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LS EDUCACIONAL - ESCOLA TÉCNICA, FACULDADE E PÓS-

GRADUAÇÃO

TECNICO DE ENFERMAGEM

EVELYN DE SOUZA DOS SANTOS


MARIA ALICE SANTOS
SONIA MARIA ATAIDE COSTA
GABRIELA FIÚZA

PEDIATRIA APLICADA À ENFERMAGEM

BRASÍLIA 2020
Sumário
Digite o título do capítulo (nível 1) 1
Digite o título do capítulo (nível 2) 2
Digite o título do capítulo (nível 3) 3
Digite o título do capítulo (nível 1) 4
Digite o título do capítulo (nível 2) 5
Digite o título do capítulo (nível 3) 6
INTRODUÇÃO

‘Pediatria’ é uma palavra de origem grega, em que ‘paidos’ significa


criança e ‘iatria’ é o processo de cura. É uma especialidade da área de
saúde que se dedica à assistência da criança em todas as fases, desde o
nascimento até a adolescência, dedicando-se ao seu crescimento e
desenvolvimento, tanto nos aspectos curativos como preventivos.

Ainda é um desafio o atendimento à crianças e à sua família, pois é


necessário uma assistência planejada, individualizada e de qualidade,
baseada no recurso socioeconômico da comunidade a que a criança
pertence.

A puericultura é contida dentro da enfermagem pediátrica, sendo um


conjunto de técnicas e manejos para assegurar a correta evolução e
desenvolvimento físico e mental da criança atuando desde a gestação até os
cinco anos de idade. O atendimento é voltado para os cuidados de higiene,
nutricional, acompanhamento antropométrico, dentre outros, sempre
atuando para a prevenção e acompanhamento de doenças.

O ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro


ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês,6º mês, 9ºmês e 12º
mês), além de duas consultas do 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a
partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas do mês do aniversário.
Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de
oferta de imunizações e de orientação de promoção de saúde e prevenção
de doenças.
HISTÓRIA DA SAÚDE DA CRIANÇA

Por muitos séculos, não houve nenhuma diferenciação quanto ao


tratamento prestado às crianças, elas eram tratadas como adultos, sem
nenhum interesse relacionado ao seu desenvolvimento e crescimento. A
infância não era percebida, nem pelo estado e nem pela família, como uma
fase que exigia algum tipo de tratamento especial ou atenção, afinal, dentro
do ciclo vital ela apresentava inúmeras singularidades. Os franceses se
referiam às crianças como ‘infante’, ou seja, ’quietinhas’ em uma tradução
livre, pois não tinha voz dentro do contexto familiar e eram percebidos como
objetos.
A mortalidade infantil era muito alta até, aproximadamente, o início do
século XIX, não apresentado nenhuma política específica para o atendimento
da população infantil. Como as crianças eram tratadas como pequenos
adultos as doenças ligadas à infância não eram estudadas, ou seja, eram
totalmente desconhecidas. A partir do século XIX, por influência do médico
alemão Abraham Jacobi (1830 – 1919), começaram os primeiros estudos para
a criação de uma especialidade que cuidasse somente de crianças,
denominada de ‘Pediatria’. Dessa forma, teve início a luta para a construção
de uma semiologia e terapêutica voltadas especificamente para as crianças.
No decorrer dos anos, surge uma preocupação cada vez maior, não só
com a saúde, mas também com a necessidade de se reprimir o trabalho
infantil, a violência e o abuso sexual na infância, e também incentivar as
crianças a frequentar as escolas, aprimorar a construção de políticas de
saúde voltadas para o bem-estar infantil entre outras ações que são
direcionadas para que as crianças se torne adultos mais saudáveis tanto
física como psicologicamente.
Hoje, sabendo-se que a criança apresenta características específicas e
diferenciais quanto ao seu crescimento e desenvolvimento, existe uma
procura por uma concepção em enfermagem que busque uma assistência
integral dessa criança, desenvolvendo e aprimorando os métodos de
trabalho, pela introdução de novas responsabilidades. Nesse contexto, a
equipe de enfermagem deve ser especializar em técnicas, normas e rotinas,
com o objetivo principal de manter o bem-estar da criança e sua reabilitação.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

A assistência à saúde da criança e do adolescente tem como base o


acompanhamento do crescimento e desenvolvimento em cada uma de suas
fases; a avaliação em cada uma delas constitui os indicadores de saúde.
Assim, a criança deve ser caracterizada e configurada pela análise desses
parâmetros, e todos os cuidados e atenção devem ser direcionados para sua
promoção, tendo como definição:

 CRESCIMENTO: formado pelas alterações biológicas relacionadas ao


aumento corporal. Todas essas medidas relacionam-se com a
antropometria, sendo elas o peso e a estatura. Nos primeiros anos, deve-
se incluir: alteração de fontanela, medidas do perímetro cefálico,
perímetro torácico e dentição.

 DESENVOLVIMENTO: Consiste em uma sequência de transformações


progressivas que resultam no aumento da habilidade do indivíduo na
resolução de problemas, isto é, na realização de funções cada vez mais
complexas. É analisado pelo desenvolvimento sensório-motor, controle
neuromuscular e avaliado por meio de provas funcionais, por exemplo,
avaliação da coordenação psicomotora, o desenvolvimento da
comunicação (fala), cognitivo social e afetivo.
AVALIAÇÕES DO CRESCIMENTO

O crescimento deve ser avaliado por meio de técnica rigorosa, com


precisão nos dados e registro sobre o controle de peso, altura e perímetro
cefálico. Essas medidas físicas refletem a taxa de crescimento da criança e,
dessa forma, sérios problemas podem ser detectados pela alteração no
padrão em qualquer uma delas.
Essas medidas permitem determinar o estado nutricional de indivíduos e
populações, e por ser um método não invasivo, é largamente aceito pela
população e de fácil aplicação em todos os serviços de saúde.

 PESO (P): O acompanhamento sistemático do ganho de peso visa a


promover e proteger a saúde da criança. Essa medida é um excelente
índice para avaliar a saúde e a nutrição da criança. Durante os cinco
primeiros meses de vida, as crianças dobram de peso, e em seu primeiro
ano o peso deverá ser triplicado. Até os 2 anos ou 16Kg a criança deve
ser pesada em balança pediátrica, após pode ser usada a balança de
uso adulto.

 ALTURA (A): A estatura, ou altura, é uma das funções biológicas que


dependem muito do potencial genético do indivíduo. Por isso, a melhor e
mais segura forma de avaliar o crescimento é pela aferição da estatura, e
o seu acompanhamento demostrará toda a evolução do paciente. A
demora no aumento da altura é um indicador de problemas que podem
estar acontecendo com a criança. No caso da desnutrição e
desidratação, o peso varia mais rapidamente, e a altura do corpo só será
demonstrada mais tardiamente, pois é uma medida mais estável. Durante
as consultas mensais de puericultura, a criança será medida deitada até
os dois anos, após essa idade a medição poderá ser feita com a criança
ereta.

 PERÍMETRO CEFÁLICO (PC): É a avaliação da dimensão da


circunferência da cabeça (crânio) da criança, que deverá apresentar um
aumento rápido no primeiro ano de vida para se adequar ao crescimento
do cérebro. A sua medição deve ser feita com uma métrica flexível e
inelástica que deverá ser posicionada sobre o ponto mais saliente da
proeminência occipital passando sobre o arco das sobrancelhas, ou seja,
as bordas supraorbitárias, sem abranger as orelhas.
 PERÍMETRO TORÁCICO (PT): A medida da circunferência do tórax
deve ser feita com a criança deitada, e a fita métrica deve permanecer ao
nível dos mamilos. Essa medida é importante para detectar algumas
doenças. Qualquer mudança na relação entre os perímetros cefálico e
torácico será um indicador de que a criança poderá apresentar algum
problema que necessitará ser investigado.

 DENTIÇÃO: Entre 6 e 8 meses, devem erupcionar (nascer) os primeiros


dentes de leite. Alguns sintomas podem ocorrer na época do nascimento
dos dentes dos bebês, como um certo incômodo que levará a criança a
coçar as gengivas, que poderão ficar abauladas, a salivação também
poderá aumentar, pode ocorrer um estado febril e as fezes poderão ficar
mais líquidas. A observação e acompanhamento da formação da
dentição são importantes para a saúde geral, pois atuam na mastigação,
processo que facilita a digestão.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento pode ser entendido como mudanças e expansões


graduais que ocorrem na direção céfalo-caudal e proximal-distal (do crânio
para os pés e dos ombros em direção às mãos). O desenvolvimento irá
ocorrer na mesma sequência para todas as crianças o que varia é a
velocidade, que depende do organismo de cada criança. O corpo e as
capacidades neurais irão progredir dos estágios mais simples até os mais
complexos.
Nesse desenvolvimento, ocorre a ampliação das capacidades da criança
por meio do crescimento, da maturidade e do aprendizado, e todos esses
processos irão englobar os aspectos físicos, emocionais, sociais e
cognitivos.
Para que ocorra o desenvolvimento integral, é importante oferecer à
criança um ambiente acolhedor, harmonioso e repleto de experiências, para
que ela seja estimulada mentalmente e fisicamente e posa desenvolver
todas as suas capacidades na plenitude. Esse processo envolve sua relação
com seus cuidadores, e com o ambiente e também o apoio das políticas
públicas, construindo uma concepção positiva de saúde na qual todos seus
direitos são respeitados.

 DESENVOLVIMENTO MOTOR: Nos primeiros meses, a criança parte


dos movimentos simples para os complexos, sendo uma tomada de
consciência progressiva de seu sistema muscular, que vai da inibição dos
atos reflexos para o domínio das habilidades de repetição. Dentro desse
processo, é preciso respeitar as variações de cada criança e a
expectativa em média é que aos 3 meses ela já tenha adquirido o
controle do pescoço, aos 6 meses já consiga se sentar sem apoio e aos
12 meses consiga andar sozinha. A partir do domínio da marcha, ela já
poderá explorar o ambiente com independência, desenvolvimento que
coincide com o amadurecimento do sistema nervoso central. Tudo isso
trará um enorme avanço no desenvolvimento cognitivo, afetivo e em sua
comunicação, proporcionando uma vasta gama de experiências motoras
em função do meio em que vivem.

 DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTICO: O mecanismo e a capacidade de


desenvolver a habilidade da linguagem, nasce com as crianças. Para que
a criança se comunique de modo adequado, os gestos irão preceder a
fala. O bom desenvolvimento da fala requer que todas as estruturas e
funções fisiológicas estejam íntegras, assim como também a respiratória,
auditiva, cerebral e a inteligência nunca se esquecendo da necessidade
de estimulação contínua em todas as fases do desenvolvimento da
linguagem se dividem em duas fases:
Pré-linguística (quando o bebê não se comunica por palavras, fazendo
uso de sons para se relacionar com a mãe e o meio) e a Linguística
(quando a criança já faz o uso de palavras).

 PRÉ-LINGUÍSTICA: O choro é a principal forma de a criança se


comunicar, podendo ter muitas expressões conforme o seu estado
emocional. Essa significação ocorrerá com o tempo, pois ao nascer o
choro é totalmente indiferenciado. Com o tempo, quanto mais forte for
essa relação com o cuidador, melhor será a capacidade de
compreender se a causa do choro é por causa de uma cólica, fome
ou apenas necessidade de colo.

 LINGUÍSTICA: Pelo aprendizado anterior e maturação do aparelho


fonador, a criança estará apta a emitir suas primeiras palavras. Por
volta do final do segundo ano, a criança começará a usar a mesma
combinação de sons para se referir a algum objeto, animal,
acontecimento ou pessoa, a partir daí pode se afirmar que a criança
já está falando por meio de palavras. Até os 18 meses, é esperado 50
palavras sendo que nessa fase ela não revela frustração se não for
compreendida. Ela costuma atribuir uma única palavra para uma frase
e com o tempo ocorre uma explosão de novas palavras, sendo que
aos 2 anos se espera que esteja em mais de 100 palavras.

 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO: Para a criança, o mundo é um


todo a ser descoberto. Como ela não tem experiência do adulto, irá
agir para aprender. É durante as brincadeiras que os esquemas para
a formação das imagens mentais são elaborados, levando à
construção dos conceitos. O comportamento da criança irá se
modificar mediante os novos objetos e situações que se apresentarão
durante o seu crescimento, por isso a importância da estimulação e
solicitação das crianças.

 DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AFETIVO: No início da vida a


criança basicamente brinca com o seu corpo, seus membros (braços
e pernas) e com a boca. Conforme ocorrem suas experiências
cotidianas, ela descobre o prazer de se comunicar com as pessoas
que compõem o seu mundo. É importante que a criança tenha a
oportunidade de fazer sozinha tudo o que estiver dentro de sua
capacidade, pois só assim ela terá o desenvolvimento adequado e
para cada idade se tem um comportamento esperado,
ENFERMAGEM E O CUIDADO INFANTIL

A OMS, em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância e


Adolescência (UNICEF), desenvolveu a estratégia de Atenção Integrada às
Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), que tem por finalidade promover
uma rápida e significativa redução da mortalidade neste período
caracterizando-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de
doenças de maior prevalência na infância ao invés do enfoque tradicional
que buscava abordar de forma isolada cada uma das doenças.
A atuação da equipe de saúde será norteada por esse programa na
promoção da saúde e prevenção das morbidades. Na infância o ápice do
crescimento corresponde à fase que vai do nascimento até os 3 anos de
idade, sofrendo influências de fatores externos, o ambiente no qual a criança
estará inserida como também os fatores internos, herdados dos pais.
O atendimento de saúde pública na assistência à criança deve ser
compreendido como uma prioridade, incluindo a atuação nas áreas de
educação, segurança e saneamento básico, sendo o aporte nutricional outro
ponto primordial para que esta criança alcance um pleno desenvolvimento
intelectual e físico.
Na área da Atenção Primária à Saúde, responsável pela prevenção,
promoção e recuperação da saúde dos indivíduos em todas as fases da
vida, a Estratégia Saúde da Família (ESF) desde a sua criação em 1993,
vem se consolidando como um dos eixos estruturantes do Sistema Único de
Saúde (SUS) por meio de movimento de expressiva expansão de cobertura
populacional, aprimorando em muito o acesso da população às ações de
saúde.
As equipes de saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS) são as
responsáveis por qualificar e humanizar a assistência, encarregadas de
conhecer o número de gestantes compreendido em sua área de
abrangência, programando e avaliando todas as ações que compõem a
saúde da gestante, sendo elas: pré-natal, pré-natal de alto risco, exames
complementares e assistência ao parto. Conhecendo o número de
puérperas e recém-nascidos em sua área de abrangência, elas podem
programar as ações de saúde e a realização das visitas domiciliares na
primeira semana após o parto.
UNIDADES DE SAÚDE

Na primeira consulta do recém-nascido, deve-se observar como foi e


está sendo a construção do vínculo afetivo entre genitor e filho, como é o
posicionamento do adulto e do bebê na amamentação, mamadeira e
chupetas. Além disso, é preciso verificar o aspecto das mamas, observando
se há presença de ingurgitamento, processos infecciosos ou inflamatórios, a
presença de traumas e cicatrizes, ou se ela relata algum outro tipo de
dificuldade quanto ao processo de amamentação.
Para a diminuição da morbidade ou mortalidade materno-infantil, é
fundamental o atendimento da “ Primeira Semana de Saúde Integral ” que é
uma estratégia de atenção à mãe e ao recém-nascido. Por ser um momento
de maior vulnerabilidade e especial na vida da pessoa designada mulher e
da criança, os serviços devem se organizar para garantir esta atenção.
A CONSULTA DE ENFERMAGEM PEDIÁTRICA

SINAIS VITAIS

A observação das funções corporais é feita por meio da avaliação dos


sinais vitais, eles evidenciam as alterações do funcionamento corporal,
sendo o melhor indicador do estado de saúde de um indivíduo. Recebem o
nome de ‘Sinais Vitais’ pelo fato de serem os indicadores da existência de
vida, sendo um meio rápido e eficiente para se monitorar as condições do
paciente ou identificar a presença de problemas. Os sinais sobre o
funcionamento do corpo humano que devem ser conhecidos, compreendidos
e aferidos são: Temperatura (T), Pulso ou Batimentos Cardíacos (P),
Respiração (R) e Pressão Arterial (PA).

 TEMPERATURA: O ser humano é homeotérmico, tem a capacidade de


manter a temperatura corporal constante, apesar das variações térmicas
no meio ambiente. A temperatura corporal é mantida entre a produção e
a perda de calor pelo organismo no ambiente. É o hipotálamo, que fica
no cérebro, o responsável por esse mecanismo termorregulador.
A temperatura pode ser verificada por um termômetro em várias
regiões, são elas: axilar, ouvido, bucal e retal, sendo a axilar mais usada
e a boca e a retal as mais fidedignas pois são aferições internas e não
sofrem variação pela temperatura externa.

 PULSO: É a onda de expansão e contração que o sangue exerce nas


artérias, resultante dos batimentos cardíacos. Na palpação do pulso,
verifica-se além da frequência (contagem das pulsações), o ritmo
(movimento regular e periódico das pulsações no curso da contagem) e a
tensão (quantidade de pressão exercida nas paredes das artérias à
medida que o sangue nelas se movimenta). As artérias mais comumente
utilizadas para verificar o pulso são: radial, carótida, temporal, femoral,
poplítea e pediosa.
 RESPIRAÇÃO: É o ato de inspirar e expirar, promovendo as trocas
gasosas entre os pulmões dos indivíduos e o ambiente. O pulso e a
respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois a
respiração apresenta a possibilidade de controle voluntário, assim a
criança pode interferir, parando ou alternando o ritmo respiratório.
Utiliza-se um relógio analógico com ponteiro de segundo ou digital.

 PRESSÃO ARTERIAL: A Pressão Arterial (PA) é a medida da pressão


exercida pelo sangue nas paredes das artérias. A pressão ou tensão
depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue
circulante e da resistência dos vasos. A medida da pressão arterial é feita
em milímetros de mercúrio (mmHg), considera-se a pressão máxima ou
sistólica a resultante da contração dos ventrículos para ejetar o sangue
nas grandes artérias e a pressão mais baixa ou diastólica, a que ocorre
assim que o coração relaxa.
NUTRIÇÃO EM PEDIATRIA

Nutrição é definida, ‘Houaiss’ pelo processo no qual os organismos


obtêm energia, na forma de alimento. Dessa forma é possível manter o
metabolismo corporal e também, a formação e a reparação dos tecidos no
organismo. Para a criança é fundamental pois ela ainda se encontra em fase
de crescimento corporal e desenvolvimento de todas as suas capacidades
emocionais e intelectuais além da manutenção de sua saúde.
A alimentação natural corresponde à forma mais importante para a
aquisição de todo esse aporte nutricional de que a criança necessita, pois
atende às necessidades energéticas e auxiliará para que ela tenha um
desenvolvimento sadio, tanto físico como emocional e cognitivo.

 Durante os primeiros 6 meses de idade, oferecer somente leite materno


ao bebê, em livre demanda e sem horários evitando qualquer tipo de
alimento incluindo água e chás.

 Manter o leite materno até os 2 anos, sendo que a partir de 6 meses se


inicia a introdução de outros alimentos de forma lenta e gradual.

 Após os 6 meses, se a criança ainda estiver recebendo leite materno,


deverá receber três vezes ao dia alimentação complementar, como por
exemplo: cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e verduras. Se
não receber mais leite materno, deverá receber cinco porções de
alimentação complementar.

 Na alimentação complementar é muito importante respeitar a vontade da


criança, assim a alimentação não deverá ser oferecida com rigidez de
horários.

 Desde o início, a alimentação complementar deverá ser oferecida com


colher e ser espessa começando com uma consistência pastosa como
purês e papas.
 Para se obter uma alimentação variada e colorida, é importante oferecer
à criança diferentes alimentos ao dia.

 Sempre nas refeições, procurar estimular o consumo diário de frutas,


legumes e verduras.

 No primeiro ano de vida, usar com moderação ou se possível evitar


refrigerantes, balas, frituras, enlatados, salgadinhos, açúcar, café, sal e
outras guloseimas.

 Além de garantir a conservação e armazenamento é importante cuidar da


higiene no manuseio e preparo dos alimentos.

 Para a criança convalescente e doente é importante estimular sua


alimentação, sempre respeitando a sua aceitação e procurando oferecer
a alimentação habitual e alimentos preferidos.
SAÚDE EM PEDIATRIA

Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI)

Para a prevenção, promoção e tratamento das doenças infantis mais


frequentes no Brasil, a estratégia de Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância (AIDPI) foi criada pela necessidade de se
desenvolver uma estratégia que buscasse o manejo da criança de forma
integrada, tendo por finalidade promover uma queda rápida nos índices de
mortalidade das crianças menores de 5 anos. Ao contrário do enfoque
tradicional, que faz uma procura isolada de cada doença, a AIDPI
caracteriza-se por uma avaliação integrada e simultânea do conjunto de
doenças que possuam uma grande prevalência na infância.

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