados os
legado, era a conhecida pobreza dos Clérigos, e o serviço mencionados Clérigos sxtravagantes a assistir a funça# dos
da Sé Calhedral athe entaõ feito, se allegava unicamente Santos Óleos; Procissa# de Corpo de Deos, e outras
aliás naõ podia ser posta, senaõ por Corporação, que tivesse iramediatamente ao Prelado, pagando-se a cada hum delles,
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a proposito o Concilio de Trento; pois os Clérigos na#
fica dito, podem ser obrigados a ir supprir as vezes dos
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hum dos quatro quezitos constantes da mesma. E posto parte do Governo China, o que traria sem duvida, alem da
que o nosso juiso a este respeito naò possa inclinara ba- perda do estabelecimento, o perigo eminente, e geral assim
lança da authoridade mais do que o de qualquer individuo, da propriedade, como das vidas de todos os Portu<rezes de
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exigir a naçao o que se evolatizasse por negligencia dos
cripto ao curto recinto de seus muros; pagando annual
má administraçaò. O Redactor.
quem seja o Senhor Directo, e de quem o domínio util.
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naò podem ser postos ao nivel dos outros Cidadãos Portu- Senhor Redactor.
guezes relativamente às contribuiçoens, em cujo lançamen- Muito mà praga he o dêmo da ignorância. Contar-lhe-
to se haõ em vista bens immoveis, permanentes, e a sua hei hum caso, de que fui testimunha nos dias passados.
propriedade directa e absoluta, (b) Pois nenhum outro Achei-me com hum xarlataò prezumido, e com outro
pertencemos. A fora desta rasao, naò havendo para a sub- za. Disse aquelle que certo Fulano era sujeito muito
sistência publica, e indivdual de todo este povo ramo algum sábio, e douto; e a rasaó hè por que sabia, inglez, fran-
J o vi * .»
de agricultura, artes ou industria, à excepção do limitado cèz &a. Naò esteve pelos autos o segundo quanto à rasaõ,
— — -
(a) Ab initio nonfuit $ic= Quando publicar-mos as me- dreiro, à nossa custa, certa quantidade de dinheiro ao Manda-
morias para a Historia de Macao, ver-se-ha com dor, que os rim China pela licença para elle nos servir.
Solypsos deste paiz foraò a verdadeira causa de perder-mos, (c) O fatal exemplo de Leampô, em que foraõ massacrados
cabido, e menos ainda huma caz& podemos, sem solver o pe- vivos na Historia.
A ABELHA DA CHINA.
78
que* tendo embarcado muito tempo e u diversos Navios de^ ultra do saber qualquer petimetresito, que bacharela quatro
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diferentes naçberrs filiava, e feria bem o porlugutz (era palavras era inglez, ou francez. Quisera em fim, e quero,
filho dc Lisboa) o friíncefe, o inglez, o itliano,-e ainda o que se persuadaò, que o sugeito, que falia sera ter cabed^J
arabe, porém quanto ao mais andava em pè por dispensa. scientifico be hura sino com o seu badalo; e se a compara-
Ora se o fallar muitaslinguas, faz sábio a qualquer homem, çaõ lhe naò apraz, lhe chamarei papagaio ; pois inglez tam*
aquelle animal, que só tinha de racional a figura, e a lingua, bem fallava o que o Conde do Funchal tinha em Londres
tbematico profundo, hum Jurista de nome, ou hum Medico França, e perguntemos quantos Collegios há em que se •
de maò-cheia, que naó possuem muitas veses senão a lin- ensine a suave, e magestosa linguados Barros e dos Camões,
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goà materna, e a latina, e quando mais a grega. Alem de ainda que ella seja legitima filha da latina ? (a) Dir-nos-ha8
que, accrescentou elle, supponha-se que hum homem sabe que nenhum, e que sò quando muito a aprende o filho de
que hum animal quadrúpede, mui commum em toda a algum negociante, que se destina para comprar pipas de
parte se chama em portuguez = burro = e que outro sabe vinho no Douro. Nab foi assim neutro tempo. Eraò os
cês = ane em inglez ass e que = miccio em ita- tugueses o trafico mercantil. Os nossos maiores tiveraS
B
lluma só, que hè a idea de burro; que hum exprime sô desde a fòz do Tejoathé as praias do JapaS nos últimos
por este vocábulo, e outro por mais quatro sons arbitrários, Confins do Oriente: Em toda esta distancia immensa"se enten-
e aereos = asinus = ane= &a. Ora se a inaior sciencia dia, contratava, e fallava a lingua Christã, que por antho-
consiste na maior vastidaõ e solidêz de conhecimentos, ou nomasia he a portuguesa para com tantas, e tau diferentes
ideas ; estes dois sugeitos naó tendo mais que huma, e a naçoens. Os Hollandezes, e seus vesinhos os Ingleses quan-
mesma idea, segue-se que, cceteris paribus sa5 iguaes na do depois viera5 a Asia colher a seara que nem sementaraS,
Sciencia, que hea do burro. O XarlataS, por mais e mais nem era sua, se quiseraò ser entendidos foraõ obrigados a
para ensino, e desengano dos stupidos, e bardos, e mais ^m ultimo resultado permitta-me, Senhor Redactor,
11 | • •
ainda da quelles, que o naõ presumem ser, mereceria ser esta pjqUena apostrofe = O' vós Sábios da Europa, que
copiada na sua Abelha. Lastima he que no Século 19 tendes indicada por tantas veses a necessidade de organisar
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hum mero polyglóto, cuja, sciencia se lemita a quatro huma lingua universal arresoada, e filosófica para poupar
«= messiurse a dois = gods =de ordinário bastarda- ao genero humano o insano trabalho de embutir em seu
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mente articulados,
7 se gradue como hum abalisado SabichaS: cerebro tamanhos, e taõ disparatados codigos de tediosas
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e maior lastima ainda hé que haja Pais, que consomem em nomenclaturas, que faseis ? Apareça já essa imaginada
dar aos filhos esta superficialissima instrucçao multa millia bainhadas línguas, e em mim, ainda que já hum pouco
palacarum, somma mais que sufficiente para os encher de duro, tereis o primeiro, e roais assíduo dos discípulos,
promove, e aprecia. Eu naô lhes disputo, que o conheci- noticias marítimas = sahidas. Aos 26 do corrente
mento das línguas vivas da Europa seja hum adorno, e huma o Navio Barretto, para Bengalla Capitaõ Antonio Jose de
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prenda mui util para o trato, e para o negocio, e ainda para Vasconcellos
— —
• *
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AVIZO. O Cidadaõ Joaquim de Souza, estabeleceo liuma Caza de Comnaercio, e Agencia, que principiará no 1 . de
Fevereiro proximo; e todo o manejo da Caza será debaixo da firma de Joaquim de Souza, Filhos, & C.a, e os assinantes
delia seraò os Cidadaons Joaquim de Souza, Cypriano Antonio Pacheco, Feliciano Narcizo Ozorio, e Joaquim de Souza
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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OBSEQU1UM A MICOS, VER IT AS ODIUM PARIT. TERENTIUS.
toda a parte todos, que no dia 16 do mez de Janeiro 'ros; lançando algumas vezes as oliveiras longe dos lugares,
do Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de em que se achavão plantadas: e de pescado ; por que
tro — Pio Papa vn. Veneráveis Irmãos, e Amados li- I razão do contagio, que presentemente assola a Hespanha*
lhos,-'Saúde e Benção Apostólica. Estando a nosso cargo se 0ppf)e hum novo, e particular impedimento aos Pesca-
vigiar sobre todo o Rebanho Catholico, he necessário que dores do Algarve, que costumavào ir muitas vezes pescar
Nòs cuidemos, e instemos, em que as Leis da Igreja, que no mar Mediterrâneo. Por que lhes não pôde ser livre o
se encaminhào a refrear as paixões viciosas dos homens, e irem agora ao mar, impedindo lho Guardas, e Leis, que se
a elevar os seus espíritos á contemplação das cousas ceies- |j,es jem intimado, com o fim de que o contagio se não pro-
tiaes, sejão por toda a parte observadas com a maior ap- pague da Hespanha para o Algarve,e Portugal. Também se
plicação, zelo e diligencia. E como a este fim admirável- (jlz n£ 0 ge p0de remediar a penúria do pescado fresco com
mente conduzia a Lei, que ein certos dias do anno determi- 0 salgado, que se importa de Paizes Extraugeiros, em
na a abstinência dos alimentos mais nutritivos; por isso razão do vicioso modo, que là usão em o salgar, e seccar;
sò com grave causa Nos deixamos dobrar pelo rogos, que constando já por experiência, que de comer semelhante
se Nos fazem a que afrouxemos alguma cousa da seve- J peixe salgado tem muitas vezes resultado perigosas enfer-
do Reino Unido de Portugal, dos #Algarves, e do Brazil, com que de ordinário se padeça por debilidade de estoma-
pelo Nosso Amado Filho o Commendador Pedro de Mello g0^ e que 0 peixe> tanto fresco, como secco, custe alli
Breiner, seu Enviado junto a Nos, e a esta Saucta Sede, se muito a digerir. Em razão disto a pesca entre os Brazilia*
Nos pedio, que todos os que habitão nas Regiões, que nos Se acha quasi diserta; e posto que se possa promover,
lhe sàõ sujeitas, no tempo da Quaresma, enos oitfrosdias certamente a9 Províncias bum pouco afastadas da costado
do anno, em que a comida de carne, ovos, e lacticínios se mar, ver-se-hiio privadas do pescado fresco, por seremos
prohibe, pudessem por Nossa Indulgência, e PermissSo usar caminho9 muito má<)9> e por isso mu; C0ntrari09 a0 trans.
delia, taes cousas se Nos expuzerio, que fizerão huma certa ()orle) c importaç>ío de toda a sorte de generos. E quanto
violência ao Nosso animo, e o obrigarão a que condcscen- | ao azeilc> os Brazi|eiros DÍ0 0 ,em senão con)prado á custa
desse com as Regias Supplicas. Por que se Nos referio de alto preço, pois lhes vai todo da Europa. E não parece
ou
A ABELHA. DA CHINA.
poder-se occorrer a estes incommodos com lhes permit- Pias,ou devotas Orações. Ficando porém em todo o seu
•
de Fevereiro de 1822. —Filippe Ferreira de Araujo e Castro.
dos Reinos de Portugal, do Algarve, do Brazil, e das Ilhas,
dos Filhos, a faculdade de commutar dentro dos limites Hermenêutica para os desvanecer he a persuasaã de que a
%
* i é
comidas, prescripta pelas Leis da Igreja, em outras Obras | do aforismo cânonleo—favores sunt ampltandii Bem distan-
A ABELHA D A C H I N A. 81
%
1
nenhum vigor esta dispensa. \ • ' • o /; A
aquellas hermeneuticamente cstaõ participando da Graça
havendo alguma duvida acerca da generalidade do Diploma, tem publicado, que haõ de negara absolvição a todos os
exahi o caso de Disciplina Geral tornado Episcopal para penitentes, que tiverem comido carne em virtude da Bulla;
a pedra de toque para conhecer os desafectos ú nova ordem deste modo, 011 he por huma ignorância crassa, e nimia-
de coisas tem sido a oppoziçaô à Bulla citada: segunda, que mente affectada, ou por huma hypocrezia machicavelica,
achando-se já por estas bandas em grande relaxaçad a lei a fim de illudir as pessoas de boa fé; fazer partidos, desa-
consciência erróneas, infracçoens e despreso no centro das da minha intenção refutar agora maquinaçoens dolozas:
familias pela opposiçaò das opinioés. Por tanto o bem das quem conhece a verdade, e quer de propozito seguir o erro
almas, e da Religião exigem imperiosamente que se con- por seitas particulares, naò carece dos meus concelhos.
amplitude, ou extensaô do Indulto Appostolico. que em boa fé podem illudir-se pela influencia maligna de
O Redactor.
EXTRACTO DO DIÁRIO DO GOVERNO DE LISBOA. Aquelles, que dizem, que a Bulla foi arranjada em Lis-
^ ** Ví^
boa, naò merecem refutação, pois que he o maior absurdo,
o Senhor Abbade de Medroês, e ouvido tantos despropozitos se podesse simullar, ou falsificar hum Diploma tad publico,
gada por Ordem do Soberano Congresso, que julgo s?r do mais extravagante que podia imnginar-se. Que desordens
meu dever, como Ministro da Religiaô, ainda que indigno, naô resultariao? A Santa Sé Apostólica o saberia logo-
exclarecer os meus amados Compatriotas, que laborai* reclamaria os seus direitos, e o Congresso ficaria desacre-
n'hum Labarinto de escrúpulos mal entendidos, sobre a ditado à face de todas as Naçoens! Em quanto aos estra-
verdade, gozar livremente do privilegio, que ella concede zembro : e quem ignora, que tem havido nos tempos an-
a todos os Cidadãos do Reino-Unido-Luzitano. Por tanto teriores grande ruina nas oliveiras ? Quem pode negar,
rogo a Vra., queira publicar no seu bello periódico esta que antigamente se exportavaõ de Portugal muitos milha-
minha analyse, para servir de illustraçaô às pessoas de timo- res de pipas de azeite, e que agora he necessário este azeite
rata Consciência, que quizerem approveitar-se deste in- vir de fora? E quem naô sabe finalmente a derrota que
He bem notorio, que muitas pessoas de todas as classes vel, que nos annos antecedentes a ferrugem tem causado ?
em Lisboa, e nas Províncias tem glozado esta Bulla, alle- Os que disem, que as premissas foraò arranjadas com
gando pretextos, e produsindo argumentos da sua imagina- vistas Maçónicas, deveriaô ler os Diários, ou ir assistir
ção, com os quaes pertendem mostrar, que ella he nulla, à Sessaii, em que se tratou desta matéria: eentaô veriaÕ,
e que uaõ deve ter lugar n*hum Reino Catholico, sem que o Congresso naô fez mais que indicar ao Governo,
grande risco da Religiaô. Huns dizem, que ella foi feita que pedisse a Bulla: que o Governo recomendou ao En-
em Lisboa, porque a noticia dos estragos que fizeraô os viado, em nome de El-Rey, este pedido : e que finalmente
ventos no Dezembro passado, naô podia chegar a Roma foi o mesmo Enviado que formou a Supplica, como expres-
%
82 A ABELHA DA CHINA.
pescadores tem soffrido consideráveis perdas, e as pescarias Rafael Blutau passava em provérbio. =A quaresma, e a
cadêa só foi feita para os pobres. = E poi isso naõ lie ne-
do Algarve se achaò arruinadas; e roais que tudo a des-
costumaõ allegar-se huroas saõ motivas, outras impulsivas : tificaçaõ das premissas, a quiz conceder em forma pura-
e as segundas ainda que seja# falsas, naõ invalidaõ a graça, mente graciosa, para que naõ podesse encontrar os obstá-
Além disto, a causa principal, que obrigou o Chefe da de alguns Bispos, e a (piai se inutilizou por escrúpulos tal-
Igreja a conceder esta Graça, nem foi a ruina dos olivaes, vez mal entendidos. E se agora a mandou também aos
nem a ruina das pescarias, mas as virtudes moraes, e reli- Bispos, e aos Parrocos, naõ foi para que elles examinassem
giosas de El-Rey Fidelíssimo, assaz Constantes a todo o a verdade das premissas ; mas para que a publicassem aos
Mundo, como melhor se declara na mesma Bulla. Ora hum seus súbditos, e commutassem em obras de piedade o pre-
Rei de virtudes tao excellentes, que tem assombrado tdda ceito da abstinência: e o que elles deveràõ fazer de hum
Hespanhoes davaõ metade de seu Reino em troca, e os a ser peior, que a moléstia. Eu por mim recommendei ao
Napolitanos; e Piemontezes darinõ todo, pedindoelle ao meu coadjutor Encommendado, que dissesse à Estaçaõ da
Pastor Supremo este indulto a favor de seu Povo afflicto, Missa Conventual, que aquelles, que quizessem comer car-
S. Pedro concedeo Saúde ao paralítico, que estava à ao Sanctissimo Sacrameipo de joelhos, e com devoçaõ na
porta do Templo, sò porque se humilhou diante delle a lgr('ja» ou em casa, rogando a Deos pelo augmento da
ao melhor de seus filhos, que humilde, e respeitosamente num I*. N., e A. M. pelas almas, e huma Salve Rainha a
Dizer-se, que elle naõ podia dispensar em huma Lei taõ sem gosar do dito indulto, e em quanto o meu Bispo naõ
antiga, sem causa urgente, he hum erro sem disculpa. Esta ordenasse o contrario.
, _
Lei he meramente Ecclesiastica, e por isso naõ tem relaçao Deste modo he que eu entendo a Bulla, e presumo não
expressamente a seus Apostolos que Comessem, o que lhe 1 <>r tanto rogo aos meus Concidadãos, e Patricios, que
dessem sem excepção de mantimentos, porque aquillo que se n<10 deixem seduzir por homens ignorantes, ou malévo-
entrava pela bocca naõ era o que enodoava a alma. los. bailem com os seus Parrocos, para que elles lhe* com-
S. Paulo dizia aos primeiros Christaòs, que escrupuli- mutera este preceito em outra alguma obrá pia pela Autho-
zavao comer cr em certos dias =» Esca non comendat ridade, que lhe concede a mesma Bulla, em quanto os seus
nos Deo; sed si esca Scandalisat fratrem roeum, non mau- Prelados respectivos não determinarem, qual deva ser a
(Continuar-se-ha.)
carne, ou peixe, naô faz differença de merecimento, nem
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mesma acçaô.
Nacional, que o Senado da Cidade de Macao, faça entregar
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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MJ 0 M Joaõ de Magalhaens e Avellar, por merce de | pelos Cânones de tas numerosos Concilios, abrangendo
Deos, e da Sé Apostólica, Bispo doPorto, e do Concelho aquelle indulto o período inteiro de seis annos, que entra#
A Igreja Santa, que nunca perde de vista o guiar seus *,r: = L=que adoptada ainda a comida preparada de
filhos para a Bemaveuturança eterna, nao cessa cuidadoza | carne, devem presistir todas as outras disposiçoens, que
de ensinar-nos os meios saudáveis com que hajamos de j regula# a forma dos jejuns em os dias a elles próprios, de
evitar o precipício a que nos arrastab as paixoens, com que \ maneira que os obrigados ao cumprimento de taõ respeita-
vc
possamos expiar as culpas, e reconciliar-mo-nos com o Ceo, ' 'e,« na
ò podem considerar-se delia eximidos: = 2. «=
ajuntando a huma sincera contriçad os exercícios dever- que o fazer uzo do peixe e carne promiscuamente em a
dadeira penitencia, e a pratica constante de acçoens carita- | mesma comida fica, como jà estava, severamente prohibido:
tivas. He por isso que Ella destina certos dias em cada 3. = que por huma excepção circunstanciadamente ex-
anno para abstinência, ou para o jejum: privaçoens estas plicada em a letra da mesma Bulla, conserva-se a prohibi-
santificadas pelo exemplo, que nos deixara o Nosso Salva- çab da carne, e presiste o uzo taò sómente do peixe, na
dor, observadas pelos homens justos da antiga, e da nova j Quarta feira de cinza, nas Sextas feiras da Quaresma, nos
Alliança, e mantidas com amais respeitosa suhordinaçr,ò | quatro dias últimos da Semana Santa, nos jejuns das quatro
entre todos os fieis, que respeitaõ a Lei Cbrista, ou seja Têmporas do anno, e nas vigilias das festas do Natal, da
' I * ú\ *
nos dilatados Paizes Orientaes, ou seja nos do Occidente. Annunciaçaò, e Assumpção, dos Apostolos S. Pedro e S.
Entretanto a observância dessas mortificaçoens apropriadas Paulo, e de todos os Santos: =4.= que a indole deste
aos mencionados dias de expiaçab, e de salvaçao, ainda que | Indulto reclama por huma especie de subrogaçaò.
•e avisinhe, e derive mesmo o seu principio da tradicçaô Foraò aquelles solemnes tempos consagrados pela Igre
Apostólica, he, na# obstante isso, susceptível de algumas 1 para com humildade, e acatamento procurarmos as bênçãos
excepçoens, e commutaçoens, quando as circunstancias de | celestiaes de que precisamos: como peccadores t devemos
exige sacrifícios combináveis com as forças da natureza I das infracçoens, com que violamos a Santa Lei, que a pro-
humana; e se occorrem algumas occasioens em que faltem pria consciência, e religiaô do verdadeiro Deos nos intimaô.
os viveres, e faltem os condimentos a elles analogos para os He por tanto necessário, que aos sentimentos da mais inti-
indicados dias de luto, e de mortificaçaS, pelas offensas que ma compunção, se ajunte o trabalho penoso das austeri-
nos costituem rèos na presença do Ser Eterno, pela aucto- I dades, e se algumas delias sendo decretadas se tornaô
ridade de huma legitima dispensa, pode entaS substituir-se impraticáveis, ou difíceis, sab susceptíveis de commutaçao
à comida do peixe o uzo da carne. legitima, se ella emana de quem a pode conceder.
He por isto, que o Summo Pontifice Pio VII. ora Presi- E na occasiao presente, para que a graça accordada em
dente na Igreja de Deos, annuindo ao que lhe fora repre- nada se aparte das intençoens da Igreja, o successor do
mente aos habitantes do Reino-Unido, o poderem subsistir I nomeado, no» delega neste artigo ai suas vezes pelo que
S4 A ABELHA DA CHINA.
respeita a esta Diocese ; e procurando nós nem favorecer J Copiamos muito de proposito esta Pastoral de S. Excel-
1
. \ * - í'' r,
façoens fixamos em regra que os fieis pertencentes ao res que tem ouvido os sermões pregados em algumas lgre-
rebanho de que tomamos conta, hajaò de„ recitar devota- jas desta capital, possaõ comparar, o quanto dista a lin-
mente por seis vezes a oraçao do Iad:e No>no, e chi Ave guigem de hum successor dos Apostolos, dessas grosseiras
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uso as indicadas, e que poderia aproveitar pela duraçaô de tor do Astro? Quem mais entendera !
desamparadas da casa dos meninos que apparecem abando- arguaõ, nem condemnem os que se aproveitarem deste pr,i-
nados à descripçaò, do retiro aonde passaò a recolher-se viiegio: o qual com tudo naò pode aproveitar senaô aquel-
as mulheres convertidas, e de outros estabelecimentos igu- les, que tiverem juntamente a Bulla da Cruzada\ pela
almcnte pios de utilidade summa, e que acrcditaõ a esta regra geral = que neste Reino ficaõ suspensas todas as
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Cidade, mas que pedem soccorros efficases e promptos, graças Apostólicas durante os annos da sua publicação,
£í . íjwr - • i * r . : \ *i J L • •
a fim de prosperarem, e de se obstar à sua prejudicial n'quelias pessoas, que ainda a naõ ti verem.=
Parecerá talvèz este ultimo meio de commutaçaò, hum I sinceramente a felicidade da sua Patria, que naõ quei-
ra
pouco violento; mas clle fica na liberdade de quem o qui- " ^ar onv,t os
' aos
malledicos, que procurab todos os
zer adoptar: e nos deixaria-mos de o propor, se a publica meios para desacreditar as Cortes, e intimidar o Povo cora
notoriedade naõ manifestasse o animo religioso, os com- mil perigos de Religião suppostos. Estejaõ todos intima-
✓ o
passivos sentimentos, e a louvável caridade dos chefes de mente persuadidos, que o Congresso naô pertende minar,
familias, nobres cidadãos desta Diocese, quando abençoa- nem destruir a Religião de nossos Pais. Todos os seus
dosporDeos com a posse dos bens temporaes, se conside- Reprezentantes tem jurado solemnemente manter a RefU
raôna oportunidade de mani festar o seu coraçaS generoso, Catholica, e ella será mantida em todas as suas partes
ordens de correr.
sejaõ os menos escrupulozos em comer carne.= (
Abbadc
Na folha seguinte nos cumpre faser algumas observações Joaquim Guilherme de Miranda Arranxeiro, e Frei Quin-
sobre a falta de Publicação do Indulto Appostolico, que tino Fragozo da Motta Siqueira.
Abrantes.
Vizeu.
Jacintho da mesma Ordem de S. Domingos; e Frei Fran*
muito Constitucionaes.
João Pereira Godinho, dePanascoso; sendo também digno
onde tranzitão Salteadores, tem sido o seu maior persegui- lhe dá parte do muito que se tem mostrado adidos ao Sv-
v » ,f - , ..''r . ' "i f Cl * • r l i**
dor, elle fez prender hum por nome Joaquim da Silva Gor- stema da nossa RegeneraçaS Politica os Habitantes daquella
do, que praticando bastante resistência foi gravemente Villa, e expecialmente os Relegiozos do Convento de S.
I • 1 c 3 "5 I í- "
Messejana.
■ versaçoens, como nos Sermões, e praticas em que com a
O Juiz de Fora, participa que todos os Povos da sua maior energia explieao aos povos, os bens que já se gosaó,
Jurisdicção vivem na maior tranquillidade, tendo sempre e se esperaõ gozar depois de consolidado o novo Systema ;
mostrado espirito de adhezão ao Systema Constitucional; e que o Juiz Ordinário do Couto de Moreira de Réz, tam-
e pelo que respeita ao Clero, não tem no seu districto bem lhe dá parte de que os Padres daquelle districto persu-
Ecclesiastico algum que mereça o nome de inconstitucio- adem aos Povos de que o novo Systema hé a favor de todos.
*• *. '■ i t, f| i| . , i , fí t • j I 1 Â ' ^
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districto não lhe consta haver-se commeltido hnm só
iiè *i« O Juiz de Fora participa que a tranquilidade, e seguran-
(! IO')
roubo de estrada.
ça dos Povos da sua Jurisdicçaõ naó tem sido perturbada ;
4
Cabeço de Vide. que o Clero hè pacifico, e naò obsta aos progressos do Sys-
• f •
O Juiz de Fora, partecipa o socego e tranquillidade dos tema Constitucional; que os Parrochos na5 se esquecem
Povos do» seus districtos, e que se achão livres de Saltea- de explicar em suas Praticas os bens, que o Regimen Cons-
dores; que a conducta do Clero he exemplar, e alguns titucional tem produzido, e a prosperidade que nos affi-
r, -^ - i m . A '■' . A . • v . - p 9 » * g-
%• O' £' v , T . li i \ J
ança; sendo dignos de particular mençaõ o Vigário de
tem feito conhecer aos povos as vantagens que nos oíierece
• • ' - - • ' i- IJ
Villa, Frei Fernando Marquez, o Vigário de Aldêa de S. cias, e methodo os conhecimentos, que o acompanhão. Pa-
Margarida, Frei Alexandre Duarte da Fonceca; e o Guar- rabéns lhe sejao por tudo isto, e dando-lhe seguranças
drigo do Fundaò; pois todos em seos Sermões tem procu- com a nossa, e com a de muita gente boã, com quem
rado promover, que o espirito Constitucinal se consolide hemos fallado, temos a pedir-lhe o obsequio da continua-
entre os Povos. ção da sua correspondência/ que terá com preferencia, lu-
Castello Branco. gar em nosso periódico, como sempre hemos feito, e conti-
Patacas.
NECROLOGIA.
rdem de cousas.
o
CORRESPONDÊNCIA.
Gonçalo Pereira da Silveira, fallesceo aos 28 de Janeiro
^ a m m
de idade.
Senhor Censor, e folgamos tanto com ella quanto se evi-
NOTICIAS MARITIMAS=SAHIDAS.
China, entre hum manipulo de Portuguezes haja homens Aos 24 de Dito o Navio Palia Conceição para Timor, Capi-
io, ja mostrando dezejo do progresso nas siencias; sem yjagem Manilla, Capitaõ Vicente Gomes
i possão occultar-se pelo seu discurso, fraseologia, noti- Feio trasendo panos e alcatifas.
NA TYP0GRAPH1A DO GOVERNO.
A
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E L fij
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MACAO.
O Vereador Paulino da Silva Barboza fez a seguinte rem opurimidas pelos Juizes* naõ só por que esta provi-
Vendo-se este Senado obrigado á attender as differentes Congresso em semelhantes cazos, como também por que
partes que a elle recorrem, quando sejulgaõ oppriraidas desta sorte tanto menor se torna a responsabelidude do
pelas sentenças dos Juizes ;e naõ querendo elle intromet- mesmo Senado nas decizoens, que houver de dar contra
ter-se no poder Judiciário» que actualmente faz parte do qualquer violência que commetterem os referidos Juizes.
poder executivo; nem tamhera deixar as partes sem recur- Em vista do que disse o Procurador João de Deos de
primeiro: parece-me acertado, que se applique provizo* a marcha do de 1783, emquanto naõ cheguem as ordens
riamente a antiga Junta de Justiça, estabelecida para as pozitivas das Cortes para este Governo; he de parecer
cauzas criminaes, igualmente as cauzas eiveis, que se acha- que em cazos taes expostos pelo Vereador Paulino da
rem nas mencionadas circunstancias; com a dififerença Silva Barboza, se seguisse o que esta determinado nos
porem de que esta deverá ser composta de mais três Mem- Al varas 10, 12, 18,e 19 *
bros escolhidos d'entre os moradores, que maior numero O Juiz Ordinário Joze Baptista de Miranda c Lima
de vezes tinhao servido o lugar de Juiz; e de que nella disse, que como a Commissaõ que o Vereador Paulino pro-
naõ terá voto o Juiz de quem para a mesma se appellar, põem se crie, naS he tribunal aquém se recorra dos Juizes,
m
ficando este sendo unicamente o Relator, e podendo ju* mas simplesmente huma Junta Consultiva, a quem este
stificar a sua conducta perante a mesma Junta. Foi appro- Senado ouça quando lhe parecer, sobre se deve tomar ou
Sessaô de 5 de Fevereiro.
perceber paga ; com tudo sendo indecorozo a este Senado
Disse o mesmo Vereador, que vista a diversidade de o mostrar desta sorte, que ignora quaes sejaõ as queixas
votos sobre a creaçaõ da Junta Provizoria de Justiça Civil, contra os Juizes, de que elle deve tomar conhecimento,
como elle tinha indicado na Sessaõ de 22 do mez passado; existindo na Secretaria deste Senado os Al varas apontados
he de parecer, que pelas mesmas cauzas alit apontadas, se pelo Procurador Castro; e podendo cada Membro deste
» •
No 10 datado de 30 de Abril de 1G89; que os Capitaens Geraes se naõ intromettaô nas matérias de justiça, nem na jurisdicçaõ
da Camera; salvo quando as partes lhes façaõ alguma petição, a qual remetteráò a quem tocar, recommendando-lhe que faça
justiça»
No 12, com a mesma data ; que os Capitaens Geraes, e Ouvidores, naõ mandem preza para Goa pessoa alguma, a titulo de
prejudicial a republica. .
No 18, com a mesma data ; que fiquem tidos por suspeitos os Ouvidores, que negarem as appellaçoens, as partes nas cauzas
No 19, com a mesma data; que os Ouvidores, e Juises Ordinários conbeçaô das causas na forma do seu regimento.
A DA CHINA.
88 A A B E L H
- ••
opiniaò.
f
das era matérias Judiciaes, de que o mesmo Vereador nada
Lima, Castro.
O Senhor Gouvea Ozorio, como Relator da Commiscâo
Sessa# seguinte a obzequiosa resposta do SenhorJuiz Joze entrepõe sobre o Breve de S. Santidade, para que nos dias
Baptista, dice que o seo voto em semelhantes matérias de abstinência se possa no Reino Unido de Portugal, Bra-
longe de ser necessário, seria as mais das veses prejudicial zil, e Algarves comer carne: a Commissâo julga; que o
ingénua confissaô que elle acabara de faser. Quanto aos Governo para conforme os usos, e costumes a faser publi-
conselhos particulares, e aos citados Alvarás de que se car. Accrescentou o llluitre Deputado; que este Breve
lembrou o mesmo Juiz, responde que se os primeiros he muito gracioso, e eucerra além daquillo que se im-
devem produsir hum bom effeito, melhor e mais seguro petrou, posto que não seja absoluto;. e que S. Santidade
o produsira#, se forem dados por huma Commissa# autho- se mostrara mui generosa: que por 6 annos concede esta
risada pelo Governo, e composta de homens dos mais faculdade, exceptuando apenas os dias de quarta feira de
instruidos n'quelle ramo; por que enta# fica# estes parti- cinsa, todas as Sextas feiras de quaresma, os quatro dias
cidando da mesma responsabelidade com os Senadores, maiores da Semana Santa, as vigílias da Natevidade de
A ABELHA IA CHINA. 89
O Senhor Bispo de Beja tomou a palavra, e mostrou que prar peixe por ser mui caro, e não ter sufficientes ordena-
de comer carne, por que seu amo não lhe apresenta outras
rio que os Bispos primeiramente a examinem, e ser-lhe
xando-se ao arbítrio dos Prelados dispensarem, como lhes do que quando se dispensarão alguns dias Santos para nelles
parecesse conforme a justiça e rasâo; observou que o Papa se poder trabalhar, muita gente ao principio escrupolisou,
não podia entrar nas jurisdicções dos Ordinários, e que e não queria trabalhar, o que perdeo com uso, fasendo-o
- #
são estes os canaes por onde se transmittem aos Fieis hoje sem objecção alguma, e concluio requerendo, que
as graças da Igreja, disse que se no seu Bispado houves- na conformidade do parecer, com toda a brevidade se re-
»
desacreditar-nos, e faser-nos odiozo perante o publico, pro-
.* * ■ * i . / * ' i '^ • * • •
quando menos, se nos mais relaxados Probabilistas encon-
vações practicas: notou que se acaso Sua Excellencia
tra# a glossa, que fasera à lei de Deos com suas obras, isto
fosse Parrocho em buma Capital, como Lisboa, cujo porto
se tal nos na# amostrarem, nòs para confusa# sua lhe pre-
Europa, e que se ouvisse no Confessionário o Pai de
90 A ABE1H D A' CHINA.
YWft
tiverem lingoa damninha, e que se os mal-fallantes forem Abelha a Bulla do SS. Padre Pio YII. E pelas reflexões
dos grandes, alli se verificará nclles o que diz a Escriptu- que lhe ajuntamos se gritou aqui d* El-Rey contra o Re-
ra = Potentes autem potenter tormenta patientur. Coita- dactor, que chama agente Carcunda. Nós julgamos que
1
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propagandistica. Mas seja quem for, e more onde morar, gal, Brasil, e Algarves o comer carne por espaço de seis
raeiocinio para vêr como a levaõ fisgada = Tirados os que este Indulto abràge todo o território Portuguez: e
nomes daquelles Senhores, que se mandarem riscar no se- ao Reino-Unido, ou naõ pertence? Se nos disserem que sim,
ABELHA DA CHINA.
9L
Jello Brayner = diz a Bulla. Porem quando ha pouco da Officio a que se refere a cai ta acima.
Brasil, pelo Nosso Ama,lo Filho Pedro de Mello Brayner, Senhor Vereador Paulino da Silva Barboza, que chamasse
seu Enviado junto a Nòs,e a esta Sancta Sede se Nos pedio, | aos Cidadáo9 JoJo Jozeda silva e Soza, Joio Rodrigues
que lodos os que habitai nas Regiões, que lhe saS sujeitas , GollÇa!yes> e Jozé Rodrigues para deporem com a indivi-
no tempo da Quaresma, e nos outros dias do anno, em que duaçào possível sobre o procedimento do omsem Sr. Verea-
a comida de carne, ovos, e lactecinios se prohibe, pu- dor Ila nojte de 23 dtí Outubro do anno proximo passado.a
dessem por Nossa Indulgência, e Permissão usar delia, taes rcspeito do tomu|to d:l popu|aça, ,|Ue pertendia hir i
cousas se. Nos expuseraõ, que fiseraò huma certa violência Cazas de residência do Hopú da Barra soltar Antonio Fer-
ao Nosso animo, e o obrigarab a que condessendesse com as reira Batalha, que là estava preso pelos Chinas, e tirar as
Regias Supplicas. Nos pedio que todos os que habitao as Caixas de Autiáo, que como dito Batalha seu conductor,
ftfgióes que lhe s.i5 sugeitas Logo a Supplica Segundo a tinhSo sido tomadas, e conduzidas às mesmas
Bulla foi geral. A concessaB foi dada nos termos da Supplica, mei oa» Cidadãos, apontados por Vossa Senhoria, e deferia,
por tanto também esta hé geral, e absoluta. Talvez que do.ihes 0 jllramento do, San|os Evangelhos, depozerãoo
a bicha de sette cabeças de que mostraS tanto mêdo os Se- qile consta do, Autores, que a este a companhâo. Dos quaes
nhores Pirrhonicos esteja em na5 saber amalgamar algumas depo|mcnloS) e do que de„ no Quarle, Genera, Q CapUào
frases do estillo curial, em que hé concebido o Diploma, Ijciano Firme Monteiro, se concilie que o dito Senhor Vere-
porem isto nasce, a nosso ver, do mui pouco uso dos rescri- ad()r na>quella noi(e promoveo quallto pôde a so|tllra de
CORRESPONDÊNCIA
Senhor Redactor Rogo-lheo obzequio de inserir delia, e recommendou ao seu Commandantc, que atirasse
na sua Abelha o Officio incluso, para que por elle fique o sobre a Populaça em caza de resistência, dizendo-lhe que
publico conhecendo a falsidade, com qoe os miseráveis a saIvaçáo da ci(Iade era preferive, à TÍda de quatro ou
Officiaes deste Batalhão pertenderâo na sua proclamação cinco revoltozos j a qual recomroendação fez o dito Senhor
infamdr a minha conducta na noite do dia 23 de Outubro Vereador fundado, como elle affirraa, no Artigo 13 do
&
do anno proximo passado. Estou bem persuadido de que Regulamento da Policia de 10 de Dezembro de 1801.
não necessitava de meios judiciaes para a minha justifica- DEOS guarde a Vossa Senhoria muitos annos. Macáo
NECROLOGIA.
vingar-se, no sangue dos Cninas, da barbaridade com que
estes tinhâo espancado e prendido ao europeo Antonio Ba- I 0 Capitaô Mór Jozé Joaquim Barros, natural da viU
irem em tumulto ao Senado, e de alli insultarem alguns | rente tendo 70 annos de idade.
AV17zO. Todos os Senhores, que quiserem Sobscrever neste periódico desde o N. 24 em diante o poderáõ faser,
liri<Mndo-se ao Laboratório Constitucional, as Janellas verdes, aonde acharão de venda as Bases da Constituição, por
NA TYP0GRAPH1A DO GOVERNO
À
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17
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DA
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11
ÕBSEQU1UM ÀMICOS, VERITAS OD1UM PARIT. TEÉENTIUS.
——-
MACAO.
ARTIGOS D* OFFICIO.
rece òuvillas.
t
Reinos.
CÓPIA. vor, se não nos fallecesse o tempo, por o muito que sabe-
« * »
llluslrissimo Senhor Paulino da Silva Barboza. Eni mos delle, que louvor merece. Cumpre á risca o Juizo,
virtude da participação, que Vossa Senhoria me mandou que assentámos delle, quando ha annos escrevemos, que não
pelos Soldados da guarnição do Navio do meu corrtmandó, sabíamos de Príncipe melhor para fazer hum excellente Rei
para declarar no Leal Senado o soldo, e comedorias, que Constitucional. Vai indo muito á medida de nosso desejos
J V ^
venciaõ os ditos soldados abordo: declaro, que o Pifano, e necessidades, em conformidade de seus verdadeiros inte-
a quatro mil e oito centos reis por mez; e dfc comedorias, mette ser tao venturoso como El-Rei Dom Manoel, se não
•1 , r * 1 ' 4 « * |
vencem 175 caixas cada hilm, por dia ; sendo esta a pratica for máis, que hum throno Constitucional vale todos oS
veito a presente occasiaS de participar a Vossa Senhoria, que queremos nós agora aqui revelar certos factos, que nem
é • t
estou ligado como Conselheiro Arriaga, a levà-lo de passa- para todos são patentes; como o Rei magnânimo descon-
«reiR, e a sua família a bordo do meu Navio, que espero ha de certou os planos de entriga e servilismo, com que alguns
^ #
sahir athè fim de Janeiro de 1823. Vossa Senhoria se ser- Apóstatas queriam émmaçar hum Ministério ruim e atrai-
j •
virá de levar ao conhecimento do Leal Senado, tanto no çoado como a huns cahiu ; amascara, que lhes o Rei ar
que dit respeito ao soldo, e comedorias dos soldados, como rançou: e como a outros cobrio de vergonha e confusão :
mesmo os meus ulteriores arranjos com o Conselheiro Ar- basta saber; que o Rei frustrou agora as tramas dos Syco-
naga = Tenho a honra de ser = De Vossa Senhoria = Mui- pantas, como já frustrára as dos Palmellas, que queriamí
. A
to Venerador e Criado. MaCáo 27 3e Novembro de 1822. dar cora elle no precipício da Ilha do FayaI; e assi devent
Joaquim dos Ramos. perder doda a esperança os que a tem de se a Patria de-
Tínhamos tenção de empregar o pouco cabedal do' nosso occultos ás gerações futuras, muito há delle publico e no-
«atendimento era tecer hum arrazoado elogio a El-Rei pela torio, tao digno das benções do seu Povo, cora da admira-
V3 A ABELHA DA CHINA.
ção da posteridade. He de louvor o haver consentidoe numa boa prova do quanto ganhou por a ConstituiçaS ; <e
authorisado que se fizessem 'biraias exéquias publicas por nisso mesmo esta a sem razaô das injurias atrozes, que
alma do illustre Cromes Freire, e seus infelises companhei- vomitava em Londres contra El-Rey e contra a Coustitiu-
templos principaes de Lisboa: he de louvor o ter agrade- cia, não se ha mostrado menos prompto que no distribuir
cido ás Cortes o haverem ellas disposto, que o Príncipe das Graças, por hum modo taô agradavel, que lhes aug-
Real visitasse paizes Constilucionaes ; por que, ainda que menta o preço da magnificência. Ao Sr. Jozé Liberato
seja para nós duvidosa (como adeante diremos mais de j freire de Carvalho, que fora Portador do Memorial vota-
espaço) a utilidade dessa medida; com tudo, nisso mostrou i ^o em Londres a El-Rey por os Patriotas Portuguezes
_ ^
e
fil-Rei o quanto está de animo e coração em quanto lhe j que tivera a honra de lho apresentar em Audiência, rea-
parece concorrer para arreigar o Systema Constitucional; í pondeo benignamente: mandai dizer aos meus Portuguezes
cm
« quando mais nào seja, mostra o bom accordo entre o Rei Londres que lhe estou muito obrigado por este seu teste-
« o Congresso. Mas de tudo o que o Rei ha feito de ex- I munho de amor efidelidade; fazei-lhes saber, que ainda que
cellente o proceder, quejteve, com o furioso Patroni do Pará, ausente, nao o estatí de minha lembrança ; e sempre os tenh#
♦XX*
zonas, em Audiência publica, disse ao Rei muitas injurias,
Continuação do Redactor.
o Rei escutou sereno, e só ao depois ordenou, que se lhe
formasse processo,e para que nunca mais tal desaguizado ! Dissemos pois em o N.° XXI da nossa Abelha, que. ha-
acontecesse, mandou, que âs suas Audiências assistisse I vendo alguma duvida á cerca da generalidade do Diploma
cempre, como deve, o Corregedor do Crime da Corte I podia*» os Ordinários interpretá-lo pro ínterim, e provizo-
« Caza. Optimamente ! Faz nos maravilha, que tão en- riamente estendelo á seus territórios, existindo
gra-
v
ârado esteja por o Systema Constitucional quem naceu as- i es, e urgentes, que assim o pedissem,
tentado n'uni throno absoluto, e só de hà dois dias se des- I He sabido, que elfcs podem dispensar, e haõ dispensado
curso
Outra boa prova de Justiça de El-Rei Constitucional | cauzas, que nao só saõ sufficientes ; mas que lam-
indecentíssimo Dom Lourenço de Lima, abono desta doutrina, o exemplo de muitos Prelados, à
mui gordo
lUt digno Representante de toda a corrupção aristrocra- quem naSfaltavaó luzes, piedade, e zello pela observan-
í-ica. Quando este chegou a Lisboa, escapando-se de Lon- | cia da Disciplina Eccleziastica. Mas aqui mesmo temos
dlres a unhas de cavallo, para nào se lhe dar por acabado | factos, que abónaó a nossa opinião.
privilegio de Embaixada, cora que viesse a acabar seus j Consta-nos, que alguns Capitaês dos navios desta praça
?
• ias n uma cadeia (por o modo que os ratos conhecem por ! haô recorrido louvavelmente aos Senhores Diocezanos e
' ' • -m I
iriítincto a casa que está paracahir, e antes disso adesãpa- j obtido dos mesmos a faculdade de uzar de carne elles, e as
■rã© e deixao despejada) acudi© logo esse mofino mui Jampeu i suas tripulaçoens, ainda que as viagens sejaó de bum
roa© Conselho da Fasenda, vestido de capa e espada para período curto, e as escallas frequentes. Eis aqui temos
*hi tomar assento, por haver sido para lá despachado antiga- Por tanto dispensas geraes,e parciaçs emanadas dos Ordina-
lmente ; mas os Conselheiros vieraõ tomar-lhe o passo, rios em hum artigo de Discipiina Universal Ora o
« naõ o deixaras entrar, sem antes consultarem a El-Rey tal qual entender, constante das reflecçoens copfiadas em
sobre
o numero citado, era como fica dito, que na hypothese de
fechado n'hum camarim de Continuo, como o elle pedio duvida sobre a generalidade do Indulto podia pela gravi-
para se lhe poupar a vergonha (vergonha !) da excluzaõ I dade, e monta das cauzaes interpreta-lo benignamente o
nos olhos dos Ofliciaes e Porteiros. Em fim, sobre esse Excellentissimo Ordinário.
El-Rey que fosse D. Lourenço escuzado. Sc fosse ha que se veja que naõ fallámos ao vento: e para que naõ se
dois annos, em tempo do Governo absoluto, seria esse Fi- j continue a taxar de intromettido, e naõ sei de que mais,
dalgad, mal chegado a Lisboa, logo recolhido e agazalhado ; o Redactor da Abelha^ por dar anticipadamente a sua
n numa torre para todos os dias de sua torpe vida, ainda í opinião. Por esta maneira podemos dezerrar aquelles,
que seria isso huma obra de grande justiça praticada com j que estiverem allucinados, e fazer conhecei* ao longe, e
f?rnDulano de despotismo. Ahi tem o Conde de Lima ao perto, se o nosso modo de obrar, e opinar foi ou naõ
A ABELHA DA CHINA. 94
acertado, judiciozo, e prudente. Hé inquestionável, que , Diocezc a pedir licença de comer carne nos dias de ubsti-
logo depois de apparecerem copêas da Bulla referida com nencia, sem que tivesse outra razaõ, que o querer comê-la.
a chegada dos navios da Mai-Patria, se espalhou a voz de O Santo benignamente lha concedeu ; e estranhando lhe
que havia licença do Summo Pontífice para uzar de carne outro Prelado, que presente estava, a nimia condescenden-
nos dias de abstinência ; e eis-aqui temos acreditada pelo cia, ou a Santa relaxaçaò, que acabava de ver, o Santo
publico a certeza da Dispensa. Espalhou-se igualmente, Bispo lhe respondeo " elles pedem-ma : ainda reconhecem a
que a Bulla estava nas raaons do Senhor Diocezano, e que minha authoridadc, se eu lha naõ concedesse, elles mesmos
este, para fazê-la chegar Sollemnemente à noticia dos fieis, i se dispensariaõ com infracção da Lei, e ruina de suas con—
esperava somente que o Governo lhe officiasse para es te sciencias; assim lie melhor manda-los para o Purgatório,
fim.... O Governo, que naò fôra encarregado desta mis- que deixa-los ir ao inferno51 Sentença esta taò prudente,
saõ, e persuadido de mais a mais, assim da outlientecidade como digna de taò Santo, e Sabio Prelado. Seria com
do Documento, como de que este negocio naõ era da sua eífeito de estimar, que a fé, e o fervor dos Christaons dos
competência, recuzou ingerir-se nelle. Esta rezoluçaõ foi» nossos dias fossem taes, que para evitar os scismas, e deviso-
segundo nos consta, quem paral\ zou effec ti vãmente a pu- ens {^tivessem dispostos a ouvir, e praticar a maxima, que
hlicaçaõ da Bulla. Todos os dias se estava esperando, S. Paulo em cazo quasi indentico suggeria aos Christaons de
que apparecessem nas Igrejas Pastoral, ou mandado iguaes Corintho " Se o manjar, lhes dizia elle, escandalisa a meu
aos que n'outras Diocezes se fixaraò, ou publicaraÒ : mas Irmaò, nunca carne comerei, para que meu Irmaõ naõ es-
se naò quando em lugar delles começaraò a espalhar-se candalise." Porem saõ os Christaons de hoje os Christaons
opinioens, que negavaò a generalidade dita: do que rezul- de Corintho? E héa lé do Século XLv. taò viva, como a do
tou ver-se em contradicçaò huma contra outra metade Século de oiro do Cliristianismo : . . . He necessário pois
desta Cidade. Os Chefes das famílias, ou em razaò do convir, que para as dispensas há causas naò so físicas, como
maior cryterio, ou do maior dezabuzo, argumentavaò pro I moléstia, penúria, ou corrupção dos viveres } mas outras
em quanto sua9 mulheres taxavaõ de irreligião, e naõ sei, I chamadas moraes, as quaes independentemente das primeiras
tal vêz se de herezia, O sentir, e o exemplo, que lhes davaò fasem toda a força à quem tem o poder dispensativo. E
os maridos. Daqui por consequência infallivel se devia se não, diga-se, por que motivo a Igreja hà relaxado em
seguir, que os filhos, e domésticos como testemunhas das \ muitos artigos a severidade da Disciplina Canónica dos pri-
discussoens internas, que presenceavaò, e sobre tudo de j meiros Séculos ? A caso o espirito desta Mai Universal dos
o Pai, ou Senhor lhes mandar comer o que a Mai, ou fieis nao será sempre aquelle espirito de mortificação, e de
p
Senhora lhes prohibia de baixo de peccado, receberiaõ com penitencia, que austeramente observava nos tempos pri-
huma so acçaò muitos escândalos, e à letra se verificava mitivos ? Nao : mas como piedosa Mai, que hé attende
nelles o que em cazo mui Semilhante dizia antigamente o ás necessidades deseos filhos mãximebiS cspirituacs j e deste
Apostolo = peribit in sua scienlia fratet. principio hé que dimanou relaxar o seu primitivo vigor;
í^«!'
pos bem se pode tirar em que grào de vigor estaria em sò era Hcspanha,' e Portugal ; mas nos mesmos Estados
baixo deste ponto de vista, em nada exagerado, éramos, A penna nos corre velozmente,e outros afazeres nos tolhem
e somos de opiniaò, de que as necessidades do rebanho o tempo, e opportunidade de faltar mais circunstanciadamê-
pediaõ a medida, que apontamos; ou quando naò por te. Entretanto sirvão estas reflexoens de passaporte á nossa
huma razaò, tirada da natureza das couzffe, deveriaò ser opinião dada anteriormente para que naõ se ajuíze, que
ensinados pastoralmente os queerravaò nesta matéria. Pa- somos faltos de respeito, e amor para as Leis da Igreja
ra dar-mos maior luz à nossa opiniaò, será muito a propo- Universal de quem nos gloriamos manter o deposito da
sito, que citemos huma aneedota naõ incerta, ou fingida; fé, como aquelles que tiverem, ou ostentarem escrúpulo
mui positiva, e verdadeira. Conta-nos o historiador de se aproveitar do Indulto referido. O que inuito seria
da vida de S. Francisco de Salts Bispo de Genebra, que de estimar era, que os Parrochos, e os Pregadores fossem
prezentando-se-lhe a guarniçaò de certo presidio da menos theoreticos* e abstractos em seus Sermoens, cuidam
sua
A ABELHA DA CHINA.
«5
d© muito particularmente em fazer conhecer, e entender do livro da Meza da Abertura. Qual foi porem a minha
aos fieis o que hé Dogma, e o que hé Disciplina da Igreja: admiraçaõquando á face de huma certidão e assento do
( Co n ti nu ar - se-b a.)
tário Geral por Manoel Martins 17 Caixas de Anfiaõ Patuá
CORRESPONDÊNCIA.
o seguinte — Janho 15 e 19 = Manoel Martins 17 Caixas
Senho* Re©acto*.
de Anfiaõ = pagou Ignacio Baptista Cortella.
*>s afflictos, e hum puWicador das verdades: eu que o deze- char a honra dos Senhores Officiaes da Mesa da Abertura,
jo imitar, eque nisso tenho muita gloria; ped ia-lhe i>or cuja probidade eu afianço, mas taõbern na© posso deixar
tanto me quizesse inserir na sua Abelha, o seguinte, de de publicar ào Mundo inteiro que hum tal Livro lie susce-
C. G.
procurar Anjos para netle escreverem,pois ninguém deixa
Tendo chegado ás maons do infra scripto o inventario de conhecer que as Leis fossem feitas para outra coisa mais
do Espolio de Martins, em o qual achara que em 6 de Ju- que para as assossiaçoens dos homens ? logohe de Lei que
tho de 1819, o Depositário Geral o Senhor Ignacio Ba- haja Lei para os livros das cazas de arrecadaçoens, sendo
ptista Cortela, tirara da Alfandega desta Cidade quatorze suas folhas contadas e rubricadas e que disto se faça Termo
uraixas de Anfiaõ, o que comparaodo-o com hucna certi- tanto no comêsso como no enserramento autenticado pelo
dão do Escrivão da Meza Grande, que em 28 de Julho dito Juiz da Alfandega. Alguém por ventura deixando de ver
anno, época posterior â morte de Martins, dá 31 esta regularidade, e a face da CertidaSdo Escrivã# da Al-
despachadas pelo dito Depositário, por Manoel Martins, fandega que temo seu livrocomo -a Lei o prescreve deixará
de donde entaõ conclui immediatamente que havia hum de diserque o Depositário Geral, despachara por Manoel
Jefieitàe 17 caixas, cuja falta communicando-a ao Depo- Martins, e por conseguinte depois da sua morte, pois a data
sitário Geral, este desde logo se ©pÕs, denegando se à con- assim o 17 caixas de Anfiatf, e que os recebera o dito
(Conti n uar-se-ha.)
.Aonunciado m
*s fize-ee apre zentar para serem liquidadas, e Satisfeitas, novamente raíefieaõ aquelle annuncio, para que toda a pessoa
que por qualquer titulo se prez uma Gredor ao dito fallecido, compareça com a sua Conta no prefixo praso de trinta dias con-
lados da data de hoje, com a comina^aõ de se haverem por nullas, dolozas e por concequencia de nenhum effeito todas a quellas
que se apresentarem no excedente deste prazo. Emais previnem os mesmos herdeiros desde já a todos os Senhores Negoci-
antes desta praça, que tendo eJles Resgatado todas as notas firmadas pelo dito falecido Relativas á entrega de Caixas de Anfiaõ,
ficaõ sendo falças todas as que ainda possaõ aparecer, e do numero da quellas, que tendo sido Satisfeitas em sua vida lhe foraõ
Clandestinamente Roubadas de entre os seus papeis por hum servidor China, como notoriamente he sabido, e faráõ ver por do-
cumentos, por isso que naõ so declaraõ falsas e Clandestinas Semelhantes notas; mas protestaõ proceder Criminalmente contra
*s portadores delias, sendo hum destes o Ourives China Texim, que tendo comparecido com a nota de huma Caixa, e instado
para que a exhibise em Juiso; prometteo de assim o faseThà mais de Sessenta dias, e ategora Responde, que a quelle documento
«ra de outra pessoa, que desde aquelle tempo náo tem podido encontrar.
Matheus vrandenberg faz saber ao publico, que nas suas cazas, sitas no Vazariuho, se haõ-de vender vários trastes
pertencente ao Navio Vasco da Gama; toda e qualquer pessoa, que quizer lançar nelles o poderá fazer no dia I de
Vl à
Março do •corrente anno, > 1 ■ .i © » *' il © < -'â
NA TYPOGRAPHJA DO GOVERNO.
A
DA
> /
H N JfÈLO
HOC TEMPORE
cora
No memorando dia 26 de Fevereiro, primeiro Anniver- 9l,e os
filhos gozem em paz, e em justiça suas terra-
sario do juramento, que Sua Magestade prestou à Con- queseriaõjá desgraçadamente divididas, já regadas com <
slituiçaô, que as Cortes fizessem, mandou o Soberano Con- sangue de seus pais por maons do mais horrível dos mon
gresso huma Deputação congratular a El-Rey, a qual stros, que podem infestar a terra, da anarquia; elles deraS
chegando ao Palacio da Bemposta à hora dezignada, e sendo a este Reino muita gloria, mas principalmente daquella
recebida coma cerimonia, e etiqueta estabellecida, o Se- que se sustenta e campea 11a imaginaçaô, V. Magestade
nhor Pinto de França, a quem a Deputação constituirá com o juramento, que deo neste dia, deo também as maõs
stu orador, dirigio a Sua Magestade o seguinte discurso: coma Naçaõ, para se fazerem reciprocas, e realmente fe-
Senhor: — Hé da Naçaõ inteira que V. Magestade vai faráõ sim Reis de huma Naçaõ sempre nobre, e sublime
ser por nós cumprimentado, pois que o Soberano Congres- mà» 1. Magestade hoje he Rei de huma Naçaô sublimis-
,,em
so, em cu ja Deputaçaô vimos, hc de toda a Naçaô represen- 1 ellcs, nem a Naçaô sabiaô o que tinhaô, nem po-
con
tante: Feliz Rei, e unicamente verdadeiro Rei o que he, j tar com o que suppunhaô ter, mas V. Magestade
c que está como V. Magestade ; que fez, tanto, e por isso sabe, que vai ter huma Constituição, que lhe segura o Thro-
no e a
tanto recebe: NatS trasemos a V. Magestade mascarados de » ^aÇaósabe, que tem em V. Magestade hum Rei,
lisonjeiras expressões, indignas de nós; indignas de V. Ma- Para manter, c fazer executar a Constituição, em que ella
gestade, a mentira, e o engano, mas sim significados na lunda a sua segurança, e felicidade; nem elles se podiaô
franqueza da nossa linguagem os sentimentos congratula- fiar nas expressoens de seus súbditos, nem estes ter se<*u-
O
tórios de todo o povo Porluguez de hum e outro emisfério 'atiça na volubilidade da vontade: Ah! Seuhor quaõ equi-
y
em memoria deste dia, no qual V. Magestade se fez ver- ucos, ou duvidozos nos seus motivos tem sido até a^ora
b
as
dadeiramente Rei, e áe mostrou córdealmente Pai; a Na- expressoens feitas ante o Throno? Quantos tem parecido
çaò inteira reconhece o quanto deveo neste dia a V. Mage- curvados de respeito, quando o estavaõ unicamente pelo
stade, que nelle reconheceo também o que devia á Naçaõ Pezo d° thuribulo da dependência ? Ah ! como saõ livres, e
inteira, e com soleinne Juramento em assignalaçaÔ do seu iuademissiveis de suspeita os signaes de respeito, que a
mais sagrado dever, e vontade reunio tantos milhares de Naçao hoje tributa a V. Magestade, as expressoens dc.
Irmaons Porluguezes, que ou os nascimentos, ou os em- amor, que lhe faz, saõ taõ puras como o azul do Ceo : eis
pregos tem espalhado nas quatro partes do Mundo; V. Senhoras doces permisas da colheita do Juramento, que
Magestade jurando neste dia de observír a Constituição, Magestade deo neste memorando dia ; e qual será o
que á Naçaõ se procurava dar, para segurança dos seus resultado geral da colheita? A felicidade da Naçaõ, que
direitos, e do Throno de V. Magestade, fez a perfeita he a mesma de V. Magestade, c que ha mais a anhelar ?
obra dc justiça, e de sabedoria; conquistou mais do que Nada, desta forma, Senhor, fechem-se para sempre os Li-
todos os seus Augustos Predecessores, cujos nomes a me- vros em que na historia dos Governos se quizesse buscar
moria dos conquistadores, e dos grandes Reis defende da hum Rei para modello, pois V. Magestade unindo-se cor-
t eracidade dos tempos; ellcs deixarad aos filhos as terras | deal, e estreitamente á vontade geral, e interesses da Naça»
97 A ABELHA DA CHINA.
«e tornou o modello dos Reis: assim, Senhor, e unica- dos Poderes, pela uuidade de sentimentos entre os Repre-
mente assim se podem bazear os Thronos, para a estabi- zentantes de todo o Reino Unido, e pela Sabedoria, e Pa-
sobre elles se assentaõ; embora vivaõ inquietos, e assustados nossa Regeneraçaõ Politica, e preparaõ a prosperidade, e a
outros Reis da terra, V. Magestade nada tem que temer gloria da Naçaõ Portugueza.
acabaõ de procurar-nos.
seria mui calvo; ainda que elles sejaS por dentro lobo
Naçaõ carece.
arrebentaõ se vêem que o Systema da Regeneração produz
maneira seguinte.
bicas estes animaes. Descreve-se na Bulla o estrago que
Constituição, que fizessem as Cortes em Lisboa preveni saõ verdadeiras, que desgraçada Theologia! que infernal
%
que eraõ Portuguezes, e tratava-se de regenerar a Patria.
proposiçaô a mais leve sombra da falsidade. Por acaso
%•
Os successos tem correspondido perfeitamente ás minhas
presenta. *
fresco, e que por elle c pelas moléstias que elle nos acarreta
trariar factos que saõ obvios, por desgraça nossa, aos Na-
strarem a sua nullidade, ou a sua má fe, sempre que trataò
que isto tem sCantecido em Portugal, e que podé ainda soffrer calados os melhoramentos, e ávantagens queaNaçaò
%
tornar a acontecer, he certa também a permissa, e muito está recebendo todos os dias, entaõ peixe nelles, e mais
elles querem peixe a torto, e a direito: E enlaS naò tem ça humas poucas de razoens pelas quaes qualquer cano-
escapado das tempestades alguma lancha de pescador, em nista, que naõ tenha a cabeça cheia de minhocas, susten-
• •
muito, porque comem sempre tarne,... Mas he desgraça quio, e hum mimo ao nosso Piedoso, e Respeitável Mo-
que se queiraò calcular os meios de huma Naça8, pelos narca* e que a principal razaõ que tiioveo o Santo Padre
chas, e os pescadores vaS ao mar ; he certo que se naS tem giosas do Senhor D. Joao VIt o texto assim o declara nas
perdido, e arruinado outras ! Será também certo que a palavras seguintes —cupientes Eidem Pientissimo, ac Ex-
nossa pescaria chega para o nosso consumo? A introduc- pcctatissimo Regi, cujus explorata est Uobis in leges Eô~
çaó de tantos mil quintaes de bacalhào parece provar que cltside Catholicte reverentia, gratificari. = O motivo prin-
naõ: Porem isto he illuzaô. Os Portuguezes sustentaò-se eipal que determinou o Papa he este! quereraõ os taes
de bacalhào, e de arenques por luso, e por assipipe ... Se escrupulosos, e de consciência fraca, ou timorata que elle
isto naS he verdade : EntaS he evidente que ha falta de seja falso ? ? ? Seraõ capazes de o dizerem* porque saô cor-
peixe para o consumo de Portugal. Tomemos pois o tra- cundas, e podem contradizer-se hum milhaò de vezes, com
balho de examinar donde provêm esta falta. Bastara faliar tanto que digaò mal de tudo. Os outros motivos vem
com dois ou tres pescadores ahi da Costa de Caparica* ou juntos pela conjunçaô — tum etiam •— e também atten-
da Ericeira para saber quantos barcos de pesca se perdem dendo etc. Ora digaò-me por vida sua os taes Theologos*
por anno de huma, e de outra í Bastaria ter fallado com e Canonistas de agua doce, se ainda tem duvida nas per-
os desgraçados que o nosso Governo mandou ha poucos missas, ou se o Papa lhes tirou todas as duvidas, declarando
pobres Algarvios vaò pescar a Laraxe a cavalinha í Bastaria tucional de todos os Soberanos. Muito boa noite, Senhor
CORRESPONDÊNCIA.
representaçoens feitas contra elle tanto ao Soberano Con- da sua Abelha a carta, que em 27 de Novembro proximo
gresso Nacional, como ao Leal Senado da Camera desla passado, escrevi ao Illustrissimo Senhor Paulino da Silva
Cidade: mas como Vossa mercê até ao presente naò se tem Barboza, hum dos Membros do Governo e naquelle tempo
rezolvido a isto, seja qual for a razaô; constando-me agora presidente, e como agora, (segundo parece) se pertende,
modernamente por ter óuvido dizer, que o referido Senhor que aquclla carta sirva de documentos para fim, que naò
Arriga pertcnde dar a este Publico hum manifesto para me- chegaò ao meu alcance, vejo-me na precisaò de faser pu-
obrigar a que seja violentado hum Cidadaô pacifico como obrigaò a escreve-la.
elle a sahir desta Cidade sem culpa formada ; creio ser do Na minha chegada á esta Cidade em 16 de Novembro
meo dever (pois que sou o author da opinião de 11 de Fe- proximo paçado, achei alguns dos moradores desta Cidade
para que nem o seo manifesto sirva de ilíudir aos ignoran- que o dito Conselheiro se achava bastante inferino, e que
tes, e desprevinidos; nem os factos referidos na dita Sessaô o Governo naò prohibia a comonicaçaò, fi\; v isita-lo levan-
passem por verdadeiros por falta de provas em contrario ; e do-llie algumas cartas, que ainda tinha em meu poder vindas
finalmente para que nem os corcundas propagandistas de Lisboa e Rio de Janeiro, e pedindo me este paçageni
tcnhnò matéria vasta para andarem de casa em casa pre- no meu Navio para si e sua familha, eu lha franquiei, sem
gando sermoens de eompaixaò. que nesta ocaziaò, nem mesmo athé a esta data, falássemos
saúde, e que ha poucos dias ine tenho convalecido de huma Alguns dias depois apareceraò novos motivos de inquieta-
a metter maons a obra para provar que o Senhor Conse- i que o Conselheiro fosse outra vez condusido para a prizaô
lheiro Arriaga naó he Cidadaô pacifico como se inculca, da Fortaleza do Monte, e outros, que se embarcace a bordo
Devo prevenir a Vassa mercê para enteligencia do Pu- taraô este requerimento ao Leal Senado para se ler na
blico, que naô me cansarei em responder a qualquer papel ocasiaô em que se havia convocar Concelho Geral. He
anonimo que se escreva contra mim sobre o mesmo ob- nesta ocasiaô em que huma pessoa, Conspiqua desta Cida-
jecto; mas no caso de haver algum negociante falido, ou de, ine pede que eu faça saber ao Governo, os Soldos que
por falir; algum Patife assalariado; algum Cleriguinho venciaô, a bordo de meu Navio, os condestaveis, que eu
destes de Breviário ás costas, e com o Genuense nas maons havia cedido para o servisso das Fortalezas desta Cidade,
sem o entender; ou algum occioso, e tabaqueiro Frade que e que ao mesmo tempo fisesse saber que o Conselheiro Ar-
queiraô sahir discubertamente ao Campo ,eu me haverei riaga se achava Ligado comigo a hir de passagem no meu
com elles da melhor forma que puder. Navio isto para servir de barreira, aos que pediaô o prom-
Anticipo-me a derigir a Vossa mercê esta, para que me pto exterminio. Chegou odia do Conselho ena ocasiaô da
faça o favor de a enserir na sua Abelha desta Semana, e Leitura do 6tlebre requerimento, me ordenou o Illustrissi-
para reservar na da outra lugar para a analysc a que me mo Presidente, que eu declarace o que havia convenciona-
proponho dár ao Publico. Eu sou do Senhor Redactor do com o dito Conselheiro, ao que satisfiz na forma que
Seo muito obrigado Venerador. vou referir, (apesar de que o Governo jà o sabia porque
Março 3 de 1823. JoaS Nepomoceno Maher. ja tinha em seu poderá minha carta) que eu tinha prorre-
A A B E L H A D A C H 1 N A. 100
%
•
o
da sua Abelha, que ja mais poderá ser considerada, se naó
Ignorava , Ilhistrissimo Senhor e athe a^ora ignoro
%
*
Gratuitamente- Rogo-lhe o obsequio de mandar inserir
alguma collecçaò das Leis do Supremo Congresso para meo
-fc # m
M0GO
• .
O expendido faz ver a Vossa Senhoria quanto desejo
» » .
ponsável da tranquilidade publica, o fazer cessar, quanto cao 3 de Março de 1823. Dcos Guarde a Vossa Senhoria
se tem suscitado por motivo da Bulla do SSmo. Padre reverente servo. Fr. Francisco Bispo de Macao. Na-
Pio VII. na qual permitte, com cerlas excepçoens, o uso margem esquerda = Illustrissimo Senhor Leal Senado da
i J
da carne aos habitautes do Reyno Unido de Portugal, Bra- Camera desta Cidade.
CONTINUACAO DO REDACTOR.
)
cias, igualmente comproniette a paz, e harmonia dos Cida-
Christo Secretario do Leal Senado que a fiz escrever, e so- se nas freguezias desta cidade, nem por isto ficamos des-
Rmo. Senhor D. Fr. Francisco de Nossa Senhora da Luz I Pontífice Romano como successor de S. Pedro na cadeira
Chacim Bispo desta Cidade. / Appostolica tem sobre todos os Bispos do Universo o Pri-
101 AABELHADACHINA.
si
Pontífice comer carne, mas naó hé mandado comê-la. Co-
Continuar- se-ha*
que aquelie, que come naó despreze o que naó come, e este
Item haja toda advertência que a lei de Jejum fica em seu Ao 1 do corrente a Escuna S* Jozé alias Minerva para
a
vigor, isto hé, que devem jejuar os que estaó obrigados Manilla, Capitaó Feio,
isso, ainda que ao jantar tenhaó uzado de carne: Que os Aos 2 do corrente a Galera Primeiro de Março, para Ma-
que jejuaó naó podem comê-la â consoada, e que os que se nilla, CapitaÔ Joa5 de Villas.
AV1ZO. Viuva Paiva & Filhos, como Inventariantes, e herdeiros dos bens do fallecido Francisco Joze de Payva, tendo
annunciado na Abelha, N° XVI. que Ioda, e qualquer pessoa desta Cidade, que tivesse contas pendentes com omesmo falecido
as iize-se aprezentar para serem liquidadas, e Satisfeitas, novamente rateficaõ aquelie anuuncio, para que toda a pessoa
que por qualquer titulo se prez uma Credor ao dito fallecido, compareça com a sua Conta no prefixo praso de trinta dias con-
tados da data de hoje, com a cominaçaõ de se haverem por nullas, dolozas e por concequencia de nenhum effeito todas a quellas
que se apresentarem no excedente deste prazo. E mais previnem os mesmos herdeiros desde já a todos os Senhores Negoci-
antes desta praça, que tendo elles Resgatado todas as notas firmadas pelo dito falecido Relativas á entrega de Caixas de Anfiaõ,
ficaõ sendo falças todas as que ainda possaõ aparecer, e do numero da quellas, que tendo sido Satisfeitas em sua vida lhe foraò
Clandestinamente Roubadas de entre os seus papeis por hum servidor China, como notoriamente he sabido, e faráõ ver por do-
cumentos, por isso que naõ so declaraõ falsas e Clandestinas Semelhantes notas ; mas pfotestaõ proceder Criminalmente contr*
os portadores delias.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
À
A E
DA
* *
>5
OBSEQUIUM AMICOS, VERITAS ODIUM PARIT. TERENTITJS
MACAO.
exemplo dos Ecclesiasticos, principalmente o Abbade da
dem resultar.
Patria, naõ tendo diminuído nada o seu patriotismo, antes
Barcellos.
sendo por este modo que clle e os mais Alumnos da referi- Pratica do Reitor da Cathcdral de Beja cm 23 de Dezcm~
mente Constitucionaes.
mesmo tempo como Cidadãos no seio da Sociedade.
Ur
Parada d' Eslet.
Os prejuizos da educaçaõ, ea estranheza da novidade,
0 Juiz Ordinário, participa de que ein todo o Concelho suspendem quasi sempre os juízos do homem, e embargaõs
r ** %
104 A ABELHA DA CHINA
(Conttnuar-se-ha.)
porque novas circunstancias requerem novos recursos, ou
COR RESPONDENCIASi
vigilante, e sempre cuidadosa do seu único fim, altera poi
regras da natureza, e o destino do homem. Como o Senhor Arriaga por fins particulares, e para
Keunir-se entaò em hum ponto a sociedade, congregar- obstar à publicacaò, e prova que prometti a este Publico
se a Naçaò cm legitimo compendio, mudar a lorma do pela minha carta copiada no Numero passado, sahio no
Governo até alli estabelecida, e aspirar à huma Conslitui- dia Sabbado 9 do corrente a requerer ao Leal Senado que eu
çaò sabia, que levante os fundamentos da sua felicidade ; primeiramente produsa em Juizo essa prova, exigindo tam-
he reassumir os seus direitos, e revalidar o mal logrado bém o cumprimento do Avizo que a seu pedido veio con-
contrato que fizera: he proporcionar o remédio a enfer- tra mim do Rio dc Janeiro em 1816, por ter eu tido a
midade, e lançar maó dos meios que a justiça lhe permitte, generosidade de deffender ao Deffuncto Padre Antonio Jozé
para reparar os seus damnos, e evitar a ultima ruina: he da Costa, de cujos legados elle pertendia com falços pre-
fazer indissolúvel o vinculo sagrado que nos liga ao Rei, textos extorquir oito mil Taeis: Cumpre pois por justas
purificando o ar contagioso que empesta, e amortece os considerações, e para melhor mostrar a face da Naçaõ
seus bons dezejos, dissipando a maligna influencia que pa- quaes sejaõ as minhas intençoens, e as do diio Senhor, que
aos tristes queixumes da Naçaò: he adoptar finalmente o inserida na Abelha desta semana para intelligencia do
liomem com a virtude: do Rei dimana a força que firma por ironia celebre, e se o assignei, foi porque ja previa
o império, e asegura a exccuçaò à Lei; e aos Magistrados estas correspondências, subterfúgios, e estorvos, e até re-
convém a sabedoria, e a inteireza que reconhecem na Lei, ceando alguma desgraça; visto que a experiência metem
o verdugo da malicia, e naò o iostrumento da oppressaò. mostrado que o Senhor Arriaga costuma em taes caso»
A ABEL1
í A DA CHINA. 105
Keparo que o Senhor Rimos naò faz na sua correspon- Legal da Escriptur. çaõ das Cazas de Arrecadaçoens com-
dência mençaõ da grande disputa que entaõ houve no Con- parando a Cerlidaõ do Escrivaõ da Meza Grande, com o
selho sobre se de Veria effecti vãmente hir o Senhor Arriaga Inventario do Espolio de Martins, dirá haver hum deficit de
no Navio Rey, como se havia assentado no Conselho ante- I? caixas d' Anfiaõ Pataná, dos quacs o tôrpe uzo naõ livra
o pagamento.
cedente, ou se deveria ficar para hir no Navio Vasco, e só
se lembrasse da sua hiila no Brigue \ iajante, e de sua ic- Fm fira Senhor Redactor como parte desta minha misce-
clusaõ no Monte, quando estts pontos por naõ terem me- jania vai a ser útil, naõ so por que vai clarear hum suc-
inesmo reparo me merece o querer o Senhor Ramos e\a- por hum appontamento que farei do methedo dos Despa.
dir-se por hum modo taõ singular da promessa que ali lez chos usados nas Alfandegas de Portugal o mais curto e
publicamente, quando disse, que sem olhar para seos interes- menos incommodo ás Partes, ao mesmo tempo que seguro
ses, sem attençaõ a cousa alguma, unicamente por valer para a arrecadaçaõ por Direitos Nacionaes, e que para o ha-
a hum home u que se acha cm desgraça, se propunha a faser ver nesta foi necessário que tivesse morrido Marlios, e que
to ri os os s< cri fiei os afith de levar cotnsigo ao Senhor Ar- no seu espolio se conjugasse amiudada, cgrossamente o ver:
riaga, e que esquecido desta sua promessa queira agora bo, que (apezar de ser composto) como V , ., sabe Latim*
negocio que lhe naõ deve importar, seja qual for a rasaõ,
noHle do NaVio, anuo em que chegou ao Porto, N° do
* £AA jf
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a importância transcripta no Bilhete, examinada por elle,
lliete, naô vio que este lhe dizia que ellc mesmo despacha-
ao Cofre, conjunctamente com o Escrivaõ da Meza Grande)
Espero que esta naõ fique no] tinteiro como duas que
de a innocencia l! I
stituiçaõ que inc dá a liberdade de exprimir os meus senti-
Constantino Guelfi naò pode por mais tempo deixar Havcndo-nos chegado ás màos hua erudita memoriado
fiador a todo o Julgado, e sentenciado, com a commina- naò possa dur-se toda de huma vez, a fim de gosar em bum
çaò de que naò o fasendo ser-lbe embargada a viagem ao só grupo a vastidaò dos motivos, que abrange, c as fontes
que o dito Juiz poz por despacho como requer. de que deriva, e sobre que funda o seu discurso. Ao mes-
O caso he o supra escriptoem Desembro de 1818, sendo mo tempo privinimos os nossos leitores, que ficamos des-
Credor do China Achac de 4,245,60, principal e premio quitados de cuiitinuar as nossas particulares observaçoens
de 22 por cento desta para Lisboa que o dito China se con- sobre o mesmo asumpto, nisto que o sábio Auílior da me-
trahio dcvedar por imprestimos, e sem lucro algum. moria, nada deixa que desejar á cerca da questaô, Na fo-
O referido China naò tendo meios de pagar, o principal lha seguinte começara«a sua pubiicaçaS.
sahir desta Cidade para evitar maiores ruínas, fica elle poi
AV1ZO. V iuva Paiva & Filhos, como Inventariantes, e herdeiros dos bens do faltecido Francisco Joze de Payva. tend<
annunciudo na Abelha, N° X\ I. que toda, e qualquer pessoa desta Cidade, que tivesse contas pendentes com omesino falecida
as fize-se aprezentar para serem liquidadas, e Satisfeitas, novamente rateficaõ aquelle annuncio, para que toda a nesso-
que por qualquer titulo se prezuma Credor ao dito fallecido, compareça com a sua Conta no prefixo praso de trinta dias con
tados da data de hoje, com a cominação de se haverem por nullas, dolozas e por concequencia de nenhum effeito todas a ouelJa
quese apreZentarem no excedente deste prazo. E mais previnem os mesmos herdeiros desde já a todos os Senhores Ve-o
ciantes desta praça, que teado elles Resgatado todos todas as notas firmadas pelo dito falecido Relativas á entrega de Caixas de
Anfiaõ. ficao sendo talças todas as que ainda possaõ aparecer, e do numero da quellas, que tendo sido Satisfeitas^m sua vida lh<
foraõ ( landestinament^ roujiadas do entre os seus papeis por hum servidor China, como notoriamente he sabido, e faraó ver no
documentos, por isso que não so declarão falças e Clandestinas Scmelhates notas ; mas protestao proceder Criminalmente con
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concorre para tau util fim pelos meios, que cada hum tem
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ttença5 a elloquente ornça5 recitada por V. Rma na Sé
sugeiçaò ao Governo estabelecido, e provando-lhes, que as
■ ' ' Pelo qlie íouvando-o muito o Leal Senado pfelo seu patri-
Prégadores.
coadjuaça#, que graciosameníe lhe presta cm tufl impor-
■
A Regencia do Reino, cm Nome d' El-Rey o Senhor tante, como justo motivo : o que cu da melhor vontade
D. JoaÔ VI, ordena, que V. P. Reverendíssima faça pregar levo ao conhecimento de V. Rma, cm consequência do que
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maneira alguma òffendem a Religião Catholiea Apostólica Accuzo o officio, que V. S. medirigio em nome do Illus-
Romana, que todos professamos, e juramos manter e def- Irissimo Leal Senado, com a data de 11 do corrente, o qual
fender: o que participo a V. P. Reverendíssima de Ordem fasendo-me huma honra taõ apreciável, quanto a julgo
da mesma Regencia, para que assim o faça executar. Deos superior ao meu pessoal merecimento, novamente penhora
Guarde a V. P. Reverendíssima. Palacio da Regencia em os sentimentos d'amor, respeito, e gralida#, que tenho con-
26 de Fevereiro de 1821. — sagrado sempre ao actual Governo desde a sua feliz instala-
, Joaquim Pedro Gomes de Oliveira. çao, edcqueelle se tem feito geralmente acredor.
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mais Prelados Regulares do Reino.
simo Leal Senado, que unido do coraçaò á causa conimurri
j i CT
A ABELHA DA CHINA.
108
riamente o ha sido athe aqui, e será nesta mesma tarde, t Sou seo muito attento venerador.
cm que pertendo pregar, se naõ houver algum incoveni- M iguel A nton io Corte lia.
I '• | m
De V. S. Capelaõ Venerador e Servo.
I f *" 1
recebidas pelo Suppíicante, ou se foi com augmento, ou de-
em seus discursos sobre esta matéria com satisfaçaõ do Go-
• t ? I Tf I u *1 f * p 4
CORRESPONDÊNCIAS
Anfiaõ Patná, eom sua marca MM, vindo no Navio Beliza-
lendo-se ali o nome de meu Pai, que posto que entaõ era
doria pagou o Depositário Geral 274 Taes 380 Caixas de
Macao 15 de Março de 1823. Refiro-me em tuilo e por tudo ao que os Senhores acima
v i 'j 4' tf \ i * i > ái i . /• y, • * i «li .# \
espero que V.. . . me fará o favor, de inserir na sna e da sua honra; mas antes sempre, e edm muita rasaó
U • «4 . j 1 - f I . / ff ^ | M |
Abelha(que dará ao Publico na quinta feira 20 do Corrente) o tenho tido por hum negociante de probidade; e tal he
a Carta com attestaçoens; reconheçidos os assignados pelo a sua fama publica. José Baptista de Mirandá e Lim».^—
; , .
| ■ « _ A a k : ! M l A • fl -r\ T I
do meu Pay ultrajado pelo mal intençionado Constantino i. João
que pela fama Publica sempre formei dê sua
mayor indigençia, nunca experimentou ; a pezar de que 11 Ào \f•!r/».\' t\n ÍUOQ Pm t i milllho
supra. Macao 14 de Março dc 1823. Em teslimiinho
a Vossas Senhorias me queiraó faser o favor de declarar original circular; dê que espero retorno: Pedindo também
• |
ao pé desta, se com eflfeito meu Pay tem feito alguma ac- a insersaò da seguinte carta do Constantino Guelfi, autheu-
çaó indecorosa; algum dollo, ou raaliçia na9 suas Contas, ticada, na meSma Abelha, para satisfaçaò do promettido
• • * *
nas suas Compras, e vendas; ou se tem feito alguma cousa, na mesma circular de 1 i deste corrente "f I
>: I» Hfyfíi ff
que possa mereçer-lhe o titulo, que o dito Guelfi lhe
1
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quiz dar, em vez de a si proprio; como mostrarei.' Espero
Illustrissimo Senhor Juiz ordinário.
D II ) dl» Ollli O 0 !p i ; f 5 ;J
mereçer o obsequio pedido, e me deixarão obrigado. A*
Diz Joaquim de Sousa Júnior, que para fins, que lhe sae
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Pessoas de Vossas Senhorias Guarde Deos muitos annos.
t r.. V r '• r f m k [ .t i * ^
appresentada no Cartório do Escrivão da Ouvedoria, e Pro-
Sr. Joaquim dê Sousa, Júnior.
R. Merce
> JLima.
opinião em seus Contratos, e Conducta no decurço de .OSI V /
é&nu
114 A ABELHA DA CAI NA
Senhor Manoel Martins. Lisboa 13 dcJanciro dc 1820. Ami- taeis. Quanto ao Senhor Luis Joa# d'Alineida paciência,
go «Senhor. Pelo Brigue Temerário escrevi a Vossamer- lance-tne as patacas, que deli de mais cm minha couta, que
ce, e agora faço o mesmo pelo Brigue Trocador, étartibem eu as lançarei na conta de Rartios. Quanto aos escravos,
o farei pelo navio Pombinha, cujos theoressaò os segbnites. que dissera# ter vindo no Camoens fico obrigado pelo
Pelo navio Ullisses Recebi huma sua, e pelo navio Lus duas aviso * mas eu na# era o Capita#, nem disso sei, c diga aos
do mesmo lheor, e fico certo em todo o seo conthêudo; Senhores destes, (pie os mandem reclamar a Joa# Jose da
w
'
sentindo inuitoa fuga do Achac, ao qual naò remetto cousa Rosa, pois era 0 Capita# do Navio, pois cu sou bem conhe-
se he que restar por nao ter realisado as oonlas, e saberá cido nessa, e nihrca furtei, nem fiz acçaô por onde perdesse,
que fis venda de lodo o cbà delle como ja escrevi pelo Bri- e ja mais o faria aos Senhores dessa, a cujos todos sou
í-jm
gue Termerario, e por via de Bengalla, a 580 Reis por obrigado. Pedro JoyCe, falió de credito, e tudo se vendeu
baldeaçaò ou comjosuireitos piquenos de 4 porcento pouco ein Praça, ficando a dever 70 itiil taeis. O Irma# Domin-
mais ou menos, recebendo em faseadas 7 :797:440 eo resto gos também taliu do credito. Depois de9se Brigue chegar
em dinheiro, os quaes mandei para Pcrnanbuco, e ja fica# ahi, hâde chegar u Marques de Anjcja, Sobrecarga Jose
vendidos 3,811: 700 Reis tendo segurado para Pcrnan- Pinto dc Barros^ o qual he tíieu amigo, e espero o vá
buco so 6,000: 000 , e tendo recebido por conta da rerftessa visitar disendo-lhe por fecomméndaça# minha, e athe onde
50. 8. d'alguda# sendo seguro para esta a 7. por cento, ten- chegarem as minhas posses V. merce o abonará. O Capi-
do Achac sido muito felis em empurrar semelhante Cha* por ta# do Brigue Jose ÍAiis do Rego, espero também lhe dê
que teudo eu corriissa# 500. Caixas de Tequa, so tenho podi- alguns concelhos, pois lie a primeira vez, que para
%
650,, Companhia 1280, Hisson bom 760. tJxim boin 750. Joaquim a elle tenho pedido lhe queira entregar alguma
Judia 25000 caixas, as quaes so algum temlciro hc que Hontem 14 do corrente estive com sua Mai, e me deu essa
quer huma caixa. Para o Norte na# querem Chas, pois so carta para V, merce, e a pesar dos meus ofTerecimentos de
na Hollanda ha 180. a 200,000. caixas, e ein quauto ao mais nada se tem servido, se naò do piqueno obsequio do Chi
tudo bem baixo de 40. por cento, eo peor que nos temos que lhe truxe. Pelo"Navio Pombinha irá outra
contra nossa# os Americanos que se pusera# a Roubar com aberta para Tequa, c fará favor de lhe remetter o conheci-
bandeira dos Americanos hespanhoes, levantados contra mento de 3,000 patacas fechar-lha e mandar-lha: remeUo
■
Fernando Vil. Rey de Bespanha, os quaes sé batem como pelo Cappitaò do Brigue hum embrulho com rendas para
homens, eathe opresente tem tomado 43 Navios Portngezes, as suas meninas, e recomend me às mesmas. Sou seu ami-
e mais de 200. Hcspauhocs, e era sua ajuda tem hum Almi- go e Criado obrigado. Constantino Guclíi. — Reconheço
rante Inglez, o qual tem 22 Embarcações de guerra, que O signal supra ser de Constantino Guelfi. Lisboa 15 de Ja-
apouco tomara# tres milhocns de patacas em huraa Fraga- neiro de 1820. — Em testemunho da verdade. 0 Tabelliaó
ta hespanhola &a. Amigo como cu tenho conta com Tequa, José Caetano Correa = signal Publico.
i
por esta dará Vossa Mercê ao Cappitàò do Brigue Trocador Certifico ser copia conforme à carta o riginal appresenta
1,697 : 50 patacas, as quaes o dito Cappita# Jose Luis do da com hum requerimento de Joaquim Jose dos Santos
Rego entregará a Tequa, assignando elle os conhecimentos que fica unido aos autos de Embargo de Joaquim de Sousí
inclusos, e hum o meterá dentro da carta para Tequa ea contra Constantino Guelfi no espolio do defFuncto Manoe
fexarà, e fará favor de o mandar entregar ao dito Tequa, Martins, como pertencente, e referente a dito requeri
e o outro conhecimento das patacas, que o Cappitaò leva, mento à dita questaò de embargo, q a elles rac reporto.
Merce naò tenha patacas, eu tenho pedido ao dito Cappitaò Eu Antonio Vicente do Rosario Aggersborg Escrivaò d<
para ir de aecordo com Vossa Merce, isto he, elle Cappitaò Ouvidoria Gerai e Annexasa fis escrever, e assignei.
emprestar-lhas por outra em prestar mas amim, dando lhe Antonio Vicente do Rosario Aggersborg
Vossa Merce segurança, porque apesar de eu diser o que Estou persuadido, Senhor Redacdor, de q.ue o Respeitava
V. merce merece, na# sei o que o dito obrará, eu faço Publico, com a circular acima,, e cora acarta do dito Ç
isto, por que eu percebo lucros, e disto desejarei só saibaò Guelfi, poderá bcllissimamente conhecer o caracter d<
tres, que vem a ser, Âi, V. merce, e o Capitaõ ; e espero meu Pay, e o do dito Guelfi i mas 9C ainda o Guelfi usar de
segredo. Quanto ao Achac espero saber noticias ddle, e tenacidade, procurarei mostrar mais claramente,; ao Res
creio d'aqui a hum anno estaráõ as contas liquidadas. Eu peitavel Publico, a verdade. Eu sou dc Vossa Mcrct
esta monça# na# .vou a essa, pois livrei-me de boa, pors o mais Obediente Servo/ r> fr
J * 1
13/íl
) I •
ÀV1ZO. Existe na Imprensa a refutaça# dos Officiaes da Alfandega ao papel do Senhor (Juelfi, a qual sahirá n
primeira occasiaõ
NA TYF0GRAPH1A DO GOVERNO.
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Macao.
em 6 de Julho de 1822.
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M ANDA-SE declarar ao Exercito a Sentença abaixo deixaõ matar hum camarada seu ? Se fosse na Companhia
transcripta, e executada por Ordem de Sua Magestade no de Fuzileiros tal naõ acconteceria = e = Naõ saõ homens,
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dia 2 do corrente mez: nem saõ nada = como se deprehende dos depoimentos das
44
O Conselho de Guerra examinando attenta, e escrupu- Testemunhas em Nuras. 2, 5, e 6, e esta prova naõ desva-
losamente este Processo Verbal dos Réos, Jorge Nunes, e neceo o Réo de fórma alguma, nem com suas Respostas,
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Gerardo Marques, ambos Soldados do 1®. Batalhaõ de Infan- nem com os ditos das Testemunhas produzidas em sua
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taria, N. 1, Auto do Corpo de delicto, Conselho de Disciplina, defeza, e por isso naõ pôde o Conselho deixar de julgar
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corrente o Batalhaõ se hia recolhendo ao Quartel, e pas- tada no Art. 159* de Guerra. Lisboa, Quartel-de Belem,
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sando pelo sitio do Calvário, tendo lançado por terra o mes- 15 de Junho de 1822. = Joze Antonio Maria de Souza e
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mo Tenente, raspando-lhe cora a Baioneta ò Boldrié, que Aíevedo, Auditor = Joze da Fonseca Pinto, Tenente Co-
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felizmente encontrou, e furando-Ihe a manga da farda, está
ronel de Infantaria 13, como Presidente = Francisco Xavier
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do delicto, que juráraõ em N. I,e2> com que combinaõ Assis Costa, Capitaõ do Io. Regimento de Infantaria =»
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as outras da Inquiriçaõ sobre a culpa do mesmo Réo, que Manoel Francisco Diniz Nunes da Costa, Tenente do Io.
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sendo alguma proficua, jurou contra producente a segunda,
tonio Martins, Alferes do 1* Batalhaõ de InfantariaN. 1.
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Autonio Antunes da Silva Borges, que depoz ver atacar o 44
Confirmaõ a Sentença do Conselho de Guerra Regi-
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Réo o seu Tenente, como consta do seu depoimento. Que mental , quanto ao primeiro Réo Jorge Nunes, o qual para
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sendo arguido o segundo Réo Gerardo Marques de haver exemplo será fuzilado na frente do maior numero de Tropas
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sahido da sua Companhia a tomar conhecimento do que da Guarniçaõ desta Corte, que no dia da execuçaõ poderdes-
de entreçar a todo o rigor da Lei, aquelle que desconhecer quinto da Portaria de 27 de Outubro de 1820, pelos mes-
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Ministério dos Negocios de Fasenda. que se estiverem devendo até 27 de Outubro de 1820. 5.
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Sendo necessário regular a forma, em que devem ser Logo que se receberem no Thesouro Publico Nacional as
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executados os Decretos, e Ordens das Cortes Geraes, e Relaçoens acima determinadas se procederá no mesmo
Extraordinárias da Naçaõ Portugueza, sobre o pagamento Thesouro a lançar em Livro separado, e a fazer assenta-
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dos ordenados, pensoens, gratificaçoens, propinas, e quaes- mento a todas as pensoens, e ordinárias que saò pagas por
quer outras despezas, que fizeraõ o objecto do Decreto outras Estaçoens, e que devem continuar para o futuro »
de 12 de Março de 1821, mandado executar pela Portaria I e fica prohibido o pagamento dos vencimentos posteriores
da Regençia do Reino, de 10 do mesmo mez, e anno: Hei ao presente Decreto em qualquer das mepmas Estaçoens,
por bem Determinar o seguinte: 1 Q. Seráõ pagos todos sem que proceda ordem do Thesouro Publico, aonde naô
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os ordenados, pensoens, gratificaçoens, propinas, e quaes- seraõ abonadas taes despezas sem este requesito. Seba-
quer outras despezas, que já se achassem vencidas ao tem- stiaõ José de Carvalho, do meu Concelho, Ministro e Se-
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poda publicação do Decreto de 12 de Março de 1821, e cretario de Estado dos Negocios da Fazenda, e Presidente
que deveriaõ ser pagas segundo a Legislação anterior ao ^o Thesouro Publico Nacional o tenha assim entendido,
mesmo Decreto: observando-se a respeito da forma do e faça executar com as ordens necessárias. Palacio de
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Carvalho.
pensoens, gratificaçoens, propinas, e quaesquer outras des- Magestade. = Lisboa 12 de Julho do 1822.
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pezas, que ainda se naõ achavao vencidos ao tempo da Continuação da Memoria —da Pag. 111.
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tinuarâõ a ser pagos aquelles, em que a utilidade publica, naõ somente no desdouro que huma opposiçaõ semelhante
ou huma posse, e piedade bem chegada à Justiça assim o cauza á Igreja Lusitana, mas lambem na justiça, e na con-
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exigirem j consideraudo.se extinctos, e excluídos de paga- sequencia desta adversativa. Poretn, Rmõ Senhor, de
ABELHA DA CHINA. 117
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que fontes poderás aquelles que quiserem impugnar a dita Exposição que fazem ao Publico os Officiaes d' Alfandega
dispensa, como subversiva da Religiaõ, extrahii as piovas de Macao em resposta a hum papel infame, que Con-
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necessárias ? Hoc opus hic labor est. stantino Guelfi, Capitaô da Galera Novo Paquete,
Vemos a virtude da abstinência, e o merecimento do je- fez inserir n' Abelha d' China N°. xxiv, e xxvi.
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tes do Velho Testamento; mas nem huinasò palavra se en-
quiz desmascarar-se de todo por huma maneira espantosa,
de carne.
se da liberdade da imprensa, desta arma respeitável, que
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Texto de a Lucas xv, xvii, que o Senhor lllustre Deputa. I mais certo meio dc ,,r0mmover a desordem, e incitar os
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do indicou na sua Analise, hé muito analago ao que deixo od;os Ceando a innoceucia, e calumniando a virtude.
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bem commemorando pelo mesmo Senhor, e com aquelle I eque*havendo a imprensa livre, todavia naô existiaó os
em que J. C. diz, que naô vinha enervar a Lei, sim cum- Jurados como a Lei da liberdade da imprensa determina,
pri-la, resultará immediatamente, hum argumento sem oll huma commissaô de cençura em quanto clles senaõ
replica contra os adversários da dispensa, por que, Rmô estabelecem, como se fez em Lisboa; disse entaô comsigo=»
Senhor, sc a abstinência de carne fosse supperior em mere- Aqui posso ser escritor, e diser impunemente toda a quali-
cimentoa outra qual quer abstinência de viveies, daria (|a(Ie de a|,eivoxia> por alaque.Se, descomponha-se
J. C. aos seus Discípulos a liberdade de comer de tudo, sem (oda Cjda gente> principiarei por perguntar se os Habitantes
faser a menor excepçaS de carne, nem de dias ?Esta sup- de Macao consliluem parte da familia Portugueza, mos-
Os Apostolos conceberão perfeitamente o fundo desta pertencer a brioza Naçaò Portuguesa. Fez outras dispa-
Divina liçaô, por que louvando S. Pedro e S. Paulo, o ratadas perguntas, todas atacantes, que iuserio n' Abelha
primeiro nas suas Epistolas Primeira i,. v, e Segunda n,c N.CXIX> âs quaes rcSpondco judicioza, e moderadamente
o Segundo na sua Primeira ad Corinth vu, na Segunda j 0 Senhor Redactor : vamos ver agora athé que ponto pode
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CORRESPONDÊNCIA.
os Direitos, e naô na quella, em que sahem as fasendas,
Senhor Redactor.
porque em quanto o que despacha deixa n' Alfandega fa-
Rogamos-Ihe o obsequio de inserir no seo Periódico I zendas, que possaó responder pelos direitos dos que levou,
a Exposiçaô que fasemos ao publico em reposta ao que pcrmitte-se-Ihc tira-las sem pagar logo os Direitos: tinha
contra nós mandou pôr na Abelha, Constar\lino Guelfi, por accontecido que Manoel Martins poucos dias antes da sua
cujo obezequio lhe ficaremos eternamente agradecidos. I morte repentina, tirou 17 Caixas d' Anfiaò Patná, asaber,
Deos guarde a V. merce por muitos annos. Macao 20 | em 15 jg Junho 10, vindas no Navio Belisário, e em 19 do
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de Março de 1823.
De V. merce.
dito, 7 vindas 110 Brigue Confiança, das quaes naô tinha
Ticente Caetano da Rocha, — Joaquim Vieira Ribeiro, nos seus competentes lugares dous acentos, hum de 10, e
Jozé Simão da Costa e Brito === José Vieira Ribeiro. I outro de 7 Caixas todas levadas por Martins, e o mesmo
A ABELHA DA CHINA.
118
constado Livro do Porteiro. Morrendo o dito Martins em mesmo mez lo titulo do Brigue Confiança o mesmo acem
21 do mesmo mez, deo o competente Juiz Ordem ao De- to de 7 caixas ; d'aqui quiz concluir que os Feitores escre»
positario Geral e Thesoureiro dos Defunctos, e Ausentes veraò, que o Depositário Geral pagara os Direitos em 15»
o Senhor Ignacio Baptista Cortella para pagar os Direitos e 19 Je Junho, e que isto nnò combinava com o Livro da
das 17 Caixas, de que se trata ; este pagamento tendo tido receita do Thesoureiro onde consta ter sido o pa^amsn-
lugar em 28 do dito mez de Junho, fez-se naquella data o to feito em 28, sem se lembrar que a data do Livro d' Aber-
competente acento no Livro do Escrivã# da Mesa Grande, tura indica a sabida da fasenda, e na# o dia do pagamento:
isto he no dia do pagamento dos Direitos i como porem isto com tudo para evitar outra duvida de semelhante naturesa
era já depois da morte do Martins, quiz prevalecer-se o d aqui por diante quando escrevermos = Pago = escreve-
dito Guelfi deste acento para exigir as 17 Caixas como ti- remos por ordem Superior, também o dia, em que se pagou,
radas depois do fallecimento : requereo ao Leal Senado, o bem que isto costuma sò lançaC-se no Livro do Escrivã# da
qual lhe mandou patentear o conhecimento dos Livros d' Meza Grande, assim como também declararemos no Bilhete
Alfandega, e por elles vio tanto dos acentos do Livro da do Despacho o dia da sahida dosgeneros; quanto porem
Mesa d' Abertura, como dos do Porteiro, que o Martins o methodo, que diz o Guelfi se deve estabelecer para o
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he que levàra as 17 Caixas, e que o Depositário Geral s6 Despacho, na5 duvidamos ser o seguido em outras Alfao-
levâra 14 d'Anfiaó de Maluà, em 6 de Julho, pertencentes degas; porem encontra nesta inconvenientes que a tor-
ao dito Martins, vindas no Brigue Caçador: disgostozo naráõ impraticável, e a rasaS he porque nas outras Alfan-
entaó por ver mallogrado o seu intento, e por ver desmen- degas hà differentes Mezas, c competente Numero de pes-
tida a falcidade, que elle havia espalhado com emphasis, soas para o Despacho, quando nesta he sò huma a Mcza;
fez aquelle desarrasoado arranzel, que mandou pôr n' Abe- e mui pouco os empregados, he verdade que em muita par-
lha, na qual na# se contentando em pertender manchar te do anno pouco ha que faser, porem quando chega# o*
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a honra do Depositário Geral> que servindo aquelles cargos Navios, que trazem muitos passageiros Chinas, os quaci
por trinta annos, tem sido sempre geralmente conhecido vem despachar as suas fasendas, nos quiséramos entaô veC
por homem de probidade, e ainda na# se contentando cora o Senhor Guelfi de Feitor, e usando de toda nquella forma-
esta aleivosia, voltou-se contra os Officiaes d* Alfandega, lidade que nos indica, cercado elle de huma multidão de
e appresentou no Publico huma historia de escripturaçao Chinas, que nada respeita», e querendo cada hum tirar d'
do Livro d* Abertura, que quem naò estiver ao facto destas Alfandega rapidamente as suas fasendas, pusesse ali Com
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nos diz, e estamos bem certos que nessa occasia# pagaria
na» sendo rubricado pelo Juiz se na» os Livros de Escri- vingados, e a elle ninguém o despicaria, eisaqui
a entrada, e debaixo deste titulo se va# lançando todas as No Primeiro Leila# em Calcutta, se ha de vender 1259
char pertencente a'quelle Navio ; ora quando se pagaõ os | onde, de em Bombay, ou Bengalla.
NOTICIAS MARITIMAS=SAIIIDAS.
casia#, era que se paga# os direitos vamos ao acento, que Aos 25 o Navio Vasco da Gama para Lisboa com escalfa
NA TYP0GRAPHIA DO GOVERNO.
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OBSEQUIUM A MICOS ? VERITAS ODIUM PARIT. TERENTIUS
MACAO.
39 Ficaõ sem exercício, ném indemnização os escri- ará# na forma de seus regimentos.
vães, e mais Officiaes, que servia# por provimentos tempo- 7° Os Militares do Exercito, e da Armada Nacional na#
rários nos Juízos, agora extinctos, bem como os proprietá- reformados, e bem assim os reformados que estiverem Mili"
ormente existia, ou ao que de futuro se determinar. nos, quando os Corpos estiverem reunidos, e sempre aos
Ecclesiastico, dará immediatamente parte ao competente nas suas humilias xxx, e xxxv. Saõ Bernardo no seu Ser-
9.* Fica revogado o paragrafo quarenta e cinco da Ordena- in lib. ii, = de vita contemplai.. S. João Chresost. = Supra
petente EmbarcaçaÒ.
do, e executem. Palacio de Queluz em 11 de Julho de
Os Santos P P. naò se afastaraò huraa só linha das metas, tirara 10 Caixas d' Anfiaò Patná vindas com a sua marca
que os Apostolos deixaraò postas nos seus escriptos. no Navio Belisário, e que em 19 do mesmo mez tirára roais
S. Jeronimo supra Evangelho S. Mare; e nas suas Epis- 7 ditas vindas no Brigue Confiança, elle no seu papel nao
tolas ad Demetriam, ad Turium, ad Ruslicum, ad Letam, fallou nisto, e naó fez mençaò do Livro do Porteiro para
wilian. Recta fidei = in libr. de quxstion, evangel., =no | pois da morte do Martins.
A ABELH A D A C H I N A. lf 1
Dizendo sempre, que afiança a nossa honra, naõ cessa a respeita, pois ella naó manda, que alguém calumnie os
lie nos atacar o mais insolentemente era todo o seu papel,= outros, naò manda jurar falço, e se elle Guelfi fosse hum
diz que naò quer de nenhuma maneira affbitar-se a man- respeitoso observante da Lei, mandando ella, que os Navios,
char a nossa honra, e nos diremos que naò pode, e se naó, que fasem as viagens de longo curço tragaó Cappelaõ, e
se elle pode, e naõ quer, nos o dezafiamos para que a man- Cirurgião, e naõ se achando ainda derrogada quando elle
certos que elle naò se apprezentará ao Publico contra nós No fim do seu aransel diz, que dá graça á Constituição
hum documento, como o que contra elle nós aqui appre- por lhe dar a liberdade de exprimir o seu sentimento; jul-
zentamos, alli se vê, que tendo elle embarcado em Lisboa gará por ventura que a Costituiçaõ consinta estes ultrajes
38:200 Patacas de fíespanha, appresentou no Manifesto que nos tem feito? Senhor Guelfi, saiba, que a Constituição
dado nesta Alfandega só 30:219 para se subtrahir ao pa- nao quer senaò a boa Ordem, quer que se respeitem as
gamento dos Direitos correspondentes a 7981 ditas, nem po- Leis, quer que o Cidadaò concorra para o augmento da
derá dizer, que fez emprego deste dinheiro em algum porto renda Publica, e naó procura roubá-la, em huma palavra,
de escalla, porque veio em direitura, e quando naõ tivesse o ser Constitucional he ser homem de bem.
Publica. Diz que os nossos Livros naõ estaó segundo a dade do Nome de Deos de Macao na China por, Sua Maje-
Lei, admiramos que falia tanto na Lei quem taò pouco stade que Deos Guarde &a.
1
A ABELHA DA CHINA.
122
Mez de Março de Mil oito centos vinte e três, nesta Cidade deste corrente anno o Manifesto do Navio Novo Paquete
do Nome de Deos de Macao na China n* Alfandega delia assignado pelo seu capita# Constantino Guclíi, e no mesmo
estando era Mesa do Despacho o Senhor Juiz Paulo Vicente entre outros Generos e Effeitos esta# declaradas Trinta mil
Bello, vieraó o Feitor Vicente Caetano da Rocha, e o Escri- duzentas e dezanove Patacas que manifestava. Passa o re-
a Guia da Casa da Moeda da Corte de Lisboa, pela qual con- antecedente passo a presente, reportando-me aos documen-
stavaque Thomas Maria Bessoae, e Joaó Gomes de Olivei- tos referidos. Alfandega de Macao 15 de Março de 1823.
ra e Silva, remettiaò para Macao em o Navio Novo Paquete Eu Carlos Jose Pereira sobredito Escrivã# da Mesa
*
ravaò nab ser conforme ao Manifesto, e despacho feito pelo no Guelfi Capitaò da Galera Novo Paquete de Lisboa,e por
elle foi dito, que vinha d'aquella Corte, e queira dar entra-
dito Capitaò, e por tanto se prova a subnegaçaô da sobre-
Outro sim Certifico, que a Guia mencionada no referido los Jose Pereira Cavalleiro Professo na Ordem de Christo
requerimento, he a que se segue. O Doutor José Carlos Escrivaó da Mesa Grande, que o escrevi. Carlos José Pe-
Xavier da Silva, Professo na Ordem de Christo do Desera- reira,, Bello,, Constantino Guelfi. He o que continha o re-
bargo de S. Magestade, e seu Desembargador na casa da ferido Termo, e a elle me reporto. Alfandega de Macao era
Supplicaça#, e na mesma servindo de Superintendente Ge- ut supra* Eu Carlos Jose Pereira sobredito Escrivão da
ral dos Contrabandos e Descaminhos dos Direitos Nacio- Mesa Grande que a escrevi. Carl os Jose Pereira.
sete Cazas, e de Juiz da Saca Moeda, com alçada pelo mes- | Março de 1823, O Tabelliaó de Nottas e Judicial.
mo Senhor que Deos Guarde &a. Faço Saber que por este
Jose Gabriel Mendes.
A V IZ 0.
da Fasenda datada de dezanove do corrente mez fez Manifes-
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seu manifesto por virtude da dita Proviza#, e constar ter haverá huma conferencia em Caza do lllustrissimo Conse-
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pago os Competentes Direitos no Consulado Geral da Sahi- Manoel Pereira, na qual, ouvidos os pareceres dos
?enhores interessados se de
da se lhe passou a presente para a sua sahlda. Lisboa desa- ' »e reso,ver
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aposta,
AVTZO. Quem achasse hum prego, ou alfinete do peito, ornado d hum diamante grande, e vários pequenos aoredor o queira
mandâr entregar no Laboratório Constitucional , onde receberá as alviceras. O lugar em que se perdeo se iul^a ser na tareia de
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S. Jozè, no dia Domingo de Paschoa. °
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A Naçaõ Portugueza hé, sem contradicçaõ, hiima d'a. ças, e ha longos tempos, ao progresso das luzes. He pre-
quellas que mais se lem illustrado durante muitos Séculos, ciso que entre os Portuguezes o desejo da instrucçaõ, e o
tanto por seus altos feitos, como pela nobreza de seu cara- patriotismo, esteja# por assim o dizer, na massa do tan-
cter. Folheando a historia desta Naça#, encontra-Se nella gue. Entre elles tem estas qualidades resistido á opprea-
huma serie de Epochas mais, ou menos brilhantes, c que saõ, e parece terem fructificado atravez do Despotismo,
fazem ainda, e fará# sempre a admiraça# do Mundo ci\i- semelhantes aquellas plantas qUe pela força da seiva, bro-
íisado ; entretanto, se se considera o estado deplorável a ta#, e florecem atratrez dos mais áridos rochedos ,,
Naçaó naò tendem se naó a hum único fim, ainda que naó
ções de grandes personagens, oradores, e theologos, que
ordem, e da felicidade dos Povos hé que tein o amargo Para evitar o receio de alterar o texto, transcreverei no
prazer em mostrar que essas mesmas medidas podem, se- idioma, em que as lí algumas passagens dos SS. PP, relati-
gundo o seu parecer, ter tristes consequências ; pois que vas a este objecto. Sint tibi purat simplicia, casta, mode-
huma vez que ellas tem sido adoptadas, ea sua intenção ratajejunia,et non superstitiosa. Quid tibi, diz o mesmo
naó pôde ser outra mais do que excitar os descontentaraen- Doutor da Igreja S. Jerónimo ad Nepotem, prodest o/ea
tos, e a disconfiança entre os reprezentantes non vesci, et moléstias quasdam, et difficultates ciborum
" Nas discussoens dos diversos artigos, tem-se desenvolvido queerere? quid virtutis habet vinum non bibere, et ira, et
»
124 A ABELHA DA CHINA.
para o intento, quando escreve a Furio. tfonnuli, diz moy Achac ao ^Tabçlliaõ, ,>em cujas notas lavrou huma
elle, vitam pudicam appe tentes in médio j itiner cor- escriptura de trespasse de toda a sua acçiõ, e jús a meti
tuerunl, dum solem abslinentiam carnium patente et favor a fim de eu me pagar do que depois paguei por elle
leçumin:bus vneranl stomachum, qute modcrate, pnrceque ao Senhor Payva. No tempo competente cobrei do Senhor
innnxia sunt, et ut, quod gentio, loqunr nihil sic inflamatt Gularte o sa do de sua parte ; e para haver o valor da obri-
corpora, et iilillnt mrmbra genitália, si(Ut indipestus cibus, gação do Senhor Guelfi traspassei ao Senhor Souza o meu
tfon intrrest diz elle nas suas questoens evangélicas, e no (pois que do que se recebesse, pa^o eu, o resto serviria
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Sermiõ da quarta Dominga do Advento, tfíihil intereit para cuhrir huma conta de que o Senhor Souza he Credor
omninn* scilicet id reritatem, quJd nlimentorum, vef quantum ao Achac) p;ira que se desse procuração a certos Senhores
qiú* accipiat. dum modo id fadai pro covgruenlia hominum, Negociantes de Lisboa para receberem do Senhor Guelfi o
cum qui/ us rivit, et personae suae,' et pro valetudine suae liquido producto daquelta consignação, e seguir as ordens.
necessitai is. Oui se a carnibus temperai, ut alias cscas Neste meio tempo appaieceo huma carta do Senhor Guelfi
dificilinris prn par/itionis, et prrlii inquirarit, multam er- ao Achac, única com tííI direcção sobre este assumpto dan-
rant •. z non enim esl hoc suscipepp abslinentiamscd immitarc do-lhe noticia da venda do Chá, mas que fora parte em
• ' ! I. A I ff; V.X I vT * / n í I i i1 , m
luxuriam = v
e J lgnni, diz «mesmo Santo Doutor, quando dinheiro, e parte em fazendas, as quaes mandava a Pernam-
. fal'a dos costumes dos Manicheu* Cp. xni( numeio xxix buco pelo BrigueS. Guálter. A vista desta carta, que foi
r citado- poríFleury, no lo^nr .acjma indicado, se al^um se entregue ao Senhor Souza, como Cessionário de titulo da
t contenta.com. bum» só comida, por dia, ou uze de hortaliça consignação, e como ella naõ viesse acompanhada da com-
cosida com hum pedaçp def)toueiuho, somente para apa- petente conta da venda, Contendo aliás avizo de se ter fal-
- zigudr a fome,;e, sendo-liie necessário, hebe sobre esta refei- tado as ordens do seu committente segundo o theorda sua
çnõ 2 ou s copos de vinho, e outro nem come carne, nem obrigaç iõ, acudio o Senhor Souza logo a fazer o seu pro-
bebe vinho, mas refaz-se duas vezes por dia cõ légumes es- testo de que enviou na primeira occasiaò os Iustrumento«
péciaes «preparados, e diversificados com arte, bebe cidra, aos seus procuradores em Lisboa para reclamar do Senhor
, limonada, e outros licores, que se aproximaô do vinho, e Guelfi essa falta de cumprimento das condiçoens, com que
• d'este.ordiiírrin faZ as suas delicias* qu; Idos dois vós parece acceitára a consignnçaõ. Hum tal procedimento do Sr
-HiH-
tava a este assumpto, habilitou naõ só a disconfiança do§
»1 ' f ' ^ ^QRRE^POMDENCIAi possuidores da obrigaçaõ do Sr, Guelfi, de que naõ veriaõ
? f F
bro de 1820. sem se ter recebido mais avizos, nem contas
mtrosmente cãlumniado, obrigando-me as espensat sendo
u: • •
'*''f J < J!4 ir*:i querêdo o Senhor Joaquim Joze dos Santos, Corresponden-
K
entregou huraa obrigaçaõ do Senhor Antonio Gularte da tenha sido a pedra de escândalo, para o Sr. Guelfi (tendo na
Silveira, de huma porçiõ de Chá remettido a Bengaila no realidade sido hum estorvo para se verificar a recommen-
J.» , mi smo anno,ue huma do Senhor ..Guelfi de Dezembro de daçaõ de sua carta ao Martins copiada n' Abelha N. XXVII
• 1818. de «ultra porçaõ de Chá remettido a Lisboa ; e para recommejidaçaó de segredo entre tres, sem ser aquelles iloi
*
A , A B E L H A DA CHINA.
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terceiro, como a outro proposito proferi o com admic»ça# Sousa; nem as suas allegaçoens sa# de convencer ao homem
da fraze da supposta do Sr. Souza á pertença# do levanta- produzio conta em Jui^o, as quaes na# procuramos vêr
estas para novo giro; na# rendeo ao menos contas da ven- e procurador para proseguimento delia: o que, se fosse
mandato dado; por que na# lhe importava a transacça# ra-la na Gazeta do Governo, cora vivos ataques ao conhe-
ciada, offende a òue n naõ lhe fez mal nunca, e talvez nem
Guelfi com tanta jactura dos interesses de huma consigna-
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mal as verdades, que delle se disserem; por que já que
elle reputava como 3,000 ;Patacas pouco mais ou menos, e
Variedades.
muita gente; mas naò assim aos nossos:, que sabemos quan-
Sr. Guelfi dizçr quanto produ2io o Chá a quem elle já
.««•..a» Ò i ih^pfli»Hfa-
la terra,
da LU
t (IIMIIUIU |«l« M VIV 1 ff •• w — » B , . • ■ |
herdade; antes se ella hé verdadeira virtude, iuclue estas dua» também VKtuuef; ma» cjmi
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O Carcunda.
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O Carcundismo
(f)
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A ABELHA DA CHINA.
126
• •»
eterno, nos da# hoje esta Carla, para nunca mais nos per-
Servilismo por na# comprehenderem os benefícios da nova
Doutrina? Nova para elles; mas coêva da Monarchia; dermos no Golfão das arbitrariedades, para a consultarmos
porque os seus passados na5 conhecera# outro Codigo, se a todo o momento; e vermos nella a única salvaguarda
o
naõ o que elles mesmos dictaraò ; nem se reputaraò meno- dos nossos mais caros interesses. 0 esquecimento em que
res, ou mentecaptos», para prescindir da tegalia dos seus estamos dos nossos Direitos, produíio todos os nossos ma-
Direitos, e confiar a sua independência, e Propriedades às les ; mas o conhecimento delles que será o fruto de hnma
maons, que o acazo lhe deparasse. boa Educaça# nos escudará por séculos contra os vaivéns
#
Hoje he necessário renovar estas ideas, apagadas pelo do Despotismo. Poucos homens estão ao alcance dos seus
longo habito da escravidão, que os séculos trouxeraõ depois deveres; por que de poucos era conhecida a Lei, que lhos
• I
de tantos annos de Gloria, taò caramentè comprada. Esta impunha. Estas Leis, cuja ignorância a ninguém servia
alternativa de esplendor, e de abatimento, parece ser liuma de culpá (segundo hum axioma das mesmas Leis) era#
Lei Geral nos Impérios, como hé nos indivíduos; e para feitas no segredo de hum Gabinete ; naõ havia Boletim (g)
citarmos bum exemplo por todos, lembremo-nos de que que as publicasse; chegou-seaté ao excesso de ordenara
foi o Sabio Egypto quando a Europa era barbara, e selva- sua execuça#, independente de passarem pela Chancelaria;
gem ; e do que he hoje a Europa civilizada á vista do Egyp- e quando inda o mesmo Letrado (que dizemos nós ?) o
Esperança, e abria ao Comercio da índia huma nova Es- huma Lei, que era ella mesma a maior das infracçoens do
trada, inutilizando todas as conhecidas desde o tempo de Direito Natural, visto que na# tendo sido promulgada,
Salomaô ? E que he hoje o Portugal á vista desta a ninguém podia obrigar (h) As Leis sa# hoje feitas em Pu-
Inglaterra, soberba com a sua Constituição, e com a sua blico pela m^sma Niça# aquém tem de servir de regra?
Marinha; cuja Camara escurece o Areopago de Athenas» snò debatidas, antes de serem feitas ; e sera# devidamente
tildo á Educaça# Publica, ou á sua falta, que os Povos deveres década individuo da sociedade; e a sua explica-
devem a sua prosperidade, oú o seu abatimento. 0 Egypto ça# deve ser hum dos primeiros objectos do Governo na
acabrunhado pelas guerras dos Déspotas da Azia, esqueceo instituição de Escolas Publicas, (i)
(h) A promulgação hé essencial à força obligativa .da Lei; a publicaça# da Lei em Portugal enta# a havia
quando esta passava pela Chancellaria do Reino; logo dispensando-se o passar pela Cbancellaria, dispensava-se
em hum requizito essencial para a obrigaça# da mesma Lei: logo aqui temos hum monta# de contradicçoens,
Lei e naô Lei, obrigação e naò obrigaça#, &a. Quis audivit unquam tale! !!
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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HOC TEMPORE
MACAO.
affecto, e interesse rezultante de reciprocas vantagens.
da independência no Brazil, que na Sessão das Cortes considerado Traidor; e que o Governo usasse de todos os
de 22 tomando-se em consideraçaõ o numero de Membros meios em seu poder para dar execução a estas resoluções.
Americanos que adrnittiriaõ na Deputaçaò Permanente, o Idtm 30 de Setembro. = As Tropas em Montevidêo tinhaõ
Príncipe.
desde as primeiras cartas escriptas pelo P. ás Cortes, até
a Constituiçaõ.
ao Congresso que todas as Provindas do Brazil naò obe-
ar a revoluçaõ.
estou inteiramente convencido " disse o Orador " que naõ
rebelde99 (sim rebelde, rebelde, rebelde, trez vezes excla- ou d'outros em razaõ das differenças politicas com o Bra-
marão grande numero de Deputados.) O Orador conti- zil, deraõ juramento à nova Constituiçaõ que assignàraõ.
nuou propondo que as Provincias sujeitas ao Rio de Janei- E neste dia Sua Magestade foi em grande estado ás Cortes
cença &a.
Eu posso assegurar-vos como hum facto positivo, que o
serem necessárias.
promptidáo, com que elle se apressava adestruir os receios,
Cidadela Piceh, e dois Capelaens dos Corpos de artelharia se de 3,600 homens, e reforçará o Exercito de Portugal.
vos ataques contra a mesma, e outras Cidades. tinha» partido a 29 de Julho levando a seu bordo o Gene-
A vergonhosa impunidade, com que hum partido de 7 ral Morales, e o seu exercito para tomar o cominando d'-
rebeldes faz correrias pela Província de Toledo desde o aquella Praça, o Povo de Cora estava em hum estado de
mez de Julho, e a ouzadia, com que elles intentara» penetrar escacês. > '?r?íí 1
na de Madrid, tem obrigado o Governador civil desta a pu- Idem 22 de Agosto.= As Corles Portuguezas tem De-
blicar penas severas contra as camaras, se na» se ex força- cretado, que haja» Guardas Nacionaes compostas de todo»
%
A ABELHA DÀ CHINA. 129
Também ultimamente tem estado muito occupadas na As pessoas judiciozas conhecem mui bem, que huma
discusaõ do projecto do Decreto para a reforma das ordens naçaò, como a Hespanhola, naò he para se ameaçar com
religiozas nos Domínios Portuguezes e já tem supprimido hum corpo de observação. Se a França se julgasse obri-
Idem 14 de Setembro. = O Brigadeiro Dublaisel foi no- ella a teria dito sem receio, e proseguido sem robuço. A
meado Governador de Cadiz, e Commandante Militar da Europa conhece a diflfrrença entre a facçaõ dos Descami-
Provinda deste nome, e o Vjce-Brigadeiro Barniel promo- sados e as Cortes, que formaraò parte da alliança das Po-
vido a Chefé interino do Estado-Maior-General. Os mem- tencias contra Bonaparte. A politica da Europa uaô deze-
bros do Ajuntamento de Xerez offerecera5 hum premio de ja a restabelecimento da antiga Monarchia absoluta; porem
20,000 Reis Vn. a quem entregasse Zolivar vivo, ou morto he de esperar què do conflicto dos partidos resulte huma
ás suas maonsi e que se este fosse agarrado por algum de melhor ordem de coizas, e que a Hespanha generosa, pa-
fceus companheiros, este teria alem disso o competente triótica e religiosa, mas desgraçadamente pouco destra na
de Cadiz.
Idem 27 de Setembro. = Em consequência da rcstauraçaõ
completa da tranquilidade em Portugal, o Governo tem Noticias do México até os fins de Junho, recebidas por
permittido a todos aquclles indivíduos, que por hum De- via dos Estados-Unidos, indicai que o novo Imperador
de ter cessado a primeira por que ellas alli -se tinhaô ajun-
persos pelas alturas de Cevil.
Carlos O' Donell por ter hido para França sem licença.
as Províncias de Navarra e Catalunha tem chegado: e
130 A ABELHA DA CHINA.
Senhor Redactor.
cialmente aquelles dos Senhores modernos, a quem hum
Por inclinaçaò e gosto costumo encher os piquenos nosso escriptor, e naó Eu, chama tantas vezes por chacòla
, que me deixaò meus muitos affares com a liçaò tarelos, e francelhos. Porem esta campanha literária será
dos nossos Clássicos, e ainda com a dos monumentos antigos mais util (no meu conceito) e menos estranhavH, que essa*
da nossa Língua. Hum dia, que nisto me occupava veio-me cartas polemyco - individuaes; que se assomaõ muitas ve-
ao pensamento, que naõ seria fora de proposito publicar «es nos periódicos. Se o Senhor Redactor achar que este
na sua Abelha algumas pequenas peças das primeiras idades pensamento he avisado, saiba em remate que o Censor da
da lingua portugueza; as quaes sem que occupera muito Polygloto mania hé agora como sempre, alem de....
mores, e duros metaes, e como corolário quara grave, e ma se naõ perturbem os moradores de Cornelheã &a.
zas eni verso. A carta de seu til tio D. Aftonso iv. mostra
achar por direito: e se a esses seus homens desses lugares
1\ Década, correm 274 annos da Adolescência da lingua, mando que esse Cabido tenha esta Carta. Dada em Ponte
em que se foi desbastando da sua barbaridade pelos cuidados de Lima 11 dias de Julho. El-Rey o mandou por D. Nuno
do Infante D. Pedro, e de Vasco de Lobeira no reinado de seu maiordomo e pello Chanciller Affonso Martins a fez
gico-cryticas, prout tempus dictaverit. Eu naò sou stupi- Albuquerque no momento da sua desgraça, que muitas
na de muitos Pseudo— escriptorzitos, os quaes portanto ser, como elle, victima dos partidos,, Mal cora o Rei por
amor dos homens, e mal com estes por amor do Rei,, muito
melhores Portuguezes se avaliaõ, quanto mais se arredaõ,
na TYPOGRAPIIIA DO GOVERNO.
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N A (*
66
HOC TEMPORE
91
OBSEQUIUM AMICO S, VERITAS ODIUM PARIT. TERENTIUS.
MACAO.
tiraos sem que justifiquem a verdade, e boa fé das transac.
devedores.
s
Juizes, Vereadores, e Procurador, da Camara da Cidade ó vez toda a sua divida, o que faria prejuiso ao giro de seu
do Nome de Deos de Macáo: Eu a Rainha vos envio Commercio. Havendo entre os devedores, a quem sou
muito saudar : Querendo uzar da minha Real Clemência servida perdoar as suas dividas, alguns, cujos bens estejaò
a favor dos moradores, e negociantes dessa Cidade, que saõ hypotecados as sommas, que o Senado lhes emprestou,
devedores à minha Real Fazenda por empréstimos, que Determino, que os referidos bens fiquem sempre sugeitos
lhes fez o Senado, os quaes, ou se achaõ inteiramente im- a mesma hypoteca, e que naô possaS ser executados por
possibilitados de pagar, ou o naô podem fazer sem ficarem outros Credores particulares, que reduzirias os mesmos
de todo arruinados: Sou Servida por esta vez somente, e devedores a consternaçaS, e mizeria, de que eu os quero
devedores, que consta# da relaçaò incluza assignado por à minha Real Fasenda, que sab adminitrados pelo Senado
D. Rodrigo de Souza Coutinho Meo Conselheiro d Estado, de Macao, Ordeno que para o futuro se faça a arrecadais
Ministro, e Secretario d'Estado dos Negocios da Marinha, dos Capitaes emprestados, edos seus respectivos premio*,
e Domínios Ultramarinos, assim os Capitaes, que esta# de- como Fundos pertencentes á minha Real Fasenda na# oh-
1 U
I 9
vendo, e que va# declarados na mesma relaçaó, como tam- stante o uzo em contrario, gozando estas dividas do mesmo
bem os seus respectivos juros, e prémios de risco. Para privilegio, que goza# as outras dividas do Fisco Real para
evitar para o futuro alguns prejuízos, que se seguem no serem pagas inteiramente, e com preferencia por quaes-
modo de fazer estes empréstimos, e na sua applicaça#, pro- quer bens dos devedores, ou dos seus Fiadores, ou interes*
hibo, que o Senado de Macao possa daqui em diante em- sados nas negociaçoens quando na# chegue o valor das
prestar dinheiro a juro para a terra, mas que ta# somente Fasendas, que em seus nomes entrarem na Alfandega. Or-
(
• possa dar dinheiro à risco de Mar, e isfo debaixo das con- ^eno também que a todo devedor, que naõ realizar na me-
Sina mon
diçoens, e seguranças, que o mesmo Senado de Macao pu- Ça° ° pagamento do empréstimo, que lhe for feito
com seu
blicou em Edital de 9 de Janeiro de 1796. Igualmente ° competente premio ; se lhe naõ faça hum novo
determino ao mesmo respeito o seguinte: Como entre os I empréstimo sem satisfazer o primeiro. O que tudo assim
devedores, o que agora perdoo as suas dividas, haverá al- cumprireis na forma referida naõ obstante quaesquer
guns, que na5 mereça# ser conciderados, como devedores ordens em contrario. Escripta no Palacio de Queluz aos
A D A C H I N A.
132 A ABEL
cipe Regente vos Envio muito Saudar. Havendo-Me sido desta data, pelo qual me pergunta, em que Navio pertendo
e constante Disposição de Favorecer todas as classes dos vozes espalhadas, que possaõ inquietar a V. S. , a quem
Meus Fieis Vassallo*, com a necessidade de augmentar, e tenho dado prova de hum nunca visto soffrimento, por me
naô diminuir de modo algum os seus meios pecuniários, vér sem liberdade desde 96 dias, quando delia careço para a
aí
com que esse Senado tem feito face as enormes despezas, infallivel concluzaõ de arranjos particulares, que tem de
que exigem a segurança, e manutentaõ dessa Colonia, para preceder á minha partida, que naõ hé como já dantes, disse
se
o que já saõ pouco sufíicientes as suas actuaes faculdades a V. S. , a de hum homem só, e em situaçáo feliz, que
como se reconhece das vossas representações, é dos recursos prezo os possa terminar.
vedores naõ sejaõ violentados a huma immediata, e rigorosa sufficiente a garantir-me os meus direitos individuaes, devo
íoluçaõ de suas dividas, mas que consideradas madura- esperar, que V. S., indicando-me as Causas das vozes, a qne
mente as circunstancias individuaes de cada hum, se lhes se refere, me permitta aquellas licitas explicações, que não
concedas prazos, e que por módicas prestaçoens se vaõ menos aVossa Senhoria de que a todo este Publico deixem
insencivelmente pagando áquellas dividas estabelecendo inteirados das minbas pacificas, e mui cohereutes intenções,
esse Senado, alem deste meio, qualquer outro que sendo a bem desta Cidade, que, por seus representantes, não me
dos, e que devem fazer face a grandes, e continuas imissões. vação, à conservação de seu alistamento entre os Estabele-
O que a mim Me pareceo participar-vos para vossa intelli- cimentos Portuguezes, para agora delle ser expellido pelo»
sò sente a sua falta para não ser mais amplo em seu obze-
quio.
J\T*. antecedente, bastad por ora os officios, que
abaixo copiamos,
Taes os meus sentimentos, cuja expressão eu espero, não
Pelo que espera este Senado, que Vossa Senhoria lhe man-
a minha reiterada asserçaõ, qual, a de que a vóz do bem
cáo Secretaria do Leal Senado 17 de Setembro de 1822. do seu embarque, ficasse este ao livre arbítrio do mesmo
Illustrissimo Senhor Conselheiro Miguel de Arriaga Brum Conselheiro ; com a condiçaõ porem que á sua partida de-
da Silveira, Carlos Jozé Pereira* verá preceder o tempo necessário para dar todas as decla-
É
çoens, em que elle tinha servido. = Barboza, Gomes, Re-
%
qual devo partir, quando o da regularidade da raonçaõ naõ
Resposta.
cousas existem, que nascem da ignorância, e pobreza d'al-
deliberou a esse respeito, tendo era vista a decencia, e dos estrangeiros; e finalmente da influencia, que algumas
acommodaçaõ de V. Senhoria, e sua familia; o que levo ao pessoas, e corporaçoens tem sobre o povo ignorante, espa-
do noiso commercio, e manufacturas rezultante dos accon- he concebido =* Siquis Episcopus, aut Presbiter &a nuptin,
tecimentos, que tiveraõ lugar em nossas possessoens ultra- et vino, et carne, abstinuerit, non propterea, quod mens ad
marinas, e muitas outras cauzas tem reduzido huma cultum pictatis reddatur excrcitatior, scd proptcr abomina-
eonsideravel parte do povo a indigência. Os malévolos, tionem &a aut corrigitor aut deponitor. (Continuar-se-ba.)
des a fim de procurarem por estes meios subsistência para hoje vi no seu Num. XX*X, e peço-lhe queira no immedia-
se naõ rendesse. O Alcayde respondeo, que elle, e todos Nas linhas 27, e 28 fim do período, que começa" Pelo
dade, que há hum novo plano para excitar huma insurrei- dor à Demanda, e Procurador para proseguimento delia, &a.
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Participaçaô do Governo.
Estes textos, Rmõ. Senhor, naõ carecem da menor ex- estiverem de posse de baldios pertencentes ao mesmo Se-
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. II (/) > u* . íi t) X 0 Vi.') JT i I. í ■ i f ) ! f| 1 í ■ > , „ .0 I
data desta, os seus competentes titulos, acompanhados de
piada por este único lado, que ella tem relativo á Fé, e a os
feridos baldios. Macao Secretaria do Leal Senado 23 de
- . < .i oin >
bons costumes, naò hé subversiva da Religiaõ, por que naõ Abril de 1823. «= Carlos Jozè Pereira. = Secretario.
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offende virtude alguma.
NECROLOGIA.
O Canon,, 50 dos attribuidos aos Apostolos falsamente, I ProPaSaílda falleceu aos 22 do dito com GO annos de idade.
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..
cia da carne, mas uein lhe dá preferencia «alguma sobre a Aos 16 para Manila a Galera Conceiçaò, Capitaó Athanazio
Cucullu.
poem preceito, e mostra evidentemente a doutrina dàquel- Aos 19 o Brigue S. Sebastiaõ de Manila, Capitaõ Xavier
Yrisarri.
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le tempo Apostolico, isto hè, que o merecimento da virtude
Aos 21 Arribou a Galera Conceiçaò.
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iP* ° l"° se
Su,nte mez priocipi.aráõ as Liçoens do 1.® anno da Escolla Nacional de Pilotos. As pes-
soas que nellese quiserem matricular, apresentaráõ para isso o seu requerimento na Secietaria da mesma Escolla, a
qual estará aberta todos os dias as 9' horas damanhaâ desde a data deste atè o mencionado dia. Secretaria da Escol-
» • j .
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HOC TEMPORE
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seguinte:
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t l , 1 •, v . •
taõ o seguinte:
íntelligencia, e devida execução, que as Cortes Geraes, e
Extraordinárias da NaçaÔ Portugueza, tomando em e<msi- 10. Logo que se publicar o presente Decreto, se proce^
deraçaS a rcprezentaçaõ, que o mesmo Senado lhe dirigio derá a eleger Deputados para a legislatura, que se ha de
na data de 23 do corrente, sobre as duvidas, que occorrem installar no 1 Q. de Dezembro proximo, e durar dois annos;
a serviço da NaçaS.
artigo 29 : as identidades, e qualidades dos Freguezes, que quirirem domicilio do Reino Unido, se depois de chegarem
forem hábeis para totar nas eleiçoens, conforme os artigos á maioridade declararem por termo assignado nos livros da
2, 3, 4, e 5, tomando sobre isso todas as informaçoens con- Camara do seu domicilio, que querem ser cidadaõs.
f
venientes. Que este rol assim verificado, rubricado pelo
V. Os Extrangeiros, que tiverem carta de cidadaô.
Prezidente, e disposto alfabeticamente, substituirá o livro
*Palacio de Queluz em 27 de Julho de 1822. Fèllippe I Os menores de vinte e cinco annos, entre os quaet
*
" Dom JoaS por Graça de Deos, c pela ConstituiçaS da
em poder, e compa
II Os filhos-familias, que estivere
Monarchia, Rei do Reino Unido de Portugal, Brazil, e
V Os Regulares, em que naõ secomprebendem os das Preparatória de Cortes, que hade ter a sua primeira Sessaõ
Ordens militares, nem os secularizados. a 15 de Novembro seguiute nesta Cidarle de Lisboa. Pela
Os libertos e seus filhos naõ saõ excluídos de votar. outra, ou outras divisoens seráõ chamados os Substitutos
..correspondentes. ...
6. Ninguém pôde ser votado na Província, onde naõ
tiver naturalidade, ou residência pelo menos de cinco annos. 20. Por cada Deputado se elegerá hum Substituto.
Real; e os Estrangeiros posto que tenhaõ carta de Ciuadaõ. Prczidente da Camara, no qual o Parocho escreverá, ou
• .*
fará escrever por ordem alfabética os nomes, moradas, e
8. Os Deputados em huma legislatura podem ser reelei-
occupaçoens de todos os moradores, que tiverem voto ra
tos para as seguintes. '
eleiçaõ. Estas matriculas seráõ verificadas pela Camara,
9. As eleiçoens se faráõ por divisoens eleitoraes, que e se publicarás sem perda de tempo para se poderem notar
seráõ formadas pela maneira seguinte: * e emendar quaesquer inexactidoens antes da reuniaõ das
Assembléas eleitoraes.
O Reino de Portugal e Algarves será dividido em vinte
10. As Ilhas de Madeira e Porto Santo formarão huma* districto, quantas convier segundo a populaçaõ, e distancia
divisaõ, que terá por cabeça a Cidade do Funchal, e dará dos lugares, que seja necessário reunir muitas Freguezias
14. Nas linhas de Cabo Verde a Junta Provizoria formará o escrivão da Camara em hum li vro de eleição, que nella
duas divizrtens, quanto ser possa, iguaes em populaçaõ ; haverá, rubricado pelo Presidente.
hum Deputado.
distribuirá as presidências pelos Vereadores, e na falta delles
17. Os Estados de Goa formaráõ huma divisaõ, cuja pelos Ministros dos Bairros e pelos Desembargadores da
cabeça he a Cidade deste uome, e daràõ hum Deputado. Casa da Supplicaçaõ. Porem estes Ministros, reunidas que
da nieza.
designará Sacerdotes qne a ellas assistaò. Os ditos Parochos 38. Então se queiraaràò publicamente as listas. Os Me-
ou Sacerdotes tomaráò assento à maõ direita do Presidente. sarios nomearàò - logo douscP entre si, que nos dias abaixo
huma só. A dita copia será tirada por hum dos Secretários,
33. No dia proximo no artigo antecedente, à hora que os das outras divisoens de toda a Monarchia Portugueza,
se determinar, se reunirão nas Igrejas designadas os mora- possaò como representantes da Naçaõ fazer tudo o que for
dores de cada Concelho, que tem voto nas eleiçoens, le- conducente ao bem geral delia, e cumprir suas funçoens
vando escriptos em listas os nomes e occupaçoens das pes- na conformidade e dentro dos limites que a ConstituiçaÒ
soas em quem votaõ para Deputados, em numero dobrado prescreve, sem que possaõ derogar, nem alterar nenhum dos
dos que correspondem àquella divisaò eleitoral, convém seus artigos: e que elles outorgantes se obrigaõcumprir
saber, para Deputados ordinários e seus Substitutos. No e ter por valido tudo que os ditos Deputados assim fizerem
veniente anticipaçaõ.
Mesa rios. Este cofre se guardará debaixo de chave da
34. Reunida a assembléa no lugar, dia, e hora determi- mesma Igreja, e no dia seguinte será apresentado na nieza
nada, haverá huma Missa do Espirito Santo, finda a qual,o da eleiçaò, e ahi aberto em presença da assembléa.
entregarem.
rios escrevendo os nomes era duas relaçòes, e se praticará o
36* Depois de naò haver mais quem vote, mandará o mais que fica disposto nos art. 36 e 37.
nomes dos votados e o numero dos votos que cada hum 44. No segundo domingo depois d^quelle em que se
for obtendo : o que farád, naò com riscas, mas pelos núme- reunirão as Assembléas eleitoraes, e nas Ilhas Adjacentes e
ros successivos da numeraçaò natural, de sorte que o ul- Ultramar, naquelle que abaixo vai declarado (art. 55) , se
timo numero de cada nome mostre a totalidade dos votos, congregarás em Junta publica na caza da Camara da cabeça
que elle houver tido; e como forem escrevendo estes nú- da divisaò eleitoral os portadores das copias das aclas de
meros, os iraõ publicaudo em voz alta. toda a divisão, com o Vereador mais velho, e o Paracho
eftcreveráõ seus nomes na acta. Em caso de empate dici- relativos á* eleiçoens, e fasendo-se o contrario, será nullo
dirá a sorte. Entaõ se praticarão mesmo que fica disposto tudo o que se obrar.
no art. 37.
54. Os Deputados ordinários que sahirem eleitos, se
45. Se naõ obtiverem pluralidade absoluta pessoas ba- apresentarão antes do dia quinze de Novembro á Deputaçaõ
stantes para preencher o numero dos Deputados ordinários Permanente, ou, naõ estando installada, à Secretaria das
e substitutos, se fará huma relaçaõ, que contenha em Cortes, onde seus nomes seráô registrados com declaraçaõ
tresdobro o numero que faltar, formada dos nomes d'aquel- das divisoens eleitoraes a que pertencem.
46. 0 Presidente fará logo publicar a dita relaçnõ, e tirar houver as Camaras das cabeças das divisoens eleitoraes,loo-o
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por hnm tabelliaõ tantas copias delia, quantos forem os que receberem o presente Decreto, designarão o domingo
concelhos da divisa# eleitoral; e depois de as assignar, e no qual em toda a provinda ou divisão se haò de reunir
fazer conferir pelo escrivão da Camara, as remetterà às as Assembléas eleitoraes, que será o mais proximo possível :
Camaras dos ditos concelhos. Os Presidentes destas imme- devendo as mesmas Juntas ou Camaras expedir as ordens
diatamente rtmetteráò copias tiradas pelos escrivaens das necessárias para esse fim, dentro do impreterível prazo de
47. No mesmo tempo as Camaras convocarão os morado- Assembléas para o segundo escrutínio: ficando entendido,
res do concelho para nova reunião das Assembléas por edi- que estes intervallos devem ser os mais breves que permit-
taes, como no art. 33, annunciando nelles que a reunião se tirem aá distancias dos lugares.
impedimento de algum do» Mesarios, se elegerá outro Continuação da Memoria, = da pag, 134.
50. Na acta desta eleição se declarará haver constado se naõ realça também o merecimento da privação da carne
pelas actas que foraõ presentes de todas as Assembléas da 2o, por que he somente imposta aos Eccleziasticos, 3P por
divisaô eleitoral, que os moradores delia outorgáraõ aos que he suspeita de falsa, assim como saò tàmbem suspeitas
Deputados que agora sahiraõ eleitos, os poderes declarados as Epistolas do Papa Calixto, que trataò do jejum das qua-
no art. 39, cujo theor se escreverá na mesma acta. tro têmporas. Leia-se Lobbe, e Antonio Agostinho no Dial.
ma solemne Te-Deum, que se cantará na Igreja principal. época do Concilio de Braga de 560, naõ nos daõ também
íòrtna por que se elege a Meza da eleiçaõ (art. 34) Nas As-
çoens sobre o jejum, e as horas da uuica refeição, mas nem
sembléas eleitoraes uaõ se poderá tratar se naõ de objectos huraa relativa á abstinência de carne. (Continuar-se-ha.)
AVIZO. Joze Huet participa aos Senhores Negociantes desta Praça, que tem recebido authorisaçaõ de huma
Caza Respeitável de Manila para poder vender por Conta da mesma 12,000 Picos d' Assucar da primeira daquelle Paiz,
para ser emtregue allí mesmo; toda a pessoa que quizer entrar neste negocio, avize ao sobredito Huet para por elle
ter procurado.\
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na typographia do governo.
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HOC TEMPORE
MÁCAO.
referido Vereador, era reconhecimento de lhe serem apro-
homens bons, e Almotacéis, que costumaõ andar na Go- pezas dos transportes dos mesmos prezos, fazia-se nècessa
o seguinte = Que a prezente Assembléa, havia sido con- a Caixa, se naò faltasse áquella expedição; foi lhe res-
vocada a Caza da Camara, para se lhe fazer saber, em pri- pondido que cada hum concorreria para ella com o que
meiro lu^ar, que o Conselheiro Arriaga havia sido reco- pudesse, segundo as suas circunstancias; offerecendo para
das sete para as oito horas, a fim de o livrar, e pôr em abri- Assumpção. E aqui se houve por acabado o presente Con-
go de qualquer insulto, que a populaça amotinada, que se a- selho, em que todos se assignaraõ comigo Carlos Jozé Pe-
chava cercando a caza da sua rezideucia, lhe quizesse fazer. reira, Secretario do Leal Senado que a escrevi = Carlos
, •
Em segundo lugar, que a mesma populaça inquieta queria Joze Pereira. = Neste mesmo acto antes de ser assignado
íondar aquella Fortaleza, com o receio dc que o referido o supra mencionado termo, foi declarado por todos, que em
Conselheiro dali se escapasse. 0 que tendo sido exposto quanto aos prezos processados, se lhes continuasse o proces-
pelo referido Vereador na SessaÕ de hoje, se assentou, por so segundo a Lei. E aqui se houve por findo o referido
0
Carlos José Pereira, Cavalleiro Professo na Ordem de Chri- Francisco Ceci l io Braga, Adeodato Vieira Ribeiro, Antonio
sto Secretario do Leal Senado, que a fiz escrever e sob- Sebastiaô Barradas, Francisco Antonio Seabra, e Antonio
screvi. Carlos Jozé Pereira. do Rozario, todos estes moradores fora» de voto de hum
fosse castigado na forma da Lei. Joze de Almeida Carvalho Juiz Paulo Vicente Bello; a vista do que, disse o mesmo
e Silva foi do mesmo parecer, Constautino Joze Lopes, Capita» Firme, que nisso na» obrava» bem, e que em con-
Domingos Policarpo da Roza, Antonio Joaquim Alves sequência desta reflexa», na» se executara a premeditada
Pereira, Joze Pereira, Joa» Simoens, Antonio Ferreira, tença». Quanto ao ter elle marchado com o Batalha»,
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Joze Maria Pereira, Joaquim Joze de Pinna, Manoel fora por se ver obrigado a isso pela força, depois de lhes ter
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Francisco Marques, Joze Rodrigues, Felis Lourenço de protestado, que dava» passos mui desacertados com aquella
Pinna, Ludivino da Eucarnaça», Joaquina Antonio de Je- couducta. E provou que era de voto contrario perante
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pelas nove horas da manhaã intimar energicamente a este pelas penas da Lei, por ser tanto maior o seu delicto, quan-
O que sendo ouvido pelo Conselho Geral, e Povo, que a Armas Joze Ozorio de Castro Cabral e Albuquerque, sobre
que os seus corréo9, e com mais algum rigor por ser supe- occasiaõ em que este vinha intimar ao Leal Senado para que
rior a elles em conhecimentos. Sendo interrogado o Te- se installasse immediatamente hum novo Governo, respon-
deo, que fora levado a isso por lhe terem assegurado o Com-
nente d' Artilharia Antonio Gomes, respondeo, que elle
tivera ordem do seu Commandante para hir prender o Ma- mandante do Batalhaõ, e o Capitaõ Joaquim Pedro, que
essa era a vontade Geral do Povo, sem que elle para isso
jor Paulino, juutamente com o Capitaõ Maximiano ; o que
semelhante ordem ; e que fora por elle nomeado para Car- Tenente Antouio Gomes que recebera ordem, sem saber de
exactamente cumprio. O que sendo ouvido pelo Conselho va em Armas. E sendo ouvido o Conselho Geí^al e Povo
athé que parta para Lisboa, onde responderá pela sua con-
respondeo com sincera confissaõ, que tinha seguido o par-
Barboza, o qual entaõ lhes expóz o risco que corria a sua com>o por aquelle foi mandado publicar na Gaseta No. 16;
vida, demorando-se neste Paiz: foi unanimamente por elles pois quk:e da falta de execuçaõ das resoluçoens dos meneio-
»
dicidido, que naò queriaõ mudança, nem alteraçaõ alguma nados Concelhos, poderiaõ resultar funestas consequências
no Governoi nem admitiaõ a demissão de nenhum dos a esta Cidade;»- e a segurança pessoal de V. Senhoria. =
seus Membros, protestando que elles responderiaõ pela Macao Secretaria dJo Leal Senado 20 de Janeiro de 1823. =»
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ga deveria recolher-se a Fortaleza em que antes se acha- No cânon 23 deste Concilio he* tftue, a meu vêr, se Lê, pela
I
Odõesta acta para dar-lhe a authenticidade do costume, e mentes de que no Século 12, naõ havia ainda preceito gera
Nesta mesma occasiaõ pedio o Vereador Paulino da Silva me privo algumas veses d'ella, mas por satisfaçaõ dosrpeui
o Artigo decimo dos Estatutos da Escolta de Pilotos. 0 o façaõ, por que he hum dos meios de domar a carne; maf j.
1
ainda, exigindo ella, que se fisesse. O Concilio de Val-
vo decididamente a sua demissaõ ; e como esta lhe naõ fos-
se concedida, protestou que elle lançaria maõ dos recursos ladolid do anno de 1322, que falia no seu Canon 14„ da
que lhe restassem para segurança da sua pessoa, e conser- dita abstinência, foi também puramente diecesano.
É
screvi. Carlos Jozé Pereira. colligir-se = por que V. Reverendíssima conhece perfeita-
a
Copia de Oficio do [Ilustríssimo, e Leal Senado ao
cepta indicta = de que os P. P. da quelle Concilio •
do que V. Senhoria intentava demorar-se aqui mais tempo Moralistas fundaõ o mencionado preceito V f. Reverendíssi-
t<
podendo tornar-ie surdo às voses do Publico, que por ellas
NOTICIAS MARÍTIMAS. = SAHIDAS.
3
remetter a V. Senhoria os ^ dos Conselhos convocados taõ Athanasio Cucullo.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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OBSEQUIUM AMICOS. VERITAS ODIUM PARIT. TERENTIUS
induzas.
confiança, sem audiência de Parte para proprio convenci- infamantes sarcasmos, nunca vista DepoziçaO, athé ferros
mento, e deffesa, permittida por Direito Natural que nem ou prizaò, athé moléstias nos mesmos ferros, athé extermí-
as Assembléas de Roma, e Athenas negavão aos accusados nio de hum Paiz Nacional, athé em fim a perda da qualida-
nos seus peores tempos, e entre nos facilita, e positivamen- de de Cidadaõ, a mais cara a todo o filho da grande familia
essencial columna da maquina Politica, a divisão dos Pode- desde que tem o uzo da raiaõ, e mesmo para decoro do
res, marcada nas Bazes da Constituiçaò (art: 23) a que não Leal Senado, e seus Guias, os venerandos Ancioens, que
podemos ser pei juros; com tudo observando agora, que a tem sido entrados na deliberação de minha proscripçaõ,
minha sahida vai sendo fevestida da qualidade de forçada, incrivel, pelo modo, hoje, que tudo he levado pelo império
contra o que me parecia ter direito a esperar de hum Go- da Lei, da rasaò, e da justiça, estes caros filhos do Systema
verno Constitucional, o que de baixo de qual quer ponto Constitucional, tanto inimigo da arbitrariedade, quanto
infracção do ja citado artigo 3o. das Bazes da Constituição, da nova ordem das cauzas, a que saò repugnantes; naò
que todas as Authoridades Publicas saõ chamadas a manter estranhará, repito, que era attençaò a tudo, haja de exigir,
authentica, que lamentavelmente vejo commemorado na Depositário da authoridade Publica naõ hé da sua vontade,
1
negaraõ serem suas as firmas, exaradas em Documentos que
da desde o dia 19 de Agosto, em que já fui forçado fazer
o que naõ podia voluntário, na forma do Alvará de 12 de sempre conservarei, como tenho dito mais de huma vez,
Agosto de 1793, dimittir-rae do Lugar em que El-Rei me em penhor da sua athé hoje acreditada honra, e gratidaõ, a
havia posto, athé naõ mandar o contrario, e de cujo exer- que buscarei retribuir em igual moeda, seja qual for o meu
der-me,. sem me ouvir, e o seu Concelho d' Esiado na E quanto à 2a (qualidade de Cidadaõ) por que sendo esta
forma da final Rezoluçaõ do Soberano Congresso nas Ses- amais apreciável na ordem social, e pela qual me bé dado
soens de 11, 12, e 13 de Fevereiro de 1822, 4° Copia das o direito de naõ ser obrigado a fazer o que a Lei naõ man-
Ordens Superiores, que adstringem acerca dos Conselhos da (artigo 11 da Constituiçaõ discutido) ou a faculd :de de
Cívicos, e seus dezignados vogaes. 5o Finalmente, qual- poder lazer o que ella naõ prohibe (art. 2° das Bazes) di-
quer declaraçaõ que faça conhecer, se ao ttimulto havido reitos estes que o extermínio me faz perder (art. 23 já dis-
na uoute do dia 14 de Setembro para a privaçaõ da minha cutido) o que* seja qual for o pretexto, sendo huma rigoro-
liberdade, a despeito da Lei, e da melhor Policia, e hem za pena, suppoem sentensa, e esta processo, com audiência
assim, se a outro igual motim, que teve lugar na noute sempre da Parte, em Juizo proprio, regulado pel i Lei, e
de 3 de Dezembro, em que se pertendêo de novo violar o formulas estabelecidas, em que nem o Soberano Congresso
quência algum procedimento Judicial na forma da Orden. quer authoridade subalterna, separada ou promiscuamente
Livro òQ tit®. 45, ou qualquer outra providencia, a bem em concelhos, ou Ajuntameutos (que naõ tern as attribuiço-
da tranquillidade publica, e segurança pessoal, como tan- ens Judiciarias, nem outra consideraçaõ, que a derivada de
to recommenda o Governo, e se reconhece nas suas fre- seus regimentos sugeitos a mesma Lei) dispensar de semi-
quentes Portarias, fazendo-se mais remarcáveis as com- Ihautes solemnidades, conexas com a segurança, e felicida-
prehendidas uos Diários Nuin. 83, de 2 de Abril de 1822, e de publica, resultado da individual de todo o Cidadaõ, co-
Num. 91 de 18 de Abril do mesmo anno, alem de outras nhecerá Vossa Senhoria que eu naõ posso ser voluntário
muitas, e todas com respousabelidades às authoridades á renuncia destas milhores condiçoens da Escriptura Áurea,
Omissas, declarando-se aos queixozos apenas cabente o que só liga no Pacto social (em que da milhor vontade
direito de petição conforme o art. 14 das Bazes da Con- me firmei) sem tornar-me responsável, se naõ aos de mais
stituição, com final recurso á liberdade dq^ Imprensa; socios, vinculados nos anéis da mesma venturosa cadêa,
vativos de Eleiçoens directas para Deputados, e Authori- aquella infamante pena, que se quer impôr a todos, atten-
justificado, quando se reconheça, que naõ basta a modera- quente ; e naõ sem desaire do Governo, a quem o já repe-
ção para salvar de imputaçoens, inherentes àqualidade de tido art. 3o incumbe a necessária Protecçaõ. E por tanto
Magistrado, ou Cidadaõ. . Quanto à primeira por que como ou hà delictos * e entaõ naõ se me arranque ao Paiz: em
146 A ABELHA DA CHINA
culpas ser enviado á Portugal, como já disse, sem expressa maneira. Sendo eu interrogado pelo Vereador Paulino
índia, tudo na forma da citada Lei de 18 de Janeiro de 1624, zos criminaes ; e sendo novamente instado a dar o meu
entaô naó se me prive a liberdade, que a Lei me naò tira» mas que protestava, que naô queria sangue na conformi-
sem competente Julgaç.aÒ, e formal processo. Porem se dade das Leis canónicas, a fim de naô incorrer em irregu-
taes golpes) e para que o meu silencio naô se tome com mesmo protesto renovei sempre, que se tratou dos outros
blico, por quem dando a vida, hé salva ahonra ; e há mo- Nicoláo Rodrigues Pereira de Borjat
Senhor Redactor.
ta-se-me, que eu leve a conhecimento de todos hum Ma-
Soneto.
Agosto, como os de que possa ora tratar-se, para a qualifi-
servindo ajustificar a imparcialidade do Governo, fará que Conforme julga a pró do seu intento :
o respeitável Publico, naõ só conheça o que Ihé está occul- Cos grandes manso, c'os pleheos violento!
sedo este desêgano huma divida que se-lhe paga, mas tam-
Honra, Moral, Religião, e tudo,
bém para que veja que a Naçaô representada em Cortes, Faz servir a seus fins, torce a seu grado:
zes) na qual hé que essencialmente rezidc a Soberania (art. Sr. Redactor da Abelha da China. Brindado que fui pelo au-
Constituiçaô discutido) com poderes de fazer a Lei, e alte- Abelha, e analyza-la na folha que se seguir. Em quanto euf
ramos obediência, quando com o tremendo Juramento Hé Corcunda o que Corcunda chama
Deos Guarde a Vossa Senhoria muitos annos. Macáo Corcunda he o que attençaô lhe der,
CORRESPONDÊNCIA.
Inimigo da Ordem o malfazejo j
Havendo lido na sua Abelha Num. XXXIV a Acta do He emfim GraÔ Corcunda o que sem pejo,
Conselho Geral de 19 de Novembro, para que fora convo- O credito roubando a tanta gente,
cado pelo Illustrissimo, e Leal Senado na qualidade de Da commuin desordem só tem dezejo.
pressoens, de que me servi, quando iustado dei a minha suas competentes observaçoens.
NA TYPOGRAPHIÁ DO GOVERNO.
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" HOC TEMPORE
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PARA AS ELE1COENS. rocho faz hum breve discurso analogo, e lê o Decreto dai
Eleiçoens.
gualmente.
chegando os mais a hum, e hum, e se seu nome está na
A Camara por editaes convoca para tal Igreja, tal dia, tal
hum Secretario.
na acta.
3Q Passo.
cada vai obtendo, por algarismos, que indiquem de
se achava estagnado.
para que reunidos em Cortes com os das outras Divizoens
»
%
Na mensagèm de 3 de Dezembro do Presidente dos Es-
de toda a Monarchia Portugueza, possaõ como Reprezen-
e Portugal.
geral delia, e cumprir suas funçoens na conformidade, e
deraçaò, cora que estes tem sido feitos : que elles promova#
tudo o que os ditos Deputados assim fizereni em conformi-
••••
de qualquer Naça# independente no que diz relaça# á tae§
No nosso numeroXXXIII demos o Decreto das Eleições melhoramentos, de direito pertence, e deve ser deixado
das para Eleitores, e elegiveis. Attendendo porem que Churlslon 16 de Novembro. Pela Escuna Sar ah Anns
quanto ao methodo de verificar as Eleições, por o dito Capita# Budd chegado hontem, recebeo o Editor do Cor-
Decreto abranger todas as hypothezes possíveis em todas reio de Charlston gazeta de Havana athé 6 do corrente.
as partes da Monarchia, vem a parecer complicado; e naõ Destas consta que o Imperador da Nova Hespanha vai
obvia, e fácil a sua intelligencia para a practica execução, principiando a experimentar os cuidados, e perseguições,
—»©#««=—-
llurtide por vários corpos Públicos do México, queixando-
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Soticias Estrangeiras.
se altamente dás oppressoens experimentadas pelo povo de
Se porem algum ou ambos os Deputados naõ obtivessem pluralidade absoluta, naõ se julga eleito o que a naõ obteve
n^arn^° í- CaZ
?' ? a COnvocar nova
assembléa para o Domingo m depois da primeira: declarando, que as
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editaes *' ^ue nao se
Ja0 dos
<iue 8e a
<*aõ na relaçaõ, que literalmente se deve dar nos
n «na pnme,ra ve z
1 * P 1ue 80
ha de particular, hè que para ser eleito basta aqui a maioria de vetos relativa.
Qu nd° succedao duvidas no acto da Eleição se decidem verbalmente e sem recurso por huma Commissaó de 5 Membros
escolhidos dos presentes, na occaziao; e pela forma com que se escolherão os Mesarios.
O .Caderno da Eleiçaò, e as Relaçoens se guardaó no arquivo da Camara, e se lhes dã toda a possível publicidade.
Da acta da I.leiçao se tiraó copias por Tabelliaó, e conferidas peio Escrivão da Camara; e se entreiraò huma a cada De-
Nestas a.semblèas se naó pode tratar se naó de negócios relativos ás Eleiçoens: e se outra coisa se trata tudo hé nullo.
A ABELHA DA CHINA.
149
a primeira, pois que os Guatim ali anos parecia# estar deter- durou \ 5 annos; ma* que cessou com a morte do Impera-
minados a na5 ser Imperialistas, mas Republicanos. dor Kiakim, que na# cessou neste tempo de publicar De-
Globe chegada hóntem a este porto, da a seguinte noticia. quem elle os suppunha ligados. O novo Imperador Tao-
este se apossou de 15 milhoens de patacas embarcadas p^ra nada tem feito contra elics; pelo contrario se observou
outros portos: tinha embaraçado todos os Navios, excepto que os Magistrados nao toma# conhecimento das accusa-
a
os que tinha# bandeira Ilolandeza, mas segurou as suas çoens sobre esta matéria, (a) Os nossos Missionários alli
%
cardas. O General Morales ainda se conservaVa em Ma- rezidentes goza# actualmente de bom acolhimento da parte
Idem 30 de Novembro. As noticias de Lisboa daò feita deste, e o acolhimento que tem dado aos homens de mérito
pelasCortes , tè sanccionada pelo Rei a nova Constituição. ainda aos maltratados por seu Pay, a oppoziçaô que tem
A cerimonia da Sancçab do Rei à ellá foi com toda a so- feito à compra dos empregos, mesmo honorários lhe tem
lemnidade. Sendo appresentada a Sua Magestade a formula grangeado a oppinia# que se espera na# perderá.
VI com guarda."
vezes por Vias travessas.. , Muitos cathecumnos; e se
Senhor Redactor.
Descendo do Throno, Exclamou com o mais sincero enthu-
mento contempla com admiraça# desapercebida. Cypriano Antonio Pacheco contra o infamante mani-
■.
Por cartas de Pekim datadas de Março sabemos, que
Fantaziando Guelfi, que havia# sátelites de intriga, e
(a) Contradiz-se a noticia da Gaseta de Pekim sobre a apostasia do Christaõ da familia Imperial chamado do desterro.
devendo-se a falcidade da noticia à parte que o Governador do destricto d«o ao Imperador. Sendo por consequência falso
110 Publico cem cores falças a verdade de huma tranzac- Que quer diser, Senhor Guelfi, quando profere por essa
ça5, cuja cobrança ora toca ao Senhor Souza haver delle; boca fora, ou (o que he o mesmo) nesse seu mal arranjado
e representando-se-lhe, que o accommettiad espectros, du- papel, que o Chá consignado" pela sua qualidade mereceu
endes, e vampiros, prorompeo na indiscreta rezoluçaõ de a segurança trnnscripta no mixto papel" deixado na maõ
publicar hum manifesto, que se tornou menos desairozo do Achar ? Esse papel, que forma a sua obrigaÇaõ d>
ao alvo dos seus tiros, que ao proprio autor, o qual quando aquella consignação, ligardo-o a huma venda prompta em
estivesse certo no que di*ia, devia lembrar-se que nao con- Lisboa, do Chá, e remessa do seu producto no primeiro
vinha fazer à outrem aquillo, que para si na5 quereria ; Navio tirado o dinheiro (palavras formaes) que aqui havia
axioma este do Direito natural, fundamento da sociedade adiantado ao Achac, nada reza sobre segurança, nem meya
entre os humanos. Hé verdade, que a incontestável obri- segurança ; concede-lhe sim commissaõ mercantil, ma* naõ
gaçaõ de deffeza própria força o homem a dizer couzas, o authorisa pr. i ficar com todo o dinheiro, e deixar o
que aliás naô diria: mas ter medo de arguiçoens suppostas pobre dono aqui comos olhos em alvo, c boca aberta, e
hé proprio de quem se esquece do adagio — Cobra boa que mais desapontado ficaria, se naõ houvesse á bemfeitora
fama, deita-te adurmir. = maõ, que lhe acudio por que athé hoje estaria em dezem-
O Guelfi pois concebendo disconfiança de que tinha bolço. Asegurança que devia levar o tal papel, era que
censores ao seu procedimento, que, por isso dá indicio, o Senhor Guelfi houvesse por bem seguir o exemplo do
de que elie mesmo conhecia por menos bem regrado, se Senhor Antonio Gularte da Silveira, que (como fica dito
aflfoitou a justificar-se antes de tempo ; vereficando em si na anterior declaraçaõ) na mesma monçaõ, em idêntico
o trivial dictado Satisfactio non petita accuzatio mani- cazo do Senhor Guelfi de abono de didheiro sobre Chá ti-
(Continuar-se-ha.)
para se lhe darem as Attestaçoens copiadas na Abelha N.°
com verdade, que nem neste cazo peccou a Iizura, e boa dente sobre a analyze ao anti-soneto por isso a daremos em
Quanto ao facto.
do caso presente, creio, que a sua circunstanciada narrativa Aos 15 o Navio Luz vindo do Rio de Janeiro com escalla
AVIZO. André Liungstedt está encarregado da venda de algumas Caixinhas de vinho de França, chamado Chateaux
Margaux a 8 patacas a dúzia, de 18 dúzias, em nove Caixinhas, de Medoc a 6 patacas cada dúzia, e de 12 barris de vinagre
de França da melhor qualidade, que contem de 50 a 60 boteles a 8 patacas cada barril : quem quizer comprar alguma parte
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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ATA ANDA EL-Rei. pela Secretaria de Estado dos
tranquilidade publica, em consequência de hum relatório
i. onstitucional, que a Naçaó tem abraçado, como fonte da 1 ^ tomasse todas aquellas medidas, que julgasse mais açer*
sua felicidade, e prosperidade, e que Sua Magestade Ha ju- tadas, sem que fosse permettido ao Povo o menor motim .f
radocomamais firme adhesaõ: os mesmos Bispos imme- ^ g, ^ q da §ob pena de serera aspe.
tumultos.
gráo de explendor, que devidamente lhe compete, e tiran- | Resposta do Leal Senado a Carta do Conselheiro Afiguei
puresa da mesma Religia^ que professamos; que Sua Ma- Illustrissimo Senhor Conselheiro Miguel d' Arriaga
geitade, achando-se com toda a satisfaçaõ estreitamente grum da Silveira = Naò competindo ao Leal Senado o
ligado a elle, naõ poderá olhar, se naõ como inimigos da entrar na discuçaò judicial, em que V. Senhoria o perten-
felicidade da Naçaõ, todos os que lhe naò prestarem mani- de Solver no seu ultimo Officio, se sao bem ou mal fun-
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• •
festa adherencia ficando os mesmos Bispos na inteligência ! fofas as decisoens dos três Concelhos, pelas quaes hè V.
de que alem das Pastoraes, que mandaraõ affixar em todas Senhoria positivamente obrigado a sahir desta Cidade; e
mendar a todos os Párocos, e mais Prelados Ecclesasticos sobre elle a responsabilidade dos males que poderáõ resul-
os Documentos que V. Senhoria pede, como quaesquer ou- Expoziçaõ referida na Carta supra.
; -
Ueos Guarde a V. Senhoria muitos ânuos. Macao Secre- Recebi a intimação, que V. Senhoria rae mandou fazer
Carlos Jozé Pereira. Navio Vasco da Gama, que faz escalla pelo Rio de Janeiro*
Tom devido reconhecimento á graciosa concessaò desta Carolina, que naô tem de fazer amesma escalla.
cada, pela quaí terá V. Senhoria occaziaô de observar, que I naô podia deixar de surprehender me; e tanto mais, quanto
• *—
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ferido) à qual aliás naô me opponho, nem ja mais me
perimentado com a maior rezignaçaô possível, unicamente
. - , . ,.. » - •. i , . .... vesse hum perpetuo silencio sobre taò extraordinário pas-
nes* cazo. se me dem as culpas, ou em falta da sua forma- do,or mca,} ao menoJ leí,emu„hemo, perante o Publico o
aliás precisa, Se me convença de que vaii collidir mais completo reconhecimento da sua innocencia, restituin-
interesses públicos, e particulares, como naô vejo (e sim do.,he a |iberdade restricSaõ = afim de ter eu mais
1
» m 0* w■ -u longo domicilio, e vivcbda de 20 annos; ao menos para que
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damente se disperse huma familia, ao ponto de ficar, por
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Macao > na
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China* y.'
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abandono, e o Espozo, e o pay no
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Brazil, em Lisboa, no Mar!;...
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(iIHg^[n o *;. • wi' -»i ■ i lon1 *)'s
ainda vir á índia, para exercer huin emprego, deixando a
tendo acabado
Deos Gnarde a V. Senhoria muitos annos. Macáo 14 de
" iV
posso
Março de 1823
3es que pnra «eus negocios, e entercsscs, deixaõ as suas ordenada; para justiíicar-me na aparidade ; pois que, sendo
r.azas arranjadas, navegando de huma a outra parte, sem cila tirada sobre acontecimentos occorfidos nesta Cidade,
na ,ne
serem privados de fazer «que a Lei lhes naõ prohibe: o ^ poderia evitar á comprehensaÕ na Pronuncia, ainda
^ue a mim me naô acontece, porque sem processo, nem sen" sendo outros denunciados, se as testemunhas me inculpas-
,cm
tença, vou soffrer aperda dos direitos de Cidadaõ Portuguez » sendo de mais certo, como V. Senhoria declarou na
amais affiictiva de todas a* penas, visto que vou ser exter- SessaÕ de 14 de Setembro, em que accordou a minha pri-
za5
minado de hum Paiz Nacional, seja por castigo, ou por (Por segurança pessoal, corno se disse) que o motivo
Cautela, que vale omesmò. de inquietaçaõ dos requerimentos contra mim se conheceria
No primeiro caso na# posso conciderar-roe; por que pelo processo, que sc hia formar. Entaõ ou naó chegou
w
pedi as culpas, para justificar-me, aqui, aonde posso ter os lc aformar-se, e por tanto parece duro soffrer hum casti-
documentos, e as provas, que me abonao, e nada alcancei; go tal, como extermino, por que, como disse o lllustre
sendo publico, que duas Devassâs se tiraraõ por âconteci- Deputado Trigozo na Sessaò de II de Fevereiro de 1822,
# . •
mentos passados, e em nenhuma sahi culpado, graças aos hé hum principio de Justiça em lodos os Governos, de que
honrados Moradores Macaenses, que naô se deixaraõ allu- o crime de que se naò pode fazer processo, naõ pode ser
nnar, para jurar o que naõ viraõ, depôr o que naò sabiao, punido; ou o ter sido formado, e havendo rezultado, devia
t affirmar o que naõ existio! E mil louvores áquelles, que te-lo sabido para justificar-me, naõ menos que V. Senhoria
tios Conselhos, apesar de celebrados em momento fcrytico, em tempo, em que felizmente voaraò procedimentos in-
*• i/1 /1 c *
elles occultos podem rezultar calamidades á innocencia,
Sessoens respectivas, reconhecerão a importância da pro-
tf
A liberdade he o primeiro dos direitos do homem, e o res-
alguns contra o parecei* da comraissaò approvado, que o dêo
apparecer delinquente. Isto hé ojustO; o mais he barbaro, que naõ tenha por sincero o recurso a este refugio por par-
t • ; i \9 * t
e despótico. Deixemos de despotismo no Império da Ley.= te dos meus inimigos, aquém poderia fazer applicavel os
Esta opinião, que foi seguida de toda a Assembléa, conhe- Versos de Horácio =í In vitium ducit culpa fuga, si caret
cendo V. Senhoria a analogia que tem com o meu caso, naò arte = Comó em idênticas circunstancias ou vio o lllustre
, • • »
aliás se poderia dizer, que aquelle procedimento foi hum separaçaõ ! Em partido influente! Naõ; por que nas
■..
• • ^ i•
laço, que se armou ao supposto Reo para o perseguir, se mesmas Sessoens de V. Senhoria, que tenho lido sou decla-
se achasse culpado, e no cazo contrario* ficar sem effeito a rado objecto de odio publico : logò áera partido que faria!
deligencia feita. Digo inquiriçaõ devassa também aqui E para qufc! Para noval ÍDgerencias'adroinistfáti?a« ! Jã
A
A ABELHA D A C H I N A.
154
inais isto podia caber em ideia; attentas as minhas ante- conferencia, haja parcial, ou totalmente, qualquer alijaçaõ,
riores declaraçocus. Para geral pcrlurbaçaõí Deixo á ou abandono ; por que, já fundadamente temendo o Sobe-
homem ! ....
levaçaò aberta, e de invasaõ do inimigo; registado o
T' • <
Também conheço demasiado o direito de preferencia, qrte
addiarhento ofFerecido ao art. 181 da Constituição pelo Ii-
Mi
e públicos, ou entre particulares regrados, e particulares ca-
do Poder Executivo, só por huma suspeita de que se armaó
-» * \ Jr BWW*
naò hé o commum que exige meu sacrifício, nem comigo
que lhes saó próprios, e de nenhuma sorte se deixe porta
mechavelicos, e na.
tando a uzual inexperiência de
(Continuar-se-ha.)
anteolhando-sc a hum tempo em diversos pontos, o mesmo Tenho a pedir-lhe, haja dè' mandar publicar na sua folha
*
seu colorido, e mascarado titulo, sempre ineficaz á vista da rija ao Sr. Juiz Lima, ao Senhor Depozitario Geral Miguel
_ 0 H * 4k li C2a 1
de Junho.
conhecido pela maioria dos encarregados, em determinada
• •
AVÍZO. Segunda feirai de Junho se abrirá a Escola publica de primeiras letras no Collesrio de S. Joze ; cm
que se vai por em pratica o methodó do Ensino Mutuo.' Podem coucoírer todos os meninos da Cidade, e sem nada
contribuir para o Professor, que he pago pelo Guberno : e so ik> principio de cada trimestre, a contar do principio de
Julho seguinte/ daraõ húa pataca para as despezas da escola, que subrainistra tudo para o ensino, coíbo cartas,
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO
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Ql IN TA FEIRA, 5 de Junho
N.° XXXVIII. 1Ô23
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HOC TEMPORE
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1
contas e
documentos, para que á vista dos factos alli expendidos, I ' ^ahsaçaô de remessas, diríamos sem duvida, e nos
^ . iivn . que
Que nas refferidas duas ultimas Cartas allegou, e que ja
ia
ria nos dirigio datadas em 4 de Fevereiro, e 11 de Dezembro
naò somente
a violência, a que na5 podemos já esquivar-nos de lhe mani. Para e
*torcluir dos
Compradores os vallores dos
mento, nosso sensibillissimo prejuízo, e as medidas que vamos Direito que competia ao nosso agente para repetir dos me-
smos
tomar sobre hum facto, que talvez seja singular assim no tra- compradores os pagamentos que illigitimamente haviaó
cto commercial, como na recordação dos excessos, e abusos frito a Senhoria, e que sominao mais de duzentas e vinte
Nas referidas suas Cartas teve V. Senhoria por objectos o | Thovar; o que tudo prova desgraçadamente, que a apparente
persuadir-nos dá efficacia com què protegeu sempre os intere- I beneficência com que Yr. Senhoria intervinha na marcha da
ses do nosso Contracto; pérsuadir-nos igualmente de que os Administração incumbida a rhovar, teve poi objecto apode-
raordentissimos prejuízos que estamos soffrendo nesse ramo rar-se do nosso cabedal, e que para este fim longe de inspirar
do nosso Contracto procedem da falta de remessas em nume- ao Yiosso agente sentimentos de fidelidade, concorreu para que
rario; e finalmente instar-nos para que supramos a escacês do prevaricasse criminosamente no exercício do seu ministério.
referido numerário remettido, ordenando ao nosso Comissio- Recebendo \ . Senhoiia a C arta que lhe enviamos em 4 de
* > * ' v
'açamos, e ordenemos abatimmt09 nos preços até mesmo d'a prins daquelle Paiz. Por Confiçaõ do Supplicado, a qual
quelesTabacos, de que se fiserão vendas, alias até consumma. consta da Carta junta, inserio-se neste manejo o actual
das, pelos pagamentos de suas importâncias, que a V. Senho- Ouvidor da mesma Cidade Miguel d' Arriaga Brum da Sil-
ria fiserão os mercadores Chinas; e que além deste plano veira, com a simulada apparencia de querer proteger o
-
concebeu também o de conseguir espera de alguns annos para
contracto, e com esta capciosa arte conseguio intervir nos
em s,,a ma
cida pela Legislaçaò do Reino, nem V. Senhoria pode allegar ^» amparado de seu respeito, e poder, só deixou
circunstancia alguma das que costumaó desafiar a comisera- ao Consignatário a illusaõ, e aos Supplicantes a rapina es-
çaó dos Credores. panlosa de Duzentas e viute nove mil, e tantas Patacas, cu-
Conhecemos bem que ordinária, e directamente naò podemos | mu||()> a qUe 0 Supplicado faz mostrar os valores recebidos
Poder, deliberamos as seguintes medidas. distrahio também o que quiz,e o que pôde; de sorte quee-
Nesta occasiaò constituímos Procuradores para requererem I stando os Supplicantes era actual liquidaçaS dos Con-
a execução de huma Carta de Sequestro, que lhes remettemos tractos, acharaò, que o Supplicado lhes era responsável,
s
dé Generos aos mesmos nossos Procuradores. eu principio segurasse a restituição do dinheiro; delibera-
Participamos a V. Senhoria a sobredita nossa resolução, raó-se a requerer sequestro pelo Juizo da sua conserva-
porque ainda queremos lisonjear-nos com a esperança de que toria da Cidade de Lisboa, contra os bens do Supplicado
V. Senhoria fará o devido esforço para evitar a notoriedade Tovar, C effecti vãmente se lhes expedio Carta, que se acha
de factos que lhe serão tão perjudiciaes. como são desgostosos execuçaó na que„a C|dade de Maca0 . porera Supplicad<)
SENHOR.
ou ,n
Dizem os Liquidatários dos Reaes Contractos do Tabaco I terrninavel; ou de taó mesquinho effeito, que n<
mesni0 va
findos em 1817, que havendo tido por seu Commissionado ^a as despezas inseparáveis da deligencia.
na Cidade de Macao, no tempo de sua arremataçaò, a como nestas circunstancias todas extraordinárias; ass
mente, naò lhes resta outro recurso, nem outro amparo^ e se continuar a ser conduzida cora o iresmo espirito, cora
muito popular.
Viva, e Providade para os cnzos extraordinários, como hé
que algum (los Ministros da Rellaçaó de Goa, ou outro zentamos, saô da penna de hum amigo, á quem devemos
no
sua extensão devida, e expedillo para o Juizo donde emanou I *a * passagem, em que alli se diz» Conscrvando-se
no lu
a Carta com a possivel brevidade, e da,.do conta immedíata Zar huma das
cuja &a.
alta
vidência, que forem do seu Real Arbítrio para naó ficar Sradua^° em Macao
' de a,
Suma sorte semelhante á
Como Testamenteiro de Jacinto Fernandes da Costa Ban da Abelhil di2 0 Redactor lngie2 teraos concluido por
Naõ podemos acreditar que o Conselheiro Arriaga deva demos concluir sem fazermos algumas reflexoens sobre
Extracto do Jornai de Calcutta pag. 174. sitaõ de outro algum auxilio (b) senaô de Deos, e de
Sendo do nosso dever procurar todas as noticias, que se boa causa, pois elles charaaô a admiraçaõ de todo o verda-
poderem obter de qualquer parte- do Mundo para as appre- deiro amante do Patriotismo, em qualquer parte do Mundo*
zentar aos nossos Leitores ; nenhuma levámos com maior em que elíe se ache. Porem voltando ainda à mesma
satisfaeçaõ ao conhecimento delles do que a do augmento matéria, naõ podemos conter-nos de appresentar a seguinte
progressivo da influencia da Imprensa na Azia. (a) Em passagem aos nossos Leitores, acha-se nella hum taõ ver-
virtude desta nossa agradavel tarefa, temos agora o praser dadeiro patriotismo, tantas das excellentes quallidades
de lhes fazer huma breve exposição sobre huma Gaseta pelas quaes se distingue aquella Gaseta, e tudo dito na
publicada em Macao com o titulo de Abelha da China, da bella, e espirituosa linguagem de Camoens, que quasi ri-
qual nos mandou alguns Números hum amigo, e corres- valisa com os restos da antiguidade. = Ah l naó vos deixeis
.•
pondente n^quelle paiz. Ella está impressa era bello illudir, naò profaneis o nome sagrado da Patria &a. &a.=
Caracter, e redigida de huma maneira muito attractiva ; Esta exhortaçaò, e as outras, que se lhe seguem, valem
(a) Devemos a Imprensa em Macao ao zello, e patriotismo do Senhor Paulino da Silva Barbosa
mais do que todas as que se poderiaò diser cm hum vo- tidade tem dado hum exemplo digno de imitaçaó dando
da revolução em Macao, adoptou o plano de publicar os e munições aos seus perseguidores, achaò hum bom agasa-
procedimentos do Senado desde o tempo, em que alli lho da parte da Igreja Catholica.
# -
H')CT O !. t T ) ^ ^ ) s * ■ •
podesse ainda conservar o seu poder, (c) O partido Con- baixador para Portugal) foi no Spartan para Lisboa ondé
stitucional procurava por outro lado todos os meios de foi muito bem recebido; e pertendendo o Governo escu-
recobrar os seus direitos: no meio desta lúcta entre os sar por seu respeito a quarentena, eile naõ acceitou, que-
dois partidos, hum homem, JoaS Nepomoceno Maher teve a rendo sogeitar-se voluntariamente á lei geral.
coragem de marchar para diante dirigindo ao Senado huma Idem 15 de Outubro. Noticias de México disem que
destemida* porem moderada reprezentaçaó na qual naò só ha fortes partidos em armas contra o novo Imperador.
lhe mostrava qual era o estado das couzas como também Nova York & de Outubro. Temos noticias de Hespanha
qual deveria este ser. segue-se a traducçaò até 27 de Agosto. Na primeira vista que os Embaixadores
NOTICIAS ESTRANGEIRAS.
- Gibraltar 3 de Agosto. El-Rei de Portugal tem desap- çoens quê elles fasiaó tenção de conservar com a Hespanha
provado tudo quanto o Principe Regente do Brasil tem de baixo da sua pTeseqte Constituição : e aquelles que nao
3H
feito contrario às bases da Constituição. estavaò preparados a dar huma naò equivoca segurança de
Londres 1 ode Setembro. O Governo Portuguez tem sua amigavel disposição, foraó avisados que sem a menor
proposto negociar hum empréstimo em Inglaterra porem demora tirassem os seus passaportes: huma conducta taò
a^ora se assi^ura que o novo Banco de Lisboa tem oííere- independente foi mui própria para produsir impressoena
1
^ O . •
eido o necessário dinheiro. favoráveis aos talentos, e energia dos novos Ministros, é
- i i . : ' • • í ' 1 •. . ^
das Amariblas, do Arcebispo de Saragossa dos Bispos de pode rezolver-se. Temos o do Bispo d' Elvas, quando foi
Malaga e Ceuta para fora de Madiid: sugeitos esles que obrigado por effeito de hum Conselho a sahir da Madeira
naò tendo bons priucipios, eàt.ivaó sempre ao lado de El- (3. a 4 dias de viagem para Lisboa, que naò hé da China
da/o de manter a nova Ordem de Cousas. mesmo Prelado expende na sua Pastoral inserida no Dia-
As noticias das Províncias recebidas em Madrid eraó rio N°281 (de 1821) ássim córao se lê no N# 2Í0 a Portaria
Congresso. Diz-se que vários Ministros das Cortes , tiva dê semelhante procedimento. Temos o do Ex-Ouvi-
Estrangeiras, tem chegado a Pariz de caminho, para o Con- dor do Pará, que traz o Diário N 247; o dos prezos de
* •
no, que os remetteo, em percas e damnos; o de iguaes
à approvaçaõ do Congresso de Verona.
i t
de V. Senhoria para que, vendo ali confirmado o Alv: de
2° Confiar a garantia de Italia, e Alemanha á Austriá.
Europa.
7° Concordar em meios repressivos, e geraes a respeito maior de todos os crimes na Ordem social, exige a maior
quando ella tem de a promover a consideraçaò do Governo e externo o melhor de seus deveres, a protecçaò do sagrado
'I
a vantagem de haver reassumido o Poder já em tempo de mo a minha, e das mais a que hé ligada; como deixarei de
serem publicas diversas decizoens em cazos taes, melhor soppor,queV. Senhoria naò haja de auxiliar-me, no quê
A ABELHA DA CHINA.
160
amais de hum vinculo social, a que saõ correspondentes I reis dos Ordenados de Conselheiro da Fasenda, ainda naô
naõ havidas; mas seja ainda forçado a ir, na qualidade de PARTICIPA CAO DO GOVERNO.
socorros athe àquelles mesmos Empregados, que no Sobe- e da verdadeira Liberdade, concorraò áquelle Conselho, na
B E L
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MACAO.
Santos.
curador desta Cidade o Major Paulino da Silva Barbosa,
des Tabellião publico das Notas, e Judicial por embaraço do Companhia o obzequio de faser lhe, com a brevidade pos-
r
• .
Secretario desta Camara, que o escrevi. = Jose Gabriel Men- sivel, a seguinte declaraçaõ. = Se esta Cidade se achava, ou
.
Senhores.
#
selheiro Arriaga ; e naõ se pode negar que a chegada da
datada de hontem.
• • •
Guarniçaõ sufficiente para deitar a baixo o actual Senador
Arriaga.
simo e Leal Senado esta minha declaraçnS. Deos Guarde a
De Thomas Beale.
Jf. B. Urmston,
Macao 4 de Junho de 1823.
lllustrissimo Senhor. = Accuso a recepead do Officio que
W. Fraser,
Tenho sido favorecido com o attencioso Officio de V. attribue o declarar que tem existido, esta Cidade na mais
Senhoria com data de hontem, em que se serve pedir-me perfeita tranquilidade desde a epocha assignalada por V. Se-
declare com os meus doia Companheiros, se esta Cidode se nhoria augmentando ainda esta depois da retirada do Con-
Novembro ultimo, principalmente depois da retirada do Ao mesmo tempo coirtmunico a \ . Senhoria em resposta»
Conselheiro Arriaga, e se a mesma Cidade se tem posto ou á segunda pergunta que me faz de ordem do mesmo lllus-
naõ em estado de inquietação desde que se recebeo a noticia trissimo Senado que naó' deixo de presenciar a impressào
que o Governo de Goa enviava huma Fragata com guar- inquieta que fiseraõ-as noticias, e contiuuaõ a faser, ultima-
nição sufficiente para deitar a baixo o actual Senado, e mente chegadas de Goa. E tendo entendido ter satisfeito
.
obrigar a este povo a receber a forma do Governo deter- ao officio de V. Senhoria. Tenho a honra de me sobscrever.
Coma devida imparcialidade devo declarar, em quanto Venerador e Criado Thomas Beale.
ao primeiro ponto que realmente se tem conservado esta {Ilustríssimo Senhor Carlos Jozé Pereira.
De Carlos Magniac.
■ ■ I ■ I .11
Novembro passado, e depois da partida do Senhor Arriaga- Do Capitai), e mais officiaes do «Vavio Carolina.
• • 0
de declarar, que tenho observado considerável inquietação
■
Governador da Província de Goa mandava huma Fragata,
Do Sobrecarga Cláudio Adriano da Costa.
§*
na qual, na8 só vinha novo Governador como também
Tenho a honra de declarar a V. Senhoria em resposta ao
» • -
He quanto tenho a participar a V. Senhoria. Deos guar-
considemç i&. Macao 4 de Junho de 1823.
gata de Goa.
em publica forma, sem acressentar, e nem diminuir couza 'Ilustres; eu também a sei dos de Macao: e por isso me
alguma, que duvida faça,e vai consertado por outro Ofíi- assignarei (Caqui em diante o = Plutarcho Macaense..
Senhor Redactor.
teira fé, e credito em Juizo, ou fora delle, quanto em Di-
agora me parece ver sistir o passo. Será por ter sido dis-
No Conserto.
cias urgentes ? Mas esta por nenhúa outra, creio, que se de-
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# I • V VI / ■ V I . #• 00 • |» » _^ ^
hão de abrir no Dezembro seguinte. Será por se julgar
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são Súbditos imediatos de S. Magestade,mas de seos titula-
seu amo, por meio da Imprensa levando jà daqui a lição
as muitas exceções a faser dos não livres dos que naò tenhão
posse hà vinte annos, e a cu jo reinado devia o nosso grande
(d) Apesar de tantas obrigaçoens que devia o nosso Illustre Secretario a seu bom amo, com tudo rompeo no excesso de ingratidão
. de dizer hum dia em que se via perseguido por credores Chinas, e Christaons a Bernardo Gomes de Lemor diante de varias pes-
soas que se o seu protector nao lhe désse mil ou duas mil patacas para concluir o pagamento das suas dividas., elle iria publi-
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car todas as velhacádas que o primeiro tinha feito, pois que delias conservava em seu poder os documentos authentices. Foi
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bastante esta ameaça para ser servido por hum dos f ofres públicos.
1
Oí) Lt f ' 0 tt A ff Ictlfl ^ ' / ' • e I ^
(S) As duas casas apenas poderád valer presentemente oito ou nove mil patacas, por se a. harém bastantemente arrnrnadaf
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4ue seu filh0
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Valeroso Alferes D. Joaquim d' Eça, disia com muita rasaò na sua Proclamar&o dc
; 16 de Novembro proximo passado, o seguinte=Q Governo installado no dia 19 de Agosto naò satisfez ás
nossas expectativas
NA TIP0GRAPH1A DO GOVERNO.
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HOC TEMPORE
T: > \ • l| . «V
Conselhos ou ás convocações dos moradores ein semelhan se registará na Camara da dita Cidade, e vai por duas vias.
s casos, para que por elle conheçaõ que saô obrigados Francisco Gomes a fez era Goa a 30 d' Abril de 1699. O
todos os Cidadaons, sem excepça# de pessoas, a comparecer Secretario Luiz Gonçalves Cotta a fez escrever == D. Ro-
como em todos aquelles a que daqui em diante forem cha- Alvará referido, se encaminharem aos previllegios do dito
mados. Macào Secretaria do Leal Senado 5 de Junho Senado da Camara, e conformando-me com o que respondeo
jje 1823. Carlos Jozé Pereira o meu Procurador da Coroa sobre o referido Alvará. Hei
ALVÁRA 17°
neste incorporado, o qual quero se cumpra, e guarde em-
1
•v -4 " à " ' í* L' J 1 í I *à í í
para com áeu parecer, se resòlter alguns negocios tocantes
sobre podefcm chamar a todas as pessoas moradoras n* a-
Officio dirigido ao Excellentissimo Bispo sobre o objecto achava gosando esta Cidade antes de chegarem a ella as
de«de aquelle feliz momento, como V. Excellencia, em Conselho, com o maior numero de Capitulares do Revereis-
akuns dos seus Officios tem reconhecido mais de huma vez. do Cabido que puder dispensar dos Officios Divino», para
se tem alterado com as noticias recebidas ultimamente acerto em taõ interessante assumpto.
(ioda que naõ officiaes) de huma Fragata mandada pelo A' Excellentissiina e Reverendíssima Pessoa de V. Excel-
de El-Rey, e do Soberano Congresso. Pelo que se faz ab- Remedios, Antonio Joaquim da Costa Basto, Paulo Viceute
lhe di°a de novo se com effeito esta Cidade tem neste pi- Reposta do [ilustríssimo Cabido a hum Officio qua\i
de igual theor.
queno espaço de seis mezes gozado daquella paz, e soce-
go, que naõ choc.aô com as Leys. Ulustrissimo Senhor Carlos Jozé Pereira « 0 Illustris-
Este obsequio, taò proprto de hum Prelado em que brilhaõ siino Cabido tendo recebido a que V. Senhoria lhe mandou
os mais qualificados sentimentos, pelo bem dos seus Dioce- em nome do (Ilustríssimo e Leal Senado, hà resolvido di-
sanos será hum novo motivo para que este Senado augmeu- rigir-lhe o seguinte attendivel motivo, por que exige de
tando os sentimentosde respeito, egratidaõ lhe consagra por sua Senhoria a dispensa da dita assistência ao mencionado
ultimo, a sua boa vontade para o que tiver por bem raandar- Conselho, e vem a ser. Que sendo o Cabido huma Cor-
lhe. poraçaS, naõ pode elle inteirar-se do que ou por si, ou pop
Deos Guarde a V. Excellencia muitos annos, Macao 2 de seus Comissionados haja de responder sem que antes coin
Junho de 1823. Eu Carlos Joze Pereira Cavalleiro Professo os pontos, que houverem de questionar-se á vista (os quaés
na Ordein de Cbristo, Secretario do Leal Senado que a escre- ignora) faça sobre elles as maduras reflexoens> que a sua
vi e subscrevi. Paulino da Silva Barboza, Antonio Joaquim conscieucia lhe ditar: á vista do que espera, que V. Senho-
da Costa Basto, Paulo Vicente Bello, Joze Baptista de Mi- ria haja de levar ao conhecimento do lllustrissimo e Leal
randa e Lima, Joaõ de Deos de Castro, Na margem esquerda Senado o sobredito motivo, solicitando a sobredita dispen-
Excellentissimo e Reverendíssimo Senhor D. Fr. Francisco sa. Deos Guarde a V. Senhoria muitos annos. Macao
de N. S. da Luz Chaeim, Bispo desta Cidade. Secretariado Illustrisssmo Cabido 7 de Junho de 1823.
colado.
Outro Officio ao Ex celle nt is sim o Diocezano Servo. = Fr. Francisco Bispo de Macao lllustrissimo Se-
Excellentissimo e Reverendíssimo Senhor = Vendo-se o nhor Leal Senado da Camara desta Cidade. Está con-
Leal Senado obrigado a tratar de providencias necessárias, forme. Macao Secretaria do Leal Senado 4 de Junho de
para a conservação da perfeita tranquilidade, de que se 1823. Carlos Jo*é Peri ca.
A ABELHA D A CHINA
167
Resposta do Sr. Ljungstcdt a hum Officio de igual theor das, as quaes nem todas tem igUal benignidade; os Suppti
aos que se dirigiraò a todos os estrangeiros, publi- cantes em rasao de ser Arriaga hum Magistrado nomeado
cado no Num. antecedente. pelo Rei, e ter contrahido as dividas pela causa publica
Illustrissimo Senhor. de Macao, esperavao até agora com paciência; mas dere-
Vivendo eu em esta terra á titulo de hospictalidade con- pente ouvindo elles diser que largado o lugar volta para
cedida pelo Soberano de Portugal, naõ convém, ao meo o Reino, nao sabem se hé determinaçaõ do Rei, ou dos
pois o meu único alvo he de merecer por hum procedi- gar, se prepara para partir, è naõ se restitue ? Os Suppli-
mentcr neutral a contemplaÇ ò dos que governaõ. Ponde- cantes se admiraõ, e as circunstancias os impelliaõair a
Tenho a honra de ser de V. Senhoria, seU muito obedi- El-Rei naprotecçiõ de Macao; Porem se os nab attender
ente servo A. Ljungstedt. ficará responsável pela vida, e casa de centenares de pes-
conta jiihU.
To-yum • • • 40,188 00
Chim-yuni . 38,825 00
Tien-pau • • • . 38,000 00
agora ainda se naò restituiu : por tanto conforme as ordens
To-chen
. 25,122 04
uez que já jâ me entregue as 28000 patacas para eu as en-
Tao-yu • • • • • • • • • • . 17,000 00
brevidade. 5 da 10 Lua do anno 2°de Taucuau 18 de No-
Tum-hó • • »
... 11,940 00
vembro de 1822. Traduzida por mim Joaõ Rodrigues-
Hòu-pei • • •
. 8,514 02
Gonsalves Interprete da Cidade.
Li-pey • • •
3.000 00
da Cidade.
_ ^ ^ ^_
comerciar, e com os ganhos satisfaser o dinheiro gasto, se
ouvio a noticia de ter ElRei de Portugal passado para o Continuação da Espoziçaõ pag 160.
Brazil, pelo que remetteu elle buu» Navio chamado Ullisses, Mas tenho os precisos sentimentos para levar á exacta
para ir render vassalagem, e pedir a El-Rei licença de com* observância o pensamento de Fenelon. =» Mais do que
merciar, e concedida ella contractou com os Supplicantes, a mim mesmo, a minha família, mais do que minha famí-
tomando as suas fasendas,como hé publico: ora sendo elle lia, a minha Patria =»e tenho, a final, a satisfaçab de poder
Ministro, pareceo aos Supplicantes que naõ poderia deixar provallo (a pezar de publicas prevenções) com documentos
de lhes pagar todo o dinheiro, e por isso decoutinuo com. indeléveis, sem deixar de reconhecer, que naõ hé obzequio
merciarab com elle até que por fim feita a couta vio-se e sim dever o que se faz em honra da Patria, e pelo inte-
que elle contrahio cora os Supplicantes a divida de 347, resse Commum do Estado, o melhor alvo, que a moral
511, 9 patacas ficando de baixo dos nomes dos 12 Suppti. oflferece aos olhos do Cidadaõ. Mas qual interesse Com-
cantes lesadas centenares de pessoas que deraõ suas fasen- mum padece com a minha demora, por mais 4 ou 5 inezer
168 A ABELHA DA CHINA
1
aicsta Cidade! Se «as minhas vistas naõ fossem pacificas,
mais interessante do que nesta. Em hum momento se es-
queira consentir, se ponha à Constituição mais este ferrete que deve ser considerado por Portugal como huma pozi-
A lhe ajrora huma voluataria condescendência da minha peitas de que a Áustria he quem os tem transmettido ao
n
peito, porem julga-se que elle vai tomar sobre isso as mais
exterior, tem sido por meu empenho, único meio de con-
decizivas medidas. Cinco Deputados do Brazil, que naõ
posso tomar sobre mim, e apenas terei de invocar o Nome o corrente mez, de que extrahireinos o pouco, que ellas cõtem
entre no serio exame de todos estes resultados, pelos quaes, que também lhe está sugeita, a passar revista às tropas, e
quer Sacrifício, pela cauza Publica, antes quizera soffrer de dado no Paço por nao distar muito delle. Estes incêndios
pudér ser considerada offensiva â sociedade, do que dar mercadores. Acudirão ao fogo alem da guarda da policia
esta nova prova de naõ haver entre nós intelligencia í que o corregedor do Bairro foi deposto; por que as desgraças
UossoGo verno. (Continuar-scha) especial graça fossem acceitos, ao que o Imperador benigna-
JORNAL DE CALCETA, pag. 347. conforme a doutrina taõ respeitada do grande Confúcio.
terá sempre hum lugar distincto nos annaes da Historia dores Europeos se vem obrigados a uzar nas suas representa-
Porlugieza. Nosso d'gno Rei foi i^.iquelle dia ao Con- çoens dos mesmos termos que uzaò os dos reinos tributários,
gresso dar o seu juramento á Constituição, que as Cortes como ultimamente aconteceo aos Inglezes, naò obstante a
lagrimas o verem o seu Rei nocentfode hum Congresso, NOTICIAS MARÍTIMAS. » ENTRADAS.
por seus constituintes, e rodeado de tudo quanto o reino Aos 15 o Navio Confiança, Capitaõ Ignacio Pereira, vindo
concellos.
a maneira por que elle o fez, que inspirava a seus súbditos
veneração, e respeito a sua pessoa. A complacência bri- Aos 16 o Brigue Elisa, Capitaõ Joaõ Lourenço d* Almeida*
Monarca algum empunhou o sceptro em huma occasiaõ Palha, acha-se ainda surta na franquia.
AVIZO. Sexta feira 20 do corrente, pelo Juiso da Provedoria no Deposito Geral às 9 horas do dia, se hade continuar
o leilão das fasendas do ( hina Lonki empenhadas a Sir A. Ljungstedt, com rebaixa dos primeiros preços. Toda e qualquer
iessoa que nellas quiser lançar, o poderá faser dirigindo-se ao lugar mencionado.
NA TYPOGRAPH1A DO GOVERNO.
A
r. fK
A E L A
DA
HOC TEMPORE
j
Baptista Filgueiras. = Lourenço Joze da Matto xManse. =«
Officios dirigidos ao Leal Senado pelo Governador de
• v
PROVIZAO.
bro do mesmo anno, tudo dirigido a este Governo pela
Hf!
garves d'aquem e d'alem Mar em Africa, &a. Faço saber
bro do mesmo anno, para que V. Senhoria á vista destes
^ , • .. *«.• •
que os Governadores das Províncias Ultramarinas, se naò
fique intelligenciado das rasoens por que este Governo
»
*
As Côrtes Geraes, e Extraordinárias da"Naçao Portu^ue-
aos 19 de Dezembro de 1821.= Filippe Jose Stocqueler no
• -
aes, e uzem somente do Titulo de Governadores; o que Por Despacho do Conselho Ultramariuo de 5 de Junho
1
4 |
providencia alguma, que lhe seja annloga, julgão os Mem- que ficando o Governo com elle mais respeitado, possa evitar
bros mesma junta, que as funcçoens, para que forâo elei- a reproducçáo das commoçoens rom que ahi por veses se tem
Parecendo-me muito razoavel a deliberação que tomou esse mados contra o Tenente-Coronel Emilio Manoel Moreira,
desse Leal Senado para esta Capital, onde com effeito che-
officio Num. 7 que sobre tal objecto dirigio a este Governo,
Soldado natural de Goa incluzive o curativo das moléstias qiiie charrúa=0 Magnânimo,=quedaqui largou para Lisboa nns
• •
contráhe pelo uzo das bebidas espirituozas, que os Chinas lhe princípios de Fevereiro, depois de ter ouvido o parecer do
facilitáb. Ora prescindindo de que a Fazenda Publica dessa Desembargador e Ouvidor Geral deste Estado sobre os ine-
Cidade naõ paga annualmente as 60 patacas, com que se prefás smos Processos: naõ se lhes podendo ajdntar, como exigio
pressa, que se lhe offereça huma- favorável, e plausível oppor- dos Santos Vital, e Joaquim Pedro da Costa e Brito > o Al-
tunidade. E por tanto cumprindo vigorisar huma tal indispo- feres D. Joaquim d* Eça, e o Sargento-Mor Clemente de
deste Estado.,
rio passou posteriormente pelo officio, que com a data de 17 de
Novembro passado recebeo este Governo pelo Navio Santo Portanto naõ podendo, nem devendo
Superior Go
Antonio, a pedir 50, a GO Sipaês desta Capital, e em sua verno authorizar a violência de conservar aqui prezoj
«
A ABELHA DA CHINA.
171
permittir conformemente aos mencionados Artigos, que no cazo que se naõ possa completar com os primeiros a-
tando aqui aos que o pedirão, por conta de seus Soldos, as Junta, naõ podem taés merecer a confiança necessária para
passagem.
A [Ilustríssima e Excellentissima Junta. Guarde Deos
a •
Nas circunstancias expendidas deve esse Led Senado des-
muitos annos. Maráo em Meza de Vereaçiõ 17 de Dezem-
mente sentenciados, naõ o livrada responsabilidade, que Baptista de Miranda e Lima = João de Deos de Castro.
Capital, permittiudo, que aquetla Corporação se arrogasse No Officio que esse Leal Senado me dirigio com data de
dual, que as Authoridades Constituídas dessa Cidade deve- para a guartla da Policia, e Guarniçaõ dessa Cidade, instan-
reador Paulino da Silva Barboza na noite de t 5 do dito mez mente considerando eu for outro lado, que com a falta de
de Novembro fora ferido, se procedera à huma imparcial 64 praças, que sahiraõ proximamente dessa Cidade para
nhor determinar o procedimento, que quer se tenha com esta einpreza, e por cohsegilinte aos insultos, roubos,e alten-
offender a ordem, o soccgo, e a tranquilidade publica, e se referidos inconvenientes mandei prompti ficar esta Fragata=
9 w
Para o Leni Senado da Camara da Cidade do Nome de
Copia do OJJicio, que o Leal Senado dirigio a Junta Pro-
Deos de Macáo.
vizional de Goa.
/Ilustríssima e Excellentissima Junta: Tendo mandado reforçar a Guarniçaõ dessa Cidade por
Tendo-se discutido cm pleno Conselho as seltc questoens hum destacamento de oitenta, e hum Soldados com seus
lidade de votos, relativamente á quarta, 7|ue a Guarda da d* Estiíique, dos quaes Soldados parte passa a servir volun-
mando-se este Leal Senado, roga a essa Excellentissima Senado, que os Soldos da referida força uesde o dia do
• •
esta Capital comprehendendo o adiantamento do costume O Milner ficou muito triste quando soube que o Ministro-
deverá# os Officiaes, e S íldados serem pagos pela tarifa Arriaga não estava em Macao, por que os mesmos lhe disserão
de Macáo, e serem fornecidos de quartéis para residirem, tinha sido remettido pelo Navio Vasco para Europa. Lemos.
Declaraçaõ.
aquelles dos referidos Soldados, que passa# a servir volun-
-.%
tariamente pira o Batalha# de Macáo por tres annos, alem Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de
do tempo da hida, e volta, naô deverá# ter etapes, mas mil oito cento vinte e tres, nos vinte e hum dias do mez
unicamente os vencimentos, que ahi competem aos mais de Junho do dito anno, nesta Cidade do Nome de Deo*
tmldados do dito corpo. de Macao na China, na Secretaria das Cazas do Leal Sena-
• ^
do da Camara, onde sendo prezente o Juiz Ordinário Paula
0 ordenodo estabelecido aos Governadores dessa Cidade
P. S. Previno a esse Leal Senado, q.ue a maruja desta de seu dito, o Juiz lhe deu o juramento dos Santos Evan-
Fragali =Salamandra = deverá ahi ser paga de sua Sol- gelhos, que o referido Antonio Baptista acceitou pondo
dada, como ultimamente se praticou coma Fragata**» Te. sua ma# direita sobre o livro respectivo, e lo^o declarou t
mivel = regulando.se pelos assentamentos ahi existentes, uue na primeira vez que elle foi para bérdo,que foi no dia
ou pelos que ao mesmo respeito leva o Capita# de Mar, e ( esasseis do corrente, se chegara# para elle o Alferes Dom
Guerra Joaquim Mourão Garcés Palha. Jraquim d Eça, e o (apitao João Machado de Mendonça,
f Ilustríssimo Senhor Paulino da Silva Barboza. do Governo eraõ os mesmos, perguntando pelo nome de
do official com a parte e reposta do officio, de que eu estava visto huma abóbra, que deita cem casas abaixo, ao que
encarregado, o que agora faço por ter tido tempo, para inqui- respondendo elle que naô, lhe tornou o dito Alferes, que
rir do dito meu official,e do segundo que mandei para o mes- elle também naó, mas a primeira vez, que a vio foi a bórdo
mo fim.
i/ quella Fragata, onde havia para se deitar na Cidade, e fa-
He a Fragata Salamandra linda de casco, mas mal aparelhada, ser aquelle eftéito. Que na terceira vez lhe perguntara o
que elle Declarante respondeu que não era com elle aquil-
O Commandante, segundo mostrou pela admiração qiie fez
official he o que foi a terra, e segundo lie hum João Ignacio que to Alferes, que chamasse hum comprador China, para lhes
ja esteve no serviço do Leal Senado, este vem de Pratico, e vem levar mantimentos, e refrescos; coramissaò que elle Decla-
todos os que de Macao forão remettidos para Goa, os quaes rante naó a cceitou, nem fez delia caso. Que Jta pitaò Ma-
estavlo muitos alegres cantando, pagarãò, pagar áô % pagarão, chado nesta occasiaò, tendo recebido escripto de aviso de sua
ou morrerão, morrerão, morrerâÔ; com muito boa toada. família dos preparos da Cidade para qualquer movimento da
que perguntarão por onde era a parte mais fraca da ( idade gar, e era chegada a occasião disso : o que ou vio elle De-
para o desembarque, e pelas converças dissimuladas, que o clarante. Que na quarta vez Lie dissera hum dos Officiaes
Commandante teve com o meu segundo officiaU mostra que sò novos vindos na dita Fragata, que se havia chapas Chinas
De todo o referido se pode concluir, que toda a mansidaò mas o official da conversa da penúltima vez, lhe fez, passa-
saò venaes, e naò ser^o para outro fira, do que conseguir huni
se : dtclaraudo, que em todas as veses, que foi abordo
desembarque á sua Tropa, e Maruja, hum bom quartel, e Comer,
daquella Fragata, fôra maltratado com ditos, e desfeitas,
e beber, pagamento, e depois quando lhe parecer faser o mesmo
sem lhe permittirem descansar sentado, ficando exposto à
que o Batalhaò do Príncipe Regente fez, e entaò será mais
Corcundas que ha em Macao. quanto declarou. Em té do que, hz este auto, que as^i-
que, tudo he proferido do grande amor e firmesa que tenho, á doria Geral e anuexos que o escrevi. Bello. Vieira.
Religião à Constituição, e ao meo Rey, T*ivú í iva l iva. Veiga. Antonio Vicente do Rosario Aggersborg, Antonio
P. S. Que em Goa houve festas de acclamação ao Príncipe Aos 23 do corrente o Brigue Assumpção vindo de Goa Capi-'
u
NA TYPOGRAPHIA O GOVEKNO-
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DA
H N A <*
66
i i HOC TEMPORE
MACAO. da Fragata seja taõ obstinado que naõ esteja pelos justoé
OS 7 dias do mez de Junho de 1823 anndf nesta Cida' lidade neste caso, tratando-se com toda a prudência de
Chinico.
mandante da Fragata por hum a incrivel obstiuaça# resistis-
para não receber, nem força armada, nem Governador vindo Clara Fr. Luis dos Remedios, que no caso de ultima vio-
de Goa ; que deveria enta5 faser este Senado, para conser- lência da parte do Commandante, lodos nòs fisessemos
var a tranquilidade, de que se achava gozando esta cidade" os últimos sacrificios para Conservar esta colonia, eo sangue
ao que respondera^. iunocetite de seus Cidadaons, visto que naò se pode faser
nesse caso para segurara tranquilidade, e conservação da tencidos a dar cabeça por cabeça.
cidade, evitando sempre quanto fosse possível derrama, Declarou mais o dito Reverendo Luis Álvares Gonzaga,
mento de sangue entre Portuguezes na presença dos Chinas, que como se tinha dito, que no caso que a sorte permitisse
mais sã e maior parte de todo este fiel povo. instai lasse o antigo Governtf, elle protestava de nnnca o re-
O Reverendo Luiz Alvares Gonzaga disse, que Goa foi conhecer, como Governo legitimo.
muito mal informada do estado de Macào, e por pessoas, O Reverendo Padre Mestre Fr. Jose de Santa Clara, disse
que aliás naõ deveriaô ser ouvidas, e por isso se alli fossem qae lhe parecia impossível moralmente expedir taes provi-
sabidas as razoens em contrario, tal Fragata naò viria à Ma- dencias ordinariamente, mas sim extraordinariamente, por
cào ;e por isso se deveria retornar com a brevidade possível ; que suppòs falsamente por documentos, noticias naò verí-
mas se por obstinada teima de seu Commandante quizesse dicas forjadas por maons inimigas deste publico, que
fazer fogo sobre a Cidade, ou outro qualquer indicio de existia na Cidade húm estado anárquico, o que felisrnente
hostilidade, que a Governança desta Cidade tomasse as naò apparece; motivo por que naò se deviaS receber taes
medidas, que lhe parecessem convenientes, por quanto elle providencias, e applicar entaò o Governo todos os meios'
votante sendo Ecclesiastico naò pode influir em medidas efficases, e prudentes que estivessem ao seu alcance; porem
O Reverendo Vigário do Convento de S. Domingos, Fr. annuir teimoso, e imprudentemente a taô solidas rasoens^
Luiz de Santa Roza Pereira disse, que está, pelo que acabou
e ingerir-se violentamente no Governo, fasendo hostilidade
de dizer o reverendo |Padre Mestre Superior Joaquim Jo- sobre a Cidade, elle diria a naò attender ao seu estadô Eccle-
ze Leite, a cujo parecer naò tem que accressentar, e nem siastico. Dulce xeet pro Patria mori; mas por ora nada
O Revereudo Padre Mestre Prior do Convento de S. Agos- O Reverendo Nicolao Rodrigues Pereira de Borja disse,*
tinho Fr. Jose da Conceição, caso que o Commandante que esgotados todos os meios para que sem força se faje1
DA CHINA.
174 A ABELHA
—■ * d|
sua pertinácia, visto ser a dita Fragata cube ria com Nosso
Conselheiro Pereira.
Antonio Teixeira.
O Reverendo Fr. Henrique de Santo Agostinho foi do á ida de Procurador representar a violência ao Soberauo
■ —
Ralael Bottido d' Almeida disse, que tinha a honra actua!, que considero ser legitimo, e Constitucional, to-
de se unir a mesma opinião do Reverendo Padre Luiz mar as medidas necessárias para conservaçaõ da Cidade.
Virente Baptista Cortella seguio o mesmo parecer de Parecer do Cidadao Joaquim de Souza Sénior.
Congresso.
Agostinho de Sá, seguio o voto do Reverendo Superior
A • • i * 7
confirmando a nomeação do Senhor D; Manoel da Camara
Antonio Sehastiaò Barradas foi do voto de Joaquim de
lidade de votos.
Sousa Júnior.
Joaquim de Sousa Júnior; deo seu voto por escnpto,
Boija.
enviasse hum Procurador a El-Rey, e ao Soberano Congres-
so para representar a violência que se acaba de praticar JoSe Simão da Costa e Brito foi do parecer do Reverendo
5
Capellaò da Tropa.
Tropa.
Luis de Mello.
por estar ein socego ; e o Comniandante deve retirar-se
com a Fragata ; mas se o Commandante usar de hostilidade, Joaquim Jose de Mattos foi do voto do Reverendo
neste caso hc reconhecido por inimigo, e como tal o Go- Padre Leite.
verno também deve usar de forças, se naô houver com- Joaò de Deos de Oliveira Mattos seguio a opiniaô de
plicação com o Governo Cbinez; havendo, o Governo seu Pay Antonio Joaquim de Oliveira Mattos.
Alves Pereira.
Sousa júnior.
Alves Pereira.
P idrtí CapcliaÕ da Tropa.
P. Capellaõ da Tropa.
'd.* Tropa.
Sousa Júnior.
que se devem esgotar todos os recursos que prescreverem a
P. Capellaõ da Tropa.
dos deve-seexceder á força visto a circunstancia do Paiz
Paulo de Sousa.
'Procurador para representar a Ll-Kcy, c ao Soberano Con-
Serva.
Feliciano Narciso Osorio foi do voto de Joaquim de
de Sousa.
O Reverendo P. Joaõ da Cruz disse, que esgotados to-
Serva.
•Ai nossas, e que elle naõ reconhece outro Governo por legi-
Alves Pereira.
naõ mandarem o contrario, e que no caso de succumbir-
Paulo de ímusa.
reclamar contra ella perante El-Rey, e as Côrte».
Ferreira Veiga.
rendo Capellaõ da Tropa.
do Padre Pedro Paulo de íousa. o mais traitquillo possivel, e que sò tinha havido algum tu-
Joaõ Felis do Rosario foi do voto do Reverendo Joaõ multo, e voseria antes da Eleição, quando se disputava qual
«la Cruz. devia ser a maneira porque ella devia ser feita ; e esse al-
«da Tropa. ti em diser perante o Povo, que este naõ tinha authori-
Caetano Vicente Jose da Silva foi do parecer de Joaquim de ao Conselheiro Arriaga, visto que as determinaçoens dos
de Sousa Júnior. tres Concelhos Geraes assim o exigiaó. Foi por todos
♦
Barnabé Antonio de Gouvéa foi do voto de Joaquim respondido, que o Senado tinha feito o seu dever à excep-
dc Sousa Júnior,
ção do morador Francisco Antonio Pereira Thovar, que
A ABELHA DA CHINA.
J77
disse, que naó decidia por naò saber dos Conselhos passados * Justiniano \ ieira Ribeiro. Joaõ Vicente Ferreira Gordo.
mas sim reconhecia huina raiva geral contra o Conselheiro Antonio Vicente Cortella. P. Pedro Paulo de Sousa. João
qualidade de Procurador desta Cid ide o Major Paulino Sendo chamado perante este Senado o Rd°. P*. Luiz
da Silva Barbosa, alli reclamar contra oattentado comettido Pedro Gonzaga para dar huraa explicaç iõ sobre a seguinte
pelo Commandante da Fragata, como pelo Governador frase de que elle usou no Concelho Geral do dia 7. Que
clarou o dito Rd°. que elle com estas palavras só queria di-
naõ fossem bastantes para persuadir ao Commandante
publico de Nottas, e Judicial por embaraço do Secretario compatível com as circunstancias do Paiz
desta Camara, que o escrevi. Jose Gabriel Mendes, E tendo sido igualmente interrogado o referido Padre
Gonzaga. P. Nicolao Rodriguez Pereira de Borja. P. Luiz sado, parecia-lhe qne uaõ podia o Povo desta Guiado
Pedro Gonzaga. P. Fransisco Pinto Maya. Fr. Antonio mudar de Governo, em quanto chegassem novas ordens
Marques. Joaquim António da Silva. Antonio Lourenço Appresentaraõ-se perante este Senado os Morador**
Remedios e Mello. Fr. Henrique de Santo Agostinho. te, a qual hé do theor seguinte = se as expreçoeus de que
Fr. Antonio Teixeira. P. Joaõ da Cruz, P. Antonio usou o Pe. Luis Pedro Gonzaga, cujo votoelies seguiraÕ =
.Miguel dos Remedios. Antonio Joaquim de Oliveira quando naõ houver mais remédio, esgotados todos o»
Mattos. Cláudio Ignacio da Silva. Antonio Dias da meios de accommodaçaõ se cedesse á força. Querem diser,
Cunha. Jose de Sousa Placé. Antonio Francisco Ta- que depois de esgotados todos os meios de accommodaçaõ^
vares. Francisco Cecilio Braga. Joaõ Felis do Rosario. e de ter feito a resistência possível com as Armas Da maõ,
Boaventura Autonio Peres. Domingos Joaõ Barradas. Luis pelo motivo do Commandante resistir a todas as propostas
Manoel Cordeiro. Jose Maria Pereira. Bento Jose Gouçal- fundadas na Justiça, e nos direitos desta,» se cedesse entaõ
ves Serva. Gonçalo Joaquim da Fonseca, Alferes. Felippe a força vinda de Goa, no caso delia ser superior, estad
José de Freitas. Antonio Ventura Pereira. Feliciano por aquelle voto, do contrario naõ. Barbosa, Basto,
Narciso Jose Maria de Sousa Cordeiro. Angelo Vicente que o obrigavaõ a enviar a este Porto a Fragata Salaman-
O
Rosa Pereira. Felis Lourenço de Pinna. José Antonio dra com guarniçaõ, e Officiaés para esta Cidade, e outras
Soares. Julio Antonio Correa, Cadete Sargento. Barto- varias providencias, que constaõ nos mesmos Officios, sendo
lomeo Antonio Vieira» Agostinho de Sá. » Fransisc oAnt.° huma delias o mandar estabelecer aqui hum novo Governo
Pr\ Thovar. Adeodato Vieira Ribeiro. Antonio Ferreira interino: requeria o mesmo Vereador a todos os Cidadaõs,
Batalha. Caetano Vicente Jose da Silva. Joaò Jose da Silva que s»e achavaõ reunidos em Concelho, que franca, e livre-
e Sousa. Antonio Joaquim Alves Pereira. Joaõ Jose Viei- mente dessem as suas opinioens sobre qualquer das ques-
ra. José Vicénte Lopes. Joaò "Jose dos Santos. Mano- toens, que por elle lhes fossem propostas. Em consequeucia
el Jose Ribeiro. Jose Rodrigues. Antonio Sehastiaõ Bar- do que disseraò o seguinte.
radas. Joaò Victorino da Silva. Joaquim de Sousa Jú- O Reverendo Padre Superior Joaquim Jozò Leite disse,"
nior. Filippe Neri de Sousa. Anacleto Jose da Silva. que em quanto á recepçaõ da Trflpa, nenhumaoutra se deve
0
Isidoro do Rosario. Joaõ de Deos de Oliveira Mattos.
receber senaõ a pedida por este Leal Senado, e ainda menos
. ~ n
dade do Senado poder fazer taes despesas, alem da descon- em quanto á Officialidade, que se naõ receba, por naõ ser
ás Cortes.
breve que for possível pelo motivo já apontado.
-tudo, e sobre tudo hé do mesmo parecer que o Reverendo to á recepç iô dos Officiaes nem hum só; que em quanto aos
que elle disse poderiaò ficar; elle diz, se elles nad forem
quanto á mudança do Governo, nada de mudança; e que
deveriao ficar.
Alem disto appresentou o seu voto por escripto.
, se serve
recepçuft da Tropa, e Officiaes livre, e mui confiadamente
e quaes poderão ser para o futuro a, sua, consequência,
tanto que elles devem estar mais cautos sobre esta Cidade
víncia separada.
gata, que ella deve ser despedida o mais breve, que puder;
actuaes. —
vaçaò dos incendiários inimigos do Brazil em Lisboa. voluntário da Tropa, ou gente da Fragata, assim como o
Francisco da Silva Pinto e Maya. forçado. Em quanto ao segundo disse que o Governo naô
O Reverendo Fr. Antonio de S. Gonçalo de Amarante pode, nem deve mudar-se sem ordem positiva de Sua Ma-
disse, que tendo permanecido esta Cidade, há mais de seis gestade, e das Cfirtes, á quem já se officiou : em quanto ao
verno legitimamente inslallado, e que sendo a sua commu- Joaquim de Souza Júnior seguio o parecer do Reverendo
e Silva.
Governador da índia para a installaçao de hum Governo in-
Carvalho e Silva
Governo, que devia ser o actual, e que em quanto á partida
Raymundo Nicoláo Vieira foi de parecer, que o Governo que o Governo mandou pedir j que em quanto ao segundo
Governo julgasse ter precizaõ d alguns, os deixaria. Em Francisco Cecílio Braga depois deter lido o seu parecer,
terminaçaô de Sua Magestade, e das Cortes. Em quanto devia ser a mais breve possivel. =
a Capital de Goa, ornais breve possivel, concorrendo este Senhores. = F.m quanto a recepção dos 50 Sipaes para
Governo com o precizo para a sua viagem. a Policia como tinha mandado pedir este Senado, deve por
Antonio Joaquim Cortella foi do mesmo parecer. toda a forma receber, e mesmo o que exceder deste numero
Joaô Jozé da Silva e Souza, depois de lido o seu parecer quando seja para mudar os incapases, que aqui se achavas,
toda a brevidade.
Antonio Ferreira Batalha disse ijtic. Tropa aquell.i que 0 dito Reverendo Maia disse, que feito o protesto eccle-
' o Governo mandou pedir, nenhum dos Oflieiaes: em quanto siastico, se repellisse força com força =
no segundo que nenhuma mudançi houvesse no Governo ; 0 Padre Joaõ da Cruz, e o Padre Antonio dos RemedioS
v em quanto ao terceiro que a Fragata s.thisse o mais breve seguiraõ o mesmo parecer. =
possível. -=
0 Reverendo Padre Fr. Antonio de S. Gonçalo de Ama-
Angelo Vicente Pereira foi do voto do Padre Borja = rante disse, que hum Portuguez devia preferir antes o
Narcizo Cordeiro, e Manoel José Ribeiro foraõ do mesmo morrer livre, do que o viver escravo, e por consequência
José Vieira Ribeiro foi do parecer do Padre Mestre Fr. 0 dito Padre Pedro seguio o voto de Fr. Antonio.
José de Santa Clara = Raymundo Nicoláo Vieira disse, que depois de esgotados
Bento José Gonçalves Serva, Folis Lourenço de Pinna, todos os meios possíveis para naõ haver desordem da Naçaõ
Antonio Sebastiaò Barradas foraõ do parecer dc Jose de com a mesma Naçaõ, e no caso que t> Cbmmandante naõ
Almeida «=
quizesse ceder ; entaõ huma força repelle-se ir.om outra,
Caetano Vicente José da Silva foi do parecer do Padre á Sua Magestade, e ás Cortes por todo 0 acontecido. =
Mestre Fr. José do Santa Clara. Antonio Joaquim Cortella foi do mesmo voto. =
Joaõ Joaquim Pereira, Luiz Manoel Cordeiro, José Joaquim dc Sousa Júnior disse, que como se verificava
* Br uno de Mesquita, Barnabé Antonio de Gouvea, José Fran- a proposta feita pelo Leal Senado no Conselho Geral ante-
cisco Vieira, José Vicente Lopes, e José Rodrigues foraõ cedente, ratificava o seu voto, já dado. =
tio parecer de José de Almeida Carvalho e Silva. = Filippe Jose de Freitas, que se repellisse força com força,
Agostinho de Sá foi do parecer do Reverendo Padre e que Governo désse todas as providencias para naõ haver
Feltppe José de Freitas disse, que se naõ recebesse mais Joaõ Nepomuceno Maher. foi do voto do Fr. Antonio.*=*
que a Tropa que o Governo mandou pedir, e nenhum Of- Joaquim Jose Ferreira Veiga disse, que o Governo
íicial: em quanto ao segundo, que naõ hovesse mudança obrasse com energia, repellindo a força agressora com a
a mais breve possível. = Jose de Almeida Carvalho e Silva foi do parecer do dito
deliberando no Conselho sobre as medidas, que se deviaõ Joaquim Pedro Joze da Silva foi do parecer de Joaquim
( ommandanle da Fragata, em que este se exprimia nas Francisco Cecílio Braga foi do parecer de Filippe Jose de
que venho munido apesar do protesto de V. Senhoria. =* Joaõ Victorino da Silva foi do parecer do dito Fr. Anto-
decidisse, se se devia ou naõ resistir com as armas na maõ Luiz Manoel Cordeiro disse que, se devia resistir com
Congresso á esta Cidade, sobre o que deraõ as opinioens Joaquim Jose dos Santos foi do mesmo voto. =•
seguintes cada hum dos Membros do Conselho. = D Reverendo Padre Mestre Prior do Couvento de Santo
O Reverendo Padre Superior disse que sim, que se Agostinho Fr. Jose da Conceição disse que, naõ podia dar
do Governo.
verno devia lazer todas as diligencias possíveis para que o
"voto.
deixando a tropa, que o Governo tinha pedido. =
contra força. =
Agostinho de Sá foi do voto de Fr. Antonio de S. Gon
linha sido até o prezente energico, c activo j pelo que, o Cláudio Ignacio da Silva foi do voto de Fr. Antonio
que elle fizesse dava por bem feito; protestando sempre Teixeira. =
por qualquer cousa, que obstasse ao seu estado. = Feliciano Narciso Ozorio foi do voto de Fr. Antonio
Mestre S. Clara.«=»
Antonio Francisco Tavares, Cypriano Antonio Pacheco
A ABELHA DA CHINA.
181
Jose Bruno de Mesquita, Barnabé Antonio de Gouvêa, Jose Raimundo Nicolau Vieira, que os Officiaés recondu
Francisco Vieira, Severino Vieira, Jose Rodrigues, Antonio sidos para esta devem ser recebidos, e postos em huma Forta-
c
Nicolau Vieira. « '
talha, Angelo Vicente Pereira", Narciso Cordeiro, Jose
Vieira Ribeiro, Bento Jose Gonc.ilves Serva, Joaò Joaquim Joaquim de Souza Júnior, que sejaò processado® e remet-
do voto do dito Fr. Antonio de S. Gonçalo. = ga, Joaquim Pedro José da Silva, Agostinho de Sá, Joaò
determinado =
da Lei. =
Joaquim Alves Pereita, Bento Jo*é Gonçalves Serva, Joaõ
no fará o que parecer justo neste caso.= Braga, Joaquim Pedro José da Silva, Domingos Joaõ Bar-
O Reverendo Padre Pedro Paulo de Sousa foi do voto radas, Florentino de Gamboa, Manoel José Ribeiro, Grego-
0 Reverendo Joaò da Cruz disse, que deviaò ser remet_ José Vicente Lopes, Adeodato Vieira Ribeiro, Antonio
tidos para Lisboa. =• Sebastiaõ Barradas, Joaõ José da Silva e Souza, José de
0 Revereudo Padre Remedios, e Fr. Antonio de S. Gon- Almeida Carvalho e Silva, José Francisco Vieira, Padre
çalo seguirão o parecer do Revereudo Borja. Antonio dos Remedios, Joaquim Antonio da Silva.
182 A ABELHA DA CHINA.
I.® Officio do Comrnandante da Fragata Salamandra ao vinda da mesma Fragata, como V. Senhoria verá das vias
Leal Senado. d<» Governo, que logo que cheguei dirigi a V Senhoria
Deos de Castro.
posta qo precedente.
3° Offieio do Leal Senado ao Commandante da Fragata. criminozo. Contem o I.® de seus artigos,, que se naõ admit-
manhaã para decidir se se diviaò ou naò pôr em execução [para manter a tranquilidade publica,] e de nenhum i sorte
as ordens do Evcellentissimo Governador de Goa, visto que offinal algum dos que vem para ahi destacados „ Esta pu-
decidio o seguinte. Primeiro: que se naò admittisse maior o 2o, que a Fragata depois de tomar os mantimentos pre-
sorte Official algum dos que vinhaò para aqui destinados. nao provém da yresença da Fragata; por que o Povo por
em grande desasocego toda esta Cidade. Terceiro: que bricado muito antes da chegada da Fragata. O 3.*> final,
no seu Governo desde o uia 19 de Agosto do anuo passado, do anno passado-, affectos a Decizaõ de S. Magestade, e dò
affectos adecizaõ de S. Magestade, e do Soberano Congresso, Soberano Congresso, por voto geral desse PoVo, repetido,
jho de hoje* que nenhum direito tem o Governador de Goa terminaçoens de S. Magestade. quando Goa entre as posses-
guezas, tem igual representaçaÕ a de Macao como se prova Paiz affectos ao conhecimento de S. Magestade, e do Sobe-
firme resoluçaõ em que estáõ os moradores desta Cidade vem a obediência ás ordens superiores, e que sem a menor
vernadores de Goa ; ordena o mesmo Senado em Nome de prevalecer o da repulsa, e inobediencia. Ora: ò Decretó
na certesa de que V. Senhoria, e o Govenador de Goa fica- em que estaõ as tres possessoens ahi indicadas, o querer V.
deveráõ resultar da obstinaçaõ de V. Senhoria, e até mes- para voltarem ao estado primittivo; e se o foraõ indique-
lllustrissimo Senhor. Inteirado dos fundamentos em faz cargo, e ao Governo da Capital para com S. Magestade,
que se estabelecem os 3 artigos que servem de baze ao seu para com «.s Cortes, e para com a NaçaÕ inteira, pelas luues-
S ° Offieio de hontem, em resolução do meu 2.® do mesmo tas consequências que livremente diz deveráõ resultar da
dia, suhstanci .dos do Acordo tomado no Concelho geral minha chamada obstiiUiÇaô, e ate mesmo peia provável per-
que V. Senhoria convocou para decidir-se, [como se expli- da dessa Colonia, visto que o Povo irritado passa já a tomar
ca] «e devia pôr era execução as Ordens do Governo da armas para deffcuder os seus sagrados direitos. Eu até tsié
cuja superioridade sempre reconheceo ; sou a atirmar-lhe, ainda em rigor, deduzir a mais leve illação de procedimento
que naõ me acho authorisado para transigir com V. Senho- hostil coutra essa Cidade, e seus moradores,- que tanto prezo*
ria em matérias repugnantes á execução das mesmas or- nem certaméute o darei, a naò ser nimiamente provocado. E
dens: seudo-me sobremaneira espantosa a liberdade com eutaò aoude se dá aqui o objecto para a lembrada respoufa»
que V. Senhoria me convida a entrar era hum detalhe taò bilidade; e o motivo do receio do Povo para a tuairriUrÇtò?
A ABELHA DA CHINA
184
Antes V. Senhoria o tem arrastado a essas rommoçoens ; nadas das da Corte ; e vendo eu que aquella palavra naô he
mandar-me o Patraò-inor para a condusir ao porto, achan- Concelho, inseridos os nomes das pessoas que o assignaraò,
do-se exposta ao eminente perigo que pode resultar do gol bera que das do povo de que se figura Ó essas unanimes re-
soluçoens.
pe do vento impetuoso, que tem reinado desde ànoite passa-
fastidioso Processo. =»
a bordo com viveres para vender, e de toda a maiscorarau-
coroo todo aquelle individuo que conveio no acordo, cada Todo o referido, e a certeza das medidas hostis queV.
bum por si, e hum por todos, por quaesquer prejui- Senhoria tem infelizmente adoptado, me charoaô a que
sos, e damnosque soffrer a Fragata, e ainda mesmo essa quanto antes imprehenda o meu desembarque, no qual pro-
Cidade, seus moradores, comprehensiveis os Chinas. = testo naô fazer o menor damno a pessoa alguma; mas no
V. Senhoria pezando na balança da razaô todas estas coi- cazo de ser provocado de terra ver-me-hei obrigado a re-
zas, naò deixará de voltar a elia, e obrar como deve ; e cô pelir essa força ; equando neste conflícto acconteça algum
a sua ultima decizaô que ponha termo a esta querella, que desastre em qualquer China, fica V. Senhoria precizámente
espero quanto antes, dado o lembrado perigo em que jaz a responsável ás suas rezultas como mótor do damuo, por ser •
Fragata, determinar-me-hei aos ulteriores recursos que me inegável que aquelle que o causa, o deve compôr; e haven-
súbministraõ as ordens de qne venho munido. «=* Deos do aniquilaçaô de existência de algfi individuo desta naçaô,
'Guarde a V. Senhoria Bordo da Fragata Salamandra fun- principiará os refens pelas pessoas de V. Senhoria, e dos que
deada na Barra de Macáo a 17 de Junho de 1823. tiverem concorido para taes fatalidades.
Commandante.
dirigio no Officio de hontem, ratificando ao mesmo tempo 5o Officio do Leal Senado ao Commandante da Fragata
mera politica) ahi lhe envia os documentos inclusos, para lllustrissimo Senhor. O Leal Senado dà desde jà por
que por elles conheça V. Senhoria que os negocios desta concluída toda a correspondência com V. Senhoria, no caso
Cidade estáõ directamente dependentes das differentes Se- de que V. Senhoria naô queira receber os mantimentos
cretarias d' Estado da Capital do Reyno Unido. precisos para se fazer de vella com a maior brevidade pos-
Se tudo quanto se acaba de expôr a V. Senhoria naô sivel, assignando antes de os receber hum termo era como
de taõ desastrosa luta. Deos Guarde a V. Senhoria Senado ja naõ possa receber os soldados, que tinha pedida
muitos aonos. Macao era Sessaô de 17 de Juoho de 1823. ao Governo de Goa; pois que a sua recepção, e a demora
NA TYPOGRAPHIA 00 GOVERNO.
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a
HOC TEMPORE
MACAO.
mandra conturbar o seu socego, nem servir dé
xoens por falta do seu agente, começara# logo a patenteai- Só hum hompm (como o Commandante PALHA) hos-
las A esta Cidade inteira, animados pelo seu Chefe, e cabeça pede na Historia das Naçoens cultas, ou aflferrAdo ao maif
o Conselheiro Arriaga, sem todavia se lembrarem de que execravel despotismo, he que poderá ignorar, que as pro-
a opinião publica prevalesceo sempre á opinioens, e inte- videncias dadas pelo Superior sempre sa# filhas de algum
resses particulares. canzal, e que na# existindo este cessa# «quellas. O Gover-
Motivo este por que nós encetamos a penna, já que naõ os Mandarins? Como a vòz de hum particular se appre-
podemos brandir a espada, na defeza da nossa causa, a fim zentou no Senado para arg^.r o povo de Macao perante
.Patria?....
dadeiro tramite, que devia trilhar em circunstancias taõ
inelindrozas, como arriscadas. Analyseroos os seus Officios. Todas estas desordens, todas estas perturbaçoent de tran-
f
ainda soitentadas, e promovidas pelo Commandante PA
perfeita tranquilidade ; naõ deve a chegada da Fragata Sala-
186 A ABELHA DA CHINA
LHA. e pelo «eu Procurador o Ex-Ouvidor Arriaga, cuja via reunido, e que elle contra a opinião publica, e vontade
impudência checou a tal extremo, que recorreo aos Man- geral dos verdadeiros Portugueses, queria faser prevalecer
darins contra esta pacifica Cidade, querendo proteger huma a sua opinião particular, desde logo desatou o nó gordio*
cauzade que elle era o principal agente, eo maior interessado. que consistia em abrirem-se ou não as vias, que elle repu-
Ora se o Commandante pertendia executar as Ordens foraõ, se conheceo pelos seu contexto que as intençoens do
d* El-Rei Constitucional, sem destruirem-se privilégios Governador <!a índia eraõ escravisar-nos, e lançar nos de
alguns legitimamente concedidos a esta Cidade, por que novo as cadè>a», que esmigalhámos no dia 19 de Agos-
rasaò deixou de vir ás Cazas da Camara, a onde o espera- to pertendendo transtornar o plano da nossa Regeneração
"que estava inteiramente dependente a boa Ordem, ea naõ cessava de argumentar com disparatas, e de diser,
dência de appellidar detalhe criminoso a huma conferencia no, que elle naõ o reconhecia como tal, chegando o des-
amigavel entre filhos da mesma Mai ? Por ventura bum caramento a tal ponto, que disendo-lhe o Mandarim que
tal procedimento pode ser detalhe criminoso, espantosa recebesse mantimentos, e qne partisse logo logo, elle lhe tor-
liberdade ? Porem o que admira be que sendo o tal Com- nou que antes morreria de fome do que receber provizoens
mandante taô delicado, e zelloso da observância das ordens do Leal Senado, pedindo até o passaporte ao mesmo Manda-
de que vinha munido, segunde» elle disse mais de huma vez, rim, o qual lhe respondeo muito enfadado se elle tinha vindo
que ao depois se prostituísse tanto, e tanto ! ! ! Naõ com sua ordem ? E se naõ tinha vindo, para que lho pedia ?
• denegou ao Leal Senado, á, quem eraõ dirigidos, e naô A submissão, e a baixesa com que este Official se con-
argumentos contradictorios ; de modo que os mesmos Hé necessário finalmente que Goa reconheça, que nin-
Chinas conhecerão a futilidade das suas rasoens, e a nul- guém governa a caza alheia ; que o Governo de Macáo
lidade das ordens de que vinha munido, chegando ao naô hé património de seus filhos; que nós naõ ignoramos
por que exigindo o Commandante da Fragata Salamandra que reina o' aquetia Capitai desde a installaçaõ da 2a Junta
que se convocassem certos moradores designados, e se Provizional (que Deos tenha por muitos annos em des-
excluíssem os outros, (como se estivéssemos nesse tem- canso) até o tempo do actual Governador; que o Alvará
po) para entaò levar avante a sua commissaó; o Man- de 1691 naõ designa Cabidos para assistir aos Concelhos
darim Delegado, que observou o concurso que se ha- Geraei, nem pessoa alguma determinada, mas sim a todos
•»
Salamandra como Membro da Drputaçatí, cujo Resposta do Reverendo Padre Joze Joaquim Pereira
O Leal Senado tendo resolvido mandar huma Depntaçaõ de Participa-me V Senhoria no Offieio que me dirigio
moradores respeitáveis a bordo da 1' ragata Salamandra, com data de 23 do corrente, que o lllustrissimo Leal Sena-
muito» annos. Macáo Secretaria do Leal Senado 23 de por mui feliz, podendo de alguma sorte cooperar para a
e aos moradores o Conselheiro Manoel Pereira, Domingos Jose Joaquim Percirá de Miranda.
lllustrissimo Senhor Carlos Joze Pereira. = Accuso a nado, participando-me que o mesmo me tinha nomeado hum dos
recepção da Carta de V. Senhoria em que me aviza da Deputados, que pettende mandar a bórdo da Fragata Salaman-
resolução do Leal Senado de enviar a bórdo da Fragata Sa- dra a tratar de Negocios desta ( idade. ... ,
de Faria Neves.
para Missa, e agora que me recolho a caza, encontro o por-
tador a pedir-me já a resposta, a qual passo a dar a V. Snr.4 Determina o Leal Senado que V. Merce mande huma
de hoje, e como para o seu fiel dezempenho, depende de dusia. Secretaria Militar 21 de Junho de 1823. «= José
e devendo com preferencia ser escolhido atjuelle, que mere- verno—Sr. Ludgefo Joaquim de Faria Neves, Comman-
Hè com effeito huma verdade imicgavel que elle naó sò carece da precisa instrucçaõ. ma» q<ie dcsineicx* < "!,l!Ji!(,a publfcárj
188 A ABELHA DA CHINA.
8 de Fevereiro de 1812.
deixar desembarcar sennõ o Commandante ou quem suas
Escrevi,e Sobscrivi. =
Mendonça, hum Official de Infantaria, e hum Granadeiro , Certifico que o Senhor 2© Tenente Paulino da Silva Bar-
e dizendo-me primeiro que trazia Oihcios para o Governo bosa, sérvio por algum tempo em as diíferentes Baterias
nos dirigimos todos a Casa do Senado. A Escolta vol- da Brigada Portuguesa do meu Cominando, tendo duran-
tou ao seu Quartel sem que tomasse conhecimento dos te o tempo deste serviço mestrado hum bom comporta-
Otiiciaes, que tinhaõ desembarcado. íié o que posso mento, e zêllo em tudo de que o encarregarão nas mesmas
informar a V. Senhoria, pelo que presenciei no desem- Baterias : E por ser verdade o referido mandei passar a
barque d'aquelles Oíficiaes. (*) Deos Guarde a V. Senhoria presente certidaõ, a qual vai por mim assignada. Acantona-
muitos ânuos. Macáo 21 de Junho de 1823. = mento da Villa de Setúbal 11 de Fevereiro de 1812.
roeu Discípulo, e o haver examinado no que estudou nos Lu<*ar do Sello ==í Pagou 40 reis do Sello. Lisboa 17
— _________
(#) Aqui se reconhece a veracidade da escandalosa recepçaõ, que teve o Capitaõ de Fragata Mendonça, inculcada pelo
;u Commandante ; em consequência os desgostozos da Guarnição devem estar prevenidos de que todos os degostos lhe
lõ cauzados pelo me«mo Commandante, e naõ pelos pacíficos moradores desta Leal ( idade.
* VIZO. Matheus Vandenberg fáz saber ao publico, que no dia terça feira 15 do corrente haverá Leilaó publico cm sua
tza : Toda e qualquer pessoa, que quizer pôr alguns trastes, ou fazendas poderá dingir-se a sua caza sita no Bairro
Pela Ouvidoria Geral se faz saber ao Publico, que as Casas grandes do fallecido Padre Antonio lose da Costa tem lido
jj, preços offerecidos 12,001: patacas, e 12,010 patacas; os pertendentes que nellas quiserem continuar o seu lanço o
ideráô faser para o mesmo juiso deliberar sobre o destino d'aquelle prédio. (Ilavera iupplementa.)
A ABELHA DA CHINA
N.° XLIII
MAC AO.
da próxima chegada de huma Fragata enviada da índia para Macao: ora conforme
as nossas Leis, todo o vaso de guerra, que vai para outras partes hè precedido de
sua Legalidade: a actual Fragata porem naõ hè annunciada por noticia official dos
Superiores, nem do Commandante delia, por isso naõ pode deixar de causar algu-
ma duvida ainda que o fim para que seja bom, pensando porem mais seriamente
sobre isto julgo que haveria aviso anterior, e que por causa da extençaõ do mar
ficaria retardado, e virá posterior à Fragata; com tudo naõ se pode certificar o que
será a verdade, por isso naõ posso deixar de temer naõ seja isto alguma coisa im-
prevista de que naõ posso ficar responsável; peço pois a V. Merce que passe ordens
as lórchas Chinas que sahem ao mar para que naõ tragaõ para terra gente da dita
Fragata, tè que averiguado bem o caso passe de novo hum aviso a V. Merce. 13
de Junho de 1823.
tem chegou a Fragata annunciada, e como naõ traz ordem d'El-Rei, estamos re-
solvidos a naõ lhe dar entrada; mas como pode ser que o Commandante teime em
entrar, nos veremos obrigados a repelli-la; porem receamos ficarem nesta occasiaõ
compromettidos os Chinas; queira por tanto passar ordens a todas as lórchas Chinas
258
RepresentaçaÕ de Joaquim MouraÕ ao Vice-Rei de CantaÕ.
cellencia, que sendo eu enviado pelo Vice-Rei da índia a Macao, para rebater os
-Rei, haver alli em grande numero; e chegado eu a Macao aos 16 de Junho, que-
gata: ora naõ me era difficil dezembarcar, porem reciei que no dezembarque, e
practica, poderia haver alguma desordem, e ficar offendido algum China; demais
viveres, saõ muito injustos, por tanto peço a V. Excellencia, que passe ordens para
que os Chinas de Macao se retirem por dous dias, por que entaõ a Fragata entrará
á força, e publicarei as ordens que trago, e se houverem perversos que se lhes oppo-
nhaõ os tractarei conforme as leis com rigor; mas se os Chinas de Macao se naõ
retirarem, receio naõ haja desordens, o que me faz temer, e causa susto; humilde
20 de Junho de 1823.
obrigado destas circunstancias dôu parte a V. Excellencia, e lhe causo este incommo-
e temendo que para o futuro hajaõ desordens que impeçaõ o pedir a V. Excellencia
Macao sempre obedecerão as ordens d'El-Rei de Portugal, que hè a razaõ por que
vindo este com ordens delle, os perversos se attrevem a resistir-lhe com tamanho
despreso das leis, por esta causa, posto que envergonhado, em nome do dito Com-
huma audiência, ou mandar hum Delegado a examinar este negocio, a quem possa
reiro do anno 1810 me concedeo huma audiência na Boca do Tigre; outra vez no
mesmo anno no mez d' Abril, indo o mesmo Senhor para Hiam-Xam por causa do
259
assumpto do Cham-Pau-Sai (Pirata), e demorando-se alli alguns dias, também con-
segui a audiência delle; depois vindo o mesmo Vice-Rei Pó á Macao por causa do
assumpto dos Inglezes, tres vezes consegui a sua audiência. Alem disso no mesmo
anno 1810 indo o Vice-Rei Sum á Macao e hospedando-se no Pagode novo, também
desde que eu tomei posse do lugar em Macao ha 20 annos, hum Sota Vice-Rei, e
como se pode ver pelos documentos existentes. Tendo eu sido empregado por
El-Rei em Macao o mesmo Rei estava informado de que eu era homem recto, e
que por tanto podia continuar no mesmo emprego, e assim os Portuguezes de Ma-
cao viviaõ socegados; e tendo eu por muitas veses pedido licença para sahir do lugar,
nunca consegui obter hum successor; o que procede de El-Rei estar bem informado da
para corresponder ás intençoens d'El-Rei; e por isso vindo esta Fragata à Macao,
eu posso passar hum attestado que ella naõ he hostil, mas por que o anno passado
estado por espaço de sinco mezes, tudo se conservou em paz; elle sabe muito bem
as leis da China; asseguro que naõ ha de haver desordens; elle deveria, para re-
prezentar a sua justiça, vir em pessoa a esta Metrópole, mas como elle conhece
gata; por esta causa me encommendou que em seu nome o fizesse; demais disto
na Fragata vem hum Piloto por nome Joaõ Ignacio, que em outro tempo foi Com-
que lhe naõ pertencem, dispoticamente as dispõem, o que produzirá para o futuro
grandes males, peço por tanto a V. Excellencia que examine a verdade dos factos
Povo de Macao (Chinas) que naõ dêm credito ás palavras do Procurador, e que o
seu Sello naõ mereça authoridade, e que se deve esperar que venha hum novo Pro-
25 de Junho de 1823.
(1) Os Mandarins.
260
mi
represento a V. Excellencia que a dita Fragata chegada a Macao nao pode desem-
barcar a sua gente, nem menos tomar viveres, coisa na verdade digna de odio; po-
rem o Commandante vendo que naõ podia reprimir a contumácia da sua gente
em querer ir a terra, pois que estava ja afflicta, manda suspender anchora a Fragata,
e foi para a Ilha cabaça lugar muito distante de Macao, aonde esteve fundeada,
para a gente naõ poder desembarcar; e chegando naquelles dias hum Brigue Mer-
cante de Macao, o Commandante, conforme às leis, o reteve, e lhe pôz dentro seis
homens para guarda delle, e quando menos o pensava, os perversos de Macao ap-
te poz de guarda no dito Brigue; isto na verdade foi huma grande opposiçaõ às leis,
e o Commandante queria rebater a dita embarcaçaõ, mas como alli havia muita
lorcha China, temeo naõ offendesse alguma, por isso me incumbio de pedir em seu
nome a V. Excellencia, que passasse ordem para deixar desembarcar a sua gente,
do contrario, naõ ficaria elle responsável por qualquer desordem, pois quando a
sua gente desembarcar à força, naõ a poderia cohibir; peço por tanto a V. Excellen-
mar-se melhor disto, peço huma audiência em que exporei com mais indevidua-
28 de Junho de 1823.
entre elles alguns de grande cõsequencia, cuja decisão naõ se attreve a dar o mesmo
mesmo Senado convocar a todos esses Moradores, para que compareçaõ imme-
nho de 1823.
neguei ao serviço publico, porem, acho-me com tontura de cabeça sem me poder
261
estar em pé, por consequência ninguém hè obrigado estando como eu estou doente,
tanto que hindo athe a travessa para vizitar o Senhor seu Genro naÕ pode subir,
por me virar muito a cabeça; por tanto queira o Leal Senado acceitar a minha justa
Ex- Senadores.
Ex-Almotaceis.
e Floriano Antonio Rangel que se achavaõ na Casa do referido Conselheiro na ocasiaõ em que
262
Antonio Jose Homem Rebello,
E os moradores.
missaõ dos Pareceres por naõ terem aquelles comparecido no ultimo Conselho
geral reunido em 16 de Junho, para se lhes informar de tudo o que nelle se tinha
constado a este Governo que elles se oppunhaõ a ellas: cada hum delles disse o se-
guinte — Pedro Filiciano d'01iveira; que huma vez que se mostrasse que a Fragata
nos vinha redusir á escravidão, como o Governo publicou na participação que man-
dou pôr n'Abelha, e pôr de baixo do antigo despotismo (*) ou querer-nos taser se-
guir o Systema do Brasil, que nesse caso elle era o primeiro que pegaria em armas
para repellir força com força, mas que em quanto isto naõ constasse de huma ma-
neira de que se naõ podesse duvidar, que o Governo decidisse como lhe parecesse
legal. — Que se naõ tem assistido á alguns Conselhos, hé por que o mesmo tem feito
muita gente, e elle ter tido impedimento legitimo. — Que quando soube que o Navic
Barretto tinha sido embargado pela Fragata Salamandra, tendo elle no dito Navio
quem direito tivesse, assim como fez o Proprietário, e mais interressados na carre- _
gaçaõ d'aquelle Navio, e que por esta occasiaõ fallou contra estas medidas — An-
Pedro Feliciano — Quanto as medidas que o Governo tem tomado, que elle era de
parecer que o mesmo Governo devia fazer tudo quanto fosse legal, e a beneficio
desta Cidade — Que nao veio ao Conselho por impedimento legitimo — Antonio
(1) Isto hé se a Fragata naõ vem com o fim de pôr o Arriaga no lugar de Ouvidor; e o
263
EXTRACTO DA GAZETA DE GOA
Sincapur, Pinang, e Columbo, trasendo presos por Ordem do Leal Senado d'a-
Costa, e Maximiano Joaquim dos Santos Vital, e o Alferes D. Joaquim d'Eça Lobo
tos, os quaes se tinhaõ arrogado todas as atribuiçoens dos tres poderes, Legislativo,
depois preso em huma Fortaleza, donde, por doente, o transferirão para sua Caza,
pessoas. Em 13 de Setembro foraõ prezas algumas, das quaes se remettia para esta
mettidos no dito Navio Angelica, por terem tido a intrepidez de exigirem hum
d'aquelle anno, expedidas para todos os Domínios Ultramarinos cuja copia trans-
mittimos ao Publico, para elle poder avaliar a boa fé com que se portou a Junta
sua magnanima adhesaõ à causa da Naçaõ, e se a mesma Junta occultou, ou naõ e me-
que anunciavaõ Ordens que deviaõ regular o ultimo Systema, e Regimen dos seus
rassem os Governos estabelecidos, porém naõ os intrusos, como era d'aquella Junta,
que devêra, logo que aqui chegou o Excellentissimo Senhor Governador, demittir-
dade, ficava também prezo, e devia embarcar junto com o dito Conselheiro Arriaga
264
para Lisboa, para ali responderem ás culpas que lhes arguirao. — Abstendo-nos de
naõ podemos com tudo deixar de affirmar, que os Authores delias contrahiraõ huma
immensa responsabilidade para com as Cortes, com El-Rei, e com a Naçaõ inteira,
a todas as Naçoens. — No dia 26 do passado chegou mais a este Porto o Navio San-
to Antonio, vindo d'Macao, trasendo a seu bordo presos para esta Capital, o Major
Rogou-se-nos que inserissimos na nossa Folha a seguinte Exposição feita por hum
dos Macaenses a outra restante; pois que naõ tinha podido ser impressa em Macao,
Senhor Redactor — Como a nossa Gazeta com o titulo d' Abelha da China naõ
admitte, se naõ papeis tendentes a fomentar, e corroborar certa opinião, que naõ
hé geral; por isso nos valemos da sua folha para manifestar os nossos sentimentos.
dos princípios liberaes, que formaõ o cimento da nossa Santa Constituição, que
abraçou, e jurou, sem a maior parte delle, saber o que ella seja, se deixou illudir,
fazendo-se instrumento de tudo quanto quizesse executar certa facçaõ aqui muito
bem conhecida, cujos Chefes, e Clubs nós também conhecemos: e d'aqui o que se
nada por 36 pessoas, algumas das quaes saõ os actuaes Membros do Governo. O
author desta Reprezentaçaõ he hum sogeito muito conhecido nessa Capital, pela
morada que fez ahi em huma Fortaleza; o seu nome se acha no Cartorio dos cri-
mes. Nessa Reprezentaçaõ se dizia, que o Povo queria huma Camara eleita por elle,
Eis se naõ quando sem sabermos nem o como, nem o quando, no dia 19 d' Agosto
em hum Conselho Geral, diante de hum Povo immenso junto n'huma Salla, cujas
portas estavaõ tomadas de marujos todos com seus cacetes,, diz Paulino da Silva
Barbosa, ora Vereador — Todo este Povo quer hum Governo de 1784. Isto naõ
Constituição. Esse homem o Povo naõ quer para cousa alguma, unicamente redu-
res de toda esta tramoya, menos o da Representação, que naõ foi Juiz, por ser exce-
dido em hum só voto!! Eis todos satisfeitos com o novo Governo a que chamaõ
265
Governo Constitucional constando de hum Senado de sete membros, dois Juizes
o Governador e Capitaõ Geral, que no mesmo dia foi eleito Governador das armas,
e no seguinte lhe mandou o Senado hum Officio, que principia — O Leal Senado
Mas nós que juramos as Bases da nossa Santa Constituição Politica, obediência
hum Conselho Geral depor o Conselheiro Ouvidor Arriaga sem ser ouvido, e no
dia 15 de Setembro hum concurso immenso da plebe sitiar as suas cazas, em quanto
ao que annuio o Governo mandando a dois dos seus membros conduzido entre a
sem até hoje se saber por que crime mereceu ser tratado d'aquella maneira . . .
Hum súbdito obediente ás Leis, e ao Rei poderá ver sem commoçaõ a Paulino da
Silva Barbcsa preso á voz d' El-Rei na noite de 15 para 16 de Novembro, acusado
por huma Proclamaçaõ, ser solto no dia 17 por dois officiaes do Batalhaõ P. R., e ap-
requerido hum Governo segundo o Decreto de 1.° de Outubro dando por motivo
naõ ser o actual Constitucional? A quem naõ admira ver augmentar o soldo dos
soldados, crear hum novo Corpo de Tropa da Policia composto de Sypaes com
fusão que reina nesta Cidade, que a simples denuncia de hum bebedo fez alvora-
çar toda a Cidade, convocar o Senado de noite do dia 2 de Dezembro, por que
guarda, e que sahia fora de noite! Porem no dia 4 do mesmo mez aprezentou o
novo Governador das Armas (Mello) por que o outro também foi deposto em
razaõ da reprezentaçaõ feita no dia 16 do mez passado hum relatório, pelo qual se
Muito teriamos que lamentar, se a Gaseta deste Governo naõ tivesse dado so-
beja matéria para os imparciaes julgarem como hé que este Povo tem entrado nesta
nossa revolução. Estamos persuadidos que este Povo sempre pacifico, e que se
gloria do titulo de Leal, e que em tres séculos tem mostrado a mais constante obe-
diência ao seu amavel Rey, naõ se arrojaria a semelhantes excessos, se certos es-
prensa fosse aqui real, nós também teriamos feito ver a sua ilusão: nós lhe diría-
mos: Vós dizeis que segundo a nova Ordem das cousas, o Governo antigo era ille-
gitimo, e anti-Constitucional; mas naõ vedes que elle abraçou a sagrada causa da
266
jurou as Bases da Constituição, que se está fazendo em Lisboa, ficando por este
acto solemne de adhesaõ a sagrada causa legitimado este mesmo Governo pelo
Decreto de 18 de Abril de 1821? Naõ seria para vossa maior utilidade, que obede-
çais ao antigo Governo, requerendo pelo direito de petição, que vos compete, aquellas
fim quizestes fazer hum Governo Constitucional, e qual este Governo? Espulsas-
tes do Senado o Ouvidor Arriaga, e o Governador Ozorio feitos pelo Rei, em quem
reside o Poder Executivo, e posestes em seu lugar mesmo dentro do Senado o Ou-
e paz; ereis mansos, e attenciozos huns com os outros, hoje andais inquietos, e so-
mentos, que fazem rir, se se podesse rir entre os males da Patria? Ah compatriotas?
authores dos vossos males, e atinareis com o Norte da vossa commum felicidade.
cer ao Governo actual, assim como temos obedecido ao antigo, e isto para bem da
tanto dessa Capital, como de Lisboa, para que d'ali, como da sua verdadeira fonte,
ordem publica, pois que se ellas tardarem, e as cousas vaõ neste andar naõ sabemos
Concluímos ultimamente esta nossa Carta com as palavras do Poeta para lhe
significarmos a força dos nossos votos — Açude, e corre Pai: que se naõ corres,
Aos 6 o Navio Conde do Rio Pardo vindo de Bengalla Capitaõ Joze de Santa
Rita Cardozo.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
267
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AÕ sendo esta a vêz primeira, em que o ambicioso Somente este homem, a cujo aceno tudo obedecia em
Arriaga lança mab de todos os meios nab só impróprios, Macáo nío tempo do despotismo, hé que podia imputar ao
mas até indianos do carater Portuguez para reempolgar hum povo macaense huma tal aleivosia. Poiá se este mesmo
Cargo que havia occupado em huma vintena de annos, e povo era (segundo elle diz na mesma Chapa) desde que
em o qual havia merecido a execração desta Cidade; jul- vieraò os Portuguezes á China, sempre obediente ás Ordens
• i
gamos conveniente rasgar agora o tenebrtíáo vèo da impos- d' El-Rei de Portugal (e no tempo mesmo em que este era
tura a fim de manifestar aos nossos leitores o horroroso illudido pelos AuliCos, e Mandoens que o cercavao) como
crime, que este ex-Magistrado tem comettido, as intrigas deixaria agora de obedecer-lhe ? Como ouzaria oppor-se
e cabalas de que se sérvio para tornar a escravisar o povo a qualquer Ordem emanada de hum Poder Legitimo no
de Mácao, e anniquilar o plano da sua Regeneração Poli- tempo da Santa Constituiça#, em que naõ há nem AulicoS
»
tica •, verificando-se á risca o que havíamos escripto no nem Mandoens? Somente o ex-Ouvidor Arriaga he que
Este homem que no menciónado período sé reputava idola- há tantos annos conservámos com esta Naça# alliada.
iSHB
trado pelos habitantes desta Cidade, que punha e dispunha à Mas se El-Rei de Portugal estava bem informado dá
prò do seu intento de seus bens, e de suas fortunas; que ex- rectida#, e justiça do seu coraça# (como elle diz) e se elle
patriava contra a determinação das Leis aquelles, que seop- era homem recto, naõ tendo tido por esta causa sticcessor
punhab a seus interesses pessoaes, e cuja influencia era tál algum; como appareceo em Macáo o ex-Ouvidor Peixoto#
que na Corte do Brazil, e na Capital da índia fazia tudo Pára que se mendigava#, e extorquia# assignaturas uaro
quanto lhe dictava a sua imaginaçi# ; este homem que se ser reconduzido ? Para que se angariava# Chinas para pe-
havia intromettido em todos os ramos da Ádministraça# dillo ao Senado ? Para que se interceptava# as reprezen-
Publica desta Cidade, e em todas as repartições tanto mili- taçoens enviadas de Macào para o Ministério do Brasil ? .. .
tares como Ecclesiasticas, e que depois da installaça# do no- Talvez julgou que esta Chapa na# veria a luz do dia, e por
vo Governo se havia congratulado com eíle, por ver que isso se aventurou a tanto ! Porem que pertendia elle com
#
aquelle corpo, reconhecido desde séculos,havia reassumido huma tal exposição ? Ser pôsto pelos Chinas no lugar de
as suas anteriores atribuiçoens, como aquellas, e sua forma, Ouvidor, e que elles patrocinassem a sua causa? Acaso
as mais analogas, na5 menos ao âystenia do dia, que ás rela- ignoraõos Mandarins, que a conservaça# de hum emprega-
ções era que o mesmo Senado eslava para com os Chinas do pelo espaço de vinte annòs no mesmo lugar naõ seja
(Abelha N.° XV) este mesmo homem na# pode tolerar mu- intolerável abúso ? Que a diuturnidade do tempo os corrom-
do e quedo o patriotismo do povo dé Macao, em na# que- pe, e que elleS (Chinas) na# podem intrometter-se em cousatf
rer admittir a Fragata Salamandra; pois achando-se elle de semelhante natureza ? O resultado mostrou a ellevaçaõ
já quazi perdido, e observando que as Ortlens de Goa na# de seus conhecimentos políticos; é a setta se voltou contra o
l •
desta Cidade, se erigio em procurador do Commandante Alem disto; se a Fragata na# era hostil, (como elle dizia)
. «
da mesma Fragata, e fez subir á presença do Vice-Rei de e se elle podia pássar disto mesmo hum attestado aosManda-
Canta# huma Chapa (Supplemento á Abelha N.° XLIII) rins, como sé csqueceo logo disso asseverando na segunda
em que falsamente se queixava do povo de Macáo por nab chapa, que o Commandante, conforme as Leis, retivéra hum
• <
querer obedecer às Ordens d' El-Rei de Portugal. Brigue mercante de Macáo, e lhe pozéra dentro seis ho-
EV-& "'• i • « v w\. I
Ora esta calumnia hé detal quilate, que só lembrar podia mens para guarda delle ? Como se esqueceo do Navio Bar-
ao ex-Ouvidor Arriaga : Só elle podia confundir as Ordens de retto, que já dantes se achava reprezádo, e com huma
hum simples Governador, com as do Chefe da Monarchia j guarda dentro? Naõ hé isto huma evidente contradic-
por que nenhuma Ordem ou Determinaçaô d' El-Rei se çaõ ?, .. vamos adiante, e acharemos militar.
190 A AfiELH A DA CHINA.
O Povo de Macáo foi e será sempre manso e pacifico ; obe- Procurador da Cidade, principalmente para com os Chinas,
^ * • mm V
dece e obedecerá sempre ás Deterrainaçoens d^l-Rei de para naõ avançar taés expressões ! Sendo certo que a con-
monstro Togado. Elie reconhece na grande arenga feita vezes, e naõ amostrarem-se insensíveis ás desgraças da sua
ao Vice-Rei de Cantaõ o grande empenho, que havia para Patria; pois hé certo que ella tinha sido ameaçada por
está sugeito.
ch a (como se disia ein Goa) naõ protegeria elle á quelies,
Procurador) munido das Ordens d*El-Rei, e das Côrtés, e que dissipou a conjuraçaõ militar, se achou com forças su-
zo titulo de perversos; porem achando-nos promptos a se tomaraõ as precizas medidas para o socego publico, thé
obedecer-lhe, e a derramar, se precizo for, até a ultima hoje nos tem conservado huma paz, e socego perfeitos.
perversos aquelles que obraõ segundo a Lei Constitucional; do Soberano, nem d'aquelle, no qual o melhor dos Reis de-
antes sad beneméritos da Patria segundo o Decretaõ as posita parte do seu poder; por tanto sou de parecei, se to-
O Capitaõ de Fragata Joad Ignacio Lopes, único Officí- e chegando a Fragata, que se diz vem da Capital de Goa,
al, que nad annuio à reteuçaõ dos dois vazos, prova contra Vendo o actual Governo perigar a tranquilidade Publica, se
producentem. Elle reconhecia muito bem o caracter do naõ receba, e nem outra se deve presumir ser a vontade das
povo desta Cidade; sabia o estado de tranquilidade em Cortes, do Soberano Congresso, nem do seu Representante
que ella se achava ; naõ ignorava as intenções do seu Cóm- na Azia, naõ só pelo que tenho dito, mas principalmente
mandante, e a validade dás Ordens, e instrucções de que por se acharem affectos ás mesmas Cortes, e ao Soberano
vinha munido, e por esta cauza foi de voto contrario aos os negocios de Macáo.
do Conselho Militar congregado a bordo da mencionada Finalmente se o soccorro, que da Capital de Goa se envia
Fragata; o que mostra evidentemente que as vistas eraõ a Macáo, o que naõ ieputo desacerto ,suppostasas noticias
hostis, e que naõ saõ máos os particulares, de Macao nem de revoltas &a, que teráõ sido presentadas na Prezença do Se
hé perverso o Procurador, como affirma o Arriaga. nhor Governador naõ quiser regressar; mas pertenderentrar
e faça o mais, que bem lhé parecer ; e sobre tudo faça partir
1691, naõ merecem o epitheto de máos; antes seus nomes
bem analago a hum homem, que se denomina Cidadaõ lho gen 1 de 7 de Junho de 1823.
pacifico! Pois bastaria lembrar-se ter sido o Magistrado M cáo Secretaria do Leal Senado 5 de Julho de 1823.
1 iv
41 •1
• *
la occasiaõ. Quanto ao 3", he verdade, que se achavaS
que respondeo que sim, apoiado igualmente por Felis Vi-
' 1 I
' 1 ' • ' ' # * 5' t * ». % cuja copia V. Senhoria se dignou transmittir-me por ordem
çalves, que tinha visto dous ou três Marujos com suas ró-
mude de forma, para se naõ hir chocar com a antiguidade Carta dirigida ao Major Paulino da Silva Barboza para
Attentos Veneradores.
Antonio Joze de Vasconcellos, Antonio Joze Gonçalves
Pereira, Felis Vicente Coimbra. Fr. Joaõ de Santo Antonio. Paulo Vicente Bello. Joaõ de Deos de Castro.
—*xx*—
Filippe Jozé de Freitas. Joaquim Vieira Ribeiro.
OFFICIO.
Feliciano Narcizo Ozorio. Joaõ Nepomuceno Maher.
V. Mercês como Vogaes da Camara passada respondaõ ás Officio do Conselheiro Arriaga ao Vereador Paulino da
Silva Barboza.
perguntas constantes da Sessaõ, que por copia lhe remetto,
à melhor das Cauzas e da Naçafl, e de seu Augusto Chefe, Constitucional: ao que respendera o mesmo Major, que el-
le Fr. Luiz podia fazello per si só, pois que para isso tinha
cuja conservaçaS, e alta Cathegoria a maõ Omnipotente,
temos a honra de pertencer; natf estranhará V. Senhoria quanto elle lhe assegurava que havia hum grande partido
Constitucionaes.
se esta occasió para conimunicar ao Governo d'aquellas
Ilhas, a quem esta Cidade tem prestado taõ extraordinários 2.° Que logo depois do dia 18 de Agosto, em que fora
quanto pesados soccorros, a necessidade em que eslá de expulso de todos seus empregos o Conselheiro Arriaga, elle
satisfazer á concorrência da sua parte, e dos respectivos dissera a vários Moradores, que nada tinhaò feito, se para-
povos para a formaçaS resolvida do circulo Eleitoral, que vas alli, e naS deitavas immedialamente para fora desta Ci-
tem de eleger a qui hum Deputado de Côrtes, ná forma dade ao referido Conselheiro.
acrescentarei qualquer outra noçaõ (se for exigida) virá Agostinho de Sá.
e seguinte:
1.° Que no dia do Juramento da Constituição nesta Ci- NOTICIAS MARÍTIMAS = SABIDAS.
NA TYFOGRAPHIA DO GOVERNO.
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Carlos Joze Pereira. de Goa pertendia á força de armas redusir esta Cidade aO
DA CHINA.
194 A ABELHj
nhecimento deste o sobredito motivo (chamado attendivel) Naõ tendo visto pois atè agora coisa alguma destas ré-
Ora seria necessário suppôr inenos Lógica no Cabido, que dizer-se que naõ chegou aiuda carta official dirigida ao
sasse, como fez ; mas deveria a escúsa ser taõ calva, que cha- nesta piquena Cidade ha também alguns descontentes coin
masse sobre o Cabido, que com o Prelado de quem hè Con- a nova ordem das cousas; porem hó hum numero taõ di-
selho nato e faz hum corpo, parte da indignaçaõ do Sobe- minuto, em comparaçaõ dos verdadeiros Constitucionaes,
rano, como se deixa ver no Aviso Régio de 4 de Novembro que merece lastima, e compaixaõ. He certo que debaixo
de 1821, o qual transcrevemos na nossa Abelha N° tio titulo de Cidadaons pacíficos, e de veneráveis Ancioens,
XXXVII para que d>lle se naõ podes se allegar ignorância, (como os denomina o ex-Ovidor Arriaga) elles pertendiaõ
e em Macáo fosse dado à execução ? porem atè hoje naõ transtornar a fellecidade do povo Macaense, e lançar-lhe
nos consta, que d'ellese haja feito o menor cazo. os grilhoens que haviuõ despedaçado no dia 19 de Agosto
Em verdade; quaes saõ as Pastoraes, que o ExmÕ Prela- do anuo proximo passado, servindo-se dis mais atrozes
do hà expedido, como nelle se ordena, em que tenha mo- Calumnias, que a imaginaçaò do homem pode suggerir
strado que o systema Constitucional era nada offende a para proteger, segurar, e tal vez alhanar o caminho do-
dade do homem aquelle gráo de explendor, que devida- çado por terra, sem que pessoa alguma ficasse sepultada,
representação assignaúa por 36 pessoas, algumas das quaes raõ sobre maneira a tristesa do povo Macaense.
peituosa alluviaõ de males, que tanto affligiaõ aos Concida- se naõ hir chocar com a Antiguidade respeitada pelos Chi-
sem duvida Macáo haveria tido para com elle huma con" Ora se havia precedido a mencionada representaçaô, se«
ducta bem diversa; porem que podia esperar-sede hum o Major Paulino foi nomeado para hir na deput çaõ do dia
politicas e Commerciaes haviaõ invelecido no lugar ? 0 Se- parciaes que naõ sou bera õ nem o como, nem o quando ?
nhor Redactor naõ devia abster-se de Documentos que pro- Como tiveraõ o descaramento de affirmar, que à excepç iõ
vassem as intempestivas e impoliíicas innovaçoens de que faz do Author da Representaçaô de Fevereiro, todos os membros
De lealdade firme, e de obediência ; diraõ que a Fragata Salamandra aterrava Macáo inteiro#
D A C H 1 N A.
J96 A ABELHA
e que seus habitantes correriaõ ao pelourinho a levar açoi- Se nao tivesse a certesa dos sentimentos Constitucionnes,
tes, que a Imprensa iria dar consigo em patana, e que o que anímaó a V. Senhoria, e que bem longe de dar a mais
Redactor da Abelha da China teria a mes ma recompensa leve attençaõ a criminosa causa de taes levantados hade
que teve em Goa Luiz Prates de Almeida e Albuquerque, adherir à da Naçaõ, naõ lançaria maõ deste expediente,
que foi atroz e vilmente assassinado de fronte do Palacio que espero ser de V. Senhoria executado. = Dtos Guarde
do Governo por vis e infames assassinos; porem enganaraõ- a V. Senhoria muitos annos. Bórdo da Fragata Salaman-
se: a Salamandra ficou Salamandra: os Portuguezes de dra ancorada na Barra de Macáo 19 de Junho de 1823.
7
I n
e posto que viesse envolvida em montoens de PALHA para gata Salamandra = Senhor Sebastiaõ Lopes Ramos Io Te-
chegar com menos incommodo, todavia ficou (contra a nente da Marinha Nacional, e Real de Província de Goa
opininõ do vulgo) sostentando-se, e vivendo sobre as agu- Proprietário e CoTsmandante do Navio Luz.
as do mar, sem enlr.ir no fogo (queremos diser no porto Dirigio o Commandante da Fragata outro do mesmo
desta Cidade) e a nossa Abelha continua os seus voos naõ theor e data ao Capitaõ do Navio Carolina L. J. dos Santos.
amenas da Europa.
Paulino da Silva Barboza.
dade de aliciar ao seu nefando partido, ou por sinistrai me fez escutar a voz da seducçaõ, como mc expliquei no
Vias ao Senado, quando esperava que se me fiàqueasse a en- evitar algum insulto popular, e lhe dirijo esta em quanto
trada, e concorresse com as providencias de que precisa a o espero para com os mais vehementes rogos lhe commetter
Fragata vinda de taõ remotos Climas com huma numerosa a defesa da minha cauza assim com os seus Collegas, como
Tripulação, observo que logo foi interceptada para nao com o publico desta Cidade, enlregando-me todo ás dispo-
entrar para dentro do Porto, vedando-se-me todo o genero ziçoens de y. Senhoria. Feliz cu se esta minha conducta
de communicaçaõ da Terra, cuja violência foi appellada poder desvanecer qualquer desfavorável idea, que possaõ de
pelos Chinas, illudidos pelos mesmos réprobos, que os sou- mira ter formado os meus Patricios, e quantos habitaõ
beraõ persuadir de maquinações malévolas altrihuidasa mi- este Paiz. Tenho a honra de ser
posturas fundeado fora da Barra sem providencias algumas, Julho 19 de 1823. 0 mais reverente súbdito e Criado
e até falto de mantimentos, e agoada, generos de primeira D. Joaquim d' Eça Lobo de Almada e Castro.
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HOC TEMPORE
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dia isto fazer por muitos motivos, que elle naó ignora por
MACAÒ.
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Carta do Baraó de S. Jose de Porto Alegre ao Leal Se- dante calado ; e como me ordenou também, que naõ sò
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por tanto rogo a V. Senhoria seja servido dar as providen- '• ' * ' d S i * ' i * f 4
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o seu 2o ferro, e ponha em baixo as vo*-gas, e ma tareos dos
19 de Junho de 1823.
Birao de S. Joze de Porto Alegre.
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Documentos.
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gata, e juntamente obrigando que lhe desse de comer ; e entre com elle para dentro do Porto sem o participar a esta
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intimou vocalmente que eu amarrasse o Navio em douS Fragata, e menos possa faSer descarga alguma dos effeitos
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ferros, e naõ contente com isto mandou do seu bordo huma que traz a seu bordo, a cxcepçaS unicamente dos artigos
Ordem por escripta, que com esta remelto a V. Senhoria pertencentes àos Chinas, apresentándo-me os respectivos
a fim de ficar inteirado de tudo e por tudo ; como também títulos sob pena desta Fragata proceder como for de rasaS
me ordenou o dito Commandante, que eu mandasse a vistas as circunstancias occorrentes. Depois de feita a
Lancha do Navio a seu bordo, sobre isto lhe propuz, que intimaçaS, e lavrada pelo dito Escrivaõ será assignada pelo
ella he dc grande necessidade para o Navio, e eu naã po- I referido Commandante do mencionado Navio, ou quem.
D A CHINA.
198 A A B E L II A
seu Navio para dentro do Porto ; naõ lhe podendo ter cau-
do Navio Barretto Júnior que asseifou, e se assignou nesta
CertidaÔ comigo Escrivaõ que o escrivi, e me assignei. sado o mesmo expediente maior detrimento, por isso mes-
Bordo do Navio Barretto 10 de Junho de 1823. Diogo mo que no pouquíssimo tempo que elle durou, era imprati-
da CostaJFernandes, Angelo J<>ze Barradas. Está conforme cavei a entrada por causa das agoas. Restando-me declarar
• ;X*. ' »Í
era ut supra. O Escrivão da Fragata Diogo d* Costa a V. Senhoria que tenho recebido de bórdo do sobre dito
de Mar e Guerra ; que sobre isto lhe respondo com todo = P. S. Também recebi doze Marinheiros e hum Tandelj
participante de tudo, que eu do meu motu proprio naõ lllustrissimo Leal Senado = Acabo neste momento de
posso faser cousa alguma. À Pessoa de \ . Senhoria Dcos receber aCarta do Commandante da Fragata Salamandra,
Guarde muitos annos Dc V Senhoria muito Attento Ser- a vista da qual sirva-se V. Senhoria mandar o Patraõ-mor
Barreto Júnior 19 de Junho de 1823. . dante que reraetto nesta. Deos Guarde a V. Senhoria
• • •• •• • - —
Carta do Commandante da Fragata Salamandra ao Baraõ tumava compor aquella Camara, e dizer-se que saõ cinco,
lllustrissimo Senhor = Estando V. Senhoria sobejamente lhor, Senhor Redactor, depor hum péssimo Ouvidor, que
inteirado das circunstancias poderosas do momento que se tinha tornado o objecto do odio publico, e cuja falta
me forçou a emprehender a interina detençaõ do Navio sempre se suprio com hum Juiz leigo, ou mandar para
Barretto Júnior da propriedade de V. Senhoria, e como Bombaym huma Relaçaõ, que naõ pode ser substituída
A ABELHA D A C H I N A. 199
_______^_ —
lhaõ, naó foi por àcclamaçab geral do Povo, foi sim pela
ConstituiçaÕ he argumento para que naô podesse installar-se 80 caixas de Anfiaõ, saõ nisto huns Caluraniadóreí j por
que tal licença naõ dei nem por escripto, nem vocal, como
hum novo Governo em Macao, por que razaô este mesmo
se haviaô juF.ido as Bazes da ConstituiçaÕ : e por isso de* Sc» Attento Venerador e Servo = Pauk) Vicente Bello.=
A ABELHA DA CHINA.
200
Senhor Redactor. I 3." Que hé bem sabido em Goa que o governo dc Ma_
nella proximamante tem succedido j e que a Junta da | & Fragata a,; apor,ár
%
rias para o dito fim. E como todo o Cidadaõ Portu.
sruez por Artigo 14 das Bases da nossa Coustituiçaò tem | ... .. , . . .... .
1
* * "ida dispotica, iIlegal, óppressiva, e quimérica, da qual
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direito de faser reclamaçoens e representaçoens tenden-
nenhum bem resulta, e só hé enorme despesa de muitas
e arruinado de todo.
0
6 Que a nab dar-se o enorme prejuiso da Fasenda
_ publica.
por isso a confirmaçiõ ou desaprovação da mudança que assim o mandar, no que == R. Mefce. = Malwan 1.° de
houve em Macáo naõ depende do Governo de Gôa, mas Abril de 1823 = Bento Zefyrino Gonsalves de Macedo
(#) He verdade que partio para Lisboa a bordo do Navio 1.° Rei do Reino Unido, mas foi na qualidade de Escrivão
naõ obstante serCapitaõ de Milicias, e Secretario da Academia; e naõ por Deputado desta Cidade por que nella ainda hà pes-
s de talentos, e de grande préstimo para irem nesta qualidade. Se foi, seria tal vez como procurador de algum particular, o«
particulares; por que em fim taes eraõ as circustancias. . . . } As ordens vierao de Lisboa.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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HOC TEMPORE
que esle enviara a JSÍncao por motivo da chegada da benefícios do Império em os tratar benignamente há muitos
llemI e,les ao
O GOVERNADOR de CantaÕ, e o Marechal Chen j ° principio palear a verdade, e ainda argu-
menti,r
participamos, que no dia 29 de Junho havemos recebido o j co.nnosco, nós lhes esposemos com força a» ordens
Officio de V. Excelência relativo ás providencias dadas, í «le V. Excellencia ; repetidamente os illustran.os, e havendo
\ia dos Anistas, (t) feitas a l.a destas pelo Ministro de Ma-
pedia, que sem perda de tempo se lhes ordenasse, proves- frer pelas vexações, que lhes fasia pedindo ao mesmo tem-
Procurador Joa# (de Deos) (3) e o Interprete Cum eadmitti- | Passado algum tempo, veio outra vez o Procurador com o
O Interprete da Cidade disse, que assumptos de consequência deviaõ ser tratados^ no Senado, he ao que alhide*
(4)
Era# soldados, que estavaõ no mercante retomado ; esta e outras faltas da exactidaõ da nossa reprezentaçaõ torao orde-
(5)
nados pelos Mandarins em nosso favor.
l)e manhãa voltara# sós para o Senado, e de tarde estivera# com os lingoas a emendar, segundo a direcção dos Mandarins,
(6)
1 t: í
o Officio ja feito. - * * "• " '
A ABELHA DA CHINA.
W2
Officio, e marinheiros, e nós aluindo o Officio vimos, que ] juntamente com «lies levasse os 6 marinheiros para a
Fragata.
a* suas expressões em nada differiaõ, do que tinhaõ confes-
nhei!
cus os ao
au Procurador
rrucurBuur ate
até .c.c.u
serem pedidos
j.cu.uu, n*
„ outro u,a.
dia. . « Com mandante, e Cabral naõ queriaõ fazer o rol dos
A 3 de Julho pelas 6 horas da manhnâ o General gradu- mantimentos para o entregar ; ma# que enviaraõ hum dos
adode Hiam-Xan mandou o Coronel C,au com hum Lingoa seus <12) com huma representaçaõ. Chegado a nossa
para que fossem n'hum Taó (barco de guerra), levando prcser.ç i, temendo que a tal representação contivesse algum
-coms;go hum barco de carga, a Ca-Kiam na franquia :de obstaculo a conclusão do negocio, naõ julgamos proprio
Macao a chamar, e conduzir o Official Cdbral, e o Comman- abri-la, e entregada aos lingoas para a traduzir ; (13) mas a
dante Joaquim Mournõ ; e com effeito chegaraò com elles retomamos ao mesmo Official, e procedemos a mandar com-
depois do meio dia : Nós os examinamos, e perguntando- parecer o Ministro Portuguez, que tinha feito as represen-
lhes a que vu raõ a Macao, de que lugar sahiraõ, e quem taçoens a V. Excellencia, para lhe fazer perguntas (sobre a
Tc
os mandara : Pisseraõ, que eraõ de Goa, e que o Governa- Fragata). No dia 5 pélas 5 horas da tarde o Official enviado
dor d\iquella Cidade ouvindo dizer, que os moradores de ©apresentou, e nos lhe exposemos o que os de Macao, e os
Macao se revoltavaô ao momento contra as leis, por isso da Fragata (onde elle estava) tinhaõ dito, e lhe pergunta-
mandava 6 Officiaes com 69 Soldados, os quaes juntos com mos, por que naõ procurava, que os da Fragata tomassem
os da Gunrniçaõ fazinõ 83: que igualmente traziaõ officios, mantimentos, e se auzeritnssem, mas pelo contrario ainda
que regulavnõ os negócios de Macao. Que tendo fundeado queria metter outro requerimento, (14) e havendo inquin-
em franquia expediraò hum official da Fragata com hum j do delle, o que continha este requerimento disse = A Fra-
'Officio, o qual se nbrio no Senado, e quando menos o pen- j <rata veio pôr o Governo, que tem durado ha 300 annos;
-saraõ os Senadores de Macao naõ só naõ pedirão os Offi- , peço que os Chinas vaõ para oulra parte a fim de naõ fica-
dos (8) para se publicarem, mas ainda mindarao, que a i rem por descuido lesados: a Fragata de nenhuma sorte pode
Fragata voltasse, e naõ entrasse em Macao, c que naô lhes soltar para o Reino, &a. &a. Nós com boas palavras o
»davaõ viveres ; (9) que elles neste aperto participavaõ que ; persuadimos a que esperasse ordem do sen Rei, e o ajuda-
visto os de Macao naõ obedecerem de boa vonlade volta, j riamos; porem clle esteve sempre teimozo na sua perten-
rinõ ao Reino a pedir ordem d' El-Rei, e depois tornariaõ | ça5, e com arque indicava huma inflexível contumácia,
n recorrer a mediaçaõ da China com muita satisfaçaõ sua t | Nós examinando, e reparando nas circunstancias, que tinha-
quanto aos mantimentos, que naõ os exigiaõ aos de Macao; | mos observado ti«õduvidamos, que a vinda desta Fragata a
mas pediaõ licença de voltar á Fragata a fazer o §eu rol, | Macao, representaçoens em Canlaií, e mais cousas relativas
esperando, que nós lhes fizéssemos a graça de lhos dar: a este assumpto era tudo armado por elle Ministro : julga-
•que o nomear o Ministro de Macao pertencia a Portugal ; | mos por tanto, que se naii devia permittir, que se demorasse
mas, que o Governador, e Officiaes Militares eraõ enviados ! por mais tempo na dita Fragata ; e fazendo Conselho man-
de Goa; que nos Officios que traziaõ estava declarado j damos aos Anistas U-Tum-Juen, &a. que o levassem para
qual deveria ser em Macao o seu emprego, e que como | ©s seus barcos, para alli estar socegado, e ordenamos ao
estes se naõ tinhaõ aberto, o naõ «abiaõ ; qnede boa vou- General de Hiam-Xan, que apromptasse huns poucos de
tade levariaõ os marinheiros aprisionados, &a. &<». Nós Taós, e determinasse bons Officiaes, para que aqtielles fos-
conformando-nos cotn a intençaõ, <jue V. Excellencia tem, sem separadamente fundear perto da Fragata, estivessem
de imitar o Imperador em dar bom acolhimento aos Es- de guarda a cila, e observassem seus movimentos. He
trangeiros, (10) com boas palavras os consolamos, e oh*er- razaõ, que demos disto tudo parte a V. Excellencia.
vamos, que elles condescendiaõ, e se retiravaõ satisfei- j O Governador de Cantão, e o Marechal Chen participa-
tos (II) logo ordenamos ao official, que os trouxe, que i mos a V. Excellencia com data de 5 de Julho, em como
(8) Pediraõ-se.
Julgamos que aqui haverá a mesma falta de sinceridade, que em outros lugares temos notado.
[11]
O Tenente Nogar que em lugar do rol promettido trouxe hum requerimento; allegou alem de outras couzas, que os
[18]
soldados eraõ 7 ; e o seu Lingoa foi esbofetiado e prezo, e no outro dia de manh&a hum servidor do Conselheiro Arria-
_
A ABELHA DA CHINA.
20 3
checando a Macao na qualidade de Delegados, tínhamos di. da Fragata para Senado, e lhes mandamos que immediata-
as successivos examinado o assumpto relativo aos Estran- mente abríssemos Officios, mas estes disseraí, que sem
meio dia chegou a resposta do Procurador, disendo, que resposta, e viveres: outra vez mandamos ao Interprete;
na conformidade do aviso, estavaõ á espera. Nós recean- quee.a alta voz perguntasse a todos os circunstantes, os
mandamos ao Ministro, que escrevesse huma carta; (19) que gata vendo isto dissera», que naõ queria» Officios, nem
Commandante Joaquim Mouraõ, e o Official Este fique, fora os Officiaes da Fragata ; e outra vez exposemos aos de
e chegando estes pelas 10 horas da noite, os entregamos aos Macao as Ordens de V. Excellencia abrindo-Ihes os olhos,
Anistas para os conservarem nos seus potoens (barcos muito propondo-lhes por huma parte a utilidade, e alegria, (obe-
commodos).
decendo) e por outra os prejuízos, e dôr [desobedecendo] ;
cr
ados Estrangeiros [qual era esta]; e tratando-os cora
governo, que durava ha centenares de annos, e observar
15
16 Nas noT veio èst°a'representação &maõ ; porem sabemos pela sua carta ao Commandante, ser a traça de abrir no Pagode
ProUse7a;;\"mp^esmemeda^ãbertu» dMvia. nôfcnado: hè verdade que muitas veses foi exigida pelos lingoas a presen.
[17]
ça de todo o Senado no Pagode, fora da Cidade ; mas naj, se falava de ali. se «bnrerai asJiai. (
Militas veses nroDOseraô os Mandarins esta abertura sem império, antes parecendo dispostos a ouvir a ne„ativa.
r is
Foi apresentada ao Procurador para ver, se continha alguma cilada, e se copiou : tal era a desconfiança que tinhao do
[19:
201 Naò°ho uve 'tal sermão no principio, e os Officiaes da Fragata vieraó immediatamente depois dos Delegados.
21 Dissemos que por Decretos modernos naõ estávamos sujeitos a Goa ; mas nio nesta occasiao.
Tantas exajeraçoens, e mentiras mostrio que o Yice-Rei e.tara empenhado na recepção da l-rajata.
[27]
201 A ABELHA DA CHINA.
CORRESPONDÊNCIA.
sendo já tarde para voltar para a Fragata, íoraô outr a vez
Senhor fíedaclor.
condusidos para os potoens dos Anistas. No dia seguinte
cia do que se tinha passado desde o dia 6 por diante a res- Porem como nós naô temos desembarcado qualquer
peito do assumpto dos Estrangeiros. Aos 9 mandamos AnfiaS, provar-se-ha por huma referencia a mesma carta
outra vez o Lingoa, que fallasse da nossa parte aos Officiaes ao Illustrissimo Leal Senado, que semelhante declaraçaõ
d'Alfandega.
muito satisfeitos, e acceifaraò ; mas accrescentaraò, que Caixas de Anfiaò em pleno dia sem primeiramente obter
V V
nestes dias havia siguaes de máo tempo; que entre tauto a concurrencia do Juiz de Alfandega?
quer Anfiaõ.
AV1Z0 Jose de Almeida Carvalho e Silva faz saber ao Publico, que elle se acha auctorisado para alugar as cazas
onde morou o defunto João Jose da Silva e Sousa, que ficaráò desembaraçadas athe ao principio de Setembro proximo
quem quiser tratar com elle pode dingir-se a sua caza todos os dias, de manhàa athe as 8 horas, e do meio dia athe'
as duas da tarde.
TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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OBSEQUIUM AMICOS, VER1TAS ODIÚM PARIT.
morte á escravidaô.
haveis julgado necessárias para a execução; e progresso da
Leal Senado.
ternos, ou externos inimigos hajao de prevalecer contra
a geral vontade da Nação. Sinto* comtudo, que a estrei- Illustrissirao Senhor Carlos Jozé Pereira A falta de
. tesa do tempo, e a aceumulação 4e negocios, vos hajão tempo e de portador me privou de faa>er saber ao Leal
impedido de passar estas orgânicas leis, relativas ao Tribunal Sènado o desembarque do Conselheiro Arriaga, o que
da Justiça, e Finanças, &a. de que o progresso, e conso- faço por via da presente que deixo ficar a fim de ser re-
lidação do Systema Constitucional depende. mettida na primeira occasiaô. Logo que me fiz á vela
_• _ r
Eu por tanto, sob estas circunstancias, considero necessá- na franquia de Kaó pelas 2£ horas da tarde do dia 25 do
rio, que a Representação Nacional, se haja prontamente mez de Março de 1823 tempo em que ja natf havia em-
reunir ao redor do Trono, na forma determinada pela barcação alguma de terra, veio diser-nie o Conselheiro
Constituição, logo que a publica segurança, e a perfeição Arriaga, que elle por ora naõ podia continuar viagem aí
o Systema o requeira. I Lisboa como antes havia premeditado, por motivos tyue
•206 A ABELHA DA CHINA.
havia levado ao conhecimento do Soberano Congresso e do ção que devo ter como prezo, o Brigadeiro Joze Ozorio,
Governo pela Secretaria d* Estado da repartiça5 da Justiça durante a minha viagem, sendo que com a remessa do
rezoiuçaS encontrou em mim a natural repugnância, ja nho,que o Leal Senado o .reputou livre, d'aquel!a data
e.
por ignorar as cauzas, e ja mesmo por que me faria algum em diante, porem, como naõ recebi ordem em contrario,
atrasamento a navegaçafr, a que davamos principio. Em- pode V. Senhoria, asseverar ao Leal Senado, que eu satis-
ta5 o dito Conselheiro me entregou o Protesto, que se segue, farei a ordem que V. Senhoria me transmittio, em nome
«Senhor Joaquim dos Ramos, por motivos que tenho leva- do Leal Senado, remettendo incluso a esta, o documento
do ao conhecimento do Soberano Congresso, e ao Governo exigido. V. Senhoria, levará ao conhecimento do Leal Sena.
pela Secretaria distado pela repartição da Justiça, deven- do, o que nesta refiro tanto no que respeita ao desembar-
do ficar na China, tenho por certo que V. Merce me nab que do Conselheiro Arriaga, como no que respeita ao Bri-
porá embaraço, porque nad recebeo qualquer guia para gadeiro Jose Osorio. = Deos Guarde a V. Senhoria muitos
me conduzir tendo eu o meu competente Passaporte, e annos. Bórdo do Navio Vasco da Gama no Porto de
perdendo a importância da passagem que ja recebeo, no Anger aos 25 de Abril de 1823. Sou De vossa Senhoria
montante de 1,200, pezo9 por mim e meu criado, que Muito Venerador e Criado.
continuará, porem quando entenda que deve ter alguma Joaquim dos Ramos.
Macao, por huma Façaõ que ali governa hoje, com tad
do mesmo lugar.
resposta sendo negativa ao meu desembarque, tomarei de ficar em Wampoo someute huma pessoa a bordo o sabia
Miguel de Arriaga Brum da Silveira. Parte do Capitaõ do Brigue Assumpção ao Leal Senado.
O mencionado protesto, acompanhado das circunstancias lllustrisssmo Senhor. ~= Participo a V. Senhoria que
♦de que o dito Conselheiro havia sahido de Macáo com sendo eu Commandante do Brigue N. Senhora de Assum-
-o seu passaporte, e por isso considerado livre naó exigin- pção, que condusio ein Outubro de 1822 os sublevados a
do de mim documento algum relativo a segurança da sua Capital de Goa, e que recolhendo-me hoje 23 de Junho de
Pessoa, e ser omesmo que em 17 de Novembro p, p«; me 1823 d'aquella viagem, e estando ao pé das Nove-llhas de.
pedio passagem para si e sua familia, que verificou para mandando o canal piqueno da Praia-grande, e demorando.
si e seu criado, com o pagamento de nr:il e duzentos Pe- me a ponta de Kahó por S04S, derepente se aproximou
sos em 20 do Corrente mez, julguei que naõ tinha huma lancha com a bandeira portugueza, e me fez dois
-direito algum de o obrigar a seguir viagem contra sua tiros d' artilheria, hum delles com baila, a qual passou
vontade, visto que perante a Lei se mostrava livre de entre os mastareos de gavias -t em consequência do que
crimes, e eu naõ ter documento que me possa deshone- fui obrigado a por-me de capa athé que abordou a dita lan-
rar da responsabilidade que^hia a tomar sobre mim, e con- cha trazendo 15 Soldados, eotre os quaes haviaò alguns gra-
vindo no seu desembarque, este me pedio içasse hum nadeiros, hum Sargento por nome Felis, e hum Capitáo d'
distinctivo no Navio para se aproximar huma lorcba Artilheria por nome Fernando, e nove lascares. O dito
das que navegavaõ a alguma distancia do Navio, a qual Capitaõ ao subir do Brigue apontando-me cora huma pis-
ta a onde o seu Commaudante Joaquim Mourão Garcez Pa- que a maré vasava, e o vento soprava pouco do SE., assen-
lha tomou o meu passaporte, reprehendendo-me por naô tei ser melhor guardar a abordagem para hora mais pró-
ter hido ao pé da Fragata receber as suas Ordens; ao que pria, e navegar no em tanto a lorcha para fora para naõ
nem taô pouco o meu caminho devia s^r por onde estava a agoaceiro, foi o momento em que animando eu a minba
Fragata. Ordenou-me enlab que o Brigue d' ali na5 sus- gente á empresa, elles cora toda a resoluçaõ, apenas eu
peudcsse, nem descarregasse fasenda algurua, ao que res- tinha determinado o ataque, me naô deixara# acabar de
pondi, que elle Commaudante podia dar estas Ordens aos pronunciara palavra do Commando que naõ triunfassem
6 soldados, e hum caho que já estavaõ de guarda a bordo ja, e isto de baixo da bateria da Fragata. Cortou hum a
do dito Brigue, os quaes já tinhaô corrido baila a artilheria amarra com a espada, outros largaraõ o panno, e eu fiz-me
do Brigue, e igualmente as suas armas, pois trasiaò ordens de vela de baixo do fogo dos guardas lemes da Fragata
para fascr fogo qualquer Embarcaçaõ que se aproximasse perseguindo-me huma lancha com peça montada de calibre
ao dito Brigue. pelo menos de nove, por mais de meia hora a qual foi man-
Pelas 2 horas de manhàa desembarquei para dar parte dada pela Fragata era meu alcance. A lancha atravessou
de tudo aos meus proprietários; esta he apura verdade algumas bailas por cima do Navio» Vim navegando sem
de tudo quanto se passou, o que jurarei se preciso for. novidade e felizmente fazendo toda a força de vela, diri-
Deos Guarde a V. Senhoria muitos annos. Macao 24 de gindo-me pela Taipa quebrada, as 5 horas e meia da
maudante do Brigue Assumpçaô. 1 Ilustríssimo Leal Senado Barra. Sinto participar a V. Senhoria, que na acçaô hum
Officio do Secretario do Governo ao Commandonte do descarregado as suas armas de fogo sobre os de fora, e estes
Navio Luzt Sebastião Lopes Ramos, terem acutilado hum delles por que fizera resistência:
Resposta. çaô; alem deste o ferido também, que foi para o Hospital#
Ramos Filho.
tamente dispuz tudo o que achei proprio para o bom Nós seriamos fastidioso se hemprehendessemos recon-
meia, levando era minha companhia onze marinheiros, e Historia Portugueza; cumpre-nos unicamente o expor aos
guei a Kaò; achei trcs Navios e dois Brigues; hum destes Salamandra havia represado o Brigue Assumpção; nada
meu o achei ja ancorado de baixo da batheria da Fragata ; enluziasmo verdadeiramente Portuguez a vingar o atten-
A proroptidlo, e animozidade, com que este mesmo Povo neste assumpto, e os Mandoens armados á poppa, viviaõ
a boa ordem, paz, e sucego, que nelle reinaõ, vigiando polvora, e tirando huma grande porçaõ desta, com hum
>is consentirá ser algemado com os ferros do despotismo. que se deposessem, e se encerrassem todas as armas. Em
nellas a vista, por saber fatiar a lingoa dos índios por ser
Queira V M. conceder-me o favor, que lhe peço de publi-
e juslificaiçaó minha da confiança, que em mim puzeraò pa- determinaçaô na5 se eflfectuou immediatamente sem duvida
Recebido.
que a Sentinella destinada a observar o homem do leme
Joaò de Deos de Castro .... • • 100.00 trasia, e cora ella ter tao bom tino que de hum golpe o ma-
>1
Destribuido.
seguirão desfaserem-se d'aquella canalha assassina, matando
Treze marinheiros do Navio Luz a Sl.J s • • 409 50 três ou quatro delles, outros tantos se atiravas ao mar que
Hum dito dito ferido • • • • • • • 70- 50 seu piloto, e hum Andaluz meio piloto e hum marinheiro
Cinco Chinas voluntários da Lorcha.... • • • • 50. 00 havendo conservado punhaes occultamente levantaraó-se
1,000. 00
que antes de morrerem ferirão a alguns, e o passageiro
NOTICIAS ESTRANGEIRAS. de antes estava# a ferros por que este frenético depois
Manila. de ver-se ferido pedio que lhe deixassem a vida com res-
panhoes, que compunhas parte da sua tripolaçaõ, com Na coluinna 1* da pag. 201 depois do titulo faltou=
para o Senado.
a Derotta para á America pondo-lhe Sentinellas a vista Na nota 24 lea-se =* Perguntou se queriaõ que, &a.
TYPOGRAPH1A DO GOVERNO.
*
DA
H N A
• f ■
"hoc tempore
co» do Estado.
eleito por elle com as attribuiçõer, que tinha antes das Pro-
|
videncias do anno de 1784 = ; e por que muitos naõ esta- 3. Ainda que nem na acta da Sessão do Conselho geral
fiaò ao facto dessas antigas attribuiçSes, e se na5 pozesse do já lembrado dia 19 d' Agosto, que esse Leal Senado trans-
em duvida o que pertendiaò os fautores da Resoluçaò, se mittio a este Governo documentando o seu Officio N.® !.%'
declarou logo «= que nenhuma outra authoridade alem do deli de Outubro do anno passado; nem na acta da Sessão
Senado teria nelle ingerência «= ; que veio a ser o mesmo dessé Leal Senado d'aqueile, edos dous dias antecedente®
que dizer = naó queremos que o Ministro, 6o Governa- se mencionasse a depoziçio do Governador, e Ministro:
dor quando se tratar no Senado de negocios com Chinas, ainda que a existência de hum, e outro nada tinha dé repu-
tejaõ nelle ouvidos, e muito menos que seja presente o l.p, gnante com hum Senado como antes de 1784; com tudo na-
t presida o 9.° quando se tratar da Administraçatf, e Arre- da disto obstou para ewt Leal Senado contra a Cxprert#
210 A A B E L H .
D A C H I N A.
clausula proclamada da sua instauração se naõ arrogar, 6. Por todos estes motivos devendo supor que esse Se-
como arrogou as attribuiçoens do Poder Executivo: para nado, ou já tem perdido a opinião Publica? ou naõ tarda
authorisar a deposição d* aquelles primeiros Funccionarios, a perdei la? e receando que pela sua debilidade fizica, e
e Authoridades; e como se fosse erecto em Junta Provi- moral se possaõ ainda ahi reprodusir novas, e ainda mais
mas =, talvez fundando-se no Decreto das Cortes restri- restabelecesse o Senado, e o Governo, como estava antes
ctameute para as Províncias do Brasil de 29 de Setembro de 19 de Agosto do anno proximo passado]; isto hé quanto
de 1821, ffne haviao ali creado aquella Authoridade mili- o permittirein as actuaes circunstancias.
sagradas, e terminantes Ordens de S. Magestade: depois de pessoas nclla designadas. E como naõ convém que a pessoa
do rnez.
= P. R r= ao Brigadeiro Francisco de Mello da Gama
OFFICIO.
mento; cuja mesma existência tem estado ta5 arriscada á
2.°
vista das passadas commoçoens; podendo seus tunestos
Chinas, e dar como tem dado assáz cuidado, e feito lem- ou Ouvidor Geral dVssa Cidade, ou ambas tenhão sido
brar a este Governo a sorte que outr'ora tiveraS n'essa restabelecidas nos seus respectivos Lugares, ficará# sem
mesma Costa os florentes Estabelecimentos Portuguezes effeito as providencias dadas por este Governo na hypo-
D. Manoel da Cantara.
lecer a Ordem, a Paz, e o Socego Publico, e com este a
Deos de Macao.
será vacilante, precária, e nada profícua á Cauza Publica.
Deos de Macao.
Londres 16 de Abril.
Fia de Successaõ, da qual trata o Officio precedente. tem, e que chega# até 28 do mez passado, plenameute
Declaraçaô.
o louvor; eo que he mais notável, he que elle he com-
BAHIA.
offeusiva á sociedade, do que dar aos olhos de huma Naçuó
Noticia Official.
*elosa, com facto taò publico, esta nova prova de naò ha-
Senhor — Apresso-me a informar a V. M. que esta ma- ver entre nos iutclligeucia; havendo-a toda da parte dos
obrigados a retirar-se em desoTdem pela Legião Constitu- trataõ, e na5 deixando de haver para comigo alguma con-
destroço nas suas fileiras. As nossas tropas com porta rno-se tempo reconhecido pelo seu, e nosso Governo. Toda-
mesmo, a minha família* mais do que minha família, a mi- das circunstancias, a vari.dade dos molivbs*, c f cios espa-
nha Patria«e tenho, afinal, a satisfaçaõ de poder pro- lhados á semelhante respeito, que sena ò primeiro a não
vallo (a pesar de publicas prevençoens) com documentos diser m is huma palavra, e lev .rei ao conhecimento do
indeléveis, sem deixar de reconhecer, que naõ he obsequio, Soberano Congros o, e do Governo o re ciproco neebrdo
e sim dever o que se faz em honra da Patria, e pelo inte- o' adópçaõ de huma medida, em que ahás por ser infringi
resse commum do Estado, o melhor alvo, que a moral oflfe" da a melhor Lei do Codigo Constitucional, f. ço outra
rece aos olhos do Cidadãõ. maior violência a meus proprtos senti re tos, qual a de
Mas qual interesse commum padece com a minha demora mudo instru médio» para rtverter sobre o Leal Senado (a
por mais 4. ou 5 meses nesta Cidade ! Se as m nhãs vistas quem só desejo faser liteis serviços) as complicadas conse-
, que pideçn ! Sem força, sem opinião, sem génio pró- cular, ja como homem publico, contrahi cuffaffeanientos
rt rt
prio, nem algum fim para actos subversivos, pode haver licitos, de cujas liquid.tçoen* naõ fujo, altenta a minha
fundado receio, p ra logo exigir-se a aniquilação de huma graciosa garantia, e que carecendo aqui da minha existên-
família, que ha 17 annos, gosa o foro de domicilio, e que cia para indispensáveis explicaçoens (a bem de interesse, e
de nenhum modo o tem perdido! Naõ >crá certamente o que se podem reputar Nacionaes) ao menos até a volta
Leal Senado, que queira consenti'-, se ponha à Constituição nesta inonç..ò das respect;vas R«soluçoens, qualquer falta
mais este ferrele por huma mera suspeita, e preparadas proveniente da minha forçada retirada, i aõ pode ser-me
declarrçoens, em hum Paiz, aonde há relaçoe;»s exteriores, cargo, e sim de quem me violenta, havendo entre os Illus-
que fasem vigiar a nossa '•onducta ; e por isso naõ conVeui trissimos Vogaes do Leal Senado quem pode avaliar da
deixar prevenir contra a decidida vantagem de taò provei- importância desta verídica asserç ió, o que espero naõ seiá
toso Sistema. Athé agora huma voluntária condescen- tomado, se naõ como declaraçaõ justificativa das minhas
dência da minha parte, segurando sempre o preciso para dilligencias, abem de tratos tanto inais importantes quan-
AVIZOS. Sexta feira 22 do Corrente em Casado fallecido Jo õ Jose da >ilva e Sousa, se fará Leilão de vários moveis
de bom gosto; e se continuará os dias seguintes athe acabar, principiando pelas 9 horas da imnháa.
Pela Ouvidoria Geral se ha de faser no dii Sóbhado 23 cio corrente o Leilão do espolio, pertencente ao defuncto
Vicente Manoel Gonsulves, era a 3.# cava das escadjs de S. Paulo, teudo entre outras cousas, tuuita roupa uova de
Beogalla e de Europa.
NA TYPOG&APHIA DO GOVERNO.
1
À
DA
N A
4 è t t "hoC TEMPORÉ
GAZETAS DE PARIS
de que naõ jurarei; a qual de novo ratifico.
Os Ministros do Interior, dos Negócios Estrangeiros* D to elle naõ acabar. Para provar que naô procuro servir-
Queluz para informar a Rainha, por huma nota verbal, o Palacio do Ramalhaõ com minhas duas filhas (das quae*
que o termo fixado pela Lei para ella dar o juramento dezejo nunca estar separada) até que a estaçaô me per-
dignidade de S. Magestade.
D n
mettidos as Cortes os motivos de moléstia, que impossibi.
quez de Vallada a intimação de Felipe Ferreira, feita por liberdade de escolher o lugar de sua futura residência,
parte d' El-Rei, a qual devo responder «= porem que naõ se lhe permittisse levar com sigo as Infantas.
214 A ABELHA DA CHINA.
tempo que concordou com as opiniões precedentes, quiz para fora do reino; e no dia 2 de Dezembro (vespora do
Médicos o informem do estado de saúde da Rainha. reino huma Rainha; cujo9 louvores tem retumbado mais
N.° 14 Hé hilma carta do Ministro dos Negocios Estran- de huma vez nesta Salla, pelo seu apego e adherencia ao
geiros a Rainha, diseudo-lhe que se a vida de S. Majestade Systema Constitucional. E para que tamanha ancia ? Para
naõ perigasse, e!la deveria deixar o Reino no dia 4 de que tamanho desejo de apartar a El-Rei de sua Real con-
Dezembro, sem levar com sigo as Infantas. sorte, mergulhar em afflicça» toda a família Real, e dar a
N.° 15 Hé a iuformaçaô dos Médicos. Esta diz que se Naça» em geral a maior péua, o que teria acontecido, se ot
a Rainha se exposer a intemperatura da athmosfera, médicos da Rainha na» tivessem declarado que a saúde
•offrerá algum dos ataques, a que ella hé sugeita. Em con- delia se achava em perigo.
sequência do que o Ministro a notifica para que se retire " Esta usurpaça» feita ao poder judicial pelo executivo,
a Quinta do Ramalha», acompanhada das pessoas necessá- esta violaça» dos direitos pessoaes e reaés da Rainha, a
N.° J6 Hé huma certida» de na» ter a Rainha dado o as Cortes, (por que estas devia» ser consultadas em pri-
juramento da Constituiça» até a data de 3 de Dezembro meiro lugar, como prnpoz o Conselho de Estado); eslei
Hum Decreto de Sua Magestade, datado de 4, diz que da conta dada pelos mesfnos Ministros. He claro que a Rai-
em consequência de haver a Rainha recusado dar o jura- nha naõ pode verdadeiramente ser privada de seus direitos,
mento a Constituiçad, ella tinha perdido todos os direitos do seu dote, ou de sua liberdade pessoal, excepto por huma
civis e políticos, que pertencia» já a seu caracter de Cida- sentença dada pela competente authoridade: e como o ac*
doa Portugueza, jà a dignidade de Rainha; e ainda mais tual ultrage exige hiima prompta separara», proponho —
4<
que ella deveria sair immediatamente do território Por- 1 Que a Rainha, er/íe omniay seja restituída a liberda-
Outro Decreto determina que em consequência da infor- que ella se achava antes do Decreto de 4 do Corrente mez.
inaça» dos Médicos, deve a Rainha retirar-se para a Quinta •«2 Que se mande depois formar hum processo relativo
do Ramalha», até que o estado da sua saúde lhe permitta a este negocio perante aquella authoridade que as Cortes
Na Sessão das Cortes em 11 do corrente discutio-se outra com que se procedeu em Inglaterra a respeito da defuncU
e a Assemblea ordenou que fosse remeltida a hm na com- Rio de Janeiro, era abertamente a pessoa mais Constituci-
#
inissaõ especial, nomeada para examinar os documentos onal que acompanhou a EL-Rei, e continuou assim ate que
M0RN1NG CHRONICLE.
GAZETAS DE PARIS.
Esta clausula só se estende a elle, e naS a Rainha; e por
[jornal DE PARIS.]
súbdito. *
mento. Naõ o querendo fazer,' ella cabe debaixo da appiica- minasse a naô mandar tropas algumas para se reunirem ao
çaõ da Lei* bem que ósta, quando foi feita, naõ previsse es- Exercito Francez dos Pyrineos.
Realeza, tordo támbera efitra em huma defeza pessoal da Nota ao Príncipe de Metternich, na qual o Governo Bri-
Rainha, cujo caracter, diz elle, he ir^eprehensivcl, pois tânico decidamente se mostrava Opposto a que as Poten-
que ella se naò tem posto a frente de facÇúÕ alguma no seu cias Continentaes entrassem na guerra entre França é
DE
cada JnvèstigaqaÕ, e esperamos que nunca tal se fará; com Nova york 2 abril. Houve huma revoluçaô em Chr
tudo deve saber-se que a Rainha, logo quando voltou do li, e da Conceiçaô, marchava hum exercito contra Santiago1
DA china.
216 A ABELHA
Transcrevemos aqui a seguinte ordem de S. Mageslarie pa- minha familia, pelas razoens dadas, e agora mais publica»;
çaô induza dos indivíduos, que naó tendo outros meios daçaô, nada posso arranjar, parece que o ponderado addi-
Exercito os vadios que forem capazes para este Serviço, dente do arbítrio de V. Senhoria o defferir-me, ainda que
com as dos meus accusadores, deva ser por mim que a ac-
a Ley, nem passaô à ingerência de attribuiçoens judicia-
cadeia social, que taõ felismente nos prende, para naò sóp-
pôr que queira para outrem, o que para si, em iguaes cir-
à sua letra.
tiveraõ lugar, como V. Senhoria sabe; e só tenho a dedu- thoridade) naõ tem que ser responsabilizado.
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO.
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trou entre Murviedro e Almenara a principal força dos
ou Morte ! "
primeiras.
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O Chefe Politico publicou á segui aí e noticia. .
Entre a muítidà# de boatos, podemos dar a noticia de
íncommodo na sua saúde. Fora# recebidos pelos habitantes eminência próxima a hum máo caminho, e que tem feito
com gritos de "viva a Constituição, com o ítei Constitu- muito damno as nossas tropas, especialmente as do 23 de li-
geraí. ' V;
de cavalos para artilheria &a. Precisa-se de hum grandi
A ABELHA DA CHINA.
518
estes sentimentos.
quando chegaraõ elles ? Com tudo, as peças que aqui es-
PARIS.
modo possível i e nisto seraõ empregados, como jà se tem
como distinctos dos Gregos; que elles naõ lhe estaràB su-
hum quinto corpo, que aqui passará. Esta reducçaó do
ff f V • • •
Espiga naò tem obtido as suas Bulias de confirmaçafr, se naõ
para Touíonsa, é devem achar-se hoje em Pau.
Mayrnee 10 de abril. Todas as cartas de Vienna ainda Fernandes Thomas, publicada em Inglez por Eduardo
grahdè parte. A ultima Nota dé Mr. Gordon ao Príncipe Quando me veio as maons a vossa carta de 20 do mes
Metternlch contem huma declaraçaõ do Gabinete de S. passado, o nosso mutuo e lamentado amigo, Fernandes
Jámes, o iqtial considera a differença entre a França ea Thomas, estava nos parocismos do morte. Elle esteve a
Peninsula cóltio huma disputa entre aquellas Potencias lutar com ella por mais de seis dias, com toda aquella força
sòttíeníe, étóosfra que a Inglaterra naõ está de acordo a de hum virtuozo philosopho, e morreo as 11 horas da noite
Jozé J. F. de Moirá.
1 â
t f ' à kW • • • das resoluçoens ja d'antes . apontadas, e que involvem os
E vicerersa naô pôde ser responsabilisado quem naõ for mente, nad declararem em separado a sua opiniaS * nem
parte accusadora, ou de modo algum Agente do Poder. outro sim pertendendo, por forma alguma, atacar as me-
No \° caso porque se regulatJ as Leys, que castigaõ as didas sobre assumptos públicos, que V. Senhoria tenha juU
calumnias, e no 2o por estar determinado que os Juizes gado tomar, adoptando o methodo dos Conselhos que eu
respondaõ às Partes pelo abust) do mesmo Poder. Nem ja destingui de asseinbleas populares, ou para actos deter-
outra cousa deixaria baseado o novo Systetna. Accresse minados pela nova Lei, ou para o forçozo ajuntamento do
para respectiva comparaçaõ, que, tratando-se nas Cortes Povo era massa, afira de faser a entrega de seus direitos,
da criaçab d'hiim Tribunal extraordinário, composto dos a qual verificada, nem estas podem mais ter lugar, nem
Membros das mesmas Cortes, de que fallava o Art. 159 do o mesmo Povo outro recurso que o direito da petiçaS, com
Projecto da Constituição, este na5 teve lúgaf, por se o desafogo da liberdade de Imprensa, em differença daquel-
reconhecer geralmente na Assembléa, nao pertencer ao les Conselhos, 09 quaes naô he prohibido repetir tantas ve-
Soberano Congresso julgar dos delictos commettidos pelos zes, quantas o exigia o serviço publico* para combinaçatf
Cidadaons, lembrando so os lllustres Deputados, Sarmento, de composiçoens medidas, regradas pela Lei, e regimentos,
e Castello Branco, na SessaS de 4 de Fevereiro de 1S22, por que fora delles he, que ha a nullidade, como responsa-
dos exemplo* da Historia da Roma, e da França, para bilisaçaô pelas propostas, que forem contrarias á mesma
mostrar quanto estes Tribunaes eraô pouco proprios para Lei, por argumento do ^ 18 do Decreto das Cortes de 22
publica quietaçaS; pois que as vistas do mesmo Soberano de Setembro de 1821, que serve de regimento aos Conse-
Congresso saõ, alem de guardar a Divizao de Poderes, lheiros de Estado: nem finalmente querendo eu outra
fazer que haja inteira responsabilidade, e escrupulosa esco- cousa mais do que regular as mesmas acçoens sem respon*
lha nos Membros de qualquer Tribunal, e a maior impar- sabilidade própria como particular, ou como Magistrado,
cialidade nas julgaçoens, para inteiro convencimento dos e escutando-me em tauto quanto possivel, e decoroso a mi-
culpados : Escolha que nos mesmos Jurados está determi- nha ordem (e própria consideraçeõ de V. Senhoria) com
nado, que leve a mesma formalidade na Eleição, que a dos a vontade geral do9 Moradores de probidade, (que 9aõ as
Deputados das Cortes. A estes, ainda assim eleitos, se verdadeiras guias dos Povos) receberia de V. Senhoria
lhes dará o juramento, quando passaS ao exercido da sua favor, 9e, em caso de julgar necessário ordenar-se a con-
commissa5 i so entraõ na julgaçad os que naò saõ regeita- vocaçaô de novo Conselho, guardado o respectivo regi-
sempre as Partes, e feita a explicação do facto em questaõ tempo possaô fazer de aceusadotes, testemunhas, e Juizes,
por hum Juiz de direito, que depois o deve declarar. Ora, permittindo de mais, que eu appareça no meio de ta# Res-
se tal hè amarcha ordenada em julgaçoens, em que se peitável Assembléa, se assim for necessário, para fazer
trata dos direitos do CidadaÕ, ordenada huma tal escru- alguma explicaçaô anterior ao acto deliberativo, no mo-
prios Deputados eleitos, com toda a formalidade, nem minha pertençaô de addiamento de viagem pelos justos
o dos Jurados pôde ser suspeito as Partes, nem a estas embaraços nesta ponderados, para fazer escalla presente-
negada antecipada Audiência exercendo estes Juizes mente pelo Brazil a bordo do Vasco da Gama, e sem as
(*) Diz o Editor da caru que Mr. Bowriug soffreo huma longa e cruel prizaõ cm Frauça por deffender a cauza de
vistas de imprópria illuzaò á promessas anteriores, feitas particular, como prometteo, ou se accordou na Assemblea
Governo Constitucional, tique hoje he assás respeitado, resoluçoens# em quanto regrados pela Ley, e assim mesmo
melhor sabe, que someute tem a praticar factos justos, e chamo em meu apoio ; bem persuadido, de que as diversas
humanos, regulados pela Ley, e pelo proprio exemplo da circunstancias do momento, em que os passados tiveraõ
moderaçaò do Soberano Congresso, sem olhar para desvei- lugar, daràõ motivos pela comparaçaÕ do presente, para
rados conceitos, que conhecidos individues, em particular# mudança de resoluçaõ* a qual naò offende os Votantes, por
formem desses mesmos factos (como na Portaria de 5 de que hé dos sábios mudar de Conselho. Assim o disse ò
• 4 • «
Fevereiro de 1822, Diário NUm. 41 ao Corrigidor da Ma- íIlustre Deputado Borges Carneiro na Sessaõ de 18 de Feve-
%
deira, diz o Governo Supremo.) Os quaes conceito» naô réiro dê 1822 na questaõ d'Arantes com Pedfâ, para
sendo dirigidos por ta5 justas regras [que saò as precisas mostrar, que o Congresso naô era infallivel nas suas Deci-
entaõ igualmente na mesma liba] apenas merecerem o Nem oiltra cousa proVa o Decreto do Pcrdaô d' El-Rey
d es preso; tendo V. Senhoria em seu apoio as mesmas ao Conde de S. Miguel (de 28 de Fevereiro de 1820), que
finaes Rcsoluçoens do Soberano Congresso, pela huma- ja apontei, posto que em diversas circunstancias, pelo qual
nidade com que tem tratado aquelles mesmos, que em as próprias Sentenças dadas em caso julgado no Juizo
mui diversas circunstancias, fazendo retirar da Corte, e competente# mereceraô Ser revogadas pelas mudanças dos
detendo primeiro em prizoeus, em quanto se formavaõ tempos# que as occazionaraô. E a final quanto os meus
processos, naô se negou# nem as requisiçoens que lhe fize- aceuzadores # por que lhes nâõ fica vedado o meio com-
raô os presos, d'outra monta, para hir aos banhos das Cal- petente de seguirem a sua acçaõ dividamente, havendo
[que he doutra banda de Lisboa] como foi o Vis-Conde blico^ naô a particular vindicta, os força as semelhantes
de Villanova ; e se Te no Diário das Cortes Num. 148 o Representaçoens, contra as qUaes naô pôde haver outra
• * * i Jt
requerimento, e favorável Resolução, d' Estas ao Gurda- melhor barreira# que o Império da Ley, que invoco em
• « ~ ~ I, »
roupa Joaquim Joze de Souza Lobato, que pedio, e alcan- méu auxilio, sempre esperado de V. Senhoria, que melhor
■ j .
çou, na sua chegada a Lisboa, a precisa demora para pre- sabe, tem no artigo 6.6 das Bases da Constituição, alem
parar-se, e fazer a jornada de 20 legoas, que lhe foi orde- de tantas Portarias por mim a pontadas nesta, e anteriores
nada (dentro do mesmo Reino) o que uaõ he huma viagem Reprcsentaçoens, o terminante meio de conciliar a tran-
• •
como a minha# nem huma sahida taõ complicada a tantos quilidade publica, com a conservação dos direitos indivi-
%
respeitos, por cujos effeitos naô posso ficar responsável, duáes do Cidadaô pacifico, que lhe estaó a cargo.
estando demais taõ fraco, e abatido de forças, por minhas Deos Guarde a V. Senhoria muitos annos. Macao 14 de
cm vantagem alguma publica# que roe obrigasse a seme- Miguel de Arriaga Brum da Silveira.
para deixar de partir, mas unicamente para demorar a agente dos Senhores J. J, Astor & Son de nova York
servar entre si, como Magistrado, e athé na qualidade de S. Sebastiaõ em Hespanha, na idade de 19 annos.
AVIZO. Sabbado 6 do corrente se fara Leijaó publico em casa de Matheus Vandenberg das Coisas seguintcs= Toucado»
^ S*nhora»== Pannos de linho— Roupas usadas= Faca» e garfos= Tabacos de Manila= Vidraças= Presuntos da America
» Pipas de vinho Madeira^ Barricas de vinho Tenerife & elarete France£=± Yinho do Porto = Brande= Gina=€erveja & =
OVERNO.
»
A
DA
H N-A Cf
v "hoc tempore
gitel <T Arriaga datada de 14 de Março do corrente anno% gócios de Portugal em Paris. O ministro tem ordem de
o
nesta Cidade; e sobre o 3 , que nunca fora da int mçaô
exercito será dividido em três corpos, commandados por
V AMI DUROI El úti LA RELIGIOX. também que algumas tropas se puzerao da sua parte. O Rei
centes aos Súbditos do ReinO de Portugal. Este Decreto títulos e prerogativas. As Cortes occuparatt se no dia 8
he motivado sobre huma medida de segurança geral, e em coma formaçaô das milícias naciouaes.
tereircf/
á Corte de Vienua entregou ao Príncipe de Metteruictí
4
« 4
v
.9 '
A ABELHA DA CHINA.
222
441
A Assembléa Constituinte e LeghLtiva do Brasil V9
huma Nota diplomática da mais alta -importância, para
selha a 18 de Março. Elles responderão \ttfr assobios, e tri s descargas de mosqiietaria , no fim do que, aproximan-
signaes de desprezo aos gritos de rira VI Re? / e a arca* do-se ás birriras, as tropas e o povo repetirão as acima
41
Algum tempo depois Sua Magestade Imperial a Impe-
Governador Municipal, á frente de alguns soldados da Po.
va® a indignação do publico. Alguns destes indivíduos mais esplendida para a Capela Imperial, acompanhada
As tropas da Fé, commandadas pelo Barn® de Froles, e or.de Sna M'gestade, o Imperador Constitucional, havia
acantonadas iro Departamento dos Pyrenees Orientnes, passar Sua Magestade sahio logo de Palacio, e foi p ra
« ____
rhegad a 5,850 homens. O Corpo de Exercito reunido a Capell i Imperial a dar graças ao Todo Poderoso ; para
neste Departamento forma hum total de quasi 32,100 ho- o que a Municipalidade tinha dado ordem a hum solemue
mens. O Marechal Moucey devia chegar a Perpignan Te Deurn j a que assisti nó todas as Corporaçoens, qi e se
IMPÉRIO DO BRASIL. ceraõ nas jam llas do Palacio. Houve outra salva de 100
4
do para este muito solem ne acto 0 dia 12 de Outubro,
44 Idem 19 de Outubro.
Eu aceito o titulo de Imperador Constitucional e De-
Conse ho d* Estado e Procurador Ger i, e examinado as Magestade, perdoando aos desertores, que voltem aos seu*
representaçoens d.i» Corpor çoens de diversos Pr» vinci ts, regimentos dentro de dois meses.
44
Esta resposta, dada por Sua M?igestnde ao Presidente
mesmo anno, na qual elle diz a Sua Magestad •, que o
os lenços, &a.
machiav éticas, desorganisadoras, horrendas, e pestíferas, •
44
0 Presidente do Senado entoo gritou dando os seguin-
444
Viva o Senhor D. Pedro I, Imperador Constitucional Sua Magestade ordenou, que «e fisesse mudança na*
do Brasil, e a Casa de Bragança reinante no Brasil f armas, e bandeira nacional, análoga ao presente estado da*
<M cousas,
A Independência do Brasil !
\
A 4BELHA DA CHINA 2?3
para pôr termo aos sofF.i mento*, v pnv içoens que V E*.
de Novembro de 1822.
Goa, afunde serem iJi sei tenciados, visto que este Go-
Carta do Enf arregndo dos Negócios de Portugal na Corie ContinuaçtíÕ do A.° XLFÍ.
Provisória de Goa.
era a pertençaõ destes bravos Militares. Elles ..nheíavaõ
mas s m d'< que lies meios, que o antigo Governo lln s laci-
e logo que recebi os primeiros, naõ perdi tempo algum em
8; Outro engano; naõ foi preso antigo aig dos reffe ridos Qthcvacs. r 4
2S4 A A BELHA DA CHINA.
jitares, lie sem duvido hum «Deitado alé agora nunca Se o prender pois o Vereador Raimundo Nicolào Vieira*.
vi«L>, e a iiiinia ionde^cendenci« d<> Governo di índia cm fo: motivo bastante para se proferir «huma tal sentença
|ht «• Itir o regres»» dos mesmos < fficines p ra esta Cidade, contra o Governador de Macao, que argumento» naõ po-
e tu iiid r huma Fragata de GUERRA para os auxiiitr, deríamos nos fizer a favor de huma questaõ coroo a nossa ?
h hum f.iclo mine visto, nem sonhado De duas M is deixamos de bom grado ao juiso imparcial dos nossos
r ••
huma, ou eraõ innocriites ou culpados; se innocentes para Leitores, o pesarem a grande diffbrençi, que vai de hum, a
que «-s recooheceo como culpados, e os mandou processar outro accon teci mento, e as diversas circunstancias, de que
de r.ovo com a chegada do novo Ouvidor? Se culpados por foraó revestidos, a fim de que pnssaó tirar as precisa»
que lhe naõ d< o o mesmo destino, (pie aos primeiros ? Con- consequências. (Continuar-se-ha)
cínio. M is deveria o novo Senado de M icao tolerar mudo, Huma Dama IJcspanhola fez observar com muita graça
tasse remedo» à taõ grande inales ? Poderia sonhar que a permaneciaò addidas ao antigo Systema do Servilismo,
PLANO DE EDUCAÇÃO.
cm o anuo de 1787, em que sendo Vereador do Leal Senado
▼ernantes. Porque Sua Magestide, seguido disia o Pais poderàõ estar certos que eile será incansável, ein Ru
mesmo F.xc.ilentissimo General, pir»ha os Governadores inculcai os princípios da Nossa Sauta Religiaõ, e terá tod
nas Terras pira deffender seus Habitantes, e naò para os o disvelo para que os seus costumes sejaõ puros, e confoi
ultraj ir, e offmder. mes. Elie espera de Lisboa hom Ecclesiastico Irlandez
Remeti ido o Ex Governador com seu competente qual pertende associar a este Estabelecimento, e que pel
processo pira a. Capital de Goa, foi ali sentenciado, e seu character e instrucçaõ naõ deixará de promover o fii
pan do como consta da Sentença seguinte ® Seja preso na dezejado. Para que o» Discípulos tenhaõ hum curso con
Fo tales» dos Reis quinse dias em attençaò à prisão do pleto de Mathematicas haverá hum Mestre perito iPaquetl
algum. =*
Cidade. Calcutta, 5 de Abril, de 1&23.
che
iuví p ,1 n* 5a(*° recentemente da Cochinch.na, onde foi condemimdo, em consequência de avarias zrossa
n . .e í.e V1
' secundo Capitão, tein a honra de participar aos Senhores, e Senhoras desta Cidade, que cj
dC r
^ wh V i 7 umpreS° (
lJJa,idade de
Offic.al do mar, ou meios de voltar a França, dará liçoens da lin^oa francezi
e
H de Geograpbia, precedendo as ultimas huuia explicação clara e precisa da Espnera. Quem qui. er aproveitar-j
defias, poderá dingir-se á Feitoria do Senhor Freitas, e ali tratará com o dito M. Mergier sobre os utcenários aiustes^
NA TYPOGRAPHIA DO GOVERNO
A
DA
H N A.
a
HOC TEMPORE
NATIONAL GAZETTE, PHILADELPHIA hum ameaçado de que lhe agarrem todos os seus thesouros
Falta do Príncipe de Talteyrand feita na ocra si ao em que mento em que será obrigado a fechar suas manufacturas,
paixoens.
deseja a paz.
domínio Europeo assim coino nossos visinhos Americanòs;
Disem-lhe que a honra de sua Coroa está comprometti- porem seremos mais discretos, e por consequência mais
da por naõ ter elle vingado os insultos feitos a Fernando. felizes do que elles. Nós não desejamos, nós detestamos
Seu antepassado Luis XIV naô vingou insultos muito ma- governos democráticos tumultuosos, e bárbaros, que dege-
iores; ea pesar disso Luis XIV he hum modelo, quando se neraõ em despotismo e anarchia, e que se accommodaS m*
♦
A ABELHA DA CHINA
227
V * t"
levando com sigo toda a tropa, excepto huma sentinellaj
ma sorte que o Despotismo —Temos a V. M. Imp., uosso
nossas esperanç is. ,, noite, e veildo que naõ ião niudala, chamou o cabo da
i . . -x . • . • , • i - % s • a t* '
Na Gazela de 4 de Fevereiro vem bum longo artigo, em guarda, e ninguém Ili3 respondeo; e observando hum silen-
que pertendem mostrar anciosamente, que a America dó cio taõ estranho, dirigio-áe ao corpo da guarda; mas qual
do Imperador, introdusio na forma dó Ceremonial, transmit- e por alguma ordenança que tinha em sua casa, encami-
tido a todas as Províncias, huma clausula que declarava nharão se para a porta que chamaó de Parian, aonde havia
que a aclamaçiõ se faria debaixo da condiçaÕ de que pri- huma guarda de soldados Panpangos commandados por
meiramente o Príncipe juraria a nova ConstituiçaÕ que hum Capitaò, aos quaes iuformaraõ da novidade.
1DIISmiSSR
te ao dos Estados-Unidos, a testa do qual clle queria pôr deo conheceo a dificuldade que havia para entrar, e que naõ
verno, na qual ticárão de ambas as partes alguns mortos, e der- unio ao resto do Regimento, que ao todo chegaria a 800 ho
o governo daquella parte do Brazit venha a cair etfectiva- seu papel poucos momentos, e voltemos tristemente a
ral, cujas acertadas disposiçoem privarão ao infame Novales rão ao primeiro seu Generalíssimo e Imperador, e ao Sé-
5
A ABELHA DA CHINA.
Concluída esta theatral ceremonia offereçeraó aquellos seus proprios filhos, se naõ fosse hum General que ao*
dois infames aos Soldados hum saque geral de Manila primeiro aviso qu„ lhe deraõ da suhlevaçaõ do Regimento
por 3 dias. Estas (izongeiras esperanças fomentadas pelo cP El-Rey naõ poupou meio nem fadiga alguma para oppor-
excessivo néctar de bucho que ja tin nó em suas cabe- se as infames idéas, dos que se poseraõ a testa delles. Com'
ças os fazia romper em exclamaçoens as mais barbaras actividade própria cPhum sábio General ordenou que se
verso sanguinário, quis fazer outro tanto ao Commandante Rebeldes repartira» a sua do modo seguinte: Novaler
do seu Corpo D. J«»sè de Santa Romana, o qual prevenido postou-se na esquina do Cabildo defendendo a rua real, que
por hum aviso que reeebeo do Tenente do mesmo Corpo deita para o Consolavct, e a que vai para S. Domingos, sus-
D. Antonio Limou, e favorecido da escuridade da noite, tido por huma p,-ça de 4. Ruiz poz-se na esquiua do Pa-
pode livrar-fce deste ajuntamento de assassinos, que naò res- lacio defendendo igualmente a rua que vai par S Agostinho
piravaó por toda a parte mais do que roubos sangue e desgra- e a do Arco, apoiado igualmente também por outra peça
ça. A outros muitos respeitáveis indivíduos qucreriaó sacri- dhgual calibre. Para as esquinas d'Audíencia, edo Ho,( itai
ficar i mas ou fosse por que jà ília amanhecendo, ou por Real desiacaraõ os sargentos, que tinháo de mais confiança,
que segundo seus planos se devia reunir toda a Tropa que cora ordem de detieuderem aquelles pontos até morrerem :
estava de seu partido, se dirigirão a Pr. ça da Coustituiçad, seriaõ couza de 1 horas ou b da manhnã quando uosso 11-
aonde ja estava o Capilaõ Novales dispondo em sua exalta- luslre General dezejaudo sempre evitar o derruinaiueuto
da imnginaçaõ das vidas, honras, e fasenda dos (idadaos de sangue, otfereceo huiu perdaò geral a todos os que de-
cie Manna com a mesma sati>façaó com que podia fasello pozessem as Armas , mas elies cegos, e alluciiiados com vaus,
o Imperador da China. Assim otferecia continuamente e hzongtiras esperanças que lhes tiuha dado Novales, naõ
a seus Soldados, que desgostosos de que se retardasse tanto quiserao ouvir avozdeh.in, que qual temo pai dez ja o
tempo o saque, que lhes havia promettido, de» javaó che- ai repeuUimenlo de seus hlhos,entaò o Geueral clauuo oiueui
gasse a hora de po lo em execução. d'alaque poz-se ali mesmo a Rente u'iiumu das coliumnas
nao morrerão.
Pampangos, para que fossem informar a seu Corpo, que Nodialõ de Agosto falleceo em Cantaó Nicholas. G.
de S. Tiago, aonde clle os esperava. Naõ se tinha passado da partitipaçaô, que tivemos de que havia cahido hum erro
muito tempo quando este valente , e acreditado Batalhao esse uc lai. Os Compositores.
virou para o pé da muralha da qual deituudo-the escadas Ni ticia Marítima = Entrada= Aos ]» do corrente a
conseguiu meler-se dentro disposto a sacrificar-se gosto- Palia Conceição vinda de Timor, u&P^ò Vicente Francisco
AVIZO Pela Repartição dos Orfaons se ha de vender em publico Leilaô em caza do fallecido Pedro Candido dos'
Santos Vital, no dia 19 decorrente pelas 9 horas da manhãa, Jóias, Trastes de Ouro, e Prata, Madeira, hum Cronometro,
NA TYPOGRAPHIÀ DO GOVERNO.
A
A
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MACAO.
P
OSSUIDOS do mais vivo sentimento de gratidão pelos
XLI1I, e seguintes.
II
Não coutentes de abusarem da sua simplicidade com
china politica deste Estado perturbada, e totalmente des- taleza de Bom-parto,e logo que a reconheci fiz o signa!
arranjada desde o dia 19 d'Agosto do anno proximo passado. designado para que a guarda da Policia se pusesse em ar-
Com tudo he ao mesmo tempo verdade innegavel, que os No momento do desembarque do primeiro golpe de
tenebrosos e machiavelicos passos, que esses taes Espíritos gente, condusido pelos Illustrissinos Senhores Major João
desorganisadores e rebeldes hiaS preparando para a verifica- Cabral d' Estifiqne, e Capitão Fernando Luis Leite, desta-
ção dos seus malintencionados projectos, deixarão de ser cou o mesmo Illustrissimo Major huma Escolta de 12 Gra-
nunca occultos à maior parte dos Cidadãos conspícuos. nadeiros para ir encorporar-se com a da Policia, a onde o»
Filies os observavão bem deperjo, seguia# com rapidez achamos ja promptos para entrar na forma, e ali se formou
a sua marcha, descortinavão sempre os mistérios inclusos hum corpo de 60 homens, com os quacs voltamos para a
I
DA CHINA.
230 A ABELHA
praia de Bom-parto a encorporarmos-nos com a Tropa toda Cujo acto se concluiu com protestos de alguns dos que se
da Fragata, e ahi mesmo esperamos que se acabasse de mon- achavaô presentes tanto Ecclesiasticos, como Seculares,
tar as duas pessas de Campanha que desembarcarão juntas em contrivensiã das Ordens de Sua Magcstade Constitucio-
com os Artilheiros. nal; e acabou finalmente Com a falia que fez o Comnien-
Logo destacou o 1 Ilustríssimo Major Edifique bum corpo dador Domingos Pio Marques, que por ser extença se man-
de 60 homens para se apoderar 'do Senado, e me ordenou dou registar na Contadoria do Leal Senado, e guardar o #eo
que os accompanhasse em quanto etle ficava de se pôr em original: 0 que tudo finalison com repetidos vivas anato"
marcha para o mencionado lugar, no que se não demorou gos ao importante objecto de que se tratava; no fim do que
10 minutos atrazrle nós, e chegando ali, ordenou aoJIlus- houve huma salva de 21 tiros na Fortalesa do Monte. Em
trissinio Senhor Capitão Fernando Luis Leite, que com 14 fé do que se lavrou o presente Termo em que todos se
Manoel Pereira prender o Chefe dos facciosos, o Major fesso na Ordem de Christo, Alferes Mor, e Escrivão da
Paulino da Silva Barboza, e me ordenou igualmente ac- Camara e Fazenda q>ie escrevi» Chacim » Cabral» Cor-
aonde ainda se achava dormido o referido Major Paulino; Raimundo Niculao Vieira, Antonio Joze Homem Rebello
que jà não acertava no que dizia ;<lali foi conduzido a bor- Leite, protestando, Fr. Antonio da Virgem Maria Teixeira,
(£^frNós devemos em abono da verdade manifestar a es- força, Fr, Henrique de Santo Agostinho Prior, Padre
te publico Macaense ; os relevantes serviços que o Illustre, Domingos Antonio Pereira, Padre Antonio Joze Victor,
virtuoso, e mencionado Cidadão Pedro Jozé da Silva Lou- Simaó V icente Rosa, O Commendador Domingos Pio
H
Ext ratio da Copia do termo deste Leal Senado, que Ferreira Veiga, Cláudio Ignacio da Silva, Miguel Antonio
no Governo desta Cidade; o que satisfiz por assim meter a9 Lei9 Constitucionaes prescrevem a todo o homem livre
sido determinado. E lendo com effeito a referida Provi- ser Senhor, das suas acçoen9, e líaõ escravo das arbitriori-
são se achou uella nomeado para Governador desta Cidade dades e dos despotismos » se a nossa Constituiçad tem por
o mesmo Excellentissimo e Reverendíssimo S. D. Fr. Fran- objecto manter a liberdade, segurança, e Propriedade de
cisco da N. Senhora da Luz Chacim, o Major Joaõ Cabral todo o Cidada5 — Em huma palavra se sois livres como eu ,
d'Estifique, e o Vereador que for do mez, como consta da deveis mostrar que o sois, igualando a vossa Conducta aos
DeclaraçaO do dito Excellentissimo S. Governador da índia vossos sentimentos e se assim naò fizerdes, sereis inimigos
D. Manoel da Camara de 24 d'Abril de 1823, posta no de vós mesmos, faltareis a Naçaò deixando vilipcndiar-vosf
verso da dita ProvisaO; e os mais Senadores como se a- e vos tornareis prejuros ao Sagrado Juramento, que destes
chaò declarados no respectivo termo desta mesma data» à Constituição de observarder seus invioláveis preceitos.
231
A ABELHA DA CHINA.
culta, pois sò he permittido fazer o que ellanaõ probibe, naõ pode haver mudança, nem qualquer altcraçaõ ; e em
na intelligencin, que tudo, que be contra a Lei he nuilo, e assim o mandar nada faz fora da Lei, o Decreto das Corte»
a nada do que se manda contra a Lei se deve obedecer. lhe deraõ vigor, e por concequencia aquellc que chega a
* I
desobedecer este legal preceito, desobedece as Cortes, e a
El-Rey. ,
mal antes que elle nos aproxime. Hum futuro que naõ
que elle mesmo foi quem prouunciou com a mayor ternura
ser ditosos.
t " . | ^ * • ' / s t r ^ 1 a minha protecçaõ a favor de Macao, e dos seus habitantes,
mamente compromettida para com as Soberanas Cortes, ferença, que se naõ 9inta penetrado de huma commoçáo
Portuguezes, por se acharem envolvidos no piqueno, e Sejamos-lhe pois agradecidos c nao ingratos. Respei-
exeasso numero dos facciosos e revolucionários, que pela temos as Leis, e ,as Authoridades por estas designadas
monstruosidade dos seus crimes coromettidos, sem respeito em quanto o Coveruo superior naõ mandar o con-
as Leis nem temor ao castigo, se fazem merecedores de trario. Sugeitemo» a9 suas detenninaçoens, pois só deste
n
muito mais. He sim e9se numero de homens insobordina- modo he que desempenharemos o titulo de Leae9, c bene-
dos e rebeldes, que se rebelaò contra a sua mesma Naçaõ méritos da Patria.
pelo attentado nunca visto de quererem resistir com força Sem duvida nós o somos, por que livres, e expontanea-
armada a huma Fragata Portuguesa vinda da Capital dos I mente nos adherimos a causa da Naçaõ. Nósjuraraos as Ba-
Governo Superior, que longe de nos offender heeile mes- crevem em huma palavra. Nós somos Constitucionaes ehe
v mo quem nos defende dos despotismos e das arbitriorida- quanto basta para sermos felizes ■*■ Digaõ pois todos comigo
\
232 A ABELHA DA CHINA
Viva Nona Santa Religião. Vivaõ as Cortes Soberanas Rey Constitucional, Viva a Naçaó Portugueza todos
Cf
de Portugal, Viva Io. Rey Constitucional o Senhor D. aquelles que tem a honra de pertencer «=e Viva o
Joaõ VI, Viva a Naçaõ Portugueza e todos aquelles que novo Governo de Macao* logo os mesmos Excellentissi-
í 11
tem a honra de lhe pertencer. mo e Revererdissimo Senhor Bispo, emais pessoas com-
I ^ * J • r f> . ^ 1 t > j . a
ir ia imo Conselheiro Manoel Pereira pelo Capitaõ do estillo, ficando o seo antecessor por dezobrigado de
F. Francisco Bispo. G.
Teixeira, Jose Severo da Silva Telles, Padre Domingos
Aos 23 dias do mez de Setembro de 1823 annos nesta Ci- da Fonceca e Cunha, Jose Caetano Favacho, Antonio Jose
dade do Nome de Deos de Macáo na China, nas Cazas da Ca- Gonsalves Pereira, Braa Joaquim Botelho, Francisco An-
mara do Leal Senado, sendo presente o Excellentissimo e tonio Siabra, Manoel Vicente Rosa Braga, Gonçalo de
Reverendíssimo Senhor Diecesano D. Fr. Francisco de Miranda Barros, Felis Vicente Coimbra, Jose Simaõ da
Ok
Cabido, Prelado das Religioens, a maior parte dos Cidada- reuço Barrelto, Jose Vieira Ribeiro, Miguel Antonio Cor-
ons (sendo todos chamados) para effeito de se dar cumpri- tella, Antonio Jose da Rocha, Francisco Xavier Lança,
. í; . 4 ■ , " •
Governador que foi dos Estados da índia*, a qual sairaõ no- Jose Gabriel Mendes, Januário Agostinho da Silva, Jose
meados para os Membros deste Governo, até chegar as Rodrigues da Costa, Bernardo Gomes de Lemos, Joaquim
Ordens das Soberanas Cortes ou de S. Magestade Fidellissima Gil da Costa Pereira, Nicolao Joaquim de Sousa, Fran-
El-Rei Constitucional, o dito Excellentissimo e Reverendis- cisco Antouio Pereira Thovar, Bartholomeo Francisco
£ ,
timo Senhor Diecesano D. Fr. Francisco de Nossa Senhora de Siqueira, Pedro Feliciano d'Oliveira e Figueiredo, Fran-
mesmo anno, que foi lido em alta voz ; e sendo assim sa- Mourão Garcêz Palha.
AV IZOS. * Toda e qualquer Pessoa que cora as suas lusez, conhecimentos, advertências, reparos, notas desejar illustrar
e a formosear esta nossa folha se poderão dirigir porfearta fechada a Antonio Jose da Rocha, como Redactor desta folha
"Toda «qualquer Pessoa que quiser ser assignante em Borabay de hum novo periódico em Inglez que vai a ver ou que
já vio a luz do dia em 23 do corrente mez cora o titulo de^the Argus=se poderá dirigir ao Redactor, quando não possa por
outra via para este transmittir o seu Nome aos Proprietários do referido periódico; pagará por quartel 10 rupias • c a folha
•erà semanal constando de 12 ate 20 paginas de quarto. Adverte mais que se alguém quiser ver ou ler o papel annunciativo
desse jornal que tem o titnlo de»Prospectus of a new Weekly journal to be entilled the Argus=»poderà mandar pedirão
r
mesmo Redactor que será franco.
NA TIPOGRAPHIA DO GOVERNO.
A
EL A
DA
H N A,
MACAO.
dia 19 d' Agosto, de qne o Céo^ a terra, e os Cidadãos
H E eite artigo Macao para nós o objecto de hum mon- por que elles pacíficos e obedientes à lei, igualmeute como
tão de idcas. Elie se tem metamorpboseaao era treze me- os Probos jà tinhão pelos seus Representantes prestado
zes era tantas figuras politicas, que cada huma delias dá o seu juramento ás bases da N. S. Constituição 110 dia 16
nfficiente matéria para longos discursos." E havendo nós de Fevereiro: *A primeira, também não ; por que a maior
como Escriptor publico, de discorrer sobre todas ellas, parte delles gemerão á vista do horrível Catastrophe por
tomamos agora para objecto do nosso desemvolvimento que hia miseravelmente passando o Major Cavalcante, se
o que deixamos avançado na nossa folha anterior: Dissemos huma occulta Providencia não tivesse desvanecido seme-
ahi, que a ninguera hera occulto de que se servirão lhante attentado, e só por querer gosar do direito = da
certos cabeças de facciosos para conduzir Ora para livre communicação das idéas = que o ^ 8.® da Ses. Ia
chegarmos ao ponto de podermos obrigar aos nossos leito- das bases da N. S Constituição lhe conferia para demons-
res aformar huma demonstração sobre esta proposição, pre- trar, que direito algum, nem lei positiva podia corroborar
cisa queelles notem primeiramente ser esta Cidade inteira- aquella tumultuaria installação» que hia a dar á luz publica
mente mercantil, e que desde a sua origem ate hoje se não hum Governo o mais monstruoso, que se tem conhecido,
tem descoberto outro caminho de mantença pessoal para pela reunião dos poderes, juntos em hum só Corpo poli-
os seus habitantes, que acarreira da Navegação; E isto tico, positivamente reprovado pelas mesmas bases uo ^ 23
aqui tiverão, hera ou dos Nativos de Goa, ou dos d' Euro- Ora se a maior parte dos Cidadãos da primeira classe
pa; Eporconsequencia os seus Naturaes ate 1822 não conhe- não concorrerão para tão assombrosas illegalidades, e o
rião,e mesmo ate aborrecião a vida militar,empregando-se facto existio sem a cooperação de todos os Cidadãos da
unicamente, como ja dissemos, abuscar o seu pão na carrei - segunda, segue-se, que forão somente alguns dos da prime-
Deste principio innegavel caminhamos agor 1 a estabelecer sediciosa, operarão a grande obia, que a mais de hum anuo
o outro não menos verdadeiro, e vem a ser, que univer- tem servido d'espanto não só á mesma Nação Portugueza,
salmente fallando a população de Macao se pode dividir mas ainda às Extrangciras, por não poderem conhecer
em duas classes de habitantes. A primeira he d'aquelles, nem destinguir o* Poderes, Executivo, Judiciário, e Admi-
que no regaço da sua familia gosào hoje felizmente do dó- nistrativo desta Cidade, por que todos se achavão inclusos
ce fructo das fidigas dos seus maiores, adquirido pelo mes- no Leal Senado. Requeria-se ào Governo, o Leal Senado;
mo principio ; A segunda d'aquelfes, que continuão ainda Ao Juiz Ouvidor, o Leal Senado; 'A Camara, o Leal Senado*
na labutação annual da mencionada carreira, a fim ou de Ao Juiz d'Alfandegn, o Leal Senado; dos Órfãos, o Leal
adquirirem maior fortuna para ser menos sensível aos seus Senado ; do Civel, o Leal Senado. Ao Juiz Ecclesiastico,
vindouros as necessidades da vida, ou para unicamente o Leal Senado. Iuterpunha-se hum recurso, ou huma
receberem o salario preciso para a sua familia. O nume- appelh ção, hera do Leal Senado para o Leal Senado.
ro dos primeiros he bastante exiguo á vista do dos se- Ora vio-sejá mais Governo mais monstruoso? E pode-
Ora estabelecidos estes princípios como verdadeiros, t te producção ? Não ; nós estamos firmes não ter fido elle
que realmente os são, á que Classe de Cidadãos attribui- capaz de requerer com conhecimento de cauza tão índigo
%
A ABELHA DA CHINA
$34
titucional, junto ro n a» quimera» illosoria» do» Chefe» do ma» como esta nossa folha tem d'«»pparecer ao mundo in-
%
partido faccioso o» arrastarão a produsrr wm malfadada teiro, e ainda ás gerações futuras, faremos portanto as ma-
Copia do requerimento feito pelo Major Paulino Silva mento» respectivos à nova Ordem de Couzas, attinentes
Barboza ao Illústriitsmo e Ezcellentistimo Governo a nossa feliz regeneração, e que nào podia ser hospede
data Cidade, à bòrdo dà Fragata Salamandra. nós da» bases da Nossa Santa Constituição, e muito menos
Eicellcntissimo Governo. -Sempre declamei con- nos papeis Publico», que de quando era quando hião appa-
trissimo e Leal Senado, protestando até pelo» prejuiso» tação da porção do pòvo illudido, para Chefe do illegal
que dali se poderião seguir a este póvo. Portanto na- feito, não respondeo de,ta forma « (Póvo Macaense, vós
da pode mostrar-se contra mim por este tado ; por que vos achaes bem longe do Espirito da Nação. Ella não tein
»c continuei a exercer o meu emprego, não foi culpa adoptado 0 Democracismo, 00 Oligarchismo; Ella se
minha, mas do pòvo que nunca quiz consentir na mi- serva ainda Manarchia, não absoluta sim, mas Constitucio-
Públicos sem outra distineção, que não seja a dos seus ta-
vejo sacrificadó por ter desgraçadamente merecido a
Nós tínhamos positivamente determinado nunca perso- de Janeiro, por si mesmo se dcsvaneceo o tal Decreto,
nossos leitores a pouca verdade, era que elle estriba a sua premo da Nação, deverião jurar, e permanecer na espera
assersão. Hè certo que nó» no» podemos .poupar desta das suas Ordens; Por qoe paio juramento só he que nós
ABELHA DA CHINA.
: W. A
10» lornamo» Constitucionais, e não Servi», coroo disse o Vereador substituto a Joaquim de Sonza. Em fé do
;
' . . ' a » l »
lllustrisfimo Deputado Borges Carneiro » ) que se assignarão todo» comigo Carlo» José Pereira
I • i 'f ^
ferido Major á estas rasões, e a outras muitas, que por bre- e Escrivão d* Camara, que fiz escrever c sobscrevi =** Car-
4
V.. j ^ c . \ ■„ .
▼ idade nao apontamos aqui; da única, que julgamos, se lo» José Pereira « Chacim == Cabral « Ignacio Baptis-
«ervirà, hé que não hera eleito para essas demostraçòes, ta Cortella » Joaquim Antonio da Silva =» Floriano
ma» sim para eondusir unicamente os sentimentos dos Antonio Rangel Antonio Joaquim de Oliveira Mat-.
Chefe» da facção. Logò segue-se que à opinião Publica to» Jp.sé Joaquim Barro» Júnior «=» Barão de S. Jo-
< » . \* i
V • i ^ I
9
que o mesmo Major merecera, hera muito semelhante a »é do Porto Alegre «=. Manoel Pereira « Antonio Vi-
do» Antigos Chefes Revolucionários, taes, coroo no nosso rente Roza 3= Ignacio da Silva » Raimundo Nicoláo
,^ _
Século Robespierre, Marat, Hebert, Danton, e outros êjns- Vieira»João de Deos de Castro=Luiz Vicente Baptista «
%
%
i l f C» á1
dem furfuris -f Sendo porem assim devemos trazer-lhe a Antonio José Homem Ribello Freire =» Antonio Fernan-
f
l" o • fr | (
memoria igualmente o» seus desgraçados fins, e lembrar- de» da Silva =» O Vigário do Convento de S. Domingo» «=
15
t . » . » •
Ibe, que o Altíssimo reserva algumas vezes, como diz húm Joaquim Jose Leite protestando *=* Fr. Henrique de San-
grande Politico, os peccados mòraes para retribuir na outra to Agostinho Prior «=> Padre Candido Gonsalves Franco «
vida, masque os políticos são eficazmente compensados Padre Francisco da Silva Maia protestanto contra a for-
%
nesta. E por isso não nos devemos admirar se se verificar ça » Fr. Antonio da Virgem Maria Teixeira « José Se
neíl e a lembrança, que hum certo Medico quiz que servisse vero da Silva Tclle» « Domingos Antonio Pereira «An-
de seu epitaphio « Hic jacet, per quem jacuêre multi « tonio José de Vasconcello» =* Antonio José Victor « Sá-
1 >
Que era bom Portuguez quer dizer =* Aqui jaz, por quem mão Vicente Rosa = Antonio José Gonçalves Pereira
• M n »
í' * * A L.
antes jazerão muitos. = Jose Caetano Favacho = Gonçalo de. Miranda Barros
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mara delia estando em Meza de Vereação o Excellentis- 0 Comraendador Domingos Pio Marques «=» Jose Vieira
simo e reverendíssimo Senhor D. Fr. Francisco de Nossa Ribeiro =» Felipe Jose de Freitas => Francisco Xavier Lan-
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Senhora da Luz Chacim Bispo desta Cidade, com assis-
ça == Ludivino da Encarnação *=» Antonio Jose da Ro-
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li<rioens e amaior parte dos Cidadãos ( sendo todos para
zano Manoel Martins do Rego = Jose Maria Marim =
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Manoel da Camâra Governador dos Estados da Índia da-
Rocha = Francisco Jose de Paiva == Joze Rodrigues da
tituição que jurarão, a fa*endo-vos perder a honra própria tem era Puebla de Senabria ern seguimento dos facciosos,
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da vossa profição, vos tem redasido quase ao estado da os quaes marcharão para Bonavento. A maior parte des
NOTICIAS NACIONAES
a 21 d' Agosto, traz de passageiros os Offeciaes do
exirahidas do — Courier de Londres Navio Carmo, e dois lnglezes que vão para Cantão.
PORTUGAL.
e que o rateio sahio a 1,761 rupias, tendo sido o preço
mala de Lisboa, traz gazetas até o primeiro do corrente. Igualmente soubemos por via de Bengalla que chegou
no dia 29 d'Abril à 1*. hora p. m., em 24 horas do Porto. Manoel Pereira, também Senhorio d»» mesmo.