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Por Yuri Gitahy - investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador da Aceleradora, que
apoia startups com gestão e capital semente
O conceito de lean – que pode ser traduzido como “enxuto” – é bastante conhecido na gestão e
indústria tradicional, e envolve a identificação e eliminação sistemática de desperdícios. De um modo
geral, qualquer método lean usa a estratégia de atuar localmente em cada item de desperdício de
tempo, custo ou recursos, para chegar a uma qualidade maior e um time-to-market mais rápido.
O método vem gradualmente ganhando adeptos no Brasil, mas muitos empreendedores ainda
interpretam as práticas de forma errônea. Em parte devido à dificuldade de se compreender o material
original em inglês, em parte porque a ideia é muito nova e tem poucas referências de aplicação. Por
exemplo, o conceito de produto mínimo viável (MVP, do Inglês Minimum Viable Product) vem sendo
confundido com uma versão do produto com funcionalidades mais simples para ser entregue mais
rápido; as técnicas de validação de hipóteses são quase sempre comparadas a pesquisas simplificadas
de mercado; e o conceito de lean é confundido com “barato”, ou seja, usar o mínimo de capital no
projeto da startup.
Assim como qualquer método de gestão, não existe uma única prática que garanta resultados – Lean
Startup é uma ferramenta que deve ser usada pelo empreendedor em adição a várias outras.