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Normas Fiscais Sanitárias E Ambientais PDF
Normas Fiscais Sanitárias E Ambientais PDF
Cadernos
Normas Fiscais,
Sanitárias e Ambientais
Regularização de Agroindústrias Comunitárias de
Produtos de Uso Sustentável da Biodiversidade
2011
Organização
Luis Roberto Carrazza
Caderno de Normas Fiscais,
Sanitárias e Ambientais
Regularização de Agroindústrias Comunitárias de
Produtos de Uso Sustentável da Biodiversidade
Organização
Luis Roberto Carrazza
ISPN
Autoria
Instituto Sociedade, População e Natureza - ISPN
Organização e consolidação do texto final
Luis Roberto Carrazza
Colaboração na pesquisa e elaboração do conteúdo
Luis Gustavo Maciel – Especialista em Direito Ambiental
Moacir Chaves Borges - Engenheiro de Alimentos
Luis Roberto Carrazza – Zootecnista
Augusto César Rodrigues Cordeiro – Técnico Contabilista
João Carlos Cruz e Ávila – Engenheiro de Alimentos
Revisão de conteúdo
João Carlos Cruz e Ávila, Rodrigo Noleto, Renato Araújo e Lara Montenegro
Projeto gráfico e diagramação
Masanori Ohashy - Idade da Pedra Produções Gráficas
Fotos
Acervo ISPN - Peter Caton
Apoio:
Carolina Gomes, Cristiane Azevedo, Isabel Figueiredo, Gabriel Schiavon, Lara Montenegro, Luciano Fernando, Lucelma Santos,
Márcia Braga, Marcos Fábio Alves, Renato Araújo e Rodrigo Noleto
Esta publicação foi elaborada pelo Instituto Sociedade, População e Natureza a partir do projeto Cerrado que Te Quero Vivo,
no âmbito do convênio MDA 083/2006, firmado entre ISPN e Ministério do Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria de
Agricultura Familiar (SAF) e Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT). Teve apoio ainda do Programa de Pequenos Projetos
Ecossociais (SGP/GEF/PNUD), do projeto FLORELOS (Comunidade Européia) e Fundação Doen.
Ficha catalográfica
ISBN 978-85-63288-05-9
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................5
PRIMEIRA PARTE
Desafios para inserção dos produtos comunitários nos mercados ......................7
Produção Comunitária x Mercado: contexto, oportunidades e contradições ... 8
SEGUNDA PARTE
Regularização jurídica, fiscal e tributária ........................................................... 13
Tipos de Empreendimentos Quanto à Natureza Jurídica ................................. 14
Associações ...................................................................................................... 14
Sociedades ....................................................................................................... 16
Registros obrigatórios para pessoas jurídicas ................................................... 22
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ..................................................... 22
Inscrições Municipal e Estadual ......................................................................... 23
Alvará/licença de localização e funcionamento ................................................. 23
Obrigações das pessoas jurídicas ....................................................................... 24
Registros Trabalhistas ........................................................................................ 24
Outras Declarações Obrigatórias para Pessoas Jurídicas ..................................... 25
Obtenção de notas fiscais .................................................................................... 26
Nota avulsa ...................................................................................................... 26
Obtenção do bloco de notas ............................................................................ 26
Obtenção de Nota Fiscal Eletrônica (e-NF) .......................................................... 26
Emissão do Certificado Digital (e-cnpj) .............................................................. 27
TERCEIRA PARTE
Regularização sanitária ......................................................................................... 29
Tipos de empreendimentos quanto ao enquadramento sanitário .................. 30
Classificação dos Alimentos quanto a Legislação Sanitária ................................. 31
Registro da unidade agroindustrial ..................................................................... 32
Empreendimento Licenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - MAPA ..................................................................................... 32
Empreendimentos Licenciados pelo Ministério da Saúde .................................... 34
Registro dos produtos .......................................................................................... 35
Produtos Registrados no MAPA ......................................................................... 35
Produtos Registrados no MS - ANVISA............................................................... 36
Rotulagem de alimentos....................................................................................... 38
Informações Obrigatórias .................................................................................. 38
Rotulagem Nutricional Obrigatória .................................................................... 40
Boas Práticas de fabricação................................................................................... 43
Diretrizes para as Boas Práticas de Fabricação .................................................... 43
Condições Higiênico-Sanitárias .......................................................................... 44
Sugestão de Roteiro para Elaboração do Manual de BPF .................................... 46
Lista de Verificação (check list) das BPF .............................................................. 48
Procedimento Operacional Padrão de Higienização – POP E POPH ......................49
Sugestão de roteiro para a confecção de um Procedimento Operacional
Padronizado . .................................................................................................... 49
Enquadramento Sanitário das Agroindústrias de Cosméticos ............................. 50
Enquadramento Sanitário das Agroindústrias de Fitoterápicos ........................... 51
QUARTA PARTE
Regularização ambiental ...................................................................................... 52
Órgãos ambientais e competências ..................................................................... 54
Órgãos Federais, Estaduais e Municipais de Meio Ambiente............................... 54
Regularização ambiental de agroindústrias extrativistas ................................ 55
Licenciamento Ambiental .................................................................................. 55
Cadastro Técnico Federal - CTF.......................................................................... 57
Licenciamento Simplificado para Agroindústrias de Baixo Impacto Ambiental .... 57
Áreas aptas ao agroextrativismo......................................................................... 59
Áreas Privadas ou Públicas, com Restrição de Uso .............................................. 59
Unidades de Conservação de Uso Sustentável ................................................... 61
Áreas indígenas e comunidades quilombolas ..................................................... 62
Projetos de Assentamentos e de Colonização .................................................... 63
Áreas privadas, sem restrição de uso .................................................................. 64
Caracterização .................................................................................................. 64
Contratos típicos para atividades em áreas privadas ........................................... 65
Plano de manejo florestal sustentável ............................................................... 67
Apresentação
Esta publicação faz parte da nova série Contudo, saber da existência destas normas é
Cadernos, lançada pelo Instituto Sociedade, importante até mesmo para se tomar a decisão
População e Natureza (ISPN). A série se inicia de iniciar um empreendimento. Conhecendo
com um levantamento extenso da legislação melhor os potenciais problemas que irá enfren-
brasileira e uma abordagem prática das ques- tar, uma comunidade pode decidir que prefere
tões relacionadas às normas fiscais, sanitárias continuar a vender seus produtos apenas nos
e ambientais que incidem sobre o processo mercados locais que já dominam.
produtivo da agricultura familiar entre povos e Cabe ressaltar que, assim como existe uma
comunidades tradicionais. grande diversidade de produtos dos diferentes
O primeiro Caderno é destinado às entida- povos e operadores desta complexa rede que
des da sociedade civil que atuam com a produ- alimenta o mercado com uma produção centra-
ção e comercialização de produtos desenvolvi- da na conservação dos recursos naturais e ma-
dos a partir do uso sustentável da biodiversi- nutenção das tradições culturais, os processos
dade. Tem como objetivo orientar as entidades normativos também são diversos, complexos
sobre os principais aspectos que devem ser e exigem orientação e aperfeiçoamento. Para
observados e atendidos para a formalização tanto, tem sido fundamental a participação de
dos empreendimentos comunitários quando povos e comunidades tradicionais nos fóruns
da inserção de seus produtos nos diferentes decisórios de políticas públicas. A Comissão
tipos de mercado. Além disso, busca nortear Nacional de Desenvolvimento Sustentável de
as ações relativas à sua regularização, favore- Povos e Comunidades Tradicionais, criada pelo
cendo o acesso às informações sobre os trâmi- Decreto de 13 de julho de 2006, tem sido im-
tes que devem ser adotados para que possam portante interlocutora deste setor por propiciar
operar dentro dos preceitos da legalidade. um espaço de diálogo para representantes de
Não há pretensão de se abordar aqui todos diversas categorias de povos e comunidades
os aspectos referentes à produção e comercia- que viviam em completa invisibilidade.
lização de produtos da sociobiodiversidade. Por fim, cabe ressaltar ainda que este Ca-
Pretende-se apresentar os principais caminhos derno busca orientar o processo produtivo
que devem ser trilhados pelas organizações de de acordo com as normas vigentes, mas pla-
agricultores, técnicos e demais interessados, no nejando o futuro. Afinal, o que se pretende é
que diz respeito aos aspectos legais, às ques- manter tradições, mas aperfeiçoar o processo
tões da natureza jurídica do empreendimento produtivo para que seja não apenas ambien-
e aos aspectos fiscais, tributários, sanitários e talmente sustentável, mas socialmente justo e
ambientais, para a regularização dos empreen- economicamente viável.
dimentos agroindustriais comunitários.
Do mesmo modo, não se pretende que to-
dos os agricultores familiares sejam obrigados
a agir conforme os preceitos que a legislação
impõe aos empreendimentos que irão aces-
sar mercados mais distantes e mais exigentes.
Primeira Parte
Desafios
Para
Inserção dos
Produtos
Comunitários
nos
Mercados
8 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Preços incompatíveis e mal planejados difi- produção comunitária, que deve ser elabo-
cultando a inserção dos produtos no merca- rada com critérios e muita sensibilidade para
do; promover a inclusão produtiva sem prejuízo à
Dificuldade de acesso a credito pelas orga- qualidade dos produtos e segurança dos pro-
nizações sem fins lucrativos; dutores e consumidores.
Dificuldade de diversificação do mercado Diversas são as contradições existentes entre
com a produção destinada para um conjunto a produção comunitária e o mercado. De for-
muito pequeno de clientes, criando forte de- ma geral, as organizações de base comunitária
pendência, alta fragilidade e vulnerabilidade; são seduzidas a produzirem para atender a um
Necessidade de investimento em capital de nicho de mercado altamente exigente e sofisti-
giro e infra-estrutura com baixa capacidade cado, inacessível aos agricultores envolvidos. A
de gestão das organizações para adminis- inserção das comunidades em processos de for-
tração dos recursos; necimento para tais mercados exige amplo en-
Dependência de recursos externos para ma- tendimento sobre aspectos de gestão de negó-
nutenção dos empreendimentos. cios, comunicação, apresentação de produtos,
desenvolvimento de embalagens e rótulos, logís-
Frente a tantas dificuldades e desafios, é tica, etc, distantes da realidade vivida no campo.
evidente que não existe uma receita pronta e No plano ideal, e como meta dos progra-
única para solucionar todos esses problemas. mas desenvolvidos pelo ISPN com o objetivo
A experiência do Programa PPP-ECOS2 mos- de empoderamento das comunidades, é de-
tra que o avanço da organização em relação sejável que os agricultores trabalhem autono-
aos processos de produção e comercialização mamente com cadeias completas e fechadas
para mercados consolidados está relacionado de produção, dominando desde a produção da
à capacidade de gestão, visão de negócios do matéria prima e insumos até o beneficiamento,
empreendimento, bem como pragmatismo e a logística de distribuição, gestão, marketing,
dinamismo para tomadas de decisões. comercialização, etc. Porém, na realidade, mui-
Ao mesmo tempo em que muitas comu- tas vezes os agricultores e suas organizações
nidades anunciam que não produzem mais possuem baixa capacidade de entendimento
porque não há para quem vender, nota-se um da complexidade dos aspectos que envolvem
crescimento vertiginoso de demanda por pro- uma cadeia completa de produção, frustrando
dutos agroextrativistas com forte desencontro expectativas e gerando desilusões.
entre a produção e o consumo. Torna-se cada Neste sentido, em um primeiro momento,
vez mais evidente que muitos não comercia- a produção deve ser focada no auto-consu-
lizam em conseqüência da dificuldade de or- mo, com menor agregação de valor, tornando
ganização produtiva e inserção nos mercados, o produto mais acessível para o consumo na
nada tendo a ver com a ausência de produção. comunidade. Agregar valor significa transfor-
A rigor, as normas e exigências legais ine- mar o produto tornando-o mais atraente para
rentes à produção, beneficiamento e comercia- o tipo de mercado que se pretende atender.
lização foram formuladas com base nas espe- Deve vir como conseqüência de um processo
cificidades do modelo de produção industrial, constante e paulatino de aprendizado e imple-
não o comunitário. Assim, existe uma enorme mentação de melhorias na organização produ-
lacuna na normatização para o modelo de tiva, gestão, infra-estrutura, condições de be-
neficiamento, logística, comercialização, etc.
Depende da compreensão e superação de en-
2 Programa de Pequenos Projetos Ecossociais, coordenado pelo ISPN com traves legais, mercadológicos, organizacionais,
apoio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e de gestão, de infra-estrutura, tecnológico, de
recursos financeiros do GEF (Fundo para o Meio Ambiente Mundial).
10 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
assessoria, políticos, etc, que devem ser ama- dutos, realização de negócios e obtenção de
durecidos num processo lógico e contínuo. retorno dos consumidores sobre os produtos
Para a inserção de produtos no mercado, apresentados.
antes de mais nada é fundamental que se co- Atualmente, alguns programas do gover-
nheça bem as necessidades deste, de modo no propiciam a compra de produtos da agri-
que a produção seja orientada à demanda e cultura familiar, a exemplo do Programa de
se tenha boa aceitação e inserção dos produ- Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa
tos. É imprescindível que os empreendimentos Nacional da Alimentação Escolar (PNAE). Este
agroindustriais comunitários consolidem seus tipo de mercado, denominado “institucional”,
produtos no mercado local e regional, menos é uma excelente oportunidade de ampliação
exigentes, antes de se aventurarem no âmbito de escala com segurança, ganhos significativos
nacional e internacional. Quanto mais distante na organização da produção, aprendizado em
o mercado que se pretende acessar, mais com- gestão, logística, empreendedorismo, etc. De-
plexas são as exigências impostas pela legisla- vido às facilidades encontradas para acessar os
ção e pelo próprio mercado. Maior também programas institucionais, muitas organizações
são os custos com logística e, consequente- criaram alta dependência e vulnerabilidade, o
mente, o custo de venda dos produtos. que também não é adequado, pois este seg-
A consolidação de um produto depende do mento pode sofrer interrupções ou restrição na
nível de atendimento das exigências impostas sua forma de atuação, em função de reorien-
pelo próprio mercado. Estas podem ser mais tação política.
ou menos severas, dependendo do tipo de Neste sentido, independente do produto
mercado que se pretende ocupar. Enquanto o e do nicho que se pretende trabalhar, é im-
mercado local e regional propicia o escoamen- prescindível que os empreendimentos diversi-
to do excedente da produção com logística fiquem seus mercados para que tenham maior
facilitada, o mercado nacional ou internacio- segurança, independência e autonomia frente
nal requer grandes volumes de fornecimento e a mudanças políticas, crises econômicas, entre
alto nível de especialização e qualificação das outros fatores que podem provocar a interrup-
comunidades. ção de compra dos produtos por algum canal
O mercado internacional geralmente oferece aberto de comercialização.
melhor retorno de investimento que o mercado Enquanto existem, de um lado, demanda
nacional, porém requer maior investimento em pela produção sustentável comunitária que
logística e certificação, o que pode ser comple- atenda os marcos legais e as exigências do
xo e burocrático. Por outro lado, amplia a cre- mercado, existem do outro, comunidades ru-
dibilidade do produto e da organização junto à rais altamente excluídas em relação ao aces-
opinião pública e ao governo, o que também so aos meios de comunicação (tv, telefone,
contribui para o marketing institucional, além internet, correio, etc), infra-estrutura (energia
de elevar a auto-estima dos produtores. elétrica, estradas de qualidade, pontes, bancos
Para as organizações mais incipientes, a etc.), centros de consumo e abastecimento,
participação em feiras e eventos possibilita a educação e assessoria técnica de qualidade,
relação direta com consumidor e outros em- oportunidades de qualificação e crédito. Ape-
preendimentos, sendo bastante importante sar dos avanços ocorridos nos últimos anos, há
para o aprimoramento dos produtos e escoa- uma grande carência de políticas públicas e de
mento da produção, sem ter que assumir pro- tratamento diferenciado para inclusão produ-
cessos de logística. Para as organizações mais tiva comunitária, que seja realizada em bases
estruturadas, as feiras e eventos representam sustentáveis e que respeite a diversidade cul-
uma boa oportunidade de promoção dos pro- tural e étnica.
Desafios para inserção dos produtos comunitários nos mercados 11
Segunda Parte
Regularização
Jurídica, Fiscal
e Tributária
14 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Tipos de empreendimentos
quanto à natureza jurídica
Segundo o Código Civil brasileiro, as pes-
soas jurídicas privadas são divididas em três Associações
modalidades: as associações, as fundações e
as sociedades, que compreendem as empresas A associação é uma entidade de direito
e cooperativas. privado, sem fins lucrativos, criada a partir da
Nesta publicação serão descritos os procedi- união de pessoas que se organizam em torno
mentos básicos referentes à formalização fiscal de um objetivo comum, porém sem fins eco-
para as associações, cooperativas, empresas de nômicos (Código Civil Brasileiro – art. 53).
pequeno porte e microempresas. Neste sentido, as associações não são, por
Qualquer que seja a natureza jurídica adota- princípio, a melhor forma de organização para
da, é obrigatório que toda organização tenha o comercialização de produtos de um grupo de
acompanhamento de um contador cadastrado pessoas.
no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Existem diferentes interpretações jurídicas
habilitado a dar a orientação necessária para a em torno da finalidade não econômica das
formalização do empreendimento. associações. Há quem defenda que atividades
de comercialização por parte das associações
podem ser realizadas, desde que não sejam
caracterizadas como finalidade da organização
e sim um meio para sua manutenção. Neste
caso, não é permitido o repasse dos recursos
de vendas de produtos ou serviços para os as-
sociados, e sim para manutenção dos custos
básicos de funcionamento da organização.
Muitas associações realizam a venda de pro-
dutos dos seus associados sem muitas dificul-
dades, muitas vezes amparados com soluções
do próprio município ou estado, que conferem
as condições para a comercialização dos pro-
dutos com o fornecimento de bloco de notas
ou notas avulsas.
Regularização Jurídica, Fiscal e Tributária 15
Constituição e registro da
Fundação da Associação
associação
Basicamente, para o registro da asso-
O estatuto social, aprovado em assembléia, ciação no Cartório de Registro Civil das
deve constar na ata de fundação da associação, Pessoas Jurídicas, são requeridos os se-
quando também deverá ser eleita a diretoria guintes documentos:
da mesma. Deve-se então proceder o registro
destes documentos (estatuto, ata de fundação Cópia do estatuto assinada por um
e eleição de diretoria) no cartório local. advogado cadastrado na OAB;
O processo de constituição e registro de uma Ata de fundação, ata da eleição da di-
associação deve ser acompanhado por um con- retoria e termo de posse da diretoria;
tador, que orientará sobre o enquadramento do Pagamento das taxas do cartório,
estatuto nos termos previstos no Código Civil. para registro do estatuto social e da
ata de fundação.
em http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/LCP/
Lcp128.htm Registros obrigatórios
O processo de formalização é muito simples
e feito pela Internet no endereço www.portal- CNPJ (Receita Federal do Brasil)
doempreendedor.gov.br de forma gratuita e Inscrição estadual
sem a necessidade de um profissional de con- Alvará/licença de localização e funcio-
tabilidade. namento (prefeitura)
Após o cadastramento, o CNPJ e o núme-
ro de inscrição na Junta Comercial são obtidos
imediatamente.
Com o CNPJ e Inscrição Estadual fica viabi-
lizada a abertura de conta bancária, o pedido
de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Tributação simplificada
O MEI pode ser enquadrado no Simples
Nacional e ficará isento dos tributos federais
(Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL) pa-
gando apenas o valor fixo mensal de R$ 60,95
Simples Nacional (ME e EPP)
(comércio ou indústria) ou R$ 65,95 (prestação O Simples Nacional é um regime especial
de serviços), que será destinado à Previdência unificado de arrecadação de tributos e contri-
Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias di- buições devidos pelas microempresas e empre-
zem respeito ao ano de 2011 e serão atuali- sas de pequeno porte.
zadas anualmente, de acordo com o salário Além de unificar e simplificar o recolhimen-
mínimo. to dos tributos, o Simples prevê isenção para
Saiba mais no Portal do Empreendedor as exportações e permite o desconto dos tri-
http://www.portaldoempreendedor.gov.br butos pagos antecipadamente por substituição
tributária e do ISS retido na fonte.
Também reduz as obrigações fiscais acessó-
rias exigidas de microempresas e empresas de
Abertura de empresas (MEI) pequeno porte.
As cooperativas e associações não se en-
Cadastro na internet para emissão do quadram no Simples Nacional e devem reco-
CNPJ (RG, CPF e comprovante de re- lher seus impostos conforme o sistema con-
sidência): vencional.
www.portaldoempreendedor.gov.br Saiba mais consultando a Lei Geral das Mi-
Entrega dos documentos no órgão cro e Pequenas Empresas - Lei Complementar
emissor para licença e funcionamen- Nº 123, de 14 de Dezembro de 2006 com al-
to em até 180 dias terações posteriores LC 128 e LC 133 - (http://
Cadastro na internet: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis-
complementares/2006/leicp123Consolidada-
CGSN.htm)
Regularização Jurídica, Fiscal e Tributária 21
22 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Formulário de requerimento
Para obtenção da Inscrição, são Cópia autenticada do estatuto ou con-
necessários os seguintes documentos: trato social
Cópia autenticada da ata de constituição
Ficha de atualização cadastral (para associações e cooperativas)
(FAC) Cópia do carnê do IPTU (Imposto Predial
Cópia autenticada do estatuto Territorial Urbano) do local onde funcio-
(associações ou cooperativas) nará o empreendimento
ou contrato social (empresas) Consulta prévia de endereço de funcio-
Cópia autenticada da Carteira namento
de Identidade (RG), Cadastro Pagamento da taxa de alvará de funcio-
de Pessoa Física (CPF) e com- namento (para empresas, sendo isento
provante de endereço dos dire- para associações e cooperativas)
tores ou sócios da organização
Certidão simplificada da Junta
Comercial ou Cartório do Re-
gistro Civil de pessoas jurídicas Em algumas localidades, a visita do poder
público ao endereço do empreendimento para
concessão do alvará pode acontecer junto com
a vistoria do serviço do Corpo de Bombeiros ou
da Vigilância Sanitária. Esta visita diz respeito ao
funcionamento do empreendimento, e não da
agroindústria, que requer processo específico.
No caso das localidades onde o serviço não é
integrado, deve-se requerer a vistoria do Serviço
do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária se-
paradamente, visto que podem ser necessários os
certificados dessas inspeções para a obtenção do
alvará expedido pela prefeitura.
24 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
as jurídicas
Outras declarações
obrigatórias para pessoas
jurídicas
Os principais documentos que devem ser declarados
junto à Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) Outras obrigações
por pessoas jurídicas são descritos abaixo: específicas podem ser
DIPJ - Declaração Anual de Imposto de Renda Pessoa requeridas em função
Jurídica do tipo de atividade
Incide sobre as cooperativas e associações. Deve ser
entregue anualmente à Receita Federal da organização.
Recomenda-se
DSPJ – Declaração Simplificada de Pessoa Jurídica
Incide sobre as micro e pequenas empresas enqua- que o contador da
dradas no Simples Nacional. Deve ser entregue anual-
mente à Receita Federal
organização seja
consultado para se
DCTF – Declaração de Créditos e Tributos Federais
Incide sobre as associações e cooperativas, sendo
obter informações
isenta para micro e pequenas empresas enquadradas no adicionais sobre estas
Simples Nacional. Deve ser entregue mensalmente ou
semestralmente, de acordo com o faturamento da orga-
declarações, bem como
nização, à Receita Federal. outros documentos
DACON – Demonstrativos de Apuração de Contribui- estaduais e municipais.
ções Sociais
Incide sobre as associações e cooperativas, sendo
isenta para micro e pequenas empresas enquadradas no
Simples Nacional. Deve ser entregue mensalmente ou
semestralmente, de acordo com o faturamento da orga-
nização, à Receita Federal.
26 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), que Possuir programa emissor de NF-e ou utili-
é impresso em papel comum que traz a chave zar o “Emissor de NF-e” gratuito disponibi-
de acesso para consulta da NF-e na Internet e lizado pelas SEFAZ dos estados;
um código de barras que facilita a captura e
a confirmação de informações da NF-e pelos Saiba mais sobre no Portal da Nota Fiscal
Postos Fiscais de Fronteira dos demais Estados. Eletrônica - http://www.nfe.fazenda.gov.br/
A emissão de Nota Fiscal Eletrônica é obri- portal/
gatória para a comercialização de mercadorias,
sendo somente dispensada para a venda direta
ao consumidor no varejo, para a qual pode-se
utilizar a emissão de cupons fiscais ou da Nota Emissão do Certificado
Fiscal de Venda ao Consumidor.
Digital (e-cnpj)
Para emitr o e-cnpj a organização/empresa
Para obtenção da Nota Fiscal deve fazer através de seu contador o cadastro
Eletrônica é necessário ter: e agendamento da emissão do e-cnpj junto à
uma das Autoridades Certificadoras Habilita-
Registro na Junta Comercial (CNPJ) das, devendo pagar uma taxa de emissão de
Registro na Secretaria da Fazenda Es- certificado.
tadual (Inscrição Estadual) ou Munici- Para informações sobre Autoridades Certifi-
pal (Inscrição Municipal) cadoras, Autoridades de Registro e Prestadores
Certificado Digital no padrão ICP-Bra- de Serviços Habilitados na ICP-Brasil, consulte
sil (assinatura eletrônica) o site http://www.iti.gov.br/twiki/bin/view/Cer-
Cadastro junto a SEFAZ tificacao/EstruturaIcp.
Para emissão o dirigente principal da orga-
nização tem que ir pessoalmente até a Autori-
O cadastro NF-e é um processo efetuado dade Certificadora Habilitada escolhida levan-
de maneira completa através da internet sendo do consigo original e cópia da seguinte docu-
necessário os dados completos da organização/ mentação:
empresa (Razão Social, CNPJ, Incrição Estadual,
endereço, fone, e-mail, dados dos dirigentes, Documentos da organização/empresa
entre outros) que está se cadastrando. O ca- CNPJ
dastro é feito pelo contador via internet através Estatuto ou contrato social
da Secretaria da Fazenda Estadual (SEFAZ), sen- Ata fundação e eleição da diretoria
do necessária a assinatura do dirigente.
Documentos do dirigente principal
CPF
Para emitir NF-e, a organização/ RG
empresa deverá: Comprovante de endereço
Regularização
Sanitária
Tipos de empreendimentos
quanto ao enquadramento
sanitário
Cabe salientar que a simples regularidade de um empreendimento
quanto às normativas sanitárias não garante, por si só, uma efetiva
participação no mercado formal, pois além da regularidade junto às
outras legislações, fiscal e ambiental, é preciso conhecer muito bem
a dinâmica do mercado em que se quer atuar, como a relação com
concorrentes, fornecedores, clientela, canais de comercialização,
sazonalidade, preços, etc.
Os produtos alimentícios são regulamen- doces, compotas, desidratados, pastifícios, ce-
tados e inspecionados por dois ministérios: reais, amidos e derivados, castanhas e amên-
o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da doas, especiarias, entre outros), água mineral
Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). ou natural e aditivos alimentares (energéticos
e repositores de sais), são regulados pelo Mi-
nistério da Saúde (MS) através da ANVISA, se-
As condições para regularização ou en- cretarias estaduais e municipais da vigilância
quadramento sanitário das agroindús- sanitária, responsáveis pelo registro dos esta-
trias são: belecimentos e respectivos produtos.
Registro dos estabelecimentos e pro- Nos casos em que a unidade agroindustrial
dutos processar tanto produtos de competência do
Rotulagem dos produtos MAPA quanto do MS, esta deverá ser licencia-
Implementação de ferramentas de da por ambos os ministérios, como exemplo
garantia da qualidade dos produtos das agroindústrias que processam doces de
e de controle das condições higiêni- frutas e doce de leite, ou ainda de unidades de
co-sanitárias dos estabelecimentos e processamento de doces, conservas ou com-
produtos potas de frutas e polpas de frutas.
É importante saber que o registro (alvará
sanitário) é único e exclusivo de cada unidade
Conforme o quadro abaixo, cabe ao MAPA agroindustrial, não se estendendo às filiais ou
a regulamentação de produtos de origem ani- unidades de caráter jurídico distinto, e que o
mal, bebidas e vegetais in natura para registro registro da unidade industrial e o do produto
dos estabelecimentos e respectivos produtos. são distintos, isto é, a obtenção de um não dis-
Os demais produtos vegetais (conservas, pensa a necessidade do outro.
Regularização Sanitária 31
Carne e derivados
Leite e derivados
Produtos
exclusivamente de Ovos e derivados
origem animal
Mel e derivados
Alimentos
regulamentados Pescados e derivados
pelo MAPA
Não-Alcoólicas
Fermentadas
Vegetais in natura
Alimentos com
registro obrigatório
Demais Alimentos
Processados
Alimentos com
dispensa de registro
Alimentos
regulamentados
pela ANVISA
Aditivos alimentares
(registro obrigatório)
Água mineral
(registro obrigatório)
32 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Registro da unidade
agroindustrial
Para os estabelecimentos que trabalham No que diz respeito ao registro destes es-
com bebidas e/ou fermentados acéticos, de- tabelecimentos, será necessária, além da do-
vem ser respeitadas as exigências constantes cumentação da entidade/empresa e das taxas
nas seguintes leis: para requerimento de licença quitadas, a se-
guinte documentação:
Lei nº. 8.918/1994
Decreto nº. 2.314/1997 Requerimento de Solicitação do Registro;
Instrução Normativa nº. 19/2003 Classificação e Atividades do Estabeleci-
Instrução Normativa nº. 03/2005 mento;
Laudo da Vistoria Oficial do MAPA, com pa-
recer favorável;
Cópias do contrato social, do cartão do
CNPJ e da Inscrição Estadual;
Formulário Cadastro de Estabelecimento 1;
animal Formulário Cadastro de Estabelecimento 2;
Formulário Cadastro de Estabelecimento 8;
Documentação para a concessão do Formulário Cadastro de Responsável Técni-
co;
alvará sanitário: Plantas Baixa e de Cortes Longitudinal e
Transversal da unidade de produção (assi-
Pedido de Aprovação do Terreno; nada pelo engenheiro ou arquiteto, junta-
Laudo de Conformidade da Análise de mente com seu registro no CREA);
Água; Memorial Descritivo de Equipamentos e Ins-
Requerimento do empreendedor preten- talações, ressaltando as condições físicas do
dente, dirigido ao Secretário de Inspeção de prédio e das instalações – instalações sani-
Produto Animal (SIPA) em Brasília (DF), no tárias, de tratamento de água e efluentes,
qual solicita aprovação prévia do projeto; piso, parede, ventilação, iluminação, etc.;
Projeto técnico que deve conter: Documentação do Responsável Técnico:
Memorial Descritivo da Construção; cópias do CPF e da Carteira de Registro no
Memorial Econômico-Sanitário; Conselho Profissional.
Termo de Compromisso;
Parecer(es) da(s) Secretaria(s) de Saúde e/ Para obtenção do SIE ou SIM, o interessado
ou Prefeitura; deve se reportar à Secretaria de Agricultura do
Licença Ambiental; estado ou do município.
Responsabilidade Técnica do engenheiro
do projeto, junto ao CREA – Conselho Re-
gional de Engenharia e Arquitetura, e;
Plantas de Situação; Baixa; de Fachada;
Cortes; de Detalhes dos Equipamentos; Hi-
dro-Sanitária
34 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Empreendimentos
licenciados pelo
Ministério da Saúde
O empreendimento que quiser regularizar
a produção de alimentos de competência do
MS/ANVISA deverá procurar a Secretaria da
Vigilância Sanitária municipal ou estadual para
a apresentação do projeto físico da unidade
agroindustrial e agendar uma visita do inspetor
para a aprovação do projeto e posterior con-
cessão da licença de instalação.
O projeto para requerimento da licença de
instalação e funcionamento deverá conter os
seguintes documentos:
Rotulagem de alimentos
A rotulagem de produtos alimentícios é a
forma como as empresas se comunicam com
Denominação de venda
os seus clientes sobre as especificações e com-
É o nome do produto, que deve estar de
posição, condições de uso, consumo e armaze-
acordo com uma das denominações defini-
namento, origem, prazo de validade, data de
das no Regulamento Técnico (RT) e Padrão de
fabricação e informações nutricionais de seus
Identidade e Qualidade (PIQ) do produto, sen-
produtos.
do facultado o uso de denominação consagra-
Ela representa o direito do consumidor em
da, de fantasia, de fábrica ou marca registrada
conhecer o que consome, e é entendida como
juntamente à denominação do RT de PIQ, e
toda inscrição, legenda, imagem ou toda ma-
palavras ou frases necessárias para evitar que o
téria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, es-
consumidor seja induzido ao erro ou engano,
tampada, gravada, gravada em relevo, litografa-
respeitando-se as condições físicas e a nature-
da, ou colada sobre a embalagem do alimento.
za do alimento.
Todo alimento que seja embalado na ausên-
cia do cliente, indistintamente de sua origem,
pronto para a oferta ao consumidor deve ser Lista de ingredientes
rotulado segundo a legislação específica, ten-
do como princípio as seguintes normas: Todos os ingredientes deverão ser declara-
dos em ordem decrescente do seu percentual
Resolução RDC/ANVISA nº. 259/2002 no alimento, precedidos da expressão ‘ingre-
Portaria/MAPA nº. 371/1997 dientes:’ ou ‘ingr.:’, exceto quando se tratar de
Instrução Normativa do MAPA nº. 22/2005 alimentos com um único ingrediente.
A água deve ser declarada na lista de ingre-
dientes, com exceção das salmouras, xaropes,
caldos, molhos ou similares.
Informações obrigatórias Quando se tratar de alimento a ser recons-
tituído para o consumo, permite-se ordenar os
A rotulagem obrigatória, caso o Regulamen- ingredientes no alimento reconstituído, desde
to Técnico do produto não especifique nada que acompanhado da expressão ‘ingredientes
contrário, deverá conter as seguintes informa- do produto preparado segundo as indicações
ções (Resolução RDC/ANVISA nº. 259/2002): do rótulo’.
No caso de mistura de frutas, hortaliças,
Denominação de venda do alimento especiarias ou plantas aromáticas em que não
Lista de ingredientes haja predominância significativa de nenhum
Conteúdos líquidos deles, estes podem ser listados em ordem não
Identificação de origem decrescente, desde que acompanhado da ex-
Identificação do lote pressão ‘em proporção variável’.
Prazo de validade Quando for utilizado um ingrediente com-
Instruções sobre o preparo e uso do alimen- posto estabelecido pelo Codex Alimentarius
to, quando necessário ou RT específico, ao se declarar este na lista
Regularização Sanitária 39
de ingredientes, deverá ser colocado em pa- pelo menos o mês/ano, para produtos com va-
rênteses, também em ordem decrescente, os lidade superior a 3 meses, ou o dia/mês para
ingredientes que compõem este ingrediente produtos com validade inferior a 3 meses.
composto, especialmente os aditivos alimenta- Após uma das expressões, ao invés da cita-
res coadjuvantes de tecnologia. ção do prazo de validade, pode ser indicado de
Por fim, os aditivos alimentares devem ser forma clara o local onde ele se situa na emba-
declarados ao final da lista seguidos da sua lagem do produto.
função, nome completo e/ou número INS do Estão dispensados da definição do prazo
Codex Alimentarius. de validade, os vegetais in natura, vinhos de
frutas e seus derivados, vinagres, bebidas alco-
ólicas com teor de álcool superior a 10% (v/v),
Conteúdos líquidos açúcar sólido e seus derivados de confeitaria,
produtos panificados cujo consumo se dê em
Devem ser descritos conforme os RT de
24 horas, sal e alimentos cujo seu RT isente a
cada produto.
declaração do prazo de validade.
Por fim, caso o produto exija condições es-
Identificação de origem peciais para sua conservação, deverá ser indi-
cado o prazo de validade juntamente com as
Deve constar a razão social, endereço com- temperaturas máximas e mínimas que garan-
pleto, número de registro ou o código de iden- tam tal prazo, como por exemplo: ‘validade a
tificação junto ao órgão competente (SIM, SIE, -18 °C (freezer).’, ‘validade a -4 °C (congela-
SIF e/ou registro no MS), juntamente com uma dor).’ e ‘validade a 4 °C (refrigerador).’
das expressões ‘Fabricado no Brasil’, ou ‘Pro-
duto Brasileiro’ ou ‘Indústria Brasileira’.
Instruções de preparo e uso do
Identificação do lote produto
Deverão ser declaradas de forma clara, não
Deverá constar, dentre as informações de
ambígua, sem margem a falsas interpretações,
rotulagem, a identificação do lote a que per-
referindo-se aos tratamentos como, por exem-
tence tal produto, definido de acordo com cri-
plo, reconstituição ou descongelamento a que
térios de cada estabelecimento. A identificação
devem ser submetidos os produtos para o seu
do lote se dará pela expressão ‘Lote’ ou pela
correto consumo.
inicial ‘L’ seguido do código chave do lote. A
codificação dos lotes deverá estar à disposição
das autoridades competentes. A data de fabri- Considerações sobre a
cação ou o prazo de validade poderão ser utili-
zados para a identificação do lote.
denominação de venda,
quantidade nominal e qualidade
Prazo de validade do produto
Deve ser precedido por uma das expressões A denominação de venda, a quantidade
‘consumir antes de’, ‘consumir preferencial- nominal, e a qualidade ou pureza do produto
mente antes de’, ‘válido até’, ‘validade’, ‘val:’, quando regulamentada por RT deverão cons-
‘vencimento’, ‘vence’, ‘vto:’ ou ‘venc:’. Deve- tar no painel principal do rótulo, em contraste
rá ser indicado, em caracteres alfa-numéricos, de cores que assegurem clara visibilidade.
40 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Modelos de rotulagem
A forma de disposição da rotulagem nutricional segue 3 padrões claros, especificados pela
RDC 360/2003, conforme os modelos a seguir:
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Para uma porção de __ g ou __ ml (medida caseira)
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL: Porção __ g ou __ ml; (medida caseira); Valor Energético __ kcal = __ kJ (%VD);
Carboidratos __ g (%VD); Proteínas __ g (%VD); Gorduras Totais __ g (%VD); Gorduras Saturadas __ g (%VD);
Gorduras Trans __ g; Fibra Alimentar __ g (%VD); Sódio __ mg (%VD).
“Não contém quantidade significativa de (valor energético) e ou o(os) nome(s) do(s) nutriente(s).” Esta frase
pode ser empregada quando se utiliza declaração nutricional simplificada
* % Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores
ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
42 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Rotulagem nutricional
complementar
São exemplos de informação nutricional
complementar os uso das expressões ‘light’,
‘pobre’, ‘sem adição de’, ‘rico em’, ‘fonte de’
e ‘isento de’. Assim, duas formas podem ser
compreendidas como informação nutricional
complementar: o realce de propriedades par-
ticulares como nos alimentos ‘isentos de’ ou
‘fontes de’ algum nutriente específico; e a
comparação das informações nutricionais do
alimento com outro similar comum nas defini-
ções de alimentos ‘light’ ou ‘ricos em’.
Regularização Sanitária 43
Produção de produtos
Descrever brevemente como é a produção de Lista de verificação
cada um dos produtos, quais os cuidados bá-
sicos na preparação, e como é realizada a su- (check list) das BPF
pervisão.
A RDC nº. 275/2002 traz a lista de verifica-
Controle de qualidade ção (check-list) das BPF nos estabelecimentos
Se existem, quais são os critérios e como é rea- processadores de alimentos. A lista de verifi-
lizado o controle de qualidade. cação apresenta todos os pontos a serem ob-
servados para saber se o estabelecimento está
Responsabilidade técnica e supervisão em conformidade com as Boas Práticas de Fa-
Descrever quem são os encarregados de super- bricação, sendo utilizada nas inspeções sanitá-
visionar os processos de produção, transmitir rias para: comunicação do início de fabricação
e capacitar sobre informações de qualidade e de produto dispensado da obrigatoriedade
segurança dos alimentos. de registro, inspeção programada, programas
específicos de vigilância sanitária, reinspeção,
renovação de licença sanitária, renovação de
Controle de Pragas (insetos, roedores registro, solicitação de licença sanitária, solici-
e outros animais) tação de registro, verificação ou apuração de
denúncia, além de outros motivos.
Controle nas instalações A lista compõe os pontos de avaliação sobre:
Qual a política da agroindústria para prevenir a
entrada de pragas no empreendimento. Como Edificações e instalações – leiaute, áreas
são realizados os controles. interna e externa, acessos, pisos, tetos, pa-
redes, portas, janelas e outras aberturas e
Controle entre o pessoal divisórias, instalações sanitárias, elétricas,
Quais são as diretrizes da agroindústria rela- escadas, elevadores e outras estruturas au-
cionadas à orientação do pessoal quanto ao xiliares, ventilação e climatização, abasteci-
comportamento para prevenção do controle mento de água, escoamento de efluentes
de pragas. Como são realizadas as inspeções líquidos e destinação dos resíduos, higieni-
por parte dos funcionários para detecção de zação das instalações e demais pontos;
pragas. Equipamentos, móveis e utensílios – suas
condições e higienização;
Documentação e Registros Manipuladores – vestuário, equipamentos
de proteção individual, higienização, estado
Relacionar brevemente quais as documen- de saúde e programa de controle da saúde,
tações (POPS, PPHO) que existem na agroin- programas de capacitação e treinamento;
dústria, quem é responsável por executá-las e Processamento em geral – condições das
quais as pessoas treinadas em cada uma delas matérias-primas, ingredientes e embala-
(registro de treinamento). gens, fluxo de produção, rotulagem, arma-
zenamento e transporte do produto final,
controle de qualidade e atendimento ao
Padrão de Identidade e Qualidade dos Pro-
dutos;
Documentação – manual de BPF e dos pro-
cedimentos operacionais padrão.
Regularização Sanitária 49
Procedimento
Neste item, todos os passos dos procedimen-
tos devem ser detalhadamente descritos em
itens numerados.
50 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Freqüência Aprovação
Estabelecimento da periodicidade que o proce- Nome de quem aprovou o procedimento ela-
dimento deve ser realizado. Em casos comple- borado e revisto. Deve ser um membro da
xos, deve-se recorrer a tabelas. agroindústria.
Assinatura.
Responsável(is) pelo procedimento Data.
Regularização
Ambiental
54 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Órgãos ambientais e
competências
Regularização ambiental de
agroindústrias extrativistas
trole ambiental e será de, no mínimo, quatro dispensadas de pagamento da TCFA. Em caso
anos e, no máximo, dez anos. de atividades realizadas por populações tradi-
A Licença de Operação possui três caracte- cionais, assim reconhecidas, o órgão estadual
rísticas básicas: deverá declarar a dispensa de pagamento do
TCFA, pois há previsão legal de isenção. A dis-
É concedida após a verificação, pelo órgão pensa terá efeito também junto ao órgão fe-
ambiental, do efetivo cumprimento das deral (IBAMA).
condicionantes estabelecidas nas licenças
anteriores (prévia e de instalação);
Contém as medidas de controle ambiental
(padrões ambientais) que servirão de limite Licenciamento
para o funcionamento do empreendimento
ou atividade; e simplificado para
Especifica as condicionantes determinadas
para a operação do empreendimento, cujo agroindústrias de baixo
cumprimento é obrigatório sob pena de
suspensão ou cancelamento da operação. impacto ambiental
As atividades agroextrativistas são licencia-
das em apenas uma etapa, o que deve ser feito
Cadastro Técnico Federal junto ao órgão ambiental competente na sua
região, ou no seu estado, que concederá Licen-
- CTF ça Única de Instalação e Operação - LIO.
A Resolução CONAMA nº 385/2006 esta-
Juntamente com o licenciamento ambien- beleceu procedimentos a serem adotados por
tal, deve-se providenciar o Cadastro Técnico agroindústrias de pequeno porte e baixo po-
Federal - CTF de atividades potencialmente po- tencial de impacto ambiental. Por meio dessa
luidoras ou utilizadoras de recursos naturais. O resolução, o CONAMA reconheceu que:
cadastro é realizado pelo IBAMA.
O cadastro inicial de pessoas jurídicas agroindústrias de pequeno porte e baixo
(agroindústrias já formalizadas) e outros pro- impacto ambiental produzem reduzido vo-
cedimentos, como o relatório anual de ativi- lume de efluentes;
dades, podem ser feito com o preenchimento os resíduos gerados por estas agroindústrias
dos formulários disponíveis em: www.ibama. podem ser, em muitos casos, aproveitados
gov.br como alimento para os animais e/ou como
Ressalta-se a importância do CTF do IBA- composto orgânico na produção de matéria
MA, como um passo inicial no processo de prima, bem como fonte alternativa de ren-
regularização das atividades agroextrativistas. da;
Entretanto, o simples cadastramento não subs- a agroindústria de pequeno porte é um im-
titui, em nenhuma hipótese, o processo de li- portante instrumento para geração de tra-
cenciamento. balho e renda.
Ao se cadastrar, as agroindústrias de peque-
no e médio porte passam a ter a obrigação de Percebe-se, no texto da resolução, os se-
recolher a Taxa de Controle e Fiscalização Am- guintes objetivos:
biental – TCFA (Lei 10.165/2000). Nos termos simplificar o processo de licenciamento am-
da Lei 10165/2000, as microempresas estão biental para agroindústrias;
58 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
beneficiar estabelecimentos com área cons- certidão de uso do solo expedida pelo
truída de até 250 m², que trabalhem com município
produtos provenientes de explorações agrí- A certidão de uso do solo é um documento
cola, pecuária e pesqueira, bem como aqüí- com informações sobre as atividades permissí-
cola, extrativista e florestal não-madeireira. veis ou toleradas, e parcelamento do solo no
Devem, sobretudo, ter baixo potencial de município. Ela deverá ser obtida na prefeitura
impacto ao meio ambiente. do município. Muitas prefeituras disponibili-
zam o requerimento na Internet.
A Constituição Federal e a Legislação Am- É um documento importante, pois o muni-
biental exigem estudo prévio de impacto am- cípio poderá se pronunciar sobre a destinação
biental apenas para instalação de obra ou ati- da área, conforme estabelecido no zoneamen-
vidade causadora de significativa degradação to ambiental e no plano diretor.
do meio ambiente, o que geralmente não tem
sido o perfil das atividades agroextrativistas. comprovação de origem legal
Os órgãos estaduais encontram-se em fase Em alguns casos, quando a matéria prima
de adaptação à realidade criada pela Resolu- for de origem extrativista, deve haver compro-
ção CONAMA nº 385/2006. Nos termos desta vação específica de sua origem. Essa exigência
resolução, a documentação mínima exigida a é geralmente disciplinada por cada estado. Um
ser apresentada ao órgão ambiental estadual elemento que poderá comprovar a origem de
é a seguinte: alguns produtos é o Documento de Origem
Florestal – DOF.
Requerimento de licença ambiental
Art. 3º Para os fins do disposto nesta Instrução realizada com espécies de aptidão extrativista
Normativa, consideram-se: ou agroextrativista, visando manejo florestal
posterior.
I - Manejo da Reserva Legal: técnicas de con- A lei permite instituir reservas legais em blo-
dução, exploração e reposição praticadas de co. É o caso de vários proprietários ou possei-
forma sustentável visando manter a proteção ros que, sendo vizinhos, resolvam destinar uma
e o uso sustentável da vegetação nativa e ob- área comum para atividade agroextrativista.
ter benefícios econômicos, sociais e ambientais, Deve ser respeitado o percentual legal em re-
respeitando-se os mecanismos de sustentação do lação a cada imóvel, mediante a aprovação do
ecossistema objeto do manejo e considerando-se, órgão ambiental estadual competente e as de-
cumulativa ou alternativamente, a utilização de vidas averbações referentes a todos os imóveis
múltiplos produtos e subprodutos, bem como a envolvidos, no cartório de registro de imóveis
utilização de outros bens e serviços ambientais; do município.
res, uma declaração de auto-definição por es- b) Laudo de Avaliação do Potencial Malaríge-
crito, na qual a própria comunidade se reco- no (necessário nos projetos da Amazônia
nhece como remanescente de quilombo. Esse Legal);
é apenas o procedimento inicial. A Fundação c) atestado de condição sanitária de cada as-
Cultural Palmares realizará a inscrição da co- sentamento;
munidade no Cadastro Geral, expedindo a d) outorga de uso dos recursos hídricos (quan-
certidão de auto-reconhecimento. Consulte: do necessário, a critério do órgão estadual);
www.palmares.gov.br/ e) declaração municipal de conformidade com
Após isso, compete ao Ministério do Desen- as leis de uso e ocupação do solo.
volvimento Agrário, por meio do Instituto Na-
cional de Colonização e Reforma Agrária (IN- A Resolução 387/2006 representa um ga-
CRA) identificar, reconhecer, delimitar, demar- nho importante, em relação à Resolução CO-
car e emitir os títulos de propriedade das terras NAMA nº 289 (anterior). Agora, os órgãos am-
ocupadas por remanescentes quilombolas. bientais aceitarão o Projeto de Desenvolvimen-
Garante-se, após os trâmites legais, a pro- to do Assentamento - PDA, apresentado ao IN-
priedade coletiva da terra, mediante outorga CRA, como um documento hábil a iniciar a re-
de título coletivo e pró-indiviso às comunida- gularização ambiental dos assentamentos. Os
des. Por ter caráter coletivo, o território qui- PDAs registram a realidade do assentamento,
lombola não poderá ser dividido, vendido ou abrangendo a área de produção, organização,
arrendado. A organização em associações saúde e educação. São adaptados pelos órgãos
deve estimular a maior articulação política e a competentes para que se realize a regulariza-
inserção econômica dos quilombolas. ção ambiental dos assentamentos. Para conhe-
O acesso a recursos genéticos existentes em cer o texto da Resolução nº 387/2006, aces-
áreas de comunidades quilombolas e povos se: www.mma.gov.br/port/conama/res/res06/
indígenas dependerá, sempre, do consenti- res38706.pdf
mento prévio desses grupos. Deve haver, ne- Outro fator que contribui para uma melhor
cessariamente, a repartição de benefícios que sustentabilidade ambiental dos Projetos de As-
resultarem da exploração econômica de recur- sentamento (PAs) foi a instituição de projetos
sos genéticos ou advindos do conhecimento diferenciados:
tradicional associado à biodiversidade. a) Projetos Agroextrativistas - PAE (voltados às
populações tradicionais já ocupantes das
áreas e cujas atividades são essencialmente
preservacionistas);
Projetos de b) Projetos de Desenvolvimento Sustentáveis
- PDS (cujas atividades principais caracteri-
Assentamentos e de zam-se por serem de manejo florestal, de
fauna ou agroecológicas);
colonização c) Projetos de Assentamento Florestais (cujas
atividades são voltadas à exploração madei-
Conforme anexo I da Resolução nº 387 do reira e não-madeireira, por meio de planos
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONA- de manejo de áreas com cobertura florestal
MA), que estabelece os procedimentos para o nativa).
licenciamento de Projetos de Assentamentos
(PAs), os documentos necessários são: O INCRA destina parte de seu orçamento à
a) Projeto de Desenvolvimento do Assenta- conservação e recuperação de áreas degrada-
mento (PDA); das dos Projetos de Assentamento. Estes recur-
64 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
A Lei nº 11.284/06 (Lei de Gestão de Flores- inclusive a implantação das estruturas físicas
tas Públicas) define o Manejo Florestal Susten- necessárias à gestão da unidade.
tável como a administração da floresta para a O Plano de Manejo deve ser elaborado por
obtenção de benefícios econômicos, sociais e Engenheiro Florestal e/ou Agrônomo habilita-
ambientais, respeitando-se os mecanismos de do, segundo as especificações do Conselho
sustentação do ecossistema objeto do manejo Regional de Engenharia, Arquitetura e Agro-
e considerando-se, cumulativa ou alternativa- nomia - CREA. Alguns estados podem aceitar
mente, a utilização de múltiplas espécies ma- planos de manejo realizados por técnicos agrí-
deireiras, de múltiplos produtos e subprodutos colas (São Paulo, por exemplo), mas a análise
não madeireiros, bem como a utilização de ou- será extremamente criteriosa.
tros bens e serviços de natureza florestal. Dois endereços eletrônicos trazem impor-
O manejo florestal sustentável pode ser tantes informações sobre o tema:
aplicado à madeira, sementes, fibras ou ou- www.ambientebrasil.com.br/manejo
tros produtos florestais. No caso da madeira, www.manejoflorestal.org/
o corte seletivo, realizado em áreas já afeta- O Decreto Federal nº 9.975/06 estipula a
das pela atividade humana, utiliza técnicas e obrigatoriedade da reposição florestal. Entre-
conhecimento científico de forma planejada tanto, ficará isento dessa obrigação aquele que
para minimizar os impactos no ecossistema e comprovadamente utilize:
proporcionar a regeneração da floresta. I - resíduos provenientes de atividade indus-
Por meio do Decreto Federal nº 9.975/06, trial, tais como costaneiras, aparas, cavacos
estabeleceu-se que a exploração de florestas e e similares;
formações sucessoras sob o regime de manejo II - matéria-prima florestal:
florestal sustentável, tanto de domínio públi- a) oriunda de supressão da vegetação auto-
co como de domínio privado, dependerá de rizada, para benfeitoria ou uso doméstico
prévia aprovação do Plano de Manejo Florestal dentro do imóvel rural de sua origem;
Sustentável - PMFS, pelo órgão competente do b) oriunda de PMFS;
Sistema Nacional do Meio Ambiente –SISNA- c) oriunda de floresta plantada; e
MA. d) não-madeireira, salvo disposição contrá-
O plano de manejo é um documento técni- ria em norma específica do Ministério de
co, elaborado a partir dos objetivos gerais de Meio Ambiente.
uma unidade de conservação ou de reservas O IBAMA poderá manifestar interesse em
legais, plantios homogêneos, ou de qualquer intervir em toda atividade de exploração e ma-
outro tipo de exploração vegetal, inclusive de nejo florestal. Entretanto, a competência do
plantas medicinais. Nele é estabelecido o zo- órgão federal para exercer esse poder de po-
neamento e as normas que devem presidir o lícia ambiental não impede que os Estados, ao
uso da área e o manejo dos recursos naturais, mesmo tempo, ajam com idêntico poder.
68 Caderno de Normas Fiscais, Sanitárias e Ambientais
Realização
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Apoio
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