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ENSINO DA CONCEPÇÃO ESTRUTURAL A PARTIR DO BALANCEAMENTO DE

VÃOS EM VIGAS COM VISTAS À UNIFORMIZAÇÃO DE ESFORÇOS

GALLO JUNIOR, Fábio (1); OLIVEIRA, Cláudia Terezinha de Andrade (2)

(1) AEC / FIAMFAAM, e-mail: fgallojr@gmail.com.br; (2) FAUUSP, ctao@usp.br

RESUMO
A posição dos apoios de vigas influencia expressivamente os esforços internos atuantes, os
deslocamentos verticais máximos (flechas) e, portanto, as dimensões requeridas para que suas
seções transversais possam, respectivamente, resistir-lhes e limitá-los. Partindo-se da premissa de
que o arquiteto é o agente responsável pela concepção estrutural, necessita-se sensibilizá-lo quanto
ao impacto que essa simples definição de posicionamento de apoios das vigas acarreta. O objetivo
desse trabalho é apresentar a estratégia didática que vem sendo adotada para o ensino do
balanceamento de vãos em vigas, bem como o estudo teórico que a originou. Em síntese, esse
estudo parte da teoria da resistência dos materiais, de onde se obtêm expressões matemáticas que
fornecem reações de apoio e esforços internos solicitantes em vigas com até cinco apoios
articulados, carregamento descensional uniformemente distribuído e produto de rigidez constante
ao longo de seu comprimento. O emprego de conceitos estatísticos e métodos numéricos para
resolução de equações não lineares possibilitou a determinação de relações entre vãos de vigas que
levam à menor dispersão possível dos momentos fletores máximos atuantes. Os resultados obtidos
foram generalizados e condensados num método para concepção de estruturas que tem se
mostrado pedagogicamente apropriado por proporcionar agilidade à atividade de projeto e rigor
estrutural, sem, no entanto, despender recursos matemáticos sofisticados. A estratégia parte da
determinação, em uma primeira aproximação, do posicionamento de apoios em vigas que conduz à
uniformização dos máximos esforços de flexão atuantes e, portanto, às mínimas dimensões
requeridas para as seções transversais das peças.
Palavras-chave: Ensino de estruturas; Concepção estrutural; Balanceamento de vãos em vigas;
Uniformização de momentos fletores.

ABSTRACT
The position of the beam supports expressively influences the internal stresses acting, the maximum
vertical displacements and, therefore, the dimensions required so that their cross sections can,
respectively, resist and limit them. Based on the premise that the architect is the agent responsible for
the structural design, it is necessary to sensitize him to the impact that this simple definition of
positioning of supports of the beams entails. The objective of this work is to present the didactic
strategy that has been adopted for the teaching of the balancing of spans in beams, as well as the
theoretical study that originated it. In summary, this study starts from the material resistance theory,
from which mathematical expressions are obtained that provide support reactions and internal forces
in beams with up to five articulated supports, uniformly distributed descending load and constant
stiffness product along its length. The use of statistical concepts and numerical methods to solve
nonlinear equations allowed the determination of relations between beams spans that lead to the
least possible dispersion of the active maximum bending moments. The obtained results were
generalized and condensed in a method for designing structures that has proved to be pedagogically
III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

appropriate for providing agility to the design activity and structural rigor, without, however,
expending sophisticated mathematical resources. The strategy consists in defining, in a first
approximation, the positioning of supports in beams that leads to the equalization of the maximum
bending stresses acting and therefore to the minimum dimensions required for the cross sections of
the parts.
965 Keywords: Structure teaching; Structural design; Balancing of spans in beams; Standardization of
bending moments.

1. INTRODUÇÃO
Será que “precisa” desse pilar? Posso “tirá-lo”? Será que a viga “aguenta”? De “quanto
em quanto” preciso colocar pilar? Esses são questionamentos frequentemente elaborados
pelos estudantes de arquitetura enquanto concebem a estrutura de seus projetos.
Igualmente comum são também as respostas oferecidas pelos professores que os instruem:
“depende do vão”, “depende da altura que se pretende para a viga”, “para o material ‘ ’ a
altura da viga será ‘!"%’ do vão”.
Esse estudo propõe-se a ampliar a discussão sobre concepção estrutural para além da
costumeira aplicação de fórmulas ou consultas a gráficos, ábacos ou tabelas. A estratégia
desenvolvida fundamenta-se na interpretação preliminar do comportamento estrutural das
vigas, a partir da qual se obtêm dimensões otimizadas para seus vãos e seções transversais.

2. MÉTODO
O método consiste em determinar o posicionamento dos pontos de inflexão em vigas –
obtidos mediante teoria da resistência dos materiais – com objetivo de se alcançar
simplificações para elaboração de estratégia didática voltada ao ensino da concepção
estrutural.
A estratégia resultante emprega a distância entre pontos de inflexão como variável
fundamental à estimativa da quantidade e posição de apoios ou interrupções que se façam
necessárias ao longo do comprimento da viga por questões de transporte ou pré-fabricação
(dentes gerber, por exemplo). Além dessa estimativa para arranjo de articulações, conhecer
a distância entre pontos de inflexão – que são pontos de momento fletor nulo – implica
delimitar o comprimento de viga biapoiada que lhe é equivalente (aquela que possui mesmo
momento fletor máximo), para a qual se aplicam regras visando ao pré-dimensionamento da
seção transversal.
Como a posição dos pontos de inflexão em vigas depende das proporções entre seus
vãos, dos carregamentos atuantes e do produto de rigidez1 de sua seção transversal,
necessita-se estabelecer premissas para delimitação dessa investigação, quais sejam:
a) Vigas submetidas a carregamento vertical, de cima para baixo, uniformemente
distribuído (q), com produto de rigidez da seção transversal (EI) constante;

1
O produto de rigidez refere-se à multiplicação do módulo de elasticidade do material (E) pelo momento de
inércia (I) da seção transversal associado ao eixo fletido.
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b) A proporção entre vãos decorre da uniformização dos máximos momentos fletores


atuantes, a partir dos quais se obtêm as mínimas dimensões requeridas para as seções
transversais das peças2.
O estudo abrange vigas com até cinco apoios articulados, com e sem balanços.
966 Pormenorizaram-se exemplos de caso isostático (com dois apoios e balanços) e hiperestático
(com três apoios e balanços), nos itens 2.1 e 2.2, respectivamente. Devido ao estudo das
vigas com quatro e cinco apoios ser análogo ao realizado em 2.2, apresentam-se em 2.3 e
2.4 apenas os resultados obtidos.

2.1 Viga com dois apoios articulados (exemplo de caso isostático)


A barra biapoiada com balanços nas duas extremidades, apresentada na Figura 1,
representa o modelo estrutural empregado nesse estudo. Trata-se de viga biarticulada com
carregamento vertical uniformemente distribuído (q):

Figura 1 – Modelo estrutural de viga com dois apoios articulados.

Fonte: Os autores, 2017.

Como se trata de estrutura isostática, as reações de apoio ! e " são obtidas


simplesmente por meio das equações de equilíbrio global, conforme segue:

# $% = 0 & ! + " ' () = 0* & " = (, ' ! (1)

/1 + .23 53 */1 + .23 ' * 5 3


# -" = 0 & !. ' ( +( =0& ! =( (2)
4 4 4*.
Para a determinação do momento fletor máximo entre apoios, a barra é seccionada numa
seção genérica 6, distante 7 da extremidade, conforme apresentado na Figura 2.
Na seção 6 são determinadas as equações (3) e (4), que descrevem, respectivamente, a
força cortante e o momento fletor no vão central, em função da variável 7:

2
Como os esforços internos solicitantes preponderantes no dimensionamento de vigas são os momentos
fletores, a proporção entre vãos empregada nesse estudo decorre da uniformização de seus valores máximos
ao longo do comprimento da peça. Proporções de vãos decorrentes da uniformização dos máximos
deslocamentos verticais (flechas) ou forças cortantes não foram contemplados nesse estudo.
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(!) = "# $ %! (3)

!*
&(!) = "# (! $ ') $ % (4)
967
2

Figura 2 – Corte em seção genérica de viga biarticulada para determinação de esforços internos
solicitantes entre apoios.

Fonte: Os autores, 2017.

Ao se igualar a equação (3) a !"#, obtém-se o valor de $ onde a força cortante é nula e,
portanto, o momento fletor entre apoios é máximo:

&'
%($) = &' * +$ = 0 , $ = (5)
+

Substituíndo-se $, obtido na equação (5), em (4), obtém-se o momento fletor máximo no


vão central da barra. A Tabela 1 reúne as expressões para determinação das reações de
apoio e momentos fletores máximos (positivos e negativos) da viga em estudo:

Tabela 1 – Expressões para determinação das reações de apoio e momentos fletores máximos
(positivos e negativos) da viga apresentada na Figura 1.

/(1 2 3)4 * / 5 4
-. +
Reações 6/3
de apoio
! "# $ %&

"+,
'*
'(á) 2
negativos "- ,
'!
2
'(á) %&
'*! %& ./ $ +0
positivo 2."
Fonte: Os autores, 2017.
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A distribuição uniforme dos esforços máximos de flexão que ocorrem ao longo do


comprimento da viga é obtida mediante arranjo de vãos para o qual os momentos fletores
máximos apresentados na Tabela 1 resultem iguais. Portanto:

$ ! "# ! $% ,2&
= = !" # = = $% &' ( )* =#=+ (6)
968 ! "
2 2 2&" 4
Com o objetivo de se evidenciar as proporções entre os vãos obtidos em (6), esses serão
expressos nas equações (7) e (8) em função do comprimento total da barra&-./ e
apresentados na Figura 3:

,2& ,2&
# + + ,2 ( 3
= = 4 = 4 = 5 67268 * = # 5 672680 (7)
0 0 1+1# ,2& 2
+ 1 2+
4

+ + +
= = = 2 ( ,2 5 679:; * + 5 679:;0
0 1+1# ,2& (8)
+ 1 2+
4
Além da proporção entre vãos que leva à otimização dos momentos fletores máximos, é
conveniente determinar os pontos em que os momentos fletores são nulos, pois as
distâncias entre esses pontos correspondem aos vãos a partir dos quais se estabelecem
regras para pré-dimensionamento, conforme será apresentado no item 3 desse estudo.
Igualando-se, portanto, a equação (4) a <>?@ e substituindo-se $% pela expressão
apresentada na Tabela 1, com , + e # em função de 0 – conforme (7) e (8) –, obtêm-se os
valores de em que os momento fletores são nulos:

'
+ +
!( ) = "# ( $ %) $ & = 0* = ./1. = (9)
2 2 , -2 -2

Figura 3 – Proporção de vãos que resultam na condição de igualdade entre momentos fletores
máximos (positivos e negativos) e posicionamento de pontos de momentos fletores nulos para a viga
apresentada na Figura 1.

Fonte: Os autores, 2017.


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As distâncias entre o apoio A e X’ e entre o apoio B e X” são, respectivamente:

# 2!1 3
!" = ! # = $ ! 2% #
$
(10)
2+ 2 2+ 2 2 2
!" # =

969
# 2!1 . 3
&'() = " + * ! = # + ,2 ! 2-# ! = $ ! 2% # (11)
2 2 2 2
6
Nesse caso, como a estrutura é simétrica,/&0( 4 = &'() = 57 ! 28 . .
Em função do vão central *, a distância entre o apoio e o ponto em que o momento fletor
é nulo, será:
3 3 * 2! 2
&0( 4 = &'() = $ ! 2% # = $ ! 2% =9 ; < >?1:@*
2 2 :
(12)
2! 2
No caso de viga com dois apoios articulados e apenas um balanço, basta que se considere
o vão A = > nas expressões da Tabela 1 e prosseguir com as substituições nas equações
decorrentes. A Figura 4 a seguir reúne os resultados do estudo em viga biarticulada com um
e dois balanços:

Figura 4 – Proporção de vãos que resulta na condição de igualdade entre momentos fletores máximos
(positivos e negativos) e posicionamento de pontos de momentos fletores nulos e máximos em viga
biarticulada com um ou dois balanços e carregamento vertical uniformemente distribuído (q).

Fonte: Os autores, 2017.

2.2 Viga com três apoios articulados (exemplo de caso hiperestático)


A barra apoiada sobre três articulações com balanços nas duas extremidades,
apresentada na Figura 5, representa o modelo estrutural empregado nesse estudo. Trata-se
de viga triarticulada com carregamento vertical uniformemente distribuído (q) e produto de
rigidez (EI) constante:
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Figura 5 – Modelo estático de viga com três apoios articulados.

970

Fonte: Os autores, 2017.

Diferentemente do estudo apresentado em 2.1, o emprego das equações de equilíbrio


global não é suficiente para determinação das reações de apoio, pois se trata de uma
estrutura hiperestática. Nesse caso, conforme aponta Martha (2011, p.86), devem ser
asseguradas:
a) Condições de equilíbrio estático;
b) Compatibilidade geométrica que garanta continuidade à estrutura deformada;
c) Compatibilidade entre tensões e deformações que represente o comportamento dos
materiais em nível macroscópico.
Com o atendimento desses três itens, é possível obter equações3 que descrevem os
deslocamentos e rotações de cada ponto da configuração deformada da barra em função do
momento fletor4 atuante e do produto de rigidez (EI). Resultados de rotações e
deslocamentos máximos aplicados a casos notáveis, como de vigas biapoiadas submetidas a
carregamento vertical uniformemente distribuído, carga vertical concentrada ou momento,
podem ser associados e empregados na resolução de estruturas complexas, conforme
apresentados na Figura 6.
Da alínea b) decorre que o ângulo formado entre a reta que representa a configuração
indeformada da barra e a reta tangente à sua configuração deformada no apoio B devem ser
iguais à esquerda ( ! ) e à direita (" # ) desse apoio, conforme expresso na equação (13) e
ilustrado na Figura 6.

" !
=" # (13)

3 #$ % (
Demonstra-se que a equação diferencial da linha elástica (E.D.L.E.) é expressa por = ' , onde + é a
#& $ )*
coordenada do ponto ao longo do comprimento da barra de onde se pretende obter o deslocamento vertical ,.
Integrando-se a E.D.L.E, obtém-se "-+., que corresponde à equação que fornece as rotações de cada ponto em
função de +. Ao integrá-la novamente, obtém-se ,-+., propriamente dita.
4
As equações diferenciais da linha elástica são comumente expressas em função do momento fletor. No
entanto, alternativamente, podem ser apresentadas em função da força cortante ou do carregamento atuante,
#/% 0 #1% 2
respectivamente, nas formas =' e = .
#& / )* #& 1 )*
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Figura 6 – Compatibilização das rotações no apoio central da viga apresentada na Figura 5.

971

Fonte: Os autores, 2017.

A partir dos valores das rotações apresentadas na Figura 6, pode-se escrever:

"# $ () # ( #
=+ ' ' (14)
! 24%& 6%& 3%&

"- $ (. - ( -
* =' + + (15)
, 24%& 6%& 3%&
Substituindo-se as equações (14) e (15) em (13), obtém-se:

" '201 # + # $ + - $ ' 2-51


( = / 7
8 #+-
(16)

Encontrado o valor de ( , é possível determinar, por meio das equações de equilíbrio


global, as reações de apoio 9) , 9 : , 9 ; e 9< , conforme apresentado na Figura 7.
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Figura 7 – Trechos à esquerda (I) e à direita (II) do apoio central da barra.

972

Fonte: Os autores, 2017.

Aplicando-se as equações de equilíbrio global ao !"# !"# indicado na Figura 7, obtêm-se


as expressões (17) e (18), referentes, respectivamente, às reações de apoio $%& e $' :

( )* = 0 + $%& = ,-. / 12 3 $' (17)

,-. / 125 3 64%


( 4% = 0 + $' = (18)
61

Aplicando-as ao 789: !"##, obtêm-se (19) e (20), referentes a $%; e $< respectivamente:

( )* = 0 + $%; = ,-: / >2 3 $< (19)

,-: / >25 3 64%


( 4% = 0 + $< = (20)
6:
Para obtenção da reação $% , basta somar as parcelas $%& e $%; , conforme apresentado na
equação (21):

$% = $%& / $%; = ,-. / 12 3 $' / ,-: / >2 3 $< = ,? 3 $' 3 $< (21)

Determinadas as reações de apoio, torna-se possível avaliar – análogamente ao


apresentado em 2.1 – os momentos fletores máximos entre os apoios A e B e entre os
apoios B e C. A Tabela 2 a seguir reúne as expressões para obtenção das reações de apoio e
momentos fletores máximos (positivos e negativos) da viga em estudo.
Partindo-se da mesma premissa de se distribuir uniformemente os esforços máximos de
flexão que ocorrem ao longo do comprimento da viga, busca-se, assim como em 2.1, um
arranjo de vãos a partir do qual os momentos fletores máximos apresentados na Tabela 2 se
igualem. No entanto, constata-se que para valores não nulos de , !, " e #, o problema não
possui solução, ou seja, não há arranjo que satisfaça, simultaneamente, essa condição de
igualdade pretendida.
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Tabela 2 – Expressões para determinação das reações de apoio e momentos fletores máximos
(positivos e negativos) da viga apresentada na Figura 5

"#$
!
2
!á" " '2#$ ( + ( ) + * ) ' 2*,$
& -
973
%
negativos 8 (+*
",$
.
2
"0# + (1$ ' 234
/!
2(
Reações
! "# $ %& $ %'
de apoio
")* + ,-. $ 2/0
(
2*

15!
!
! "# % &'
13á4 2"$
+ +
positivos ! , %2 - $.& , /0 % 2 ! .&$ % -0
()* -
$
Fonte: Os autores, 2017.

Com a impossibilidade de se igualar os momentos fletores máximos, conduz-se a pesquisa


à busca de arranjo que os torne, ao menos, os mais próximos possíveis. Em linguagem
estatística o problema passa a ser o de encontrar a mínima dispersão possível para
1! 3 1!- 3 1- 3 1-4 e 14 .
Para avaliação da dispersão dos momentos fletores máximos em termos relativos (%) à
média pode-se empregar o parâmetro estatístico denominado coeficiente de variação (5 ),
conforme definido na equação (22):
6
5 "= 899: (22)
7
1
" é a média dos dados:
Onde é o desvio padrão e !
" )* $
$%+&,-(!& ' !
=#
.
(23)

%+&,- !&
"=
!
.
(24)

O mínimo5 coeficiente de variação (/01í+ ) reflete a menor dispersão possível dos dados
em relação à média. É possível determinar, mediante processo iterativo6, o arranjo de vãos

5
CV igual a zero, por exemplo, indica que não há variação do conjunto de dados em relação à media, ou seja,
que os dados são iguais à média e que não há, portanto, dispersão.
6
Realizou-se o processo iterativo por meio da função Solver do Microsoft Excel.
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que leva o conjunto de momentos fletores máximos ao !"í# . A Figura 8 a seguir apresenta
os resultados do estudo em viga triarticulada com um, dois e sem balanços:

Figura 8 – Proporção de vãos que resulta na mínima dispersão possível ( !"í# ) para os momentos
fletores máximos (positivos e negativos) de viga com três apoios articulados, carregamento vertical
974 uniformemente distribuído (q) e produto de rigidez (EI) constante. Indicam-se o posicionamento de
pontos de momentos fletores nulos e máximos, além das dispersões dos $"á% em relação à
média ($& ).

Fonte: Os autores, 2017.

2.3 Viga com quatro apoios articulados


O estudo de viga apoiada sobre quatro articulações com carregamento vertical
uniformemente distribuído (q) e produto de rigidez (EI) constante é análogo ao apresentado
em 2.2. A Figura 9 apresenta os resultados da análise:
III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

Figura 9 – Proporção de vãos que resulta na mínima dispersão possível ( !"í# ) para os momentos
fletores máximos (positivos e negativos) de viga com quatro apoios articulados, carregamento
vertical uniformemente distribuído (q) e produto de rigidez (EI) constante. Indicam-se o
posicionamento de pontos de momentos fletores nulos e máximos, além das dispersões dos $"á%
em relação à média ($ & ).
975

Fonte: Os autores, 2017.

2.4 Viga com cinco apoios articulados


O estudo de viga apoiada sobre cinco articulações com carregamento vertical
uniformemente distribuído (q) e produto de rigidez (EI) constante é também análogo ao
apresentado em 2.2. A Figura 10 apresenta os resultados para esse caso:
III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

Figura 10 – Proporção de vãos que resulta na mínima dispersão possível ( !"í# ) para os momentos
fletores máximos (positivos e negativos) de viga com cinco apoios articulados, carregamento vertical
uniformemente distribuído (q) e produto de rigidez (EI) constante. Indicam-se o posicionamento de
pontos de momentos fletores nulos e máximos, além das dispersões dos $"á% em relação à
média ($& ).
976

Fonte: Os autores, 2017.

3. RESULTADOS
A Tabela 3 reúne as proporções entre vãos que resultam na mínima dispersão possível
para os momentos fletores máximos das vigas estudadas. Além dessas proporções,
apresentam-se, para cada vão, as distâncias entre pontos de momento fletor nulo ( ! ),
necessárias ao pré-dimensionamento das peças7.

7
Determinar a distância entre esses pontos em que o momento fletor é nulo significa conhecer o comprimento
da viga biapoiada equivalente (aquela que possui mesmo momento fletor máximo), a partir da qual se
estabelecem as regras para pré-dimensionamento. No caso de balanço, conforme demonstrado por Margarido
(2001, p.251), ! vale o dobro de sua extensão.
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Tabela 3 – Proporção entre vãos que resulta na mínima dispersão possível ( !"í# ) para os
momentos fletores máximos (positivos e negativos) de vigas com até cinco apoios articulados,
carregamento vertical uniformemente distribuído (q) e produto de rigidez (EI) constante. A tabela
indica também a proporção entre as distâncias entre pontos de momento fletor nulo ($% ) de cada
vão em função do comprimento total da barra ( & ).
977

vãos → a b c d e f !"í#

s/ balanços $ - - - - - -
2 apoios

1 balanço 0,293%$ 0,707%$ - - - - 0,00%


(vão a) &' = 0,586$ &' = 0,586$

2 balanços 0,207%$ 0,586%$ 0,207%$ - - - 0,00%


(vãos a e c) &' = 0,414$ &' = 0,414$ &' = 0,414$

s/ balanços - 0,500%$ 0,500%$ - - - 89,89%


&' = 0,375$ &' = 0,375$
3 apoios

1 balanço 0,166%$ 0,453%$ 0,381%$


(vão a)
- - - 27,48%
&' = 0,332$ &' = 0,276$ &' = 0,284$

2 balanços 0,134%$ 0,366%$ 0,366%$ 0,134%$


(vãos a e d)
- - 26,50%
&' = 0,268$ &' = 0,222$ &' = 0,222$ &' = 0,268$

s/ balanços - 0,317%$ 0,367%$ 0,317%$ - - 30,26%


&' = 0,243$ &' = 0,203$ &' = 0,243$
4 apoios

1 balanço 0,114%$ 0,314%$ 0,307%$ 0,265%$


(vão a)
- - 28,84%
&' = 0,229$ &' = 0,197$ &' = 0,168$ &' = 0,204$

2 balanços 0,098%$ 0,270%$ 0,264%$ 0,270%$ 0,098%$


(vãos a e e)
- 27,77%
&' = 0,196$ &' = 0,170$ &' = 0,143$ &' = 0,170$ &' = 0,196$

s/ balanços - 0,231%$ 0,269%$ 0,269%$ 0,231%$ - 31,31%


&' = 0,176$ &' = 0,153$ &' = 0,153$ &' = 0,176$
5 apoios

1 balanço 0,088%$ 0,239%$ 0,236%$ 0,236%( 0,202%$


(vão a)
- 30,18%
&' = 0,176$ &' = 0,149$ &' = 0,133$ &' = 0,135$ &' = 0,154$

2 balanços 0,078%$ 0,213%$ 0,209%$ 0,209%$ 0,213%$ 0,078%$ 29,29%


(vãos a e f) &' = 0,156$ &' = 0,132$ &' = 0,118$ &' = 0,118$ &' = 0,132$ &' = 0,156$

$ = )*+-./+:;<*%<*<>(%?>%@>..>%A> B @ B ) B ? B : B CD
Fonte: Os autores, 2017.

3.1 Estratégia didática para concepção estrutural (“método das inflexões”)


Seja uma viga de comprimento apoiada sobre quatro articulações e com balanço em
uma das extremidades, conforme apresentado na Figura 11a. Pretende-se determinar a
posição dos apoios que propicie igual8 distribuição dos máximos esforços de flexão atuantes
e, portanto, que conduza às mínimas dimensões requeridas para sua seção transversal.

8
Conforme apresentado em 2.2, 2.3 e 2.4, não há, nesse caso, arranjo que satisfaça simultaneamente a
condição de igualdade pretendida para os momentos fletores máximos. No entanto, é possível encontrar a
proporção entre vãos que conduza à mínima dispersão possível entre momentos fletores máximos.
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Figura 11 – Aplicação da estratégia didática para concepção estrutural de viga com quatro apoios
articulados e balanço numa extremidade (carregamento vertical uniformemente distribuído e
produto de rigidez constante).

978

Fonte: Os autores, 2017.

O estudo parte da representação9 da configuração deformada da viga sobre a qual são


identificados trechos das faces superiores e inferiores que tendem a alongar ou encurtar,
conforme ilustrado na Figura 11b. Em seguida, estimula-se o estudante a, intuitivamente,
localizar e representar as máximas tensões normais de tração e compressão – conforme
destacado na Figura 11c – assim como as demais atuantes na barra em função da magnitude
em que ocorrem, ou seja, a partir das máximas reduzem em direção aos pontos de inflexão
(pontos de momento fletor nulo).
Esse procedimento possibilita, por meio da elaboração de croquis, sensibilizar o
estudante em relação à posição e à magnitude dos principais esforços de flexão, além de
determinar o posicionamento aproximado dos pontos de inflexão da viga.
Supondo-se que a distância entre apoio e ponto de inflexão10 ( !" ) seja constante e igual
a 15% do vão correspondente, pode-se determinar as distâncias entre pontos de momento

9
A experiência tem mostrado que os estudantes, em geral, não têm dificuldade em representar a deformação
da viga. É possível, no entanto, caso se disponha de uma barra de borracha flexível, apresentar o experimento
em sala de aula.
10
O valor da constante !" será discutido a seguir, no item 3.2.
III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

fletor nulo ( ! ) em cada trecho da viga, conforme apresentado na Figura 11d, e expressos
nas equações a seguir:

!" = 2# (25)

979
!" = (1 # 0,15 # 0,15)$ = 0,70$ (26)

!% = (1 # 0,15 # 0,15)& = 0,70& (27)

!' = (1 # 0,15)* = 0,85* (28)

Para a condição de mínima dispersão possível entre os momentos fletores máximos,


pressupõe-se que as distâncias entre pontos de momento fletor nulo ( ! ) em cada trecho
da viga sejam iguais:

!+ = !" = !% = !' - 2. = 0,70$ = 0,70& = 0,85* (29)

Sabendo-se que o comprimento total da barra é /, tem-se:

.3$3&3* = / (30)

Expressando-se em função de $ os valores de ., & e * obtidos na expressão (29) e


substituindo-os em (30), obtém-se:

0,70 0,70
$3$3$3 $=/ (31)
2 0,85

Resolvendo-se a equação (31):

4609/
$= = 0,4159/ (32)
107:

Substituindo-se (32) em (29), obtêm-se ., &, * e ! em função de /:

0,70 0,70
.= $= 0,4159/ = 0,1109/ (33)
2 2

& = $ = 0,4159/ (34)

0,70 0,70
*= $= 0,4159/ = 0,2;09/ (35)
0,85 0,85

!+ = !" = !% = !' = 2. = 0,70$ = 0,70& = 0,85* = 0,2219/ (36)


III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

A tabela a seguir compara os resultados entre as posições dos apoios da viga obtidas
para a condição simplificada ( !" constante) e para a condição real11 de posicionamento
ótimo ( !" variável):

Tabela 4 – Comparação entre resultados obtidos para condição real de posicionamento ótimo
980 ( !" #$%&'á$()) e para condição simplificada ( !" #*+( = 15,) em viga com quatro apoios
articulados, carregamento vertical uniformemente distribuído e produto de rigidez constante. A
tabela indica a proporção entre vãos e as distâncias entre pontos de momento fletor nulo -./ 0 em
função do comprimento total da barra ( 2 ).
vãos → a b c d
Condição real
Proporção dos

(CR) 34116#2 34816#2 3483:#2 347;5#2


./ = 347792 ./ = 3419:2 ./ = 341;<2 ./ = 347362
vãos

( !" variável)
Condição simplificada (CS) 34113#2 34815#2 34815#2 347;3#2
( !" cte = 15%) ./ = 347712 ./ = 347712 ./ = 347712 ./ = 347712
vãos
Variação CR x CS

$ã?@A C#84;;, E#3453, E#74:3, C#7416,


> C 1D
$ã?@B
FG
./#@A C#84;;, E#17433, E#81458, E#<47;,
> C 1D
./#@B
Fonte: Os autores, 2017.

De acordo com a Tabela 4, a posição dos apoios obtida pelo método simplificado
( !" #*+( = 15,) varia de C84;;, a E74:3, em relação ao posicionamento ótimo (com
!" #$%&'á$()), ou seja, apresenta variações inferiores a 5%. Para o caso de ./ , as
dispersões são maiores (entre C84;;, e E81458,): nesse caso, o método simplificado
fornece valores de ./ subestimado no balanço e superestimados nos demais trechos.
Como as regras para pré-dimensionamento das seções transversais aplicam-se ao maior
comprimento de ./ obtido entre os trechos da viga, as dimensões da seção resultam,
nesse caso, subestimadas12 em 84;;,.
A Tabela 5 a seguir apresenta numericamente esse exemplo supondo-se a viga com
comprimento de 30m. A questão que surge é se essas variações são aceitáveis e ainda, se
!" #*+( = 15, é a melhor escolha para definição desse método simplificado quando
aplicado a outras situações em que se variem a quantidade de apoios articulados e a
condição de extremidade das vigas (com ou sem balanços). O item 3.2 a seguir, discute essa
escolha para !" .

11
A “condição real de posicionamento ótimo” refere-se ao caso desenvolvido em 2.3, cujos resultados
apresentam-se reunidos na Tabela 3.
12
Nesse caso, o maior ! obtido para a condição real ("#$ %&'()á&*+) refere-se ao trecho em balanço ( ! =
0,229-). Na condição simplificada ("#$ %./* = 153), o ! obtido vale 0,221-, constante para todos os trechos,
ou seja, 4,663 menor que o real.
III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

Tabela 5 – Comparação entre resultados numéricos obtidos para condição real de posicionamento
ótimo ( !" #$%&'á$()) e para condição simplificada ( !" #*+( = 15,) da viga apresentada na Figura
11, supondo-a com 30#- de comprimento
a b c d ./ h viga13
Condição real 02114#6 02314#6 02307#6 02114#6 02889#6
981 69 cm
(CR) 3,43m 9,41m 9,21m 7,96m 6,87m
Condição simplificada 02110#6 023156 023156 028:0#6 02881#6
67 cm
(CS) 3,31m 9,45m 9,45m 7,79m 6,62m
CS – CR !12!"# +4!"# +24!"# !17!"# !25!"# !2!"#
Fonte: Os autores, 2017.

3.2 Constante numérica para determinação do ponto de inflexão ($%& !'() = *,-)
O estudo desenvolvido em 3.1, cujos resultados apresentam-se na Tabela 4, foi ampliado
para todas as situações discutidas de 2.1 a 2.4: vigas com até cinco apoios articulados,
carregamento vertical uniformemente distribuído, produto de rigidez constante, providas ou
não de balanços. Além dessas variações quanto ao arranjo e quantidade de apoios, variou-se
também o valor de ./0 entre 10 e 25%14. Os resultados apresentam-se reunidos no Gráfico 1 e
no Gráfico 2, que indicam, respectivamente, as distribuições normais das variações percentuais
das posições dos apoios da viga e as distâncias entre pontos de momento fletor nulo (36 )
quando se comparam as condições real (./0 !89:;á8<>) e simplificada (./0 constante).
Conforme apresentado no Gráfico 1, valores de ./0 entre 12 e 15% conduzem a
variações inferiores a 5% no posicionamento dos apoios quando se comparam as condições
real e simplificada. O Gráfico 2 mostra que valores de ./0 próximos a 20% levam às
menores dispersões de ?@ quando se comparam as duas condições. No entanto, esses
valores de ./0 quando superiores a 13% conduzem a valores de ?@ subestimados.
Caso se admita subestimar valores de ?@ em até 5% (ou seja, que as dimensões da seção
transversal possam resultar subestimadas15 em até 5%), viabiliza-se a escolha de ./0
constante igual a 15% do vão, a qual garante inclusive a variação máxima de 5% em relação
ao posicionamento ótimo dos apoios. A

13
Emprega-se, simplificadamente, os valores de ! , ! e ! para determinação das alturas das vigas em
"# "$ "%
concreto armado, madeira e aço, respectivamente. No caso exemplificado, supôs-se a viga de concreto
armado.
14
Por não serem representativos, não se incluíram nos gráficos valores de &'( > 20).
15
Com exceção do arranjo em que se dispõem 2 apoios com 1 balanço, os balanços dos demais casos
analisados nesse estudo conduzem a *# subestimados em até 5% ao se comparar a condição simplificada (C.S.)
com &'( constante = 15% e a condição real (C.R.), em que &'( é variável.
III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

Figura 12 apresenta esse resultado.

Gráfico 1 – Distribuições normais das diferenças percentuais entre as posições dos apoios da viga
obtidas para a condição simplificada ( !" constante) e para a condição real de posicionamento
ótimo ( !" variável). Destaque para as curvas !" = 12%,13%,14% e 15%, situações em que a
982 variação entre condição simplificada e condição real de posicionamento ótimo é inferior ±5%.

Fonte: Os autores, 2017.

Gráfico 2 – Distribuições normais das diferenças percentuais entre as distâncias entre pontos de
momento fletor nulo (#$ ) de cada trecho da viga obtidas para a condição simplificada ( !"
constante) e para a condição real de posicionamento ótimo ( !" variável). Destaque para curva
!" = 20%, situação em que ocorrem as mínimas variações entre condição simplificada e condição
real de posicionamento ótimo.

Fonte: Os autores, 2017.


III ENEEEA – Ouro Preto, Brasil, 07 a 09 de junho de 2017.

Figura 12 – Generalização dos resultados: simplificações ( !" constante = 15%) para elaboração de
estratégia didática voltada ao ensino da concepção estrutural (“método das inflexões”). Ao se
igualar as distâncias entre pontos de momento fletor nulo (#$ ) de cada trecho da viga, obtém-se a
posição de apoios que conduz à uniformização dos máximos momentos fletores atuantes e,
portanto, às mínimas dimensões requeridas para as seções transversais das peças.
983

Fonte: Os autores, 2017.

4. CONSIDERAÇÕES
A estratégia desenvolvida parte da premissa de se possibilitar ao projetista agilidade e
autonomia no processo de concepção estrutural sem necessidade de consultas a tabelas,
ábacos ou gráficos, nem de recursos matemáticos sofisticados, mas, principalmente, de
estimular a interpretação do comportamento estrutural das peças, além de oferecer
resultados suficientemente precisos para o dimensionamento de vãos e seções transversais
requerido nessa fase inicial de projeto. Essa abordagem tem sido testada e aprimorada ao
longo dos últimos quatro anos em disciplinas regulares dos cursos de arquitetura e
urbanismo da AEC e, no caso da FIAMFAAM, também em orientações de cerca de 450
trabalhos finais de graduação (TFG’s). Ainda que não se tenha empregado parâmetros
objetivos para avaliação da aprendizagem dos estudantes, tem sido notória, na percepção
docente, a autonomia adquirida pelos alunos no trato da concepção estrutural que a
estratégia encerra.

AGRADECIMENTOS
À Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e ao Centro Universitário
FIAMFAAM.

REFERÊNCIAS
MARGARIDO, A. F. Fundamentos de estruturas: um programa para arquitetos e engenheiros que se
iniciam no estudo das estruturas. São Paulo: Zigurate, 2001.
MARTHA, L. F. Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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