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DEBORA VALANDRO
LAURIHETTY
LUCAS PETRELLI
LUCAS TREITINGER
MARIA FERNANDA SCHUMACKER
PAULA SPOLADORE PISTELLI
CURITIBA
2010
Em 1991 o Brasil começou a discutir a proibição da importação de bens de
consumo usados, dentre os quais se incluíam os pneus. Argumentação contra essa
medida baseava-se no principio constitucional da isonomia e em benefício das
pessoas com menor capacidade financeira, argumentação invalida! Já que mesmo
permitindo a comercialização de bens de consumos usados de preço elevado, como
o carro, com o objetivo de barateá-lo, uma grande parte da população ainda não
teria acesso a esse bem.
Em 1992, o Brasil aderiu a Convenção da Basiléia, referente ao Controle de
Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seus Depósitos, que permitia
todo o Estado Soberano de proibir a entrada de resíduos perigosos estrangeiros em
seu território, uma vez que cabe ao Estado não tomar medidas que ponham em
risco a saúde publica ou que aumente o risco de doenças, como pode vir a
acontecer caso não se tenha um destino adequado aos pneus importados, além do
dever de preservar o meio ambiente.
Em 1996 (CONAMA – conselho nacional do meio ambiente -, resolução n° 23)
e em 1998 (CONAMA n° 235) foram redigidas resoluções que vinham apenas a
confirmar a proibição da importação de pneus usados e a incerteza do seu destino
final quanto à preservação do meio ambiente. E em 2001 foi estabelecida uma
infração administrativa com pena pecuniária de R$ 400,00 por unidade de pneu
usado importado.
Mas em 2002 devido a sua participação no MERCOSUL, o Brasil sentiu-se na
obrigação e sobre uma forte de pressão de autorizar a importação de pneus usados
provenientes dos países integrantes do MERCOSUL, esse princípio de contradição
jurídica que primeiro proibia nítida e claramente a importação de pneus usados e
depois permitiu com restrições abriu brecha para que um grande volume de pneus
usados não provenientes de países integrantes do MERCOSUL conseguissem sua
entrada legal no Brasil por meio de decisões liminares.
Vale ressaltar alguns dos argumentos dos Ministros quanto às suas decisões:
O decano do STF, Celso de Mello, por exemplo, afirmou que "Todos têm
direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Incumbe ao Estado e à
coletividade a obrigação de defender e preservar em beneficio das presentes e
futuras gerações esse direito”.
Já para o ministro Carlos Ayres Britto, os pneus importados para o País "não
passam de um lixo ambiental que se exporta, fazendo do Brasil uma espécie de
quintal do mundo". Ele observou que os pneus são substâncias antiecológicas.
"Ocupam, depois de usados, um espaço considerável. São altamente combustíveis.
Sem nenhuma dúvida poluem os rios, lagos, correntes de água, e se tornam vetores
de doenças transmitidas por insetos, a partir da dengue, tão temida entre nós".
BIBLIOGRAFIA:
ADPF 101
http://www.conjur.com.br/2008jan20/importacao_pneus_usados_aumenta_passivo_a
mbiental
http://www.ambito-juridico.com.br/site/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_remanufaturado