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A invalidade é gênero de anulação para suas duas espécies: a NULIDADE e a ANULABILIDADE.

Na mais branda, a ANULABILIDADE, o ato é admitido ainda que defeituoso, pois seu defeito é
leve e interessa apenas às partes envolvidas; este prosseguirá válido a menos que um interessado
demande sua anulação. Já a NULIDADE é mais grave, com a lei removendo o ato do mundo
jurídico, dado o interesse público de que este não tenha produzido efeitos.

Finalmente, a ineficácia mais grave é a da INEXISTÊNCIA, em que a lei simplesmente ignora o


ato. Não concordamos com a tese dos atos inexistentes.

Nulidade é de interesse público, podendo ser alegada por todos os interessados ou pelo MP e
declarada pelo juiz de ofício, dado o seu vício grave — salvo exceções. Anulabilidade é de interesse
particular, podendo ser alegada apenas por aqueles diretamente interessados e exigindo sentença
declaratória, dado o seu vício brando.
NULIDADE
A função da nulidade é tornar sem efeito o ato ou negócio jurídico, fazendo-o desaparecer como se
nunca houvesse existido. Portanto, a sentença que decreta a nulidade retroage ao momento de
formação do ato: é ex tunc (“desde então”, em latim). Isto se dá por respeito à ordem pública, dado
que a nulidade pressupõe interesse social no ato viciado. No mesmo sentido, a nulidade não pode
ser retificada, com o ato adquirindo eficácia por meio de um “conserto”, tampouco convalesce com
o tempo.

CAUSAS DE NULIDADE: Ressaltamos algumas causas de nulidade elencadas pelo art. 166. Uma
é a III, de motivo ilícito. Vender cocaína é um ato nulo por tratar de objeto lícito; já emprestar
dinheiro para a compra da cocaína não tem como objeto a compra subsequente, mas sim o
empréstimo. Não seria nulo por objeto, mas por motivo ilícito. Este motivo deve ser de
conhecimento comum entre as partes.
Já a dos incisos IV e V podem se confundir, caso o leitor tenha por
sinônimos solenidade e formalidade. A forma do negócio jurídico, quando prescrita em lei, é ou
complexa, ou por instrumento particular, ou por escritura pública. Já a solenidade se refere a
aspectos que não se resumem à forma, como a presença de testemunhas instrumentárias no
testamento. Assim, um testamento realizado na forma prescrita por lei pode não atender às
solenidades essenciais.

Finalmente, a causa de nulidade do inciso VI é de objetivo de fraudar a lei

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