Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apesar de uma transformação TA(v) = A.v deslocar vetores em muitas direções, muitas vezes existem vetores
especiais para os quais a ação de A é muito simples, de modo que TA(v) = A.v = λ.v, ou seja o vetor v é
transformado (levado) em um múltiplo de v.
10.1. Definição
Um autovetor de uma matriz A, n x n, é um vetor não-nulo v tal que A.v = λ.v para algum escalar λ , o qual λ é
chamado de autovalor.
1 6 6 3
Exemplo 1: Sejam A = , u= - 5 e v = - 2 . Verifique se u e v são autovetores de A.
5 2
Resolução:
1 6 3 - 9 3
A.v = . ⋅ = ≠ λ. ⋅
5 2 - 2 11 - 2
1 6 6 - 24 6
A.u = . ⋅ = = −4 ⋅ = −4u
5 2 - 5 20 − 5
Assim, u é um autovetor associado ao autovalor –4, mas v não é autovetor de A, pois A.v não é múltiplo de v.
Observação: Ao invés de autovalor e autovetor, podemos encontrar os termos valor característico e vetor
característico ou valor próprio e vetor próprio, respectivamente.
1 3
Exemplo 2: Encontre autovalores e autovetores, não-nulos, associados a matriz A = .
2 2
x
Resolução: Procuramos um escalar λ e um vetor não-nulo v = , tais que, A.v = λ.v, ou seja
y
A.v – λ.v = 0 ∴ (A – λ.I).v = 0
1 3 1 0 x 0 1 3 λ 0 x 0
2 2 − λ ⋅ 0 1 . y = 0
∴ − . =
2 2 0 λ y 0
1 − λ 3 x 0 (1 − λ ) x + 3 y = 0
2 . = ∴
2 − λ y 0 2 x + ( 2 − λ ) y = 0
Como o vetor v deve ser diferente de zero, e o sistema associado é um sistema homogêneo, é
necessário que encontremos uma solução diferente da trivial, para isso, basta igualar a zero o determinante da
matriz A – λ.I (matriz característica).
1− λ 3
= 0 ∴ (1 − λ ).(2 − λ ) − 6 = 0 ∴ λ 2 − 3λ − 4 = 0 ∴ λ = 4 ou λ = −1
2 2−λ polin6omio característico
41
Passo 3: Encontrar os autovetores associados aos autovalores encontrados.
Substitua os valores de λ no sistema encontrado no passo 1 e determine os valores de x e y.
Para λ = 4
(1 − 4) x + 3 y = 0 − 3 x + 3 y = 0
∴ ou simplesmente x = y
2 x + (2 − 4) y = 0 2x − 2 y = 0
1
Assim, v = é um autovetor não-nulo pertencente ao autovalor λ = 4 (ou pertencente ao auto-espaço de 4) e
1
qualquer outro autovetor pertencente a λ = 4 é um múltiplo de v.
Para λ = –1
x(1 + 1) + 3 y = 0 2 x + 3 y = 0 3
∴ ou simplesmente 3 x + 3 y = 0 ∴ x = − y
2 x + y (2 + 1) = 0 2 x + 3 y = 0 2
− 3
Assim, v = é um autovetor não-nulo pertencente ao autovalor λ = –1 (ou pertencente ao auto-espaço de –1)
2
e qualquer outro autovetor pertencente a λ = –1 é um múltiplo de v.
10.3. Exercícios
4 2 0 − 2 0
1. Sejam A= − 1 1 0 , u = 1 ev=
1 . Verifique se u e v são autovetores de A.
0 1 2 1 2
−1 2 −1
3. Considere a matriz A = −1 2 1 .
−1 6 1
a) Determine a lei de formação da transformação linear TA.
1 3
4. Dada a matriz A = , encontre:
−1 5
a) Os autovalores.
b) Os autovetores não nulos.
10.4. Soluções
2. a) pol.caract.: λ – 2λ
2
autovalores: λ = 0 e λ = 2
1 1
autovetores: v = pertencente ao autovalor λ=0 e v = pertencente ao autovalor λ = 2.
− 1 1
42
UNILASALLE – Álgebra Linear – Profa. Rute Capítulo 10: AUTOVALORES E AUTOVETORES
b) pol.caract.: λ – 5λ + 6
2
autovalores: λ = 2 e λ = 3
1 1
autovetores: v = pertencente ao autovalor λ=2 e v = pertencente ao autovalor λ = 3.
− 1 − 2
c) pol.caract.: λ
3
autovalores: λ = 0
0
autovetores: v = 0 pertencente ao autovalor λ = 0.
1
F : R3 → R3
3. a) x −1 2 −1 x − x + 2y − z
y → −1 2 1 ⋅ y = − x + 2y + z
z −1 6 1 z − x + 6 y + z
3 1
4. a) λ = 2 ou λ = 4 b) v = e v = c) Sim, associado ao autovalor λ = 2.
1 1
43