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11/10/2019 Empresas e sindicato são condenados por firmar acordo coletivo que reduziu intervalo intrajornada antes da Reforma

s da Reforma Trabalhista

11/10/2019 16:01

Empresas e sindicato são condenados por firmar


acordo coletivo que reduziu intervalo intrajornada
antes da Reforma Trabalhista
Duas fabricantes de pneus e
o sindicato dos seus
trabalhadores não deviam ter
firmado acordo coletivo para
reduzir os intervalos
intrajornada sem considerar
as condições dos refeitórios
e os empregados que
prestavam horas extras. A 7ª
Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região
(TRT-TS) limitou a condenação apenas ao período anterior à Reforma Trabalhista,
que entrou em vigor em 11 de novembro de 2017.

Segundo o acórdão, a determinação deve ser restrita porque, com a nova lei,
ficou estabelecida a prevalência do negociado sobre o legislado, e desde então o
intervalo intrajornada pode ser alterado por acordo ou convenção de trabalho. A
decisão confirma parcialmente sentença da juíza Candice Von Reisswitz, da 2ª
Vara do Trabalho de Gravataí. Cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho
(TST).

O caso

O Ministério Público do Trabalho ajuizou a ação civil pública em 2015 contra as


empresas e o sindicato. As fabricantes e a entidade sindical haviam firmado
acordo coletivo com possibilidade de redução do intervalo para refeição
mediante contrapartida financeira aos trabalhadores. Segundo o MPT, com base
na legislação trabalhista da época, esse ajuste não seria possível, porque as
questões relacionadas à duração do trabalho não poderiam ser modificadas por
negociação coletiva.

https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/modulos/noticias/267968?fbclid=IwAR3GO_-TSeGIqz3zJkj3NF7zOeVcCyTbLFyCc8mVZy64DWphnje1DBFtGRY 1/4
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Especificamente no caso do intervalo intrajornada, o Ministério Público observou


que haveria possibilidade de redução caso houvesse autorização do Ministério
do Trabalho, após fiscalização, mas isso não havia ocorrido, segundo o MPT, no
momento em que o acordo foi firmado.

Nesse contexto, o MPT pleiteou que as empresas fossem proibidas de reduzir os


intervalos dos empregados sem que houvesse autorização que levasse em conta
a compatibilidade dos refeitórios com as normas do Ministério do Trabalho, além
de que fossem excluídos os trabalhadores que prestassem horas extras ou cujo
deslocamento até os pontos de refeição inviabilizasse a fruição adequada do
intervalo.

Ao julgar o caso em primeira instância, já com a entrada em vigor da Reforma


Trabalhista, a juíza de Gravataí atendeu ao pleito do MPT. A magistrada
argumentou que, com a nova lei, já era possível a redução do intervalo mediante
acordo ou convenção coletiva, mas continuava necessária a observância das
normas regulamentadoras quanto aos refeitórios, bem como a necessidade de
exclusão de empregados que prestassem horas extras ou que, devido ao
deslocamento dos seus postos de trabalho até os locais de refeição, acabassem
ficando com menos de 20 minutos de efetivo intervalo.

Nesse sentido, a juíza Candice determinou que as empresas se abstivessem de


reduzir os intervalos caso não observassem essas condições, sob pena de multas
em caso de descumprimento. Descontentes com a decisão, as empresas e o
sindicato recorreram ao TRT-RS, mas os desembargadores da 7ª Turma
mantiveram a decisão, embora tenham determinado que os parâmetros
utilizados pela juíza de primeiro grau fossem válidos apenas para o período
anterior à Reforma Trabalhista.

A decisão da 7ª Turma ocorreu por maioria de votos. No entendimento da


desembargadora Denise Pacheco, também integrante do colegiado, os
parâmetros definidos pela juíza deveriam ter sido considerados válidos mesmo
após a entrada em vigor da Lei nº 13.467, porque resolviam a incompatibilidade
entre a referida Lei e a proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores
estabelecida pela Constituição Federal.

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Além do relator João Pedro Silvestrin e da desembargadora Denise Pacheco,


também participou do julgamento o desembargador Emílio Papaléo Zin.

Fonte: Juliano Machado (Secom/TRT4). Foto: Cn0ra/IStock (Banco de Imagens)

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