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AULA 1
• O direito processual penal vem para regular o processo (sequência de atos) do direito material
(penal). Leva o julgador a ter mais segurança jurídica (ideal de justiça). O processo penal
instrumentaliza e viabiliza o direito penal (material).
• Acordo de não persecução penal: para crimes com pena mínima inferior a 4 anos. Ex:
corrupção ativa e passiva. Art. 28-A, CPP;
• Juiz das garantias: temporariamente ineficaz por decisão do STF (até o plenário se
pronunciar).
• Conteúdo do semestre (os conteúdos serão integrados para melhor entendimento. Ex: para
montar o IP, precisa-se saber a natureza da ação penal):
✴ 6 - Ação Penal
• Bibliografia: CPP (arrumar físico para a prova). Nucci, Renato Brasileiro, André Nicolicci,
Nestor Távora (Jus Podium). Material será disponibilizado e deverá ser trago para a aula.
• O juiz está equidistante das partes no processo. O IP está projetado fora da triangulação,
direcionando o MP para a denúncia ou para o pedido de arquivamento ao juiz. O elo acontece
com Delegado > Juiz > MP.
• Pode haver prorrogação de prazo (trinta em trinta dias) do IP até a prescrição do crime. Juiz
concede a prorrogação e oferece vistas ao MP;
✴ O juiz de garantias vem para mudar quem julgará a ação penal: o juiz que concede os
pedidos do IP (ex: busca e apreensão, quebra de sigilo) será o juiz de garantias. Esse juiz
recebe a eventual denúncia do MP e, em caso de haver o recebimento positivo,
encaminhará a outro juiz, que julgará a ação penal.
• No IP, já atribui-se um número de processo. Assim, consegue-se monitorar mesmo a fase pré-
processual. Importante o IP está bem instruído para que o processo também o seja. O MP
pode pedir diligências durante o IP.
AULA 2
✴ Art. 25, parágrafo único, CP CAI NA PROVA = legítima defesa do agente de segurança
pública (há conflito técnico por também ser considerado estrito cumprimento do dever
legal). Não se fala em autorização em “matar”, mas pode ser a única forma dependendo do
caso. Pode ser considerado redundante e desnecessário, uma vez que a legitima defesa já
possuía ampla aplicação.
✴ Art. 51, CP: execução no âmbito penal, mas a multa é considerada dívida de valor
(Fazenda Pública), não podendo ser convertida em PPL.
✴ Art. 75, CP: pena não superior a 40 anos. Por um concurso de crimes, pode haver
condenação maior que 40 anos, mas o máximo a ser cumprido mantém-se 40 (há
unificação das penas, §1º). Contudo, segundo o §2º, sendo condenado por outro
processo, durante o cumprimento de pena do primeiro, far-se-á nova unificação,
desprezando o período de pena já cumprido. Dessa forma, é possível ficar preso por mais
de 40 anos; para os benefícios (livramento condicional, etc) há análise separada dos
crimes (S. 725/STF).
✴ Art. 116, CP: suspensão da prescrição do crime (o inciso III trata, por exemplo, dos
recursos com finalidade de protelar).
✴ Art. 171, §5º, CP: estelionato como crime de ação pública condicionada a representação
(salvo exceções elencadas no incisos).
✴ Art. 3º-A, CPP: estrutura acusatória (divergência doutrinária), onde há de forma específica
o julgador, o acusador e o acusado.
✴ Art. 3º-B, CPP: IV = exceção ao rito sumaríssimo (L. 9099/95); com o juiz de garantias,
mesmo dentro da investigação, passa-se a mitigar o caráter inquisitivo do Estado (sem
contraditório e ampla defesa).
✦ §2º CAI NA PROVA: prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 dias (se
estiver preso). Atenta-se ao art. 10, CPP, que fala em prazos de 10 (preso) e 30 dias
(solto) para concluir o IP. A prisão pode acabar sendo relaxada (considerada ilegal) se a
investigação não for concluída no prazo de 15 dias. Ocorre que ela foi decretada pelo
próprio juiz, quando converteu a prisão em flagrante em preventiva (conflito de
decisões!!!).
✴ Prisão preventiva: a cada 90 dias o juiz deve trazer argumentos para a manutenção da
prisão preventiva (art. 316, parágrafo único, CPP).
✴ Art. 28-A, CPP. CAI NA PROVA: acordo de não persecução penal; as causas de aumento e
diminuição incidem no cálculo da pena para fins desse acordo (ex: tráfico privilegiado,
corrupção ativa, corrupção passiva, etc); há uma problemática ao usar a pena mínima (e
não a máxima). Aumenta-se em demasiado o rol de crimes; não há instauração de
processo (continua sendo réu primário em um futuro crime).
AULA 3
✴ No tempo
✦ Art. 2º, CPP: a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade
dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
✤ Art. 90, L. 9099/95: para os processos penais em andamento, a lei processual nova
não influencia. Isso acontece somente com as normas puramente processuais (Lei
Processual Penal Genuína).
✴ Art. 3º, CPP: a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica,
bem como suplemento dos princípios gerais de direito.
✴ Princípio da Presunção de Inocência: art. 5º, LVII, CF = ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
✴ Princípio do Contraditório e Ampla Defesa: art. 5º, LV, CF. Deve haver ciência do acusado
perante o fato (contraditório), e este poderá usar de todos os meios legais para se
defender (ampla defesa).
✦ S. 523/STF: no processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu. Em suma, não existe a
ausência de advogado no processo penal.
✴ Princípio da Publicidade: art. 5º, XXXII = direito de receber informações dos órgãos
públicos.
✦ Art. 93, IX, CF: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos.
✴ Princípio da Busca da Verdade: art. 156, CPP = o juiz de ofício pode ordenar a produção
de provas antecipadamente e determinar diligências durante a instrução.
✦ Art. 209, CPP: juiz pode ouvir, quando julgar necessário, outras testemunhas além das
indicadas pelas partes.
✴ Princípio da Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos: art. 5º, LVI, CF.
✦ Art. 157, CPP: inadmissíveis também as derivadas das ilícitas, quando há nexo de
causalidade com as principais. Se as derivadas puderem ser levantadas por uma fonte
independente das principais, há licitude.
✦ Ilícitas (configura crime) ≠ ilegítimas (afrontou norma processual). Contudo, ambas serão
desentranhadas do processo.
✦ Art. 5º, LV, CF: assegurado o direito de recurso em processo judicial e administrativo.
✦ Art. 5º, LVI, CF: ninguém será privado da liberdade sem o devido processo legal.
✦ Pacto de San José da Costa Rica: direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal
superior.
✴ Princípio do Juiz Natural: não haverá juízo ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII, CF); art.
5º, LIII, CF = autoridade competente que deve processar (onde se deu o resultado da ação
delituosa); art. 5º, XXXVIII, CF = instituição do júri, plenitude de defesa, sigilo das votações,
soberania dos veredictos, competência para os crimes dolosos contra a vida.
AULA 4