Objeto da Engenharia Urbana Moderna) de 1933 que produziu a CARTA
Conteúdos, métodos e práticas DE ATENAS. multidisciplinares aplicáveis no território Principais Referências: Le Corbusier, W. urbanizado, estruturados em alguns eixos Gropius, Mies Van Der Rohe que contemplam as seguintes áreas de Precursores – Georges Eugène conhecimento: Haussmann (Paris), Idelfonso Cerdá Planejamento Urbano (Barcelona); Ebenezer Howard (Inglaterra – Sistemas de Saneamento (Sistemas Cidades Jardins), Camillo Sitte (Viena), de Infraestrutura) Joseph Stübben (Alemanha) e Eugène Sistema de mobilidade Hénard (Paris). Requer visão integrada e transversal com Carta de Atenas (1933) as áreas de Meio Ambiente, de Geotecnia, Princípios da Cidade Moderna de Habitação Social e de Funcionalidade: habitar, trabalhar, Geoprocessamento. cultivar o corpo e o espírito; circular A moradia como referência da Marcos na formação desse reorganização da cidade conhecimento Circulação diversificada: pedestre, 1747 – Criação da École Nationale Ponts et bicicletas, veículos lentos e velozes. Chaussés – marco na separação das Críticas à “rua-corredor” atuações dos Engenheiros e Arquitetos; Reconquista do controle público 1894 - Criação da Escola Politécnica de São sobre o espaço da cidade Paulo seguindo modelo que unificava Matérias primas do urbanismo: o sol, ensino básico e especializado em uma a vegetação e o espaço generoso única escola. A Arquitetura era uma das especialidades; Abordagens Urbanísticas da 1ª metade 1948 - Curso de Arquitetura se separa da do século XX Escola Politécnica de São Paulo e cria-se a FAUUSP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Brasil – Passagem dos séculos XIX – XX
Princípios Formais e Sanitaristas Foco no abastecimento de água, no esgotamento sanitário, na drenagem, no Crítica às proposições Modernistas controle de enchentes, no sistema viário e Soluções a partir de novas cidades na estética urbana. A idealização do homem em sociedade Ensino da Engenharia no Período utópica Atuação na escala das cidades relacionando ensino e a prática profissional Não aborda a cidade como um processo social Origens do Urbanismo Moderno Não aborda a realidade local (modelo Urbanismo Moderno - a referência é o CIAM genérico) (Congresso Internacional de Arquitetura EXEMPLOS NO BRASIL VITÓRIA - Intervenções de Saturnino Plano de Belo Horizonte de Brito (1896) Projeto do Eng. Aarão Reis (1894 -1897) “Novo Arrabalde” – o Desenho de um Novo Motivações Modo de Vida - Rompimento com o passado colonial Três bairros novos, contíguos, a 4 - Relevo melhor que Ouro Preto km de Vitória Características Morfológicas Conciliava a Higiene e a Estética em - Malha perpendicular de ruas cortadas por lotes de 500 m² avenidas diagonais Ampliava em quase seis vezes a - Av. Perimetral (Av. do Contorno) área da cidade de Vitória da época Diretrizes de concepção Partição Social: residencial das - Eixos: higiene, estética e fluidez faixas abastadas, a “Vila Hortícola” - Destruição do “Arraial Curral del Rey” de chácaras com 1.000 m² e a “Villa - Divisão territorial: zona urbana, Monjardim” como núcleo operário suburbana e “sítios” dos serviçais - Zona urbana infra estruturada: rendas Total: 2.200 lotes para 15.400 pessoas mais altas (uma vez e meia a população de Vitória) - Zona suburbana – infraestrutura mais precária: operários e artesãos RECIFE - Intervenções de Saturnino de Brito (1909-1915) Influências externas no Plano de BH Plano Urbanístico e Edifício - Paris (1852) – Plano de Haussmann Plano Urbanístico para expansão; - Barcelona (1859) – Plano de Cerdá Zoneamento de Atividades; - Washington (1792) – Plano de L’Enfant Plano Geral de Arruamentos; - La Plata (1882) – Plano de Pedro Benoit Sistema de água e esgoto; Canais de Drenagem; Capitais Brasileiras – Projetos de Normas edilícias para salubridade Renovação Urbana nas edificações: aeração, insolação e dimensionamento dos ambientes
SANTOS (SP) - Intervenções de
Saturnino de Brito (1910) Integração do Novo ao Antigo Valorização do conjunto de praças, jardins e edifícios públicos Avenidas diagonais para as ligações entre os setores ainda não ocupados Aproveitamento de caminhos tradicionais para criação de largas Rio de Janeiro – Reformas na gestão avenidas e canais Pereira Passos (1902-1906) Influência do Plano Haussmann JOÃO PESSOA (PB) - Intervenções de (Paris) Saturnino de Brito (1913) Demolições, desmonte de morros e Inovação no Traçado: Assimetria e aterros Irregularidade Remoção da população pobre da Plano de Expansão: traçados originais área central para abertura de segundo topografia avenidas (Av Beira Mar e Av. Central) Equipe técnica: Eng. Francisco SÃO PAULO - Intervenções de Victor Bicalho, Lauro Muller e Paulo de Freire e Joseph Bouvard (1911) Frontin Criação do Parque do Anhangabaú Transformações na Rua Libero Badaró como parte dos SÃO PAULO – Políticas Higienistas e melhoramentos em toda a região do Sanitaristas no início século XX Vale do Anhangabaú Princípios Gerais: saneamento das Prática difundida posteriormente: cidades; controle de enchentes; uso dos fundos de vale com sistema jardins e praças embelezadoras viário (Exemplo: Parque Dom Pedro) Primeiros elementos do processo de Projetos: Estudos de Saturnino de valorização: loteamentos de alto Brito e Plano de Avenidas de Prestes padrão no setor oeste Maia e Ulhoa Cintra Atrativos: Viaduto do Chá (1892) e o Teatro Municipal (1902-1911) SÃO PAULO – Intervenções do Eng. Objetivos da intervenção: circulação PRESTES MAIA da área central e eliminação de Projetos e ações integradas com Priorização cortiços e prostíbulos do VIÁRIO Ações de Saneamento GOIÂNIA- Implantação de uma nova Retificação da calha do rio Tietê capital (1933-1936) Sistema de vias e pontes de Ampla abordagem: fatores transposição topográficos, geológicos, Expansão do crescimento urbano hidrográficos, climáticos, históricos, culturais, sociais e econômicos; RECIFE – Intervenções com Zoneamento modernista por participação de ULHOA CINTRA (1943) atividades: habitar, circular, Intercâmbio de quadros técnicos com trabalhar e recrear; adaptações de modelos já experimentados Previsão: 15 a 50 mil habitantes; Orientação para o Plano Geral de Utilização de recursos topográficos Remodelação e Expansão do Recife para exaltar o Centro Administrativo; Propostas Principais Referências nas propostas - Alterações na estrutura viária urbanísticas de Eugène Hénard - Expansão do porto (rotatórias, avenidas). - Novo sistema para o transporte SÃO PAULO - Intervenções de Prestes ferroviário Maia (1924-1965) - Remodelação das áreas centrais Atuou como Engenheiro e como Adaptação da proposta de perímetro Prefeito de irradiação desenvolvida em São A partir de 1924: vários estudos Paulo viários com Ulhôa Cintra 1934: como prefeito, iniciou a Produção de JORGE MACEDO VIEIRA: retificação do rio Tietê, modificando Loteamentos o projeto original de Saturnino de Brito (década 20) Influências de Berry Parker da Cia City (trabalho conjunto de 1917-19) Lógica do Traçado: avenidas radiais e perimetrais concêntricas Difusão dos conceitos da CIDADE JARDIM em projetos de loteamentos Implantação: na gestão Fábio Prado - São Paulo: Jardim Japão, Vila Maria, e do próprio Prestes Maia (1934- Cidade Mãe do Céu, Parque Edu 1945) Chaves, Vila Formosa e Saúde Consolidou o padrão periférico de - Rio de Janeiro: Jardim Guanabara expansão a partir do centro - Campinas: Nova Campinas, Chácara irradiador da Barra e Cambuy Prevaleceu o viário em detrimento - Campos Jordão: Vila Campesina dos parques previstos Produção de JORGE MACEDO VIEIRA: Parque Guinle: cerâmicas e cobogós Cidades para ventilação permanente. PLANOS DE CIDADES Adequação à topografia BRASÍLIA: ícone mundial do Demanda da Cia. de Melhoramentos URBANISMO MODERNISTA do Norte do PR Exemplo do Urbanismo Modernista Hierarquização Viária Monumento simbólico Zoneamento Funcional e por Zoneamento funcional Categoria Social Veículos separados de pedestres Verticalização entremeada com Abordagens distintas no Rio de Janeiro espaços verdes (1929): SUPER QUADRAS: AGACHE Unidades de Vizinhança 1º Plano Geral do Rio Janeiro Unidade mínima que incorpora Mescla conceitos “haussmannianos” todas com propostas da “cidade jardim” as atividades relacionadas à habitação Crítica ao crescimento populacional LE CORBUSIER BRASÍLIA: expansão para além do Crítica radical ao Plano de Agache plano piloto Proposta do “edifício-fita”, unindo a Processo de CONURBAÇÃO edificação ao viário em forma URBANA: Brasília e as “cidades contínua. satélites”: Taguatinga, Ceilândia, Gama, Sobradinho, Luziânia, No Brasil: rápida assimilação do Planaltina e outras urbanismo moderno: População de Brasília: 2.974.703 / Compatibilidade com o Projeto Área Metropolitana: 4.284.676 Nacional Desenvolvimentista (IBGE, 2018) Concentração na verticalização e Águas Claras: especulação liberação de grandes espaços imobiliária e verticalização intensa livres Deslocamentos: primazia do Circulação separada para automóvel na conformação das pedestres e veículos barreiras viárias Ausência de lotes e quadras configurados de forma tradicional Experiência SAGMACS: a inserção do “Na época nós todos estávamos componente social (1947-1964) convencidos que essa nova arquitetura SAGMACS – Sociedade de Análises que estávamos fazendo, essa nova Gráficas e Mecanográficas Aplicadas aos abordagem, era uma coisa ligada à Complexos Sociais renovação social. Parecia que o Criação: Louis Joseph Lebret (padre mundo, a sociedade nova, a arquitetura dominicano francês) nova eram coisas gêmeas, uma coisa Setor técnico do Movimento de vinculada à outra” - Lúcio Costa (1987) Economia Humana Atuações em SP, RJ, Recife e BH Lúcio Costa: mescla de urbanismo Contribuição com as Reformas de moderno com as tradições locais Base Lúcio Costa – Anos 1930-40 Diagnósticos das periferias (dados Mescla de referências culturais estatísticos) brasileiras com princípios Equipes Multidisciplinares: modernistas. Arquitetos, Urbanistas, Engenheiros, 1934 – Proposta para Monlevade Geógrafos, Cientistas Sociais, dentre (MG): taipa de sebe sobre estrutura outros... em pilotis (“barro armado”). Constituição de unidades de análise Promoção da segurança pública por e planejamento meio da diversidade de usos, assegurando o controle necessário à sua adequada convivência Pós anos 1960 – alguns avanços e Promoção da mobilidade com conquistas diversidade de modos de Início dos 1960: Reformas de Base deslocamento qualificando os e as decorrências do modos públicos e os ativos Seminário Nacional de Habitação e Acesso universal às melhorias e Reforma Urbana de 1963 benfeitorias urbanas, expandindo o 1964: criação do BNH (extinto em acesso às condições de 1986) e do SERFHAU (extinto HABITABILIDADE em 1974) Meados dos 1970: Rearticulação dos movimentos sociais pelo direito à cidade e pela justiça urbana / movimento ambientalista Meados dos 1980: ascensão de governos municipais comprometidos com políticas sociais inclusivas e ampliação dos canais de participação democrática Constituição Federal de 1988: inclusão da política urbana e da política ambiental (Art. 182. 183, 225) 2001: Promulgação do Estatuto da Cidade 2003: Criação do Ministério das Cidades / criação de Conselhos, Sistema de Habitação e Política Urbana com planos, programas e investimentos financeiros públicos
SÍNTESE das tendências e desafios
futuros Adequação do uso e ocupação do solo à capacidade suporte do meio natural - (EXPANSÃO) Adequação da dinâmica da cidade à capacidade da infraestrutura - (ADENSAMENTO) Aprimoramento e capacitação técnica e operacional das gestões municipais, com constituição de bancos de dados e mecanismos de continuidade de planos e projetos Participação dos cidadãos nas decisões de concepção, expansão e gestão do meio urbano Qualificação dos espaços públicos e áreas centrais, ampliando áreas permeáveis