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A criação da Lei 12.

846/2013, comumente conhecida


como Lei Anticorrupção, foi um grande avanço contra a corrupção ao
reconhecer a responsabilidade objetiva de empresas que praticarem atos
ilícitos contra a administração pública ou empresas estrangeiras, inclusive de
seus administradores.

A abrangência desta Lei vai desde a esfera Federal,


Estadual e Municipal chegando a atingir empresas brasileiras que atuem no
exterior, impondo penalidades que vão desde multa equivalente a 20% sobre o
faturamento bruto ou até 60 milhões de reais quando não for possível identificar
o valor do faturamento.

Diante da possibilidade de sanções tão severas contra as


empresas, faz-se necessário a implantação de um programa de compliance
bem estruturado, efetivo e documentado para mitigar riscos e tentar garantir
uma efetividade na aderência à lei.

A Lei 12.846/2013 procurou incentivar a adoção de


programas de compliance ao reconhecer atenuantes para as infrações e
diminuição de multas em alguns casos para as empresas que estiverem
implementado um programa efetivo de compliance.

Um programa de compliance efetivo busca prevenir e


implantar processos de cumprimento de políticas e regulamentos que busquem
de forma proativa desestimular a prática de atos ilegais.

Portanto, é muito importante realizarmos um mapeamento


dos processos internos e documentá-los, procurando seguir as normas ISO,
por exemplo, para mitigar riscos de falhas de aderência à Lei 12.846/2013.

Nossa cultura do “jeitinho brasileiro” nos leva a não


respeitar as regras da organização, aumentando consideravelmente a
possibilidade no cometimento de alguma infração em relação não apenas à Lei
de Anticorrupção, mas também outras leis, tornando-se assim necessário,
estabelecer diversos controles internos e uma gestão de riscos com foco no
negócio.

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